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Universidade Federal do Rio Grande do Sul Curso de Engenharia Elétrica Análise de Sistemas de Potência DESPACHO ECONÔMICO CONSIDERANDO PERDAS EM LINHAS DE TRANSMISSÃO POR QUE CONSIDERAR AS PERDAS? ◼ LTs longas produzem grandes perdas ◼ Distribuir melhor a geração ◼ Minimizar custos devido às perdas EQUACIONAMENTO (1/2) Sabe-se que a Geração total deve ser igual à Demanda total somada às Perdas: PG – PD – PLT = 0 COMO DEFINIR AS PERDAS EM FUNÇÃO DAS POTÊNCIAS GERADAS NAS UNIDADES? EQUACIONAMENTO (2/2) ◼ As Perdas nas linhas são funções quadráticas de PGi, definidas como: Onde: e GGLT n i n j GjijGiLT PBPP PBPP ´ 1 1 = = = = = Gn G G G P P P P 2 1 É a Matriz simétrica dos coeficientes “B” B CÁLCULO DA MATRIZ “B” (1/9) ◼ Através de deduções, determina-se que as constantes “B” são obtidas por: ◼ i, j = índices da matriz [B] ◼ k, m = índices de gerador = GkGm LT ij PP P B 2 2 1 CÁLCULO DA MATRIZ “B” (2/9) ◼ Nos estudos de fluxo de carga obtém-se as perdas através da equação, onde b é o n. de barras: ◼ Necessita-se a derivada das perdas pela potência do gerador, porém a equação acima apresenta como incógnita o ângulo. Usa-se a regra da cadeia para resolver: = = −−= b i ijj b j iijjiLT yVVP 1 1 )cos( = = b k Gj k k LT Gj LT P P P P 1 = GkGm LT ij PP P B 2 2 1 CÁLCULO DA MATRIZ “B” (3/9) ◼ Pode-se obter derivando a equação das perdas: ◼ “b” é o número de barras do sistema. k LTP = −= b i kiikki k LT gVV P 1 )sin(2 CÁLCULO DA MATRIZ “B” (4/9) ◼ Para obter deve-se seguir o procedimento: ◼ determina-se o despacho econômico sem considerar as perdas como primeira aproximação; ◼ resolve-se o fluxo de potência, obtendo os ângulos iniciais das barras; ◼ acrescenta-se todas as cargas em uma proporção de 10%. Gj k P CÁLCULO DA MATRIZ “B” (5/9) ◼ Resolve-se o fluxo de potência novamente, onde apenas o gerador 1 assume todo o aumento de carga (barra do gerador 1 deve ser a referência angular); Com isso, pode-se obter a variação angular de todas as “b” barras para o aumento de geração no gerador 1: 1 11 k G k G k A PP = CÁLCULO DA MATRIZ “B” (6/9) ◼ O procedimento deve ser repetido para todos os n geradores, de modo que: ◼ b = número de barras ◼ n = número de geradores kj Gj k Gj k A PP = nj bk ,...,2,1 ,...,2,1 = = CÁLCULO DA MATRIZ “B” (7/9) ◼ Para obter a derivada de segunda ordem das perdas em relação às potências geradas, faz-se: ◼ Para encontrar os termos “A” é necessário seguir os cinco passos apresentados anteriormente. Faltando a determinar mi b m b k kj km LT Gi m b m b k Gj k km LT GjGi LT AA P PP P PP P = == = = = 1 1 2 1 1 22 km LTP 2 CÁLCULO DA MATRIZ “B” (8/9) ◼ Derivando-se duas vezes a equação das perdas em função dos ângulos, obtêm-se: )cos(2 2 kmmkkm km LT gVV P −= km = −−= b mi i miimmi km LT gVV P 1 2 )cos(2 km = CÁLCULO DA MATRIZ “B” (9/9) ◼ Substituindo os termos encontrados na equação dos coeficientes “B”: = = = mi b m b k kj km LT ij AA P B 1 1 2 2 1 CÁLCULO DO DESPACHO (1/3) ◼ O despacho econômico considerando as perdas em linhas de transmissão tem a seguinte formulação: = = n i iCC 1 0=−− LTDG PPP LTDGi n i i PPPC −−−= = 1 (FUNÇÃO OBJETIVO – CUSTOS) (EQUAÇÃO DE RESTRIÇÃO) (LAGRANGIANO) 01 = −− = Gi LT Gi i Gi P P P C P (DERIVADA PARCIAL) CÁLCULO DO DESPACHO (2/3) ◼ O custo mínimo é atingido quando os custos incrementais “λ” de todas as unidades geradoras são iguais. = − = Gi LT Gi i i P P P C 1 iGii Gi i P P C += 2 = = n j Gjij Gi LT PB P P 1 2 CÁLCULO DO DESPACHO (3/3) ◼ A equação de restrição é utilizada como: ◼ Devido ao termo quadrático na restrição, a solução do despacho é realizado através de um método iterativo, como o Newton-Raphson, tendo como objetivo obter valores de custos incrementais para os geradores iguais entre si. 0 1 11 =−− = == n i n j GjijGiL n i Gi PBPPP CÁLCULO DO FATOR DE PENALIDADE (1/2) ◼ É importante definir um fator de ponderação ou fator de penalidade para as unidades geradoras, assim: ◼ O Fpi determina a variação do custo incremental em função da potência gerada pela unidade i. ; 1 1 − = Gi LT i P P FP = = n j Gjij Gi LT PB P P 1 2 CÁLCULO DO FATOR DE PENALIDADE (2/2) ◼ Se um aumento de -> então ◼ Isto faz com que o gerador i pareça mais caro (isto é, ele é penalizado). iPG LTP 1;0 i Gi LT FP P P CONDIÇÃO DE OTIMALIDADE n Gn n GG FP P C FP P C FP P C === ...2 2 2 1 1 1 nnFPFPFP === ...2211 Cálculo do FP ◼ O calculo analítico do FP é complexo porque uma pequena variação na geração impacta no fluxo e perdas de todo o sistema. Uma forma de encontrar-se um valor aproximado do FP é causar pequenas variações na geração e verificar a variação nas perdas. Leia-se i=2. Gi LT Gi LT P P P P = 0521,0 100110 732,2211,2 −= − − = Gi LT P P 9505.02 FP REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA Gross, C.A. - Power System Analysis. John Wiley & Sons, EUA, 1986. Zhu, J. – Optimization of Power System Operation. John Wiley & Sons, EUA, 2009.