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BIZU DO BE LO GU IA NO BIZU DO BELOGUIANO Edição: 1º Ten Wesley Skonieski de Oliveira Fotos: 2º Sgt Edson Luiz Mocelin Esta caderneta tem por finalidade auxiliar na instrução dos integrantes do 27º B Log nos mais variados assuntos militares. O arquivo original encontra-se na caixa do SPED do Ch 3ª Seção e do Ch RP com o título: Bizu do Beloguiano. SUMÁRIO EXÉRCITO BRASILEIRO .............................................................................. 3 MISSÃO DO EXÉRCITO ................................................................................ 4 VISÃO DE FUTURO DO EXÉRCITO............................................................. 4 FORÇA TERRESTRE ...................................................................................... 4 SÍMBOLOS NACIONAIS................................................................................ 5 DATAS COMEMORATIVAS NO EXÉRCITO ............................................... 6 BANDEIRAS HISTÓRICAS BRASILEIRAS .................................................. 6 HISTÓRICO DO 27º B LOG ............................................................................ 7 5ª COMPANHIA LEVE DE MANUTENÇÃO ................................................. 8 CORONEL SYLVIO CHRISTO MISCOW ...................................................... 8 CADEIA DE COMANDO DO 27º B LOG ....................................................... 9 UNIDADES MILITARES DE CURITIBA ....................................................... 9 ORGANOGRAMA DO BATALHÃO ............................................................ 10 PRINCIPAIS ABREVIAÇÕES DO EXÉRCITO ............................................ 11 ALFABETO FONÉTICO INTERNACIONAL ............................................... 12 HIERARQUIA DENTRO DO EXÉRCITO .................................................... 12 DISTINTIVOS DE ESCOLAS DE FORMAÇÃO DO EXÉRCITO ................ 13 PATRONO DO EXÉRCITO .......................................................................... 14 ARMAS, QUADROS, SERVIÇOS E PATRONOS ........................................ 14 UNIFORMES ................................................................................................. 17 CORTE DE CABELO E BARBA ................................................................... 18 ADEREÇOS PERMITIDOS E PROIBIDOS .................................................. 18 POSSÍVEIS ATRIBUIÇÕES DE UM SOLDADO NO BATALHÃO ............. 19 QUALIFICAÇÃO MILITAR DOS CB E SD DO 27º B LOG ......................... 20 ATIVIDADES ROTINEIRAS DO BATALHÃO ............................................ 20 ATIVIDADES DE INSTRUÇÃO DO BATALHÃO ...................................... 21 ATRIBUIÇÕES DO SOLDADO .................................................................... 22 ORIENTAÇÕES AOS SOLDADOS .............................................................. 23 CONTINÊNCIA ............................................................................................. 26 SINAIS DE RESPEITO .................................................................................. 28 HORÁRIO DO CORPO ................................................................................. 34 VALORES MILITARES E ATRIBUTOS DA ÁREA AFETIVA ................... 35 ESTATUTO DOS MILITARES – E1 ............................................................. 36 REGULAMENTO DISCIPLINAR DO EXÉRCITO – RDE ........................... 40 CÓDIGO PENAL MILITAR – CPM .............................................................. 41 ESCALA DE SERVIÇO DO 27º B LOG ........................................................ 42 SEQUÊNCIA DAS AÇÕES DURANTE O SERVIÇO ................................... 42 REGULAMENTO INTERNO E DOS SERVIÇOS GERAIS – RISG ............. 43 ORDEM UNIDA............................................................................................ 46 TREINAMENTO FÍSICO MILITAR – TFM ................................................. 59 CONTROLE FISIOLÓGICO INDIVIDUAL .................................................. 65 TREINAMENTO NEURO MUSCULAR ....................................................... 66 TREINAMENTO UTILITÁRIO .................................................................... 67 ARRUMAÇÃO DE CAMA ........................................................................... 70 APRONTO OPERACIONAL E PREPARAÇÃO PARA O CAMPO .............. 70 INSTRUÇÕES DO CAMPO DO PERÍODO BÁSICO ................................... 74 INSTRUÇÕES DO CAMPO DO PERÍODO DE QUALIFICAÇÃO .............. 74 FUZIL 7,62 M964 .......................................................................................... 75 TERMINOLOGIA DO TIRO ......................................................................... 77 PISTOLA BERETTA 9MM M975 ................................................................. 82 HINOS E CANÇÕES ..................................................................................... 88 HINO NACIONAL BRASILEIRO ............................................................. 88 HINO DA INDEPENDÊNCIA ................................................................... 88 HINO À BANDEIRA NACIONAL ............................................................ 89 CANÇÃO DO EXÉRCITO ........................................................................ 89 FIBRA DE HERÓI ..................................................................................... 90 HINO A CAXIAS ...................................................................................... 90 CANÇÃO DO EXPEDICIONÁRIO ........................................................... 91 CANÇÃO DO 27º B LOG .......................................................................... 91 CANÇÃO DA INTENDÊNCIA ................................................................. 92 CANÇÃO DO MATERIAL BÉLICO ......................................................... 92 CANÇÃO DA SAÚDE............................................................................... 92 CANÇÃO DA INFANTARIA .................................................................... 93 CANÇÃO DA ARTILHARIA .................................................................... 93 CANÇÃO DA ENGENHARIA .................................................................. 94 CANÇÃO DA CAVALARIA ..................................................................... 94 CANÇÃO DAS COMUNICAÇÕES........................................................... 94 ORAÇÃO PELO BRASIL .......................................................................... 95 JURAMENTO À BANDEIRA DO BRASIL .............................................. 95 DIALETO MILITAR ..................................................................................... 95 REFERÊNCIAS ............................................................................................. 96 Exército brasileiro Origem: O Exército Brasileiro tem origem simbólica em 19 de abril de 1648, data esta que corresponde ao período da Batalha dos Guararapes, na qual luso-brasileiros lutaram contra a ocupação holandesa no nordeste do Brasil. Além da vitória militar, a Batalha também teve um valor social, pois pela primeira vez índios, brasileiros, portugueses e escravos lutaram lado a lado pela soberania brasileira, evidenciando 19 de abril como o Dia do Exército. O Exército e a Independência do Brasil: Depois da Batalha dos Guararapes, outro acontecimento importante para a consolidação do Exército Brasileiro ocorreu durante o processo de independência do país, em 1822. Isso porque o processo de separação do Brasil de Portugal encontrou resistência em algumas províncias, como Pará, Maranhão, Bahia e Cisplatina e houve a necessidade de uma atuação prática do Exército. Guerra Cisplatina: Em 1825, pouco tempo após a independênciado Brasil, o Exército foi convocado para atuar na Guerra Cisplatina, conflito armado entre o Império Brasileiro e as Províncias Unidas do Rio da Prata, que acabou culminando com a independência do Uruguai. O resultado desse embate fez com que o Brasil decidisse adotar uma política de não-intervenção nas questões dos países vizinhos. Guerra do Paraguai: A mais importante experiência internacional do Exército Brasileiro ocorreu entre 1864 e 1870, na Guerra do Paraguai, o maior conflito armado ocorrido na América do Sul e que envolveu, além do Brasil e Paraguai a Argentina e o Uruguai. O conflito foi bastante importante para a consolidação e reorganização do Exército Brasileiro, graças à participação atuante do Duque de Caxias, Luís Alves de Lima e Silva, que desde então é considerado o Patrono do Exército Brasileiro. Segunda Guerra Mundial: Depois da Guerra do Paraguai, o Exército se envolveu em um conflito internacional apenas na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), quando o Brasil enviou a Força Expedicionária Brasileira, a FEB. O Exército e a Força Aérea tiveram uma participação muito importante ao lado dos Aliados para a tomada da Itália. O Exército Brasileiro na atualidade: Atualmente o Exército Brasileiro tem o maior efetivo da América do Sul, com aproximadamente 235 mil militares. Em tempos de paz, a missão do Exército é de defesa do território e a soberania do país, garantindo a manutenção da Lei e da Ordem, e socorrendo a população em caso de calamidades públicas. No cenário internacional, o Exército teve participação efetiva em missões de paz da ONU, na Angola, Moçambique, Timor-Leste e Haiti. Nacionalmente o Exército atuou em diversas missões de Força de Pacificação em favelas localizadas na cidade do Rio de Janeiro-RJ, sendo as mais recentes missões na segurança de grandes eventos como Olimpíadas e Copa do Mundo, na Intervenção Federal de segurança pública na capital do Rio de Janeiro e na acolhida de imigrantes venezuelanos no estado de Roraima. 3 MISSÃO DO EXÉRCITO I. A fim de assegurar a defesa da Pátria: Contribuir para a dissuasão de ameaças aos interesses nacionais; e realizar a campanha militar terrestre para derrotar o inimigo que agredir ou ameaçar a soberania, a integridade territorial, o patrimônio e os interesses vitais do Brasil. II. A fim de garantir os Poderes Constitucionais, a Lei e a Ordem: manter-se em condições de ser empregado em qualquer ponto do território nacional, por determinação do Presidente da República, de forma emergencial e temporária, após esgotados os instrumentos destinados à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, relacionados no Art. 144 da Constituição. III. Participar de operações internacionais, de acordo com os interesses do País. IV. Como ação subsidiária, participar do desenvolvimento nacional e da defesa civil, na forma da Lei. VISÃO DE FUTURO DO EXÉRCITO I. Ser uma Instituição compromissada, de forma exclusiva e perene, com o Brasil, o Estado, a Constituição e a sociedade nacional, de modo a continuar merecendo confiança e apreço. II. Ser um Exército reconhecido internacionalmente por seu profissionalismo, competência institucional e capacidade de dissuasão. Respeitado na comunidade global como poder militar terrestre apto a respaldar as decisões do Estado, que coopera para a paz mundial e fomenta a integração regional. III. Ser constituído por pessoal altamente qualificado, motivado e coeso, que professa valores morais e éticos, que identificam, historicamente, o soldado brasileiro, e tem orgulho de servir com dignidade à Instituição e ao Brasil. força terrestre A Força Terrestre está presente em todo o território nacional, o qual é dividido em sete comandos militares de área. Esses grandes comandos são constituídos por Divisões de Exército, Brigadas e Organizações Militares de diversas naturezas e, para fins de apoio logístico e defesa territorial, são divididos em regiões militares (RM). Os Comandos Militares de Área são responsáveis pelo planejamento, preparo e emprego das tropas em sua área. As Regiões Militares coordenam as atividades logísticas de suprimento, manutenção, transporte, saúde e pessoal, além de participarem do sistema do Serviço Militar e de realizarem obras nos quartéis, em sua área de jurisdição. 4 SÍMBOLOS NACIONAIS A Bandeira Nacional foi instituída no dia 19 de novembro de 1889, 4 dias depois da Proclamação da República. É o resultado de uma adaptação da Bandeira do Império Brasileiro, onde o escudo Imperial português foi substituído por um círculo azul com estrelas na cor branca. A esfera azul de nossa bandeira representa nosso céu estrelado, ao centro com a frase "Ordem e Progresso". São 27 estrelas, representando os 26 estados e o Distrito Federal. O losango amarelo ao centro representa o ouro e o retângulo verde, representa nossas matas e florestas. 1. Pará (PA) 2. Amazonas (AM) 3. Mato Grosso do Sul (MS) 4. Acre (AC) 5. Mato Grosso (MT) 6. Amapá (AP) 7. Rondônia (RO) 8. Roraima (RR) 9. Tocantins (TO) 10. Goiás (GO) 11. Bahia (BA) 12. Minas Gerais (MG) 13. Espírito Santo (ES) 14. São Paulo (SP) 15. Rio De Janeiro (RJ) 16. Piauí (PI) 17. Maranhão (MA) 18. Ceará (CE) 19. Rio Grande Do Norte (RN) 20. Paraíba (PB) 21. Pernambuco (PE) 22. Alagoas (AL) 23. Sergipe (SE) 24. Santa Catarina (SC) 25. Rio Grande Do Sul (RS) 26. Paraná (PR) 27. Distrito Federal (DF) As Armas Nacionais ou Brasão Nacional representam a glória, a honra e a nobreza do Brasil e foram criadas na mesma data que a Bandeira Nacional. No centro há um escudo circular sobre uma estrela verde e amarela de cinco pontas. O cruzeiro do sul está ao centro, sobre uma espada. Um ramo de café está na parte direita e um de fumo a esquerda. Uma faixa sobre a parte do punho da espada apresenta a inscrição "República Federativa do Brasil". Em outra faixa, abaixo, apresenta-se "15 de novembro" (direita) e "de 1889" (esquerda). É obrigatório o uso das armas em todos os órgãos públicos, e em todos os documentos oficiais de nível federal. O Selo Nacional é utilizado para autenticar documentos oficiais e atos do governo. É usado também para autenticar diplomas e certificados emitidos por unidades de ensino reconhecidas. É constituído por uma esfera com as estrelas, com a inscrição República Federativa do Brasil. O Hino Nacional foi composto por Joaquim Osório Duque Estrada (1870 – 1927) e a música é de Francisco Manuel da Silva (1795-1865). Tornou-se oficial no dia 1 de setembro de 1971, através da lei nº 5700. Existem várias regras que devem ser seguidas no momento da execução do hino, entre elas o respeito à Bandeira Nacional e ao presidente da República. É executado junto com o hasteamento da Bandeira Nacional em determinadas situações, entre elas: solenidades e eventos oficiais do governo, eventos esportivos e culturais e nas escolas. 5 Datas comemorativas no exército 08 Fev – Dia do Quadro do Magistério do Exército 13 Fev – Dia do Serviço de Assistência Religiosa do Exército 10 Abr – Dia da Arma de Engenharia 12 Abr – Dia do Serviço de Intendência 19 Abr – Dia do Exército Brasileiro 22 Abr – Dia da Aviação de Caça 05 Mai – Dia da Arma de Comunicações 08 Mai – Dia da Vitória 10 Mai – Dia da Arma de Cavalaria 24 Mai – Dia da Arma de Infantaria 27 Mai – Dia do Serviço de Saúde 10 Jun – Dia da Arma de Artilharia 11 Jun – Batalha Naval do Riachuelo 03 Ago – Dia do Quadro de Engenheiros Militares 25 Ago – Dia do Soldado 07 Set – Dia da Independência do Brasil 18 Set – Dia da Família Militar 18 Set – Dia dos Símbolos Nacionais 02 Out – Dia do Quadro Complementar de Oficiais 23 Out – Dia do Aviador 30 Out – Dia do Quadro de Material Bélico 04 Nov – Dia Nacional do Oficial R2 19 Nov – Dia da Bandeira Nacional 24 Nov – Diado Quadro Auxiliar de Oficiais 13 Dez – Dia do Marinheiro 16 Dez – Dia do Reservista Bandeiras históricas brasileiras Legenda: 1. Ordem de Cristo (1319-1651) 2. Bandeira Real (1500-1521) 3. Bandeira de Dom João III (1521-1616) 4. Bandeira do Domínio Espanhol (1616- 1640) 5. Bandeira da Restauração (1640-1656) 6. Bandeira do Principado do Brasil (1645 - 1816) 7. Bandeira de D. Pedro II (1683 - 1706) 8. Bandeira Real do Século XVII (1600–1700) 9. Bandeira do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarve (1816 -1821) 10. Bandeira do Regime Constitucional (1821- 1822) 11. Bandeira Imperial do Brasil (1822 a 1889) 12. Bandeira Provisória da República (15 a 19 de novembro de 1889) 10 11 1 2 3 4 5 6 7 8 9 12 6 Histórico do 27º b log As origens do Vigésimo Sétimo Batalhão Logístico remontam a 15 de maio de 1946, com a criação do 5º Pelotão de Reparação Auto. A implantação desse pelotão, no quartel da 5ª Região Militar, na Praça Rui Barbosa, se justificou pelo contato com a estrutura bélica americana, durante a II Guerra Mundial, o que motivou o Exército a criar, em seu Quadro Organizacional, as OM Logísticas de Manutenção. A partir de 16 de fevereiro de 1950, foi criada a 5ª Companhia Leve de Manutenção, por evolução do 5º Pelotão de Reparação Auto, com o intuito de se adequar à crescente demanda de missões. Para tal, ampliaram-se as dependências do extinto pelotão no aquartelamento da Praça Rui Barbosa, bem como houve o reforço em pessoal e material. Diante da necessidade das OM de apoio ao combate, de acompanhar o processo evolutivo das máquinas de guerra mais avançadas, e, ainda, de adequar a capacidade operacional à grandeza e diversidade das missões, a Portaria Ministerial Reservada n° 061, de 28 de dezembro de 1972, extinguiu a 5ª Cia Lv Mnt e criou, a partir de suas bases, o 27º Batalhão Logístico. A recém-criada OM de Logística da 5º Região Militar transferiu-se, nos anos de 1972 e 1973, para o aquartelamento da “Ponte do Bacacheri”, dependências que pertenciam ao antigo Depósito Regional de Armamento e Munição da 5ª Região Militar – DRAM/5. No dia 31 de maio de 1973, deu-se a completa desativação da 5ª Companhia Leve de Manutenção e o início do funcionamento do 27° B Log. A OM continuou a dividir espaço com o DRAM/5 até o ano de 1975, quando este foi deslocado para a cidade de Palmeira, e, também, com o Pq R Armt/5, que teve seu nome modificado para Pq R Mnt/5 e ganhou suas próprias instalações em 1982, em terreno vizinho a nossa Unidade. Cabe destacar, também, que neste local se instalou no ano de 1925, 6 (seis) pavilhões paralelos à Av. Erasto Gaertner, onde foram desdobradas as Oficinas de Reparação da 5ª Região Militar, Unidade embrionária do 27° Batalhão Logístico. O 27º Batalhão Logístico, subordinado a 5ª DE, tem por missão proporcionar apoio logístico às unidades orgânicas da 5ª Divisão de Exército, 5ª Região Militar, Artilharia Divisionária/5 e da 14ª Brigada de Infantaria Motorizada. Presta apoio a um total de vinte e três Organizações Militares e quatro Tiros de Guerra, situados nos Estados do Paraná e Santa Catarina. Ao longo de sua existência, o Batalhão especializou milhares de militares, tornando-os aptos ao cumprimento das diversas missões logísticas, nas atividades inerentes ao Material Bélico, à Intendência e à Saúde. Para tanto, o Batalhão conta atualmente com o efetivo aproximado de 400 militares, distribuídos em seu Estado-Maior, em uma Companhia de Manutenção, uma Companhia de Suprimento e uma Companhia de Comando e Apoio e Saúde. No ano de 2016 o 27º Batalhão Logístico recebe a denominação histórica de “Batalhão Coronel Sylvio Christo Miscow”, haja vista que o então, Cap Miscow, foi o 1º Cmt da 5ª Cia Log Mnt, nos idos dos anos dos 1950. O 27º B Log somos todos nós, dos pioneiros aos militares do presente, com o compromisso de mantermos o alto padrão da Logística do Exército Brasileiro. 27º BATALHÃO LOGÍSTICO SOMOS UM CORPO AGUERRIDO! 7 5ª COMPANHIA LEVE DE MANUTENÇÃO CORONEL SYLVIO CHRISTO MISCOW Nascido na cidade do Rio de Janeiro, em 19 de março de 1921, incorporou nas fileiras do Exército Brasileiro em 31 de outubro de 1937, no Tiro de Guerra nº 140, da 1ª Região Militar. Em 1º de abril de 1940, ingressou como cadete na Escola Militar de Realengo, se tornando posteriormente Oficial do Exército. Em 30 de junho de 1944, embarcou, no Porto do Rio de Janeiro, para participar das ações da FEB, em solo italiano. Em 1948, foi designado para comandar o 5º Pelotão de Reparação Auto, em Curitiba-PR, OM embrionária do 27º Batalhão Logístico. Em 06 de fevereiro de 1965, assume o comando do Batalhão de Suez. Em 10 de novembro de 1966, assume o comando do Batalhão Escola de Material Bélico no Rio de Janeiro, hoje 25º Batalhão Logístico Escola. Em 06 de fevereiro de 1976, o Cel Miscow foi transferido para a reserva remunerada, após 40 anos, 5 meses e 20 dias de excelentes serviços prestados ao Exército Brasileiro e ao desenvolvimento da Logística Militar Terrestre. Na reserva, em 08 de novembro de 2002, foi agraciado com a Medalha do Nobel da Paz da Dinamarca. Pela sua excepcional carreira e por ser o primeiro comandante da Unidade que originou futuramente o 27º B Log, foi concedida pelo Comandante do Exército, por meio da Portaria Nr 1.402, de 27 de outubro de 2016, a denominação histórica "BATALHÃO CORONEL SYLVIO CHRISTO MISCOW” ao 27º Batalhão Logístico. 8 cadeia de comando do 27º b log UNIDADES MILITARES DE CURITIBA Ministério da Defesa Comando Militar do Sul 5ª Divisão de Exército 27º Batalhão Logístico Exército Brasileiro 5º Batalhão de Suprimento 5° Batalhão Logístico 5ª Companhia de Comunicações Blindada 5º Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsada 5ª Região Militar 5° Divisão de Exército Parque Regional de Manutenção 5 Hospital Geral de Curitiba Colégio Militar de Curitiba Base de Administração e Apoio da 5ª Divisão de Exército 27º Batalhão Logístico 20º Batalhão de Infantaria Blindado Comissão Regional de Obras da 5ª Região Militar 15ª Circunscrição de Serviço Militar 11º Centro de Telemática 5ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército 5ª Companhia de Polícia do Exército Comando da Artilharia Divisionária da 5ª Divisão de Exército 9 ORGANOGRAMA DO BATALHÃO SIGNIFICADO DAS ABREVIAÇÕES Adj Cmdo – Adjunto de Comando AGP – Assessoria de Gestão e Projetos Almx – Almoxarifado Aprov – Aprovisionamento Asse Jur – Assessoria Jurídica CCAP – Companhia de Comando e Apoio CLM – Companhia Logística de Manutenção CLS – Companhia Logística de Suprimento Cmt Btl – Comandante do Batalhão COAL – Centro de Operações de Apoio Logístico Corr – Correaria Dep Cl III – Depósito Classe 3 EM – Estado Maior EM Esp – Estado Maior Especial Enf – Enfermaria Fisc Adm – Fiscal Administrativo Fun – Funilaria GRCP – Grupo de Recebimento e Controle da Produção P Ban – Posto de Banho P Trat – Posto de Tratamento D’água Pel Ap – Pelotão de Apoio Pel Com – Pelotão de Comunicações Pel Pes Mnt – Pelotão Pesado de Manutenção Pel Trnp – Pelotão de Transporte RP – Relações Públicas S1 – 1ª Seção (Pessoal) S2 – 2ª Seção (Inteligência) S3 – 3ª Seção (Instrução e Operações) S4 – 4ª Seção (Instalações) SALC – Seção de Aquisição, Licitações e Contratos SCmt – Subcomandante SCRG – Seção de Conformidade dos Registros de Gestão Seç Info – Seção de Informática Seç Mob – Seção de Mobilização Sect – Secretaria Set Fin –Setor Financeiro SFPC – Seção de Fiscalização de Produtos Controlados SPP – Seção de Pagamento de Pessoal SSAS – Seção do Serviço de Assistência Social SU – Subunidade C m t B tl EM S1 SPP Sect Asse Jur Seç Mob S2 S3 S4 EM Esp Fisc Adm SALC Set Fin Aprov Almx RP COAL SFPC SCRG AGP SSAS Adj Cmdo SU CCAp CLM CLSSCmt S U CCAp Seç Info Pel Com Enf CLM Pel Ap Pel Pes Mnt GRCP Fun Corr CLS Pel Trnp P Trat P Ban Dep Cl III 10 PRINCIPAIS ABREVIAÇÕES DO EXÉRCITO Abrigo – Abg Ação – Aç Acidente – Acdt Adestramento – Adst Adicional – Adc Administração - Adm Agente – Agt Água – Agu Ajudante – Aj Ajustar – Ajust Alarme – Alm Ambulância – Amb Anexo – An Aniversário – Aniv Anti Aéreo - A Ae Armamento – Armt Arquivo – Arq Artilharia - Art Azimute – Az Bateria – Bia Blindado – Bld Boletim – Bol Bússola – Bus Campo – Cmp Camuflagem – Cmf Cavalaria – Cav Chefe – Ch Cisterna – Cist Comando – Cmdo Comboio – Cbo Companhia – Cia Cota – Cot Cozinheiro – Coz Defesa – Def Destacamento – Dst Destino – Dstn Distância – Dist Diurno – Diu Documento – Doc Dotação – Dot Doutrina – Dout Efetivo – Ef Elemento – Elm Embarque – Emb Engenharia – Eng Equipe – Eqp Equipamento – Eqp Escalão – Esc Escolta – Esct Especial – Esp Esquadrão – Esq Estágio – Estg Estrada – Estr Evacuar – Ev Exercício – Exc Exército – Ex Expediente – Expd Força Adversa – F Adv Fuzil – Fz Fuzil Automático Leve – FAL Fuzil Automático Pesado – FAP Fuzil de Ar Comprimido – FAC Grupamento – Gpt Grupo – Gp Guarnição – Gu Habilitação – Hbl Helicóptero – He Homem – H Homem/Dia – H/D Homem/Hora – H/H Hora – h Horário – Hor Horizonte - Hoz Hospital - Hosp Hotel de Trânsito – HT Impedimento – Imp Indisponível – Idspn Individual – Indv Infantaria - Inf Inimigo – Ini Inquérito Policial Militar – IPM Instruções Gerais – IG Intendência - Int Latitude – Lat Leve – L Licitação – Lctc Líder – Ldr Logística - Log Longitude – Long Lubrificante – Lub Manobra – Man Manual – Mnl Marcha – Mrch Marinha – Mar Material de Emprego Militar – MEM Mecânico – Mec Miliar – Mil Missão – Mis Nacional – Nac Natural – Nat No Alvo – NA Noturno – Not Nuclear – Nuc Número – Nr Objetivo Intermediário – OI Óleo – Ol Óleo Diesel – OD Óleo Lubrificante– OL Operação – Op Ordem de Instrução - OI Ordem de Serviço - OS Organização Militar – OM Pavilhão – Pav Pedido – Ped Pernoite – Pern Pessoal – Pes Pistola – Pst Plano de Defesa do Aquartelamento – PDA Polícia do Exército – PE Pontaria – Pont Projetil – Pjtl Prontidão – Pron Publicar – Pub Qualificação Militar – QM Quartel General – QG Ração – Rç Rádio – Rad Rancho – Ran Reconhecimento – Rec Refeitório – Reft Reforço – Ref Reengajar – Rengj Requisição – Reqs Reunião – Reu Rodízio – Rdz Se for o caso - SFC Seção – Seç Selva – Sl Sem Alteração – SA Senha – Snh Senhor – Sr Sessão – Ses Sindicância – Sind Sobreaviso – Savs Social – Soc Subalterno – Sublt Suprimento – Sup Tarefa – Tar Tática – Tat Técnico – Tec Temporário – Tmpr Tiro – Tir Trabalho – Trab Tropa – Tr Turma – Tu Último – Ultm Uniforme – Unf Veículo – Veic Velocidade – Vel Viatura – Vtr Voluntário – Voltr 11 ALFABETO FONÉTICO internacional A ALFA H HOTEL O OSCAR V VICTOR B BRAVO I ÍNDIA P PAPA W WHISKEY C CHARLIE J JULIET Q QUEBEC X X-RAY D DELTA K KILO R ROMEO Y YANKEE E ECHO L LIMA S SIERRA Z ZULU F FOXTROT M MIKE T TANGO G GOLF N NOVEMBER U UNIFORM HIERARQUIA DENTRO DO EXÉRCITO Marechal (Mar) General-de- Exército (Gen Ex) General-de- Divisão (Gen Div) General-de- Brigada (Gen Bda) Coronel (Cel) Tenente-Coronel (TC ou Ten Cel) Major (Maj) Capitão (Cap) Primeiro Tenente (1º Ten) Segundo Tenente (2º Ten) Aspirante-a- Oficial (Asp Of) Subtenente (ST) Cabo (Cb) Terceiro Sargento (3º Sgt) Segundo Sargento (2º Sgt) Primeiro Sargento (1º Sgt) Soldado (Sd) 12 Distintivos de ESCOLAS DE formação do exército Aluno da Escola de Sargentos das Armas / Aluno da Escola de Sargentos de Logística / Aluno da Escola de Comunicações (Al EsSA) / (Al EsSLog) / (Al EsCom) Aluno da Escola de Formação Complementar do Exército (1º Ten Al EsFCEx) Cadete do 4º Ano da Academia Militar das Agulhas Negras (Cad 4º Ano AMAN) Cabo Aluno do Curso de Formação de Sargentos Temporários (Al CFST) Soldado Aluno do Curso de Formação de Sargentos Temporários (Al CFST) Aluno do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva / Aluno do Núcleo de Preparação de Oficiais da Reserva (Al CPOR) / (Al NPOR) Soldado EP Aluno do Curso de Formação de Cabos (Al CFC) Soldado EV Aluno do Curso de Formação de Cabos (Al CFC) Cadete do 3º Ano da Academia Militar das Agulhas Negras (Cad 3º Ano AMAN) Cadete do 2º Ano da Academia Militar das Agulhas Negras (Cad 2º Ano AMAN) Cadete do 1º Ano da Academia Militar das Agulhas Negras (Cad 1º Ano AMAN) 13 PATRONO DO EXÉRCITO Luís Alves de Lima e Silva (25 de agosto de 1803), o Duque de Caxias, nasce em Vila do Porto da Estrela, em uma família de militares. É declarado cadete aos 5 anos. Em 1823, com apenas 20 anos, participa da campanha pelo reconhecimento da independência na Bahia como tenente. Promovido a capitão, conduz a linha de frente brasileira na Guerra da Cisplatina em 1825. É nomeado major e chefia o batalhão do imperador até 1831. Em 1840 combate os focos de resistência ao governo central no Maranhão e no Piauí. Em recompensa pela pacificação das duas províncias, é elevado ao posto de brigadeiro e recebe o título de barão de Caxias. Como comandante das Armas da Corte, reprime a Revolução Liberal de 1842 em São Paulo e em Minas Gerais e dirige as tropas imperiais contra a Revolta dos Farrapos. Em 1845, dom Pedro II o indica para o Senado pelo Rio Grande do Sul. Lidera as tropas do Exército nas guerras platinas em 1851 e exerce, depois, a Presidência da província gaúcha. Em 1866 chefia as forças brasileiras na Guerra do Paraguai e conquista Assunção em 1869. No mesmo ano recebe o título de duque de Caxias. Morre em 7 de maio de 1880 na cidade de Barão de Juparanã, no Rio de Janeiro. Em meio século de assinalados serviços, coincidindo com um período crítico para a afirmação da nossa nacionalidade, Caxias interpretou com invulgar lucidez a realidade de sua época e vislumbrou um futuro grandioso para o Brasil. Lutou pela consolidação da independência, pacificou províncias conflagradas e conduziu as armas nacionais à vitória nos conflitos da Bacia do Prata. Tão importantes quanto a eficácia de suas ações militares foram a firmeza com que enfrentou os desafios e a generosidade dispensada aos adversários vencidos nos campos de batalha. Restabeleceu o império da ordem, preservou as instituições, recompôs a coesão nacional e salvou a unidade da Pátria. Daí Ter passado à História com o cognome de “O Pacificador”. ARMAS, QUADROS, SERVIÇOS e patronos No Exército Brasileiro, existe uma ampla gama de especializações desempenhadas por cada integrante da Força Terrestre, abrangendo os mais diversos campos de atividades, e que, na maioria dos casos, define toda a carreira militar desses indivíduos. A grande divisão dessas especializações é definida pela Arma, Quadro ou Serviço a que pertence um militardo Exército. As Armas dividem-se em dois grupos: as Armas-Base (Infantaria e Cavalaria) e as Armas de Apoio ao Combate (Artilharia, Engenharia e Comunicações). A Infantaria define o combatente a pé, aquele que pode deslocar-se por qualquer tipo de região e que conquista, ocupa e mantém o terreno, em operações ofensivas e defensivas. A Cavalaria reconhece, proporciona segurança às demais formações em combate e combate por seus próprios meios. A Artilharia pelo apoio de fogo de seus obuses, canhões, foguetes e mísseis. A Engenharia facilitando o deslocamento das tropas amigas, reparando estradas, pontes e eliminando os obstáculos à progressão e, ainda, dificultando o movimento do inimigo. As Comunicações pela instalação e manutenção dos sistemas de comunicação além de atuar do controle eletromagnético, por meio das atividades de Guerra Eletrônica, para impedir ou dificultar as comunicações do inimigo, facilitar as próprias comunicações e obter informações. 14 Os Quadros são formados pelo Quadro de Engenheiros Militares que executam o trabalho técnico de engenharia não-combatente, bem como a produção do material bélico, nas fábricas e arsenais. O Quadro de Material Bélico trata das atividades gerais de manutenção dos equipamentos bélicos da Força, incluindo suas viaturas. O Quadro Complementar de Oficiais e o Quadro Técnico Temporário, composto por militares com curso superior, realizado em universidades civis, em diferentes áreas do conhecimento e especializações técnicas necessárias ao Exército. O Quadro Auxiliar de Oficiais é formado por militares que atingiram o oficialato após uma carreira como sargentos e subtenentes. Desempenham funções de chefia, de assessoramento e de confiança nas organizações militares. O Quadro Especial formado pelos Cabos estabilizados que atualmente se encontram como 3º Sgt ou 2º Sgt, que atuam nas mais variadas missões de um quartel. O Quadro de Músicos que atuam em formaturas militares, festividades e treinamento da ordem unida da tropa. O Serviço de Intendência é a parte da logística voltada para as atividades de suprimento, nas diversas missões de distribuição de material, além da confecção dos gêneros alimentícios para a tropa. Proporciona também, em operações, outros serviços como lavanderia e banho. Nas organizações militares os intendentes assessoram os comandantes na administração financeira e na contabilidade. O Serviço de Saúde (médicos, dentistas, enfermeiros e farmacêuticos) trabalham na paz e na guerra para a manutenção do homem, pelo atendimento às suas necessidades de sustento e sanitárias. O Serviço de Assistência Religiosa é formado por ministros das religiões católica e evangélica. Os padres e pastores integram o Quadro de Capelães Militares e tem como missão a assistência espiritual tão necessária para o entendimento da existência humana e para a crença em uma vida futura junto a Deus. Obs: Os Patronos estão inseridos em itálico abaixo de cada arma, quadro ou serviço. Artilharia (Art) Marechal Mallet Infantaria (Inf) Brigadeiro Sampaio Cavalaria (Cav) Marechal Osório Intendência (Int) Marechal Bitencourt Saúde (Sau) General Severiano da Fonseca Comunicações (Com) Marechal Rondon Engenharia (Eng) TC Villagran Cabrita Material Bélico (MB) Marechal Napion 15 Quadro Complementar de Oficiais (QCO) Cadete Maria Quitéria Médico (Med) General Severiano da Fonseca Dentista (Dent) General Severiano da Fonseca Enfermagem (Enf) General Severiano da Fonseca Farmacêutico (Farm) General Severiano da Fonseca Veterinário (Vet) Coronel João Muniz Barreto de Aragão Quadro Auxiliar de Oficiais (QAO) Tenente Antônio João Engenheiro Militar (Eng Mil) Coronel Ricardo Franco Topógrafo General Djalma Polly Coelho Músico Capitão Franklin de Carvalho Júnior Corneteiro Capitão Franklin de Carvalho Júnior Capelão Católico (Capl) Frei Orlando Clarim Capitão Franklin de Carvalho Júnior Capelão Protestante (Capl) Frei Orlando Quadro Especial Comandos Capitão Francisco Padilha Aviação do Exército (Av Ex) Capitão Ricardo Kirk Quadro Técnico Temporário (OTT – Of Tec Temp) (STT – Sgt Tec Temp) Taifeiro 16 UNIFORMES Agasalhos: Em dias de frio, está permitido o uso de japona, segunda pele e agasalho verde-oliva (VO). A segunda pele deverá ser utilizada por baixo da camiseta camuflada. O agasalho VO pode ser usado separadamente durante o TFM. OBSERVAÇÕES SOBRE OS UNIFORMES Segurar mochila na mão ao se deslocar. A manga tem aproximadamente 4 dobras de 7cm cada dobra. O laço da boina deverá estar obrigatoriamente fixo. Amarração de “padrão cruzado”, com a primeira volta do cadarço por cima e as demais cruzadas por dentro. Tênis de TFM predominantemente preto. 9º B2 9º C2 Unif Cmb 10º C2 12º 14º 13º 17 CORTE DE CABELO E BARBA ADEREÇOS PERMITIDOS E PROIBIDOS Permitidos Proibidos Relógio Discreto e na cor dourado, prata, preto, marrom, verde ou camuflado. De tamanhos exagerados e coloridos. Óculos de grau Com armação discreta e cores nas cores dourada, prata ou preta. Somente utilizado com prescrição médica. Se possuir lente fotocromática também deverá estar prescrito. De tamanhos exagerados e coloridos. Apoiar sobre a cabeça ou pendurar. Óculos de sol Discreto e que acompanhe o formato do rosto, sendo na cor preta ou próximo disto. Somente utilizado em ambientes externos. Para uso diário, somente com prescrição médica. Modelos modernistas, exagerados e coloridos. Utilizar em forma. Cordão de pescoço Metálico na cor dourado e/ou prateado. Possuir uma só volta e espessura fina. Utilizado por baixa da farda. Utilizar mais que um cordão, com espessura que não seja fina e com cores diferentes da prevista. Tatuagem Não é recomendável a aplicação em partes que fiquem expostas quando na utilização de uniformes, não sendo permitida qualquer alusão à terrorismo, extremista, violência, criminalidade, ideia ou ato libidinoso, discriminação ou que afete as Forças Armadas, o decoro militar e bons costumes. Demais acessórios Guarda-chuva na cor preta, sem detalhes e inscrições. Somente em deslocamentos individuais e quando não estiver de serviço. Aliança de compromisso. Brinco, alargador, pulseira, piercing e adorno de tornozelo. 1 – O corte deverá ser nº 3 em cima, nº 2 em baixo e com as repartições harmonizadas. 2 – Proibido raspar a cabeça e possuir qualquer tipo de penteado ou franja. 3 – Renovar o corte em no máximo 10 dias. 4 – Fazer a barba diariamente. Proibido o uso de bigode por Cb e Sd. 18 POSSÍVEIS ATRIBUIÇÕES DE UM SOLDADO NO BATALHÃO Conforme o Art. 38 do E1, os Cb e Sd são, essencialmente, elementos de execução. Escala de Sentinela: Fazer a segurança do quartel em quartos de hora de 2 horas e 4 horas no descanso. Sua função é impedir que qualquer força adversa adentre ao quartel. Escala de Plantão: Fazer a guarda do alojamento, cuidando de todos que estão lá dentro, impedindo que objetos saiam sem autorização, realizando a faxina e prezando para que não sejam cometidas algazarras. Escala de faxina: Responsável pela limpeza de todas as áreas que forem se sua atribuição na respectiva escala. Escala de missões: Auxiliar o Chefe da missão, acatando todas as ordens recebidas. Auxiliar de seção administrativa: Responsável pela organização, protocolo, arquivo, faxina e outros assuntos de responsabilidade da seção. Auxiliar do Rancho: Auxiliará na confecção das refeições diárias do quartel e limpeza das instalações do rancho. Auxiliar da Subtenência: Auxiliará na organização de todo o material armazenado, na manutençãoda faxina no Batalhão e montagem de estruturas em eventos e campos. Auxiliar da Enfermaria: Auxiliará a equipe de saúde do Batalhão nas diversas missões que lhes forem atribuídas e para o bom andamento diário da seção de saúde. Auxiliar do Pelotão de Obras e Área Verde: Auxiliará nas diversas missões de obras e limpeza da área verde do quartel. Auxiliar da Informática: Contribuirá para a correta manutenção dos computadores do Batalhão, na realização de programações e nas diversas missões que a seção for responsável. Auxiliar do Pelotão de Comunicações: Auxiliará na montagem de estrutura de comunicação nos diversos campos e operações que o quartel participará e nas diversas outras missões que a seção for responsável. Auxiliar da Pel Trnp: Contribuirá na manutenção em 1º escalão, limpeza das viaturas do Batalhão e, se possuir carteira, exercer a função de motorista em diversas missões. Auxiliar do PBan e PTrat: Auxiliará na montagem das instalações nas diversas missões de apoio que a seção for responsável. Auxiliar da Pel Pes Mnt: Contribuirá na manutenção em 2º escalão e limpeza das viaturas do Batalhão e de outras Unidades. 19 QUALIFICAÇÃO MILITAR DOS cb e sd DO 27º B LOG 00-10 (Sing) – Corneteiro 05-23 (Eng) – Bombeiro hidráulico; Eletricista predial; Ajudante de eletricista; Pedreiro e Pintor 05-42 (Eng) – Auxiliar de instalações logísticas e Encarregado de Material de Suprimento de Água 08-33 (Sau) – Auxiliar de Instalação Logística de Saúde Atendente e Padioleiro 09-42 (MB) – Auxiliar de Instalações Logísticas e Auxiliar de Munições e Explosivos 09-45 (MB) – Auxiliar de Mecânica de Armamento Leve 09-46 (MB) – Auxiliar de Mecânica de Armamento Pesado 09-47 (MB) – Auxiliar de Mecânica Elétrica 09-51 (MB) – Auxiliar de Mecânica Auto 10-42 (Int) – Auxiliar de Instalações Logísticas e Auxiliar de Munições e Explosivos 10-55 (Int) – Motorista 10-61 (Int) – Auxiliar de Rancho e Cozinheiro 10-63 (Int) – Copeiro 10-64 (Int) – Correeiro e Auxiliar de Banho e de Lavanderia 11-42 (Com) – Pessoal de suprimento 11-71 (Com) – Pessoal do centro de mensagens 11-73 (Com) – Ajudante mecânico de equipamento elétricos e eletrônicos 11-71 (Com) – Pessoal de comunicação de rádio ATIVIDADES ROTINEIRAS DO BATALHÃO Formatura: É toda reunião do pessoal em forma, armado ou desarmado, e pode ser: Geral (da Unidade) ou Parcial (da Subunidade). Por ocasião da Formatura em frente ao Pav Cmdo, será verificado a ordem unida da tropa e realizado cerimoniais. Nas que ocorrem âmbito SU, será apenas para transmissão de ordens e informações. Revistas: Revista é o ato pelo qual se verifica a presença ou o estado de saúde do pessoal, a existência e o estado do material distribuído e dos animais. Leitura do Boletim Interno e Aditamento ao Boletim Interno: O Boletim Interno (BI) é o documento em que o Comandante publica todas as suas ordens, as ordens das autoridades superiores e os fatos que devam ser de conhecimento de toda a Unidade. O Boletim Interno é dividido em 4 parte: - Serviços diários; - Instrução; - Assuntos Gerais e Administrativos; - Justiça e Disciplina. Os Cmt Cia, poderão anexar ao BI um aditamento com as minúcias necessárias ao cumprimento das ordens nele contidas, acrescidas de suas próprias ordens relativas a diversos assuntos. O boletim e o aditamento, quando possível, serão lidos à Cia em formatura especial de todo o pessoal ao término do expediente, além disto, o aditamento será fixado no quadro mural da Cia. O desconhecimento do boletim e do aditamento não justificam qualquer falta. Revista do Recolher: Destina-se a constatar a presença das praças relacionadas no pernoite e será passada diariamente. Conhecido como pernoite: relação de praças que se encontram de serviço ou aquelas que se encontram em revista do recolher por motivo disciplinar. Silêncio: O toque de silêncio, executado de acordo com o horário da Unidade, por ordem do Oficial de dia, indica o fim da atividade diária. Ao toque de silêncio, as luzes das Subunidades deverão ser apagadas, e as praças se recolherem ao alojamento. Escala de Serviço: Escala a qual o militar participará envolvendo a segurança do aquartelamento e das instalações. Para os soldados recrutas a escala compreenderá o Serviço de Plantão à Subunidade e o Serviço de Guarda ao Quartel (Sentinela). 20 Parada Diária: A parada diária, interna, é uma formatura destinada à revista do pessoal para o serviço diário que é contado de parada a parada. A parada é organizada pelo Sgt Adj, auxiliado pelo Sgte mais antigo, e comandada pelo S1 da Unidade (exceto nos dias em que não houver expediente, quando será comandada pelo Oficial de dia que entra de serviço). Ao toque de parada, os Sgte das Subunidades conduzirão, em forma, ao local determinado, todas as praças que tenham de entrar de serviço, apresentando-as ao Adj. Refeições: Os militares terão direito à alimentação no quartel. Haverá, normalmente, três refeições diárias: café, almoço e jantar, distribuídas de acordo com o horário da Unidade. Os cabos e soldados seguirão para o rancho em forma por Subunidade, após o respectivo toque de “avançar”, sob o comando do Sgt dia, que apresentará as faltas ao Of Dia. Plano de Chamada: Os militares deverão manter atualizados o seu número de telefone junto a Sargenteação da Cia. Quando o militar for acionado, este deverá ir até o quartel. Prontidão: Quando um militar for escalado para ficar em prontidão, este deverá permanecer no quartel e só poderá sair após ordem de autoridade competente. Sobreaviso: Quando um militar for escalado para ficar de sobreaviso, este poderá ir para casa e ficar em condições de se deslocar ao quartel assim que for acionado. ATIVIDADES DE INSTRUÇÃO DO BATALHÃO Internato: Durante este período os soldados recém ingressos irão passar por algumas semanas de internato para se acostumarem com a vida da caserna, compreendendo todas as obrigações, deveres e direitos dos soldados e serem instruídos nas mais variadas atividades militares. Semana Verde: Com o objetivo de se prepararem para o Campo Boina, os soldados participarão por oficinas de diversas atividades militares de campo, devendo pernoitarem no Batalhão. Campo Boina: Durante a semana, participarão de forma efetiva de atividades militares, onde desenvolverão individualmente e coletivamente, atributos da área afetiva. Após término do campo, receberão a boina militar. GLO: Com o objetivo de qualificar os soldados do Batalhão, serão instruídos em diversas atividades tipo Polícia, em Operações de Garantia da Lei e da Ordem. Marcha: Para a manutenção do preparo do militar, executarão ao longo do ano, marchas de 8km, 12km e 16km, sendo em alguns casos executada também a de 24km. Estas marchas compreendem o deslocamento do militar, a pé e por estradas, com todo o equipamento necessário para um combate. Operações: Ao longo do ano, com o objetivo de adestrar a tropa como um todo para o combate, serão executadas operações a fim de que cada quartel cumpra a sua missão em uma situação de guerra. TFM: Diariamente os militares do Batalhão executarão atividades físicas, como corrida, barra, flexão e abdominal. Em alguns casos, será liberada a prática de atividades desportivas, como futebol e vôlei. Essas atividades tem por objetivo manter o preparo do militar. Por ocasião do TFM, sempre haverá um aquecimento centralizado. TAF: Com o objetivo de analisar a preparação da tropa, será verificado os índices que cada militar atingirá na corrida, barra, flexão e abdominal. 21 Tiro: Objetivando pelo preparo da tropa para o combate, anualmente os militares executarão o tiro com suas armas de dotação: Oficiais e ST atirarão de pistola e Sgt, Cb e Sd atirarão de fuzil. Obs: O efetivo profissional do Batalhão executará o TAT (Teste de Aptidão noTiro) e os recrutas incorporados, executarão o TIB (Tiro de Instrução Básico). CFC: Os soldados que atingirem conceito favorável, serão selecionados para realizar a prova de admissão ao Curso de Formação de Cabos, que compreenderá assuntos de Operações Aritméticas, Língua Portuguesa e Redação. Se atingirem nota suficiente para ocupar alguma das vagas, executarão o curso que terá duração aproximada de 3 meses. Ao término do CFC, o referido soldado receberá o seu conceito, o qual servirá de base para uma possível futura promoção. CFST: Os cabos e soldados que atingirem conceito favorável e aptidão para isto, serão selecionados para o Curso de Formação de Sargentos Temporários, que terá duração aproximada de 3 meses. Ao término do curso, serão promovidos a graduação de 3º Sgt. Exposições e ACISO: Com o objetivo de estreitar os laços com a sociedade civil e evidenciar a boa imagem da Instituição, será realizado ao longo do ano, diversas exposições com a demonstração do emprego de equipamentos e viaturas do Exército, além de Ações Cívico Sociais, que compreenderão atividades de apoio com médicos e dentistas à população, além de palestras sobre o Exército Brasileiro em escolas. Atribuições do soldado - RISG Art. 132: O soldado é o elemento essencial de execução e a ele compete: I - pautar a conduta pela fiel observância das ordens e disposições regulamentares; II - mostrar-se digno da farda que veste; e III - revelar como atributos primordiais de sua nobre missão: a) o respeito e a obediência aos seus chefes; b) o culto à fraternal camaradagem para com os companheiros; c) a destreza na utilização do armamento e o cuidado com o material que lhe seja entregue; d) o asseio corporal e o dos uniformes; e) a dedicação pelo serviço e o amor à unidade; e f) a consciente submissão às regras disciplinares. Art. 133: Ao soldado cumpre, particularmente: I - esforçar-se por aprender tudo o que lhe for ensinado pelos seus instrutores; II - evitar divergências com camaradas ou civis e abster-se de prática de vícios ou atividades que prejudicam a saúde e aviltam o moral; III - manter relações sociais somente com pessoas com qualidades morais; IV - portar-se com a máxima compostura e zelar pela boa apresentação de seus uniformes, em qualquer circunstância; V - compenetrar-se da responsabilidade que lhe cabe sobre o material de que é detentor, abstendo- se de desencaminhar ou extraviar, propositadamente ou por negligência, peças de fardamento, armamento, equipamento ou outros objetos pertencentes à União; VI - participar, ao seu chefe o extravio ou estrago de qualquer material a seu cargo; VII - apresentar-se ao Cb Dia, quando sentir-se doente; VIII - ser pontual na instrução e no serviço, participando de imediato ao seu chefe, quando, por motivo de doença ou força maior, encontrar-se impedido de cumprir esse dever; e IX - cumprir, rigorosamente, as normas de prevenção de acidentes na instrução e nas atividades de risco. 22 ORIENTAÇÕES aos soldados CONDUTA DENTRO DO QUARTEL 1 Sempre serão observados. 2 Devem ser unidos, trabalharem em equipe e terem espírito de corpo 3 Desenvolver e aplicar os atributos da área afetiva. 4 Apresente ser um excelente militar e acate todas as ordens recebidas. 5 Seja um destaque positivo sempre, tenha vibração! 6 Se observar condutas inadequadas de seus companheiros, converse com eles. Se sua conversa não resolver, comunique ao seu Cmt Pel. 7 Não ande junto de militares mal-intencionados. 8 O recruta deve empregar a palavra Senhor cada vez que se dirigir ou se referir ao superior ou chamá-lo pelo P/G mais o Nome de Guerra. 9 Padronização da forma de responder aos superiores. Ex: Bom dia senhor! (para todos). 10 Não utilize palavras de baixo calão e vícios de linguagem. 11 Respeite seus camaradas e os superiores hierárquicos. 12 Respeitar os horários previstos para realização das atividades. CONDUTA EM LOCAL PÚBLICO 1 Lembre-se: fora do quartel são militares e deverão manter postura condizente como tal. 2 Nunca poderão ir a qualquer lugar fardados. 3 Nunca se usufruam do benefício de serem militares para conseguir algo. 4 Não utilize palavras de baixo calão e vícios de linguagem. 5 Tratar todos como gostaria de ser tratado. 6 Em bares e restaurantes, beba moderadamente e somente se não for o motorista. 7 Quando estiver no transporte público, ofereça seu lugar a superiores, pessoas idosas, senhoras ou crianças. 8 Se observar um superior em qualquer espaço público, cumprimente-o com respeito com um "bom dia", "boa tarde" ou "boa noite". 9 Atenda aos compromissos nas horas e dias marcados. 10 No seu porte e nas suas palavras, no seu andar e modo de ser, procure a simplicidade. 11 Cumprimente! O cumprimento é a expressão mais comum e mais simples entre os homens. 12 Não fale mais alto que os outros sem necessidade. 13 Não tente monopolizar a conversa, pois os outros têm o direito de falar. 14 Tenha cuidado com o material de uso próprio e de outrem. 15 Não perturbe o sossego de outras pessoas. 16 Não ande junto de pessoas mal-intencionadas. 17 Na prática de esportes nunca reclame culpando o erro de outra pessoa. 18 Seja leal a todos que queiram o seu bem. 23 ORIENTAÇÕES aos soldados ALOJAMENTO 1 Deverá ser executada a faxina diariamente, conforme escala de faxina. 2 Arrumação padronizada da cama, devendo estar sempre pronta antes do café. 3 Ocorrerão revistas inopinadas dentro do alojamento. 4 Os armários deverão estar sempre organizados e trancados com cadeado. 5 Proibido deixar qualquer material individual pra fora do armário. 6 Sua cama deverá estar sempre limpa. 7 Proibido utilizar a cama de seu companheiro para dormir, sentar e apoiar qualquer tipo de material. 8 O banho será conduzido pelo Cb Dia e deverá ser respeitado o intervalo de tempo determinado. 9 Dentro do alojamento está expressamente proibida qualquer brincadeira. 10 Os laranjeiras terão uma maior responsabilidade sobre o alojamento, pois lá será a sua "casa". UNIFORME 1 O uniforme sempre deverá estar limpo e passado. 2 Seu uniforme será inspecionado constantemente, principalmente na formatura matinal e no TFM. 3 Só utilize a sua farda nova em formaturas e serviços, pois lá será cobrada a sua melhor apresentação individual. 4 Cuide de seu material individual, você terá que devolvê-lo ao final do ano. 5 Todos deverão estar com o mesmo uniforme sempre. 6 Proibido andar sem gorro pelo quartel. 7 Proibido qualquer adereço no pescoço. 8 Só poderão ir embora fardados após receberem a boina. 9 Quando puderem sair fardados, somente poderão seguir o destino quartel-casa, casa-quartel. ESCALA DE SERVIÇO 1 Durante o internato concorrerão a escala de Plantão ao Alojamento. 2 Após executarem o tiro de fuzil, concorrerão a escala de Guarda ao Quartel, intercalando com escalas de Plantão. 3 Se tiver dúvidas de suas atribuições durante o serviço, leia a Seção do RISG que fala sobe Guarda ao Quartel e Plantão a SU. 4 Durante o serviço deverá acatar qualquer ordem expressa por um militar mais antigo. 5 Sua postura durante o serviço será cobrada ainda mais e qualquer alteração nele acarretará em punições mais graves. 24 ORIENTAÇÕES aos soldados RANCHO 1 Deslocamento para avançar ao rancho será padronizado. 2 Cumprir com o intervalo de tempo determinado. 3 Mantenha sempre sua higiene em dia, lavando as mãos e os materiais que por ventura leve para o rancho sempre limpos. 4 Não conversar dentro do rancho. 5 Enquanto aguarda para comer do lado de fora do rancho, deverão demonstrar vibração na canção. 6 Após a refeição deverá ser realizada a limpeza de todo o material. 7 Proibido deixar comida no prato e não deixe cair comida na mesa. 8 Não mastigue abrindo a boca e não fale durante a refeição e, muito menos, com a boca cheia. 9 Acatar qualquerordem de militares do rancho, pois eles são mais antigos que você. 10 Os militares que chegarem a mesa só poderão sentar e iniciar a refeição após a mesa estar completamente preenchida. 11 Enquanto aguardam os outros militares, deverá permanecer na posição de descansar e imóvel. DESLOCAMENTOS EM FORMA 1 No TFM e deslocamentos para o rancho, instrução e fora de forma, sempre deverão puxar canção. 2 Deslocamento sempre em acelerado. Somente irão marchar quando for determinado. 3 Ninguém conversa em forma ou faz qualquer tipo de brincadeira. 4 O recruta deverá demonstrar total vibração enquanto se desloca em forma. 5 Nunca saia de forma sem a devida autorização. XERIFADO 1 O Xerife deverá ter o controle total de seu efetivo. 2 Apresentação do xerife com tiragem de faltas. 3 Xerife e sub xerife devem possuir relógio para controlar o tempo. 4 Xerife deverá andar com bloco de anotações e caneta. 5 Quando o xerife se ausentar, automaticamente assume o sub xerife. 6 Sub-Xerife deverá controlar e fiscalizar a faxina a ser realizada antes de dar o pronto pro Xerife. 7 Em forma só fala o xerife e o sub xerife (proibido conversar em forma). 8 Os soldados do pelotão deverão acatar as ordens do Xerife e Sub-Xerife, não podendo em nenhuma hipótese ponderá-las. 9 O Xerife apresentará o pelotão a qualquer militar mais antigo que solicitar. 25 ORIENTAÇÕES aos soldados DIVERSOS 1 Proibido bebidas, drogas, armas brancas e armas de fogo dentro do Batalhão. 2 Se o militar sentir alguma dificuldade em certa atividade, deverá treiná-la após o expediente. 3 Na formatura matinal: Inspeção da apresentação individual e coletiva (organização e faxina diariamente). 4 É expressamente proibido o recruta tirar foto ou fazer filmagens dentro do quartel. 5 O recruta deverá estar sempre com sua higiene em dia (corte de cabelo (a cada 10 dias) e barba, banho e higiene bucal). 6 Cumpra com os compromissos financeiros que assumir. 7 Nunca sobreponha a sua farda com qualquer adereço (mochila, fone de ouvido, capa de chuva, blusas). 8 Proibido qualquer jogo de azar (jogos de carta ou tabuleiro) dentro do quartel. 9 Papirar constantemente os regulamentos do Exército. LEMBRE-SE! 1 Todo militar deve comportar-se corretamente tanto na caserna como, principalmente, em meio ao público civil, pois suas atitudes é que vão fluir positiva ou negativamente para a imagem do Exército perante a sociedade. 2 Estes procedimentos que vocês acabam de adquirir são os básicos no relacionamento com os civis fora e dentro do quartel. Devemos procurar seguir estes ensinamentos e aplicá-los no dia-a-dia para assim representarmos bem o Batalhão e o Exército Brasileiro. CONTINÊNCIA – PORT NORM NR 660 Art. 2º: Todo militar, em decorrência de sua condição, obrigações, deveres, direitos e prerrogativas, estabelecidos em toda a legislação militar, deve tratar sempre: I - com respeito e consideração os seus superiores hierárquicos, como tributo à autoridade de que se acham investidos por lei; II - com afeição e camaradagem os seus pares; III - com bondade, dignidade e urbanidade os seus subordinados. § 1º Todas as formas de saudação militar, os sinais de respeito e a correção de atitudes caracterizam, em todas as circunstâncias de tempo e lugar, o espírito de disciplina e de apreço existentes entre os integrantes das Forças Armadas. Art. 3º: O militar manifesta respeito e apreço aos seus superiores, pares e subordinados: I - pela continência; II - dirigindo-se a eles ou atendendo-os, de modo disciplinado; III - observando a precedência hierárquica; IV - por outras demonstrações de deferência. 26 § 1º Os sinais regulamentares de respeito e de apreço entre os militares constituem reflexos adquiridos mediante cuidadosa instrução e continuada exigência. § 2º A espontaneidade e a correção dos sinais de respeito são índices seguros do grau de disciplina das corporações militares e da educação moral e profissional dos seus componentes. § 3º Os sinais de respeito e apreço são obrigatórios em todas as situações, inclusive nos exercícios no terreno e em campanha. Art. 14: A continência é a saudação prestada pelo militar e pode ser individual ou da tropa. A continência é impessoal; visa a autoridade e não a pessoa. A continência parte sempre do militar de menor precedência hierárquica; em igualdade de posto ou graduação. Todo militar deve, obrigatoriamente, retribuir a continência que lhe é prestada; se uniformizado, procede da forma regulamentar; se em trajes civis, a responde com um movimento de cabeça, com um cumprimento verbal ou descobrindo-se, caso esteja de chapéu. Art. 19: A atitude, o gesto e a duração são elementos essenciais da continência individual, variáveis conforme a situação dos executantes, sendo: atitude a postura marcial e comportamento respeitoso e adequado às circunstâncias e ao ambiente; gesto o conjunto de movimento do corpo, braços e mãos, com ou sem armas; e duração o tempo durante o qual o militar assume a atitude e executa o gesto referido durante seu gesto. Art. 20: A continência é executada em movimento enérgico, levando a mão direita ao lado da cobertura ou lado direito da fronte, tocando com a falangeta do indicador a borda da pala ou próximo do canto externo da sobrancelha; a mão no prolongamento do antebraço, com a palma voltada para o rosto e com os dedos unidos e distendidos; o braço sensivelmente horizontal, formando um ângulo de 45º com a linha dos ombros; olhar franco e naturalmente voltado para o superior e, para desfazer a continência, baixa a mão em movimento enérgico, voltando à posição de sentido. Obs: Qualquer floreio na continência é inadequado. Se você a fizer de forma exagerada ou preguiçosa, ela pode ser percebida como um insulto ainda maior do que nem mesmo realizá-la. 27 SINAIS DE RESPEITO Tendo em vista o seu dia-a-dia no Batalhão, onde por muitas vezes estarão sozinhos, deverão saber como se portar em determinadas situações, demonstrando total respeito. Seguem abaixo 47 possíveis situações que o soldado poderá passar. 1) Subordinado Parado e Superior deslocando-se em sua direção: - Sentido de frente para o caminho que o Superior irá fazer - Continência 03 passos antes do Superior passar por você - Desfaz 01 passo depois com olhar franco e naturalmente voltado para o superior 2) Subordinado deslocando-se na direção de Superior parado: - Não cessa movimento braço esquerdo e muito menos bata-o na coxa - Continência 03 passos antes e desfaz após passar pelo Superior - Encara o superior com um movimento vivo de cabeça 3) Subordinado correndo e Superior parado ou deslocando-se em sentido contrário: - Para de correr e toma o passo normal, prestando a continência 03 passos antes - O braço esquerdo continua no movimento natural de andar. - Encara o superior com um movimento vivo de cabeça e desfaz após passar ele 4) Subordinado deslocando-se em sentido oposto do Superior: - Não cessa movimento braço esquerdo - Continência 03 passos antes e desfaz após passar pelo Superior - Encara o superior com um movimento vivo de cabeça 5) Primeira continência do dia para o Cmt, onde o mesmo desloca-se em sentido contrário: - Faz alto e faz frente para o caminho onde o Cmt irá passar - Continência 03 passos antes e desfaz 01 passo depois - Olhar franco e naturalmente voltado para o Cmt Obs: O único militar que o subordinado para ao prestar continência é o Cmt do Btl ou Of Gen. Se por acaso em outra oportunidade for passar novamente pelo Cmt, presta a continência sem necessitar parar. 6) Primeira continência do dia para o Cmt, onde o mesmo está parado e você andando: - Quando for passar pelo Cmt, faz alto e faz voltas para o Cmt - Presta continência com vivacidade e desfaz - Faz voltas ao caminho que estava seguindo e continua andando7) Subordinado e Superior deslocando-se em direções convergentes: - Vendo que o local somente permite a passagem de um elemento, reduz o passo e deixa o superior passar a frente, prestando-lhe a continência sem parar 8) Subordinado ultrapassa Superior no mesmo sentido: - Continência quando chegar do lado do superior - Encara o superior com movimento vivo de cabeça e desfaz 03 passos depois 28 9) Subordinado é ultrapassado por Superior no mesmo sentido: - Continência quando for alcançado pelo Superior - Encara o superior com movimento vivo de cabeça e desfaz 01 passo depois 10) Dois militares deslocando-se juntos: - Mais moderno dá sua direita para o mais antigo 11) Dois militares deslocando-se juntos cruzam com superior do mais moderno: - Mais moderno presta continência 12) Mais de dois militares deslocando-se juntos: - Mais antigo ao centro - Demais se distribuem, por antiguidade, a direita e a esquerda 13) Militar se apresentando para Superior da OM: - Posição de Sentido em distância de um aperto de mão, faz a Continência - Em voz audível: Sd “Nr” “Nome” da “Companhia de Comando e Apoio” - Após se apresentar, desfaz a Continência - Permanece na posição de sentido até que seja comandado “A Vontade” - Faz a Continência, após a conversa, e pede: - “Permissão para me retirar” - Executa Meia-Volta e rompe marcha com o pé esquerdo 14) Militar se apresentando para Superior de outra OM: - Idem Nr 13, porém diz: - Sd “Nome” do 27º Batalhão Logístico 15) Militar se apresenta para Superior em recinto fechado: - Retira a cobertura com a mão direita - Coloca-a do lado esquerdo do corpo, na altura da cintura - Procede conforme o Nr 13 16) Militar pedindo autorização pra entrar em forma: - Posição de Sentido - Distância de um aperto de mão - Faz a Continência - Em voz audível: - Sd “Nr” “Nome” da “Companhia de Comando e Apoio” - Após se apresentar, desfaz a Continência - Em voz audível: “Permissão para entrar em forma” - Após autorização do mais antigo - Executa Meia-Volta - Rompe marcha com o pé esquerdo e entra em forma 17) Militar pedindo permissão para entrar em um recinto: - Posição de Sentido em frente a porta, presta a Continência - Em voz audível: - Sd “Nr” “Nome” da “Companhia de Comando e Apoio” - Após se apresentar, desfaz a Continência - Em voz audível: “Permissão para entrar no recinto” - Após autorização do superior, executa Meia-Volta - Rompe marcha com o pé esquerdo e entra no recinto 29 18) Militar pedindo permissão para sair de um recinto: - Posição de Sentido em frente a porta e de frente para o interior do recinto - Faz a Continência - Em voz audível: - Sd “Nr” “Nome de Guerra” da “Companhia de Comando e Apoio” - Após se apresentar, desfaz a Continência - Em voz audível: “Permissão para sair do recinto” - Após autorização do superior - Executa meia-volta e rompe marcha com o pé esquerdo e sai do recinto 19) Militar anunciando o Cmt do Btl: - O primeiro militar que ver o Comandante toma posição de sentido - Em voz audível: “Alojamento atenção, presente no recinto o Sr. Tenente Coronel Ciclano, Comandante do Batalhão” 20) Militar anunciando superior no recinto em que se encontram outros militares: - O primeiro militar que ver o superior fica em sentido de frente para o recinto - (Se for Cabo da equipe de instrução) Em voz audível: “Alojamento atenção, presente no recinto o Cabo Fulano, auxiliar de instrução.” - (Se for Sargento da equipe de instrução) Em voz audível: “Alojamento atenção, presente no recinto o Sargento Fulano, monitor.” - (Se for Oficial da equipe de instrução) Em voz audível: “Alojamento atenção, presente no recinto o Tenente Fulano, instrutor.” - (Se for o Capitão Fulano, Cmt Cia Instr) Em voz audível: “Alojamento atenção, presente no recinto o Capitão Fulano, Instrutor Chefe.” - (Se for outro militar do Batalhão) Em voz audível: “Alojamento atenção, presente no recinto o Sargento Fulano.” 21) Militar pedindo permissão para falar (estando próximo ao superior): - Posição de Sentido em distância de um aperto de mão, faz a Continência - Em voz audível: - Sd “Nr” “Nome” da “Companhia de Comando e Apoio” - Após se apresentar, desfaz a Continência - Em voz audível: “Permissão para falar” - Fala o que se deseja e permanece na posição de sentido até que seja comandado “A Vontade” 22) Militar pedindo permissão para falar (em instrução): - Sentado, levanta o braço esquerdo com o punho cerrado - Após autorizado a falar, toma a posição de pé e em Sentido - Em voz audível: - Sd “Nr” “Nome” da “Companhia de Comando e Apoio” - Faz a pergunta em voz audível 23) Superior chamando Subordinado: - Subordinado vai em sua direção em acelerado 24) Militar se deslocando, ouve o toque da bandeira: - Faz alto e faz frente para o pavilhão da Bandeira - Início do toque: Faz a continência e desfaz após toque 30 25) Militar sentado, tropa passa por ele: - De pé - Posição de Sentido - Frente para a tropa - Presta Continência para o superior que estiver comandando - Faz Continência 03 passos antes da passagem do Superior - Desfaz após passagem do superior 26) Tropa deslocando-se e militar deslocando-se em sentido contrário: - Faz alto - Posição de Sentido - Frente para a tropa - Presta Continência para o superior que estiver comandando - Faz Continência 03 passos antes da passagem do Superior - Desfaz após passagem do superior 27) Militar armado de Fuzil deslocando-se na direção de Superior: - Faz Ombro-Arma - Encara o superior com movimento vivo de cabeça 28) Militar armado de Fuzil deslocando-se na direção de tropa comandada por Superior: - Faz alto e toma a posição de Sentido de frente para o caminho da tropa - Ombro-Arma 03 passos antes da passagem do Superior - Desfaz após passagem da tropa 29) Militar conduzindo veículo parado e seu passageiro: - Ambos prestam continência sem se levantarem 30) Militar conduzindo veículo em movimento e seu passageiro: - Somente passageiro presta a continência 31) Militar conduzindo veículo em movimento e seu passageiro – Toque da Bandeira: - Para o veículo, ambos descem e prestam a Continência regulamentar - Desfaz após o término do toque 32) Militar conduzindo bicicleta ou moto: - Não presta a continência - Passa pelo superior em marcha moderada, atento na condução do veículo. 33) Militar com uma das mãos ocupadas cruzando com Superior: - Passa tudo para a mão esquerda - Continência 03 passos antes - Encara o superior - Desfaz a continência após passar pelo superior 34) Militar com as duas mãos ocupadas: - 03 passos antes faz um giro enérgico de cabeça, encarando o Superior - Desfaz após passar pelo Superior 31 35) Militar encontra-se com Superior em escada estreita: - Faz alto e faz frente para o superior - Faz a Continência dando a passagem para o Superior - Desfaz a Continência e continua seu trajeto 36) Militar entrando em Recinto Público (Banco): - Cruzou com o superior faz a continência regulamentar 37) Subordinado está paisano e sentado em Recinto Público, um Superior entra e está passando pelo Subordinado - Fica de pé e cumprimenta com expressão verbal. Ex: “Bom dia senhor!” 38) Militar a paisana encontra-se com Superior num Restaurante: - Vai na direção do Superior e o cumprimenta com expressão verbal. Ex: “Boa noite senhor!” 39) Militar fardado sentado do lado de um Superior num ônibus: - Presta Continência solicitando permissão para sentar-se a seu lado 40) Militar fardado ou à paisana em ônibus lotado e Superior de pé: - Subordinado cede seu lugar ao Superior 41) Continência do Plantão: - Ao passar um Superior por ele toma posição de sentido e presta continência 42) Plantão se apresentando para rondante: - Posição de Sentido em distância de um aperto de mão, faz a Continência - Em voz audível: - Sd “Nr” “Nome de Guerra” da “Companhia de Comando e Apoio”“Plantão da hora” - Desfaz a continência - Em voz audível: “Serviço com/sem alteração” - Após rondante retribuir a continência volta ao posto 43) Plantão passar o serviço para o outro plantão: - Um de frente para o outro - O que está saindo presta continência e fala Sd “Nr” “Nome de Guerra” “Plantão da Hora que sai” - Desfaz a continência e fala: “Passo serviço com/sem alteração” - O que está entrando presta continência e fala Sd “Nr” “Nome de Guerra” “Plantão da Hora que entra” - Desfaz a continência e fala: “Recebo o serviço com/sem alteração” - Cb Dia comanda “Meia volta volver” e executa-se - Cb Dia comanda “Fora de forma, marche” e executa-se 44) Continência do Sentinela Móvel: - Passagem de Superior: toma posição de Sentido com fuzil “em caçador” 32 45) Sentinela Móvel se apresentando para rondante: - Posição de Sentido com fuzil “em caçador” - Distância de 01 aperto de mão - Em voz audível: - Sd “Nr” “Nome de Guerra” da “Companhia de Comando e Apoio” “Sentinela da hora”, “serviço com/sem alteração” - Após rondante retribuir a continência volta ao posto 46) Sentinela passar o serviço para o outro sentinela: - Um de frente para o outro - Cb Gda comanda “Ombro arma” e executa-se - O que está saindo fala Sd “Nr” “Nome de Guerra” “Sentinela da Hora que sai” “Passo serviço com/sem alteração” - O que está entrando fala Sd “Nr” “Nome de Guerra” “Sentinela da Hora que entra” “Recebo o serviço com/sem alteração” - Cb Gda comanda “Meia volta volver” e executa-se e desfaz o movimento de ombro arma - Cb Dia comanda “Fora de forma, marche” e executa-se 47) Sentinela abordando o rondante: - Quando avistar o rondante se abrigar em local seguro - Quando o rondante estiver a uns 20 metros - Em voz audível: “Alto lá, identifique-se!” - Rondante vai parar de andar e se identificar: “Rondante” - Sentinela em voz audível: “Aproxime-se para melhor identificação” - Rondante vai se aproximar. Quando chegar a uns 10 metros - Em voz audível: “Faz alto!” Avance com a senha” - Rondante: “senha” - Sentinela: “contrasenha” “Nr para soma” - Rondante: “Nr para completar a soma” - Após reconhecimento na troca de senha e contrassenha, sentinela se aproxima do rondante e se apresenta 33 HORÁRIO DO CORPO HORÁRIO DO CORPO – DURANTE INTERNATO 6:00 Alvorada 06:00 - 06:30 Higiene pessoal / arrumação de camas / início da faxina no alojamento 6:30 Entrada em forma para café 06:30 - 07:00 Café da manhã 07:00 - 07:20 Término da faxina no alojamento 7:20 Entrada em forma para Formatura Matinal 08:00 - 12:00 Instruções 12:00 - 13:00 Almoço 13:00 - 13:30 Organização do alojamento / higiene pessoal 13:30 - 17:30 Instruções 17:30 - 18:15 Jantar 18:15 - 20:20 Instruções 20:20 - 21:00 Ceia 21:00 - 22:00 Medidas Administrativas 22:00 Toque de silêncio HORÁRIO DO CORPO – DURANTE O ANO 06:30 - 07:40 Café da manhã 08:00 - 12:00 Expediente 12:00 - 13:00 Almoço 13:30 - 17:00 Expediente 17:30 - 18:30 Jantar 20:00 - 20:30 Ceia 22:00 Toque de silêncio Observações: Formatura Geral: Geralmente ocorrem nas Terças-Feiras às 08:20 hs. TFM: Quando for pela manhã ocorre das 08:00 hs às 09:30 hs. Quando for na parte da tarde, ocorre das 15:30 hs às 17:00 hs. Sexta-Feira: Meio expediente, das 08:00 hs às 12:00 hs. Sábados e Domingos: Sem expediente. 34 VALORES MILITARES e atributos da área afetiva São referenciais fixos, fundamentos imutáveis e universais que influenciam, de forma consciente ou inconsciente, o comportamento e, em particular, a conduta pessoal de cada integrante da Instituição. Amor à profissão: é a satisfação em pertencer ao Exército Brasileiro, externada pelas demonstrações de entusiasmo, motivação profissional, dedicação integral ao serviço, trabalho por prazer, irretocável apresentação individual, consciência profissional, espírito de sacrifício, gosto pelo trabalho bem-feito, prática consciente dos deveres e da ética militares e de sentimento do dever cumprido. Autoconfiança: capacidade de demonstrar segurança e convicção em suas atitudes, nas diferentes circunstâncias. Camaradagem: forma cordial de o militar dispensar às pessoas de diversos níveis hierárquicos e culturais, de forma a manter o ambiente de trabalho agradável e produtivo. Civismo: culto aos símbolos nacionais, aos valores e tradições históricas, à História- Pátria, em especial a militar, aos heróis nacionais e chefes militares do passado. Cooperação: capacidade de contribuir espontaneamente para o trabalho de alguém e / ou de uma equipe. Coragem: ter a capacidade de decidir e a iniciativa de implantar a decisão, mesmo com risco de vida ou de interesses pessoais, no intuito de cumprir o dever, assumindo a responsabilidade por suas atitudes. Dedicação: capacidade de o militar empenhar-se em adquirir conhecimentos e desenvolver habilidades pertinentes às suas atividades por meio de aprimoramento técnico-profissional. Esse aprimoramento contempla as áreas cognitiva, psicomotora e afetiva e é sedimentada com o exercício profissional de suas atribuições. Disciplina: reflete a forma como o militar procede conforme normas, leis e regulamentos que regem a instituição. Equilíbrio Emocional: capacidade de controlar as próprias reações para continuar a agir, apropriadamente, nas diferentes situações. Espírito de corpo: reflete o grau de coesão da tropa e de camaradagem entre seus integrantes. Fé na missão do Exército: advém da crença inabalável na missão do Exército Brasileiro de defender a Pátria, garantir os poderes constitucionais, a lei e a ordem, cooperar com o desenvolvimento nacional e a defesa civil e participar de operações internacionais. 35 Iniciativa: qualidade de o militar atuar, proativamente, sempre dentro do quadro da intenção do comandante, e de resolver problemas atinentes à sua tarefa, com a autonomia esperada para seu cargo ou função. Integridade: o militar tem sua conduta pautada pela legalidade, justiça e ética profissional, dentro e fora do ambiente militar. Lealdade: cultuar a verdade, sinceridade e sadia camaradagem, mantendo-se fiel aos compromissos assumidos. Patriotismo: amor incondicional à Pátria que impele o militar a estar pronto a defender sua soberania, integridade territorial, unidade nacional e paz social. Caracteriza-se pela vontade inabalável do cumprimento do dever militar, mesmo que isso prescinda o sacrifício de sua própria vida. Responsabilidade: o militar responde espontaneamente pelas consequências de seus atos, de suas decisões e das ordens que houver emitido, empenhando-se em cumprir os compromissos assumidos, evitando riscos desnecessários ao patrimônio e à integridade física e psicológica dos envolvidos em suas ações. Persistência: capacidade de manter-se em ação continuadamente, a fim de executar uma tarefa vencendo as dificuldades encontradas. Estatuto dos militares – e1 Disposições Art. 1º: O presente Estatuto regula a situação, obrigações, deveres, direitos e prerrogativas dos membros das Forças Armadas. Art. 2º: As Forças Armadas, essenciais à execução da política de segurança nacional, são constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, e destinam-se a defender a Pátria e a garantir os poderes constituídos, a lei e a ordem. São instituições nacionais, permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República e dentro dos limites da lei. Art. 3º: Os membros das Forças Armadas, em razão de sua destinação constitucional, formam uma categoria especial de servidores da Pátria e são denominados militares. Os militares encontram-se em uma das seguintes situações: a) na ativa: I - os de carreira; II - os incorporados às Forças Armadas para prestação de serviço militar inicial; III - os componentesda reserva das Forças Armadas quando convocados, reincluídos, designados ou mobilizados; IV - os alunos de órgão de formação de militares da ativa e da reserva; e V - em tempo de guerra, todo cidadão brasileiro mobilizado para o serviço ativo nas Forças Armadas. 36 b) na inatividade: I - os da reserva remunerada, quando pertençam à reserva das Forças Armadas e percebam remuneração da União, porém sujeitos, ainda, à prestação de serviço na ativa, mediante convocação ou mobilização; e II - os reformados, quando, tendo passado por uma das situações anteriores estejam dispensados, definitivamente, da prestação de serviço na ativa, mas continuem a perceber remuneração da União. Importante: Este Estatuto aplica-se, no que couber a militares da ativa e da inatividade. Art. 5º: A carreira militar é caracterizada por atividade continuada e inteiramente devotada às finalidades precípuas das Forças Armadas, denominada atividade militar. Hierarquia Militar e Disciplina Art. 14: A hierarquia e a disciplina são a base institucional das Forças Armadas. A autoridade e a responsabilidade crescem com o grau hierárquico. § 1º - A hierarquia militar é a ordenação da autoridade, em níveis diferentes, dentro da estrutura das Forças Armadas. A ordenação se faz por postos ou graduações; dentro de um mesmo posto ou graduação se faz pela antiguidade no posto ou na graduação. O respeito à hierarquia é consubstanciado no espírito de acatamento à sequência de autoridade. § 2º - Disciplina é a rigorosa observância e o acatamento integral das leis, regulamentos, normas e disposições que fundamentam o organismo militar e coordenam seu funcionamento regular e harmônico, traduzindo-se pelo perfeito cumprimento do dever por parte de todos e de cada um dos componentes desse organismo. § 3º - A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser mantidos em todas as circunstâncias da vida entre militares da ativa, da reserva remunerada e reformados. Art. 15: Círculos hierárquicos são âmbitos de convivência entre os militares da mesma categoria e têm a finalidade de desenvolver o espírito de camaradagem, em ambiente de estima e confiança, sem prejuízo do respeito mútuo. Art. 16: Os círculos hierárquicos e a escala hierárquica nas Forças Armadas, bem como a correspondência entre os postos e as graduações da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, são fixados nos parágrafos seguintes e no Quadro em anexo. § 1º - Posto é o grau hierárquico do oficial, conferido por ato do Presidente da República ou do Ministro de Força Singular e confirmado em Carta Patente. § 2º - Os postos de Almirante, Marechal e Marechal-do-Ar somente serão providos em tempo de guerra. § 3º - Graduação é o grau hierárquico da praça, conferido pela autoridade militar competente. 37 § 4º - Os Guardas-Marinha, os Aspirantes-a-Oficial e os alunos de órgãos específicos de formação de militares são denominados praças especiais. Ética Militar Art. 28: O sentimento do dever, o pundonor militar e o decoro da classe impõem, a cada um dos integrantes das Forças Armadas, conduta moral e profissional irrepreensíveis, com a observância dos seguintes preceitos de ética militar: I - amar a verdade e a responsabilidade como fundamento de dignidade pessoal; II - exercer, com autoridade, eficiência e probidade, as funções que lhe couberem em decorrência do cargo; III - respeitar a dignidade da pessoa humana; IV - cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos, as instruções e as ordens das autoridades competentes; V - ser justo e imparcial no julgamento dos atos e na apreciação do mérito dos subordinados; VI - zelar pelo preparo próprio, moral, intelectual e físico e, também, pelo dos subordinados, tendo em vista o cumprimento da missão comum; VII - empregar todas as suas energias em benefício do serviço; VIII - praticar a camaradagem e desenvolver, permanentemente, o espírito de cooperação; IX - ser discreto em suas atitudes, maneiras e em sua linguagem escrita e falada; X - abster-se de tratar, fora do âmbito apropriado, de matéria sigilosa de qualquer natureza; XI - acatar as autoridades civis; XII - cumprir seus deveres de cidadão; XIII - proceder de maneira ilibada na vida pública e na particular; XIV - observar as normas da boa educação; XV - garantir assistência moral e material ao seu lar e conduzir se como chefe de família modelar; XVI - conduzir-se, mesmo fora do serviço ou quando já na inatividade, de modo que não sejam prejudicados os princípios da disciplina, do respeito e do decoro militar; XVII - abster-se de fazer uso do posto ou da graduação para obter facilidades pessoais de qualquer natureza ou para encaminhar negócios particulares ou de terceiros; XVIII - abster-se, na inatividade, do uso das designações hierárquicas, em atividades político-partidárias; em atividades comerciais; em atividades industriais e para discutir ou provocar discussões pela imprensa a respeito de assuntos políticos ou militares. XIX - zelar pelo bom nome das Forças Armadas e de cada um de seus integrantes, obedecendo e fazendo obedecer aos preceitos da ética militar. 38 Deveres Militares Art. 31: Os deveres militares emanam de um conjunto de vínculos racionais, bem como morais, que ligam o militar à Pátria e ao seu serviço, e compreendem, essencialmente: I - a dedicação e a fidelidade à Pátria, cuja honra, integridade e instituições devem ser defendidas mesmo com o sacrifício da própria vida; II - o culto aos Símbolos Nacionais; III - a probidade e a lealdade em todas as circunstâncias; IV - a disciplina e o respeito à hierarquia; V - o rigoroso cumprimento das obrigações e das ordens; e VI - a obrigação de tratar o subordinado dignamente e com urbanidade. Violação das Obrigações e dos Deveres Militares Art. 42: A violação das obrigações ou dos deveres militares constituirá crime, contravenção ou transgressão disciplinar, conforme dispuser a legislação ou regulamentação específicas. Art. 43: A inobservância dos deveres especificados nas leis e regulamentos, ou a falta de exação no cumprimento dos mesmos, acarreta para o militar responsabilidade funcional, pecuniária, disciplinar ou penal, consoante a legislação específica. Art. 45: São proibidas quaisquer manifestações coletivas, tanto sobre atos de superiores quanto as de caráter reivindicatório ou político. Direito dos Militares Art. 50: São direitos dos militares: IV - nas condições ou nas limitações impostas na legislação e regulamentação específicas: a) a estabilidade, quando praça com 10 (dez) ou mais anos de tempo de efetivo serviço; b) o uso das designações hierárquicas; c) a ocupação de cargo correspondente ao posto ou à graduação; d) a percepção de remuneração; e) a assistência médico-hospitalar para si e seus dependentes; f) o funeral para si e seus dependentes; g) a alimentação, assim entendida como as refeições fornecidas aos militares em atividade; h) o fardamento, constituindo-se no conjunto de uniformes, roupa branca e roupa de cama, fornecido ao militar na ativa de graduação inferior a terceiro- sargento e, em casos especiais, a outros militares; i) a moradia para o militar em atividade, compreendendo alojamento em organização militar ou habitação para si e seus dependentes m) a promoção; o) as férias, os afastamentos temporários do serviço e as licenças; p) a demissão e o licenciamento voluntários; 39 Regulamento Disciplinar do exército – rde Art. 1º: O Regulamento Disciplinar do Exército tem por finalidade especificar as transgressões disciplinares e estabelecer normas relativas a punições disciplinares, comportamento militar das praças, recursos e recompensas.Art. 6º: A disciplina militar é a rigorosa observância e o acatamento integral das leis, regulamentos, normas e disposições, traduzindo-se pelo perfeito cumprimento do dever por parte de todos e de cada um dos componentes do organismo militar. Art. 14 – Transgressão Disciplinar: É qualquer violação dos preceitos de ética, dos deveres e das obrigações militares na sua manifestação elementar e simples. § 1º Quando a conduta praticada estiver tipificada em lei como crime ou contravenção penal, não se caracterizará transgressão disciplinar. Art. 19 – Atenuantes de punição: I - o bom comportamento; II - a relevância de serviços prestados; III - ter sido a transgressão cometida para evitar mal maior; IV - ter sido a transgressão cometida em defesa própria, de seus direitos ou de outrem, e V - a falta de prática do serviço. Art. 20 – Agravantes de punição: I - o mau comportamento; II - a prática simultânea ou conexão de duas ou mais transgressões; III - a reincidência de transgressão, mesmo que a punição anterior tenha sido uma advertência; IV - o conluio de duas ou mais pessoas; V - ter o transgressor abusado de sua autoridade hierárquica ou funcional; e VI - ter praticado a transgressão: a) durante a execução de serviço; b) em presença de subordinado; c) com premeditação; d) em presença de tropa; e e) em presença de público. Art. 24 – Classificação das punições: Segundo a classificação resultante do julgamento da transgressão, as punições disciplinares a que estão sujeitos os militares são, em ordem de gravidade crescente: I - a advertência; (verbal – não vai para a ficha do militar) II - o impedimento disciplinar; (fica dentro do alojamento – não vai para a ficha do militar) III - a repreensão; (por escrito – vai para a ficha do militar) IV - a detenção disciplinar; (fica dentro do alojamento – vai para a ficha do militar) V - a prisão disciplinar; (fica dentro da prisão – vai para a ficha do militar) e VI - o licenciamento e a exclusão a bem da disciplina. Observação: Toda vez que um militar cometer uma transgressão disciplinar, será aberto uma FATD (Formulário de apuração de transgressão disciplinar), onde o militar arrolado terá o direito ao contraditório e a ampla defesa. Após julgado pelo Cmt Cia, a FATD justificada será encaminhada para apreciação do Cmt Btl, que aumentará ou diminuirá a punição. 40 CÓDIGO PENAL MILITAR – CPM Insubordinação Art. 163: Recusar obedecer a ordem do superior sobre assunto ou matéria de serviço, ou relativamente a dever imposto em lei, regulamento ou instrução: Pena - detenção, de um a dois anos, se o fato não constitui crime mais grave. Art. 164: Opor-se às ordens da sentinela: Pena - detenção, de seis meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave. Art. 165: Promover a reunião de militares, ou nela tomar parte, para discussão de ato de superior ou assunto atinente à disciplina militar: Pena - detenção, de seis meses a um ano a quem promove a reunião; de dois a seis meses a quem dela participa, se o fato não constitui crime mais grave. Art. 166: Publicar o militar ou assemelhado, sem licença, ato ou documento oficial, ou criticar publicamente ato de seu superior ou assunto atinente à disciplina militar, ou a qualquer resolução do Governo: Pena - detenção, de dois meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave. Insubmissão Art. 183: Deixar de apresentar-se o convocado à incorporação, dentro do prazo que lhe foi marcado, ou, apresentando-se, ausentar-se antes do ato oficial de incorporação: Pena - impedimento, de três meses a um ano. Art. 184: Criar ou simular incapacidade física, que inabilite o convocado para o serviço militar: Pena - detenção, de seis meses a dois anos. Art. 185: Substituir-se o convocado por outrem na apresentação ou na inspeção de saúde: Pena - detenção, de seis meses a dois anos. Deserção Art. 187: Ausentar-se o militar, sem licença, da unidade em que serve, ou do lugar em que deve permanecer, por mais de oito dias: Pena - detenção, de seis meses a dois anos. Art. 189: Apresentar-se voluntariamente dentro em oito dias após a consumação do crime: Pena - diminuída de metade, conforme Art. 187. Abandono de posto Art. 195: Abandonar, sem ordem superior, o posto ou lugar de serviço que lhe tenha sido designado, ou o serviço que lhe cumpria, antes de terminá-lo: Pena - detenção, de três meses a um ano. 41 Outros crimes em serviço Art. 196: Deixar o militar de desempenhar a missão que lhe foi confiada: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, se o fato não constitui crime mais grave. Art. 202: Embriagar-se o militar, quando em serviço, ou apresentar-se embriagado para prestá-lo: Pena - detenção, de seis meses a dois anos. Art. 203: Dormir o militar, quando em serviço de sentinela, vigia, ou em qualquer serviço de natureza semelhante: Pena - detenção, de três meses a um ano. ESCALA DE SERVIÇO DO 27º b log Of Dia – Oficial de Dia Adj – Adjunto Cmt Gda – Comandante da Guarda Cb Gda – Cabo da Guarda Sgt dia – Sargento de Dia Cb Dia – Cabo de Dia Mot Dia – Motorista de Dia SEQUÊNCIA DAS AÇÕES DURANTE O SERVIÇO HORÁRIOS – DURANTE O SERVIÇO Dia anterior Preparação para o serviço 07:00 - 07:40 Apanha e manutenção do armamento 07:50 Deslocamento em forma para a Parada Diária 08:00 Parada Diária e hasteamento da bandeira 08:30 - 09:30 Cautela de munição e rendição da guarnição que sai 11:30 - 12:30 Almoço 17:30 - 18:00 Jantar 18:00 Arriação da bandeira 19:00 - 20:00 Pernoite 20:00 - 20:30 Ceia 22:00 Liberação de quem não está na hora para ir dormir 06:00 Alvorada 06:00 - 07:00 Higiene pessoal e faxina nas instalações da guarda 07:20 – 07:40 Treinamento da guarda em forma e Recepção ao Cmt Btl 08:30 - 09:30 Devolução da munição e passagem do serviço Of Dia Ten / Asp Of Adj 1º Sgt / 2º Sgt Cmt Gda 3º Sgt Cb Gda Cb Sentinelas Sd EV Sgt Dia 2º Sgt / 3º Sgt Cb dia Sd EP Plantões Sd EV Mot Dia Cb / Sd EP 42 REGULAMENTO INTERNO E DOS SERVIÇOS GERAIS – risg Atribuições da Guarda ao Quartel Art. 210: A guarda do quartel é normalmente comandada por um 2º ou 3º Sgt e constituída dos cabos e soldados necessários ao serviço de sentinelas. Obs: Todo o pessoal da guarda deve manter-se corretamente uniformizado, equipado e armado durante o serviço, pronto para entrar rapidamente em forma e atender a qualquer eventualidade. Art. 211: A guarda do quartel tem por principais finalidades: I - manter a segurança do quartel; II - manter os presos e detidos nos locais determinados, não permitindo que os primeiros saiam das prisões, nem os últimos do quartel, salvo mediante ordem de autoridade competente; III - impedir a saída de praças que não estejam convenientemente fardadas, somente permitindo a sua saída em trajes civis quando portadoras de competente autorização e, neste caso, convenientemente trajadas; IV - somente permitir a saída de praças, durante o expediente e nas situações extraordinárias, mediante ordem ou licença especial e apenas pelos locais estabelecidos; V - não permitir a entrada de bebidas alcoólicas, inflamáveis, explosivos e outros artigos proibidos pelo Cmt U, exceto os que constituírem suprimento para a unidade; VI - não permitir aglomerações nas proximidades das prisões nem nas imediações do corpo da guarda e dos postos de serviço; VII - impedir a saída de animais, viaturas ou material sem ordem da autoridade competente, bem como exigir o cumprimento das prescrições relativas à saída de viaturas; VIII - impedir a entrada de força não pertencente à unidade, sem conhecimento e ordem do Of Dia, devendo, à noite, reconhecer à distância aquela que se aproximar do quartel; IX - impedir que os presos se comuniquem com outras praças da unidade ou pessoasestranhas, sem autorização do Of Dia; X - dar conhecimento imediato ao Of Dia sobre a entrada, no aquartelamento, de oficial estranho à unidade; XI - levar à presença do Adj as praças de outras OM que pretendam entrar no quartel; XII - impedir a entrada de civis estranhos ao serviço da unidade sem prévio conhecimento e autorização do Of Dia; XIII - apenas permitir a entrada de civis, empregados na unidade, mediante a apresentação do cartão de identidade em vigor, fornecido pelo SCmt U; XIV - só permitir a entrada de qualquer viatura à noite, depois de reconhecida à distância, quando necessário; XV - fornecer escolta para os presos que devam ser acompanhados no interior do quartel; XVI - relacionar as praças da unidade que se recolherem ao quartel depois de fechado o portão principal; XVII - permitir a saída das praças, após a revista do recolher, somente das que estejam autorizadas pelo Of Dia; e XVIII - prestar as continências regulamentares. 43 Art. 212: No corpo da guarda é proibida a permanência de civis ou de praças estranhas à guarda do quartel. Atribuições do Soldado de Sentinela Art. 219: Os soldados da guarda destinam-se ao serviço de sentinela, incumbindo-lhes a observância de todas as ordens relativas ao serviço. Art. 220: A sentinela é, por todos os títulos, respeitável e inviolável, sendo, por lei, punido com severidade quem atentar contra a sua autoridade; por isso e pela responsabilidade que lhe incumbe, o soldado investido de tão nobre função portar-se-á com zelo, serenidade e energia, próprios à autoridade que lhe foi atribuída. Art. 221: Incumbe, particularmente, à sentinela: I - estar alerta e vigilante, em condições de bem cumprir a sua missão; II - não abandonar sua arma e mantê-la pronta para ser empregada, alimentada, fechada e travada, e de acordo com as ordens particulares que tenha recebido; III - não conversar nem fumar durante a permanência no posto de sentinela; IV - evitar explicações e esclarecimentos a pessoas estranhas ao serviço, chamando, para isso, o Cb Gd, quando se tornar necessário; V - não admitir qualquer pessoa estranha ou em atitude suspeita nas proximidades de seu posto; VI - não consentir que praças ou civis saiam do quartel portando quaisquer embrulhos, sem permissão do Cb Gd ou do Cmt Gd; VII - guardar sigilo sobre as ordens particulares recebidas; VIII - fazer parar qualquer pessoa, força ou viatura que pretenda entrar no quartel, especialmente à noite, e chamar o militar encarregado da necessária identificação; IX - prestar as continências regulamentares; X - encaminhar ao Cb Gd os civis que desejarem entrar no quartel; e XI - dar sinal de alarme: a) toda vez que notar reunião de elementos suspeitos na circunvizinhança do seu posto; b) quando qualquer elemento insistir em penetrar no quartel antes de ser identificado; c) na tentativa de arrombamento de prisão ou fuga de presos; d) na ameaça de desrespeito à sua autoridade e às ordens relativas ao seu posto; e) ao verificar qualquer anormalidade de caráter alarmante; ou f) por ordem do Cb Gd, do Cmt Gd ou do Of Dia. Art. 225: O serviço em cada posto de sentinela é dado por três homens ou mais durante as vinte e quatro horas, dividido em quartos, de modo que um mesmo homem não permaneça de sentinela por mais de duas horas consecutivas. Atribuições da Guarda à Subunidade Art. 234: A Guarda da SU é constituída pelo Cb Dia, que é o seu Cmt, e pelos soldados plantões, restringindo-se o serviço às dependências da SU acessíveis às praças. Art. 235: O serviço de guarda à SU tem por fim: I - manter a ordem, a disciplina e o asseio no alojamento e nas demais dependências acessíveis às praças; II - vigiar as praças detidas no alojamento; 44 III - não permitir: a) jogos de azar, disputa ou algazarra; e b) a saída de objetos sem autorização dos respectivos donos ou responsáveis; IV - cumprir e fazer cumprir todas as determinações das autoridades competentes. § 1º Os plantões permanecem no quartel durante todo o serviço; o Cb Dia e o plantão da hora conservam-se desarmados, mas portando o cinto de guarnição. Atribuições do Soldado de Plantão Art. 238: O plantão de serviço (plantão da hora) é a sentinela da SU, incumbindo-lhe: I - estar atento a tudo o que ocorrer no alojamento, participando imediatamente ao Cb Dia qualquer alteração que verificar; II - proceder como estabelece o R-2 na entrada de qualquer oficial no alojamento, apresentando-se a este quando ausente o Cb Dia; III - não permitir que as praças detidas no alojamento dele se afastem, salvo por motivo de serviço e com ordem do Cb Dia; IV - não consentir que seja prejudicado, por qualquer meio, o asseio do alojamento e das dependências que lhe caiba guardar; V - zelar para que as camas se conservem arrumadas; VI - impedir, durante o expediente, a entrada de praças na dependência destinada a Dormitório; VII - fazer levantar, nos dias com expediente, as praças ao findar o toque de alvorada, coadjuvando a ação do Cb Dia; VIII - não consentir a entrada de civis no alojamento sem que estejam devidamente acompanhados por um oficial ou sargento; IX - examinar todos os volumes que forem retirados do alojamento, conduzidos por praças e que não tenham sido verificados pelo Sgt Dia ou Cb Dia, impedindo a retirada dos que não estejam devidamente autorizados; X - impedir a retirada de qualquer objeto do alojamento sem a devida autorização do dono ou responsável ou do Sgt Dia ou Cb Dia; XI - não consentir que qualquer praça se utilize ou se apodere de objeto pertencente a outrem sem a autorização do dono ou responsável; XII - impedir a entrada de praças de outras SU que não possuam a autorização necessária, principalmente após a revista do recolher; XIII - não permitir conversa em voz alta, nem outra qualquer perturbação do silêncio, depois do respectivo toque; XIV - relacionar as praças que, estando no pernoite, se recolherem ao alojamento depois do toque de silêncio e entregar a relação ao Cb Dia no momento oportuno; XV - dar sinal de “silêncio” às 22:00 hs; XVI - acender e apagar as luzes do alojamento nas horas determinadas; Parágrafo único. Caso o plantão da hora não se aperceba da entrada de um oficial no alojamento, qualquer praça pode dar o alerta à voz que àquele incumbe. Art. 240: Os plantões fazem a limpeza do alojamento e das dependências a cargo da Gd SU, sob a direção do Cb Dia. 45 Art. 241: O posto de plantão da hora se localiza, normalmente, na entrada do alojamento, devendo aquele militar percorrer, algumas vezes, essa dependência, para certificar-se de que o pessoal está usando corretamente as instalações, principalmente as sanitárias. ORDEM UNIDA Conceito: A Ordem Unida se caracteriza por uma disposição individual e consciente altamente motivada, para a obtenção de determinados padrões coletivos de uniformidade, sincronização e garbo militar. Ela demonstra a disciplina militar. Objetivos: a) Proporcionar aos homens e às unidades, os meios de se apresentarem e de se deslocarem em perfeita ordem, em todas as circunstâncias estranhas ao combate. b) Desenvolver o sentimento de coesão e os reflexos de obediência. c) Constituir uma verdadeira escola de disciplina. d) Treinar oficiais e graduados no comando de tropa. e) Possibilitar, consequentemente, que a tropa se apresente em público, quer nas paradas, quer nos simples deslocamentos de serviço, com aspecto enérgico e marcial. Histórico: O Exército Brasileiro, historicamente, teve seus primeiros movimentos de Ordem Unida herdados do Exército Português. Além disso, sofreu também duas grandes influências, no início do século passado: a germânica, antes da 1ª Guerra Mundial, com a Missão Militar de Instrução de brasileiros na Alemanha; e a francesa, no início dos anos 20, com a participação de militares daquele País em missão no Brasil.Principais termos: As representações abaixo correspondem a uma tropa, onde os representa o termo citado e oos representa os demais componentes da fração. Observação: A distância padrão entre os militares, tanto nas colunas como nas fileiras, será de um braço esticado. Sempre entrarão em forma por altura. A tomada de posição em forma sempre será de forma rápida. Coluna Fileira Distância Intervalo Alinhamento Cobertura Testa Cauda Esquerda Direita 46 Comando sem arma: Toda tomada de posição se inicia com uma Voz de Advertência ou toque de corneta. Ex: “Pelotão atenção!”. (Neste momento todos ficam na posição de descansar e imóveis) Após isso é comanda a posição, pela voz ou por corneta. Sentido (da posição de descansar) Descansar (da posição de sentido) “Sentido” e “Descansar” (sem cobertura) “Sentado Um-Dois” e “De pé Um- Dois” (da posição de descansar) “Apresentar-Arma” e “Descansar- arma” (da posição de sentido) “Frente para a Direita (da posição de descansar) 47 “Frente para a Esquerda (da posição de descansar) “Frente para a Retaguarda (da posição de descansar sempre saltará pela esquerda) Comando com arma: Toda tomada de posição se inicia com uma Voz de Advertência. Ex: “Pelotão atenção!”. (Neste momento todos ficam na posição de descansar e imóveis) Após isso é executado o Comando. Nas situações de ordem unida com arma a Voz de Advertência pode ser omitida, quando se enuncia uma sequência de comandos. “Sentido” (da posição de descansar) “Descansar” (da posição de sentido) 48 “Ombro-Arma” (da posição de sentido) “Descansar-Arma” (da posição de ombro-arma) “Apresentar-Arma” (da posição de sentido) 49 “Descansar-Arma” (da posição de apresentar-arma) 5 “Apresentar-Arma” (da posição de ombro-arma) “Ombro-Arma” (da posição de apresentar-arma) 50 “Cruzar-Arma” (da posição de ombro-arma) “Ombro-Arma” (da posição de cruzar-arma) “Descansar-Arma” (da posição de cruzar-arma) “Armar-Baioneta” (da posição de cruzar-arma) 51 “Desarmar-Baioneta” (da posição de cruzar-arma com a baioneta armada) Cobrindo em forma: Para a tomada de posição em forma, será comandado “Cobrir” e de acordo com a altura, cada integrante tomara posição no dispositivo e esticará seu braço. Este comando sempre se dará da tropa em posição de sentido. “Cobrir” (tropa desarmada – Exemplo da tomada de posição na testa e na coluna – Quando comandar “Firme”, todos abaixam o braço e voltam à posição de sentido). “Cobrir” (tropa armada – Exemplo da tomada de posição na testa e na coluna – Comando executado em dois tempos: Primeiro levanta o fuzil e depois o braço). 52 “Sem Intervalos, Cobrir” (tropa armada e desarmada – Exemplo da tomada de posição na testa) Os militares que estarão a retaguarda, cobrirão normalmente com o braço esticado para frente. Deixar o fuzil em solo: Por ocasião de inspeções ou intervalos de treinamento de ordem unida, poderá ser comandado para o militar deixar o seu fuzil no solo. “Ao Solo-Arma” (da posição de sentido) “Apanhar-Arma” (da posição de solo-arma) Fazer voltas: Por ocasião de situações onde tenham que mudar a posição da tropa, será ordenado os seguintes comandos. Obs: Quando armado de fuzil, sempre que ouvir a direção ordenada ele levantará o armamento e no “volver” executará o giro. “Esquerda-Volver” (do sentido) “Direta-Volver” (do sentido) 53 “Meia Volta-Volver” (da posição de sentido. Sempre gira pela esquerda) “Oitavo à Esquerda-Volver” (da posição de sentido, gira 45º) (Pode ter voltas para à direita) “Esquerda-Volver” (da posição de sentido e armado) “Direta-Volver” (da posição de sentido e armado) 54 “Meia Volta-Volver” (da posição de sentido. Sempre gira pela esquerda) “Oitavo à Esquerda (ou Direita) - Volver” (da posição de sentido, gira 45º) Fora de forma: Por ocasião de términos formaturas ou treinamento de ordem unida, poderá ser comandado para o militar seguir destino individualmente. “Fora de forma-Marche” (da posição de sentido e desarmado, ao ouvir o comando ele romperá marcha e seguirá destino caminhando normalmente e individualmente) “Fora de forma-Marche ” (da posição de sentido e armado, ao ouvir o comando “Fora de forma”, ele elevará seu fuzil em 90º e no comando “Marche”, romperá marcha e seguirá destino caminhando normalmente e individualmente) 55 Obs: O comando de “Sem Cadência-Marche”, será executado do mesmo modo das posições acima descritas, porém a diferença é que o sem cadência será utilizado em duas situações: 1º - A tropa está marchando e continuará o deslocamento andando; 2º - A tropa está parada e vai se iniciar um deslocamento sem marchar. Ordem unida em movimento: Por ocasião de deslocamentos de tropa e desfiles, será comandado para a tropa iniciar o seu deslocamento. Sempre que tiver a presença da banda de música em um treinamento ou formatura, o pé direito deverá tocar o solo toda vez que for tocado o bumbo. Será ele que dará a cadência do ordinário marche da tropa. “Ordinário-Marche” (da posição de sentido e desarmado) “Marcar-Passo” (da posição de ordinário marche e desarmado) “Alto” (da posição de ordinário marche e desarmado) 56 “Ordinário-Marche” (da posição de sentido e armado) “Marcar-Passo” (da posição de ordinário marche e armado) “Alto” (da posição de ordinário marche e armado) 57 “Acelerado-Marche” (da posição de sentido, ao ouvir o Comando “Acelerado”, ele elevará seu antebraço em 90º, junto a seu corpo e no comando “Marche”, romperá marcha e começará a correr de acordo com a cadência). “Acelerado-Marche” (da posição ombro-arma, ao ouvir o Comando “Acelerado”, ele em 2 tempos (a cada pé esquerdo no chão) irá fazer cruzar-arma e no comando “Marche”, romperá marcha e começará a correr de acordo com a cadência. Se já estiver em cruzar-arma, romperá marcha e começará a correr de acordo com a cadência). “De Arma na Mão, Sem Cadência-Marche” (da posição de sentido, a tropa executará o comando em 2 tempos. Ao terminar de pronunciar “...Sem Cadência” a tropa executa o movimento para segurar o fuzil pela alavanca de manejo. Após o “marche” a tropa rompe marcha e segue sem cadência. 58 TREINAMENTO FÍSICO MILITAR – TFM A necessidade de treinamento físico nas Forças Armadas é inquestionável. Sendo o homem, segundo a doutrina, o elemento fundamental da ação, é imprescindível darmos especial atenção a sua saúde e condição física, sendo importante para o desenvolvimento de atributos da área afetiva e do desporto no Exército Brasileiro. Tal preparação é adquirida mediante o emprego dos meios de educação física durante as sessões de treinamento, prática de esportes, instrução físico militar ou, de forma natural, durante as atividades de instrução e adestramento. Espera-se que o militar chegue à conclusão de que o tempo que se dedica à atividade física não é “tempo perdido”, mas “tempo ganho”. Isso exige uma filosofia de vida diferente e reavaliação daquilo que se julga importante. O TFM será desenvolvido por meio do aquecimento e posteriores exercícios aeróbicos e anaeróbicos com base em treinamento cardiopulmonar, neuromuscular e utilitário, podendo em algumas ocasiões ocorrerem atividadesdesportivas. Após toda atividade deve ser realizado o alongamento. Fase de aquecimento: Entende-se o aquecimento como o conjunto de atividades físicas que visa preparar o militar, orgânica e psicologicamente, para a execução do trabalho principal mais intenso, por meio do aumento da temperatura corporal, da extensibilidade muscular e da frequência cardíaca. O aquecimento é composto de exercícios de efeitos localizados estáticos ou em movimento. Por ocasião do aquecimento estático é realizada a tomada do dispositivo. Tomada do dispositivo: O comandante coloca a tropa de frente para o guia na posição de descansar e de modo que a largura seja maior que a profundidade. Para isso são dados os comandos: a) “BASE O SD FULANO!” O militar toma a posição de sentido levanta o braço esquerdo com o punho fechado e repete o seu nome e volta para a posição de descansar. “ABRIR DISTÂNCIAS E INTERVALOS!”. A tropa toma a posição de sentido e as bases somente (militares nas laterais e retaguarda do militar que levantou o braço) abrem os braços até que as pontas dos dedos das mãos toquem de leve as dos elementos vizinhos para aumentar as distâncias e os intervalos. Após a distância ser estabelecida, os militares tomam a posição de descansar; b) “FILEIRAS, NUMERAR!” (todos da 1ª fileira tomam a posição de sentido, erguem o braço esquerdo com o punho fechado e gritam “UM”. Após esse procedimento, retornam à posição de sentido e, depois, à posição de descansar. Assim que a 1ª fileira retornar à posição de descansar, a 2ª fileira executará o mesmo procedimento da 1ª fileira, gritando “DOIS”. E assim sucessivamente, gritando o número correspondente ao da sua fileira, até a última fileira terminar na posição de descansar); c) “SENTIDO!”, “FILEIRAS PARES (ou ÍMPARES), UM PASSO À DIREITA (ou ESQUERDA). MARCHE!” (a tropa da um passo lateral abrindo os braços e pernas para o lado indicado e depois volta a posição de sentido); d) “DESCANSAR!”, “EXTREMIDADES, FRENTE PARA O GUIA!” A esse comando, por salto, as extremidades fazem frente para o guia. Findado a abertura do dispositivo, inicia-se o aquecimento. 59 Execução do aquecimento estático: Para dar início, o guia comanda: “POSIÇÃO INICIAL!” e todos tomam a posição de sentido. A partir desse momento, a tropa repete os movimentos executados pelo guia após o término da contagem. Exercício 1 – Circundução dos braços: Para tomada da posição o guia comandará “UM, DOIS”. No comando de “um” o guia estica o braço paralelo ao solo e ao mesmo tempo salta, caindo com a sola do pé no chão e com as pernas levemente afastadas. No comando de “dois”, abaixa o braço batendo-o na coxa. Em seguida a tropa realizará a tomada de posição bradando “UM, DOIS!”. Realizado para frente e para trás, ambos em 4 tempos cada. O guia executa uma série de 4 tempos e somente após finalizar essa série a tropa iniciará a série. É realizado 4 séries de 4 tempos cada. Exercício 2 – Flexão dos braços: Para tomada da posição o guia comanda executando o comando “PARA FLEXÃO, UM, DOIS!” No comando de “um” o guia se abaixa colocando as mãos no chão e no “dois” estica a perna. Em seguida a tropa realizará a tomada de posição bradando “UM, DOIS!”. Este exercício é realizado seguindo comando do guia “ABAIXO” (flexiona o braço), “ACIMA” (estica o braço). Serão realizadas 8 repetições. 60 Exercício 3 – Agachamento alternado: Saindo do exercício anterior, o guia comandará “UM, DOIS”. No comando de “um” joga os joelhos entre o peito com as pernas levemente afastadas e no “dois” toma a posição de pé com a mão na cintura. Em seguida a tropa realizará a tomada de posição bradando “UM, DOIS!”. Realizado alternando o agachamento das pernas em 8 tempos. O guia executa uma série de 8 tempos e somente após finalizar essa série a tropa iniciará a série. É realizado 4 séries de 8 tempos cada. Exercício 4 – Abdominal supra: Saindo do exercício anterior, o guia comandará “UM, DOIS”. No comando de “um” senta no chão e no “dois” toma a posição de abdominal. Em seguida a tropa realizará a tomada de posição bradando “UM, DOIS!”. Realizado em 4 tempos. O guia executa uma série de 4 tempos e somente após finalizar essa série a tropa iniciará a série. É realizado 4 séries de 4 tempos cada. 61 Exercício 5 – Abdominal cruzado: Realizado em 4 tempos para cada lado. Na troca de posição de pernas e braços o guia comanda “UM, DOIS!”. No comando de “um” muda a posição da perna e no comando de “dois” muda a posição do braço. Em seguida a tropa realizará a tomada de posição bradando “UM, DOIS!”. O guia executa uma série de 4 tempos e somente após finalizar essa série a tropa iniciará a série. É realizado 4 séries de 4 tempos cada. Exercício 6 – Polichinelo: Saindo do exercício anterior, o guia comandará “UM, DOIS”. No comando de “um” o guia se levanta e no “dois” toma a posição de sentido. Em seguida a tropa realizará a tomada de posição bradando “UM, DOIS!”. Realizado 30 repetições. O Guia brada “POLICHINELO, 30 REPETIÇÕES!” Em seguida comanda “ZE-RO”, sendo executado somente pelo guia no “ZE” o primeiro movimento do exercício e no “RO” o segundo movimento do exercício. Término do aquecimento estático: Após finalizar o polichinelo o Cmt da fração irá comandar “DESCANSAR”, “EXTREMIDADES FRENTE NORMAL” e a tropa volta a posição original. Na sequência será iniciada a corrida ou treinamento específico. Execução do aquecimento dinâmico: Por ocasião da baixa temperatura, poderá ser executado o referido aquecimento ao invés do estático, que se dará após o comando de “CORRENDO, CURTO!”. Os movimentos serão executados entre 15 e 20 seg na seguinte ordem: 1- Corrida com elevação dos joelhos; 2- Corrida com extensão da perna à frente; 3- Corrida com elevação dos calcanhares; 4- Corrida lateral; 5- Corrida com torção de tronco; 6- Corrida com circundução dos braços; 7- Adução e abdução de braços na horizontal; 8- Adução e abdução de braços na vertical; 9- Polichinelo. 62 Corrida: Para a execução da corrida, a tropa deverá estar na posição de sentido. O Cmt Pel comandará “CORRENDO” e a tropa levantará o antebraço em 90º ao lado do corpo e gritará “RAAA”. Na sequência será comandado “CURTO” e a tropa iniciará a corrida de acordo com o ritmo da contagem. Fase de alongamento: Os exercícios de alongamento se destinam a alongar os grupos musculares. A pouca flexibilidade tem sido apontada como um dos fatores que contribuem para a diminuição da capacidade funcional de realizar atividades cotidianas, sendo os exercícios diários de alongamento considerados como de fundamental importância para manutenção da amplitude de movimento. Cada exercício terá a duração de 30 seg (aprox.) e será executado tanto para o lado esquerdo como direito do corpo. Sequência dos Exercícios: 1- Dorsal (inclinação lateral); 2- Peitoral; 3- Anterior da coxa; 4- Glúteos; 5- Adutores (há duas variações); 6- Posterior da coxa (há duas variações); 7- Lombar; 8- Ílio-psoas; 9- Gastrocnêmio (posterior da coxa); 10- Sóleo. TESTE DE AVALIAÇÃO FÍSICA – TAF Idade I R B MB E Idade I R B MB E 18 até 2699 2700 - 2799 2800 - 3099 3100 - 3199 3200 18 20 21 - 25 26 - 34 35 - 38 39 19 até 2699 2700 - 2799 2800 - 3099 3100 - 3199 3200 19 20 21 - 25 26 - 34 35 - 38 39 20 até 2749 2750 - 2849 2850 - 3149 3150 - 3249 3250 20 22 23 - 27 28 - 36 37 - 40 41 21 até 2799 2800 - 2899 2900 - 3149 3150 - 3249 3250 21 26 27 - 29 30 - 37 38 - 40 41 Idade I R B MB E Idade I R B MB E 18 até 34 35 - 44 45 - 63 64 - 73 74 18 4 5 - 6 7 - 9 10 - 11 12 19 até 34 35 - 44 45 - 63 64 - 73 74 19 4 5 - 6 7 - 9 10 - 11 12 20 até 37 38 - 48 49 - 68 69 - 78 79 20 4 5 - 7 8 - 10 11 12 21 até39 40 - 48 49 - 66 67 - 75 76 21 5 6 - 7 8 - 10 11 - 12 13 CORRIDA DE 12 MINUTOS ABDOMINAL SUPRA FLEXÃO NA BARRA FLEXÃO DE BRAÇO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 63 Obs: Por ocasião das menções do TAF elas variam entre o segmento masculino e feminino, entre os 18 e 65 anos. Recomenda-se que após a corrida, o militar busque aprimorar o seu condicionamento físico com o treinamento dos exercícios acima. Padrão de execução dos exercícios complementares a corrida: A fim e instruir o soldado na correta execução dos exercícios, observe a correta execução dos mesmos. Obs: A contagem do movimento começa a partir do momento em que o militar volta a posição original. Flexão de braço Abdominal supra Flexão na barra Idade I R B MB E Idade I R B MB E 18 até 2699 2700 - 2799 2800 - 3099 3100 - 3199 3200 18 20 21 - 25 26 - 34 35 - 38 39 19 até 2699 2700 - 2799 2800 - 3099 3100 - 3199 3200 19 20 21 - 25 26 - 34 35 - 38 39 20 até 2749 2750 - 2849 2850 - 3149 3150 - 3249 3250 20 22 23 - 27 28 - 36 37 - 40 41 21 até 2799 2800 - 2899 2900 - 3149 3150 - 3249 3250 21 26 27 - 29 30 - 37 38 - 40 41 Idade I R B MB E Idade I R B MB E 18 até 34 35 - 44 45 - 63 64 - 73 74 18 4 5 - 6 7 - 9 10 - 11 12 19 até 34 35 - 44 45 - 63 64 - 73 74 19 4 5 - 6 7 - 9 10 - 11 12 20 até 37 38 - 48 49 - 68 69 - 78 79 20 4 5 - 7 8 - 10 11 12 21 até 39 40 - 48 49 - 66 67 - 75 76 21 5 6 - 7 8 - 10 11 - 12 13 CORRIDA DE 12 MINUTOS ABDOMINAL SUPRA FLEXÃO NA BARRA FLEXÃO DE BRAÇO 64 Prevenção da rabdomiólise: Rabdomiólise é o rompimento das fibras musculares após atividade física intensa. Isto pode comprometer, seriamente, o funcionamento dos seus rins, caso não haja uma hidratação adequada. Hidratação antes do exercício Hidratação após o exercício 4h antes do exercício 400 a 600 ml Para a reposição do líquido perdido, o peso corporal deve ser medido antes e após o exercício. Para cada quilo perdido, deve ser ingerido, fracionadamente, cerca de 1 litro de água ou outro líquido. 10 a 15 minutos antes 200 a 350 ml Hidratação durante o exercício < 60 min 80 a 200 ml a cada 15 / 20 min > 60 min 150 a 200 ml a cada 15 / 20 min CONTROLE FISIOLÓGICO INDIVIDUAL Controle Imediato da FC: Realizado durante a sessão de TFM, logo após a atividade física intensa e de preferência durante a caminhada, por intermédio da medição da frequência cardíaca (FC) pela palpação (locais onde pode ser verificada se encontra na figura abaixo), devem ser utilizados os dedos indicador e médio para identificar a FC durante 15 segundos e ao término, multiplicar o número de batimento por 4, resultando no batimentos por minuto (BPM). Exemplo: batimentos em 15s = 38; 38x4=152; FC= 152 (BPM). Definição da FCM: A frequência cardíaca máxima (FCM) serve como um índice de referência. Sua determinação precisa é difícil, pois requer equipamento especializado e um teste de esforço máximo. No entanto, pode ser calculada com razoável precisão pela fórmula: FCM= 220 – idade. Exemplo: idade= 25 anos; 220-25=195; e FCM=195 BPM. Medição da FCE: A faixa da Frequência Cardíaca de Esforço que se busca atingir durante uma atividade aeróbia contínua deve estar entre 70% e 90% da FCM, de acordo com seu nível de condicionamento, conforme a tabela: IDADE FAIXA DE TRABALHO (BPM) IDADE FAIXA DE TRABALHO (BPM) IDADE FAIXA DE TRABALHO (BPM) IDADE FAIXA DE TRABALHO (BPM) IDADE FAIXA DE TRABALHO (BPM) 18 141 a 182 28 134 a 173 38 127 a 164 48 120 a 155 58 113 a 146 19 141 a 181 29 134 a 172 39 127 a 163 49 120 a 154 59 113 a 145 20 140 a 180 30 133 a 171 40 126 a 162 50 119 a 153 60 111 a 144 21 139 a 179 31 132 a 170 41 125 a 161 51 118 a 152 61 111 a 143 22 139 a 178 32 132 a 169 42 125 a 160 52 118 a 151 62 111 a 142 23 138 a 177 33 131 a 168 43 124 a 159 53 117 a 150 63 110 a 141 24 137 a 176 34 130 a 167 44 123 a 158 54 116 a 149 64 109 a 140 25 137 a 176 35 130 a 167 45 123 a 158 55 116 a 149 65 109 a 140 26 136 a 175 36 129 a 166 46 122 a 157 56 115 a 148 27 135 a 174 37 128 a 165 47 121 a 156 57 114 a 147 65 TREINAMENTO NEURO MUSCULAR Ginástica Básica: A ginástica básica é uma atividade física calistênica que trabalha a resistência muscular do militar por meio de exercícios localizados e de efeito geral. Tem por objetivo desenvolver a coordenação e a resistência muscular localizada. As repetições podem variar entre 5 e 15, em 1 ou 2 séries. Sequência dos Exercícios: 1- Parada com apoio de frente “prancha”; 2- Mata-Borrão; 3- Flexão de braços combinada; 4- Tesoura; 5- Agachamento; 6- Sugado; 7- Agachamento a fundo; 8- Abdominal supra; 9- Abdominal cruzado; 10- Abdominal infra; 11- Polichinelo. Treinamento em Circuito (PTC): É uma atividade física com implementos que permite desenvolver o sistema neuromuscular por meio da execução de exercícios intercalados com intervalo ativo. Tem por objetivo desenvolver as qualidades físicas de coordenação, resistência muscular localizada e força. Esta pista inicia com um volta, executando 30 seg por exercício e 30 seg em repouso ativo, intercalando-os. Sequência dos Exercícios: 1.1- Flexão na barra fixa; 1.2- Parada com apoio de frente “prancha”; 2.1- Escada; 2.2- Pular corda; 3.1- Abdominal supra; 3.2- Triângulo com apoio no braço esquerdo; 4.1- Remanda vertical; 4.2- Triângulo com apoio no braço direito; 5.1- Rosca direta; 5.2- Polichinelo; 6.1- Agachamento; 6.2- Parada com apoio de frente “prancha”; 7.1- Tira-Prosa; 7.2- Pular corda; 8.1- Abdominal parafuso; 8.2- Triângulo com apoio no braço esquerdo; 9.1- Supino; 9.2- Triângulo com apoio no braço direito; 10.1- Abdominal infra; 10.2- Polichinelo. 66 Musculação: É uma atividade física na qual são utilizados pesos visando desenvolver o sistema neuromuscular. Tem por objetivo desenvolver predominantemente as seguintes qualidades físicas: força muscular e resistência muscular localizada. A musculação pode ser utilizada em substituição aos métodos de treinamento neuromusculares. Deve ser preferencialmente aplicada a militares que executam o TFM individualmente. Caso contrário, deverá haver uma adequação entre o efetivo e a quantidade de aparelhos existentes. TREINAMENTO UTILITÁRIO Pista de Pentatlo Militar (PPM): A PPM, como um dos métodos de treinamento utilitário, tem por objetivos: capacitar o militar a transpor obstáculos encontrados em campanha; desenvolver qualidades físicas; desenvolver atributos da área afetiva; e estimular a prática do pentatlo militar no âmbito do Exército. Sequência dos Exercícios: 1- Escada de corda; 2- Vigas justapostas; 3- Cabos paralelos; 4- Rede de rastejo; 5- Passagem de vau; 6- Cerca rústica (de assalto); 7- Viga de equilíbrio; 8- Rampa de escalada com corda; 9- Vigas horizontais; 10- Mesa irlandesa; 11- Bueiro e vigas justapostas; 12- Vigas em degraus; 13- Banqueta e fosso; 14- Muro de assalto; 15- Fosso; 16- Escada vertical; 17- Muro de assalto; 18- Traves de equilíbrio; 19- Chicana; 20- Muros de assalto. Ginástica com toros: A ginástica com toros como um dos métodos de treinamento utilitário tem por objetivo desenvolver qualidades físicas e atributos da área afetiva. Os toros poderão ser feitos de madeira, canos de ferro, tubos de PVC ou outro material, desde que atenda às especificações. É conveniente que se pintem os toros em duas cores alternadas, delimitando os espaços correspondentes a cada homem. Inicia-se com carga de 5 repetições, até o máximo de 11, sendo de 10 a 12 kg por homem. Sequência dos Exercícios: 1- Braços; 2- Pernas; 3- Meio agachamento; 4- Abdominal; 5- Combinado; 6- Polichinelo. 67 Circuito operacional: É uma atividade física composta de exercícios separados por estações de trabalho, no campo de futebol ou em qualquer área semelhante, que permite desenvolver valências físicas necessárias ao desempenho das funções inerentesao combatente terrestre por meio de exercícios sequenciados. O circuito operacional, como um dos métodos de treinamento utilitário, tem por objetivo desenvolver qualidades físicas como velocidade, potência, resistência muscular localizada e resistência anaeróbia; e atributos da área afetiva. A carga inicial é de uma passagem de 45 seg em cada exercício, podendo chegar a 5 passagens de 1 min e 15 seg cada. Sequência dos Exercícios: 1- Rosca bíceps com mochila; 2- Bombeiro; 3- Arremesso de medicine ball; 4- Corrida com cabo solteiro; 5- Arremesso de pneu; 6- Tríceps com mochila; 7- Agachamento com mochila; 8- Abdominal supra com sobrecarga; 9- Transporte de cunhete em dupla; 10- Lanços em zigue-zague. 68 Cross operacional: Foi idealizado a partir de conceitos de métodos de treinamento atuais como o Cross Fit e de métodos clássicos como o Cross Promenade, consiste de 12 tarefas de caráter isotônico e isométrico, que devem ser executadas a cada 200m de corrida, aproximadamente, em um percurso variado ou em uma pista de atletismo. Tais tarefas estão enquadradas como treinamento complementar de cargas mistas, e visam desenvolver a resistência e a potência aeróbia, a força explosiva, a força estática/dinâmica, a resistência muscular localizada e o equilíbrio estático/dinâmico. Cada distância de 200m deverá ser percorrida em ritmo livre ou proporcional à velocidade média desenvolvida na corrida do teste de 12 minutos no TAF. As séries variam entre níveis verde, amarelo, azul e vermelho, realizados entre 30 seg e 60 seg em cada exercício, sendo que entre os níveis ocorrem variações em sua execução. Abaixo será descrita a execução do nível verde. Sequência dos Exercícios: 1- Corrida de 400m com 40 polichinelos no final; 2- Flexão de coxas com apoio das costas; 3- Prancha lateral com apoio no antebraço direito/esquerdo; 4- Sugado; 5- Abdominal supra com braços estendidos; 6- Triângulo com apoio do braço direito/esquerdo e com a perna direita/esquerda dobrada no solo; 7- Propriocepção com apoio em um pé; 8- Salto horizontal na maior distância, realizando uma flexão na sequência; 9- Parada com apoio de frente “prancha”; 10- Agachamento a fundo; 11- Flexão de braço com movimento vertical de uma perna; 12- Tiros curtos com início da posição de decúbito ventral (deitado de barriga para baixo com as mãos para frente) na direção do percurso. Após cada tiro, 30 seg de trote e volta a posição inicial (os tiros variam de 3 a 6 de 25m e de 1 a 4 de 50m); 13- Corrida leve de 400m seguida de uma caminhada curta. 69 ARRUMAÇÃO DE CAMA Obs: (1) Travesseiro ficará em baixo da colcha. / (2) Colcha ficará 30 cm acima da base do colchão. / (3) Roupa de cama tem que estar limpa e passada. APRONTO OPERACIONAL e preparação para o campo É a condição de prontidão de uma OM, relacionada com a sua capacidade para emprego imediato em missões de combate. Caracteriza-se pela disponibilidade dos equipamentos, dos armamentos (individuais e coletivos), das diversas classes de suprimento e do emprego imediato de viaturas sobre rodas, blindados, aeronaves e outros meios de transporte e/ou combate, orgânicos ou não. Fardo Aberto: O cinto de guarnição destina-se ao transporte do material leve e de uso frequente e imediato em campanha. Assim, o mínimo de artigos deve ser conduzido neste ”fardo aberto”. O ajuste perfeito do cinto e suspensório ao corpo é fundamental para não machucar o combatente em seus deslocamentos. SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA 70 Fardo de Combate: A mochila é o fardo destinado ao acondicionamento do material estritamente necessário ao cumprimento de uma missão de combate. Será transportada pelo combatente a pé com o mínimo de peso e de volume, de tal modo que não embarace sua mobilidade em ação. Lembre-se: O militar carrega o peso do seu conforto. Abaixo segue uma possibilidade de materiais a serem conduzidos pelo militar. Obs: Poncho e lona presos por elástico. Cabo solteiro preso no lado esquerdo. Outros itens julgados necessários poderão ser colocados na mochila, desde que devidamente autorizados. Todos os itens dentro da mochila deverão estar impermeabilizados por saco plástico. O ajuste perfeito da mochila ao corpo é fundamental para não machucar o combatente em seus deslocamentos. 71 Fardo de Bagagem: O Saco VO destina-se ao transporte do material individual do qual você necessitará em campanha, excluindo os que você já conduzirá em sua mochila. Ele não deve ser utilizado para transportar grande quantidade de artigos, mas somente aqueles necessários à vida e conforto do homem em campanha. A seguir apresenta-se uma relação de materiais que normalmente deverá ser conduzida no Saco de Lona: Japona; Material de limpeza; Toalha de banho; Chinelo; Manta de lã; Cuecas; Meias; Camisetas de TFM; Calção de TFM; Tênis; Camisetas camufladas; Calça camuflada; Gandola camuflada; Gorro com pala; Coturno (par) Constituição dos Kits: Todo kit deverá obrigatoriamente compor itens que satisfaçam as possíveis necessidades de um militar em combate. Para isto, os itens deverão estar em pequenas quantidades, serem o mais compacto possível e estarem impermeabilizados internamente. Todo kit (pote) deverá estar velado com fita preta, possuir vedação com liga elástica na tampa e possuir colado na parte externa um índice com todo o material existente. Seguem abaixo algumas sugestões de itens a compor os referidos kits. KIT DE 1º SOCORROS: Atadura; Álcool iodado ou similar; Álcool; Esparadrapo Gaze; Par de luvas cirúrgicas; Antitérmico; Analgésico; Soro fisiológico; Hipoglós ou similar; Água oxigenada; Anti-histamínico; Band-aid; Imosec; Manteiga de cacau; Rehidrat; Pinça; Outros itens julgados necessários. Obs: Os itens de saúde inseridos no kit deverão conter no referido índice a sua posologia, emprego e validade. KIT DE HIGIENE PESSOAL: Escova e pasta de dentes; Pente; Sabonete; Creme de barbear, Pincel de barbear (SFC); Aparelho de barbear; Fio dental; Espelho portátil; Papel higiênico; Lenço Humedecido; Outros itens julgados necessários. KIT DE MANUTENÇÃO DO ARMAMENTO: Óleo; Cordel para limpeza do cano; Estopa ou pano; Escova para limpeza externa do armamento; Lenço tático (tamanho suficiente para comportar as peças do Fz desmontado); Outros itens julgados necessários. KIT CAMUFLAGEM: Bastões de camuflagem; Espelho; Outros itens julgados necessários. KIT DE COSTURA: Linhas; Botões; Agulhas; Elástico de roupa; Outros itens julgados necessários. KIT DE ANOTAÇÃO: Lápis; Caneta azul ou preta; Régua ou escalímetro; Calculadora; Bloco para anotações de papel; Bloco de anotação de plástico (uso na chuva); Borracha; Caneta de retroprojetor; Álcool e pano para limpeza das anotações com caneta de retroprojetor; Outros itens julgados necessários. KIT DE MANUTENÇÃO DO COTURNO E UNIFORME: Graxa; Escova para graxa; Pano; Escova para lavagem do coturno e farda; Outros itens julgados necessários. KIT DE SOBREVIVÊNCIA: Acessórios de pesca; - Isqueiro; Canivete; Velas; Sal; Espelho; Purificador de água; Lanterna; Pilhas reserva; Bombril para emprego diversos; Sabão de coco; Pedra de amolar; Outros itens julgados necessários. 72 KIT DE CAIXÃO DE AREIA (Opcional): Pó xadrez (existência de, no mínimo, as cores azul, verde e vermelho); Simbologia (PRPO, Loc Ater, Obj, Gp Seg, Gp Ass etc); Soldados, embarcações, helicópteros, construções, etc (miniaturas); Giz (existência de, no mínimo, três cores diferentes); Outros itens julgados necessários. Padronização do material na lona para inspeção: Abaixo segue um modelo que poderá ser seguido. Eventualmente o padrão poderá ser mudado. Identificação Individual: Obrigatoriamente deverá ser confeccionado em fita esparadrapo branca, medindo 5cm x 10cm, e escrito com caneta preta permanente a numeraçãodo militar. Deverão ser confeccionadas identificações suficientes para ser colocado no gorro (frente e trás), capacete (frente e trás), armamento (coronha lado direito), mochila (tampa e saco de dormir) e reservas (caso algum caia). Prezar pela boa apresentação da identificação. Outras observações: Estrangular com fita isolante a bandoleira presa ao fuzil. Prender o carregador do fuzil ao guarda-mato com um fio de nylon. Durante o campo cuidar muito bem dos pés, sempre secando-o e trocando de meia quando possível. Isso evitará bolhas e desgaste do tecido da sola do pé. Mantenha-se vibrante durante todo o campo, isso o fará passar por todas as dificuldades encontradas, elevará a moral de sua tropa e fará de você um dos destaques. 100 5 cm 10 cm 73 INSTRUÇÕES DO CAMPO DO PERÍODO BÁSICO Aplicar técnicas de combate corpo a corpo. Aplicar técnicas de sobrevivência. Camuflar uma posição, mascarando, simulando ou dissimulando. Construir um abrigo para dois homens. Executar um percurso de orientação diurna e noturna. Participar da organização de um bivaque de subunidade. Percorrer um circuito de pista de obstáculos. Realizar a transposição de um curso d’água. Realizar marcha a pé em vias de estrada. Retransmitir mensagem e atuar como mensageiro, em situação de combate. Silenciamento de sentinela. Tiro de Ação Reflexa diurno e noturno. Transportar ferido em combate. Utilizar o terreno para progredir, no combate diurno e noturno. INSTRUÇÕES DO CAMPO DO PERÍODO DE QUALIFICAÇÃO Instrução comum: Exercício Prático de Câmara de Gás (EPCG) com agente inquietante. Instalar um posto de bloqueio e controle de estradas (PBCE) e de via urbana (PBCVU) Lançamento da granada de mão. Ocupar um ponto sensível e da execução de um Posto de Segurança Estático (PSE). Participar de uma operação de busca e apreensão (OBA). Participar de uma Operação de Controle de Distúrbio (OCD). Praticar as técnicas de patrulhamento ostensivo a pé. Realizar o TIA da espingarda calibre 12. Realizar marcha diurna/noturna de 24km a pé em vias de estrada. Realizar marcha noturna de 16km a pé em vias de estrada. Técnicas de combate corpo a corpo. Instrução específica de acordo com cada QMG-QMP Operar uma cozinha de campanha. Instalar e operar um posto de tratamento de água (PTrat) e um posto de banho (PBan). Realizar uma manobra de força para desatolar viatura. Realizar o transporte, organização e distribuição de suprimentos Realizar a montagem de uma área de acampamento Prestar o apoio de saúde Montar um posto rádio Executar a manutenção de armamentos individuais e coletivos. 74 FUZIL 7,62 M964 O fuzil 7,62 M964, de fabricação belga, é uma arma adotada no Exército brasileiro em substituição aos antigos fuzis e mosquetões de repetição de calibres 7mm e .30. Foi adotado como arma portátil do combatente de qualquer arma, atendendo as necessidades de uniformização da munição, bem como da modernização do equipamento. É uma arma de aceitação internacional, tendo sido muito utilizada desde 1960 na África quando de lutas internas. Suas excepcionais características já foram comprovadas nas mais diversas situações e condições de emprego. Esta arma foi projetada e executada com objetivo de colocar nas mãos do soldado, uma arma que tenha as mais importantes qualidades a saber: perfeita maneabilidade; possibilidade de iniciar instantaneamente tiro intenso e apontado; facilidade de manutenção em campanha; segurança absoluta de funcionamento. Características: Tipo: Portátil Emprego: Individual Funcionamento: Sem/Aut e Aut Raiamento: 4 à direita Alimentação: 20 cartuchos Calibre: 7,62x51 mm Comprimento: 1,10 m Peso arma: 4,200 kg Velocidade do tiro: 840 m/s Tiros no Aut: 120 tiros por min Tiros no Sem/Aut: 60 tiros por min Alcance total do tiro: 3.800 m Alcance útil do tiro: 600 m Combate convencional: 500 m FUZIL IA2 5,56 O Exército Brasileiro está substituindo de modo gradual o armamento mais utilizado pelos seus efetivos, o qual já foi empregado em diversas missões operacionais. A fim de atender às necessidades operacionais da Força Terrestre, o Fuzil IA2 sucederá o Fuzil Automático Leve (FAL 7,62) como dotação de suas tropas. Primeiro fuzil com tecnologia 100% nacional, o armamento tem diferenciais de qualidade, como o peso inferior ao do FAL, ergonomia do punho, maior capacidade do carregador e possibilidade de fixação de acessórios diversos, como optrônicos. O IA2 está sendo produzido pela Indústria de Material Bélico do Brasil (IMBEL), em Itajubá (MG) e atende aos requisitos estabelecidos pelo Exército para sua adoção como armamento padrão. Em sua fabricação, foram utilizadas novas tecnologias, conceitos e materiais poliméricos, mais leves, ergonômicos e de melhor maneabilidade. Seus trilhos picatinny, dispostos em toda a superfície superior da tampa da caixa da culatra e em todas as faces do guarda-mão, permitem a acoplagem de dispositivos, como lanternas táticas, apontadores laser, lunetas de visada rápida, lunetas de visão noturna ou lunetas de precisão, punhos táticos e lançador de granadas. Características: Tipo: Portátil Emprego: Individual Funcionamento: Sem/Aut e Aut Raiamento: 6 à direita Alimentação: 30 cartuchos Calibre: 5,56 x 45 mm Comprimento: 85 cm Peso arma: 3,380 kg Velocidade do tiro: 50 m/s Tiros no Aut: 180 tiros por min Tiros no Sem/Aut: 60 tiros por min Alcance total do tiro: 1.800 m Alcance útil do tiro: 600 m Combate convencional: 300 m 75 Im p u ls o r d o f er ro lh o C ar re g ad o r O b tu ra d o r d o c il in d ro d e g az es Ê m b o lo c o m m o la F er ro lh o C h av et a d o t ri n co d e ar m aç ão P la ca d o g u ar d a -m ão C h ap a d a so le ir a Z ar el h o p o st er io r P u n h o G at il h o e g u ar d a- m at o A lç a d e m ir a Ja n el as d e re fr ig er aç ão M as sa d e m ir a Q u eb ra -c h am as C an o P er cu rs o r Z ar el h o s u p er io r A la v an ca d e m an ej o R et ém d o f er ro lh o C o ro n h a C ai x a d a cu la tr a R eg is tr o d e ti ro e s eg u ra n ça T am p a d a ca ix a d a cu la tr a NOMENCLATURA DAS PRINCIPAIS PEÇAS DO FAL 7,62 76 TERMINOLOGIA DO TIRO Atirador – Instruendo que realiza os exercícios de tiro. Cavado do ombro – Região côncava localizada entre o ombro e o peitoral. Clicar – Regular os aparelhos de pontaria. Dedos da mão – Polegar, indicador, médio, anular e mínimo. Descanso do gatilho – Pequeno deslocamento do gatilho que não interfere na ação de desengatilhamento da arma. Folga longitudinal da tecla do gatilho. Empunhadura – É o ajuste das partes do corpo à arma, proporcionando firmeza ao conjunto, facilitando a realização da pontaria e o correto acionamento do gatilho. Falange – Segmento dos dedos. Distal (da extremidade), medial (do meio) e proximal (mais próxima à palma da mão). Instrutor – O mesmo que oficial de tiro. É o responsável por conduzir o tiro. Lado da mão auxiliar – É o lado do corpo correspondente à mão auxiliar. Lado da mão que atira – É o lado do corpo correspondente à mão que atira. Maça de mira – Mira; pequena saliência localizada na extremidade anterior da arma. Mão auxiliar – Mão que não atira. Mão que atira – Mão que é usada para acionar o gatilho. Monitor – Graduado que auxilia o oficial de tiro na condução do tiro. Municiador – Soldado que auxilia na distribuição de munição. Obréia – Pedaço de papel, ou adesivo, utilizado para tamparos impactos no alvo. Pulso do atirador – Parte do corpo que une a mão ao antebraço. Punho da arma – Parte da arma que é segura pela mão que atira. Série de tiro – O mesmo que exercício de tiro. Sessão de tiro – É o conjunto de séries de tiro. Arma em TASSO – Arma: Travada / Aberta / Sem o carregador / Sem o reforçador para tiro de festim / Obturador do cilindro de gases em A. Tiro em seco – Consiste em disparar a arma, sem munição, usando ou não cartuchos de manejo, aplicando todos os fundamentos do tiro. Tiro visado – Tiro no qual se utiliza as miras do armamento “V” da mão – É a área da palma da mão auxiliar onde o fuzil fica apoiado. O polegar, em lado oposto aos demais dedos, forma uma curva semelhante à letra “V”. FUNDAMENTOS DO TIRO DE FUZIL O ato integrado de atirar é uma aplicação correta e oportuna dos fundamentos do tiro, que são: 1-Posição instável, 2-Pontaria, 3-Controle da respiração e 4-Acionamento do gatilho. Posição instável: É o sistema formado pela empunhadura e a posição de tiro, objetivando a menor oscilação do conjunto arma-atirador. Sempre que possível, o atirador deverá procurar utilizar qualquer tipo de apoio (sacos de areia, árvores, troncos, pneus, colunas etc.) para a realização do tiro, pois, além de permitir uma posição mais estável, poderá servir também de abrigo. Vale ressaltar que, em algumas situações, o atirador não contará com apoios. Para manter uma boa estabilidade, qualquer que seja a posição de tiro, é necessária uma força muscular que sustente o peso da arma e tenha como resultante a firmeza da arma e da posição de tiro. 77 Posição inicial: É a posição utilizada para o início dos exercícios de tiro no estande. Posição deitado: Esta posição de tiro naturalmente possibilita maior estabilidade ao atirador por possuir maior superfície de apoio, bem como ter seu centro de gravidade próximo ao solo. Pontos de contato do corpo do atirador com a arma: (1) a mão que atira segura o punho da arma e pressiona o gatilho; (2) a mão auxiliar segurando as placas do guarda- mão, no “V” da mão; (3) o cavado do ombro prende a chapa da soleira; (4) a cabeça do atirador pende sobre o delgado da coronha. O atirador deve buscar: (1) não comprimir excessivamente a arma com a mão auxiliar, pois somente a força muscular é suficiente para dar firmeza à posição estável; (2) manter o fuzil firme no cavado do ombro; (3) a cabeça pende ereta sobre o delgado da coronha; (4) a mão que atira empunha a arma com firmeza. Empunhadura “V” da mão 78 Posição ajoelhado: É uma posição de boa estabilidade, baseada na correta distribuição do peso do conjunto arma atirador. Posição de pé: Oferece menos apoio e estabilidade ao atirador. Esta posição facilita o engajamento de alvos em movimento e em várias direções. Apesar de ser menos estável (por depender da sustentação muscular), a posição permite tiros precisos com boa cadência. Pontaria: A pontaria é o fundamento de tiro que faz com que o atirador direcione sua arma para o alvo. Apontar para o alvo significa alinhar os aparelhos de pontaria do fuzil corretamente com o alvo. O ser humano possui um de seus olhos com melhor capacidade de apontar que o outro, denominado olho diretor. Este, sempre que possível, deve ser utilizado para realizar a pontaria. A pontaria sempre será realizada no centro do alvo, por ser o local onde há maior probabilidade de acerto devido à massa exposta e por ser região vital do corpo humano. Linha de mira: Linha imaginária que une o olho à maça de mira, passando pela alça. Ela é responsável pelo alinhamento do armamento com a direção de tiro. Qualquer erro provoca um desvio angular do ponto de impacto (alvo) em relação ao ponto visado. 79 Fotografias erradas Fotografia correta Linha de visada: Linha imaginária que se constitui no prolongamento da linha de mira até o alvo. Fotografia: Imagem obtida quando se realiza a pontaria. Para tanto, é necessário, no tiro de fuzil, focalizar o topo da maça de mira, através do centro do visor da alça e colocá-lo no centro do alvo, fazendo com que a alça de mira e o alvo fiquem desfocados. As abas de proteção da maça de mira não são utilizadas na pontaria. Como o cérebro trabalha com imagens, a fotografia correta deve ser permanentemente buscada pelo atirador até o momento do disparo. Controle da respiração: Durante o ciclo respiratório, entre uma expiração e a próxima inspiração, existe uma pausa respiratória natural, momento em que o diafragma está totalmente relaxado. É importante, para a realização de um bom disparo, que o prolongamento da pausa respiratória não ultrapasse, em média, 8 segundos. Caso contrário, prejudicará a oxigenação do organismo, provocando tremores musculares e vista embaçada. Além de prejudicar o aspecto físico, aumenta a ansiedade e a tensão no atirador que, por fim, acabará executando um mau acionamento do gatilho. Caso o atirador não consiga realizar o disparo neste intervalo, deverá desfazer a pontaria, e voltar a respirar, reiniciando todo o processo. 80 Acionamento do gatilho: Durante o acionamento, o atirador deve ter em mente: manter a posição estável, focalizar a maça, procurar colocá-la no centro do alvo, prender a respiração e aumentar, suave e progressivamente, a pressão na tecla do gatilho até após ocorrer o disparo. O dedo indicador toca a parte central da tecla do gatilho com a região entre a parte média da falange distal e a sua interseção com a falange média. A pressão deve ser exercida de forma suave e progressiva, sem movimentos bruscos, para a retaguarda e na mesma direção do cano da arma, sem vetores laterais. É importante não alterar a firmeza da empunhadura durante a compressão do gatilho, ou seja, o movimento do indicador deve ser totalmente independente da empunhadura, mantendo- se, em consequência, a posição estável e sem desfazer a pontaria. Erros no acionamento do gatilho: Ao executar a pontaria é desejável que o atirador permaneça com a arma sobre o ponto visado, mantendo a linha de visada. No entanto, sempre há uma pequena oscilação, mais sentida quanto maior a distância do alvo, maior a instabilidade da posição e menor o treinamento. Esta situação, aliada à ansiedade de acertar, faz com que o atirador cometa erros no acionamento, obtendo maus resultados. (1) Gatilhada - o atirador “comanda” o disparo, acionando bruscamente o gatilho quando julga visualizar a fotografia ideal. Com isso, ao invés de atingir o alvo no ponto desejado, pode deixar de acertá-lo. (2) Antecipação - outra consequência de comandar o tiro é a antecipação de reações ao disparo. O atirador pode ser levado a aumentar a pressão da empunhadura e a forçar o punho para baixo como para compensar o recuo da arma. (3) Esquiva - Pode ainda ocorrer a esquiva, na qual o atirador projeta o ombro para trás procurando fugir do recuo. Muitas vezes, o atirador chega a fechar os olhos antes do disparo, perdendo a fotografia. Medidas de segurança com o armamento: Sempre que pegar o fuzil, deverá realizar os seguintes procedimentos em local seguro, de preferência em um caixão de areia: (1) Retirar o carregador; (2) Dar dois golpes de segurança; (3) Inspeção visual e tátil na câmara; (4) Destravar; (5) Desengatilhar; (6) Travar; (7) Recolocar o carregador. Quando for desmontar o armamento para fazer a manutenção, deverá: (1) Retirar o carregador; (2) Dar dois golpes de segurança; (3) Abrir o armamento; (4) Retirar as peças; (5) Fazer a manutenção no fuzil; (6) Recolocar as peças; (7) Fechar o armamento; (8) Dar dois golpes de segurança; (9) Destravar; (10) Desengatilhar; (11)Travar; (12) Recolocar o carregador. 81 PISTOLA BERETTA 9MM M975 A história da Beretta tem início em 1526, quando o mestre armeiro Bartolomeo Beretta da cidade de Gardone Val Trompia foi pago pelo Arsenal de Veneza para que produzisse 185 barris de arcabuz. A sede da companhia, aliás, é situada naquele mesmo local até os dias de hoje. Desde aquela época, os negócios da Beretta continuaram em constante expansão, tendo a empresa inclusive fornecido armas para o exército de Napoleão durante sua invasão à Itália no ano de 1797. Desde então, a família Beretta se mantém na direção da companhia que leva o mesmo nome, tendo expandido seus negócios com a distribuição em escala mundial e tendo instalado fábricas na Itália, Estados Unidos e, durante um tempo, até mesmo no Brasil. É atualmente a arma utilizada pelas Forças Armadas dos Estados Unidos, Itália e até mesmo pelo Exército Brasileiro. Dentre as vantagens da Beretta, a confiabilidade é a que mais se destaca: antes de ser posta no mercado, passa por testes de qualidade rigoroso ainda na fábrica, que incluem testes em temperaturas de -40ºC e disparos contínuos para verificação de falhas (a Beretta M9 disparou mais de 35 mil cartuchos antes de apresentar uma falha!). O fato de ter sido adotada por diversos exércitos do mundo também confirma sua qualidade, pois demonstra sua firmeza em combates militares. Características: Tipo: Portátil Emprego: Individual Funcionamento: Sem/Aut Raiamento: 6 à direita Alimentação: 15 cartuchos + 1 Calibre: 9 mm x 19 mm Comprimento: 217 mm Peso arma: 0,950 kg Velocidade do tiro: 401 m/s Velocidade teórica: 275 tiros por min Velocidade prática: Variável Alcance total do tiro: 1.800 m Alcance útil do tiro: 50 m Combate convencional: 25 m NOMENCLATURA DAS PRINCIPAIS PEÇAS DO PST BERETTA Cão Gatilho e guarda-mato Retém do carregador Punho Carregador Mola recuperadora Guia da mola recuperadora Cano Ferrolho Massa de mira Alça de mira Retém do ferrolho Registro de segurança Bloco de trancamento Alavanca de desmontagem Mergulhador do bloco de trancamento 82 FUNDAMENTOS DO TIRO DE PISTOLA Os fundamentos do tiro de pistola possuem o mesmo enfoque do tiro de fuzil nos aspectos de terminologia, controle da respiração e acionamento do gatilho. Empunhadura: É o ajuste das mãos à arma, proporcionando firmeza ao conjunto, facilitando a realização da pontaria e o correto acionamento do gatilho. Em combate, sempre que possível, será executada com as duas mãos, porém, algumas situações podem obrigar o uso de apenas uma mão, inclusive da que normalmente não atira. Empunhadura com uma das mãos: É a empunhadura básica e o primeiro passo para empunhar a arma com as duas mãos. Para maior facilidade, e quando possível, pode ser tomada com o auxílio da outra mão. Para a execução da empunhadura, seguem-se os seguintes passos: (1) Assistência da mão auxiliar: a arma é segura por esta, envolvendo o ferrolho à frente do guarda-mato; (2) empunhadura alta: leva-se a mão que atira de encontro ao punho da arma, buscando colocar o “V” da mão, formado pelo polegar e pelo indicador, o mais acima possível (letras "a" e "b"); (3) arma no prolongamento do antebraço: o ferrolho deve ficar o mais alinhado possível com o antebraço - a empunhadura alta e o alinhamento com o antebraço visam aumentar a firmeza da empunhadura e o controle do recuo da arma; (4) colocação dos dedos médio, anular e mínimo: esses três dedos se fecham sobre a parte anterior do punho, exercendo pressão com as falanges mediais. As falanges distais dos dedos são fechadas sem exercerem excessiva pressão lateral; (5) intensidade da pressão da mão sobre o punho: pode ser comparada com a de um firme aperto de mãos. (6) posição do polegar: deve ficar colocado de maneira natural e relaxado, por sobre o registro de segurança ou tocando levemente a armação logo abaixo do registro; (7) colocação do dedo indicador: deve tocar a tecla do gatilho entre a parte média da falange distal e sua interseção com a medial (inclusive), buscando a posição que melhor possibilite pressionar o gatilho; (8) pulso: deve estar firme e trancado como se fosse uma extensão do antebraço, principalmente para uma sequência de tiros, permitindo um melhor controle do recuo. 83 Empunhadura com as duas mãos: Deve ser usada sempre que possível, pois permite maior firmeza e um melhor controle do recuo, facilitando a retomada da pontaria. Para se fazer a empunhadura, seguem-se os seguintes passos: (1) empunhar com uma das mãos, conforme descrito anteriormente; (2) pode ser admitido, também, que a arma fique na direção do centro do corpo, e não do antebraço, a fim de facilitar a recuperação mais rápida das miras, desta forma, melhorando a cadência de tiros; (3) colocar a mão auxiliar: os dedos unidos, com exceção do polegar, envolvem os três dedos da mão que atira; (4) pressão da mão auxiliar: essa mão deve exercer uma firme pressão nos dedos da mão que atira e no punho da arma, no sentido dos dedos, com a mesma intensidade exercida pela mão que atira; (5) trancamento da empunhadura: é obtido pela pressão da mão auxiliar sobre a que atira, com o forçamento de um pulso contra o outro, isso é indispensável para o controle da arma durante sequências de tiro rápido; (6) pressão constante: a força ao empunhar pode ser menor nos disparos simples ou de precisão e maior, sem causar o tremor da arma, nos tiros rápidos. Em ambos os casos ela deve permanecer constante durante o disparo, evitando-se o erro de aumentá-la no momento em que o gatilho é acionado. 84 Posição inicial: É a posição utilizada para o início dos exercícios de tiro no estande. Posição deitado frontal: É a posição mais estável, ideal para tiros a longa distância, sendo adotada, também, para reduzir ao máximo a silhueta do atirador e ainda, para adaptação aos abrigos existentes. Posição de pé com as duas mãos: É a mais adotada, graças a sua flexibilidade, estabilidade e rapidez para a sua realização. Posição de pé: Proporciona maior flexibilidade, porém é a que oferece menor proteção ao atirador devido à maior exposição da silhueta ao inimigo. Essa posição facilita o engajamento de alvos em movimento e em várias direções, bem como uma rápida execução dos tiros. Verificação da empunhadura: em ambas as empunhaduras é importante que o atirador busque o seu ajuste à técnica aqui apresentada, encontre a posição ideal do dedo indicador sobre a tecla do gatilho, o alinhamento da arma, a força ao empunhar e o trancamento da empunhadura. Para isso, devem-se repetir várias vezes o exercício de empunhar e, a cada uma, levantar a arma até a altura dos olhos para verificar se as miras estão naturalmente alinhadas e se a empunhadura está firme. A seguir, dispara “em seco” (sem munição), procurando a posição do indicador que permita realizar o disparo sem desviar a maça de mira em direção ou altura. Posições de tiro: A posição de tiro deverá propiciar ao atirador estabilidade e conforto (este último quando possível), possibilitando assim uma correta empunhadura e pontaria. Ela reduzirá o arco de movimento do atirador, permitindo a ele melhores condições para realizar um acionamento correto. 85 Posição de joelhos baixo: Tem as mesmas características de emprego da posição de joelhos elevado, possuindo, como vantagem principal, a diminuição da silhueta exposta ao inimigo. Posição de joelhos elevado: Adotada no combate quando se deseja diminuir, rapidamente, a silhueta exposta ao inimigo, permitindo um rápido retorno à posição de pé, além de possibilitar flexibilidadepara qualquer lado. Variação da colocação do pé do lado da mão que atira na posição de joelhos. Posição de joelhos apoiado: Em as mesmas características de emprego da posição de joelhos baixo, possuindo, como vantagem principal, uma melhor estabilidade para a execução dos disparos. Pontaria: A pontaria é o fundamento de tiro que faz com que o atirador direcione sua arma para o alvo. Apontar para o alvo significa alinhar os aparelhos de pontaria da pistola corretamente com o alvo. O ser humano possui um de seus olhos com melhor capacidade de apontar que o outro, denominado olho diretor. Este, sempre que possível, deve ser utilizado para realizar a pontaria. A pontaria sempre será realizada no centro do alvo, por ser o local onde há maior probabilidade de acerto devido à massa exposta e por ser região vital do corpo humano. Linha de mira: Linha imaginária que une o olho à maça de mira, passando pela alça. Ela é responsável pelo alinhamento do armamento com a direção de tiro. Qualquer erro provoca um desvio angular do ponto de impacto (alvo) em relação ao ponto visado. 86 Fotografias erradas Fotografia correta Linha de visada: Linha imaginária que se constitui no prolongamento da linha de mira até o alvo. Fotografia: Imagem obtida quando se realiza a pontaria. Para tanto, é necessário, no tiro de pistola, focalizar o topo da maça de mira, através do centro do visor da alça e colocá-lo no centro do alvo, fazendo com que a alça de mira e o alvo fiquem desfocados. As abas de proteção da maça de mira não são utilizadas na pontaria. Como o cérebro trabalha com imagens, a fotografia correta deve ser permanentemente buscada pelo atirador até o momento do disparo. Controle da respiração e o acionamento do gatilho: Seguirão os mesmos procedimentos do tiro de fuzil. Medidas de segurança com o armamento: Sempre que pegar a pistola, deverá realizar os seguintes procedimentos em local seguro, de preferência em um caixão de areia: (1) Retirar o carregador; (2) Destravar; (3) Dar dois golpes de segurança; (4) Inspeção visual na câmara; (5) Desengatilhar; (6) Travar; (7) Recolocar o carregador. Quando for desmontar a pistola para fazer a manutenção, deverá: (1) Retirar o carregador; (2) Destravar; (3) Dar dois golpes de segurança; (4) Abrir o armamento; (5) Retirar as peças; (6) Fazer a manutenção no pistola; (7) Recolocar as peças; (8) Fechar o armamento; (8) Dar dois golpes de segurança; (9) Desengatilhar; (10) Travar; (11) Recolocar o carregador. 87 HINOS E CANÇÕES Hino Nacional Brasileiro Ouviram do Ipiranga as margens plácidas De um povo heroico o brado retumbante, E o sol da liberdade, em raios fúlgidos, Brilhou no céu da Pátria nesse instante. Se o penhor dessa igualdade Conseguimos conquistar com braço forte, Em teu seio, ó liberdade, Desafia o nosso peito a própria morte! Ó Pátria amada, idolatrada, salve! Salve! Brasil, um sonho intenso, um raio vívido De amor e de esperança à terra desce, Se em teu formoso céu, risonho e límpido, A imagem do cruzeiro resplandece. Gigante pela própria natureza, És belo, és forte, impávido colosso, E o teu futuro espelha essa grandeza. Terra adorada, Entre outras mil, És tu, Brasil, Ó Pátria amada! Dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria amada, Brasil! Deitado eternamente em berço esplêndido, Ao som do mar e à luz do céu profundo, Fulguras, ó brasil, florão da américa, Iluminado ao sol do novo mundo! Do que a terra mais garrida, Teus risonhos, lindos campos têm mais flores; Nossos bosques tem mais vida, Nossa vida" no teu seio "mais amores. Ó Pátria amada, idolatrada, salve! Salve!. Brasil, de amor eterno seja símbolo O lábaro que ostentas estrelado, E diga o verde-louro dessa flâmula Paz no futuro e glória no passado. Mas, se ergues da justiça a clava forte, Verás que um filho teu não foge à luta, Nem teme, quem te adora a própria morte. Terra adorada, Entre outras mil, És tu, Brasil, Ó Pátria amada! Dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria amada, Brasil! Hino da Independência Já podeis, da Pátria filhos, Ver contente a mãe gentil; Já raiou a liberdade No horizonte do Brasil. Brava gente brasileira! Longe vá... temor servil: Ou ficar a Pátria livre Ou morrer pelo Brasil. Os grilhões que nos forjava Da perfídia astuto ardil... Houve mão mais poderosa: Zombou deles o Brasil. Brava gente brasileira! Longe vá... temor servil: Ou ficar a Pátria livre Ou morrer pelo Brasil. Não temais ímpias falanges, Que apresentam face hostil; Vossos peitos, vossos braços São muralhas do Brasil. Brava gente brasileira! Longe vá... temor servil: Ou ficar a Pátria livre Ou morrer pelo Brasil. Parabéns, ó brasileiro, Já, com garbo varonil, Do universo entre as nações Resplandece a do Brasil. Brava gente brasileira! Longe vá... temor servil: Ou ficar a Pátria livre Ou morrer pelo Brasil. 88 Hino à Bandeira Nacional Salve lindo pendão da esperança! Salve símbolo augusto da paz! Tua nobre presença à lembrança A grandeza da Pátria nos traz. Recebe o afeto que se encerra em nosso peito juvenil, Querido símbolo da terra, Da amada terra do Brasil! Em teu seio formoso retratas Este céu de puríssimo azul, A verdura sem par destas matas, E o esplendor do Cruzeiro do Sul. Recebe o afeto que se encerra Em nosso peito juvenil, Querido símbolo da terra, Da amada terra do Brasil! Contemplando o teu vulto sagrado, Compreendemos o nosso dever, E o Brasil por seus filhos amado, poderoso e feliz há de ser! Recebe o afeto que se encerra Em nosso peito juvenil, Querido símbolo da terra, Da amada terra do Brasil! Sobre a imensa Nação Brasileira, Nos momentos de festa ou de dor, Paira sempre sagrada bandeira Pavilhão da justiça e do amor! Recebe o afeto que se encerra Em nosso peito juvenil, Querido símbolo da terra, Da amada terra do Brasil! Canção do Exército Nós somos da Pátria a guarda, Fiéis soldados, Por ela amados. Nas cores de nossa farda Rebrilha a glória, Fulge a vitória. Em nosso valor se encerra Toda a esperança Que um povo alcança. Quando altiva for a Terra Rebrilha a glória, Fulge a vitória. A paz queremos com fervor, A guerra só nos causa dor. Porém, se a Pátria amada For um dia ultrajada Lutaremos sem temor. Como é sublime Saber amar, Com a alma adorar A terra onde se nasce! Amor febril Pelo Brasil No coração Nosso que passe. E quando a nação querida, Frente ao inimigo, Correr perigo, Se dermos por ela a vida Rebrilha a glória, Fulge a vitória. Assim ao Brasil faremos Oferta igual De amor filial. E a ti, Pátria, salvaremos! Rebrilha a glória, Fulge a vitória. A paz queremos com fervor, A guerra só nos causa dor. Porém, se a Pátria amada For um dia ultrajada Lutaremos sem temor. 89 Fibra de Herói Se a Pátria querida, For envolvida, Pelo inimigo. Na paz ou na guerra, Defende a terra, Contra o perigo. Com ânimo forte, Se for preciso, Enfrento a morte. Afronta se lava, Com fibra de herói, De gente brava. Bandeira do Brasil, Ninguém te manchará. Teu povo varonil, Isso não consentirá. Bandeira idolatrada, Altiva a tremular. Onde a liberdade É mais uma estrela A brilhar Hino a Caxias Sobre a história da Pátria, ó Caxias, Quando a guerra troveja minaz, O esplendor do teu gládio irradias, Como um íris de glória e de paz. Salve, Duque Glorioso e sagrado Ó Caxias invicto e gentil! Salve, flor de estadista e soldado! Salve, herói militar do Brasil. Foste o alferes, que guiando, na frente, O novel pavilhão nacional, Só no Deus dos exércitos crente, Coroaste-o de louro imortal!Salve, Duque Glorioso e sagrado Ó Caxias invicto e gentil! Salve, flor de estadista e soldado! Salve, herói militar do Brasil. De vitória em vitória, traçaste Essa grande odisséia, que vai Das revoltas que aqui dominaste, Às jornadas do atroz Paraguai. Salve, Duque Glorioso e sagrado Ó Caxias invicto e gentil! Salve, flor de estadista e soldado! Salve, herói militar do Brasil. Do teu gládio sem par, forte e brando, O arco de ouro da paz se forjou, Que as províncias do Império estreitando À unidade da Pátria salvou. Salve, Duque Glorioso e sagrado Ó Caxias invicto e gentil! Salve, flor de estadista e soldado! Salve, herói militar do Brasil. Em teu nome ó Caxias, se encerra Todo ideal do Brasil militar: Uma espada tão brava na guerra, Que fecunda na paz a brilhar! Salve, Duque Glorioso e sagrado Ó Caxias invicto e gentil! Salve, flor de estadista e soldado! Salve, herói militar do Brasil. Tu, que foste, qual fiel condestável, Do dever e da lei o campeão Sê o indígete sacro o inviolável, Que hoje inspire e proteja a Nação! Salve, Duque Glorioso e sagrado Ó Caxias invicto e gentil! Salve, flor de estadista e soldado! Salve, herói militar do Brasil. 90 Canção do Expedicionário Você sabe de onde eu venho? Venho do morro, do Engenho, Das selvas, dos cafezais, Da boa terra do coco, Da choupana onde um é pouco, Dois é bom, três é demais, Venho das praias sedosas, Das montanhas alterosas, Do pampa, do seringal, Das margens crespas dos rios, Dos verdes mares bravios Da minha terra natal. -Refrão Por mais terras que eu percorra, Não permita Deus que eu morra Sem que volte para lá; Sem que leve por divisa Esse "V" que simboliza A vitória que virá: Nossa vitória final, Que é a mira do meu fuzil, A ração do meu bornal, A água do meu cantil, As asas do meu ideal, A glória do meu Brasil. Eu venho da minha terra, Da casa branca da serra E do luar do meu sertão; Venho da minha Maria Cujo nome principia Na palma da minha mão, Braços mornos de Moema, Lábios de mel de Iracema Estendidos para mim. Ó minha terra querida Da Senhora Aparecida E do Senhor do Bonfim! -Refrão Você sabe de onde eu venho? E de uma Pátria que eu tenho No bojo do meu violão; Que de viver em meu peito Foi até tomando jeito De um enorme coração. Deixei lá atrás meu terreno, Meu limão, meu limoeiro, Meu pé de jacaranda, Minha casa pequenina Lá no alto da colina, Onde canta o sabiá. -Refrão Venho do além desse monte Que ainda azula o horizonte, Onde o nosso amor nasceu; Do rancho que tinha ao lado Um coqueiro que, coitado, De saudade já morreu. Venho do verde mais belo, Do mais dourado amarelo, Do azul mais cheio de luz, Cheio de estrelas prateadas Que se ajoelham deslumbradas, Fazendo o sinal da Cruz! -Refrão Canção do 27º B Log Somos um corpo aguerrido Pela 5º Região Militar Nosso Trabalho é gigante Nossa missão, apoiar Com qualquer tempo ou terreno Apoiando em manutenção Suprimento, transporte ou saúde Cumpriremos a nossa missão Vigésimo sétimo B Log Ei, avante à trabalhar Seja na paz da caserna Seja na guerra lutar 91 Canção da Intendência Companheiros, nos combates não esqueçamos, Que o Brasil nos delegou grande missão, Sem temor a ela assim nos dedicamos, Dando à tropa equipamento e provisão. Pela glória do Brasil tudo faremos, Das granadas o fragor não nos aterra, Somos fortes e o inimigo venceremos Pra manter a tradição de nossa terra. Na Academia, nossa formação querida, Bittencourt, nosso patrono, e vós Caxias Sois exemplos que seguimos toda vida Pra grandeza do Brasil em nossos dias. Pela glória do Brasil tudo faremos, Das granadas o fragor não nos aterra, Somos fortes e o inimigo venceremos Pra manter a tradição de nossa terra. De norte a sul, sob o sol rijo a brilhar. Ou bem longe desta terra varonil, Marcharemos nos comboios a cantar Nossos feitos de soldados do Brasil. Pela glória do Brasil tudo faremos, Das granadas o fragor não nos aterra, Somos fortes e o inimigo venceremos Pra manter a tradição de nossa terra. Canção do Material Bélico Nos paióis, nas oficinas Enfrentando ardis e minas, Porfiaremos de alma forte, Com denodo e valentia. Noite e dia sem cessar, Cumpriremos nosso dever, Pouco importa vida ou morte, Nosso intuito é vencer. Na paz, o progresso; Na guerra, a vitória; Construir a grandeza, Lutar pela glória Da Pátria com ardor, Com arrojo e bravura. Com esforço de gigante, Seguiremos sempre avante, Sem temer treva ou metralha, Cumpriremos a missão. Apoiando a vanguarda, Quer no ataque ou na defesa, Do triunfo na batalha, Levaremos a certeza. Na paz, o progresso; Na guerra, a vitória; Construir a grandeza, Lutar pela glória Da Pátria com ardor, Com arrojo e bravura. Canção da Saúde Nós soldados do corpo de Saúde, Sem temermos o rugido da metralha. Aos heróis que tombam na vanguarda, Lhes levamos o socorro na batalha. Nós soldados do corpo de Saúde, Não usamos a força do fuzil. Pelejamos ao lado da ciência, Pela glória e pela honra do Brasil. Fiéis servos, somos nós da medicina; Seja na guerra, seja nos dias de paz. Combatendo pelo bem da humanidade, Sem vacilarmos e sem descanso jamais. Nosso lema é prestar a caridade, Ao moribundo, ao ferido, ao mutilado. Procurando amenizar o sofrimento, E bem servir ao nosso Brasil adorado. 92 Canção da Infantaria Nós somos estes infantes Cujos peitos amantes Nunca temem lutar; Vivemos, Morremos, Para o Brasil nos consagrar! Nós, peitos nunca vencidos, De valor, desmedidos, No fragor da disputa, Mostremos, Que em nossa Pátria temos, Valor imenso, No intenso, Da luta. -Refrão És a nobre Infantaria, Das armas a rainha, Por ti daria A vida minha, E a glória prometida, Nos campos de batalha, Está contigo, Ante o inimigo, Pelo fogo da metralha! És a eterna majestade, Nas linhas combatentes, És a entidade, Dos mais valentes. Quando o toque da vitória Marca nossa alegria, Eu cantarei, Eu gritarei: És a nobre Infantaria! Brasil, te darei com amor, Toda a seiva e vigor, Que em meu peito se encerra, Fuzil! Servil! Meu nobre amigo para guerra! Óh! Meu amado pendão, Sagrado pavilhão, Que a glória conduz, Com luz, Sublime Amor se exprime, Se do alto me falas, Todo roto por balas! -Refrão Canção da Artilharia Eu sou a poderosa Artilharia Que na luta se impõe pela metralha, A missão das outras armas auxilia E prepara o campo de batalha Com seus tiros de tempo e percussão As fileiras inimigas levo a morte e a confusão. (BIS) Se montada, sou par da Infantaria, Nos combates, nas marchas, na vitória ! A cavalo acompanho a Cavalaria, Nos contatos, nas cargas e na glória Com rajadas de fogo surpreender As vanguardas inimigas e depois retroceder. (BIS) Quer de costa, antiaérea ou de campanha, Eu domino no mar, no ar, na terra, Quer no forte, no campo ou na montanha, Vibra mais no canhão, a voz da guerra; Da batalha sinistra a melodia É mais alta na garganta da Pesada Artilharia. (BIS) Se é mister um esforço derradeiro E fazer do seu corpo uma trincheira, Abraçado ao canhão morre o artilheiro Em defesa da Pátria e da Bandeira. O mais alto valor de uma nação Vibra n'alma do soldado, ruge n'alma do canhão. (BIS) Hurra! Hurra ! Hurra ! 93 Canção da Engenharia Quer na paz, quer na guerra, a Engenharia Fulgura, sobranceira, em nossa história Arma sempre presente, apóia e guia As outras Armas todas à vitória. Nobre e indômita, heróica e secular Audaz, na guerra, ao enfrentar a morte, Na paz, luta e trabalha, sem cessar,Pioneira brava de um Brasil mais forte. -Refrão O castelo lendário, da Arma azul-turquesa Que a tropa ostenta, a desfilar, com galhardia É um escudo de luta, é o brasão da grandeza E da glória sem fim, com que forja a defesa E é esteio, do Brasil, a Engenharia. Face aos rios ou minas, que o inimigo Mantém, sob seu fogo, abre o engenheiro A frente para o ataque e, ante o perigo, Muitas vezes, dos bravos é o primeiro. Lança pontes e estradas, nunca falha, E em lutas as suas glórias ressuscita, Honrando, em todo o campo de batalha, As tradições de Villagran Cabrita. -Refrão Canção da Cavalaria Arma ligeira que transpõe os montes, Caudais profundos, com ardor e glória, Estrela guia em negros horizontes, Pelo caminho da luta e da vitória. -Refrão Cavalaria, Cavalaria, Tu és na guerra a nossa estrela guia. Arma de tradição que o peito embala, Cuja história é de luz e de fulgor, Pelo choque, na carga, ela avassala, E, ao inimigo, impõe o seu valor. -Refrão Montado sobre o dorso deste amigo: O cavalo que, altivo, nos conduz, Levamo-lo, também, para o perigo, Para lutar conosco sob a cruz. -Refrão De Andrade Neves o Osório, legendário, E outros heróis que honram a nossa história, Evocamos o valor extraordinário Pelo Brasil a nossa maior glória! -Refrão Canção das Comunicações Pelas estradas sem fim, ou pelo campo caminha a Glória. Os nossos fios, as nossas antenas transmitem essas vitórias. Quando soa a metralha ou o ronco dos canhões Nos céus da Pátria ecoa, teu nome Comunicações. -Refrão E quando a vitória vier, Alguém falará no porvir, Na paz, assim como na guerra, Teu lema é sempre servir. Dentro das noites escuras, o teu trabalho silente será. E nessa mudez, somente a bravura, ao teu lado caminhará Sempre estarás na vanguarda e cumprirás do Comando as missões, Com o nome de Rondon, pulsando em nossos corações. -Refrão 94 Oração pelo Brasil Ó Deus Onipotente, princípio e fim de todas as coisas, infundi em nós brasileiros o amor ao estudo e ao trabalho, para que façamos de nossa Pátria uma terra de paz, de ordem e de grandeza. Velai Senhor, pelos destinos do Brasil. Juramento à Bandeira do Brasil O compromisso é realizado pelos recrutas, perante a Bandeira Nacional desfraldada, com o braço direito estendido horizontalmente à frente do corpo, mão aberta, dedos unidos, palma para baixo, repetindo, em voz alta e pausada, as seguintes palavras: “INCORPORANDO-ME AO EXÉRCITO BRASILEIRO - PROMETO CUMPRIR RIGOROSAMENTE - AS ORDENS DAS AUTORIDADES - A QUE ESTIVER SUBORDINADO - RESPEITAR OS SUPERIORES HIERÁRQUICOS - TRATAR COM AFEIÇÃO OS IRMÃOS DE ARMAS - E COM BONDADE OS SUBORDINADOS - E DEDICAR-ME INTEIRAMENTE AO SERVIÇO DA PÁTRIA - CUJA HONRA - INTEGRIDADE - E INSTITUIÇÕES - DEFENDEREI - COM O SACRIFÍCIO DA PRÓPRIA VIDA." DIALETO MILITAR Acochambrar – Ficar de corpo mole. Aloprar – Tocar o horror. Armeiro – Quem cuida do armamento. Arranchar – Ato de dar o nome para poder comer no rancho. Arrego – Usado pra demostrar insatisfação e indignação. Avançar – Entrar em algum lugar. Baixa – Ato de ir embora do Exército. Baixado – Militar que está com dispensa médica. Baixaria – Ato de fazer algo feio. Militar sem padrão. Barro – Consequência ruim se o militar não se preparar. Bisonho / Mocorongo – Inexperiente. Não sabe fazer as coisas. Bizu – Dica. Bizurado – Militar cheio de benefícios. Algo bom. Boca podre – Missão muito desagradável. Bodoso – Algo complicado, cheio de detalhes. Brasil – Sim senhor. Carcaça – Porte físico. Caserna – Quartel. Catanho – Lanche para viagem. Cautelar – Pegar algo sob registro. Celotex – Quadro mural da Companhia. Cerrar – Ir a encontro de alguém. Clicar – Orientar o subordinado de forma enfática. Cobertura – Gorro. Destino – Local em que o militar se encontra. Desunido – Aquele que não se preocupa com o bem da tropa e sim com o próprio bem. ECD – Em condições de (cumprir qualquer missão). Embuste – Gabar-se por ser militar. Farândula – Grupo desorganizado. Felpudo – Confortável. Furriel – Responsável por cuidar da parte administrativa de Cb e Sd. Gandola – “Jaqueta” camuflada de uso diário. GDH – Grupo Data Hora. Ex: 091700Mar17 Traduzindo: Dia 9 às 17:00h do mês de março do ano de 2017. 95 Golpe – Não fazer o previsto. Laranjeira – Quem mora no quartel. Melindrado – Elemento medroso. Com receio de fazer algo. Missão – Atribuição ou tarefa que o militar recebeu. Moita – Quem não é visto. Mulambo – Mal vestido. Algo mal feito. Na rota – Seguir destino. NN – Não nadador. Pagar – Entregar ou receber algo. Realizar um esforço físico por ordem de superior. Paisano – Civil. Papirar – Estudar. PC – Posto de comando. Geralmente se utiliza pra falar do escritório do comandante. Pé de Banha – Militares da Intendência. Pé de Poeira – Militares da Infantaria. Peixe – Protegido dentro do quartel. PH – Papel higiênico. Pica fumo – Mais moderno. Piruar – Se oferecer mesmo que involuntariamente. Ponderão / Baseado – Questiona uma ordem. PQD – Paraquedista. Preta – Escala de serviço dia de semana. Previsto – Está no regulamento. Pronto – Após terminar uma missão, reportar ao superior que a missão foi cumprida. QAP – Quando acionado pronto. Raro – Militar lerdo. Faz tudo errado. Reco – Soldado recruta. Rolha – Algo fácil de fazer. Saca – Balada, noitada. Safo / Destaque – Militar bom no que faz, experiente. Sanhaço / Jangal – Situação ruim. Sugado – Militar cansado. Algo complicado de fazer. Tô de selva – Estou de serviço. Tocar o rebú – Quando se alopra, muda tudo conforme o planejado. Torar – Dormir. Ultima forma – Esqueça o que eu disse. Unido – Aquele que se preocupa com o bem da tropa e sim com o próprio bem. Vermelha – Escala de serviço sábado, domingo ou feriados. Voador – Aquele militar que tá sempre sumindo pelo quartel pra não receber missão. Zaralho – Bagunça. Zero – Estar entre os 9 primeiros da turma. Zero um – Melhor colocado. Cabeça da turma. REFERÊNCIAS ✓ Caderno de Instrução Cross Operacional ✓ Código Penal Militar – CPM ✓ Estatuto dos Militares – E1 ✓ Instruções Gerais de Tiro com Armamento do Exército – IGTAEX ✓ Manual de Abreviaturas, Símbolos e Convenções Cartográficas – C 21-30 ✓ Manual de Ordem Unida – C 22-5 ✓ Manual de Treinamento Físico Militar – EB20-MC-10.350 ✓ Normas Gerais de Ação do Batalhão – NGA 27º B Log ✓ Portaria nº 657, de 4 de novembro de 2003 – Missão, Visão e Valores do EB ✓ Regulamento de Continências, Honras, Sinais de Respeito e Cerimonial Militar das Forças Armadas – Portaria Normativa Nr 660-MD (R2) ✓ Regulamento de Uniforme do Exército – RUE ✓ Regulamento Disciplinar do Exército – RDE (R4) ✓ Regulamento Interno e dos Serviços Gerais – RISG (R1) ✓ Tiro de armas portáteis Fuzil – C 23-1 (1ª Parte) ✓ Tiro de armas portáteis Pistola – C 23-1 (2ª Parte) 96 CONTROLE DE cautela da caderneta Po st o / G r a d N o m e d e G u e r r a C ia D a ta R u b r ic a M il it a r q u e r e c e b e u d e v o lu ç ã o d a c a d e r n e ta D a ta R u b r ic a A lt e r a ç õ e s e n c o n tr a d a s? Q u a n d o a ca b a r o p e rí d o d e i n st ru çã o o u q u a n d o o m il it a r fo r d a r b a ix a , a r e fe ri d a c a d e rn e ta d e v e rá s e r o b ri g a to ri a m e n te d e v o lv id a à 3 ª S e çã o . D e v e rá s e r v e ri fi ca d o p e lo m il it a r q u e r e ce b e o m a te ri a l d e v o lv id o s e n ã o h á n e n h u m a r a su ra n o r e fe ri d o m a te ri a l e s e o me sm o e st á e m p e rf e it a s co n d iç õ e s, s o b p e n a d e q u e m d e v o lv e r co m a lt e ra çã o r e sp o n d e r d is ci p li n a rm e n te p o r is so . CONTROLE DE cautela da caderneta Po st o / G r a d N o m e d e G u e r r a C ia D a ta R u b r ic a M il it a r q u e r e c e b e u d e v o lu ç ã o d a c a d e r n e ta D a ta R u b r ic a A lt e r a ç õ e s e n c o n tr a d a s? Q u a n d o a ca b a r o p e rí d o d e i n st ru çã o o u q u a n d o o m il it a r fo r d a r b a ix a , a r e fe ri d a c a d e rn e ta d e v e rá s e r o b ri g a to ri a m e n te d e v o lv id a à 3 ª S e çã o . D e v e rá s e r v e ri fi ca d o p e lo m il it a r q u e r e ce b e o m a te ri a l d e v o lv id o s e n ã o h á n e n h u m a r a su ra n o r e fe ri d o m a te ri a l e s e o m e sm o e st á e m p e rf e it a s co n d iç õ e s, s o b p e n a d e q u e m d e v o lv e r co m a lt e ra çã o r e sp o n d e r d is ci p li n a rm e n te p o r is so . BIZU DO BELOGUIANO Edição: 1º Ten Wesley Skonieski de Oliveira Fotos: 2º Sgt Edson Luiz Mocelin Esta caderneta tem por finalidade auxiliar na instrução dos integrantes do 27º B Log nos mais variados assuntos militares. O arquivo original encontra-se na caixa do SPED do Ch 3ª Seção e do Ch RP com o título: Bizu do Beloguiano. Somos um corpo aguerrido! Edição: 1º Ten Wesley Skonieski de Oliveira / Fotos: 2º Sgt Edson Luiz Mocelin b7021c158b48ccd532be651364dddcd27a7653c4ff2c3b6b4ef99afba5e9e0f2.pdf Capa-ContraC.cdr 1: Capa b7021c158b48ccd532be651364dddcd27a7653c4ff2c3b6b4ef99afba5e9e0f2.pdf 978d360babde85785546d233e3e0aa30794775c0a26f406ebe703ae9d0350cac.pdf Capa-ContraC.cdr 2: Contra-Capa