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ANATOMIA CÓRTEX CEREBRAL LOBOS CEREBRAIS SISTEMA LÍMBICO FUNÇÕES DO CÓRTEX CEREBRAL TIPOS BÁSICOS DE NEURÔNIO CÉLULAS DA GLIA: ASTRÓCITOS: forma de estrela, alimentação e suporte físico dos neurônios OLIGODENDRÓCITOS: mielinização dos axônios no SNC CÉLULAS DE SCHWANN: mielinização dos axônios no SNP CÉLULAS SATÉLITES: suporte físico para os neurônios do SNP MICROGLIAS: Digerem parte dos neurônios mortos HISTOLOGIA CÓRTEX CEREBRAL CAMADA MOLECULAR (I) • Camada mais superficial, localizada abaixo da leptomeninge. • Possui poucas células (células horizontais, ou cajal → neurônios intracorticais de associação que possuem dendritos e axônios na direção horizontal) CAMADA GRANULAR EXTERNA E INTERNA (II-IV) CÉLULAS PIRAMIDAIS (III) As células piramidais são chamadas assim devido ao formato triangular do corpo celular. Podem ser pequenas, médias, grandes e gigantes (células piramidais de Betz do córtex motor). As células piramidais têm dois tipos de dendritos, o apical (um dendrito só por célula) e basais (vários dendritos por célula). O apical prolonga o ápice da pirâmide e ramifica-se nas camadas superiores. Os basais são mais curtos e ramificam-se nas proximidades do corpo celular. O axônio tem origem na região basal da célula e direção descendente, ganhando a substância branca como fibra eferente do córtex (sistema motor). As células piramidais podem ser encontradas em todas as camadas, mas predominam nas camadas III e V ou piramidais externa e interna, consideradas as principais camadas efetoras do córtex. A. Células Betz na Camada V do córtex motor primário humano B. Célula Betz gigante imunorreativa para parvalbumina, com sinapses intensamente positivas em contato com seu soma C. célula Betz gigante e neurônios piramidais de tamanho médio (asteriscos) da camada V CAMADA PIRAMIDAL INTERNA: Formada por grandes neurônios piramidais, alguns neurônios estrelados e piramidais invertidos (neurônios de Martinotti) Aqui também existe uma banda de fibras conhecida como banda interna de Baillarger. No córtex motor primário existe neurônios piramidais gigantes que recebem o nome de neurônios de Betz. Esta dá origem a aproximadamente 3% do trato corticoespinal CONVULSÃO DEFINIÇÕES • Manifestação de um fenômeno electro-fisiológico anormal temporário que ocorre no cérebro (descarga bio-energética) e que resulta numa sincronização anormal da atividade elétrica neuronal. • Estas alterações podem refletir-se a nível da tonicidade muscular (gerando contrações involuntárias da musculatura, como movimentos desordenados, ou outras reações anormais como desvio dos olhos e tremores), alterações do estado mental, ou outros sintomas psíquicos. • EPILEPSIA: síndrome médica na qual existem convulsões recorrentes e involuntárias, embora possam ocorrer convulsões em pessoas que não sofrem desta condição médica. CAUSAS DE CONVULSÃO TCE, Meningite, Desidratação grave, Intoxicações ou reações a medicamentos, Hipoxemia perinatal, Hipoglicemia, Epilepsias (crises convulsivas repetitivas não relacionadas a causas acima relacionadas; têm forte herança familiar), Convulsão Febril, Tumores (primários ou metastáticos), Eclâmpsia. EPILEPSIA Grupo de transtornos neurológicos de longa duração caracterizados por ataques de duração e intensidade variável, que vão desde episódios de curta duração e praticamente imperceptíveis até longos períodos de agitação vigorosa. É o resultado de atividade excessiva e anormal das células nervosas do córtex cerebral. SINAIS SINAIS E SINTOMAS DE UMA CRISE EPILÉPTICA: (distúrbios da consciência, dos movimentos ou da sensibilidade) refletem a ativação da parte do cérebro afetada por esta atividade excessiva. Pode ser afetada apenas uma parte do cérebro (crise parcial ou focal) — como ocorre na síndrome de Landau-Kleffner, que afeta tipicamente a região temporofrontal esquerda, causando transtornos de fala e linguagem ou toda a extensão dos dois hemisférios cerebrais (crise generalizada). TIPOS SINTOMÁTICAS: causa conhecida ou fortemente inferida. CRIPTOGÊNICAS: não existe uma causa conhecida ou presumível. IDIOPÁTICAS: a causa é genética, familiar Ver PDFs http://anatpat.unicamp.br/bineuhipocamponlhe.html EPILEPSIA DO LOBO TEMPORAL MESIAL ASSOCIADA À ESCLEROSE HIPOCAMPAL HISTOLOGIA DA ESCLEROSE MESIAL PONTO DE VISTA ANATOMOPATOLÓGICO: a esclerose hipocampal é caracterizada por perda neuronal e gliose, especialmente das células do setor de Sommer (CA1 e prosubiculum) e dos neurônios da região hilar, com relativa preservação de CA2, subiculum e giro denteado. OBSERVA-SE: reorganização axonal, caracterizada por brotamentos de colaterais axônicas das células granulares (as fibras musgosas) na região da camada molecular interna do giro denteado. Associado à perda neuronal, observa-se também na esclerose hipocampal a dispersão das células granulares. Esta é caracterizada pela perda da justaposição habitual das células granulares na camada granular do giro denteado, produzindo da sua espessura e dos espaços intercelulares. Presença de distúrbios de migração das células piramidais e granulares, bem como alteração no padrão de laminação da formação hipocampal em camundongos → sugerem → participação de fatores genéticos influenciando a dispersão das células granulares. Em estudo experimental com ratos epilépticos após status epilepticus-induzido pela pilocarpina, propõem que a dispersão das células granulares seja decorrente da perda neuronal induzida pelas crises epilépticas, que levaria ao estiramento mecânico do tecido. Na ELTM associada à esclerose hipocampal pode-se encontrar comprometimento de outras estruturas mesiais do lobo temporal, do córtex entorrinal, bem como também anormalidades da substância branca e neocórtex do lobo temporal. Presença de neurônios ectópicos e infiltrados perivasculares semelhantes a oligodendrócitos são descritos na substância branca e neocórtex do lobo temporal. A real contribuição destes últimos achados na fisiopatogenia da ELTM associada à esclerose hipocampal ainda não foi completamente esclarecida. http://anatpat.unicamp.br/bineuhipocamponlhe.html