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ANATOMIA HUMANA ANATOMIA HUMANA 
 Anatom
ia Hum
ana
Bruno da Silva Gonçalves Bruno da Silva Gonçalves 
GRUPO SER EDUCACIONAL
gente criando o futuro
É com entusiasmo que apresentamos a disciplina de Anatomia Humana, na con� ança de 
estarmos auxiliando em sua formação acadêmica e, assim, criando possibilidades para 
um melhor desempenho pro� ssional. 
Ao longo dessa disciplina, será iniciado o estudo do corpo humano e a compreensão dos 
princípios imprescindíveis de anatomia, introduzindo você aos vários sistemas que com-
põem o nosso organismo e como eles cooperam entre si para manter a saúde do corpo. 
Além disso, será evidenciado como cada estrutura do corpo desempenha uma função 
especí� ca e como sua interação com outras estruturas determina sua função.
É válido lembrar que o estudo de anatomia não se con� gura apenas como apresentação 
de fatos. Embora a anatomia humana seja uma ciência relativamente estática, o co-
nhecimento vem avançando nos campos relacionados a esse estudo com o surgimento 
de novas tecnologias e formas de compreender as funções orgânicas. Compartilhamos 
com você esses avanços, os quais visam melhorar as condições de saúde humana. 
No empenho de oferecer um conteúdo de qualidade, preparamos esse material didático 
para impulsionar seu entendimento, pensamento crítico e preocupação com as ques-
tões relacionadas à saúde. Sendo uma ciência visual, combinamos a apresentação de 
diversos recursos visuais e textos didáticos com linguagem clara e acessível. Espera-
mos que permita uma maior compreensão da temática, garantindo uma aprendizagem 
signi� cativa.
SER_NUTRI_ANAHU_CAPA.indd 1,3 22/10/20 16:13
© Ser Educacional 2020
Rua Treze de Maio, nº 254, Santo Amaro 
Recife-PE – CEP 50100-160
*Todos os gráficos, tabelas e esquemas são creditados à autoria, salvo quando indicada a referência.
Informamos que é de inteira responsabilidade da autoria a emissão de conceitos. 
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio 
ou forma sem autorização. 
A violação dos direitos autorais é crime estabelecido pela Lei n.º 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do 
Código Penal.
Imagens de ícones/capa: © Shutterstock
Presidente do Conselho de Administração 
Diretor-presidente
Diretoria Executiva de Ensino
Diretoria Executiva de Serviços Corporativos
Diretoria de Ensino a Distância
Autoria
Projeto Gráfico e Capa
Janguiê Diniz
Jânyo Diniz 
Adriano Azevedo
Joaldo Diniz
Enzo Moreira
Bruno da Silva Gonçalves 
DP Content
DADOS DO FORNECEDOR
Análise de Qualidade, Edição de Texto, Design Instrucional, 
Edição de Arte, Diagramação, Design Gráfico e Revisão.
SER_NUTRI_ANAHU_UNID1.indd 2 22/10/20 16:07
Boxes
ASSISTA
Indicação de filmes, vídeos ou similares que trazem informações comple-
mentares ou aprofundadas sobre o conteúdo estudado.
CITANDO
Dados essenciais e pertinentes sobre a vida de uma determinada pessoa 
relevante para o estudo do conteúdo abordado.
CONTEXTUALIZANDO
Dados que retratam onde e quando aconteceu determinado fato;
demonstra-se a situação histórica do assunto.
CURIOSIDADE
Informação que revela algo desconhecido e interessante sobre o assunto 
tratado.
DICA
Um detalhe específico da informação, um breve conselho, um alerta, uma 
informação privilegiada sobre o conteúdo trabalhado.
EXEMPLIFICANDO
Informação que retrata de forma objetiva determinado assunto.
EXPLICANDO
Explicação, elucidação sobre uma palavra ou expressão específica da 
área de conhecimento trabalhada.
SER_NUTRI_ANAHU_UNID1.indd 3 22/10/20 16:07
Unidade 1 - Introdução ao corpo humano e ao sistema esquelético
Objetivos da unidade ........................................................................................................... 13
Conceito de anatomia e considerações gerais ............................................................. 14
História da anatomia ....................................................................................................... 14
Terminologia anatômica básica .................................................................................... 16
Anomalia e monstruosidade .............................................................................................. 16
Anomalia e monstruosidade .......................................................................................... 17
Fatores gerais de variação anatômica ........................................................................ 17
Posição, planos e eixos anatômicos: termos anatômicos ........................................... 19
Termos de posição e direção ........................................................................................ 22
Abordagens anatômicas e divisão do corpo humano .................................................. 23
Conceito e funções do esqueleto ...................................................................................... 26
Funções do esqueleto ..................................................................................................... 26
Tipo e divisão do esqueleto ................................................................................................ 27
Esqueleto axial ................................................................................................................. 28
Esqueleto apendicular .................................................................................................... 30
Número e classificação dos ossos .................................................................................. 31
Anatomia dos ossos ........................................................................................................ 32
Principais acidentes ósseos do esqueleto axial e do esqueleto apendicular .................33
Sumário
SER_NUTRI_ANAHU_UNID1.indd 4 22/10/20 16:07
Sumário
Sistema articular: conceito e classificação das articulações ................................... 36
Articulação fibrosa .......................................................................................................... 36
Articulação cartilaginosa ............................................................................................... 37
Articulações sinoviais, planos e eixos de movimentos, principais ligamentos ...... 38
Sintetizando ........................................................................................................................... 44
Referências bibliográficas ................................................................................................. 46
SER_NUTRI_ANAHU_UNID1.indd 5 22/10/20 16:07
Sumário
Unidade 2 - Sistema muscular e sistema nervoso
Objetivos da unidade ........................................................................................................... 48
Sistema muscular: conceitos, funções e grupos musculares ..................................... 49
Funções do sistema muscular ....................................................................................... 50
Grupos musculares ......................................................................................................... 51
Classificação dos músculos .......................................................................................... 52
Anexos do sistema muscular ........................................................................................ 54
Tipos de músculo .................................................................................................................. 54
Tipos de contração muscular ............................................................................................. 56
Fibra muscular ...................................................................................................................... 57
Tecido conjuntivo ................................................................................................................. 61
Sistema nervoso: conceito e divisão do sistema nervoso ........................................... 62
Funções dosistema nervoso ......................................................................................... 62
Divisão do sistema nervoso ........................................................................................... 63
Sistema nervoso central ..................................................................................................... 64
Medula espinhal .............................................................................................................. 65
Encéfalo ............................................................................................................................ 66
Tecido nervoso ...................................................................................................................... 70
Neuróglias ........................................................................................................................ 70
Neurônios ......................................................................................................................... 71
Meninges/ líquor e vascularização .............................................................................. 73
Sistema nervoso periférico ................................................................................................ 75
Sintetizando ........................................................................................................................... 79
Referências bibliográficas ................................................................................................. 81
SER_NUTRI_ANAHU_UNID1.indd 6 22/10/20 16:07
Sumário
Unidade 3 - Sistema cardiovascular, sistema respiratório e sistema digestório
Objetivos da unidade ........................................................................................................... 83
Sistema cardiovascular: conceito e divisão ................................................................... 84
Coração, circulação e tipo de circulação sanguínea ............................................... 86
Artérias e veias, capilares sanguíneos, sistema linfático, baço e timo ................. 89
Sistema respiratório: conceito e divisão ......................................................................... 93
Nariz, cavidade nasal e seios paranasais, faringe, laringe, traqueia, brônquios, 
pleura e pulmões ............................................................................................................. 95
Sistema digestório: conceito e divisão .......................................................................... 101
Funções do sistema digestório ................................................................................... 103
Órgãos anexos ao sistema digestório ........................................................................ 110
Sintetizando ......................................................................................................................... 115
Referências bibliográficas ............................................................................................... 117
SER_NUTRI_ANAHU_UNID1.indd 7 22/10/20 16:07
Sumário
Unidade 4 - Sistemas urinário, reprodutor, endócrino e tegumentar
Objetivos da unidade ......................................................................................................... 119
Sistema urinário e sistema reprodutor .......................................................................... 120
Órgãos do sistema urinário .......................................................................................... 122
Vias urinárias.................................................................................................................. 124
Órgãos genitais masculinos ........................................................................................ 126
Órgãos genitais femininos ........................................................................................... 131
Sistema endócrino ............................................................................................................. 136
Classificação topográfica das glândulas endócrinas ............................................. 137
Outras estruturas endócrinas ..................................................................................... 143
Sistema tegumentar ........................................................................................................... 144
Funções do sistema tegumentar ................................................................................. 144
Pele .................................................................................................................................. 145
Anexos do sistema tegumentar .................................................................................. 147
Sintetizando ......................................................................................................................... 150
Referências bibliográficas ............................................................................................... 152
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Caro(a)s estudantes,
É com entusiasmo que apresentamos a disciplina de Anatomia Humana, na 
confi ança de estarmos auxiliando em sua formação acadêmica e, assim, crian-
do possibilidades para um melhor desempenho profi ssional. 
Ao longo dessa disciplina, será iniciado o estudo do corpo humano e a com-
preensão dos princípios imprescindíveis de anatomia, introduzindo você aos 
vários sistemas que compõem o nosso organismo e como eles cooperam en-
tre si para manter a saúde do corpo. Além disso, será evidenciado como cada 
estrutura do corpo desempenha uma função específi ca e como sua interação 
com outras estruturas determina sua função.
É válido lembrar que o estudo de anatomia não se confi gura apenas como 
apresentação de fatos. Embora a anatomia humana seja uma ciência relativa-
mente estática, o conhecimento vem avançando nos campos relacionados a 
esse estudo com o surgimento de novas tecnologias e formas de compreender 
as funções orgânicas. Compartilhamos com você esses avanços, os quais visam 
melhorar as condições de saúde humana. 
No empenho de oferecer um conteúdo de qualidade, preparamos esse ma-
terial didático para impulsionar seu entendimento, pensamento crítico e preo-
cupação com as questões relacionadas à saúde. Sendo uma ciência visual, com-
binamos a apresentação de diversos recursos visuais e textos didáticos com 
linguagem clara e acessível. Esperamos que permita uma maior compreensão 
da temática, garantindo uma aprendizagem signifi cativa.
Bons estudos!
 ANATOMIA HUMANA 10
Apresentação
SER_NUTRI_ANAHU_UNID1.indd 10 22/10/20 16:07
Este material é dedicado àquele que, embora anônimo, é fundamental para 
a anatomia e contribui na formação de todos os profi ssionais da área da 
saúde: o cadáver desconhecido, sem o qual todo o ensino da anatomia 
humana e suas disciplinas correlacionadas não seriam possíveis.
O professor Bruno da Silva Gonçal-
ves é doutor em Biociências pela Uni-
versidade do Estado do Rio de Janeiro 
- UERJ (2020) e possui mestrado em 
Fisiopatologia Clínica e Experimental 
pela Universidade do Estado do Rio de 
Janeiro - UERJ (2015). É graduado em 
Ciências Biológicas – Bacharel Biomé-
dico (2013) e possui Licenciatura (2012) 
pela Universidade do Estado do Rio de 
Janeiro - UERJ. 
Tem experiência em Fisiologia, atuando 
principalmente nos seguintes temas: 
neurofi siologia, toxicologia, drogas de 
abuso, alterações comportamentais e 
desenvolvimento do sistema nervoso.
Currículo Lattes:
http://lattes.cnpq.br/1519937479877027
 ANATOMIA HUMANA 11
O autor
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INTRODUÇÃO AO 
CORPO HUMANO 
E AO SISTEMA 
ESQUELÉTICO
1
UNIDADE
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Objetivos da unidade
Tópicos de estudo
 Definir anatomia, bem como conhecer os primórdios do estudo e os principaisnomes 
envolvidos com a pesquisa de anatomia humana;
 Definir os conceitos de normalidade, variação anatômica, anomalia e monstruosidade;
 Identificar e exemplificar os fatores gerais de variação anatômica e definir a posição 
anatômica;
 Descrever os planos, eixos e as direções do corpo utilizando a terminologia anatômica;
 Identificar os níveis de organização estrutural no corpo humano e explicar os inter-
relacionamentos entre cada um deles;
 Listar os sistemas orgânicos e fazer uma breve menção de suas funções;
 Definir esqueleto, descrever suas funções e identificar os tipos existentes;
 Apresentar o número de ossos do corpo humano e classifica-los de acordo com sua 
forma, exemplificando cada tipo;
 Classificar as articulações sinoviais de acordo com o formato de suas superfícies 
articulares e os tipos de movimento que elas permitem;
 Definir ligamento e identificar os principais do corpo humano.
 Conceito de anatomia e 
considerações gerais 
 História da anatomia
 Terminologia anatômica básica
 Anomalia e monstruosidade
 Anomalia e monstruosidade
 Fatores gerais de variação 
anatômica
 Posição, planos e eixos anatômi-
cos: termos anatômicos
 Termos de posição e direção
 Abordagens anatômicas e divisão 
do corpo humano 
 Conceito e funções do esqueleto
 Funções do esqueleto
 Tipo e divisão do esqueleto
 Esqueleto axial
 Esqueleto apendicular
 Número e classificação dos ossos 
 Anatomia dos ossos
 Principais acidentes ósseos do 
esqueleto axial e do esqueleto 
apendicular
 Sistema articular: conceito e clas-
sificação das articulações
 Articulação fibrosa
 Articulação cartilaginosa
 Articulações sinoviais, planos e 
eixos de movimentos, principais 
ligamentos
 ANATOMIA HUMANA 13
SER_NUTRI_ANAHU_UNID1.indd 13 22/10/20 16:08
Conceito de anatomia e considerações gerais 
Muito extenso foi o percurso dos diversos estudiosos que se dedicaram à 
difícil tarefa de entender o funcionamento do organismo humano. Como se 
sabe, nenhuma área de conhecimento desabrocha por completo ou surge a 
partir de uma única mente extraordinária. Pelo contrário: é sempre necessário 
o somatório de muitas experiências e de vários anos de pesquisa. Com a dis-
ciplina que começaremos a estudar nesta primeira unidade, não foi exceção. 
Então, sejam bem-vindos ao envolvente estudo da anatomia humana.
Segundo um tradicional conceito proposto em 1981, “anatomia é a análise 
da estrutura biológica, sua correlação com a função e com as modulações de 
estrutura em resposta a fatores temporais, genéticos e ambientais” (DANGELO; 
FATTINI, 2003, n.p.). Em princípio, a anatomia é o campo da ciência que investi-
ga a composição e o desenvolvimento dos organismos vivos em seus diversos 
níveis de organização. Entre seus principais objetivos, há a compreensão dos 
princípios da constituição dos organismos, a evidenciação da base estrutural 
das funções em suas várias divisões e o entendimento dos processos relacio-
nados ao seu desenvolvimento.
O termo “Anatomia” é uma derivação do grego anatome (ana: “em partes”; 
tome: “corte”). Do ponto de vista etimológico, temos o seu equivalente latino na 
palavra “dissecação” (dis: “separadamente”; secare: “cortar”). A associação de 
palavras signifi ca o ato ou técnica de cortar de maneira ordenada um objeto 
para conhecer a arquitetura do todo e de suas partes. Assim, consideramos 
como anatomia a dissecação, descrição, interpretação e avaliação de um ser e 
de suas partes, com base em peças fi xadas anteriormente através de soluções 
apropriadas. É digno de nota que, atualmente, consideramos anatomia como a 
ciência, enquanto que dissecação é uma das técnicas utilizadas nessa ciência.
História da anatomia
Estudos anatômicos são observados desde as primeiras civilizações huma-
nas e, inicialmente, a anatomia era restrita à observação a olho nu e ao manuseio 
de corpos. Algumas fi guras ilustres que merecem destaque: Hipócrates, médico 
grego considerado como o “pai da medicina”, foi pioneiro ao elaborar escritos e 
 ANATOMIA HUMANA 14
SER_NUTRI_ANAHU_UNID1.indd 14 22/10/20 16:08
coleções sobre a anatomia humana; Herófilo da Calcedônia, médico grego conhe-
cido como o “pai da anatomia”, realizou a primeira dissecação humana pública 
registrada; e Galeno, um médico romano, trouxe contribuições impressionantes 
para o campo da anatomia, compilando estudos anteriores e inferindo a função 
de órgãos através da vivissecção (dissecação de animais vivos). 
Por não ter acesso a cadáveres humanos em seus estudos, Galeno fez afirma-
ções comparando a anatomia animal e à anatomia humana que se provaram equi-
vocadas posteriormente. Há também Leonardo da Vinci, famoso artista e anatomis-
ta italiano, que fez descobertas anatômicas importantes, além de ser o primeiro a 
desenvolver técnicas de desenho em anatomia para transmitir informações utilizan-
do seções transversais e múltiplos ângulos. Por fim, temos Andreas Vesalius, ana-
tomista belga e autor de De Humani Corporis Fabrica, o primeiro atlas de anatomia 
humana e um dos mais influentes livros de todos os tempos (SINGER, 1996).
Figura 1. Lição de anatomia do Dr. Willem van der Meer, de Pieter van Mierevelt.
Com o advento da imprensa, a divulgação de ideias e descobertas científi-
cas foi extremamente facilitada, permitindo a expansão global da anatomia hu-
mana. Com isso, o próximo grande salto foi a expansão através da aquisição de 
novas tecnologias, que auxiliaram no estudo da anatomia de cadáveres e indi-
víduos vivos. Assim foi estabelecida a anatomia como conhecemos atualmente.
 ANATOMIA HUMANA 15
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Terminologia anatômica básica
Como toda atividade, a anatomia tem uma linguagem própria. Pesquisadores e 
profi ssionais de saúde utilizam termos específi cos ao se referirem às estruturas do 
corpo e suas funções. Assim, a linguagem na anatomia precisa de signifi cados defi ni-
dos com precisão, permitindo uma comunicação que seja clara e concisa. Para evitar 
confusões, os anatomistas defi niram a terminologia anatômica, que é o vocabulário 
ofi cial de palavras empregadas para nomear e identifi car o organismo ou suas par-
tes. O grego antigo e o latim constituem a base da maioria dos termos e expressões 
anatômicas, mas cada país pode traduzi-los para sua própria língua.
Ao nomear uma estrutura, a terminologia anatômica busca utilizar termos 
que não apenas colaborem na memorização, como também apresentem infor-
mações sobre a estrutura em questão. Por isso, foram abolidos os epônimos, 
os nomes de pessoas designando estruturas anatômicas e condições clínicas. 
Nos últimos 100 anos, a maioria dessas designações concedidas em homena-
gem a outrem foi substituída por termos mais pertinentes.
Anomalia e monstruosidade
Normalidade e variação anatômica
Nós, seres humanos, somos diferentes uns dos outros. Esse conceito, aparen-
temente óbvio, de que temos diferenças físicas (como forma do corpo e rosto) em 
relação às pessoas à nossa volta é muito importante para anatomia humana, uma 
vez que também podemos observar essas diferenças no interior do corpo humano. 
Assim sendo, algumas observações estruturais em um livro podem não ser vá-
lidas para todos os indivíduos ou cadáveres que você encontrar em um laboratório 
de anatomia. 
As descrições anatômicas seguem um padrão que não abrange a possibilidade 
de variações. Esse padrão considera as estruturas que ocorrem com maior frequên-
cia na população. Assim, os anatomistas usam uma abordagem estatística para al-
cançar a seguinte defi nição: uma estrutura que se encontra mais frequentemente 
em uma amostragem de indivíduos é denominada normal ou dentro da normali-
dade. Quando ocorre uma estrutura diferente do que é observado na maioria das 
pessoas e sem prejuízo das funções, chamamos de variação anatômica. 
 ANATOMIA HUMANA 16
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Anomalia e monstruosidade
Ocasionalmente, podem acontecervariações morfológicas que afetam as fun-
ções, como vemos nas más formações, em que uma pessoa pode nascer com um 
dedo a mais no pé, por exemplo. Caso o desvio do padrão anatômico produza alte-
ração funcional, estamos diante de uma anomalia. As anomalias podem ser congê-
nitas (má formação na gravidez) ou adquiridas (sequela de uma lesão ou doença). 
Temos como exemplos de anomalias: lábio leporino, fenda palatina, dedos su-
pranumerários. Quando a anomalia é tão acentuada que deforma a construção 
do corpo do indivíduo, sendo comumente incompatível com a vida, tal condição é 
designada monstruosidade. Temos como exemplo de monstruosidade: a agene-
sia (não formação) do encéfalo. 
O campo que estuda essas variações disfuncionais é a teratologia. A partir 
de seus estudos, a medicina cirúrgica tem feito avanços no sentido de cor-
rigir imperfeições físicas, permitindo aos portadores de anomalias e mons-
truosidades uma vida normal. Por outro lado, monstruosidades podem ser 
produzidas pela própria ciência, como as crianças nascidas de gestantes que 
ingeriram talidomida.
EXPLICANDO
A talidomida é um medicamento que, na década de 60, era usado no 
tratamento de resfriados, insônia e náuseas, principalmente em grávi-
das nos primeiros meses de gestação. Com o tempo, foi observado que 
o medicamento causava monstruosidades nos fetos, como a focomelia 
(ausência parcial de um ou mais membros). Por isso, o uso de talidomida 
é proibido para mulheres grávidas. O caso da talidomida foi fundamental 
para a elaboração dos conceitos de vigilância dos medicamentos, assim 
como debates éticos sobre as condições de vida e os direitos das pessoas 
nascidas com defi ciências.
Fatores gerais de variação anatômica
Observamos que as variações anatômicas acontecem de maneira costumeira 
nos indivíduos. Algumas são identifi cadas em determinado grupo ou fase da vida 
da população e são denominadas fatores de variação anatômica. Assim, podemos 
citar: idade, sexo, etnia, biótipo e evolução.
 ANATOMIA HUMANA 17
SER_NUTRI_ANAHU_UNID1.indd 17 22/10/20 16:09
1. Idade: é o tempo de duração da vida. Ao longo 
das fases da vida intrauterina e extrauterina, podemos 
notar algumas modificações anatômicas.
a. Fase intrauterina: dividida em ovo (durante os sete pri-
meiros dias), embrião (até o fim do segundo mês) e feto 
(até o nono mês);
b. Fase extrauterina: dividida em recém-nascido (até um mês 
após o nascimento), infante (até o fim do segundo ano), menino 
(até o fim do décimo ano), pré-púbere (até a puberdade), púbere (dos 12 aos 14 
anos, período da maturidade sexual), jovem (até 21 anos no sexo feminino e 25 
anos no sexo masculino), adulto (a partir dos 50 anos, período da menopausa 
feminina e processo equivalente no homem) e velho (após os 60 anos);
2. Sexo: é o conjunto de estruturas funcionais que define a masculinidade ou 
feminilidade. Mesmo quando não observamos os genitais, é possível reconhecer 
características especiais referentes ao sexo masculino ou feminino;
3. Raça: é o conjunto de características físicas, externas e internas, comuns 
entre grupamentos humanos específicos. Também é comumente dividida em três 
grupos étnicos: os negroides, os caucasianos e os mongoloides e seus entrecruza-
mentos. Vale destacar que o conceito de raças humanas é discutível, uma vez que 
pesquisas recentes em genética humana comprovam que o DNA é o mesmo entre 
os diferentes grupos, compondo uma só raça: a humana;
4. Biótipo: é a manifestação da combinação de características herdadas e adqui-
ridas com a interação com o meio. Geralmente é classificado com base na construção 
corpórea, sendo divididos em longilíneos, brevilíneos e mediolíneos (Figura 2).
a. Os longilíneos são caraterizados como magros, alta estatura, pescoço longo, 
tronco achatado e membros longos em relação ao tronco;
b. Os brevilíneos são atarracados, baixa estatura, pescoço curto, tronco alon-
gado e membros curtos em relação ao tronco;
c. Os mediolíneos apresentam características intermediárias aos ou-
tros biótipos;
5. Evolução: é o processo que influencia o surgimento de diferenças estru-
turais ao longo do tempo, algo que propicia o aparecimento de novas espécies. 
Vale lembrar que a evolução é contínua e ocorre em todas as espécies viventes, 
inclusive a espécie humana.
 ANATOMIA HUMANA 18
SER_NUTRI_ANAHU_UNID1.indd 18 22/10/20 16:09
ASSISTA
Entenda mais sobre a evolução e como ela ainda está 
ocorrendo na espécie humana através da explicação do 
Professor Dr. Atila Iamarino do canal Nerdologia.
Além desses citados, podemos incluir também o meio ambiente, o esporte, o 
trabalho e os processos mórbidos (que ocorrem após a morte) como fatores que 
infl uenciam as variações anatômicas. No entanto, levando em consideração esse 
último, as condições observadas nos cadáveres não correspondem com exatidão 
ao que é encontrado in vivo, em especial no que se refere à coloração, consistência 
e elasticidade. Com isso, devemos sempre comparar o estudo das estruturas de 
um cadáver ao de um indivíduo vivo.
Figura 2. Representação dos biótipos corpóreos, com longilíneos (esquerda), brevilíneos (centro) e mediolíneos (direita). 
Fonte: Adobe Stock. Acesso em: 22/06/2020.
Posição, planos e eixos anatômicos: termos anatômicos
Posição anatômica
Com o intuito de evitar confusão na utilização de termos diferentes em seu 
ofício, os anatomistas defi niram uma posição padronizada para suas descrições 
 ANATOMIA HUMANA 19
SER_NUTRI_ANAHU_UNID1.indd 19 22/10/20 16:09
anatômicas, conhecida como posição de descrição anatômica ou somente po-
sição anatômica. 
A posição anatômica (Figura 3) apresenta um indivíduo eretos (em pé), com 
a face dirigida para a frente, olhar direcionado para o horizonte, membros su-
periores estendidos juntos ao tronco com as palmas para frente e membros in-
feriores unidos, direcionando as pontas dos pés para frente. Assim, não impor-
ta se o cadáver esteja em decúbito dorsal (o dorso aderido à mesa) ou decúbito 
ventral (ventre aderido à mesa), deve ser considerada a posição de descrição 
anatômica em seus estudos.
Figura 3. Posição anatômica. Fonte: WIKICOMMONS, 2018.
Pernas
Braço
Tronco
Pescoço
Cabeça
Cabelo
Orelha
Ombro
Detalhes da face:
Olho
Nariz
Bochecha
Boca
Queixo
Pulso
Polegar
Palma
Dedo
indicador
Dedo
mínimo
Dedo
médio
Dedo
anelar
Peito
Seios
Mamilos
Abdômen
Mão
Orgãos genitais
Vulva Pênis
Escroto
Joelho
Tornozelo
Pé
 ANATOMIA HUMANA 20
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Planos e eixos anatômicos
Planos são superfícies planas imaginárias que utilizamos como referência 
quando relacionamos partes do corpo. Sendo assim, com base na posição ana-
tômica, podemos delimitar o corpo humano através de planos, tangenciando 
sua superfície como se o indivíduo estivesse dentro de uma caixa retangular e 
cada parede dessa caixa imaginária representasse um plano de delimitação, 
sendo os principais:
a. Dois planos verticais, um passando à frente do corpo: plano ventral ou 
anterior – e outro por trás corpo: plano dorsal ou posterior. São também 
conhecidos como planos frontais;
b. Dois planos verticais, passando pelos lados do corpo: planos laterais 
direito e esquerdo;
c. Dois planos horizontais, um por cima da cabeça: plano cranial ou supe-
rior – e outro por baixo dos pés: plano podálico ou inferior. Caso o tronco 
seja isolado dos membros, designamos o plano horizontal, que limita esse 
tronco por baixo, como caudal.
Além de conhecer os planos de delimitação, é comum também estudar as 
estruturas internas do corpo através de cortes (secções) em diversas formas e 
examinar suas divisões. Esses planos de referência são conhecidos como pla-
nos de secção, sendo os principais:
a. O plano vertical, que divide o corpo humano ou órgão em lados direito 
e esquerdo, denominado plano sagital. Porém, se esse plano atravessa a 
linha mediana do corpo, é denominado plano mediano;
b. O plano vertical, que divide ocorpo humano ou órgão em partes anterior 
e posterior, chamado de plano frontal ou coronal;
c. Os planos horizontais, que dividem o corpo humano ou órgão em partes 
superior e inferior, denominados planos transversais.
Por fim, existem os eixos anatômicos, que são linha imaginárias formadas 
pelo encontro de dois planos. Os eixos principais são:
a. Eixo sagital ou ântero-posterior, que une o cen-
tro do plano sagital ao centro do plano transversal;
b. Eixo longitudinal ou craniocaudal, que re-
laciona o centro do plano coronal ao centro do 
plano sagital;
 ANATOMIA HUMANA 21
SER_NUTRI_ANAHU_UNID1.indd 21 22/10/20 16:09
c. Eixo transversal ou laterolateral, que conecta o centro do plano trans-
versal ao centro do plano coronal.
Termos de posição e direção
Com base no conhecimento sobre os planos de delimitação e secção do 
corpo, é possível indicar a situação e a posição dos órgãos, ou partes do corpo 
em função deles, utilizando os conhecidos termos descritivos da posição e di-
reção dos órgãos. Para indicar direção, os termos são considerados aos pares, 
cada um indicando uma direção oposta (Quadro 1).
Termo Defi nição Exemplo
Anterior (ventral) Situado na frente de; a frente do corpo. O tórax está na superfície anterior do corpo.
Posterior (dorsal) Situado atrás de; a parte posterior do corpo.
As nádegas estão na superfície 
posterior do corpo.
Superior (cranial) Voltado para a cabeça; em posição relativamente alta.
Os supercílios são superiores 
aos olhos.
Inferior (caudal) Afastados da cabeça; em posição relativamente baixa. A boca é inferior ao nariz.
Medial Voltado para o plano mediano do corpo. A mama é medial à axila.
Lateral Afastado do plano mediano do corpo. O quadril está na face lateral do corpo.
Proximal
Mais próximo de qualquer ponto de 
referência, como a origem de um 
membro, a origem de uma estrutura, 
ou o centro do corpo.
O braço é proximal ao 
antebraço.
Distal
Afastado de qualquer ponto de 
referência, como a origem de um 
membro, a origem de uma estrutura ou 
o centro do corpo.
A mão é distal ao pulso.
Superfi cial 
(externo)
Localizado próximo ou na superfície do 
corpo.
A pele é superfi cial aos 
músculos.
Profundo (interno)
Localizado mais afastado ou mais 
profundamente da superfície do corpo 
do que as estruturas superfi ciais.
Os músculos são profundos 
em relação à pele.
QUADRO 1. TERMOS DE POSIÇÃO E DIREÇÃO PARA O CORPO HUMANO
Fonte: VAN DE GRAAFF, 2003, pg. 36. (Adaptado).
Anterior (ventral)Anterior (ventral)Anterior (ventral)
Posterior (dorsal)
Anterior (ventral)
Posterior (dorsal)
Superior (cranial)
Situado na frente de; a frente do corpo.
Posterior (dorsal)
Superior (cranial)
Inferior (caudal)
Situado na frente de; a frente do corpo.
Superior (cranial)
Inferior (caudal)
Situado na frente de; a frente do corpo.
Situado atrás de; a parte posterior do 
Superior (cranial)
Inferior (caudal)
Situado na frente de; a frente do corpo.
Situado atrás de; a parte posterior do 
Voltado para a cabeça; em posição 
Inferior (caudal)
Medial
Situado na frente de; a frente do corpo.
Situado atrás de; a parte posterior do 
Voltado para a cabeça; em posição 
Lateral
Situado na frente de; a frente do corpo.
Situado atrás de; a parte posterior do 
corpo.
Voltado para a cabeça; em posição 
relativamente alta.
Afastados da cabeça; em posição 
Lateral
Situado na frente de; a frente do corpo.
Situado atrás de; a parte posterior do 
corpo.
Voltado para a cabeça; em posição 
relativamente alta.
Afastados da cabeça; em posição 
relativamente baixa. 
Voltado para o plano mediano do corpo.
Proximal
Situado na frente de; a frente do corpo.
Situado atrás de; a parte posterior do 
Voltado para a cabeça; em posição 
relativamente alta.
Afastados da cabeça; em posição 
relativamente baixa. 
Voltado para o plano mediano do corpo.
Afastado do plano mediano do corpo.
Proximal
Situado atrás de; a parte posterior do 
Voltado para a cabeça; em posição 
relativamente alta.
Afastados da cabeça; em posição 
relativamente baixa. 
Voltado para o plano mediano do corpo.
Afastado do plano mediano do corpo.
O tórax está na superfície 
Voltado para a cabeça; em posição 
Afastados da cabeça; em posição 
relativamente baixa. 
Voltado para o plano mediano do corpo.
Afastado do plano mediano do corpo.
Mais próximo de qualquer ponto de 
Distal
O tórax está na superfície 
anterior do corpo.
As nádegas estão na superfície 
Afastados da cabeça; em posição 
relativamente baixa. 
Voltado para o plano mediano do corpo.
Afastado do plano mediano do corpo.
Mais próximo de qualquer ponto de 
referência, como a origem de um 
membro, a origem de uma estrutura, 
Superfi cial 
O tórax está na superfície 
anterior do corpo.
As nádegas estão na superfície 
posterior do corpo.
Os supercílios são superiores 
Afastados da cabeça; em posição 
Voltado para o plano mediano do corpo.
Afastado do plano mediano do corpo.
Mais próximo de qualquer ponto de 
referência, como a origem de um 
membro, a origem de uma estrutura, 
Superfi cial 
(externo)
Profundo (interno)
O tórax está na superfície 
anterior do corpo.
As nádegas estão na superfície 
posterior do corpo.
Os supercílios são superiores 
Voltado para o plano mediano do corpo.
Afastado do plano mediano do corpo.
Mais próximo de qualquer ponto de 
referência, como a origem de um 
membro, a origem de uma estrutura, 
ou o centro do corpo.
Afastado de qualquer ponto de 
referência, como a origem de um 
membro, a origem de uma estrutura ou 
(externo)
Profundo (interno)
O tórax está na superfície 
anterior do corpo.
As nádegas estão na superfície 
posterior do corpo.
Os supercílios são superiores 
aos olhos.
A boca é inferior ao nariz.
Voltado para o plano mediano do corpo.
Afastado do plano mediano do corpo.
Mais próximo de qualquer ponto de 
referência, como a origem de um 
membro, a origem de uma estrutura, 
ou o centro do corpo.
Afastado de qualquer ponto de 
referência, como a origem de um 
membro, a origem de uma estrutura ou 
Profundo (interno)
As nádegas estão na superfície 
posterior do corpo.
Os supercílios são superiores 
aos olhos.
A boca é inferior ao nariz.
A mama é medial à axila.
Afastado do plano mediano do corpo.
Mais próximo de qualquer ponto de 
referência, como a origem de um 
membro, a origem de uma estrutura, 
ou o centro do corpo.
Afastado de qualquer ponto de 
referência, como a origem de um 
membro, a origem de uma estrutura ou 
Localizado próximo ou na superfície do 
Profundo (interno)
As nádegas estão na superfície 
Os supercílios são superiores 
aos olhos.
A boca é inferior ao nariz.
A mama é medial à axila.
O quadril está na face lateral 
Mais próximo de qualquer ponto de 
referência, como a origem de um 
membro, a origem de uma estrutura, 
ou o centro do corpo.
Afastado de qualquer ponto de 
referência, como a origem de um 
membro, a origem de uma estrutura ou 
o centro do corpo.
Localizado próximo ou na superfície do 
Localizado mais afastado ou mais 
profundamente da superfície do corpo 
Os supercílios são superiores 
A boca é inferior ao nariz.
A mama é medial à axila.
O quadril está na face lateral 
referência, como a origem de um 
membro, a origem de uma estrutura, 
Afastado de qualquer ponto de 
referência, como a origem de um 
membro, a origem de uma estrutura ou 
o centro do corpo.
Localizado próximo ou na superfície do 
Localizado mais afastado ou mais 
profundamente da superfície do corpo 
do que as estruturas superfi ciais.
A boca é inferior ao nariz.
A mama é medial à axila.
O quadril está na face lateral 
Afastado de qualquer ponto de 
referência, como a origem de um 
membro, a origem de uma estrutura ou 
o centro do corpo.
Localizado próximo ou na superfície do 
corpo.
Localizado mais afastado ou mais 
profundamente da superfície do corpo 
do que as estruturas superfi ciais.
A mama é medial à axila.
O quadril está na face lateral 
do corpo.
O braço é proximal ao 
referência,como a origem de um 
membro, a origem de uma estrutura ou 
o centro do corpo.
Localizado próximo ou na superfície do 
corpo.
Localizado mais afastado ou mais 
profundamente da superfície do corpo 
do que as estruturas superfi ciais.
A mama é medial à axila.
O quadril está na face lateral 
do corpo.
O braço é proximal ao 
membro, a origem de uma estrutura ou 
Localizado próximo ou na superfície do 
Localizado mais afastado ou mais 
profundamente da superfície do corpo 
do que as estruturas superfi ciais.
O quadril está na face lateral 
O braço é proximal ao 
antebraço.
Localizado próximo ou na superfície do 
Localizado mais afastado ou mais 
profundamente da superfície do corpo 
do que as estruturas superfi ciais.
O braço é proximal ao 
antebraço.
A mão é distal ao pulso.
Localizado mais afastado ou mais 
profundamente da superfície do corpo 
do que as estruturas superfi ciais.
O braço é proximal ao 
A mão é distal ao pulso.
A pele é superfi cial aos 
profundamente da superfície do corpo 
do que as estruturas superfi ciais.
A mão é distal ao pulso.
A pele é superfi cial aos 
A mão é distal ao pulso.
A pele é superfi cial aos 
músculos.
Os músculos são profundos 
A mão é distal ao pulso.
A pele é superfi cial aos 
músculos.
Os músculos são profundos 
em relação à pele.
A pele é superfi cial aos 
Os músculos são profundos 
em relação à pele.
Os músculos são profundos 
em relação à pele.
Os músculos são profundos 
em relação à pele.
 ANATOMIA HUMANA 22
SER_NUTRI_ANAHU_UNID1.indd 22 22/10/20 16:09
Vale comentar que o termo médio aponta estruturas que estão entre duas 
outras partes, podendo estar entre ventral (anterior) e dorsal (posterior); entre 
cranial (superior) e caudal (inferior); entre interna e externa; ou ainda entre 
proximal e distal.
Abordagens anatômicas e divisão do corpo humano
Abordagens anatômicas
A extensão das abordagens possíveis na anatomia é ampla (Quadro 2), abran-
gendo estudos das variações estruturais a longo prazo, considerando desde os 
eventos de duração intermediária no desenvolvimento e envelhecimento, até as va-
riações de curto prazo, relacionadas com as diferentes fases de atividade funcional. 
Em termos de complexidade, pode-se compreender todo um sistema biológico con-
siderando organismos inteiros, órgãos, organelas celulares e até macromoléculas.
Divisão Abrangência
Com base no método de observação
Anatomia 
macroscópica
Estuda as estruturas anatômicas de grande porte, possíveis de serem 
observadas a olho nu, como os órgãos corporais internos e externos.
Anatomia 
microscópica
Estuda as estruturas anatômicas de pequeno porte, que requerem aparatos 
tecnológicos para melhor visualização. É dividida em Citologia (estudo da 
estrutura e função das células) e Histologia (estudo da organização dos 
tecidos biológicos).
Com base no método de observação
Anatomia do 
desenvolvimento
Estuda o corpo humano e suas variações ao longo do seu tempo de vida. Agrega 
a Embriologia (estudo do desenvolvimento do indivíduo até o nascimento).
Anatomia 
comparada
Estuda o corpo humano a partir da comparação com a estrutura de 
diferentes seres, além de verifi car as relações existentes entre eles.
Anatomia 
sistêmica
Estuda o corpo humano a partir de uma divisão relacionada à função das 
estruturas. 
Anatomia 
regional
Estuda o corpo humano a partir de uma divisão relacionada à localização das 
estruturas.
Anatomia clínica 
ou radiográfi ca
Estuda o corpo humano por meio de imagens, utilizando técnicas como 
radiografi a, tomografi a e ressonância.
Anatomia de 
superfície
Estuda o corpo humano a partir de pontos de referência encontrados na 
superfície, utilizando como técnicas a visualização e a palpação.
QUADRO 2. PRINCIPAIS SUBDIVISÕES DA ANATOMIA
Fonte: TORTORA; NIELSEN, 2013, pg. 2. (Adaptado).
Com base no método de observaçãoCom base no método de observação
Anatomia 
macroscópica
Com base no método de observação
Anatomia 
macroscópica
Com base no método de observação
macroscópica
Anatomia 
microscópica
Com base no método de observação
Anatomia 
microscópica
Com base no método de observação
Com base no método de observação
Estuda as estruturas anatômicas de grande porte, possíveis de serem 
microscópica
Com base no método de observação
Anatomia do 
desenvolvimento
Com base no método de observação
Estuda as estruturas anatômicas de grande porte, possíveis de serem 
observadas a olho nu, como os órgãos corporais internos e externos.
Estuda as estruturas anatômicas de pequeno porte, que requerem aparatos 
Com base no método de observação
Anatomia do 
desenvolvimento
Estuda as estruturas anatômicas de grande porte, possíveis de serem 
observadas a olho nu, como os órgãos corporais internos e externos.
Estuda as estruturas anatômicas de pequeno porte, que requerem aparatos 
tecnológicos para melhor visualização. É dividida em Citologia (estudo da 
estrutura e função das células) e Histologia (estudo da organização dos 
Com base no método de observação
Anatomia do 
desenvolvimento
Anatomia 
Estuda as estruturas anatômicas de grande porte, possíveis de serem 
observadas a olho nu, como os órgãos corporais internos e externos.
Estuda as estruturas anatômicas de pequeno porte, que requerem aparatos 
tecnológicos para melhor visualização. É dividida em Citologia (estudo da 
estrutura e função das células) e Histologia (estudo da organização dos 
Com base no método de observação
desenvolvimento
Anatomia 
comparada
Estuda as estruturas anatômicas de grande porte, possíveis de serem 
observadas a olho nu, como os órgãos corporais internos e externos.
Estuda as estruturas anatômicas de pequeno porte, que requerem aparatos 
tecnológicos para melhor visualização. É dividida em Citologia (estudo da 
estrutura e função das células) e Histologia (estudo da organização dos 
Com base no método de observação
Estuda o corpo humano e suas variações ao longo do seu tempo de vida. Agrega 
comparada
Anatomia 
sistêmica
Estuda as estruturas anatômicas de grande porte, possíveis de serem 
observadas a olho nu, como os órgãos corporais internos e externos.
Estuda as estruturas anatômicas de pequeno porte, que requerem aparatos 
tecnológicos para melhor visualização. É dividida em Citologia (estudo da 
estrutura e função das células) e Histologia (estudo da organização dos 
Com base no método de observação
Estuda o corpo humano e suas variações ao longo do seu tempo de vida. Agrega 
a Embriologia (estudo do desenvolvimento do indivíduo até o nascimento).
Anatomia 
sistêmica
Anatomia 
Estuda as estruturas anatômicas de grande porte, possíveis de serem 
observadas a olho nu, como os órgãos corporais internos e externos.
Estuda as estruturas anatômicas de pequeno porte, que requerem aparatos 
tecnológicos para melhor visualização. É dividida em Citologia (estudo da 
estrutura e função das células) e Histologia (estudo da organização dos 
Estuda o corpo humano e suas variações ao longo do seu tempo de vida. Agrega 
a Embriologia (estudo do desenvolvimento do indivíduo até o nascimento).
Estuda o corpo humano a partir da comparação com a estrutura de 
Anatomia 
regional
Anatomia clínica 
ou radiográfi ca
Estuda as estruturas anatômicas de grande porte, possíveis de serem 
observadas a olho nu, como os órgãos corporais internos e externos.
Estuda as estruturas anatômicas de pequeno porte, que requerem aparatos 
tecnológicos para melhor visualização. É dividida em Citologia (estudo da 
estrutura e função das células) e Histologia (estudo da organização dos 
Estuda o corpo humano e suas variações ao longo do seu tempo de vida. Agrega 
a Embriologia (estudo do desenvolvimento do indivíduo até o nascimento).
Estuda o corpo humano a partir da comparação com a estrutura de 
diferentes seres, além de verifi car as relações existentes entre eles.
Estuda o corpo humano a partir de uma divisão relacionada à função das 
regional
Anatomia clínica 
ou radiográfi ca
Anatomia de 
Estuda as estruturasanatômicas de grande porte, possíveis de serem 
observadas a olho nu, como os órgãos corporais internos e externos.
Estuda as estruturas anatômicas de pequeno porte, que requerem aparatos 
tecnológicos para melhor visualização. É dividida em Citologia (estudo da 
estrutura e função das células) e Histologia (estudo da organização dos 
tecidos biológicos).
Estuda o corpo humano e suas variações ao longo do seu tempo de vida. Agrega 
a Embriologia (estudo do desenvolvimento do indivíduo até o nascimento).
Estuda o corpo humano a partir da comparação com a estrutura de 
diferentes seres, além de verifi car as relações existentes entre eles.
Estuda o corpo humano a partir de uma divisão relacionada à função das 
Estuda o corpo humano a partir de uma divisão relacionada à localização das 
Anatomia clínica 
ou radiográfi ca
Anatomia de 
superfície
Estuda as estruturas anatômicas de grande porte, possíveis de serem 
observadas a olho nu, como os órgãos corporais internos e externos.
Estuda as estruturas anatômicas de pequeno porte, que requerem aparatos 
tecnológicos para melhor visualização. É dividida em Citologia (estudo da 
estrutura e função das células) e Histologia (estudo da organização dos 
tecidos biológicos).
Estuda o corpo humano e suas variações ao longo do seu tempo de vida. Agrega 
a Embriologia (estudo do desenvolvimento do indivíduo até o nascimento).
Estuda o corpo humano a partir da comparação com a estrutura de 
diferentes seres, além de verifi car as relações existentes entre eles.
Estuda o corpo humano a partir de uma divisão relacionada à função das 
Estuda o corpo humano a partir de uma divisão relacionada à localização das 
ou radiográfi ca
Anatomia de 
superfície
Estuda as estruturas anatômicas de grande porte, possíveis de serem 
observadas a olho nu, como os órgãos corporais internos e externos.
Estuda as estruturas anatômicas de pequeno porte, que requerem aparatos 
tecnológicos para melhor visualização. É dividida em Citologia (estudo da 
estrutura e função das células) e Histologia (estudo da organização dos 
tecidos biológicos).
Estuda o corpo humano e suas variações ao longo do seu tempo de vida. Agrega 
a Embriologia (estudo do desenvolvimento do indivíduo até o nascimento).
Estuda o corpo humano a partir da comparação com a estrutura de 
diferentes seres, além de verifi car as relações existentes entre eles.
Estuda o corpo humano a partir de uma divisão relacionada à função das 
Estuda o corpo humano a partir de uma divisão relacionada à localização das 
Estuda o corpo humano por meio de imagens, utilizando técnicas como 
Estuda as estruturas anatômicas de grande porte, possíveis de serem 
observadas a olho nu, como os órgãos corporais internos e externos.
Estuda as estruturas anatômicas de pequeno porte, que requerem aparatos 
tecnológicos para melhor visualização. É dividida em Citologia (estudo da 
estrutura e função das células) e Histologia (estudo da organização dos 
tecidos biológicos).
Estuda o corpo humano e suas variações ao longo do seu tempo de vida. Agrega 
a Embriologia (estudo do desenvolvimento do indivíduo até o nascimento).
Estuda o corpo humano a partir da comparação com a estrutura de 
diferentes seres, além de verifi car as relações existentes entre eles.
Estuda o corpo humano a partir de uma divisão relacionada à função das 
Estuda o corpo humano a partir de uma divisão relacionada à localização das 
Estuda o corpo humano por meio de imagens, utilizando técnicas como 
Estuda o corpo humano a partir de pontos de referência encontrados na 
Estuda as estruturas anatômicas de grande porte, possíveis de serem 
observadas a olho nu, como os órgãos corporais internos e externos.
Estuda as estruturas anatômicas de pequeno porte, que requerem aparatos 
tecnológicos para melhor visualização. É dividida em Citologia (estudo da 
estrutura e função das células) e Histologia (estudo da organização dos 
Estuda o corpo humano e suas variações ao longo do seu tempo de vida. Agrega 
a Embriologia (estudo do desenvolvimento do indivíduo até o nascimento).
Estuda o corpo humano a partir da comparação com a estrutura de 
diferentes seres, além de verifi car as relações existentes entre eles.
Estuda o corpo humano a partir de uma divisão relacionada à função das 
Estuda o corpo humano a partir de uma divisão relacionada à localização das 
Estuda o corpo humano por meio de imagens, utilizando técnicas como 
Estuda o corpo humano a partir de pontos de referência encontrados na 
Estuda as estruturas anatômicas de grande porte, possíveis de serem 
observadas a olho nu, como os órgãos corporais internos e externos.
Estuda as estruturas anatômicas de pequeno porte, que requerem aparatos 
tecnológicos para melhor visualização. É dividida em Citologia (estudo da 
estrutura e função das células) e Histologia (estudo da organização dos 
Estuda o corpo humano e suas variações ao longo do seu tempo de vida. Agrega 
a Embriologia (estudo do desenvolvimento do indivíduo até o nascimento).
Estuda o corpo humano a partir da comparação com a estrutura de 
diferentes seres, além de verifi car as relações existentes entre eles.
Estuda o corpo humano a partir de uma divisão relacionada à função das 
Estuda o corpo humano a partir de uma divisão relacionada à localização das 
Estuda o corpo humano por meio de imagens, utilizando técnicas como 
Estuda o corpo humano a partir de pontos de referência encontrados na 
superfície, utilizando como técnicas a visualização e a palpação.
Estuda as estruturas anatômicas de pequeno porte, que requerem aparatos 
tecnológicos para melhor visualização. É dividida em Citologia (estudo da 
estrutura e função das células) e Histologia (estudo da organização dos 
Estuda o corpo humano e suas variações ao longo do seu tempo de vida. Agrega 
a Embriologia (estudo do desenvolvimento do indivíduo até o nascimento).
Estuda o corpo humano a partir da comparação com a estrutura de 
diferentes seres, além de verifi car as relações existentes entre eles.
Estuda o corpo humano a partir de uma divisão relacionada à função das 
estruturas. 
Estuda o corpo humano a partir de uma divisão relacionada à localização das 
Estuda o corpo humano por meio de imagens, utilizando técnicas como 
radiografi a, tomografi a e ressonância.
Estuda o corpo humano a partir de pontos de referência encontrados na 
superfície, utilizando como técnicas a visualização e a palpação.
Estuda as estruturas anatômicas de pequeno porte, que requerem aparatos 
tecnológicos para melhor visualização. É dividida em Citologia (estudo da 
estrutura e função das células) e Histologia (estudo da organização dos 
Estuda o corpo humano e suas variações ao longo do seu tempo de vida. Agrega 
a Embriologia (estudo do desenvolvimento do indivíduo até o nascimento).
Estuda o corpo humano a partir da comparação com a estrutura de 
diferentes seres, além de verifi car as relações existentes entre eles.
Estuda o corpo humano a partir de uma divisão relacionada à função das 
estruturas. 
Estuda o corpo humano a partir de uma divisão relacionada à localização das 
estruturas.
Estuda o corpo humano por meio de imagens, utilizando técnicas como 
radiografi a, tomografi a e ressonância.
Estuda o corpo humano a partir de pontos de referência encontrados na 
superfície, utilizando como técnicas a visualização e a palpação.
Estuda o corpo humano e suas variações ao longo do seu tempo de vida. Agrega 
a Embriologia (estudo do desenvolvimento do indivíduo até o nascimento).
Estuda o corpo humano a partir da comparação com a estrutura de 
diferentes seres, além de verifi car as relações existentes entre eles.
Estuda o corpo humano a partir de uma divisão relacionada à função das 
Estuda o corpo humano a partir de uma divisão relacionada à localização das 
estruturas.
Estuda o corpo humano por meio de imagens, utilizando técnicas como 
radiografi a, tomografi a e ressonância.
Estuda o corpo humano a partir de pontos de referência encontrados na 
superfície,utilizando como técnicas a visualização e a palpação.
Estuda o corpo humano e suas variações ao longo do seu tempo de vida. Agrega 
a Embriologia (estudo do desenvolvimento do indivíduo até o nascimento).
Estuda o corpo humano a partir da comparação com a estrutura de 
diferentes seres, além de verifi car as relações existentes entre eles.
Estuda o corpo humano a partir de uma divisão relacionada à função das 
Estuda o corpo humano a partir de uma divisão relacionada à localização das 
Estuda o corpo humano por meio de imagens, utilizando técnicas como 
radiografi a, tomografi a e ressonância.
Estuda o corpo humano a partir de pontos de referência encontrados na 
superfície, utilizando como técnicas a visualização e a palpação.
Estuda o corpo humano e suas variações ao longo do seu tempo de vida. Agrega 
a Embriologia (estudo do desenvolvimento do indivíduo até o nascimento).
Estuda o corpo humano a partir da comparação com a estrutura de 
diferentes seres, além de verifi car as relações existentes entre eles.
Estuda o corpo humano a partir de uma divisão relacionada à função das 
Estuda o corpo humano a partir de uma divisão relacionada à localização das 
Estuda o corpo humano por meio de imagens, utilizando técnicas como 
radiografi a, tomografi a e ressonância.
Estuda o corpo humano a partir de pontos de referência encontrados na 
superfície, utilizando como técnicas a visualização e a palpação.
Estuda o corpo humano a partir da comparação com a estrutura de 
diferentes seres, além de verifi car as relações existentes entre eles.
Estuda o corpo humano a partir de uma divisão relacionada à função das 
Estuda o corpo humano a partir de uma divisão relacionada à localização das 
Estuda o corpo humano por meio de imagens, utilizando técnicas como 
radiografi a, tomografi a e ressonância.
Estuda o corpo humano a partir de pontos de referência encontrados na 
superfície, utilizando como técnicas a visualização e a palpação.
Estuda o corpo humano a partir de uma divisão relacionada à função das 
Estuda o corpo humano a partir de uma divisão relacionada à localização das 
Estuda o corpo humano por meio de imagens, utilizando técnicas como 
radiografi a, tomografi a e ressonância.
Estuda o corpo humano a partir de pontos de referência encontrados na 
superfície, utilizando como técnicas a visualização e a palpação.
Estuda o corpo humano a partir de uma divisão relacionada à função das 
Estuda o corpo humano a partir de uma divisão relacionada à localização das 
Estuda o corpo humano por meio de imagens, utilizando técnicas como 
Estuda o corpo humano a partir de pontos de referência encontrados na 
superfície, utilizando como técnicas a visualização e a palpação.
Estuda o corpo humano a partir de uma divisão relacionada à localização das 
Estuda o corpo humano por meio de imagens, utilizando técnicas como 
Estuda o corpo humano a partir de pontos de referência encontrados na 
superfície, utilizando como técnicas a visualização e a palpação.
Estuda o corpo humano por meio de imagens, utilizando técnicas como 
Estuda o corpo humano a partir de pontos de referência encontrados na 
superfície, utilizando como técnicas a visualização e a palpação.
Estuda o corpo humano a partir de pontos de referência encontrados na 
superfície, utilizando como técnicas a visualização e a palpação.
Estuda o corpo humano a partir de pontos de referência encontrados na 
 ANATOMIA HUMANA 23
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Níveis de organização do corpo humano
Entendendo as várias perspectivas de abordagens anatômicas, convencio-
nou-se analisar as estruturas humanas a partir de seus diferentes níveis de 
organização. 
As menores unidades biológicas, as células, organizam-se em tecidos, 
estabelecidos como um complexo de células similares que realizam a mesma 
função. Também capazes de se agrupar funcionalmente, os tecidos compõem 
os órgãos. Esses, por sua vez, com mesma estrutura e origem, que possuem 
funções similares e interagem para realizar funções complexas, são nomeados 
de sistema. Em conjunto, os sistemas constituem o corpo humano.
Divisão do corpo humano
Com base na anatomia macroscópica, podemos dividir o corpo humano 
principalmente utilizando duas perspectivas: a localização e a proximidade das 
estruturas do corpo humano (anatomia regional ou topográfi ca) ou com base 
em estruturas com funções em comum (anatomia sistemática ou descritiva).
A abordagem sistêmica, que é a mais utilizada no ensino de anatomia, 
utiliza uma perspectiva mais fi siológica, estudando os seguintes sistemas 
orgânicos: 
QUADRO 3. SISTEMAS DO CORPO HUMANO
Sistema Componentes principais Funções representativas
Tegumentar
Pele e estruturas 
associadas, como pelos e 
unhas
Proteger as estruturas internas do corpo 
contra lesões e substâncias estranhas; prevenir 
perda de fl uidos (desidratação); importante na 
regulação da temperatura.
Esquelético Ossos Suportar e proteger tecidos moles e órgãos.
Muscular Músculos esqueléticos Movimentar o corpo e suas partes.
Nervoso
Encéfalo, medula espinhal, 
nervos, órgãos dos sentidos 
especiais
Controlar e integrar as atividades do corpo; 
responsável pelas “funções superiores”, tais 
como o pensamento e o raciocínio abstrato.
Endócrino
Glândulas secretoras de 
hormônios, como hipófi se, 
tireoide, paratireoide, 
suprarrenais, pâncreas e 
gônadas
Controlar e integrar as atividades do corpo; 
atuam intimamente ligadas com as funções do 
sistema nervoso.
TegumentarTegumentar
Esquelético
Pele e estruturas 
associadas, como pelos e 
Esquelético
Muscular
Pele e estruturas 
associadas, como pelos e 
Muscular
Pele e estruturas 
associadas, como pelos e 
unhas
Nervoso
Pele e estruturas 
associadas, como pelos e 
unhas
Nervoso
associadas, como pelos e 
Ossos
Músculos esqueléticosMúsculos esqueléticos
Encéfalo, medula espinhal, 
nervos, órgãos dos sentidos 
Endócrino
Proteger as estruturas internas do corpo 
contra lesões e substâncias estranhas; prevenir 
perda de fl uidos (desidratação); importante na 
Músculos esqueléticos
Encéfalo, medula espinhal, 
nervos, órgãos dos sentidos 
Endócrino
Proteger as estruturas internas do corpo 
contra lesões e substâncias estranhas; prevenir 
perda de fl uidos (desidratação); importante na 
Músculos esqueléticos
Encéfalo, medula espinhal, 
nervos, órgãos dos sentidos 
especiais
Glândulas secretoras de 
hormônios, como hipófi se, 
Proteger as estruturas internas do corpo 
contra lesões e substâncias estranhas; prevenir 
perda de fl uidos (desidratação); importante na 
Suportar e proteger tecidos moles e órgãos.
Encéfalo, medula espinhal, 
nervos, órgãos dos sentidos 
especiais
Glândulas secretoras de 
hormônios, como hipófi se, 
tireoide, paratireoide, 
suprarrenais, pâncreas e 
Proteger as estruturas internas do corpo 
contra lesões e substâncias estranhas; prevenir 
perda de fl uidos (desidratação); importante na 
regulação da temperatura.
Suportar e proteger tecidos moles e órgãos.
Encéfalo, medula espinhal, 
nervos, órgãos dos sentidos 
Glândulas secretoras de 
hormônios, como hipófi se, 
tireoide, paratireoide, 
suprarrenais, pâncreas e 
Proteger as estruturas internas do corpo 
contra lesões e substâncias estranhas; prevenir 
perda de fl uidos (desidratação); importante na 
regulação da temperatura.
Suportar e proteger tecidos moles e órgãos.
Movimentar o corpo e suas partes.
nervos, órgãos dos sentidos 
Glândulas secretoras de 
hormônios, como hipófi se, 
tireoide, paratireoide, 
suprarrenais, pâncreas e 
gônadas
Proteger as estruturas internas do corpo 
contra lesões e substâncias estranhas; prevenir 
perda de fl uidos (desidratação); importante na 
regulação da temperatura.
Suportar e proteger tecidos moles e órgãos.
Movimentar o corpo e suas partes.
Controlar e integrar as atividades do corpo; 
responsável pelas “funções superiores”, tais 
Glândulas secretoras de 
hormônios, como hipófi se, 
tireoide, paratireoide, 
suprarrenais,pâncreas e 
gônadas
Proteger as estruturas internas do corpo 
contra lesões e substâncias estranhas; prevenir 
perda de fl uidos (desidratação); importante na 
regulação da temperatura.
Suportar e proteger tecidos moles e órgãos.
Movimentar o corpo e suas partes.
Controlar e integrar as atividades do corpo; 
responsável pelas “funções superiores”, tais 
como o pensamento e o raciocínio abstrato.
hormônios, como hipófi se, 
tireoide, paratireoide, 
suprarrenais, pâncreas e 
Proteger as estruturas internas do corpo 
contra lesões e substâncias estranhas; prevenir 
perda de fl uidos (desidratação); importante na 
regulação da temperatura.
Suportar e proteger tecidos moles e órgãos.
Movimentar o corpo e suas partes.
Controlar e integrar as atividades do corpo; 
responsável pelas “funções superiores”, tais 
como o pensamento e o raciocínio abstrato.
suprarrenais, pâncreas e 
contra lesões e substâncias estranhas; prevenir 
perda de fl uidos (desidratação); importante na 
Suportar e proteger tecidos moles e órgãos.
Movimentar o corpo e suas partes.
Controlar e integrar as atividades do corpo; 
responsável pelas “funções superiores”, tais 
como o pensamento e o raciocínio abstrato.
Controlar e integrar as atividades do corpo; 
atuam intimamente ligadas com as funções do 
Suportar e proteger tecidos moles e órgãos.
Movimentar o corpo e suas partes.
Controlar e integrar as atividades do corpo; 
responsável pelas “funções superiores”, tais 
como o pensamento e o raciocínio abstrato.
Controlar e integrar as atividades do corpo; 
atuam intimamente ligadas com as funções do 
Suportar e proteger tecidos moles e órgãos.
Movimentar o corpo e suas partes.
Controlar e integrar as atividades do corpo; 
responsável pelas “funções superiores”, tais 
como o pensamento e o raciocínio abstrato.
Controlar e integrar as atividades do corpo; 
atuam intimamente ligadas com as funções do 
Controlar e integrar as atividades do corpo; 
responsável pelas “funções superiores”, tais 
como o pensamento e o raciocínio abstrato.
Controlar e integrar as atividades do corpo; 
atuam intimamente ligadas com as funções do 
sistema nervoso.
Controlar e integrar as atividades do corpo; 
responsável pelas “funções superiores”, tais 
como o pensamento e o raciocínio abstrato.
Controlar e integrar as atividades do corpo; 
atuam intimamente ligadas com as funções do 
sistema nervoso.
Controlar e integrar as atividades do corpo; 
responsável pelas “funções superiores”, tais 
como o pensamento e o raciocínio abstrato.
Controlar e integrar as atividades do corpo; 
atuam intimamente ligadas com as funções do 
sistema nervoso.
como o pensamento e o raciocínio abstrato.
Controlar e integrar as atividades do corpo; 
atuam intimamente ligadas com as funções do 
sistema nervoso.
Controlar e integrar as atividades do corpo; 
atuam intimamente ligadas com as funções do atuam intimamente ligadas com as funções do 
 ANATOMIA HUMANA 24
SER_NUTRI_ANAHU_UNID1.indd 24 22/10/20 16:09
Circulatório Coração, vasos sanguíneos e linfáticos, sangue, linfa
Interligar os meios interno e externo do corpo; 
transportam materiais entre diferentes células 
e tecidos.
Respiratório
Nariz, cavidade nasal, 
faringe, laringe, traqueia, 
brônquios, pulmões
Transferir oxigênio da atmosfera para o 
sangue e dióxido de carbono do sangue para a 
atmosfera.
Digestivo
Boca, esôfago, estomago, 
intestino delgado, intestino 
grosso; estruturas 
acessórias incluem 
glândulas salivares, 
pâncreas, fígado e vesícula 
biliar
Suprir o corpo com substâncias (materiais 
alimentares) das quais deriva a energia para as 
atividades e de onde se obtém componentes 
para a síntese das substâncias necessárias.
Urinário Rins, ureteres, bexiga urinária, uretra
Eliminar uma variedade de produtos 
metabólicos fi nais, como ureia; conserva e 
excreta água e outras substâncias, conforme a 
necessidade.
Reprodutor
Masculino: vesículas 
seminais, testículos, 
próstata, glândulas 
bulbouretrais, pênis, ductos 
associados
Produzir gametas masculinos 
(espermatozoides); providenciar métodos para 
introduzir o esperma na mulher.
Feminino: ovários, tubas 
uterinas, útero, vagina, 
glândulas mamárias
Produzir gametas femininos (óvulos); 
providenciar meio próprio para o 
desenvolvimento do ovo fertilizado.
CirculatórioCirculatórioCirculatório Coração, vasos sanguíneos e 
Respiratório
Coração, vasos sanguíneos e 
linfáticos, sangue, linfa
Respiratório
Coração, vasos sanguíneos e 
linfáticos, sangue, linfa
Coração, vasos sanguíneos e 
linfáticos, sangue, linfa
Nariz, cavidade nasal, 
faringe, laringe, traqueia, 
Digestivo
Coração, vasos sanguíneos e 
linfáticos, sangue, linfa
Nariz, cavidade nasal, 
faringe, laringe, traqueia, 
brônquios, pulmões
Digestivo
Coração, vasos sanguíneos e 
linfáticos, sangue, linfa
Nariz, cavidade nasal, 
faringe, laringe, traqueia, 
brônquios, pulmões
Boca, esôfago, estomago, 
intestino delgado, intestino 
Interligar os meios interno e externo do corpo; 
Nariz, cavidade nasal, 
faringe, laringe, traqueia, 
brônquios, pulmões
Boca, esôfago, estomago, 
intestino delgado, intestino 
grosso; estruturas 
Urinário
Interligar os meios interno e externo do corpo; 
transportam materiais entre diferentes células 
faringe, laringe, traqueia, 
brônquios, pulmões
Boca, esôfago, estomago, 
intestino delgado, intestino 
grosso; estruturas 
acessórias incluem 
glândulas salivares, 
pâncreas, fígado e vesícula 
Urinário
Interligar os meios interno e externo do corpo; 
transportam materiais entre diferentes células 
Boca, esôfago, estomago, 
intestino delgado, intestino 
grosso; estruturas 
acessórias incluem 
glândulas salivares, 
pâncreas, fígado e vesícula 
Reprodutor
Interligar os meios interno e externo do corpo; 
transportam materiais entre diferentes células 
Transferir oxigênio da atmosfera para o 
sangue e dióxido de carbono do sangue para a 
Boca, esôfago, estomago, 
intestino delgado, intestino 
grosso; estruturas 
acessórias incluem 
glândulas salivares, 
pâncreas, fígado e vesícula 
biliar
Rins, ureteres, bexiga 
Reprodutor
Interligar os meios interno e externo do corpo; 
transportam materiais entre diferentes células 
Transferir oxigênio da atmosfera para o 
sangue e dióxido de carbono do sangue para a 
acessórias incluem 
glândulas salivares, 
pâncreas, fígado e vesícula 
biliar
Rins, ureteres, bexiga 
urinária, uretra
Reprodutor
Interligar os meios interno e externo do corpo; 
transportam materiais entre diferentes células 
e tecidos.
Transferir oxigênio da atmosfera para o 
sangue e dióxido de carbono do sangue para a 
pâncreas, fígado e vesícula 
Suprir o corpo com substâncias (materiais 
alimentares) das quais deriva a energia para as 
Rins, ureteres, bexiga 
urinária, uretra
Masculino: vesículas 
seminais, testículos, 
Interligar os meios interno e externo do corpo; 
transportam materiais entre diferentes células 
e tecidos.
Transferir oxigênio da atmosfera para o 
sangue e dióxido de carbono do sangue para a 
Suprir o corpo com substâncias (materiais 
alimentares) das quais deriva a energia para as 
atividades e de onde se obtém componentes 
Rins, ureteres, bexiga 
urinária, uretra
Masculino: vesículas 
seminais, testículos, 
próstata, glândulas 
bulbouretrais, pênis, ductos 
Interligar os meios interno e externo do corpo; 
transportam materiais entre diferentes células 
Transferir oxigênio da atmosfera para o 
sangue e dióxido de carbono do sangue para a 
atmosfera.
Suprir o corpo com substâncias (materiais 
alimentares) das quais deriva a energia para as 
atividades e de onde se obtém componentes 
para a síntese das substâncias necessárias.
Rins, ureteres, bexiga 
Masculino: vesículas 
seminais, testículos, 
próstata, glândulas 
bulbouretrais, pênis, ductos 
Interligar os meios interno e externo do corpo; 
transportam materiais entre diferentes células 
Transferir oxigênio da atmosfera para o 
sangue e dióxido de carbono do sangue para aatmosfera.
Suprir o corpo com substâncias (materiais 
alimentares) das quais deriva a energia para as 
atividades e de onde se obtém componentes 
para a síntese das substâncias necessárias.
Masculino: vesículas 
seminais, testículos, 
próstata, glândulas 
bulbouretrais, pênis, ductos 
associados
Feminino: ovários, tubas 
uterinas, útero, vagina, 
transportam materiais entre diferentes células 
Transferir oxigênio da atmosfera para o 
sangue e dióxido de carbono do sangue para a 
Suprir o corpo com substâncias (materiais 
alimentares) das quais deriva a energia para as 
atividades e de onde se obtém componentes 
para a síntese das substâncias necessárias.
Eliminar uma variedade de produtos 
metabólicos fi nais, como ureia; conserva e 
excreta água e outras substâncias, conforme a 
seminais, testículos, 
próstata, glândulas 
bulbouretrais, pênis, ductos 
associados
Feminino: ovários, tubas 
uterinas, útero, vagina, 
glândulas mamárias
Transferir oxigênio da atmosfera para o 
sangue e dióxido de carbono do sangue para a 
Suprir o corpo com substâncias (materiais 
alimentares) das quais deriva a energia para as 
atividades e de onde se obtém componentes 
para a síntese das substâncias necessárias.
Eliminar uma variedade de produtos 
metabólicos fi nais, como ureia; conserva e 
excreta água e outras substâncias, conforme a 
bulbouretrais, pênis, ductos 
Feminino: ovários, tubas 
uterinas, útero, vagina, 
glândulas mamárias
sangue e dióxido de carbono do sangue para a 
Suprir o corpo com substâncias (materiais 
alimentares) das quais deriva a energia para as 
atividades e de onde se obtém componentes 
para a síntese das substâncias necessárias.
Eliminar uma variedade de produtos 
metabólicos fi nais, como ureia; conserva e 
excreta água e outras substâncias, conforme a 
(espermatozoides); providenciar métodos para 
Feminino: ovários, tubas 
uterinas, útero, vagina, 
glândulas mamárias
Suprir o corpo com substâncias (materiais 
alimentares) das quais deriva a energia para as 
atividades e de onde se obtém componentes 
para a síntese das substâncias necessárias.
Eliminar uma variedade de produtos 
metabólicos fi nais, como ureia; conserva e 
excreta água e outras substâncias, conforme a 
Produzir gametas masculinos 
(espermatozoides); providenciar métodos para 
Feminino: ovários, tubas 
uterinas, útero, vagina, 
glândulas mamárias
Suprir o corpo com substâncias (materiais 
alimentares) das quais deriva a energia para as 
atividades e de onde se obtém componentes 
para a síntese das substâncias necessárias.
Eliminar uma variedade de produtos 
metabólicos fi nais, como ureia; conserva e 
excreta água e outras substâncias, conforme a 
necessidade.
Produzir gametas masculinos 
(espermatozoides); providenciar métodos para 
introduzir o esperma na mulher.
alimentares) das quais deriva a energia para as 
atividades e de onde se obtém componentes 
para a síntese das substâncias necessárias.
Eliminar uma variedade de produtos 
metabólicos fi nais, como ureia; conserva e 
excreta água e outras substâncias, conforme a 
necessidade.
Produzir gametas masculinos 
(espermatozoides); providenciar métodos para 
introduzir o esperma na mulher.
Produzir gametas femininos (óvulos); 
Eliminar uma variedade de produtos 
metabólicos fi nais, como ureia; conserva e 
excreta água e outras substâncias, conforme a 
Produzir gametas masculinos 
(espermatozoides); providenciar métodos para 
introduzir o esperma na mulher.
Produzir gametas femininos (óvulos); 
providenciar meio próprio para o 
desenvolvimento do ovo fertilizado.
metabólicos fi nais, como ureia; conserva e 
excreta água e outras substâncias, conforme a 
Produzir gametas masculinos 
(espermatozoides); providenciar métodos para 
introduzir o esperma na mulher.
Produzir gametas femininos (óvulos); 
providenciar meio próprio para o 
desenvolvimento do ovo fertilizado.
excreta água e outras substâncias, conforme a 
Produzir gametas masculinos 
(espermatozoides); providenciar métodos para 
introduzir o esperma na mulher.
Produzir gametas femininos (óvulos); 
providenciar meio próprio para o 
desenvolvimento do ovo fertilizado.
(espermatozoides); providenciar métodos para 
introduzir o esperma na mulher.
Produzir gametas femininos (óvulos); 
providenciar meio próprio para o 
desenvolvimento do ovo fertilizado.
(espermatozoides); providenciar métodos para 
introduzir o esperma na mulher.
Produzir gametas femininos (óvulos); 
providenciar meio próprio para o 
desenvolvimento do ovo fertilizado.
(espermatozoides); providenciar métodos para 
Produzir gametas femininos (óvulos); 
providenciar meio próprio para o 
desenvolvimento do ovo fertilizado.
Produzir gametas femininos (óvulos); 
providenciar meio próprio para o 
desenvolvimento do ovo fertilizado.
Fonte: TORTORA; NIESLSEN, 2013, pg. 6. (Adaptado).
Quando ocorre a reunião de dois ou mais sistemas que tenham relações 
íntimas no que diz respeito a desenvolvimento, localização ou função, é consti-
tuído um aparelho. Os principais aparelhos do corpo humano são:
a. Locomotor: constituído pelos sistemas esquelético, articular e muscular;
b. Urogenital: constituído pelos sistemas urinário e genital (masculino ou 
feminino).
Considerando a abordagem regional, a organização do corpo humano se divi-
de nas seguintes regiões: cabeça, pescoço, tronco e membros. A cabeça consiste 
na extremidade superior do corpo, que se une ao tronco por uma região estreita, o 
pescoço. Os membros compreendem dois na região superior do tronco (membros 
superiores) e dois na região inferior (membros inferiores). Por fi m, o tronco, tam-
bém chamado de torso, é uma região central que interliga todas as extremidades. 
As regiões do corpo humano apresentam as seguintes subdivisões:
• Cabeça: fronte (a testa); occipital (nuca); têmpora (porção lateral, anterior 
à orelha); orelha; mandíbula e face;
 ANATOMIA HUMANA 25
SER_NUTRI_ANAHU_UNID1.indd 25 22/10/20 16:09
• Pescoço;
• Tronco: tórax; abdome; pelve e dorso;
• Membro superior: cintura do membro superior; axila; braço; cotovelo; 
antebraço e mão (carpo, metacarpo, palma, dorso da mão, dedos da mão);
• Membro inferior: cintura do membro inferior; nádegas; quadril; coxa; joe-
lho; perna e pé (tarso, calcanhar, metatarso, planta, dorso do pé).
Conceito e funções do esqueleto
Quando pensamos em esqueleto, é comum pensarmos em uma estrutura rígi-
da, seca e sem vida, que reúne várias peças menores – os ossos. De fato, a palavra 
esqueleto deriva de um termo grego que signifi ca “corpo seco”. No entanto, o termo 
acabou indo além do campo das ciências, sendo utilizado rotineiramente como sinô-
nimo para a palavra “arcabouço” (Ex.: O chassi é o esqueleto do automóvel). 
No âmbito da anatomia, podemos estabelecer esqueleto como uma coleção 
de ossos e estruturas relacionadas que se integram para compor o arcabouço do 
corpo. Já os ossos, por sua vez, são defi nidos como estruturas rígidas com origem, 
composição e função similares e que, quando unidos, constituem o esqueleto. O 
estudo dos ossos, sua estrutura e particularidades é conhecido como osteologia 
(osteo: “osso”; logia: “estudo”).
Retornando ao pensamento do início do texto, os nossos ossos não são estrutu-
ras sem vida e inertes, como aqueles que examinamos em um laboratório ou expos-
tos em museu. Ao contrário, eles são órgãos vivos e complexos, que representam 
os registros da nossa história, sendo infl uenciados por diversos aspectos de nossa 
vida, como idade, gênero, altura ou mesmo nutrição.
Funções do esqueleto
O esqueleto desempenha diversas funções básicas, das quais destacamos 
como as mais importantes:
a. Sustentação. O esqueleto estrutura o alicerce rígido do corpo, dando sus-
tentação aos órgãos e tecidos moles que podem ter um peso até cinco vezes 
maior. Dessa forma, a resistência dos ossos vem da sua composição inorgânica, 
cuja durabilidade persiste à decomposição mesmo após a morte do indivíduo;
 ANATOMIA HUMANA 26SER_NUTRI_ANAHU_UNID1.indd 26 22/10/20 16:09
b. Proteção. O esqueleto defende órgãos internos vitais contra impactos e 
lesões. Assim, o crânio e a coluna vertebral protegem o encéfalo e a medula 
espinal; a caixa torácica, por sua vez, guarda o coração, os pulmões, os gran-
des vasos; e, fi nalmente, o cíngulo do membro inferior envolve as vísceras 
da região pélvica;
c. Movimentos do corpo. Os ossos atuam como áreas de fi xação para os 
músculos esqueléticos. Assim, os ossos agem como alavancas, sendo tra-
cionados quando os músculos contraem para produzir movimento;
d. Armazenamento e liberação de minerais. O osso deposita diversos 
minerais em sua estrutura, que contribuem para sua própria resistência. 
Destacam-se o cálcio e o fósforo, embora também sejam armazenados só-
dio, magnésio, fl úor e estrôncio em menor quantidade. No entanto, se a 
quantidade de sais minerais na dieta não for sufi ciente, eles são liberados 
na corrente sanguínea para cumprir a demanda desses elementos no corpo 
até que a alimentação possa compensar essa extração;
e. Hematopoiese. O processo de formação de eritrócitos (as “células ver-
melhas” do sangue) é designado de hematopoiese (hemo: “sangue”; poesis: 
“criação”) e ocorre na medula óssea vermelha, localizada nos ossos do feto 
e no interior de alguns ossos adultos, como as extremidades do 
fêmur e úmero, os ossos do quadril, esterno e costelas;
f. Armazenamento de gorduras. Os triglicerídeos são 
armazenados no tecido adiposo presente no interior 
de ossos específi cos, compondo a medula óssea 
amarela. Os triglicerídeos armazenados são reser-
vas de energia.
Tipo e divisão do esqueleto
Através da anatomia comparada e da zoologia, verifi camos que há diferenças 
quanto à posição do alicerce de sustentação. Assim, podemos defi nir o exoesque-
leto, onde a base de sustentação é externa; e o endoesqueleto, onde a base de 
sustentação fi ca no interior do corpo do indivíduo, como vemos nos humanos. 
Entretanto, pelo fato de o exoesqueleto não ser uma estrutura viva, os animais 
que têm essa estrutura devem se desprender e formar uma nova e maior estrutura 
 ANATOMIA HUMANA 27
SER_NUTRI_ANAHU_UNID1.indd 27 22/10/20 16:09
esquelética para continuar seu crescimento. Exemplifi cando, podemos citar a pre-
sença de exoesqueleto nos artrópodes.
Baseado na localização de suas estruturas, o esqueleto pode ser dividido em 
esqueleto axial e esqueleto apendicular. A combinação entre as duas porções é 
realizada através de cíngulos (ou cinturas), havendo o cíngulo do membro superior 
(formado pela clavícula e a escápula) e o cíngulo do membro inferior (composto pelo 
osso do quadril e o sacro). 
Esqueleto axial
O esqueleto axial consiste nos ossos que formam o eixo do corpo, sus-
tentam e protegem os órgãos da cabeça, pescoço e tronco. Possui 80 ossos 
dispostos em três regiões principais: o crânio, a coluna vertebral e a caixa to-
rácica. Essa divisão axial do esqueleto sustenta a cabeça, o pescoço, o tronco e 
protege o encéfalo, a medula espinal e os órgãos do tórax.
1. Crânio. Consiste em dois conjuntos de ossos: 
a. O neurocrânio, também chamado de ossos do crânio, composto por 
oito ossos que formam a calota craniana (ou caixa encefálica) e protegem 
o encéfalo, quatro ossos ímpares (frontal, occipital, esfenóide e etmoide) e 
dois ossos pares (parietais e temporais);
b. O viscerocrânio, também chamado ossos da face, composto por 14 os-
sos que fornecem suporte para os olhos, a cavidade nasal e a cavidade oral. 
Possui majoritariamente ossos pares (maxila, palatino, zigomático, lacrimal, 
nasal, concha inferior nasal), com exceção do vômer e da mandíbula;
c. No crânio, também encontramos os ossículos da audição. Três peque-
nos pares de ossos localizados na parte petrosa do osso temporal, inseri-
dos dentro da cavidade da orelha média. Os ossos são martelo, bigorna e 
estribo, seguindo a ordem de aparecimento de fora para dentro. É 
a partir dos movimentos desses ossos que os impulsos sonoros 
são transmitidos para a cavidade da orelha interna;
2. Osso hióide. É o único osso do esqueleto que não se rela-
ciona diretamente com outros ossos. Localizado no pescoço, 
debaixo da mandíbula, se conecta com o osso temporal pe-
los músculos estilo-hióideos. Funcionalmente, esse osso atua 
 ANATOMIA HUMANA 28
SER_NUTRI_ANAHU_UNID1.indd 28 22/10/20 16:09
como uma base móvel para a língua, au-
xiliando na deglutição. Ele é examinado 
cuidadosamente em uma autópsia se há 
suspeita de estrangulamento, uma vez 
que ele, em geral, apresenta fratura nes-
se tipo de assassinato;
3. Coluna vertebral. Como princi-
pal suporte da linha mediana do cor-
po, a coluna vertebral apresenta 26 
ossos e abarca do crânio até o quadril, 
distribuindo o peso das estruturas 
acima da pelve para os membros in-
feriores, além de proteger a medula 
espinal. Ela é dividida em cinco regiões 
segmentadas em 33 ossos separados, as vértebras. As sete vértebras do pes-
coço são as vértebras cervicais, as 12 seguintes são as vértebras torácicas 
e as cinco que apoiam a parte inferior do dorso são as vértebras lombares. 
Dessa forma, para suportar o peso que aumenta progressivamente, elas tor-
nam-se proporcionalmente maiores da região cervical para a região lombar. No 
segmento inferior às vértebras lombares, nove eventualmente se fundem para 
formar dois ossos: o sacro, resultado da fusão de cinco ossos que se articulam 
com os ossos da pelve, e no segmento mais inferior da coluna vertebral, as 
quatro vértebras finais estão fundidas para formar o cóccix;
4. Caixa torácica. É composta por 12 pares de costelas, o esterno (“osso 
do peito”) e as cartilagens costais, articulando-se posteriormente com as vér-
tebras torácicas. Entre suas funções, sustenta o cíngulo do membro superior e 
os membros superiores; suporta e protege os órgãos torácicos e abdominais 
superiores; e colabora nos movimentos relacionados à respiração;
a. O esterno é um osso plano e alongado, formado por três ossos se-
parados: no trecho superior se localiza o manúbrio; no centro se en-
contra o corpo do esterno; e, no trecho inferior, reconhecemos o pro-
cesso xifóide, estrutura frequentemente cartilagínea. Ainda, na lateral 
do esterno estão as incisuras costais, onde as cartilagens costais se 
conectam;
 ANATOMIA HUMANA 29
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b. Os doze pares de costelas são encontrados entre os músculos da parede 
torácica, com cada par se articulando posteriormente com uma vértebra 
torácica. Na região anterior, os primeiros sete pares estão conectados ao 
esterno a partir das cartilagens costais individuais e são chamados coste-
las verdadeiras. Os cinco pares seguintes (costelas oito a 12) não se ligam 
diretamente ao esterno, são designados costelas falsas. Por fi m, os últimos 
dois pares de costelas falsas não se relacionam com o esterno, sendo no-
meados de costelas fl utuantes.
Esqueleto apendicular
O esqueleto apendicular é composto pelos ossos dos cíngulos, que fi rmam os 
membros ao esqueleto axial, e pelos ossos do membro superior e inferior. Assim:
1. Cíngulo do membro superior. Os ossos pares escápula e clavícula 
constituem a porção apendicular da cintura do membro superior, enquan-
to o esterno é a porção axial. Como não suporta tanto peso, tem uma es-
trutura mais delicada que o cíngulo do membro inferior. Tem como função 
principal servir de ponto de inserção para vários músculos relacionados às 
articulações do ombro e do cotovelo;
2. Membros superiores. Cada membro superior possui os seguintes os-
sos: o úmero no braço; o rádio e a ulna no antebraço; e os ossos do carpo, 
ossos do metacarpo e as falanges (ossos dos dedos) na mão;
3. Cíngulo do membro inferior. Os dois ossos do quadril constituem 
a porção apendicular da cintura do membro inferior, enquanto o sacro é 
a porção axial. Os ossos do quadril estão ligados pela sínfi se púbica, an-
teriormente, e pelo sacro, posteriormente.O cíngulo do membro inferior 
sustenta o peso corpóreo a partir da coluna vertebral e guarda os órgãos 
abdominais inferiores no interior da cavidade pélvica;
4. Membro inferior. Cada membro inferior possui os seguintes 
ossos: o fêmur na coxa; a tíbia e a fíbula na perna; os os-
sos do tarso, os ossos do metatarso e as falanges no pé. 
Podemos citar também a patela, que está localizada 
entre a coxa e a perna, na face anterior da articulação 
do joelho.
 ANATOMIA HUMANA 30
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Número e classificação dos ossos
Número de ossos
Um indivíduo apresenta 206 ossos quando alcança a fase adulta, a qual com-
preende o período que consideramos o desenvolvimento orgânico completo. Entre-
tanto, esse número pode variar devido aos seguintes fatores:
a. Fatores etários: Ao longo da vida humana, ocorre uma diminuição do núme-
ro de ossos. O esqueleto apresenta aproximadamente 270 ossos no nascimento 
e, após esse período, alguns deles são formados por fusão de partes ósseas, 
como podemos observar no osso frontal, originalmente formado por duas por-
ções, e o osso do quadril, que é formado de três partes (ísquio, púbis e ílio) que 
posteriormente se fundem em um único osso na fase adulta;
b. Fatores individuais: É possível observar em alguns indivíduos a manu-
tenção do osso frontal dividido na fase adulta, assim como a ocorrência de 
ossos extranumerários.
EXPLICANDO
Um osso acessório ou extranumerário pode ser defi nido como um osso 
que excede o número normal de ossos. Descritos primeiramente por 
André Vesalius em 1543, esses ossículos não se originam de fraturas e 
derivam de centros de ossifi cação não fusionados. Atualmente, já foi ob-
servada a presença de outras estruturas supranumerárias, como dentes.
Classifi cação dos ossos
Podemos classifi car os ossos de diferentes maneiras, como por sua posição 
topográfi ca, diferenciando ossos axiais (presentes no esqueleto axial) e apen-
diculares (presentes no esqueleto apendicular). No entanto, a classifi cação 
mais conhecida é com base na forma dos ossos, sendo organizados conforme a 
relação de suas dimensões (comprimento, largura e espessura). Assim, temos:
a. Osso longo: apresenta o comprimento maior que a largura e a espessura. 
Os ossos do esqueleto apendicular, como o úmero, o rádio, a ulna, o fêmur, 
a tíbia, a fíbula e as falanges, são exemplos clássicos. Vale destacar que os 
ossos longos são nomeados por sua forma alongada e não por seu tama-
nho de fato; as falanges, os ossos dos dedos, são ossos longos, embora 
sejam pequenos;
 ANATOMIA HUMANA 31
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b. Osso plano: também chamado de osso laminar ou chato, apresenta 
comprimento e largura equivalentes, com predomínio da sua espessura. 
Exemplos característicos desse tipo de osso são os ossos do crânio, como o 
parietal, frontal e occipital; e outros, como o esterno, a escápula, as costelas 
e osso do quadril;
c. Osso curto: Apresenta correspondência em suas três dimensões. Os os-
sos carpais e tarsais são exemplos típicos.
Existem ossos que não entram em nenhuma das categorias supracitadas e, 
por essa razão e suas características peculiares, são organizados em uma das 
categorias a seguir:
a. Osso irregular: apresenta uma estrutura complexa, sem corresponden-
tes nas formas geométricas conhecidas. Podemos exemplifi car com as vér-
tebras e o osso temporal;
b. Osso pneumático: apresenta um ou mais seios, cavidades com volume 
variável e revestidas de mucosa. Os ossos pneumáticos são encontrados 
no crânio, recebendo essa classifi cação o osso frontal, temporal, maxilar, 
esfenoide e etmoide;
c. Osso sesamoide: Os ossos sesamoides (“em formato de semente de gerge-
lim”) são um tipo especial de osso curto que ocorre no interior de certos ten-
dões (intratendíneos) ou na cápsula fi brosa de algumas articulações (periar-
ticulares). A patela é um exemplo clássico de osso sesamoide intratendíneo.
Alguns ossos podem ter mais de uma classifi cação: o frontal é um osso 
plano e também pneumático; o maxilar é pneumático e também irregular, 
por exemplo.
Anatomia dos ossos
Em uma análise mais atenta, os ossos apresentam uma camada exterior 
densa que parece lisa e sólida a olho nu e que é encontrada em quase todos os 
ossos do esqueleto, denominada como substância compacta ou osso com-
pacto. Na parte interna, há uma substância esponjosa ou osso esponjoso, 
que possui o aspecto de favo de mel devido à presença de pequenas estruturas 
planas denominadas trabéculas. Os espaços entre as trabéculas são preenchi-
dos com medula óssea amarela ou vermelha.
 ANATOMIA HUMANA 32
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O osso longo apresenta duas epífi ses (extremidades) e uma diáfi se (cor-
po). No interior dessa última, encontramos uma cavidade denominada canal 
medular, que assenta a medula óssea. Em ossos com ossifi cação incompleta, 
podemos visualizar um disco cartilaginoso entre a epífi se e a diáfi se chamado 
de lâmina epifi sial, onde ocorre o crescimento longitudinal do osso. Des-
se modo, o periósteo de tecido conjuntivo denso regular cobre a superfície 
do osso, exceto a cartilagem articular, uma estrutura composta por uma 
camada delgada de cartilagem hialina que envolve as epífi ses e auxilia no 
movimento articular. 
O osso compacto, por sua vez, tem predominância na diáfi se dos ossos lon-
gos, envolve uma cavidade medular central e contém medula óssea; enquanto 
que o osso esponjoso tem maior presença nas epífi ses dos ossos longos e cur-
tos, sendo revestido por uma camada delgada de osso compacto.
Assim, ossos curtos, irregulares e planos têm a mesma composição que os 
ossos longos: externamente são ossos compactos, revestidos por periósteo, e 
internamente são ossos esponjosos revestidos pelo endósteo. Entretanto, não 
têm diáfi se e epífi se, apesar de conter a medula óssea entre as trabéculas de 
substância esponjosa, ainda que não possua cavidade medular. Já em ossos 
planos, são formados por osso esponjoso entre duas camadas fi nas de osso 
compacto, uma estrutura denominada díploe nos ossos do crânio.
Principais acidentes ósseos do esqueleto axial e do 
esqueleto apendicular
A anatomia de cada osso refl ete as forças de tensão e compressão apli-
cadas sobre eles com maior frequência, em especial nas superfí-
cies externas. Nelas são encontradas características estruturais 
distintas, designadas de acidentes ósseos e aparecem tanto no 
esqueleto axial quanto esqueleto apendicular. Os aci-
dentes ósseos são classifi cados em três categorias: 
projeções, que são os locais de fi xação para os mús-
culos e ligamentos (Quadro 4); as superfícies, que 
participam das articulações (Quadro 5); e depres-
sões e aberturas (Quadro 6).
 ANATOMIA HUMANA 33
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QUADRO 4. PROCESSOS QUE FIXAM TENDÕES, LIGAMENTOS E OUTROS TECIDOS
Estrutura e descrição Principais representantes
Crista
Margem proeminente.
Pelve: crista ilíaca, crista púbica.
Membro inferior: crista intertrocantérica do fêmur, crista da 
tíbia.
Espinha
Processo ósseo pontiagudo.
Cíngulo do membro superior: espinha da escápula.
Vértebras: espinha da vértebra.
Pelve: espinha ilíaca ântero-superior, espinha ilíaca ântero-
inferior, espinha ilíaca póstero-superior, espinha ilíaca 
póstero-inferior, espinha isquiática.
Processo
Qualquer saliência óssea 
acentuada.
Ossos do crânio: processo mastoide do osso temporal, 
processo zigomático do osso temporal, processo temporal do 
osso zigomático, processo condilar da mandíbula, processo 
coronoide da mandíbula.
Vértebras: processo espinhoso, processo transverso.
Esterno: processo xifoide.
Rádio: processo estiloide.
Ulna: processo estiloide, processo olecrano, processo 
coronoide.
Tíbia: processo maléolo medial.
Fíbula: processo maléolo lateral.
Ramo
Uma parte aplainada angular 
de um osso.
Ossos da face: ramo da mandíbula.
Pelve: ramo púbico superior, ramopúbico inferior.
Trocanter
Processo (do tipo tuberosidade) 
grande e rombo encontrada 
na extremidade proximal do 
fêmur.
Fêmur: trocanter maior, TROCANTER menor.
Tubérculo 
Um processo pequeno, 
arredondado.
Costela: tubérculo da costela.
Fêmur: tubérculo maior, tubérculo menor, tubérculo adutor.
Pelve: tubérculo púbico.
Tuberosidade
Processo arredondado, 
geralmente áspero, grosseiro.
Úmero: tuberosidade deltoide.
Rádio: tuberosidade radial.
Tíbia: tuberosidade tibial.
Margem proeminente.
Crista
Margem proeminente.Margem proeminente.
Processo ósseo pontiagudo.
Margem proeminente.
Espinha
Processo ósseo pontiagudo.
Espinha
Processo ósseo pontiagudo.
Membro inferior: crista intertrocantérica do fêmur, crista da 
Processo ósseo pontiagudo.
Membro inferior: crista intertrocantérica do fêmur, crista da 
Processo ósseo pontiagudo.
Pelve: crista ilíaca, crista púbica.
Membro inferior: crista intertrocantérica do fêmur, crista da 
Processo ósseo pontiagudo.
Pelve: crista ilíaca, crista púbica.
Membro inferior: crista intertrocantérica do fêmur, crista da 
Cíngulo do membro superior: espinha da escápula.
Qualquer saliência óssea 
Pelve: crista ilíaca, crista púbica.
Membro inferior: crista intertrocantérica do fêmur, crista da 
Cíngulo do membro superior: espinha da escápula.
Pelve: espinha ilíaca ântero-superior, espinha ilíaca ântero-
inferior, espinha ilíaca póstero-superior, espinha ilíaca 
Processo
Qualquer saliência óssea 
acentuada.
Pelve: crista ilíaca, crista púbica.
Membro inferior: crista intertrocantérica do fêmur, crista da 
Cíngulo do membro superior: espinha da escápula.
Vértebras: espinha da vértebra.
Pelve: espinha ilíaca ântero-superior, espinha ilíaca ântero-
inferior, espinha ilíaca póstero-superior, espinha ilíaca 
Processo
Qualquer saliência óssea 
acentuada.
Pelve: crista ilíaca, crista púbica.
Membro inferior: crista intertrocantérica do fêmur, crista da 
tíbia.
Cíngulo do membro superior: espinha da escápula.
Vértebras: espinha da vértebra.
Pelve: espinha ilíaca ântero-superior, espinha ilíaca ântero-
inferior, espinha ilíaca póstero-superior, espinha ilíaca 
Qualquer saliência óssea 
acentuada.
Ossos do crânio: processo mastoide do osso temporal, 
processo zigomático do osso temporal, processo temporal do 
osso zigomático, processo condilar da mandíbula, processo 
Pelve: crista ilíaca, crista púbica.
Membro inferior: crista intertrocantérica do fêmur, crista da 
Cíngulo do membro superior: espinha da escápula.
Vértebras: espinha da vértebra.
Pelve: espinha ilíaca ântero-superior, espinha ilíaca ântero-
inferior, espinha ilíaca póstero-superior, espinha ilíaca 
póstero-inferior, espinha isquiática.
Qualquer saliência óssea 
Ossos do crânio: processo mastoide do osso temporal, 
processo zigomático do osso temporal, processo temporal do 
osso zigomático, processo condilar da mandíbula, processo 
Uma parte aplainada angular 
Pelve: crista ilíaca, crista púbica.
Membro inferior: crista intertrocantérica do fêmur, crista da 
Cíngulo do membro superior: espinha da escápula.
Vértebras: espinha da vértebra.
Pelve: espinha ilíaca ântero-superior, espinha ilíaca ântero-
inferior, espinha ilíaca póstero-superior, espinha ilíaca 
póstero-inferior, espinha isquiática.
Ossos do crânio: processo mastoide do osso temporal, 
processo zigomático do osso temporal, processo temporal do 
osso zigomático, processo condilar da mandíbula, processo 
Vértebras: processo espinhoso, processo transverso.
Uma parte aplainada angular 
Membro inferior: crista intertrocantérica do fêmur, crista da 
Cíngulo do membro superior: espinha da escápula.
Vértebras: espinha da vértebra.
Pelve: espinha ilíaca ântero-superior, espinha ilíaca ântero-
inferior, espinha ilíaca póstero-superior, espinha ilíaca 
póstero-inferior, espinha isquiática.
Ossos do crânio: processo mastoide do osso temporal, 
processo zigomático do osso temporal, processo temporal do 
osso zigomático, processo condilar da mandíbula, processo 
Vértebras: processo espinhoso, processo transverso.
Ramo
Uma parte aplainada angular 
Membro inferior: crista intertrocantérica do fêmur, crista da 
Cíngulo do membro superior: espinha da escápula.
Vértebras: espinha da vértebra.
Pelve: espinha ilíaca ântero-superior, espinha ilíaca ântero-
inferior, espinha ilíaca póstero-superior, espinha ilíaca 
póstero-inferior, espinha isquiática.
Ossos do crânio: processo mastoide do osso temporal, 
processo zigomático do osso temporal, processo temporal do 
osso zigomático, processo condilar da mandíbula, processo 
coronoide da mandíbula.
Vértebras: processo espinhoso, processo transverso.
Ramo
Uma parte aplainada angular 
de um osso.
Membro inferior: crista intertrocantérica do fêmur, crista da 
Cíngulo do membro superior: espinha da escápula.
Vértebras: espinha da vértebra.
Pelve: espinha ilíaca ântero-superior, espinha ilíaca ântero-
inferior, espinha ilíaca póstero-superior, espinha ilíaca 
póstero-inferior, espinha isquiática.
Ossos do crânio: processo mastoide do osso temporal, 
processo zigomático do osso temporal, processo temporal do 
osso zigomático, processo condilar da mandíbula, processo 
coronoide da mandíbula.
Vértebras: processo espinhoso, processo transverso.
Ulna: processo estiloide, processo olecrano, processo 
Uma parte aplainada angular 
de um osso.
Trocanter
Cíngulo do membro superior: espinha da escápula.
Pelve: espinha ilíaca ântero-superior, espinha ilíaca ântero-
inferior, espinha ilíaca póstero-superior, espinha ilíaca 
póstero-inferior, espinha isquiática.
Ossos do crânio: processo mastoide do osso temporal, 
processo zigomático do osso temporal, processo temporal do 
osso zigomático, processo condilar da mandíbula, processo 
coronoide da mandíbula.
Vértebras: processo espinhoso, processo transverso.
Esterno: processo xifoide.
Ulna: processo estiloide, processo olecrano, processo 
Uma parte aplainada angular 
Trocanter
Pelve: espinha ilíaca ântero-superior, espinha ilíaca ântero-
inferior, espinha ilíaca póstero-superior, espinha ilíaca 
póstero-inferior, espinha isquiática.
Ossos do crânio: processo mastoide do osso temporal, 
processo zigomático do osso temporal, processo temporal do 
osso zigomático, processo condilar da mandíbula, processo 
coronoide da mandíbula.
Vértebras: processo espinhoso, processo transverso.
Esterno: processo xifoide.
Rádio: processo estiloide.
Ulna: processo estiloide, processo olecrano, processo 
Pelve: espinha ilíaca ântero-superior, espinha ilíaca ântero-
inferior, espinha ilíaca póstero-superior, espinha ilíaca 
Ossos do crânio: processo mastoide do osso temporal, 
processo zigomático do osso temporal, processo temporal do 
osso zigomático, processo condilar da mandíbula, processo 
coronoide da mandíbula.
Vértebras: processo espinhoso, processo transverso.
Esterno: processo xifoide.
Rádio: processo estiloide.
Ulna: processo estiloide, processo olecrano, processo 
Tíbia: processo maléolo medial.
Ossos do crânio: processo mastoide do osso temporal, 
processo zigomático do osso temporal, processo temporal do 
osso zigomático, processo condilar da mandíbula, processo 
Vértebras: processo espinhoso, processo transverso.
Esterno: processo xifoide.
Rádio: processo estiloide.
Ulna: processo estiloide, processo olecrano, processo 
Tíbia: processo maléolo medial.
Fíbula: processo maléolo lateral.
Ossos do crânio: processo mastoide do osso temporal, 
processo zigomático do osso temporal, processo temporal do 
osso zigomático, processo condilar da mandíbula, processo 
Vértebras: processo espinhoso, processo transverso.
Esterno: processo xifoide.
Rádio: processo estiloide.
Ulna: processo estiloide, processo olecrano, processo 
coronoide.
Tíbia: processo maléolo medial.
Fíbula: processo maléolo lateral.
Ossos da face: ramo da mandíbula.
Pelve: ramo púbico superior, ramo púbico inferior.
processo zigomático do osso temporal, processo temporal do 
osso zigomático, processo condilar da mandíbula,processo 
Vértebras: processo espinhoso, processo transverso.
Rádio: processo estiloide.
Ulna: processo estiloide, processo olecrano, processo 
coronoide.
Tíbia: processo maléolo medial.
Fíbula: processo maléolo lateral.
Ossos da face: ramo da mandíbula.
Pelve: ramo púbico superior, ramo púbico inferior.
Vértebras: processo espinhoso, processo transverso.
Ulna: processo estiloide, processo olecrano, processo 
Tíbia: processo maléolo medial.
Fíbula: processo maléolo lateral.
Ossos da face: ramo da mandíbula.
Pelve: ramo púbico superior, ramo púbico inferior.
Ulna: processo estiloide, processo olecrano, processo 
Tíbia: processo maléolo medial.
Fíbula: processo maléolo lateral.
Ossos da face: ramo da mandíbula.
Pelve: ramo púbico superior, ramo púbico inferior.
Ulna: processo estiloide, processo olecrano, processo 
Tíbia: processo maléolo medial.
Fíbula: processo maléolo lateral.
Ossos da face: ramo da mandíbula.
Pelve: ramo púbico superior, ramo púbico inferior.
Ulna: processo estiloide, processo olecrano, processo 
Fíbula: processo maléolo lateral.
Ossos da face: ramo da mandíbula.
Pelve: ramo púbico superior, ramo púbico inferior.
Ossos da face: ramo da mandíbula.
Pelve: ramo púbico superior, ramo púbico inferior.Pelve: ramo púbico superior, ramo púbico inferior.Pelve: ramo púbico superior, ramo púbico inferior.Pelve: ramo púbico superior, ramo púbico inferior.
Processo (do tipo tuberosidade) Processo (do tipo tuberosidade) 
grande e rombo encontrada 
Processo (do tipo tuberosidade) 
grande e rombo encontrada 
na extremidade proximal do 
Processo (do tipo tuberosidade) 
grande e rombo encontrada 
na extremidade proximal do 
Processo (do tipo tuberosidade) 
grande e rombo encontrada 
na extremidade proximal do 
fêmur.
Processo (do tipo tuberosidade) 
grande e rombo encontrada 
na extremidade proximal do 
fêmur.
Tubérculo 
Um processo pequeno, 
Processo (do tipo tuberosidade) 
grande e rombo encontrada 
na extremidade proximal do 
Tubérculo 
Um processo pequeno, 
arredondado.
Tubérculo 
Um processo pequeno, 
arredondado.
Um processo pequeno, 
arredondado.
Processo arredondado, 
geralmente áspero, grosseiro.
Fêmur: trocanter maior, TROCANTER menor.
Um processo pequeno, 
Tuberosidade
Processo arredondado, 
geralmente áspero, grosseiro.
Fêmur: trocanter maior, TROCANTER menor.
Fêmur: tubérculo maior, tubérculo menor, tubérculo adutor.
Tuberosidade
Processo arredondado, 
geralmente áspero, grosseiro.
Fêmur: trocanter maior, TROCANTER menor.
Fêmur: tubérculo maior, tubérculo menor, tubérculo adutor.
Tuberosidade
Processo arredondado, 
geralmente áspero, grosseiro.
Fêmur: trocanter maior, TROCANTER menor.
Costela: tubérculo da costela.
Fêmur: tubérculo maior, tubérculo menor, tubérculo adutor.
Processo arredondado, 
geralmente áspero, grosseiro.
Fêmur: trocanter maior, TROCANTER menor.
Costela: tubérculo da costela.
Fêmur: tubérculo maior, tubérculo menor, tubérculo adutor.
geralmente áspero, grosseiro.
Fêmur: trocanter maior, TROCANTER menor.
Costela: tubérculo da costela.
Fêmur: tubérculo maior, tubérculo menor, tubérculo adutor.
Fêmur: trocanter maior, TROCANTER menor.
Costela: tubérculo da costela.
Fêmur: tubérculo maior, tubérculo menor, tubérculo adutor.
Pelve: tubérculo púbico.
Fêmur: trocanter maior, TROCANTER menor.
Costela: tubérculo da costela.
Fêmur: tubérculo maior, tubérculo menor, tubérculo adutor.
Pelve: tubérculo púbico.
Úmero: tuberosidade deltoide.
Fêmur: trocanter maior, TROCANTER menor.
Costela: tubérculo da costela.
Fêmur: tubérculo maior, tubérculo menor, tubérculo adutor.
Pelve: tubérculo púbico.
Úmero: tuberosidade deltoide.
Rádio: tuberosidade radial.
Fêmur: tubérculo maior, tubérculo menor, tubérculo adutor.
Pelve: tubérculo púbico.
Úmero: tuberosidade deltoide.
Rádio: tuberosidade radial.
Fêmur: tubérculo maior, tubérculo menor, tubérculo adutor.
Pelve: tubérculo púbico.
Úmero: tuberosidade deltoide.
Rádio: tuberosidade radial.
Tíbia: tuberosidade tibial.
Fêmur: tubérculo maior, tubérculo menor, tubérculo adutor.
Úmero: tuberosidade deltoide.
Rádio: tuberosidade radial.
Tíbia: tuberosidade tibial.
Fêmur: tubérculo maior, tubérculo menor, tubérculo adutor.
Úmero: tuberosidade deltoide.
Rádio: tuberosidade radial.
Tíbia: tuberosidade tibial.
Rádio: tuberosidade radial.
Tíbia: tuberosidade tibial.Tíbia: tuberosidade tibial.
Fonte: MARIEB, 2014, pg. 138. (Adaptado).
 ANATOMIA HUMANA 34
SER_NUTRI_ANAHU_UNID1.indd 34 22/10/20 16:11
QUADRO 5. PROCESSOS QUE FORMAM ARTICULAÇÕES
QUADRO 6. DEPRESSÕES E ABERTURAS
Estrutura e descrição Principais representantes
Cabeça
Extremidade óssea 
proeminente e arredondada 
que forma juntura.
Caixa torácica: cabeça da costela.
Membro superior: cabeça do úmero, cabeça do rádio, cabeça 
da ulna, cabeça do osso metacarpal.
Membro inferior: cabeça de fêmur, cabeça da fíbula, cabeça 
do osso metatarsal.
Côndilo
Saliência óssea grande e 
arredondada que forma 
juntura.
Osso de crânio: côndilo occipital.
Membro superior: côndilo medial do fêmur, côndilo lateral do 
fêmur, côndilo medial da tíbia, côndilo lateral da tíbia.
Faceta
Superfície óssea achatada e lisa 
que forma juntura.
Vértebras: faceta articular superior, faceta articular inferior.
Fóvea
Uma superfície articular plana 
e rasa.
Vértebras: fóvea costal de uma vértebra torácica.
Fonte: MARIEB, 2014, pg. 138. (Adaptado).
proeminente e arredondada 
Cabeça
Extremidade óssea 
proeminente e arredondada 
Cabeça
Extremidade óssea 
proeminente e arredondada 
que forma juntura.
Extremidade óssea 
proeminente e arredondada 
que forma juntura.
Saliência óssea grande e 
Extremidade óssea 
proeminente e arredondada 
que forma juntura.
Côndilo
Saliência óssea grande e 
arredondada que forma 
proeminente e arredondada 
que forma juntura.
Côndilo
Saliência óssea grande e 
arredondada que forma 
Superfície óssea achatada e lisa 
Membro superior: cabeça do úmero, cabeça do rádio, cabeça 
Saliência óssea grande e 
arredondada que forma 
juntura.
Superfície óssea achatada e lisa 
que forma juntura.
Membro superior: cabeça do úmero, cabeça do rádio, cabeça 
Membro inferior: cabeça de fêmur, cabeça da fíbula, cabeça 
Saliência óssea grande e 
arredondada que forma 
juntura.
Faceta
Superfície óssea achatada e lisa 
que forma juntura.
Uma superfície articular plana 
Caixa torácica: cabeça da costela.
Membro superior: cabeça do úmero, cabeça do rádio, cabeça 
Membro inferior: cabeça de fêmur, cabeça da fíbula, cabeça 
arredondada que forma 
Superfície óssea achatada e lisa 
que forma juntura.
Fóvea
Uma superfície articular plana 
Caixa torácica: cabeça da costela.
Membro superior: cabeça do úmero, cabeça do rádio, cabeça 
da ulna, cabeça do osso metacarpal.
Membro inferior: cabeça de fêmur, cabeça da fíbula, cabeça 
Membro superior: côndilo medial do fêmur, côndilo lateral do 
Superfície óssea achatada e lisa 
que forma juntura.
Fóvea
Uma superfície articular plana 
e rasa.
Caixa torácica: cabeça da costela.
Membro superior: cabeça do úmero, cabeça do rádio, cabeça 
da ulna, cabeça do osso metacarpal.
Membro inferior: cabeça de fêmur, cabeça da fíbula, cabeça 
Membro superior: côndilo medial do fêmur, côndilo lateral do 
Superfície óssea achatada e lisa 
Uma superfície articular plana 
e rasa.
Caixa torácica: cabeça da costela.
Membro superior: cabeça do úmero, cabeça do rádio, cabeça 
da ulna, cabeça do osso metacarpal.
Membro inferior: cabeça de fêmur, cabeça da fíbula, cabeça 
Osso de crânio: côndilo occipital.
Membro superior: côndilo medial do fêmur, côndilo lateral do 
fêmur, côndilo medial da tíbia, côndilo lateral da tíbia.
Vértebras: faceta articular superior, faceta articular inferior.
Uma superfície articular plana 
Caixa torácica: cabeça da costela.
Membro superior: cabeça do úmero, cabeça do rádio, cabeça 
da ulna, cabeça do osso metacarpal.
Membro inferior: cabeça de fêmur, cabeça da fíbula, cabeça 
do osso metatarsal.
Osso decrânio: côndilo occipital.
Membro superior: côndilo medial do fêmur, côndilo lateral do 
fêmur, côndilo medial da tíbia, côndilo lateral da tíbia.
Vértebras: faceta articular superior, faceta articular inferior.
Uma superfície articular plana 
Caixa torácica: cabeça da costela.
Membro superior: cabeça do úmero, cabeça do rádio, cabeça 
da ulna, cabeça do osso metacarpal.
Membro inferior: cabeça de fêmur, cabeça da fíbula, cabeça 
do osso metatarsal.
Osso de crânio: côndilo occipital.
Membro superior: côndilo medial do fêmur, côndilo lateral do 
fêmur, côndilo medial da tíbia, côndilo lateral da tíbia.
Vértebras: faceta articular superior, faceta articular inferior.
Caixa torácica: cabeça da costela.
Membro superior: cabeça do úmero, cabeça do rádio, cabeça 
da ulna, cabeça do osso metacarpal.
Membro inferior: cabeça de fêmur, cabeça da fíbula, cabeça 
do osso metatarsal.
Osso de crânio: côndilo occipital.
Membro superior: côndilo medial do fêmur, côndilo lateral do 
fêmur, côndilo medial da tíbia, côndilo lateral da tíbia.
Vértebras: faceta articular superior, faceta articular inferior.
Vértebras: fóvea costal de uma vértebra torácica.
Membro superior: cabeça do úmero, cabeça do rádio, cabeça 
da ulna, cabeça do osso metacarpal.
Membro inferior: cabeça de fêmur, cabeça da fíbula, cabeça 
do osso metatarsal.
Osso de crânio: côndilo occipital.
Membro superior: côndilo medial do fêmur, côndilo lateral do 
fêmur, côndilo medial da tíbia, côndilo lateral da tíbia.
Vértebras: faceta articular superior, faceta articular inferior.
Vértebras: fóvea costal de uma vértebra torácica.
Membro superior: cabeça do úmero, cabeça do rádio, cabeça 
Membro inferior: cabeça de fêmur, cabeça da fíbula, cabeça 
Osso de crânio: côndilo occipital.
Membro superior: côndilo medial do fêmur, côndilo lateral do 
fêmur, côndilo medial da tíbia, côndilo lateral da tíbia.
Vértebras: faceta articular superior, faceta articular inferior.
Vértebras: fóvea costal de uma vértebra torácica.
Membro superior: cabeça do úmero, cabeça do rádio, cabeça 
Membro inferior: cabeça de fêmur, cabeça da fíbula, cabeça 
Osso de crânio: côndilo occipital.
Membro superior: côndilo medial do fêmur, côndilo lateral do 
fêmur, côndilo medial da tíbia, côndilo lateral da tíbia.
Vértebras: faceta articular superior, faceta articular inferior.
Vértebras: fóvea costal de uma vértebra torácica.
Membro inferior: cabeça de fêmur, cabeça da fíbula, cabeça 
Membro superior: côndilo medial do fêmur, côndilo lateral do 
fêmur, côndilo medial da tíbia, côndilo lateral da tíbia.
Vértebras: faceta articular superior, faceta articular inferior.
Vértebras: fóvea costal de uma vértebra torácica.
Membro superior: côndilo medial do fêmur, côndilo lateral do 
fêmur, côndilo medial da tíbia, côndilo lateral da tíbia.
Vértebras: faceta articular superior, faceta articular inferior.
Vértebras: fóvea costal de uma vértebra torácica.
Membro superior: côndilo medial do fêmur, côndilo lateral do 
fêmur, côndilo medial da tíbia, côndilo lateral da tíbia.
Vértebras: faceta articular superior, faceta articular inferior.
Vértebras: fóvea costal de uma vértebra torácica.
Membro superior: côndilo medial do fêmur, côndilo lateral do 
Vértebras: faceta articular superior, faceta articular inferior.
Vértebras: fóvea costal de uma vértebra torácica.
Vértebras: faceta articular superior, faceta articular inferior.
Vértebras: fóvea costal de uma vértebra torácica.Vértebras: fóvea costal de uma vértebra torácica.
Estrutura e descrição Principais representantes
Alvéolo 
Uma escavação profunda ou 
encaixe.
Ossos da face: alvéolos dentais da maxila e da mandíbula.
Forame
Abertura arredonda no osso 
por onde passam vasos 
sanguíneos.
Ossos do crânio: forame estilomastoideo, forame jugular, 
forame supraorbital, forame oval, forame redondo, forame 
espinhoso, forame magno, forame infraorbital, forame 
mental, forame mandibular. 
Vértebras: forame vertebral, forame transverso, forame 
sacral.
Pelve: forame obturador.
Fossa
Depressão óssea onde, 
geralmente, será abrigado 
algum processo ósseo.
Osso do crânio: fossa mandibular do osso temporal, fossa 
jugular do osso temporal.
Cíngulo do membro superior: fossa escapular.
Úmero: fossa radial, fossa coronoide, fossa olécrana.
Fêmur: fossa intercondilar.
Meato
Passagem em forma de 
tubo correndo para dentro 
de um osso.
Osso temporal: meato acústico externo, meato acústico 
interno.
Uma escavação profunda ou 
Alvéolo 
Uma escavação profunda ou 
Alvéolo 
Uma escavação profunda ou 
encaixe.
Abertura arredonda no osso 
Uma escavação profunda ou 
encaixe.
Abertura arredonda no osso 
por onde passam vasos 
Uma escavação profunda ou 
Forame
Abertura arredonda no osso 
por onde passam vasos 
Uma escavação profunda ou 
Forame
Abertura arredonda no osso 
por onde passam vasos 
sanguíneos.
Ossos da face: alvéolos dentais da maxila e da mandíbula.
Abertura arredonda no osso 
por onde passam vasos 
sanguíneos.
Ossos da face: alvéolos dentais da maxila e da mandíbula.
Abertura arredonda no osso 
por onde passam vasos 
sanguíneos.
Depressão óssea onde, 
Ossos da face: alvéolos dentais da maxila e da mandíbula.
Ossos do crânio: forame estilomastoideo, forame jugular, 
forame supraorbital, forame oval, forame redondo, forame 
Depressão óssea onde, 
geralmente, será abrigado 
algum processo ósseo.
Ossos da face: alvéolos dentais da maxila e da mandíbula.
Ossos do crânio: forame estilomastoideo, forame jugular, 
forame supraorbital, forame oval, forame redondo, forame 
espinhoso, forame magno, forame infraorbital, forame 
Fossa
Depressão óssea onde, 
geralmente, será abrigado 
algum processo ósseo.
Ossos da face: alvéolos dentais da maxila e da mandíbula.
Ossos do crânio: forame estilomastoideo, forame jugular, 
forame supraorbital, forame oval, forame redondo, forame 
espinhoso, forame magno, forame infraorbital, forame 
Vértebras: forame vertebral, forame transverso, forame 
Depressão óssea onde, 
geralmente, será abrigado 
algum processo ósseo.
Ossos da face: alvéolos dentais da maxila e da mandíbula.
Ossos do crânio: forame estilomastoideo, forame jugular, 
forame supraorbital, forame oval, forame redondo, forame 
espinhoso, forame magno, forame infraorbital, forame 
Vértebras: forame vertebral, forame transverso, forame 
Depressão óssea onde, 
geralmente, será abrigado 
algum processo ósseo.
Passagem em forma de 
tubo correndo para dentro 
Ossos da face: alvéolos dentais da maxila e da mandíbula.
Ossos do crânio: forame estilomastoideo, forame jugular, 
forame supraorbital, forame oval, forame redondo, forame 
espinhoso, forame magno, forame infraorbital, forame 
mental, forame mandibular. 
Vértebras: forame vertebral, forame transverso, forame 
geralmente, será abrigado 
algum processo ósseo.
Osso do crânio: fossa mandibular do osso temporal, fossa 
Meato
Passagem em forma de 
tubo correndo para dentro 
Ossos da face: alvéolos dentais da maxila e da mandíbula.
Ossos do crânio: forame estilomastoideo, forame jugular, 
forame supraorbital, forame oval, forame redondo, forame 
espinhoso, forame magno, forame infraorbital, forame 
mental, forame mandibular. 
Vértebras: forame vertebral, forame transverso, forame 
Osso do crânio: fossa mandibular do osso temporal, fossa 
Meato
Passagem em forma de 
tubo correndo para dentro 
de um osso.
Ossos da face: alvéolos dentais da maxila e da mandíbula.
Ossos do crânio: forame estilomastoideo, forame jugular, 
forame supraorbital, forame oval, forame redondo, forame 
espinhoso, forame magno, forame infraorbital, forame 
mental, forame mandibular. 
Vértebras: forame vertebral, forame transverso, forame 
Pelve: forame obturador.
Osso do crânio: fossa mandibular do osso temporal, fossa 
Passagem em forma de 
tubo correndo para dentro 
de um osso.
Ossos da face: alvéolos dentais da maxila e da mandíbula.
Ossos do crânio: forame estilomastoideo, forame jugular, 
forame supraorbital, forame oval, forameredondo, forame 
espinhoso, forame magno, forame infraorbital, forame 
mental, forame mandibular. 
Vértebras: forame vertebral, forame transverso, forame 
sacral.
Pelve: forame obturador.
Osso do crânio: fossa mandibular do osso temporal, fossa 
Cíngulo do membro superior: fossa escapular.
Úmero: fossa radial, fossa coronoide, fossa olécrana.
Passagem em forma de 
tubo correndo para dentro 
de um osso.
Ossos da face: alvéolos dentais da maxila e da mandíbula.
Ossos do crânio: forame estilomastoideo, forame jugular, 
forame supraorbital, forame oval, forame redondo, forame 
espinhoso, forame magno, forame infraorbital, forame 
mental, forame mandibular. 
Vértebras: forame vertebral, forame transverso, forame 
sacral.
Pelve: forame obturador.
Osso do crânio: fossa mandibular do osso temporal, fossa 
jugular do osso temporal.
Cíngulo do membro superior: fossa escapular.
Úmero: fossa radial, fossa coronoide, fossa olécrana.
tubo correndo para dentro 
Ossos da face: alvéolos dentais da maxila e da mandíbula.
Ossos do crânio: forame estilomastoideo, forame jugular, 
forame supraorbital, forame oval, forame redondo, forame 
espinhoso, forame magno, forame infraorbital, forame 
mental, forame mandibular. 
Vértebras: forame vertebral, forame transverso, forame 
Pelve: forame obturador.
Osso do crânio: fossa mandibular do osso temporal, fossa 
jugular do osso temporal.
Cíngulo do membro superior: fossa escapular.
Úmero: fossa radial, fossa coronoide, fossa olécrana.
Osso temporal: meato acústico externo, meato acústico 
Ossos do crânio: forame estilomastoideo, forame jugular, 
forame supraorbital, forame oval, forame redondo, forame 
espinhoso, forame magno, forame infraorbital, forame 
Vértebras: forame vertebral, forame transverso, forame 
Pelve: forame obturador.
Osso do crânio: fossa mandibular do osso temporal, fossa 
jugular do osso temporal.
Cíngulo do membro superior: fossa escapular.
Úmero: fossa radial, fossa coronoide, fossa olécrana.
Osso temporal: meato acústico externo, meato acústico 
forame supraorbital, forame oval, forame redondo, forame 
espinhoso, forame magno, forame infraorbital, forame 
Vértebras: forame vertebral, forame transverso, forame 
Osso do crânio: fossa mandibular do osso temporal, fossa 
jugular do osso temporal.
Cíngulo do membro superior: fossa escapular.
Úmero: fossa radial, fossa coronoide, fossa olécrana.
Fêmur: fossa intercondilar.
Osso temporal: meato acústico externo, meato acústico 
Vértebras: forame vertebral, forame transverso, forame 
Osso do crânio: fossa mandibular do osso temporal, fossa 
jugular do osso temporal.
Cíngulo do membro superior: fossa escapular.
Úmero: fossa radial, fossa coronoide, fossa olécrana.
Fêmur: fossa intercondilar.
Osso temporal: meato acústico externo, meato acústico 
Osso do crânio: fossa mandibular do osso temporal, fossa 
Cíngulo do membro superior: fossa escapular.
Úmero: fossa radial, fossa coronoide, fossa olécrana.
Fêmur: fossa intercondilar.
Osso temporal: meato acústico externo, meato acústico 
Osso do crânio: fossa mandibular do osso temporal, fossa 
Cíngulo do membro superior: fossa escapular.
Úmero: fossa radial, fossa coronoide, fossa olécrana.
Fêmur: fossa intercondilar.
Osso temporal: meato acústico externo, meato acústico 
interno.
Osso do crânio: fossa mandibular do osso temporal, fossa 
Cíngulo do membro superior: fossa escapular.
Úmero: fossa radial, fossa coronoide, fossa olécrana.
Fêmur: fossa intercondilar.
Osso temporal: meato acústico externo, meato acústico 
interno.
Úmero: fossa radial, fossa coronoide, fossa olécrana.
Osso temporal: meato acústico externo, meato acústico 
Úmero: fossa radial, fossa coronoide, fossa olécrana.
Osso temporal: meato acústico externo, meato acústico Osso temporal: meato acústico externo, meato acústico Osso temporal: meato acústico externo, meato acústico 
 ANATOMIA HUMANA 35
SER_NUTRI_ANAHU_UNID1.indd 35 22/10/20 16:11
Seios
Cavidade óssea cheia de ar que 
se conecta à cavidade nasal.
Osso do crânio e da face: seio frontal, seio etmoidal, seio 
esfenoidal, seio maxilar.
Sulco 
Uma canaleta que acomoda um 
vaso, um verbo ou um tendão.
Membro superior: sulco radial, sulco intertubercular.
Fonte: MARIEB, 2014, pg. 138. (Adaptado).
Cavidade óssea cheia de ar que 
se conecta à cavidade nasal.
Cavidade óssea cheia de ar que 
se conecta à cavidade nasal.
Uma canaleta que acomoda um 
Seios
Cavidade óssea cheia de ar que 
se conecta à cavidade nasal.
Uma canaleta que acomoda um 
vaso, um verbo ou um tendão.
Cavidade óssea cheia de ar que 
se conecta à cavidade nasal.
Sulco 
Uma canaleta que acomoda um 
vaso, um verbo ou um tendão.
Cavidade óssea cheia de ar que 
se conecta à cavidade nasal.
Sulco 
Uma canaleta que acomoda um 
vaso, um verbo ou um tendão.
Cavidade óssea cheia de ar que 
se conecta à cavidade nasal.
Uma canaleta que acomoda um 
vaso, um verbo ou um tendão.
Uma canaleta que acomoda um 
vaso, um verbo ou um tendão.
Osso do crânio e da face: seio frontal, seio etmoidal, seio 
Uma canaleta que acomoda um 
vaso, um verbo ou um tendão.
Osso do crânio e da face: seio frontal, seio etmoidal, seio Osso do crânio e da face: seio frontal, seio etmoidal, seio 
Membro superior: sulco radial, sulco intertubercular.
Osso do crânio e da face: seio frontal, seio etmoidal, seio 
esfenoidal, seio maxilar.
Membro superior: sulco radial, sulco intertubercular.
Osso do crânio e da face: seio frontal, seio etmoidal, seio 
esfenoidal, seio maxilar.
Membro superior: sulco radial, sulco intertubercular.
Osso do crânio e da face: seio frontal, seio etmoidal, seio 
esfenoidal, seio maxilar.
Membro superior: sulco radial, sulco intertubercular.
Osso do crânio e da face: seio frontal, seio etmoidal, seio 
esfenoidal, seio maxilar.
Membro superior: sulco radial, sulco intertubercular.
Osso do crânio e da face: seio frontal, seio etmoidal, seio 
esfenoidal, seio maxilar.
Membro superior: sulco radial, sulco intertubercular.
Osso do crânio e da face: seio frontal, seio etmoidal, seio 
Membro superior: sulco radial, sulco intertubercular.
Osso do crânio e da face: seio frontal, seio etmoidal, seio 
Membro superior: sulco radial, sulco intertubercular.
Osso do crânio e da face: seio frontal, seio etmoidal, seio 
Membro superior: sulco radial, sulco intertubercular.Membro superior: sulco radial, sulco intertubercular.
Sistema articular: conceito e classificação das 
articulações
As junturas ou articulações (arthro: “juntas”) podem ser defi nidas pela 
comunicação entre duas ou mais estruturas rígidas, como ossos, cartilagens 
ou dentes. Essas estruturas são fortemente relacionadas à movimentação, 
uma vez que o movimento só é possível pela articulação dos ossos nas juntu-
ras e pela contração dos músculos inseridos nos ossos. 
Assim, para movimentar uma parte do corpo, algumas articulações pre-
cisam permanecer rígidas, dando estabilidade e mantendo o equilíbrio. Sua 
estrutura permite resistir a esmagamentos, dilacerações e a várias forças que 
as impulsionariam para fora do alinhamento. Dessa forma, passamos a co-
nhecer o estudo das articulações, denominado artrologia.
Como visto em apresentações de balé e de ginástica olímpica, as articula-
ções permitem uma ampla diversidade de movimentos. Desta maneira, pode-
mos classifi ca-las com base em sua função ou estrutura. 
A classifi cação estrutural é baseada no tecido que interliga os ossos, 
identifi cando-se como fi brosas, cartilagíneas e sinoviais. Por outro lado, a 
classifi cação funcional se concentra na quantidade de movimento permitido. 
Assim, sinartroses são articulações imóveis, anfi artroses são articulações li-
geiramente moveis e diartroses são articulações livremente moveis. As diar-
troses predominam nos membros, ao passo que as sinartroses e anfi artroses 
são mais restritas ao esqueleto axial.
Articulação fibrosa
Nas articulações fi brosas, os ossos são conectados através do tecido con-
juntivo fi broso e nãohá qualquer cavidade articular presente. Essas articula-
 ANATOMIA HUMANA 36
SER_NUTRI_ANAHU_UNID1.indd 36 22/10/20 16:11
ções fi brosas são comumente imóveis ou com mobilidade limitada e seus tipos 
são denominados suturas, sindesmoses e gonfoses.
Nas suturas, os ossos estão fi rmemente ligados por uma quantidade mí-
nima de tecido fi broso. Elas somente ocorrem entre os ossos do crânio, tendo 
seu tecido fi broso contínuo com o periósteo em torno desses ossos planos. 
Dessa forma, além de unir os ossos, as suturas permitem seu crescimento, de 
forma que o crânio possa expandir-se com o encéfalo durante a infância.
Nas sindesmoses, os ossos são unidos por ligamentos, formados por cor-
dões de tecido fi broso mais extensos do que aqueles que ocorrem nas suturas. 
Assim, a mobilidade permitida é relacionada ao comprimento das fi bras que 
a compõem. Portanto, se as fi bras são curtas, como na articulação tibiofi bu-
lar distal, pouco ou nenhum movimento é permitido. Mas, se elas são longas, 
como na membrana interóssea entre os ossos do antebraço, é possível realizar 
uma maior quantidade de movimento.
Por fi m, gonfoses são articulações fi brosas entre os dentes e os ossos onde 
se inserem as maxilas e a mandíbula. Também chamada de articulação den-
toalveolar, uma gonfose é o local que fi xa a raiz do dente ao ligamento perio-
dontal do alvéolo dental.
Articulação cartilaginosa
Nas articulações cartilaginosas 
ou cartilagíneas, os ossos são conec-
tados por cartilagem. Elas possuem 
pouca mobilidade, geralmente em 
resposta a torções ou compressões. 
Vale destacar que, assim como as arti-
culações fi brosas, estas não possuem 
uma cavidade articular e podem ser 
divididas em duas classes: sincon-
droses e sínfi ses.
Na sincondrose, os ossos são uni-
dos por uma cartilagem hialina, a 
qual também pode estar presente na 
 ANATOMIA HUMANA 37
SER_NUTRI_ANAHU_UNID1.indd 37 22/10/20 16:13
superfície óssea como cartilagens articulares, atuando na redução da fricção 
entre os ossos durante a realização dos movimentos. Ainda considerando as 
sincondroses, podemos citar as cartilagens dentoalveolar e as articulações 
costocondrais como exemplos.
Na sínfi se, os ossos são conectados por uma cartilagem fi brosa e, como 
exemplos, podemos incluir os discos intervertebrais e a sínfi se púbica na pelve. 
Vale ressaltar que a fi brocartilagem resiste tanto à tensão quan-
to à compressão, atuando como um amortecedor resistente. 
Com isso, as sínfi ses são articulações ligeiramente moveis (an-
fi artroses) que fornecem resistência com fl exibilidade.
Articulações sinoviais, planos e eixos de movi-
mentos, principais ligamentos
Articulações sinoviais
A classe mais evidente de articulação no corpo são as articulações sino-
viais. Capazes de se moverem livremente (diartroses), essas articulações pro-
porcionam uma larga amplitude de movimentos precisos, uniformes e, ao 
mesmo tempo, são capazes de manter a estabilidade, a potência e, em certos 
aspectos, a fi rmeza do corpo. Assim, as partes dos ossos que se articulam 
estão cobertas com cartilagem e geralmente são auxiliadas por ligamentos 
que lhes dão suporte.
Como características de articulação sinovial, temos a cápsula articular, a ca-
vidade articular e a sinóvia. Sendo assim, a cápsula articular é uma membrana 
de tecido conjuntivo denso que envolve a articulação sinovial. Cada cápsula ar-
ticular contém uma sinóvia ou líquido sinovial, que se trata de um líquido lu-
brifi cante presente no interior da cavidade articular, produzido por uma mem-
brana sinovial que reveste internamente a cápsula articular. Dessa maneira, os 
ossos presentes em uma articulação sinovial são envolvidos por uma camada de 
cartilagem hialina chamada cartilagem articular, a qual não possui vasos san-
guíneos, obtendo sua nutrição através do movimento do líquido sinovial.
Movimentos realizados nas articulações sinoviais
À medida em que os músculos se contraem, eles fazem com que os ossos 
se movam nas articulações sinoviais. Os movimentos resultantes são de três 
 ANATOMIA HUMANA 38
SER_NUTRI_ANAHU_UNID1.indd 38 22/10/20 16:13
tipos básicos: deslizamento de uma superfície óssea em outra; movimentos 
angulares, que alteram o ângulo entre os dois ossos; e rotação em torno do 
eixo longo de um osso. Além desses, temos movimentos especiais, que ocor-
rem em certas articulações (Quadro 7).
Movimento Descrição Movimento Descrição
Deslizamento
Movimento das faces ósseas relativamente planas para a frente e para trás, de 
um lado para o outro, umas sobre as outras; pouca alteração no ângulo entre 
os ossos.
Angular
Flexão
Diminuição no 
ângulo entre os 
ossos da articulação, 
normalmente no plano 
sagital.
Extensão
Aumento no ângulo entre os ossos da 
articulação, normalmente no plano 
sagital.
Flexão lateral Movimento do tronco no plano frontal. Hiperextensão
Extensão além da posição 
anatômica.
Abdução
Movimento de um 
osso para longe 
da linha mediana, 
normalmente no 
plano frontal.
Adução
Movimento de um osso em direção 
à linha mediana, normalmente no 
plano frontal.
Circundução
Flexão, abdução, extensão, adução e rotação em sequência (ou na ordem 
oposta) em que a extremidade distal de uma parte do corpo se move em um 
círculo.
Rotação
Movimento de um osso em torno de seu eixo longitudinal; nos membros, 
pode ser medial (em direção à linha mediana) ou lateral (para longe da linha 
mediana).
Especial
Elevação
Movimento para 
cima de uma parte do 
corpo.
Abaixamento Movimento para baixo de uma parte do corpo.
Protração
Movimento anterior 
de uma parte do 
corpo no plano 
transverso.
Retração Movimento para trás de uma parte do corpo no plano transverso.
Inversão Movimento medial da planta. Eversão Movimento lateral da planta.
QUADRO 7. MOVIMENTOS REALIZADOS PELAS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS
DeslizamentoDeslizamentoDeslizamento
Movimento das faces ósseas relativamente planas para a frente e para trás, de 
um lado para o outro, umas sobre as outras; pouca alteração no ângulo entre 
Movimento das faces ósseas relativamente planas para a frente e para trás, de 
um lado para o outro, umas sobre as outras; pouca alteração no ângulo entre 
Movimento das faces ósseas relativamente planas para a frente e para trás, de 
um lado para o outro, umas sobre as outras; pouca alteração no ângulo entre 
Movimento das faces ósseas relativamente planas para a frente e para trás, de 
um lado para o outro, umas sobre as outras; pouca alteração no ângulo entre 
Movimento das faces ósseas relativamente planas para a frente e para trás, de 
um lado para o outro, umas sobre as outras; pouca alteração no ângulo entre 
Movimento das faces ósseas relativamente planas para a frente e para trás, de 
um lado para o outro, umas sobre as outras; pouca alteração no ângulo entre 
Movimento das faces ósseas relativamente planas para a frente e para trás, de 
um lado para o outro, umas sobre as outras; pouca alteração no ângulo entre 
Movimento das faces ósseas relativamente planas para a frente e para trás, de 
um lado para o outro, umas sobre as outras; pouca alteração no ângulo entre 
os ossos.
Movimento das faces ósseas relativamente planas para a frente e para trás, de 
um lado para o outro, umas sobre as outras; pouca alteração no ângulo entre 
os ossos.
Movimento das faces ósseas relativamente planas para a frente e para trás, de 
um lado para o outro, umas sobre as outras; pouca alteração no ângulo entre 
Movimento das faces ósseas relativamente planas para a frente e para trás, de 
um lado para o outro, umas sobre as outras; pouca alteração no ângulo entre 
Movimento das faces ósseas relativamente planas para a frente e para trás, de 
um lado para o outro, umas sobre as outras; pouca alteração no ângulo entre 
Movimento das faces ósseas relativamente planas para a frente e para trás, de 
um lado para o outro, umas sobre as outras; pouca alteração no ângulo entre 
Movimento das faces ósseas relativamenteplanas para a frente e para trás, de 
um lado para o outro, umas sobre as outras; pouca alteração no ângulo entre 
Movimento das faces ósseas relativamente planas para a frente e para trás, de 
um lado para o outro, umas sobre as outras; pouca alteração no ângulo entre um lado para o outro, umas sobre as outras; pouca alteração no ângulo entre 
Flexão
Flexão lateral
Diminuição no 
ângulo entre os 
ossos da articulação, 
Flexão lateral
Diminuição no 
ângulo entre os 
ossos da articulação, 
normalmente no plano 
Flexão lateral
Diminuição no 
ângulo entre os 
ossos da articulação, 
normalmente no plano 
sagital.
Movimento do tronco 
Abdução
ângulo entre os 
ossos da articulação, 
normalmente no plano 
sagital.
Movimento do tronco 
no plano frontal.
Abdução
ossos da articulação, 
normalmente no plano 
Movimento do tronco 
no plano frontal.
Movimento de um 
Circundução
Movimento do tronco 
no plano frontal.
Movimento de um 
osso para longe 
da linha mediana, 
Circundução
Extensão
Movimento do tronco 
no plano frontal.
Movimento de um 
osso para longe 
da linha mediana, 
normalmente no 
plano frontal.
Rotação
Extensão
Hiperextensão
Movimento de um 
osso para longe 
da linha mediana, 
normalmente no 
plano frontal.
Flexão, abdução, extensão, adução e rotação em sequência (ou na ordem 
oposta) em que a extremidade distal de uma parte do corpo se move em um 
Rotação
Aumento no ângulo entre os ossos da 
Hiperextensão
da linha mediana, 
normalmente no 
plano frontal.
Flexão, abdução, extensão, adução e rotação em sequência (ou na ordem 
oposta) em que a extremidade distal de uma parte do corpo se move em um 
Aumento no ângulo entre os ossos da 
articulação, normalmente no plano 
Hiperextensão
Flexão, abdução, extensão, adução e rotação em sequência (ou na ordem 
oposta) em que a extremidade distal de uma parte do corpo se move em um 
Movimento de um osso em torno de seu eixo longitudinal; nos membros, 
pode ser medial (em direção à linha mediana) ou lateral (para longe da linha 
Aumento no ângulo entre os ossos da 
articulação, normalmente no plano 
Adução
Flexão, abdução, extensão, adução e rotação em sequência (ou na ordem 
oposta) em que a extremidade distal de uma parte do corpo se move em um 
Movimento de um osso em torno de seu eixo longitudinal; nos membros, 
pode ser medial (em direção à linha mediana) ou lateral (para longe da linha 
Aumento no ângulo entre os ossos da 
articulação, normalmente no plano 
Extensão além da posição 
Adução
Flexão, abdução, extensão, adução e rotação em sequência (ou na ordem 
oposta) em que a extremidade distal de uma parte do corpo se move em um 
Movimento de um osso em torno de seu eixo longitudinal; nos membros, 
pode ser medial (em direção à linha mediana) ou lateral (para longe da linha 
Aumento no ângulo entre os ossos da 
articulação, normalmente no plano 
sagital.
Extensão além da posição 
Movimento de um osso em direção 
Flexão, abdução, extensão, adução e rotação em sequência (ou na ordem 
oposta) em que a extremidade distal de uma parte do corpo se move em um 
Movimento de um osso em torno de seu eixo longitudinal; nos membros, 
pode ser medial (em direção à linha mediana) ou lateral (para longe da linha 
Aumento no ângulo entre os ossos da 
articulação, normalmente no plano 
Extensão além da posição 
anatômica.
Movimento de um osso em direção 
à linha mediana, normalmente no 
Flexão, abdução, extensão, adução e rotação em sequência (ou na ordem 
oposta) em que a extremidade distal de uma parte do corpo se move em um 
Movimento de um osso em torno de seu eixo longitudinal; nos membros, 
pode ser medial (em direção à linha mediana) ou lateral (para longe da linha 
Aumento no ângulo entre os ossos da 
articulação, normalmente no plano 
Extensão além da posição 
anatômica.
Movimento de um osso em direção 
à linha mediana, normalmente no 
Flexão, abdução, extensão, adução e rotação em sequência (ou na ordem 
oposta) em que a extremidade distal de uma parte do corpo se move em um 
círculo.
Movimento de um osso em torno de seu eixo longitudinal; nos membros, 
pode ser medial (em direção à linha mediana) ou lateral (para longe da linha 
articulação, normalmente no plano 
Extensão além da posição 
anatômica.
Movimento de um osso em direção 
à linha mediana, normalmente no 
Flexão, abdução, extensão, adução e rotação em sequência (ou na ordem 
oposta) em que a extremidade distal de uma parte do corpo se move em um 
círculo.
Movimento de um osso em torno de seu eixo longitudinal; nos membros, 
pode ser medial (em direção à linha mediana) ou lateral (para longe da linha 
Extensão além da posição 
Movimento de um osso em direção 
à linha mediana, normalmente no 
plano frontal.
Flexão, abdução, extensão, adução e rotação em sequência (ou na ordem 
oposta) em que a extremidade distal de uma parte do corpo se move em um 
Movimento de um osso em torno de seu eixo longitudinal; nos membros, 
pode ser medial (em direção à linha mediana) ou lateral (para longe da linha 
mediana).
Movimento de um osso em direção 
à linha mediana, normalmente no 
plano frontal.
Flexão, abdução, extensão, adução e rotação em sequência (ou na ordem 
oposta) em que a extremidade distal de uma parte do corpo se move em um 
Movimento de um osso em torno de seu eixo longitudinal; nos membros, 
pode ser medial (em direção à linha mediana) ou lateral (para longe da linha 
mediana).
Movimento de um osso em direção 
à linha mediana, normalmente no 
plano frontal.
Flexão, abdução, extensão, adução e rotação em sequência (ou na ordem 
oposta) em que a extremidade distal de uma parte do corpo se move em um 
Movimento de um osso em torno de seu eixo longitudinal; nos membros, 
pode ser medial (em direção à linha mediana) ou lateral (para longe da linha 
Movimento de um osso em direção 
à linha mediana, normalmente no 
Flexão, abdução, extensão, adução e rotação em sequência (ou na ordem 
oposta) em que a extremidade distal de uma parte do corpo se move em um 
Movimento de um osso em torno de seu eixo longitudinal; nos membros, 
pode ser medial (em direção à linha mediana) ou lateral (para longe da linha 
Flexão, abdução, extensão, adução e rotação em sequência (ou na ordem 
oposta) em que a extremidade distal de uma parte do corpo se move em um 
Movimento de um osso em torno de seu eixo longitudinal; nos membros, 
pode ser medial (em direção à linha mediana) ou lateral (para longe da linha 
oposta) em que a extremidade distal de uma parte do corpo se move em um 
Movimento de um osso em torno de seu eixo longitudinal; nos membros, 
pode ser medial (em direção à linha mediana) ou lateral (para longe da linha 
Movimento de um osso em torno de seu eixo longitudinal; nos membros, 
pode ser medial (em direção à linha mediana) ou lateral (para longe da linha pode ser medial (em direção à linha mediana) ou lateral (para longe da linha 
ElevaçãoElevação
Protração
Movimento para 
cima de uma parte do 
Protração
Movimento para 
cima de uma parte do 
Movimento para 
cima de uma parte do 
corpo.
Movimento anterior 
de uma parte do 
Inversão
cima de uma parte do 
Movimento anterior 
de uma parte do 
corpo no plano 
Movimento anterior 
de uma parte do 
corpo no plano 
transverso.
Movimento medial da 
Abaixamento
Movimento anterior 
de uma parte do 
corpo no plano 
transverso.
Movimento medial da 
Abaixamento
Movimento medial da 
planta.
Abaixamento
Movimento medial da 
planta.
Movimento para baixo de uma 
Retração
Movimento medial da 
Movimento para baixo de uma 
Retração
Movimento para baixo de uma 
parte do corpo.
Movimento para trás de uma parte 
Eversão
Movimento para baixo de uma 
parte do corpo.
Movimento para trás de uma parte 
do corpo no plano transverso.
Eversão
Movimento para baixo de uma 
parte do corpo.
Movimento para trás de uma parte 
do corpo no plano transverso.
Movimento para baixo de uma 
parte do corpo.
Movimento para trás de uma parte 
do corpo no plano transverso.Movimento lateral da planta.
Movimento para baixo de uma 
Movimento para trás de uma parte 
do corpo no plano transverso.
Movimento lateral da planta.
Movimento para trás de uma parte 
do corpo no plano transverso.
Movimento lateral da planta.
Movimento para trás de uma parte 
do corpo no plano transverso.
Movimento lateral da planta.Movimento lateral da planta.Movimento lateral da planta.
 ANATOMIA HUMANA 39
SER_NUTRI_ANAHU_UNID1.indd 39 22/10/20 16:13
Classifi cação Descrição Movimentos Exemplo
Plana
As faces articuladas são 
planas ou ligeiramente 
encurvadas.
Muitas biaxiais: realiza 
movimentos para a 
frente e para trás e de 
um lado para outro; 
Algumas triaxiais: 
realiza movimento para 
a frente e para trás, de 
um lado para o outro e 
rotação.
Articulações 
intercarpais, 
intertarsais, 
esternocostais (entre o 
esterno e o segundo ao 
sétimo par de costelas), 
costovertebrais
Gínglimo A face convexa se encaixa em uma face côncava. 
Uniaxial: realiza fl exão-
extensão.
Articulações do joelho, 
cotovelo, talocrural e 
interfalângicas
Dorsifl exão
Flexão do pé na 
direção do dorso (face 
superior).
Flexão plantar Flexão do pé na direção da face plantar (sola).
Supinação
Movimento do 
antebraço que vira a 
palma para frente.
Pronação Movimento do antebraço que vira a palma para trás.
Oposição Movimento do polegar, de um lado a outro da palma, para tocar as pontas dos outros dedos na mesma mão.
Dorsifl exãoDorsifl exãoDorsifl exão
Supinação
direção do dorso (face 
Supinação
Flexão do pé na 
direção do dorso (face 
Supinação
Oposição
Flexão do pé na 
direção do dorso (face 
superior).
antebraço que vira a 
Oposição
Flexão do pé na 
direção do dorso (face 
superior).
Movimento do 
antebraço que vira a 
palma para frente.
direção do dorso (face 
Movimento do 
antebraço que vira a 
palma para frente.
Movimento do polegar, de um lado a outro da palma, para tocar as pontas dos 
Flexão plantar
Movimento do 
antebraço que vira a 
palma para frente.
Movimento do polegar, de um lado a outro da palma, para tocar as pontas dos 
Flexão plantar
antebraço que vira a 
palma para frente.
Movimento do polegar, de um lado a outro da palma, para tocar as pontas dos 
Flexão plantar
Movimento do polegar, de um lado a outro da palma, para tocar as pontas dos 
Flexão plantar
Pronação
Movimento do polegar, de um lado a outro da palma, para tocar as pontas dos 
Flexão do pé na direção da face 
Pronação
Movimento do polegar, de um lado a outro da palma, para tocar as pontas dos 
outros dedos na mesma mão.
Flexão do pé na direção da face 
Movimento do antebraço que vira a 
Movimento do polegar, de um lado a outro da palma, para tocar as pontas dos 
outros dedos na mesma mão.
Flexão do pé na direção da face 
plantar (sola).
Movimento do antebraço que vira a 
Movimento do polegar, de um lado a outro da palma, para tocar as pontas dos 
outros dedos na mesma mão.
Flexão do pé na direção da face 
plantar (sola).
Movimento do antebraço que vira a 
Movimento do polegar, de um lado a outro da palma, para tocar as pontas dos 
outros dedos na mesma mão.
Flexão do pé na direção da face 
plantar (sola).
Movimento do antebraço que vira a 
palma para trás.
Movimento do polegar, de um lado a outro da palma, para tocar as pontas dos 
outros dedos na mesma mão.
Flexão do pé na direção da face 
Movimento do antebraço que vira a 
palma para trás.
Movimento do polegar, de um lado a outro da palma, para tocar as pontas dos 
outros dedos na mesma mão.
Movimento do antebraço que vira a 
palma para trás.
Movimento do polegar, de um lado a outro da palma, para tocar as pontas dos 
Movimento do antebraço que vira a 
Movimento do polegar, de um lado a outro da palma, para tocar as pontas dos 
Movimento do antebraço que vira a 
Movimento do polegar, de um lado a outro da palma, para tocar as pontas dos Movimento do polegar, de um lado a outro da palma, para tocar as pontas dos 
Fonte: TORTORRA; NIELSEN, 2012, pg. 301. (Adaptado).
Tipos de articulações sinoviais
As articulações sinoviais podem ser classifi cadas com base no formato das 
superfícies articulares e nos movimentos permitidos por essa morfologia. As-
sim, as articulações sinoviais são classifi cadas funcionalmente nas seguintes 
categorias:
• Uniaxial: o movimento permitido pela articulação é realizado em torno 
de um único eixo;
• Biaxial: o movimento permitido pela articulação é realizado, podendo 
ocorrer em torno de dois eixos.
• Triaxial: o movimento permitido pela articulação é realizado, podendo 
ocorrer em torno de todos os três eixos.
Por outro lado, a classifi cação morfológica das junturas sinoviais ocorre 
nas seguintes categorias: plana, gínglimo, trocóidea, condilar (ou elipsóidea), 
selar e esferóidea (Quadro 8).
QUADRO 8. CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL E ESTRUTURAIS DAS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS
PlanaPlana
As faces articuladas são As faces articuladas são 
planas ou ligeiramente 
As faces articuladas são 
planas ou ligeiramente 
Gínglimo
As faces articuladas são 
planas ou ligeiramente 
encurvadas.
Gínglimo
As faces articuladas são 
planas ou ligeiramente 
encurvadas.
Muitas biaxiais: realiza 
A face convexa se encaixa 
planas ou ligeiramente 
Muitas biaxiais: realiza 
movimentos para a 
frente e para trás e de 
A face convexa se encaixa 
em uma face côncava. 
Muitas biaxiais: realiza 
movimentos para a 
frente e para trás e de 
um lado para outro; 
A face convexa se encaixa 
em uma face côncava. 
Muitas biaxiais: realiza 
movimentos para a 
frente e para trás e de 
um lado para outro; 
Algumas triaxiais: 
realiza movimento para 
a frente e para trás, de 
A face convexa se encaixa 
em uma face côncava. 
Muitas biaxiais: realiza 
movimentos para a 
frente e para trás e de 
um lado para outro; 
Algumas triaxiais: 
realiza movimento para 
a frente e para trás, de 
um lado para o outro e 
A face convexa se encaixa 
em uma face côncava. 
frente e para trás e de 
um lado para outro; 
Algumas triaxiais: 
realiza movimento para 
a frente e para trás, de 
um lado para o outro e 
A face convexa se encaixa 
em uma face côncava. 
Algumas triaxiais: 
realiza movimento para 
a frente e para trás, de 
um lado para o outro e 
rotação.
Uniaxial: realiza fl exão-
realiza movimento para 
a frente e para trás, de 
um lado para o outro e 
rotação.
Articulações 
Uniaxial: realiza fl exão-
um lado para o outro e 
Articulações 
intercarpais, 
intertarsais, 
esternocostais (entre o 
esterno e o segundo ao 
sétimo par de costelas), 
Uniaxial: realiza fl exão-
extensão.
Articulações 
intercarpais, 
intertarsais, 
esternocostais (entre o 
esterno e o segundo ao 
sétimo par de costelas), 
Uniaxial: realiza fl exão-
extensão.
intertarsais, 
esternocostais (entre o 
esterno e o segundo ao 
sétimo par de costelas), 
costovertebrais
Uniaxial: realiza fl exão-
esternocostais (entre o 
esterno e o segundo ao 
sétimo par de costelas), 
costovertebrais
Articulações do joelho, 
esterno e o segundo ao 
sétimo par de costelas), 
costovertebrais
Articulações do joelho, 
cotovelo, talocrural e 
Articulações do joelho, 
cotovelo, talocrural e 
interfalângicas
Articulações do joelho, 
cotovelo, talocrural e 
interfalângicas
Articulações do joelho, 
cotovelo, talocrural e 
interfalângicas
 ANATOMIA HUMANA 40
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Trocóidea
A face pontiaguda ou 
arredondada se encaixa 
em um anel formado 
parcialmente por osso 
e parcialmente por um 
ligamento.
Uniaxial: realiza rotação. Articulações atlantoaxial e radioulnares
Condilar
(elipsóidea)
A projeção oval se 
encaixa em uma 
depressão oval.
Biaxial: realiza fl exão-
extensão.
Articulações 
radiocarpais e 
metacarpofalângicas
Selar
A face articular de um 
osso é em forma de uma 
sela, e a face articular do 
outro se apoia na sela.
Biaxial: realiza fl exão-
extensão, abdução-
adução.
Articulação 
carpometacarpal entre o 
trapézio e o polegar
Esferóidea
A face esferóidease encaixa em uma 
depressão calciforme.
Triaxial: realiza fl exão-
extensão, abdução-
adução e rotação.
Articulações do ombro e 
do quadril
TrocóideaTrocóideaTrocóidea
A face pontiaguda ou A face pontiaguda ou 
arredondada se encaixa 
em um anel formado 
Condilar
(elipsóidea)
A face pontiaguda ou 
arredondada se encaixa 
em um anel formado 
parcialmente por osso 
e parcialmente por um 
Condilar
(elipsóidea)
A face pontiaguda ou 
arredondada se encaixa 
em um anel formado 
parcialmente por osso 
e parcialmente por um 
(elipsóidea)
Selar
A face pontiaguda ou 
arredondada se encaixa 
em um anel formado 
parcialmente por osso 
e parcialmente por um 
ligamento.
A projeção oval se 
Selar
arredondada se encaixa 
em um anel formado 
parcialmente por osso 
e parcialmente por um 
ligamento.
A projeção oval se 
encaixa em uma 
depressão oval.
A face articular de um 
Esferóidea
e parcialmente por um 
A projeção oval se 
encaixa em uma 
depressão oval.
A face articular de um 
osso é em forma de uma 
sela, e a face articular do 
Esferóidea
Uniaxial: realiza rotação.
A projeção oval se 
encaixa em uma 
depressão oval.
A face articular de um 
osso é em forma de uma 
sela, e a face articular do 
outro se apoia na sela.
Esferóidea
Uniaxial: realiza rotação.
A face articular de um 
osso é em forma de uma 
sela, e a face articular do 
outro se apoia na sela.
Uniaxial: realiza rotação.
Biaxial: realiza fl exão-
A face articular de um 
osso é em forma de uma 
sela, e a face articular do 
outro se apoia na sela.
A face esferóidea 
se encaixa em uma 
depressão calciforme.
Uniaxial: realiza rotação.
Biaxial: realiza fl exão-
osso é em forma de uma 
sela, e a face articular do 
outro se apoia na sela.
A face esferóidea 
se encaixa em uma 
depressão calciforme.
Uniaxial: realiza rotação.
Biaxial: realiza fl exão-
extensão.
Biaxial: realiza fl exão-
A face esferóidea 
se encaixa em uma 
depressão calciforme.
Articulações atlantoaxial 
Biaxial: realiza fl exão-
extensão.
Biaxial: realiza fl exão-
extensão, abdução-
se encaixa em uma 
depressão calciforme.
Articulações atlantoaxial 
e radioulnares
Biaxial: realiza fl exão-
Biaxial: realiza fl exão-
extensão, abdução-
adução.
depressão calciforme.
Triaxial: realiza fl exão-
Articulações atlantoaxial 
e radioulnares
Biaxial: realiza fl exão-
extensão, abdução-
adução.
Triaxial: realiza fl exão-
extensão, abdução-
Articulações atlantoaxial 
e radioulnares
Articulações 
radiocarpais e 
metacarpofalângicas
extensão, abdução-
Triaxial: realiza fl exão-
extensão, abdução-
adução e rotação.
Articulações atlantoaxial 
Articulações 
radiocarpais e 
metacarpofalângicas
carpometacarpal entre o 
Triaxial: realiza fl exão-
extensão, abdução-
adução e rotação.
Articulações 
radiocarpais e 
metacarpofalângicas
Articulação 
carpometacarpal entre o 
trapézio e o polegar
Triaxial: realiza fl exão-
extensão, abdução-
adução e rotação.
metacarpofalângicas
Articulação 
carpometacarpal entre o 
trapézio e o polegar
adução e rotação.
metacarpofalângicas
Articulação 
carpometacarpal entre o 
trapézio e o polegar
Articulações do ombro e 
carpometacarpal entre o 
trapézio e o polegar
Articulações do ombro e 
carpometacarpal entre o 
trapézio e o polegar
Articulações do ombro e 
do quadril
Articulações do ombro e 
do quadril
Articulações do ombro e 
Fonte: TORTORRA; NIELSEN, 2012, pg. 301. (Adaptado).
Ligamentos
Os ligamentos são cordões resistentes e flexíveis de tecido conjuntivo 
que estão anexos às articulações. Eles conectam os ossos entre si, além 
de dar suporte às articulações e limitar seus movimentos. Encontramos 
ligamentos ao redor dos joelhos, tornozelos, cotovelos, ombros e outras 
articulações. Logo, qualquer lesão nos ligamentos pode tornar suas arti-
culações instáveis. 
Os principais ligamentos do corpo são encontrados nas seguintes articulações:
• Articulação temporomandibular: esse gínglimo compreende a fossa 
mandibular do osso temporal e o processo condilar da mandíbula. As estru-
turas que auxiliam essa articulação são o ligamento temporomandibular, o 
ligamento estilomandibular e o ligamento esfenomandibular;
• Articulações da coluna vertebral: são articulações planas, formadas pela 
união entre os processos articulares superior e inferior das vértebras com 
os das vértebras próximas. Diversos ligamentos atuam nessa região, dentre 
eles o ligamento longitudinal anterior, o ligamento longitudinal posterior, 
o ligamento amarelo, o ligamento interespinal e o ligamento supraespinal;
• Articulação esternoclavicular: é plana e se localiza entre a extremidade 
esternal da clavícula e o manúbrio do esterno. A cápsula é reforçada pelos 
ligamentos esternoclaviculares anterior e posterior, bem como pelos liga-
mentos interclavicular e costoclavicular;
 ANATOMIA HUMANA 41
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• Articulação do ombro (glenoumeral): é esferóidea e composta pela ca-
vidade glenoidal e pela cabeça do úmero. O ligamento coracoumeral, os 
ligamentos glenoumerais e o ligamento transverso do úmero recobrem e 
mantêm a articulação do ombro, atuando com os músculos e tendões cir-
cundantes para proporcionar força e estabilidade.;
• Articulação do cotovelo: é um gínglimo formado por duas articulações, 
sendo a articulação umeroulnar (entre o úmero e a ulna) e a articulação 
umerorradial (entre o úmero e o rádio). Os ligamentos colaterais radial e 
ulnar e os anulares colaboram na estabilização dessa articulação;
• Articulações radiulnares: as articulações radiulnar proximal e radiulnar 
distal permitem a supinação e a pronação do antebraço. A cabeça do rádio 
é estabilizada pelo ligamento anular do rádio, enquanto que as faces articu-
lares radiulnares distais se mantêm articuladas por ligamentos radiulnares 
e pela membrana interóssea do antebraço;
• Articulações do punho: é composta pela articulação radiocarpal e 
pelas articulações intercarpais. Os principais ligamentos da articulação 
radiocarpal são o ligamento radiocarpal palmar, o ligamento radiocar-
pal dorsal, o ligamento colateral ulnar e o ligamento colateral radial do 
carpo. Além deles, diversos ligamentos intercarpais unem os ossos car-
pais, e os ligamentos carpometacarpais conectam os ossos carpais dis-
tais aos ossos metacarpais;
• Articulação do quadril: é uma sinovial esferóidea constituída pela união 
do acetábulo do quadril com a cabeça do fêmur. Sua cápsula articular é 
reforçada e estabilizada por quatro amplos ligamentos, sendo estes o ilio-
femoral, pubofemoral, isquiofemoral e transverso do acetábulo. Vale consi-
derar que o ligamento da cabeça do fêmur também ajuda a esta-
bilizar a articulação do quadril;
• Articulação do joelho: atua como um gínglimo modifica-
do, sendo mais complexo que os gínglimos comuns. 
Sete importantes ligamentos interligam e mantêm 
a estabilidade da articulação do joelho, sendo os 
ligamentos da patela, colateral tibial, colateral 
fibular, poplíteos oblíquo e arqueado e ligamen-
tos cruzados anterior e posterior;
 ANATOMIA HUMANA 42
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• Articulações do tornozelo (talocrural): é um gínglimo constituído por 
diversas articulações, em que a principal é a tibiotalar. A tíbia e a fíbula são 
ligadas pelos ligamentos tibiofibulares anterior e posterior, que mantêm 
estáveis os ossos unidos e evitam o deslizamento da tíbia. Além disso, o 
ligamento colateral medial (deltóideo) e o ligamento colateral lateral estabi-
lizam ainda mais a articulação do tornozelo.
 ANATOMIA HUMANA 43
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Sintetizando
Nesse material, vimos uma definição de anatomia e como a anatomia hu-
mana, sendo ciência, descreve o corpo humano e sua arquitetura. Fomos apre-
sentados a conceitos como a normalidade e as variações que podem ocorrer do 
nosso corpo; os fatores que ocasionam variações anatômicas individuais, como 
idade, sexo, raça, tipo constitucionale evolução; e a terminologia anatômica, que 
estabelece padrões utilizados, como a posição anatômica, planos e eixos anatô-
micos e termos de direção. Além disso, vimos posteriormente algumas aborda-
gens para estudar o corpo humano e, a partir da anatomia sistêmica, a organiza-
ção do corpo por meio de sistemas e aparelhos.
Assim, estudamos o esqueleto, que é o conjunto de ossos que se interliga 
para formar o alicerce do corpo humano e desempenhar várias funções. Esses 
ossos são classificados, de acordo com sua forma geométrica, em: longos, curtos 
e planos. Suas superfícies possuem características estruturais chamadas de aci-
dentes ósseos, que aparecem onde outros elementos acessórios ao osso estão 
inseridos ou, ainda, penetram através dele. 
O esqueleto humano adulto possui cerca de 206 ossos organizados em duas 
porções: o esqueleto axial (80 ossos) e o esqueleto apendicular (126 ossos). O es-
queleto axial é composto pelos ossos da cabeça, pescoço e tórax, ao passo que o 
esqueleto apendicular compreende os ossos dos membros superiores, inferiores 
e os cíngulos peitoral e pélvico. O esqueleto da cabeça repousa no topo da coluna 
vertebral e é constituído de duas partes: o neurocrânio e o viscerocrânio. A caixa 
torácica é composta pelo esterno, as costelas e as vértebras da coluna torácica. 
A coluna vertebral é considerada um pilar ósseo e está localizada no eixo 
mediano do corpo, articulando-se com o crânio, as costelas e as raí-
zes dos membros superiores e inferiores, dividindo-se em cinco re-
giões: região cervical, região torácica, região lombar, região sacra e 
região coccígea. O cíngulo peitoral é formado por dois os-
sos: escápula e clavícula; enquanto que o cíngulo pélvico 
é composto pelos ossos do quadril, que são unidos 
pela sínfise púbica e pelo sacro. O membro superior 
é dividido em braço, antebraço e mão, ao passo que o 
membro inferior se divide em coxa, perna e pé.
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Por fim, vimos as articulações, que são o conjunto de partes moles ou duras 
que servem como meio de união entre dois ou mais ossos próximos. Em relação 
à mobilidade, as articulações são classificadas em móveis (diartroses), semimó-
veis (anfiartroses) e imóveis (sinartroses). Dentre essas, somente as diartroses 
apresentam cavidade articular.
 ANATOMIA HUMANA 45
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 ANATOMIA HUMANA 46
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SISTEMA MUSCULAR 
E SISTEMA NERVOSO
2
UNIDADE
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Objetivos da unidade
Tópicos de estudo
 Descrever as funções dos músculos;
 Conhecer, comparar e diferenciar os tipos de músculos;
 Identificar os componentes anatômicos dos músculos esqueléticos e das 
camadas de tecido conjuntivo relacionados ao músculo;
 Conhecer a classificação dos músculos;
 Identificar as principais funções do sistema nervoso;
 Classificar o sistema nervoso em termos anatômicos e funcionais;
 Identificar os tipos de células do tecido nervoso e suas funções básicas;
 Identificar a disposição das células do tecido nervoso dentro do sistema 
nervoso central e periférico, somático e visceral;
 Identificar as principais estruturas anatômicas do sistema nervoso central e 
periférico, e suas funções básicas;
 Definir o sistema nervoso autônomo e explicar sua relação com a parte 
periférica do sistema nervoso;
 Descrever as diferenças entre as partes parassimpática e simpática do 
sistema nervoso autônomo.
 Sistema muscular: conceitos, 
funções e grupos musculares
 Funções do sistema muscular
 Grupos musculares
 Classificação dos músculos
 Anexos do sistema muscular
 Tipos de músculo
 Tipos de contração muscular
 Fibra muscular
 Tecido conjuntivo
 Sistema nervoso: conceito e divi-
são do sistema nervoso
 Funções do sistema nervoso
 Divisão do sistema nervoso
 Sistema nervoso central
 Medula espinhal
 Encéfalo
 Tecido nervoso
 Neuróglias
 Neurônios
 Meninges/ líquor e vascularização
 Sistema nervoso periférico
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Sistema muscular: conceitos, funções e grupos musculares
“O corpo humano é uma máquina perfeita”. Para entendermos essa máxi-
ma, vamos imaginar o corpo e suas estruturas, em especial órgãos e sistemas, 
como partes funcionais de uma máquina. Assim, um dos componentes essen-
ciais desse sistema é o tecido muscular, cujo peso varia entre 40 e 50% da mas-
sa total do nosso corpo (dependendo de fatores como percentual de gordura, 
gênero ou programa de exercícios). 
O estudo dos músculos, nesse sentido, é conhecido como miologia (mio: 
músculo; logia: estudo). Aproximadamente, 600 músculos esqueléticos com-
põem o sistema muscular. Eles são órgãos formados por tecido conjuntivo, 
tecido nervoso e tecido muscular e desempenham atividades vitais, como o 
bombeamento do sangue pelos vasos sanguíneos, a alimentação, a respiração, 
a fala, o aquecimento e o movimento do nosso esqueleto. 
Sendo assim, todo tecido muscular e, consequentemente, os músculos for-
mados por ele, possuem quatro propriedades especiais que os diferenciam 
dos outros tecidos e lhes permitem realizar as suas funções, além de contribuir 
para a homeostasia do corpo:
1. Excitabilidade: capacidade de responder aos impulsos nervosos e ou-
tros estímulos corporais;
2. Contratilidade: capacidade de encurtar sua estrutura de maneira ativa 
e exercer força de tensão;
3. Extensibilidade: capacidade de esticar quando um músculo oposto 
se contrai;
4. Elasticidade: capacidade de retornar ao seu tamanho de repouso após 
se esticar.
Vale comentar que o músculo esquelético difere entre homens e mu-
lheres. Mulheres adultas têm menor força corpórea quan-
do comparadas a homens adultos, em especial, por conta 
dos efeitos dos hormônios sexuais masculinos (testos-
terona, principalmente) sobre os músculos esqueléti-
cos do corpo masculino. Esses hormônios também 
infl uenciam o aumento da musculatura no sexo mas-
culino quando sob efeito de exercício muscular intenso.
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Funções do sistema muscular
Por meio das contrações, o sistema muscular desempenha quatro funções 
principais: produzir movimento, estabilizar a postura, movimentar substâncias 
no interior do corpo e gerar calor.
1. Produção de movimentos: a função mais evidente realizada pelos mús-
culos está relacionada aos movimentos corporais. Tanto movimentos globais do 
corpo (como andar), quanto movimentos localizados (como pegar uma caneta), 
são dependentes da integração dos músculos esqueléticos e das estruturas rela-
cionadas a eles, como os ossos e as articulações. As fi bras musculares esqueléti-cas mantêm um estado de contração muscular por meio de estímulos nervosos, 
um processo chamado de tônus muscular, importante para exercitar continua-
mente as fi bras musculares esqueléticas e mobilizar o sangue e a linfa;
2. Estabilização de postura corpórea: o esqueleto fornece um alicerce 
para o corpo. Nesse sentido, os músculos esqueléticos também mantêm a pos-
tura, estabilizam as articulações e oferecem suporte às vísceras. Alguns mús-
culos são músculos posturais, que atuam contra a ação da gravidade e perma-
necem em contração continuamente quando estamos alertas. Os músculos do 
pescoço, por exemplo, sustentam a cabeça ereta durante uma aula;
3. Condução e armazenamento de substâncias no interior do corpo: a 
contração das camadas de músculos lisos em formato circular, denominadas 
esfíncteres, controlam a abertura e o fechamento dos órgãos ocos. As contra-
ções do músculo liso também mobilizam substâncias, como as enzimas pelo 
trato gastrointestinal, os gametas (espermatozoides e óvulos) pelos sistemas 
reprodutores e a urina pelo sistema urinário. A contração do músculo cardíaco 
impulsiona o sangue pelos vasos sanguíneos do corpo. Já a contração do mús-
culo esquelético, por sua vez, provoca indiretamente o fl uxo de sangue das 
veias para coração, assim como o fl uxo de linfa por todo o corpo;
4. Produção de calor: o tecido muscular também produz calor ao se con-
trair, um processo chamado termogênese. A maior parte do calor produzido é 
utilizado para a manutenção da temperatura corporal. Essa produção de calor 
é amplifi cada durante exercícios forçados. Além disso, calafrios e contrações 
involuntárias dos músculos esqueléticos também conseguem aumentar a in-
tensidade da produção de calor.
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Grupos musculares
Os músculos podem ser agrupa-
dos em conjuntos, de acordo com a 
sua função e origem embrionária, co-
laborando para a formação e disposi-
ção dos músculos esqueléticos. Assim, 
podemos organizar quatro grupos 
musculares: músculos das vísceras, 
músculos do arco faríngeo, músculos 
axiais e músculos dos membros.
1. Músculos das vísceras: esse 
tecido muscular é encontrado nas 
vísceras. Uma vez que os músculos 
das vísceras não se relacionam di-
retamente com o esqueleto, comen-
taremos adiante sobre esse grupo 
muscular ao estudarmos, respectiva-
mente, o sistema digestório e o siste-
ma circulatório;
2. Músculos do arco faríngeo: nesse grupo estão inclusos os músculos 
esqueléticos da faringe, bem como alguns músculos da cabeça e do pesco-
ço. A característica em comum entre esses músculos é que eles se desen-
volvem em volta da faringe na fase embrionária. Alguns deles, inclusive, são 
músculos da expressão facial, da mastigação, os músculos supra-hioideos, 
os constritores da faringe, os músculos esternocleidomastoideos e o mús-
culo trapézio; 
3. Músculos axiais: são os músculos esqueléticos relacionados ao esquele-
to axial, localizados no tórax, abdome e pelve, bem como em alguns músculos 
do pescoço e da cabeça. Suas principais funções envolvem manter a postura 
e movimentar o tronco. Pertencem a esse grupo os músculos extrínsecos do 
olho, os músculos que movimentam a língua, os músculos infra-hioideos, os 
músculos respiratórios do tórax, os músculos profundos do dorso, os músculos 
do abdômen e os músculos da pelve; 
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4. Músculos dos membros: esse agrupamento de músculos, que atua na 
locomoção e na manipulação de objetos, inclui os músculos dos membros su-
periores e inferiores, bem como os músculos que conectam os membros aos 
seus cíngulos e os músculos que conectam os cíngulos ao tronco. Nos mem-
bros superiores, os músculos extensores são posteriores, enquanto os múscu-
los fl exores são anteriores. Durante o desenvolvimento embrionário, o mem-
bro inferior é invertido, ou seja, os músculos extensores fi cam anteriores e os 
músculos fl exores se tornam posteriores.
Classificação dos músculos
Os músculos podem ser classifi cados com base em diversos critérios, sendo 
os principais: a forma do músculo e o arranjo de suas fi bras, o número de ori-
gens, o número de inserções, o número de ventres musculares, o tipo de ação 
executada, e, por fi m, a função.
I. Forma do músculo e arranjo de suas fi bras: o funcionamento do múscu-
lo condiciona sua forma e o arranjo de suas fi bras: além disso, sua arquitetura e 
organização é diversa. Em suma, os músculos podem ter suas fi bras dispostas 
de modo paralelo, oblíquo ou circular em relação à direção de tração exercida:
a. Disposição paralela das fi bras: pode ser encontrada nos músculos lon-
gos (com predomínio do comprimento, como o músculo esternocleidomas-
toideo) e nos músculos largos (com equivalência do comprimento e largura, 
como o músculo glúteo máximo). Os músculos longos comumente têm as 
fi bras musculares organizadas em direção aos tendões de origem e inserção. 
Eles possuem aspecto fusiforme, embora também possam ser cônicos ou ci-
líndricos (redondos). Os músculos largos têm comumente as fi bras convergin-
do para um tendão em uma das extremidades, dando-o o aspecto de leque. 
Os músculos longos podem também ser cônicos ou cilíndricos (redondos); 
b. Disposição oblíqua das fi bras: músculos com essa disposição em re-
lação aos tendões são denominados peniformes (em forma de pena). 
Caso os feixes musculares se prendam em apenas uma borda do tendão, 
ele é dito unipenado (como o músculo extensor longo dos dedos do pé), 
caso os feixes se prendam nas duas bordas é nomeado bipenado (como 
o músculo reto da coxa);
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c. Disposição circular das fibras: são músculos que circulam canais e orifí-
cios, como podemos observar nos músculos orbiculares.
II. Número de origens: origem ou cabeça é como chamamos a conexão de 
um músculo a um osso menos móvel, sendo que os músculos podem possuir 
mais de uma origem. Assim, eles são classificados como músculos bíceps (duas 
cabeças), tríceps (três cabeças) ou quadríceps (quatro cabeças). Exemplos mais 
comuns são encontrados nos membros superiores e inferiores: músculo bí-
ceps braquial e quadríceps femoral, por exemplo;
III. Número de inserções: do mesmo modo, denominamos de inserção (ou 
cauda) a conexão de um músculo ao osso mais móvel, sendo que os múscu-
los podem possuir mais de uma inserção. Assim, eles são classificados como 
bicaudados (duas inserções) ou policaudados (três ou mais inserções). Como 
exemplo, temos o músculo extensor longo dos dedos do pé;
IV. Número de ventres musculares: a região média do músculo, conhecida 
popularmente como “carne”, é denominada ventre muscular. Alguns músculos 
apresentam mais de um ventre muscular, sendo classificados como digástricos 
(dois ventres, como o músculo digástrico) e poligástricos (três ou mais ventres, 
como o músculo reto do abdômen);
V. Ação executada: de acordo com a ação principal decorrente da contração 
muscular, podemos classificar um músculo de diversas maneiras, como: exten-
sor, flexor, abdutor, adutor, rotador medial, rotador lateral, supinador, pronador, 
levantador, depressor, esfíncter, orbicular, tensor, dilatador e retrator;
VI. Função: do ponto de vista funcional, os músculos podem ser classifica-
dos como agonistas, antagonistas, sinergistas e fixadores. O músculo agonista 
é o agente executor do movimento principal. O músculo antagonista se opõe 
ao movimento do agonista, no intuito de regular a potência da ação ou a velo-
cidade do movimento. Por exemplo, podemos citar a flexão do antebra-
ço, em que o músculo bíceps braquial atua como agonista e o 
músculo tríceps braquial age como antagonista. O músculo 
sinergista atua impedindo movimentos indesejáveis do 
agonista. Além disso, os músculos sinergistas são os que 
mantêm a postura e estabilizam as articulações, agindo 
comofixadores. Como exemplo, temos os músculos que 
fixam a escápula quando o braço se move.
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Anexos do sistema muscular
Em um músculo esquelético típico, podemos observar uma porção média 
(ventre muscular) e suas extremidades. Se as extremidades têm forma cilin-
droide ou de fi ta, denominamos tendões; caso manifestem formato laminar, 
denominamos aponeuroses. Tanto tendões quanto aponeuroses são consti-
tuídos por tecido conjuntivo denso e possuem aspecto esbranquiçado, sendo 
muito resistentes e inextensíveis. Ambos elementos atuam fi xando o músculo 
ao esqueleto, embora possam realizar essa fi xação do músculo em outras es-
truturas, como cartilagem, tendão de outro músculo, cápsulas articulares, etc.
Aponeuroses, fáscias, bainhas tendíneas e as bolsas sinoviais são conside-
radas órgãos acessórios do sistema muscular. As fáscias envolvem cada mús-
culo ou grupos de músculos, além de mantê-los em posição durante a con-
tração. Outras funções delas incluem atuar como origem ou inserção para os 
músculos, compor retináculos (espessamentos transversais da fáscia que re-
têm os tendões), servir como vias de passagem para vasos e nervos e viabilizar 
o deslizamento dos órgãos adjacentes. 
Bainhas tendíneas e bolsas sinoviais são estruturas associadas às articula-
ções sinoviais e atuam como “rolamentos”, reduzindo o atrito entre os elemen-
tos do corpo durante a movimentação. A bolsa sinovial é uma estrutura fi brosa 
achatada em forma de saco, revestida por uma membrana sinovial, em que 
músculos, tendões, ligamentos ou ossos se sobrepõem e geram fricção. Uma 
bainha tendínea é uma bolsa fechada revestida por uma membrana sinovial 
que envolve um tendão, sendo encontrada em tendões sujeitos ao atrito (por 
exemplo, superfícies articulares de grande movimentação) ou em estruturas 
(como pontes ou túneis) entre os ossos, local onde os tendões deslizam (por 
exemplo, túnel do carpo). Pode tanto ser fi brosa como sinovial.
Tipos de músculos
O tecido muscular pode ser classifi cado em três tipos: estriado esqueléti-
co, estriado cardíaco e liso. Duas características principais defi nem cada um 
desses tipos: a presença de estrias nas células musculares e a consciência no 
controle da contração.
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1. Tecido muscular estriado esquelético: correspondendo a 40% do peso 
corporal, esse tecido se situa nos músculos esqueléticos, órgãos individuais 
que se conectam ao esqueleto e garantem o seu movimento. Possui estrias 
escuras e claras que atravessam transversalmente suas alongadas e cilíndricas 
células musculares esqueléticas (também conhecidas como fibras musculares). 
O músculo esquelético está sujeito ao controle consciente, ou seja, é possível 
controlá-lo de acordo com a vontade;
2. Tecido muscular estriado cardíaco: o tecido muscular cardíaco é en-
contrado apenas no coração. Assim como as células musculares do músculo 
esquelético, a musculatura cardíaca também é composta por músculos es-
triados, entretanto, sua contração é involuntária, ou seja, não temos controle 
consciente sobre a velocidade das batidas do nosso coração;
3. Tecido muscular liso: o tecido muscular liso no corpo é encontrado 
nas paredes dos órgãos internos ocos (com exceção do coração), como o 
trato gastrointestinal, as vias respiratórias, os vasos sanguíneos e a bexiga 
urinária. Esse tecido é conhecido como não estriado, devido à ausência 
de estrias em suas células musculares. Suas células são alongadas, assim 
como as do músculo esquelético, e sua contração é involuntária, como no 
músculo cardíaco.
CURIOSIDADE
Há músculos estriados esqueléticos que só estão parcialmente sob o 
controle da vontade, como podemos observar no caso do diafragma e 
os músculos da respiração: é possível suspender a respiração volunta-
riamente por algum tempo, ao fixar o diafragma, mas com o fim da nossa 
tolerância, o diafragma se contrai e a respiração volta ao normal. Outra 
musculatura parcialmente controlável é a do canal anal, também sob o 
controle parcial do indivíduo.
 Ainda vale destacar que o tecido muscular liso e o tecido muscular car-
díaco são conhecidos como músculos viscerais, uma vez que ambos ocor-
rerem em órgãos e possuem contração involuntária. Além disso, embora 
todos os tipos musculares tenham estrias longitudinais, apenas os cha-
mados músculos estriados possuem estrias transversais. Sendo assim, os 
músculos lisos são classificados como lisos justamente por não possuírem 
estriações transversais.
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Tecido estriado cardíaco Tecido liso Tecido estriado esquelético
Tecido muscular 
Figura 1. Representação esquemática dos tipos de tecido muscular. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 28/08/2020.
Tipos de contração muscular
A célula muscular é controlada pelo sistema nervoso. Cada músculo possui 
um nervo motor com suas ramifi cações, visando inervar todas as células do 
músculo. Quando o impulso nervoso é transmitido por meio de um nervo, esse 
impulso é repassado para as células musculares que realizam contrações, ge-
ralmente classifi cadas como isotônicas ou isométricas.
• Na contração isotônica, o músculo gera tensão (força de contração) para 
a movimentação corporal e a movimentação de objetos, e sofre alteração em 
seu comprimento. A contração isotônica pode ser concêntrica (quando o mús-
culo encurta o comprimento durante a contração e traciona seu tendão para 
aproximar as estruturas ósseas) ou excêntrica (quando o músculo aumenta o 
comprimento durante a contração ao afastar as estruturas ósseas);
• Na contração isométrica, o músculo gera tensão, mas não ocorre altera-
ção no seu comprimento (não há movimento). As contrações isométricas são 
importantes porque estabilizam as articulações, bem como são responsáveis 
pela manutenção da postura e pela sustentação de objetos em posição fi xa.
NUTRIÇÃO CLÍNICA 56
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Para que a contração muscular ocorra, o neurônio motor se estende para 
atingir a junção neuromuscular – a sinapse (local de comunicação entre dois 
neurônios ou entre um neurônio e uma célula-alvo) entre um neurônio somá-
tico motor e uma fi bra muscular esquelética. A terminação da célula nervosa, 
na sinapse neuromuscular, é chamada de terminação sináptica e possui, em 
seu citoplasma, numerosas mitocôndrias e vesículas sinápticas (pequenas ve-
sículas secretoras preenchidas por substâncias químicas). Essas moléculas quí-
micas são chamadas de neurotransmissores. A acetilcolina (ACh), por sua vez, 
é o neurotransmissor liberado na junção neuromuscular. Quando o impulso 
nervoso alcança a terminação sináptica, a ACh é liberada na fenda sináptica, li-
gando-se aos receptores da fi bra muscular, dando início a uma alteração no po-
tencial transmembrana dessa célula. Essa alteração inicia um impulso elétrico, 
que se propaga por toda célula muscular, e os impulsos elétricos permanecem, 
sendo gerados continuamente até que a enzima acetilcolinesterase (AChE) re-
mova a ACh dos receptores.
Fibra muscular
Cada músculo esquelético é um 
órgão próprio, constituído por várias 
células musculares esqueléticas, tam-
bém denominadas fi bras musculares, 
em consideração ao seu formato alon-
gado (algumas podem alcançar 30 cm 
e diâmetros de 10 a 100 μm). As fi bras 
musculares esqueléticas possuem 
como características próprias; estrias, 
vários núcleos, além de nunca sofre-
rem mitose após terem se formado, fi -
cando apenas mais longas e espessas 
durante a infância e a adolescência, 
por conta do crescimento do corpo.
Vale destacar, também, que as fi bras musculares esqueléticas são circunda-
das por células satélites, células musculares imaturas. Durante a juventude, 
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algumas células satélitesse fundem com as fibras musculares, colaborando 
para o crescimento do corpo. Ademais, havendo uma lesão muscular, as célu-
las satélite se proliferam no tecido muscular danificado e produzem proteínas 
para reparar a lesão. Contudo, a capacidade de regeneração do tecido muscu-
lar esquelético ainda é bem limitada, e pode ser substituída, principalmente, 
pelo tecido cicatricial. 
Para compreender como a fibra muscular funciona, precisamos aprender 
sobre os termos específicos do sistema muscular. Os prefixos mio: músculo e 
sarco: carne, referem-se ao músculo, termos esses presentes nas estruturas 
das células musculares. Por exemplo, a membrana plasmática das células mus-
culares é chamada de sarcolema; o citoplasma é denominado sarcoplasma; o 
retículo endoplasmático, especializado em armazenamento de cálcio, é desig-
nado retículo sarcoplasmático; os microfilamentos, compreendendo proteí-
nas contráteis, são nomeados miofilamentos.
Apesar da nomenclatura incomum, as células musculares possuem organe-
las iguais a outras células. Cada fibra muscular é envolvida pelo sarcolema. Po-
demos observar milhares de pequenas invaginações no sarcolema, chamadas 
de túbulos transversos ou túbulos T, que se abrem para o exterior e seguem 
perpendiculares ao retículo sarcoplasmático. O retículo sarcoplasmático, por 
sua vez, apresenta-se como uma rede de canais membranosos e se estende 
ao longo do sarcoplasma. Quando a fibra muscular está relaxada, o retículo 
sarcoplasmático armazena íons cálcio (Ca2+). Quando a fibra é estimulada, Ca2+ 
é liberado para o sarcoplasma, o que permite a contração do músculo.
No interior das fibras musculares, encontramos também muitas miofibrilas, 
organelas lineares e cilíndricas com aproximadamente um micrômetro (1 μm) 
de diâmetro, que se estendem paralelamente de uma extremidade a outra na 
célula muscular. Os filamentos na miofibrila estão dispostos em com-
partimentos chamados sarcômeros. Além disso, cada miofi-
brila é constituída por miofilamentos, que são filamentos 
menores de proteínas contráteis, que podem ser classi-
ficados como filamentos finos, compostos de proteína 
actina, ou filamentos espessos, compostos da proteí-
na miosina. Ambos miofilamentos estão relacionados 
ao processo de contração.
NUTRIÇÃO CLÍNICA 58
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QUADRO 1. ESTRUTURA E NÍVEIS ORGANIZACIONAIS DO 
MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO
Estrutura e nível 
organizacional Descrição
Músculo
(órgão)
Músculo consiste em centenas e até milhares de células 
musculares, além de envoltórios de tecido conjuntivo, vasos 
sanguíneos e fibras nervosas.
Fascículo
(uma parte do 
músculo)
Fascículo é um feixe individual de células musculares, separadas do 
restante do músculo por uma bainha de tecido conjuntivo.
Fibra muscular
(célula)
Fibra muscular é uma célula multinucleada alongada – ela possui 
uma aparência estriada.
Miofibrila
(organela complexa 
contendo 
miofilamentos)
As miofibrilas são organelas contráteis em forma de bastão que 
ocupam a maior parte do volume da célula muscular. Compostas 
de sarcômeros (arranjados de forma que a extremidade de um 
sarcômero encoste na extremidade do outro), elas parecem 
listradas, sendo que suas listras adjacentes são alinhadas.
Sarcômero
(um segmento de 
uma miofibrila)
Sarcômero é uma unidade contrátil composta por miofilamentos 
feitos de proteínas contráteis.
Miofilamento ou 
filamento
Os miofilamentos contráteis são de dois tipos: espesso e fino. 
Os filamentos espessos contêm feixes de moléculas de miosina; 
os filamentos finos contêm moléculas de actina (além de outras 
proteínas). O deslizamento dos filamentos finos ultrapassando os 
filamentos espessos produz encurtamento muscular.
As miofibrilas exibem padrões de estrias escuras e claras, e os miofilamen-
tos determinam o padrão das estrias, que consiste em várias bandas e zonas, 
que podem ser vistas tanto em uma única miofibrila quanto na fibra muscular 
inteira. Nessa organização do padrão temos a banda A, em que ocorre os fila-
mentos espessos; banda I, que contém somente filamentos finos; e a banda Z, 
onde os filamentos finos de sarcômeros vizinhos se unem. Também existem as 
linhas M e a banda H, onde se situam apenas filamentos espessos (Figura 2).
Fonte: MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014, p. 254. (Adaptado).
NUTRIÇÃO CLÍNICA 59
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Miofribila 
Retículo sarcoplasmático
Filamento fino
de actina 
Miosina
Mitocôndria 
Fibras musculares
Músculo 
Epimísio 
Perimísio 
Fascículo 
Núcleo 
Bíceps
protuberantes
Figura 2. Representação esquemática dos níveis de organização do músculo estriado esquelético. Fonte: Adobe Stock. 
Acesso em: 19/08/2020
Durante a contração muscular, o músculo esquelético se encurta devido 
ao deslizamento que ocorre na sobreposição dos filamentos finos e espes-
sos, um processo conhecido como teoria dos filamentos deslizantes. Isso 
ocorre porque as cabeças de miosina se prendem aos filamentos finos e “ca-
minham” em ambas as extremidades do sarcômero, tracionando os filamen-
tos rumo a linha M. Assim, os filamentos finos deslizam e se encontram no 
centro do sarcômero, encurtando o sarcômero e aproximando as linhas Z. 
O encurtamento dos sarcômeros resulta no encurtamento da fibra muscu-
lar inteira e, consequentemente, no encurtamento (contração) do músculo. 
Vale destacar, ainda, que o comprimento dos miofilamentos individuais não 
se alteram durante a contração.
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Sarcômero
Músculo
Disco zDisco z
Disco z Disco z
Banda i Banda a Banda i
Linha m
Linha m
Sarcômero
Zona h
Filamento grosso 
de miosina
Filamento grosso 
de miosina
Filamento 
fi no de actina
Filamento 
fi no de actina
Filamento 
elástico de titina
M
io
fi b
ril
a
Figura 3. Representação esquemática de um sarcômero. Fonte: Adobe Stock. Acesso em: 19/08/2020. 
Tecido conjuntivo
A efi ciência das fi bras musculares se deve ao fato de que elas não atuam 
como unidades isoladas. Assim, cada fi bra se liga a outras fi bras adjacentes, 
constituindo um feixe denominado fascículo. Cada fascículo é ligado a outro 
fascículo, compondo o músculo. Dessa forma, a contração muscular ocorre em 
sintonia ao longo de todo o músculo.
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A ligação no interior do músculo é realizada por meio do tecido conjuntivo, 
cuja função é fortalecer, proteger e conectar as fi bras musculares em fascícu-
los, além de ligá-los aos músculos. Cada fi bra individual dos músculos esque-
léticos está coberta pelo endomísio, uma bainha delgada de tecido conjuntivo 
que liga fi bras em conjunto, além de conter estruturas que servem ao músculo, 
como os vasos capilares e as terminações nervosas. O perimísio liga os fascí-
culos e contém vasos sanguíneos e fi bras nervosas que atuam em vários deles. 
O músculo inteiro é envolvido pelo epimísio. Todas essas bainhas de tecido 
conjuntivo contribuem para a formação dos tendões.
Sistema nervoso: conceito e divisão do sistema nervoso
Imagine as seguintes situações. (1) Você está andando pela rua, escuta 
uma buzina e desvia para a calçada mais próxima. (2) Um rádio toca o trecho 
de uma música que você reconhece. (3) Enquanto cochila, seu despertador 
toca e, instantaneamente, você desperta. Todos eles são exemplos diários 
do funcionamento do sistema nervoso, cujas células permanecem quase o 
tempo inteiro em atividade no nosso corpo. A importância do sistema ner-
voso é tamanha que seu estudo compõe uma disciplina própria no currículo 
de formação de profi ssionais da área da saúde, a Neuroanatomia. Na práti-
ca médica, a Neurologia, a Neurocirurgia e a Psiquiatria focam seus esforços 
na compreensão do sistema nervoso.
Funções do sistema nervoso
O sistema nervoso coordena uma complexa diversidade de tarefas, permi-
tindo monitorar e interpretar os estímulos do interiore do exterior do corpo. 
Tal fato, por sua vez, envolve, desde o controle dos movimentos corporais, até 
a regulação da atividade dos órgãos internos. Essas atividades diversas são 
agrupadas com base em três funções: sensitiva, integrativa e motora.
1. Função sensitiva: os receptores sensitivos captam estímulos internos, 
como a diminuição na pressão arterial, tanto quanto estímulos externos, como 
raios solares sob a pele. Os neurônios sensitivos ou aferentes transmitem essa 
informação para o encéfalo e a medula espinhal;
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2. Função integrativa: o sistema nervoso processa as informações, arma-
zenando algumas e elaborando respostas apropriadas – uma atividade conhe-
cida como integração. Muitos dos neurônios que realizam a integração são 
interneurônios (neurônios que se interconectam com outros neurônios). Os 
interneurônios compreendem a maior parte do sistema nervoso central, bem 
como a vasta maioria dos neurônios do corpo;
3. Função motora: após a integração do estímulo, o sistema nervoso 
determina uma resposta motora, como uma contração muscular ou uma 
secreção glandular, através dos chamados neurônios eferentes ou moto-
res. Os neurônios motores conduzem a informação do encéfalo para a 
medula espinhal ou para além dessas estruturas, rumo aos efetores (mús-
culos e glândulas).
Divisão do sistema nervoso
O sistema nervoso se distingue de outros sistemas por possuir células ex-
tremamente longas. Portanto, é difícil dividi-lo em órgãos distintos com suas 
populações celulares exclusivas, como fazemos com outros sistemas do cor-
po. Dessa forma, o sistema nervoso apresenta duas subdivisões anatômicas: 
o sistema nervoso central e o sistema nervoso periférico. 
O sistema nervoso central (SNC) é constituído pelo encéfalo e pela medula 
espinhal. O encéfalo é protegido pelo crânio, enquanto a medula espinhal é 
protegida pela coluna vertebral. O SNC é o centro de comando e integração 
do sistema nervoso, recebendo sinais sensitivos, interpretando-os e coorde-
nando respostas motoras baseadas em condições atuais, experiências ante-
riores e refl exos.
O sistema nervoso periférico (SNP) é constituído, principalmente, por ner-
vos que se estendem do cérebro à medula espinhal, aos gânglios e aos re-
ceptores sensoriais. O SNP interliga o sistema nervoso central ao restante do 
corpo, dessa forma, os nervos periféricos atuam como vias de comunicação, 
ligando todas as partes do corpo ao SNC. Os gânglios, por sua vez, são áreas 
que agrupam os corpos celulares dos neurônios periféricos; já os receptores 
sensoriais são estruturas que atuam monitorando alterações externas e in-
ternas, como os receptores na pele que detectam sensações táteis.
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Estimula o
funcionamento
do intestino 
Contração da bexiga
Promove ereção dos orgãos genitais Promove a ejaculação no órgão genital masculino e contração da vagina no órgão 
genital feminino
Estimula a 
digestão no 
estômago 
Inibe a liberação de
glicose estimula o
funcionamento
da vesícula biliar
Constrição das 
pupilas Dilata as pupilas 
Inibe a
salivação 
Inibe a
digestão
no estômago
Inibe o
funcionamento
do intestino
Secreta
epinefrina e 
noradrenalina
Relaxa a bexiga 
Estimula a 
liberação de
glicose inibe o
funcionamento
da vesícula biliar
Broncodilatação
Taquicardia 
Estimula a salivação
Broncoconstrição 
Bradicardia 
Inervações do parassimpático Inervações do simpático 
Sistema
nervoso
central
Sistema
nervoso
periférico Cérebro 
Medula
espinhal
Cadeia
simpática 
Sistema nervoso humano 
Figura 4. Representação esquemática do sistema nervoso. Fonte: Adobe Stock. Acesso em: 28/08/2020.
Sistema nervoso central
Consideramos como pertencentes ao sistema nervoso central o encéfalo e 
a medula espinhal. Marieb e colaboradores (2014), dissertam sobre a natureza 
desse sistema:
Historicamente, o SNC tem sido comparado ao quadro de dis-
tribuição central de um sistema de telefonia que interconecta e 
roteia um número gigantesco de chamadas. Hoje em dia, muitos 
pesquisadores o assemelham a um supercomputador. Essas ana-
logias podem ser sufi cientes para alguns trabalhos sobre a medula 
espinhal, mas nenhuma delas faz justiça à fantástica complexidade 
do encéfalo humano. Como base do comportamento, personali-
dade e intelecto exclusivos de cada pessoa, o funcionamento do 
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encéfalo humano é um milagre, e compreender sua complexidade 
é um desafi o (MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014, p. 389).
Nesse sentido, para compreendermos as maravilhas do encéfalo e do sis-
tema nervoso central, precisamos de alguns termos direcionais exclusivos do 
SNC: as regiões mais altas do sistema se situam na direção rostral (direção da 
face) e suas partes inferiores se situam na direção caudal (direção da cauda).
Assim, o SNC é constituído por regiões distintas de substâncias cinzentas e 
brancas, que refl etem a organização dos seus neurônios. A substância cinzen-
ta consiste em um aglomerado de dendritos, corpos celulares de neurônios, 
neurônios curtos amielínicos e neuróglias, e é nessa região que ocorrem as 
sinapses. A substância branca, por sua vez, consiste em agrupamentos de axô-
nios mielínicos com neuróglias associadas. Sua cor branca é proveniente das 
bainhas de mielina em volta de vários axônios.
O cérebro consiste em duas camadas. A camada superfi cial, que forma o 
córtex do cérebro e do cerebelo, é composta por uma substância cinzenta. 
Abaixo do córtex cerebral está a espessa camada de substância branca do cé-
rebro. Na medula espinhal, entretanto, a substância cinzenta está localizada 
no centro e é envolvida pela substância branca. A relação entre os tamanhos 
e a forma das substâncias cinzentas e substâncias brancas varia ao longo da 
medula espinhal. A quantidade de substância branca aumenta em direção ao 
encéfalo, enquanto a substância cinzenta é encontrada em maior quantidade 
nas intumescências cervical e lombossacral, onde as inervações dos membros 
superiores e inferiores, respectivamente, fazem conexões.
Medula espinhal
A medula espinhal de um indivíduo adulto possui aproximadamente 100 mi-
lhões de neurônios e mede cerca de 45 cm de comprimento, estendendo-se do 
forame magno do crânio até a margem inferior da segunda vértebra lombar (L2). 
Trinta e um pares de raízes nervosas espinhais saem da medula espinhal. O feixe 
de raízes mais inferior se assemelha a uma cauda de cavalo (cauda equina). A 
medula espinhal apresenta intumescências localizadas (intumescência cervical 
e intumescência lombar) e trechos expandidos e alargados na coluna vertebral, 
refl etindo na inervação dos membros superiores e inferiores, respectivamente.
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Apesar de serem anatomicamente conectados, a medula espinhal e o encé-
falo apresentam uma signifi cativa independência funcional. A medula espinhal 
é mais do que apenas uma via para transmissão de informações ao encéfalo ou 
a partir dele. Embora a maioria dos estímulos seja transmitido para o encéfalo, 
a medula espinhal também é capaz de integrar e processar informações, como 
acontece nos arcos refl exos. 
Um arco refl exo implica em uma resposta automática, inconsciente e 
protetora diante de uma situação que visa preservar a homeostasia do cor-
po. Os impulsos são conduzidos por uma via pequena do neurônio sensitivo 
para o neurônio motor, e apenas dois ou três neurônios estão envolvidos. 
Os cinco componentes de um arco refl exo são o receptor, o neurônio sen-
sitivo, o neurônio central, o neurônio motor e o efetor. O receptor inclui o 
dendrito de um neurônio sensitivo e o lugar em que o impulso nervoso é 
iniciado, com o neurônio sensitivo retransmitindo o impulso para o SNC. 
O neurônio central está localizado dentrodo SNC e normalmente envolve 
um ou mais neurônios de associação (interneurônios), processando a infor-
mação. O neurônio motor conduz o impulso nervoso para um órgão efetor 
(geralmente um músculo esquelético).
Encéfalo
O encéfalo é, provavelmente, o mais fascinante órgão do corpo, sendo 
muito mais complexo do que a medula espinhal. É capaz de responder a estí-
mulos com grande versatilidade, resultado de seus aproximados 
20 bilhões de neurônios, cada um podendo receber informa-
ções simultaneamente por meio de milhares de sinapses. O 
encéfalo surge como a parte superior do tubo neural a partir 
da quarta semana de desenvolvimento embrionário. 
Imediatamente, com a sua expansão, aparecem as 
constrições que defi nem as três vesículas encefá-
licas primárias: o prosencéfalo, o mesencéfalo 
e o rombencéfalo. Com base nessas transfor-
mações, as partes mais importantes do SNC são 
originadas (Quadro 2). 
NUTRIÇÃO CLÍNICA 66
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QUADRO 2. DERIVAÇÃO E FUNÇÃO DAS PRINCIPAIS ESTRUTURAS DO ENCÉFALO
Região durante o 
desenvolvimento 
Região no 
adulto Estrutura Função
Prosencéfalo
Telencéfalo Cérebro
Controle das atividades sensitivas, 
sensoriais e motoras; raciocínio, 
memória, inteligência etc.; funções 
instintivas e límbicas.
Diencéfalo
Tálamo
Centro retransmissor; todos os 
impulsos (exceto o olfato) que se 
dirigem ao cérebro fazem sinapse 
aqui; alguma interpretação 
sensorial; início de respostas 
autônomas para dor.
Hipotálamo
Regula fome e sede, temperatura 
corporal, batimentos cardíacos, 
etc.; controla a atividade secretora 
da glândula hipófise anterior; 
funções instintivas e límbicas.
Hipófise Regula outras glândulas endócrinas.
Mesencéfalo Mesencéfalo
Colículo superior Reflexos visuais (coordenação olho-mão).
Colículo inferior Reflexos auditivos.
Pedúnculos 
cerebrais
Coordenação dos reflexos; contêm 
muitas fibras motoras.
Rombencéfalo
Metencéfalo
Cerebelo Coordenação motora e do equilíbrio.
Ponte Centro retransmissor; contém núcleos (núcleos pontinos).
Mielencéfalo Bulbo
Centro retransmissor; contém 
muitos núcleos; centros 
autônomos viscerais (por exemplo, 
respiratório, frequência cardíaca, 
vasoconstrição).
Fonte: VAN DE GRAAFF, 2003, p. 362. (Adaptado).
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O telencéfalo desenvolve duas intumescências laterais, que se transformam 
nos grandes hemisférios cerebrais, popularmente conhecidos como cérebro. 
O diencéfalo está recoberto pelos hemisférios cerebrais que derivam do telen-
céfalo, sendo somente possível visualizá-lo através de um corte sagital mediano 
que separa os hemisférios cerebrais. O cerebelo, por sua vez, está situado em 
posição dorsal à ponte e ao bulbo. O tronco encefálico é constituído pelo me-
sencéfalo, a ponte e o bulbo, que se ligam aos hemisférios cerebrais a partir do 
mesencéfalo. O cérebro, o cerebelo e o tronco encefálico constituem o encéfalo.
I. Tronco encefálico: o tronco encefálico é o segmento do encéfalo locali-
zado entre a medula espinhal e o diencéfalo, sendo composto por três estru-
turas: o mesencéfalo, a ponte e o bulbo (medula oblonga).
• Núcleos no mesencéfalo processam a informação visual e auditiva e 
coordenam e comandam respostas somáticas motoras relacionadas aos 
estímulos. Além disso, também contêm centros relacionados à manuten-
ção da consciência;
• A ponte se encontra abaixo do mesencéfalo. Ela contém núcleos envol-
vidos no controle motor somático e visceral. A ponte recebe esse nome 
devido a sua função de conectar o cerebelo ao tronco encefálico;
• A medula espinhal se conecta ao tronco encefálico pelo bulbo. A parte 
superior do bulbo possui um teto fino, membranoso, enquanto a parte in-
ferior se assemelha à medula espinhal. O bulbo retransmite a informação 
sensitiva para o tálamo e outros centros do tronco encefálico. Além disso, 
o bulbo contém importantes centros relacionados à regulação da função 
autonômica, como a frequência cardíaca, a pressão sanguínea e as ativi-
dades digestivas.
II. Cerebelo: o cerebelo é a segunda maior parte do encéfalo, corresponde 
a até 11% da massa do encéfalo. O cerebelo está situado em posição dorsal 
à ponte e ao bulbo e faz a regulação automática das atividades motoras, aju-
dando a manter a postura e o equilíbrio;
III. Telencéfalo (cérebro): o cérebro é a maior estrutura do encéfalo. Está 
dividido em dois grandes hemisférios cerebrais, separados pela fissura lon-
gitudinal. A superfície do cérebro, o córtex cerebral, é constituída por uma 
substância cinzenta. O córtex cerebral é convoluto por fendas chamadas 
de sulcos. Esses sulcos separam cristas intermediárias, denominadas giros. 
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Cada hemisfério cerebral é subdividido em cinco lobos (Quadro 3) por sul-
cos e fissuras profundas, sendo que o nome dos lobos deriva dos ossos do 
crânio adjacentes a cada um. O processamento consciente do pensamento, 
as funções intelectuais, o armazenamento e a recuperação da memória e os 
padrões motores complexos originam-se no cérebro;
CURIOSIDADE
Cada um dos hemisférios cerebrais realiza diferentes funções. Na maioria 
da população, o hemisfério esquerdo coordena habilidades analíticas e 
verbais, enquanto o hemisfério direito é o centro da inteligência espacial e 
artística. O corpo caloso unifica os dois hemisférios e possibilita um com-
partilhamento de memória e aprendizagem.
QUADRO 3. FUNÇÕES DOS LOBOS CEREBRAIS
Lobo Funções
Frontal
Controle motor voluntário dos músculos esqueléticos; personalidade; 
processos intelectuais mais elevados (por exemplo: concentração, 
planejamento e tomar decisões); comunicação verbal.
Parietal
Interpretação somatestésica (por exemplo: sensibilidade muscular e 
cutânea); compreensão da fala e formulação de palavras para expressar 
pensamentos e emoções; interpretação de texturas e formas.
Temporal Interpretação de sensações auditivas; armazenamento (memória) de experiências auditivas e visuais.
Occipital
Integração dos movimentos de focalização dos olhos; correlação de 
imagens visuais com experiências visuais prévias e outros incentivos 
sensoriais; percepção consciente de visão.
Insular Memória; integração com outras atividades cerebrais.
Fonte: MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014, p. 366. (Adaptado).
I. Diencéfalo: a parte profunda do encéfalo, ligada ao cérebro, é chamada 
de diencéfalo. O diencéfalo tem três subdivisões, e suas funções podem ser 
resumidas de acordo com os tópicos:
• O epitálamo contém a hipófise, também conhecida como glândula pi-
neal, a principal estrutura endócrina do corpo;
• O tálamo é a sede do processamento e retransmissão de impulsos sensitivos;
• O hipotálamo se conecta à hipófise e contém centros envolvidos em 
emoções, produção hormonal e função do sistema nervoso autônomo.
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Tecido nervoso
O sistema nervoso é altamente especializado e complexo, sendo formado 
por duas categorias de células: neurônios e células da glia. Os neurônios são 
células especializadas capazes de responder a estímulos físicos e químicos, 
conduzir impulsos e liberar reguladores químicos específi cos. Com isso, os 
neurônios executam funções como pensar, armazenar memória e regular ou-
tros órgãos. Neurônios desenvolvidos não podem se dividir, embora sob certas 
condições alguns deles possam regenerar pequenas porções cortadas ou de-
senvolver pequenos ramos novos.
As células da glia ou neuróglia são células nervosas que auxiliam os neurô-
nios em suas funções. As neuróglias possuem limitada capacidade de mitose e 
são cerca de cinco vezes mais populosas do que os neurônios.
Neuróglias
Diferentemente de outros sistemas, as neuróglias, células de suporte do 
sistema nervoso, possuem a mesma formação embrionária dos neurônios, isto 
é, ambas derivam do ectoderma e podem ser classifi cadas em seiscategorias, 
como podemos observar no Quadro 4.
QUADRO 4. NEURÓGLIA
Tipo Estrutura Função/Local
Astrócitos Estrelada com numerosos prolongamentos.
Formam estrutura de suporte 
entre capilares e neurônios do 
SNC; contribuem para a barreira 
hematoencefálica.
Oligodendrócitos
Assemelham-se aos astrócitos, 
mas com prolongamentos 
menores e em menor número.
Formam mielina no SNC; orientam 
o desenvolvimento dos neurônios 
no SNC.
Micróglias Células minúsculas com poucos e pequenos prolongamentos.
Fagocitam agentes patogênicos e 
resíduos celulares no interior do SNC.
Células 
ependimárias
Células colunares, algumas das 
quais têm superfícies ciliares.
Revestem os ventrículos e o 
canal central do SNC, onde o 
líquido cerebrospinal circula por 
movimentos ciliares.
NUTRIÇÃO CLÍNICA 70
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Gliócitos 
ganglionares Células planas e pequenas.
Dão sustentação nos gânglios do 
SNP.
Células de 
Schwann
Células planas dispostas em 
série em torno de axônios ou 
dendritos.
Formam mielina no SNP.
Fonte: MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014, p. 366. (Adaptado).
Neurônios
Embora os neurônios possam variar em forma e tamanho, três componen-
tes principais estão sempre presentes: o corpo celular, os dendritos e o axônio. 
O corpo celular é a porção onde encontramos o núcleo celular e as outras orga-
nelas típicas. Os corpos celulares no interior do SNC geralmente são agrupados 
em regiões denominadas núcleos, enquanto os corpos celulares no SNP fre-
quentemente são encontrados em agrupamentos chamados gânglios.
O corpo celular possui dois tipos de ramifi cações citoplasmáticas. O pri-
meiro deles são os dendritos, que respondem aos estímulos e conduzem im-
pulsos para o corpo celular. A área preenchida por dendritos é denominada 
zona dendrítica de um neurônio. O segundo tipo de ramifi cação citoplasmá-
tica é o axônio, um prolongamento extenso e cilíndrico que conduz impulsos 
que saem do corpo celular. Os axônios podem variar desde alguns milímetros 
no interior do encéfalo até mais de um metro entre a medula espinhal e as 
partes mais distais dos membros. O termo fi bra nervosa é comumente utiliza-
do para designar um axônio longo. Ao longo do axônio, o citoplasma contém 
muitas mitocôndrias e microtúbulos. 
Alguns neurônios têm partes de seus axônios cobertas por uma substância 
lipoprotéica branca chamada mielina, produzida através de células gliais espe-
cífi cas, um processo designado de mielinização. A mielina forma uma bainha 
entorno do axônio, dando suporte e ajudando na condução dos impulsos ner-
vosos. Vale destacar que os neurônios podem ser mielínicos ou amielínicos. 
Neurônios mielínicos são encontrados no SNC e no SNP, com a mielina sendo a 
responsável pela cor esbranquiçada dos nervos e pela coloração da substância 
branca do encéfalo e da medula espinhal.
No SNP, a mielinização ocorre com as células de Schwann envolvendo um 
axônio. Cada célula de Schwann enovela aproximadamente 1 mm de axônio, 
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deixando lacunas sem mielina entre as células de Schwann adjacentes. Estas 
lacunas na bainha de mielina são denominadas nódulos de Ranvier, local onde 
ocorre a propagação do impulso nervoso ao longo de um neurônio. No SNC, as 
bainhas de mielina são formadas por oligodendrócitos. Cada oligodendrócito 
possui extensões capazes de formar bainhas de mielina em vários axônios, di-
ferindo das células de Schwann, que atuam somente em um axônio.
Para a transmissão de um impulso nervoso, são imprescindíveis duas pro-
priedades funcionais dos neurônios: a irritabilidade e a condutividade. A irri-
tabilidade é a capacidade de responder a um estímulo e convertê-lo em um 
impulso, enquanto a condutividade é capacidade de transmitir um impulso. 
Assim, para conseguir realizar essa transmissão, é necessário que o potencial 
de ação seja formado e uma troca de íons sódio (Na+) e potássio (K+) ao longo 
da membrana de uma fibra nervosa resulte na criação de um estímulo capaz 
de ativar outras células.
Para que uma fibra nervosa possa responder a um estímulo, ela deve estar 
polarizada. A fibra nervosa polarizada tem uma abundância de íons sódio no 
exterior da membrana do axônio, produzindo uma diferença de carga elétrica 
chamada de potencial de repouso. Quando um estímulo com força suficiente 
chega à porção receptora do neurônio, a fibra nervosa se despolariza, e um po-
tencial de ação é iniciado. Uma vez que a despolarização é iniciada, ocorre uma 
sucessão de trocas iônicas ao longo do axônio e o potencial de ação é condu-
zido. Depois que a membrana do axônio alcança sua despolarização máxima, 
as concentrações originais de íons sódio e potássio são restabelecidas por um 
processo chamado de repolarização, que restabelece o potencial de repouso e 
torna a fibra nervosa apta ao envio de outro impulso.
Um potencial de ação somente é deslocado em um único sentido e é ca-
racterizado como uma resposta do tipo tudo ou nada, ou seja, um impulso 
iniciado se deslocará ao longo da fibra nervosa e prosseguirá sem perda na 
voltagem. Vários fatores determinam a velocidade de um potencial de ação, 
como o diâmetro da fibra nervosa, seu tipo (mielínica ou amielínica), e a con-
dição fisiológica geral do neurônio. Por exemplo, neurônios amielínicos com 
diâmetros pequenos conduzem impulsos na relação de cerca de 0,5 m/s; 
enquanto fibras nervosas mielínicas transmitem impulsos em velocidades 
superiores a 130 m/s.
NUTRIÇÃO CLÍNICA 72
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A sinapse é como chamamos uma conexão entre 
o axônio de um neurônio e um dendrito de outro 
neurônio. O terminal axônico (botões sinápticos) é 
a porção distal do neurônio pré-sináptico na extre-
midade do axônio e é caracterizado pela presença 
de numerosas mitocôndrias e vesículas sinápticas. As 
vesículas sinápticas contêm neurotransmissores, sen-
do a acetilcolina o mais comum. Quando um potencial de 
ação chega ao terminal axônico, algumas vesículas respondem, 
liberando seus neurotransmissores na fenda sináptica, um espa-
ço minúsculo que separa as membranas pré-sinápticas e pós-si-
nápticas. Se ocorrer um número sufi ciente de impulsos nervosos em 
um curto intervalo de tempo, quantidades sufi cientes de neurotransmissores 
devem se acumular no interior da fenda sináptica para estimular o neurônio 
pós-sináptico a se despolarizar. Os neurotransmissores são decompostos por 
enzimas presentes na fenda sináptica. A acetilcolinesterase é a enzima que de-
compõe a acetilcolina e prepara a sinapse para receber mais neurotransmisso-
res para um próximo impulso.
Meninges/ líquor e vascularização
As meninges são três membranas de tecido conjuntivo encontradas ao re-
dor do encéfalo e da medula espinhal. Suas funções são: envolver e guardar o 
SNC; proteger os vasos sanguíneos que nutrem o SNC e conter o líquido cere-
brospinal. As meninges se dividem em três: são a dura-máter, a aracnoide-má-
ter e a pia-máter, sendo esta última a mais interna.
• A dura-máter é a membrana mais externa e de maior resistência, envol-
vendo a medula como um dedo de luva, o saco dural; cranialmente, a dura-má-
ter continua-se com a dura-máter craniana;
• A aracnoide-máter encontra-se entre a dura-máter e a pia-máter, possui 
esse nome em virtude da distribuição de fi bras colágenas e algumas fi bras elás-
ticas, semelhante a uma teia de aranha;
• A pia-máter é a membrana mais delicada e mais interna. Está em contato 
direto com o tecido nervoso da superfície do SNC.
NUTRIÇÃO CLÍNICA 73
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ASSISTA
Existem doenças que atingem essa região das meninges, 
sendo a mais proeminente delas a meningite. Entenda 
mais sobre essa doença pelo vídeo elaborado pelo 
Ministério da Saúde.
Abaixo da aracnoide-máter, situa-se o espaço subaracnóideo, preenchido com 
líquido cerebrospinal, contendo os principaisvasos sanguíneos que abastecem o 
encéfalo. O líquido cerebrospinal é um líquido claro, semelhante à linfa, que forma 
um coxim protetor ao redor e dentro do SNC, conferindo ao cérebro a capacidade 
de flutuar. Além disso, colabora com a nutrição do encéfalo, remove resíduos pro-
duzidos pelos neurônios e transporta os sinais químicos (hormônios, por exemplo) 
entre as diferentes regiões do SNC. O líquido cerebrospinal surge do sangue e vol-
ta para ele aproximadamente em uma taxa de 500 ml por dia.
Ainda, Marieb e colaboradores (2014) apontam alguns fatores e dispositivos 
para o abastecimento e proteção do encéfalo:
O encéfalo possui um rico suprimento de capilares que abas-
tecem seu tecido nervoso com nutrientes, oxigênio e todas as 
outras moléculas vitais. No entanto, algumas moléculas trans-
portadas pelo sangue que conseguem atravessar outros capila-
res do corpo não conseguem atravessar os capilares cerebrais. 
As toxinas transportadas pelo sangue, como a ureia, e as toxinas 
bacterianas são algumas das substâncias impedidas de entrar 
no cérebro pela barreira hematoencefálica, que visa proteger as 
células nervosas do SNC.
A barreira hematoencefálica resulta basicamente de caracte-
rísticas especiais do epitélio que compõe (sic) as paredes dos 
capilares cerebrais. As células epiteliais desses capilares são re-
unidas em torno de seus perímetros inteiros por junções imper-
meáveis, fazendo que esses capilares sejam os menos permeá-
veis no corpo. Mesmo assim, a barreira hematoencefálica não é 
absoluta. Nutrientes e íons essenciais para os neurônios passam 
por ela, alguns por meio de mecanismos de transporte especiais 
nas membranas plasmáticas das células epiteliais dos capilares. 
Entretanto, ela é ineficaz com as moléculas de natureza lipos-
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solúvel, que se difundem facilmente através das membranas 
celulares, a barreira permite que a nicotina, o álcool e fármacos 
anestésicos atravessem até os neurônios do cérebro (MARIEB; 
WILHELM; MALLATT, 2014, p. 419-421).
Sistema nervoso periférico
Marieb e colaboradores (2014), dissertam sobre a importância dos estí-
mulos externos para o bem-estar dos seres humanos. O sistema nervoso 
periférico (SNP), por sua vez, é responsável pelo transporte desses estímu-
los para o SNC:
O encéfalo humano, com toda a sua sofi sticação, seria inútil sem 
suas conexões sensitivas e motoras com o mundo exterior. A 
sanidade do ser humano depende de um fl uxo contínuo de in-
formações sensitivas provenientes do ambiente. Quando volun-
tários vendados foram suspensos em um tanque de água quen-
te (um tanque de privação dos sentidos), eles começaram a ter 
alucinações: um deles viu elefantes roxos, outro ouviu um coral 
cantando e outros tiveram alucinações gustativas. A sensação 
de bem-estar também depende da capacidade para executar as 
instruções motoras enviadas pelo SNC. Muitas vítimas de lesão 
na medula espinhal se desesperam ao não serem capazes de 
se locomover ou de cuidar das próprias necessidades (MARIEB; 
WILHELM; MALLATT, 2014, p. 445- 446). 
O SNP abrange as estruturas do sistema nervoso que são externas ao 
encéfalo e a medula espinhal. É importante notar que as estruturas do SNP 
são determinadas pela sua organização funcional – impulsos nervosos de 
cada modalidade (sensitivo somático, sensitivo visceral, motor somático, 
motor visceral) que são transportados em neurônios diferentes. As estrutu-
ras do SNP são:
• Receptores sensitivos: são terminações nervosas variadas que captam 
os estímulos do interior e exterior do corpo e depois iniciam impulsos nervosos 
nos axônios sensitivos, que levam os impulsos para o SNC. Os receptores dos 
sentidos especiais são células receptoras especializadas;
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• Nervos e gânglios: os nervos são feixes de axônios periféricos e os gân-
glios são agrupamentos de corpos celulares periféricos, como aqueles perten-
centes aos neurônios sensitivos. A maioria dos nervos contém axônios sensiti-
vos e motores, sendo chamados de nervos mistos. Certos nervos cranianos (os 
nervos conectados ao encéfalo) contêm apenas axônios sensitivos e, portanto, 
têm função puramente sensitiva; outros contêm principalmente axônios moto-
res e, portanto, têm função puramente motora;
• Terminações motoras: as terminações motoras são as terminações dos 
axônios dos neurônios motores que inervam os efetores: órgãos, músculos e 
glândulas. As terminações motoras para os músculos e glândulas do corpo são 
descritas junto ao sistema orgânico apropriado: inervação do músculo esquelé-
tico; inervação do músculo cardíaco e inervação do músculo liso e das glândulas.
Os nervos do SNP são classificados como nervos cranianos (oriundos do en-
céfalo) ou nervos espinhais (oriundos da medula espinhal). Os nervos cranianos 
são 12 pares de nervos que se conectam ao encéfalo com a maioria (dez), origi-
nando-se no tronco encefálico. Os nervos cranianos são designados por nomes 
e números romanos em sequência crânio-caudal. Os nervos espinhais são 31 
pares de nervos que se conectam com a medula, nomeados com base em sua 
localização vertebral. São divididos em grupos: cervical (oito nervos), torácico 
(12 nervos), lombar (cinco nervos), sacral (cinco nervos) e coccígeo (um nervo). O 
primeiro nervo espinhal cervical sai acima da primeira vértebra cervical e cada 
nervo espinhal restante deriva da posição inferior à sua vértebra cervical.
O SNP apresenta duas subdivisões: a divisão aferente (ou sensitiva) do SNP, 
que conduz informações sensitivas ao SNC, e a divisão eferente (ou motora), 
que conduz estímulos motores para os músculos e as glândulas. A divisão afe-
rente tem início com os receptores que monitoram características específicas 
do ambiente, enquanto a divisão eferente começa no interior do SNC e termina 
em um efetuador: uma célula muscular, glandular ou outra célula especializa-
da. Ambas as divisões apresentam componentes somáticos e viscerais. A di-
visão aferente conduz informações dos receptores sensitivos somáticos, que 
monitoram os músculos esqueléticos, as articulações e a pele; já dos recepto-
res sensitivos viscerais, há o monitoramento dos outros tecidos, como a mus-
culatura lisa, o músculo cardíaco e as glândulas. A divisão aferente também 
fornece informações advindas dos órgãos sensitivos especiais, como o olho e a 
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orelha. Já a divisão eferente inclui o sistema nervoso somático (SNS), que regula 
a contração dos músculos esqueléticos, e o sistema nervoso autônomo (SNA), 
também nomeado como sistema motor visceral, que controla a musculatura 
lisa, o músculo cardíaco e a atividade glandular.
QUADRO 5. TIPOS DE FIBRAS SENSORIAIS E MOTORAS DO 
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
Componentes sensitivos
Sensitivos somáticos Sensitivos viscerais
Gerais: tato, dor, pressão, propriocepção da 
pele, parede corporal e membros.
Especiais: audição, equilíbrio e visão.
Gerais: alongamento, dor, temperatura, 
alterações químicas e irritação nas vísceras; 
náusea e fome.
Especiais: paladar e olfato.
Componentes motores
Motores somáticos Motores viscerais
Inervação motora dos músculos esqueléticos. Inervação motora do músculo liso, músculo cardíaco e glândulas.
Fonte: MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014, p. 365. (Adaptado).
As atividades do sistema nervoso somático podem ser voluntárias ou invo-
luntárias. Contrações voluntárias dos músculos esqueléticos estão sob contro-
le consciente, como quando um indivíduo controla os músculos do braço para 
levar um copo d’água até a boca. As contrações involuntárias são gerenciadas 
inconscientemente; como podemos observar quando retiramos a mão rapida-
mente de uma superfície quente antes que possamos nos dar conta da dor. 
As atividades do sistema nervoso autônomo, por sua vez, costumamocor-
rer sem que tenhamos consciência ou controle. Além disso, esse sistema pode 
ser subdividido em simpático e parassimpático. A maioria dos órgãos apresen-
tam inervação dupla, isto é, recebe impulsos dos neurônios simpáticos e paras-
simpáticos, embora cada divisão atue de maneira distinta nos órgãos viscerais. 
A ativação da divisão simpática prepara o corpo para a intensa atividade física 
em emergências (luta ou fuga); entretanto, os efeitos da estimulação dos ner-
vos parassimpáticos são muitas vezes contrários aos efeitos da estimulação 
simpática, cujas atividades visam restabelecer o corpo durante períodos de re-
pouso e de digestão alimentar (repouso e digestão). 
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QUADRO 6. FUNÇÕES DOS SISTEMAS SIMPÁTICO E 
PARASSIMPÁTICO EM ALGUNS ÓRGÃOS
Órgãos Simpático Parassimpático
Íris Dilatação da pupila (midríase). Constrição da pupila (miose).
Glândula lacrimal Vasoconstrição; pouco efeito sobre a secreção. Secreção abundante.
Glândulas salivares Vasoconstrição; secreção viscosa e pouco abundante.
Vasodilatação; secreção fluida 
e abundante.
Glândulas sudoríparas Secreção copiosa (fibras colinérgicas). Inervação ausente.
Músculos eretores dos pelos Ereção dos pelos. Inervação ausente.
Coração
Aceleração do ritmo cardíaco 
(taquicardia); dilatação das 
coronárias.
Diminuição do ritmo cardíaco 
(bradicardia); dilatação das 
coronárias.
Brônquios Dilatação. Constrição.
Tubo digestório
Diminuição do peristaltismo 
e fechamento dos 
esfíncteres.
Aumento do peristaltismo e 
abertura dos esfíncteres.
Bexiga Pouca ou nenhuma ação. Contração da parede.
Genitais masculinos Vasoconstrição; ejaculação. Vasodilatação; ereção.
Glândula supra-renal
Secreção de adrenalina 
(através de fibras pré-
ganglionares).
Nenhuma ação.
Glândula pineal Veicula a ação inibidora da luz ambiente. Ação desconhecida.
Vasos sanguíneos do tronco 
e das extremidades Vasoconstrição.
Nenhuma ação; inervação 
possivelmente ausente.
Fonte: DÂNGELO; FATTINI, 2007, p. 114. (Adaptado).
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Sintetizando
Os músculos são estruturas anatômicas com a capacidade de se contrair, 
que nos permitem desempenhar funções, como produzir movimento, abrir e 
fechar passagens no corpo, manter a postura e estabilizar as articulações, bem 
como gerar calor corporal. Os tipos de tecido muscular são: o músculo estriado 
esquelético, que se liga ao esqueleto e pode ser contraído voluntariamente; o 
músculo estriado cardíaco, encontrado somente na parede do coração, que se 
contrai involuntariamente; e o músculo liso, encontrado nas paredes de órgãos 
ocos, que se contrai involuntariamente e possui células não estriadas. 
Cada músculo esquelético é um órgão individual, estendendo-se a partir 
de uma ligação menos móvel (origem), até uma ligação mais móvel (inserção). 
Os elementos de tecido conjuntivo que se encontram anexados ao músculo 
esquelético são o epimísio (ao redor do músculo), o perimísio (ao redor de um 
fascículo) e o endomísio (ao redor de uma fibra), com todas essas bainhas con-
tribuindo para a formação dos tendões. Por fim, os músculos se ligam com os 
ossos através de tendões ou aponeuroses.
Uma célula do músculo esquelético ou liso é chamada de fibra e um feixe 
de fibras musculares é chamado de fascículo. O retículo sarcoplasmático é uma 
especialização do retículo endoplasmático liso para a fibra muscular. Quando 
um estímulo de uma célula nervosa alcança a fibra muscular, é gerado um impul-
so que sinaliza ao retículo sarcoplasmático a liberação de íons cálcio, realizando 
a contração muscular através do deslizamento dos miofilamentos. A contração 
muscular pode ocorrer através da contração isométrica, que não altera o tama-
nho do músculo, ou da contração isotônica: concêntrica quando o músculo en-
curta, ou excêntrica, quando o músculo produz tração enquanto se alonga.
O conhecimento da anatomia dos músculos permite deduzir a ação resul-
tante da contração dos músculos. Além disso, o conhecimento dos músculos 
axiais e apendiculares, bem como as ações por eles executadas, permitem uma 
melhor compreensão dos mais variados movimentos realizados pelo corpo hu-
mano, em especial a locomoção.
Outro sistema muito importante do corpo humano é sistema nervoso. As 
funções do sistema nervoso incluem a orientação, a coordenação, a assimila-
ção e a programação de comportamento instintivo. O sistema nervoso abrange 
 ANATOMIA HUMANA 79
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todo o tecido nervoso no corpo humano e é composto por dois tipos celulares: 
os neurônios, células especializadas na transmissão de sinais elétricos, e as 
neuróglias, células que proporcionam suporte para as atividades dos neurô-
nios. Chamamos de sinapse a junção funcional entre dois neurônios. As vesícu-
las sinápticas na célula pré-sináptica liberam neurotransmissores na fenda si-
náptica e, ao ser capturado pela membrana pós-sináptica, o neurotransmissor 
influencia o neurônio pós-sináptico a gerar um impulso nervoso.
A grande maioria das células se concentra no sistema nervoso central, loca-
lizado dentro da cavidade craniana (encéfalo) e na coluna vertebral (medula es-
pinhal), sendo protegido pelo esqueleto. No encéfalo, encontramos o cérebro 
(telencéfalo e diencéfalo), o cerebelo e o tronco encefálico (mesencéfalo, ponte 
e bulbo). A divisão do sistema nervoso que parte do SNC para os órgãos de ou-
tros sistemas se chama sistema nervoso periférico, formado por nervos, seus 
gânglios (dilatações com corpos de neurônios sensitivos ou motores viscerais) e 
terminações nervosas das vias aferentes ou eferentes. Os nervos estão dividi-
dos em 31 pares espinhais (conectados à medula espinhal) e 12 pares cranianos 
(conectados ao encéfalo). Tanto as vias eferentes e aferentes do sistema nervo-
so somático (da pele e subcutâneo, músculos, tendões e articulações) quanto 
do sistema nervoso visceral (dos músculos lisos de vasos e vísceras, músculo 
cardíaco e glândulas) percorrem o sistema nervoso periférico para encontrar 
sua trajetória especifica no sistema nervoso central. Se a função é consciente, 
essas vias chegam ou saem do cérebro, uma vez que o córtex cerebral é a área 
mais importante para o desempenho das funções conscientes.
 ANATOMIA HUMANA 80
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Referências bibliográficas
DÂNGELO, J. G.; FATTINI, C. A. Anatomia humana sistêmica e segmentar. 3 
ed. São Paulo: Atheneu, 2007.
MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e fisiologia. 7 ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.
MARIEB, E. N.; WILHELM, P. B.; MALLATT, J. Anatomia humana. 7 ed. São Paulo: 
Pearson, 2014.
O QUE você sabe sobre a meningite? Postado por Ministério da Saúde. (2min. 
05s.). son. color. port. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=ug-
w7S9kPthY>. Acesso em: 14 set. 2020. 
VAN DE GRAAFF, K. M. Anatomia humana. 6 ed. Barueri: Manole, 2003.
 ANATOMIA HUMANA 81
SER_NUTRI_ANAHU_UNID2.indd 81 22/10/20 16:13
SISTEMA 
CARDIOVASCULAR, 
SISTEMA 
RESPIRATÓRIO 
E SISTEMA 
DIGESTÓRIO
3
UNIDADE
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Objetivos da unidade
Tópicos de estudo
 Descrever o esquema básico do sistema circulatório e sua função;
 Apontar o trajeto do sangue nas câmaras do coração e das circulações 
sistêmica e pulmonar;
 Identificar os principais componentes e funções do sistema linfático;
 Analisar as funções principais e organização estrutural do sistema 
respiratório;
 Explicar a função global e principais processos do sistema digestório.
 Sistema cardiovascular: 
conceito e divisão
 Coração, circulação e tipo de 
circulação sanguínea
 Artérias e veias, capilares 
sanguíneos, sistema linfático, 
baço e timo
 Sistema respiratório: conceito 
e divisão
 Nariz, cavidade nasal e seios 
paranasais, faringe, laringe, 
traqueia, brônquios, pleura e 
pulmões
 Sistema digestório: conceitoe 
divisão 
 Funções do sistema digestório
 Órgãos anexos ao sistema 
digestório
ANATOMIA HUMANA 83
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Sistema cardiovascular: conceito e divisão
O corpo humano é constituído por diversas células especializadas que de-
pendem de suas inter-relações para garantir a própria manutenção e conti-
nuidade. A maioria das células do corpo está fi xa em tecidos e não são capa-
zes de obter alimento e oxigênio em seus próprios locais ou mesmo descartar 
seus próprios resíduos. Com isso, é necessário um sistema altamente efi ciente 
para a condução de materiais no interior do corpo, o sistema cardiovascular 
(ou circulatório). Em comparação, o sistema circulatório equivale ao sistema de 
resfriamento de um carro, com seus componentes básicos incluindo o líquido 
circulante (o sangue), uma bomba induzindo a circulação do líquido (o coração) 
e diversos tubos condutores (os vasos sanguíneos).
O sistema cardiovascular é tão importante que possui diversas especia-
lidades médicas que se dedicam à compreensão de seus compo-
nentes. O ramo relacionado com o estudo do sangue, tecidos 
formadores do sangue e os distúrbios associados é a 
hematologia. O ramo relacionado ao estudo cientí-
fi co do coração e das doenças associadas é a car-
diologia. Por fi m, o ramo relacionado ao estudo 
dos vasos sanguíneos e linfáticos e das doenças 
associadas é a angiologia.
Funções do sistema cardiovascular
As funções do sistema cardiovascular estão relacionadas ao sangue, uma 
massa líquida de tecido conjuntivo especializado, e podem ser agrupadas em 
três grandes áreas: transporte, regulação e proteção.
• Transporte: o sangue realiza o transporte de oxigênio (O2), dos pulmões 
para as células do corpo, e dióxido de carbono (CO2), das células do corpo para 
os pulmões. O sangue também conduz: nutrientes absorvidos no trato gastrin-
testinal para as células do corpo; hormônios produzidos nas glândulas endócri-
nas para outros locais no corpo onde devem atuar; e produtos residuais para 
eliminação do corpo em locais como pulmões, rins e pele. Por fi m, o sangue 
também transporta calor;
• Regulação: a circulação do sangue ajuda na manutenção da homeostasia 
do corpo. O sangue atua na regulação do pH por meio de tampões, substâncias 
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químicas que convertem ácidos ou bases fortes em ácidos ou bases fracos. O 
sangue também colabora no ajuste da temperatura do corpo, por meio das 
propriedades físicas do plasma sanguíneo (a porção líquida do sangue) e da 
velocidade de fluxo sanguíneo na pele, que permitem a dissipação do excesso 
de calor do sangue para o ambiente;
• Proteção: devido aos componentes sanguíneos, o sistema cardiovascu-
lar é capaz de gerar uma proteção contra a perda excessiva de sangue após 
uma lesão, um processo conhecido como coagulação. Além disso, os leucócitos 
protegem contra agentes infecciosos pela fagocitose. Vários tipos de proteínas 
presentes no sangue, como anticorpos, colaboram na proteção contra doenças 
de diversas formas.
As funções do sistema cardiovascular são essenciais, de forma que qual-
quer célula ou órgão que tiver privação completa da circulação pode morrer 
em questão de minutos.
Divisão do sistema cardiovascular
O sistema circulatório é dividido em sistema cardiovascular, formado pelo 
coração, vasos sanguíneos e sangue, e sistema linfático, composto pelos vasos 
linfáticos e órgãos linfáticos. O coração atua como uma bomba hidráulica com 
quatro câmaras, que proporciona a pressão necessária para conduzir o sangue 
por meio dos vasos para os pulmões e para os demais tecidos do corpo. O co-
ração de um adulto em repouso bombeia cerca de cinco litros de sangue por 
minuto. É necessário, aproximadamente, um minuto para que o sangue circule 
da extremidade mais distante e retorne ao coração.
Os vasos sanguíneos estabelecem uma rede de canais que permite ao 
sangue fluir do coração para todas os tecidos do corpo e, em seguida, de volta 
ao coração. Artérias conduzem o sangue para fora do coração, enquanto as 
veias conduzem o sangue de volta ao mesmo. Ambas se ramificam 
para formar uma rede de vasos progressivamente menores. O 
sangue é transportado dos vasos arteriais aos vasos 
venosos pelos capilares, vasos sanguíneos finos e 
muito numerosos. Todas as trocas de nutrientes, 
líquidos e resíduos entre o sangue e as células 
dos tecidos são viabilizadas pelas paredes per-
meáveis dos capilares.
ANATOMIA HUMANA 85
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Coração, circulação e tipo de circulação sanguínea
Coração
O coração é uma estrutura muscular oca, com quatro câmaras e do tamanho, 
aproximado, de um punho fechado. O coração está localizado dentro da cavidade 
torácica no mediastino, um espaço existente entre os pulmões. Se encontra 
majoritariamente à esquerda do plano mediano, com seu ápice (ponta em forma 
de cone) para baixo, logo acima do diafragma, e com sua base na extremidade 
superior, uma região larga que se conecta com os grandes vasos.
Externo ao coração, temos um saco seroso de tecido conjuntivo denso 
fi broso denominado pericárdio parietal, que recobre o coração e delimita o 
coração dos demais órgãos torácicos. O pericárdio parietal é composto por 
uma membrana externa fi brosa e uma membrana interna serosa, também 
conhecida como lâmina parietal do pericárdio seroso. A lâmina visceral do 
pericárdio seroso (também chamada de epicárdio) se encontra na superfície do 
coração, sua camada mais externa. A lacuna entre as lâminas parietal e visceral 
do pericárdio seroso é denominada cavidade do pericárdio. O pericárdio seroso 
produz o líquido pericárdico, um líquido aquoso e lubrifi cante que envolve o 
coração e o protege contra o atrito durante seus batimentos. 
As paredes do coração são constituídas por três camadas (ou túnicas) 
distintas, como descrito no Quadro 1.
QUADRO 1. CAMADAS DA PAREDE DO CORAÇÃO
Camadas Características Funções
Epicárdio 
(lâmina visceral do 
pericárdio seroso)
Membrana serosa incluindo capilares 
sanguíneos, capilares linfáticos e 
fi bras nervosas.
Atua como camada externa 
lubrifi cante.
Miocárdio
Tecido muscular cardíaco separado por 
tecido conjuntivo e incluindo capilares 
sanguíneos, capilares linfáticos e 
fi bras nervosas.
Proporciona contrações 
musculares que ejetam 
o sangue das câmaras 
cardíacas.
Endocárdio
Tecido endotelial e uma camada 
subendotelial espessa de fi bras 
elásticas e colágenas.
Atua como revestimento 
interno protetor das 
câmaras e das valvas.
(lâmina visceral do 
Epicárdio 
(lâmina visceral do 
pericárdio seroso)
Epicárdio 
(lâmina visceral do 
pericárdio seroso)
Epicárdio 
(lâmina visceral do 
pericárdio seroso)
(lâmina visceral do 
pericárdio seroso)
Miocárdio
(lâmina visceral do 
pericárdio seroso)
Miocárdio
pericárdio seroso)
Membrana serosa incluindo capilares 
Miocárdio
Membrana serosa incluindo capilares 
Miocárdio
Endocárdio
Membrana serosa incluindo capilares 
sanguíneos, capilares linfáticos e 
Endocárdio
Membrana serosa incluindo capilares 
sanguíneos, capilares linfáticos e 
Tecido muscular cardíaco separado por 
Endocárdio
Membrana serosa incluindo capilares 
sanguíneos, capilares linfáticos e 
Tecido muscular cardíaco separado por 
tecido conjuntivo e incluindo capilares 
Endocárdio
Membrana serosa incluindo capilares 
sanguíneos, capilares linfáticos e 
fi bras nervosas.
Tecido muscular cardíaco separado por 
tecido conjuntivo e incluindo capilares 
sanguíneos, capilares linfáticos e 
Membrana serosa incluindo capilares 
sanguíneos, capilares linfáticos e 
fi bras nervosas.
Tecido muscular cardíaco separado por 
tecido conjuntivo e incluindo capilares 
sanguíneos, capilares linfáticos e 
Membrana serosa incluindo capilares 
sanguíneos, capilares linfáticos e 
fi bras nervosas.
Tecido muscular cardíaco separado por 
tecido conjuntivo e incluindocapilares 
sanguíneos, capilares linfáticos e 
Tecido endotelial e uma camada 
Membrana serosa incluindo capilares 
sanguíneos, capilares linfáticos e 
fi bras nervosas.
Tecido muscular cardíaco separado por 
tecido conjuntivo e incluindo capilares 
sanguíneos, capilares linfáticos e 
fi bras nervosas.
Tecido endotelial e uma camada 
subendotelial espessa de fi bras 
Membrana serosa incluindo capilares 
sanguíneos, capilares linfáticos e 
fi bras nervosas.
Tecido muscular cardíaco separado por 
tecido conjuntivo e incluindo capilares 
sanguíneos, capilares linfáticos e 
fi bras nervosas.
Tecido endotelial e uma camada 
subendotelial espessa de fi bras 
Membrana serosa incluindo capilares 
sanguíneos, capilares linfáticos e 
Tecido muscular cardíaco separado por 
tecido conjuntivo e incluindo capilares 
sanguíneos, capilares linfáticos e 
fi bras nervosas.
Tecido endotelial e uma camada 
subendotelial espessa de fi bras 
elásticas e colágenas.
Membrana serosa incluindo capilares 
sanguíneos, capilares linfáticos e 
Tecido muscular cardíaco separado por 
tecido conjuntivo e incluindo capilares 
sanguíneos, capilares linfáticos e 
fi bras nervosas.
Tecido endotelial e uma camada 
subendotelial espessa de fi bras 
elásticas e colágenas.
Tecido muscular cardíaco separado por 
tecido conjuntivo e incluindo capilares 
sanguíneos, capilares linfáticos e 
fi bras nervosas.
Tecido endotelial e uma camada 
subendotelial espessa de fi bras 
elásticas e colágenas.
Atua como camada externa 
Tecido muscular cardíaco separado por 
tecido conjuntivo e incluindo capilares 
sanguíneos, capilares linfáticos e 
Tecido endotelial e uma camada 
subendotelial espessa de fi bras 
elásticas e colágenas.
Atua como camada externa 
Tecido muscular cardíaco separado por 
tecido conjuntivo e incluindo capilares 
sanguíneos, capilares linfáticos e 
Tecido endotelial e uma camada 
subendotelial espessa de fi bras 
elásticas e colágenas.
Atua como camada externa 
Tecido endotelial e uma camada 
subendotelial espessa de fi bras 
elásticas e colágenas.
Atua como camada externa 
lubrifi cante.
Proporciona contrações 
musculares que ejetam 
Tecido endotelial e uma camada 
subendotelial espessa de fi bras 
elásticas e colágenas.
Atua como camada externa 
lubrifi cante.
Proporciona contrações 
musculares que ejetam 
o sangue das câmaras 
subendotelial espessa de fi bras 
Atua como camada externa 
lubrifi cante.
Proporciona contrações 
musculares que ejetam 
o sangue das câmaras 
Atua como camada externa 
lubrifi cante.
Proporciona contrações 
musculares que ejetam 
o sangue das câmaras 
Atua como revestimento 
Atua como camada externa 
Proporciona contrações 
musculares que ejetam 
o sangue das câmaras 
cardíacas.
Atua como revestimento 
interno protetor das 
Proporciona contrações 
musculares que ejetam 
o sangue das câmaras 
cardíacas.
Atua como revestimento 
interno protetor das 
câmaras e das valvas.
Proporciona contrações 
musculares que ejetam 
o sangue das câmaras 
cardíacas.
Atua como revestimento 
interno protetor das 
câmaras e das valvas.
musculares que ejetam 
o sangue das câmaras 
Atua como revestimento 
interno protetor das 
câmaras e das valvas.
Atua como revestimento 
interno protetor das 
câmaras e das valvas.
Atua como revestimento 
interno protetor das 
câmaras e das valvas.
interno protetor das 
câmaras e das valvas.
 Fonte: VAN DE GRAAF, 2003, p. 547. (Adaptado).
ANATOMIA HUMANA 86
SER_NUTRI_ANAHU_UNID3.indd 86 22/10/20 16:11
Internamente, o coração é organizado em quatro câmaras: duas superiores, 
átrios direito e esquerdo e duas inferiores, ventrículos direito e esquerdo. Os 
átrios atuam simultaneamente, se contraindo e impulsionando o sangue para 
o interior dos ventrículos, que também se contraem em conjunto. Os átrios 
estão separados entre si pelo fi no septo interatrial, enquanto os ventrículos 
estão separados entre si pelo espesso septo interventricular. As valvas do co-
ração são estruturas presentes nas entradas e saídas dos ventrículos e atuam 
mantendo o fl uxo de sangue em somente uma direção. 
QUADRO 2. VALVAS DO CORAÇÃO
Valvas Localização Comentários
Valva 
atrioventricular 
direita
Entre o átrio direito e o 
ventrículo direito.
Constituída por três cúspides que evitam 
o refl uxo do sangue do ventrículo direito 
para o átrio direito durante a contração 
ventricular.
Valva do tronco 
pulmonar
Entre o ventrículo direito e o 
tronco pulmonar.
Constituída por três válvulas semilunares, 
que evitam o refl uxo do sangue do 
tronco pulmonar para o ventrículo direito 
durante o relaxamento ventricular.
Valva 
atrioventricular 
esquerda (mitral)
Entre o átrio esquerdo e o 
ventrículo esquerdo.
Constituída por duas cúspides, que 
evitam o refl uxo do sangue do ventrículo 
esquerdo para o átrio esquerdo durante a 
contração ventricular.
Valva da aorta Entre o ventrículo esquerdo e a parte ascendente da aorta.
Constituída por três válvulas semilunares, 
que evitam o refl uxo do sangue da parte 
ascendente da aorta para o ventrículo 
esquerdo durante o relaxamento 
ventricular.
Fonte: VAN DE GRAAFF, 2003, p. 548. (Adaptado).
Valva 
atrioventricular 
Valva 
atrioventricular atrioventricular 
direita
atrioventricular 
direita
Valva do tronco 
atrioventricular 
Valva do tronco 
pulmonar
Valva do tronco 
pulmonar
Entre o átrio direito e o 
Valva do tronco 
pulmonar
atrioventricular 
Entre o átrio direito e o 
ventrículo direito.
Valva do tronco 
pulmonar
Valva 
atrioventricular 
esquerda (mitral)
Entre o átrio direito e o 
ventrículo direito.
Entre o ventrículo direito e o 
Valva 
atrioventricular 
esquerda (mitral)
Entre o átrio direito e o 
ventrículo direito.
Entre o ventrículo direito e o 
atrioventricular 
esquerda (mitral)
Entre o átrio direito e o 
ventrículo direito.
Entre o ventrículo direito e o 
atrioventricular 
esquerda (mitral)
Valva da aorta
Entre o átrio direito e o 
ventrículo direito.
Entre o ventrículo direito e o 
tronco pulmonar.
esquerda (mitral)
Valva da aorta
Entre o átrio direito e o 
ventrículo direito.
Entre o ventrículo direito e o 
tronco pulmonar.
Entre o átrio esquerdo e o 
Valva da aorta
Entre o ventrículo direito e o 
tronco pulmonar.
Entre o átrio esquerdo e o 
Valva da aorta
Constituída por três cúspides que evitam 
Entre o ventrículo direito e o 
tronco pulmonar.
Entre o átrio esquerdo e o 
ventrículo esquerdo.
Valva da aorta
Constituída por três cúspides que evitam 
o refl uxo do sangue do ventrículo direito 
Entre o ventrículo direito e o 
tronco pulmonar.
Entre o átrio esquerdo e o 
ventrículo esquerdo.
Entre o ventrículo esquerdo e 
Constituída por três cúspides que evitam 
o refl uxo do sangue do ventrículo direito 
para o átrio direito durante a contração 
Entre o ventrículo direito e o 
Entre o átrio esquerdo e o 
ventrículo esquerdo.
Entre o ventrículo esquerdo e 
a parte ascendente da aorta.
Constituída por três cúspides que evitam 
o refl uxo do sangue do ventrículo direito 
para o átrio direito durante a contração 
Constituída por três válvulas semilunares, 
Entre o átrio esquerdo e o 
ventrículo esquerdo.
Entre o ventrículo esquerdo e 
a parte ascendente da aorta.
Constituída por três cúspides que evitam 
o refl uxo do sangue do ventrículo direito 
para o átrio direito durante a contração 
Constituída por três válvulas semilunares, 
Entre o átrio esquerdo e o 
ventrículo esquerdo.
Entre o ventrículo esquerdo e 
a parte ascendente da aorta.
Constituída por três cúspides que evitam 
o refl uxo do sangue do ventrículo direito 
para o átrio direito durante a contração 
Constituída por três válvulas semilunares, 
que evitam o refl uxo do sangue do 
tronco pulmonar para o ventrículo direito 
Entre o átrio esquerdo e o 
ventrículo esquerdo.
Entre o ventrículo esquerdo e 
a parte ascendente da aorta.
Constituída por três cúspides que evitam 
o refl uxo do sangue do ventrículo direito 
para o átrio direitodurante a contração 
ventricular.
Constituída por três válvulas semilunares, 
que evitam o refl uxo do sangue do 
tronco pulmonar para o ventrículo direito 
durante o relaxamento ventricular.
Entre o ventrículo esquerdo e 
a parte ascendente da aorta.
Constituída por três cúspides que evitam 
o refl uxo do sangue do ventrículo direito 
para o átrio direito durante a contração 
ventricular.
Constituída por três válvulas semilunares, 
que evitam o refl uxo do sangue do 
tronco pulmonar para o ventrículo direito 
durante o relaxamento ventricular.
Constituída por duas cúspides, que 
evitam o refl uxo do sangue do ventrículo 
Entre o ventrículo esquerdo e 
a parte ascendente da aorta.
Constituída por três cúspides que evitam 
o refl uxo do sangue do ventrículo direito 
para o átrio direito durante a contração 
ventricular.
Constituída por três válvulas semilunares, 
que evitam o refl uxo do sangue do 
tronco pulmonar para o ventrículo direito 
durante o relaxamento ventricular.
Constituída por duas cúspides, que 
evitam o refl uxo do sangue do ventrículo 
esquerdo para o átrio esquerdo durante a 
Entre o ventrículo esquerdo e 
a parte ascendente da aorta.
Constituída por três cúspides que evitam 
o refl uxo do sangue do ventrículo direito 
para o átrio direito durante a contração 
ventricular.
Constituída por três válvulas semilunares, 
que evitam o refl uxo do sangue do 
tronco pulmonar para o ventrículo direito 
durante o relaxamento ventricular.
Constituída por duas cúspides, que 
evitam o refl uxo do sangue do ventrículo 
esquerdo para o átrio esquerdo durante a 
Entre o ventrículo esquerdo e 
a parte ascendente da aorta.
Constituída por três cúspides que evitam 
o refl uxo do sangue do ventrículo direito 
para o átrio direito durante a contração 
Constituída por três válvulas semilunares, 
que evitam o refl uxo do sangue do 
tronco pulmonar para o ventrículo direito 
durante o relaxamento ventricular.
Constituída por duas cúspides, que 
evitam o refl uxo do sangue do ventrículo 
esquerdo para o átrio esquerdo durante a 
a parte ascendente da aorta.
Constituída por três válvulas semilunares, 
Constituída por três cúspides que evitam 
o refl uxo do sangue do ventrículo direito 
para o átrio direito durante a contração 
Constituída por três válvulas semilunares, 
que evitam o refl uxo do sangue do 
tronco pulmonar para o ventrículo direito 
durante o relaxamento ventricular.
Constituída por duas cúspides, que 
evitam o refl uxo do sangue do ventrículo 
esquerdo para o átrio esquerdo durante a 
contração ventricular.
Constituída por três válvulas semilunares, 
que evitam o refl uxo do sangue da parte 
o refl uxo do sangue do ventrículo direito 
para o átrio direito durante a contração 
Constituída por três válvulas semilunares, 
que evitam o refl uxo do sangue do 
tronco pulmonar para o ventrículo direito 
durante o relaxamento ventricular.
Constituída por duas cúspides, que 
evitam o refl uxo do sangue do ventrículo 
esquerdo para o átrio esquerdo durante a 
contração ventricular.
Constituída por três válvulas semilunares, 
que evitam o refl uxo do sangue da parte 
ascendente da aorta para o ventrículo 
para o átrio direito durante a contração 
Constituída por três válvulas semilunares, 
que evitam o refl uxo do sangue do 
tronco pulmonar para o ventrículo direito 
durante o relaxamento ventricular.
Constituída por duas cúspides, que 
evitam o refl uxo do sangue do ventrículo 
esquerdo para o átrio esquerdo durante a 
contração ventricular.
Constituída por três válvulas semilunares, 
que evitam o refl uxo do sangue da parte 
ascendente da aorta para o ventrículo 
esquerdo durante o relaxamento 
Constituída por três válvulas semilunares, 
que evitam o refl uxo do sangue do 
tronco pulmonar para o ventrículo direito 
durante o relaxamento ventricular.
Constituída por duas cúspides, que 
evitam o refl uxo do sangue do ventrículo 
esquerdo para o átrio esquerdo durante a 
contração ventricular.
Constituída por três válvulas semilunares, 
que evitam o refl uxo do sangue da parte 
ascendente da aorta para o ventrículo 
esquerdo durante o relaxamento 
Constituída por três válvulas semilunares, 
tronco pulmonar para o ventrículo direito 
durante o relaxamento ventricular.
Constituída por duas cúspides, que 
evitam o refl uxo do sangue do ventrículo 
esquerdo para o átrio esquerdo durante a 
contração ventricular.
Constituída por três válvulas semilunares, 
que evitam o refl uxo do sangue da parte 
ascendente da aorta para o ventrículo 
esquerdo durante o relaxamento 
tronco pulmonar para o ventrículo direito 
durante o relaxamento ventricular.
Constituída por duas cúspides, que 
evitam o refl uxo do sangue do ventrículo 
esquerdo para o átrio esquerdo durante a 
contração ventricular.
Constituída por três válvulas semilunares, 
que evitam o refl uxo do sangue da parte 
ascendente da aorta para o ventrículo 
esquerdo durante o relaxamento 
Constituída por duas cúspides, que 
evitam o refl uxo do sangue do ventrículo 
esquerdo para o átrio esquerdo durante a 
contração ventricular.
Constituída por três válvulas semilunares, 
que evitam o refl uxo do sangue da parte 
ascendente da aorta para o ventrículo 
esquerdo durante o relaxamento 
ventricular.
evitam o refl uxo do sangue do ventrículo 
esquerdo para o átrio esquerdo durante a 
Constituída por três válvulas semilunares, 
que evitam o refl uxo do sangue da parte 
ascendente da aorta para o ventrículo 
esquerdo durante o relaxamento 
ventricular.
evitam o refl uxo do sangue do ventrículo 
esquerdo para o átrio esquerdo durante a 
Constituída por três válvulas semilunares, 
que evitam o refl uxo do sangue da parte 
ascendente da aorta para o ventrículo 
esquerdo durante o relaxamento 
ventricular.
esquerdo para o átrio esquerdo durante a 
Constituída por três válvulas semilunares, 
que evitam o refl uxo do sangue da parte 
ascendente da aorta para o ventrículo 
esquerdo durante o relaxamento 
ventricular.
Constituída por três válvulas semilunares, 
que evitam o refl uxo do sangue da parte 
ascendente da aorta para o ventrículo 
esquerdo durante o relaxamento 
que evitam o refl uxo do sangue da parte 
ascendente da aorta para o ventrículo 
esquerdo durante o relaxamento 
A contração dos ventrículos chama-se sístole. Ela, juntamente com a tensão 
das fi bras elásticas e a contração dos músculos lisos nas paredes das artérias 
sistêmicas, colabora para a pressão sistólica nas artérias. O relaxamento ven-
tricular chama-se diástole, cuja pressão diastólica no interior das artérias pode 
ser registrada durante o movimento. Vale destacar que o controle da atividade 
cardíaca é feito pelo sistema autônomo, tanto parassimpático (atua inibindo) 
e quanto simpático (atua estimulando). Estes nervos agem sobre uma forma-
ção de células musculares na parede do átrio direito chamada nó sinoatrial, 
uma espécie de “marca-passo” do coração. Assim, ritmicamente, o impulso se 
ANATOMIA HUMANA 87
SER_NUTRI_ANAHU_UNID3.indd 87 22/10/20 16:11
distribui no miocárdio, resultando em contração. Este impulso alcança o nó 
atrioventricular, encontrado na parte inferior do septo interatrial, e é propa-
gado para os ventrículos por meio do fascículo atrioventricular, permitindo ao 
estímulo alcançar o miocárdio. O conjunto destas estruturas especializadas é 
denominado complexo estimulante do coração. 
Circulação sanguínea
A circulação é como denominamos 
o trajeto do sangue por meio do cora-
ção e dos vasos, que ocorre na forma 
de duas correntes sanguíneas, com 
ambas partindo ao mesmo tempo do 
coração. O átrio e ventrículo direito re-
cebem sangue com baixo teor de oxi-
gênio (O2) e o impulsionam para os pul-
mões. O átrio e o ventrículo esquerdo 
recebem sangue rico em O2 (sangue 
oxigenado) dos pulmões e o impulsio-
nam para o resto do corpo.
A circulação sanguínea pode ser diferenciada em circulação pulmonar e 
circulação sistêmica. A circulação pulmonar abrangeos vasos sanguíneos que 
conduzem o sangue para os pulmões para ocorrer a hematose (processo de 
eliminação do dióxido de carbono e aumento da concentração de oxigênio) 
e, em seguida, retornam o sangue ao coração. Compõem essa circulação: o 
ventrículo direito, que ejeta o sangue; o tronco pulmonar; as artérias pulmo-
nares, que levam o sangue desoxigenado para os pulmões; os capilares pul-
monares no interior dos pulmões; as veias pulmonares, que levam o sangue 
oxigenado para o coração; e o átrio esquerdo, que acolhe o sangue 
das veias pulmonares. 
A circulação sistêmica agrupa todos os vasos san-
guíneos que não participam da circulação pulmonar. 
Compõem essa circulação: o átrio esquerdo; o ven-
trículo esquerdo; a aorta e todos os seus ramos; to-
dos os capilares que não estejam envolvidos com a 
hematose nos pulmões; e todas as veias, com exceção 
ANATOMIA HUMANA 88
SER_NUTRI_ANAHU_UNID3.indd 88 22/10/20 16:11
das veias pulmonares. Vale destacar que o átrio direito recebe o sangue desoxi-
genado vindo da circulação sistêmica. Além dessas duas principais circulações 
sanguíneas, podemos ressaltar mais três circulações de menor importância:
• Circulação colateral: é possível observar anastomoses (comunicações) 
entre ramos adjacentes de artérias ou de veias entre si. Na presença de uma 
obstrução (parcial ou total), o sangue pode circular ativamente por essa rede, 
estabelecendo uma efetiva circulação colateral;
• Circulação portal: ocorre quando uma veia conecta duas redes de capi-
lares, sem passar por um órgão intermediário. O principal exemplo desse tipo 
é a circulação porta hepática, em que a rede capilar no intestino e a rede de 
capilares sinusoides no fígado, com a veia porta interpondo essas duas redes;
• Circulação coronária: as paredes do coração possuem um suprimento 
particular de vasos sanguíneos para suprir suas necessidades. O miocárdio é 
alimentado pelas artérias coronárias direita e esquerda, originadas da parte 
ascendente da aorta. Após alcançar os capilares no miocárdio, o sangue é re-
colhido para as veias cardíacas e, em seguida, entra no átrio direito através de 
um óstio (abertura).
Artérias e veias, capilares sanguíneos, sistema linfático, 
baço e timo
Vasos sanguíneos
Os vasos sanguíneos compreen-
dem uma rede fechada de canais por 
onde transita o sangue devido à con-
tração rítmica do coração. Ao sair do 
coração, o sangue é transportado por 
vasos de diâmetros progressivamente 
menores denominados artérias, ar-
teríolas e capilares. Os capilares são 
microscópicos vasos que interpõem o fl uxo arterial e o fl uxo venoso. A partir 
dos vasos capilares, o sangue é conduzido de volta ao coração por vasos de diâ-
metros progressivamente maiores chamados vênulas e veias. Essa disposição 
dos vasos assegura um suprimento contínuo de sangue para essas estruturas.
ANATOMIA HUMANA 89
SER_NUTRI_ANAHU_UNID3.indd 89 22/10/20 16:13
QUADRO 3. VASOS SANGUÍNEOS DO CORPO HUMANO E SUAS FUNÇÕES
Vasos sanguíneos Tamanhos Funções
Artérias elásticas As maiores artérias no corpo. Conduz sangue do coração para as artérias musculares.
Artérias musculares Artérias de tamanho médio. Distribui sangue para as arteríolas.
Arteríolas Microscópicas (15 a 30 μm de diâmetro).
Leva sangue para os capilares e ajuda a 
regular o fl uxo sanguíneo das artérias 
para os capilares.
Capilares
Microscópicas; os menores 
vasos sanguíneos
 (5 a 10 μm de diâmetro).
Permite a troca de nutrientes e resíduos 
entre o sangue e o líquido intersticial; 
distribui o sangue para as vênulas 
pós-capilares.
Vênulas pós-capilares Microscópicas (10 a 15 μm de diâmetro).
Passa o sangue para as vênulas 
musculares; permite a troca de 
nutrientes e resíduos entre o sangue e 
o líquido intersticial; atua na emigração 
dos leucócitos.
Vênulas musculares Microscópicas (50 a 200 μm de diâmetro).
Passa o sangue para as veias; 
reservatórios para acumular grandes 
volumes de sangue (junto com as 
vênulas pós-capilares).
Veias Variam de 0,5 mm a 3 cm de diâmetro.
Retorna o sangue para o coração, 
facilitado pelas válvulas nas veias 
dos membros.
Artérias elásticasArtérias elásticas
Artérias musculares
Artérias elásticas
Artérias musculares
Artérias elásticas
Artérias musculares
Artérias elásticas
Artérias musculares
Artérias elásticas
Artérias musculares
Arteríolas
Artérias musculares
Arteríolas
As maiores artérias no corpo.
Artérias musculares
Arteríolas
As maiores artérias no corpo.
Artérias de tamanho médio.
Arteríolas
As maiores artérias no corpo.
Artérias de tamanho médio.
Capilares
As maiores artérias no corpo.
Artérias de tamanho médio.
Capilares
As maiores artérias no corpo.
Artérias de tamanho médio.
Capilares
Vênulas pós-capilares
As maiores artérias no corpo.
Artérias de tamanho médio.
(15 a 30 μm de diâmetro).
Capilares
Vênulas pós-capilares
As maiores artérias no corpo.
Artérias de tamanho médio.
Microscópicas 
(15 a 30 μm de diâmetro).
Vênulas pós-capilares
As maiores artérias no corpo.
Artérias de tamanho médio.
Microscópicas 
(15 a 30 μm de diâmetro).
Microscópicas; os menores 
Vênulas pós-capilares
Artérias de tamanho médio.
Microscópicas 
(15 a 30 μm de diâmetro).
Microscópicas; os menores 
Vênulas pós-capilares
Conduz sangue do coração para as 
Artérias de tamanho médio.
Microscópicas 
(15 a 30 μm de diâmetro).
Microscópicas; os menores 
vasos sanguíneos
 (5 a 10 μm de diâmetro).
Vênulas pós-capilares
Conduz sangue do coração para as 
(15 a 30 μm de diâmetro).
Microscópicas; os menores 
vasos sanguíneos
 (5 a 10 μm de diâmetro).
Vênulas pós-capilares
Conduz sangue do coração para as 
Distribui sangue para as arteríolas.
(15 a 30 μm de diâmetro).
Microscópicas; os menores 
vasos sanguíneos
 (5 a 10 μm de diâmetro).
Conduz sangue do coração para as 
artérias musculares.
Distribui sangue para as arteríolas.
Leva sangue para os capilares e ajuda a 
Microscópicas; os menores 
vasos sanguíneos
 (5 a 10 μm de diâmetro).
 (10 a 15 μm de diâmetro).
Conduz sangue do coração para as 
artérias musculares.
Distribui sangue para as arteríolas.
Leva sangue para os capilares e ajuda a 
regular o fl uxo sanguíneo das artérias 
Microscópicas; os menores 
vasos sanguíneos
 (5 a 10 μm de diâmetro).
Microscópicas
 (10 a 15 μm de diâmetro).
Conduz sangue do coração para as 
artérias musculares.
Distribui sangue para as arteríolas.
Leva sangue para os capilares e ajuda a 
regular o fl uxo sanguíneo das artérias 
Microscópicas; os menores 
vasos sanguíneos
 (5 a 10 μm de diâmetro).
Microscópicas
 (10 a 15 μm de diâmetro).
Conduz sangue do coração para as 
artérias musculares.
Distribui sangue para as arteríolas.
Leva sangue para os capilares e ajuda a 
regular o fl uxo sanguíneo das artérias 
 (5 a 10 μm de diâmetro).
Microscópicas
 (10 a 15 μm de diâmetro).
Conduz sangue do coração para as 
artérias musculares.
Distribui sangue para as arteríolas.
Leva sangue para os capilares e ajuda a 
regular o fl uxo sanguíneo das artérias 
Permite a troca de nutrientes e resíduos 
Microscópicas
 (10 a 15 μm de diâmetro).
Conduz sangue do coração para as 
artérias musculares.
Distribui sangue para as arteríolas.
Leva sangue para os capilares e ajuda a 
regular o fl uxo sanguíneo das artérias 
para os capilares.
Permite a troca de nutrientes e resíduos 
entre o sangue e o líquido intersticial; 
Microscópicas
 (10 a 15 μm de diâmetro).
Conduz sangue do coração para as 
Distribui sangue para as arteríolas.
Leva sangue para os capilares e ajuda a 
regular o fl uxo sanguíneo das artérias 
para os capilares.
Permite a troca de nutrientes e resíduos 
entre o sangue e o líquido intersticial; 
distribui o sangue para as vênulas 
 (10 a 15 μm de diâmetro).
Conduz sangue do coração para as 
Distribui sangue para as arteríolas.
Leva sangue para os capilares e ajuda a 
regular o fl uxo sanguíneo das artérias 
para os capilares.
Permite a troca de nutrientes e resíduos 
entreo sangue e o líquido intersticial; 
distribui o sangue para as vênulas 
 (10 a 15 μm de diâmetro).
Distribui sangue para as arteríolas.
Leva sangue para os capilares e ajuda a 
regular o fl uxo sanguíneo das artérias 
para os capilares.
Permite a troca de nutrientes e resíduos 
entre o sangue e o líquido intersticial; 
distribui o sangue para as vênulas 
Passa o sangue para as vênulas 
Distribui sangue para as arteríolas.
Leva sangue para os capilares e ajuda a 
regular o fl uxo sanguíneo das artérias 
para os capilares.
Permite a troca de nutrientes e resíduos 
entre o sangue e o líquido intersticial; 
distribui o sangue para as vênulas 
pós-capilares.
Passa o sangue para as vênulas 
musculares; permite a troca de 
nutrientes e resíduos entre o sangue e 
o líquido intersticial; atua na emigração 
Leva sangue para os capilares e ajuda a 
regular o fl uxo sanguíneo das artérias 
Permite a troca de nutrientes e resíduos 
entre o sangue e o líquido intersticial; 
distribui o sangue para as vênulas 
pós-capilares.
Passa o sangue para as vênulas 
musculares; permite a troca de 
nutrientes e resíduos entre o sangue e 
o líquido intersticial; atua na emigração 
Leva sangue para os capilares e ajuda a 
regular o fl uxo sanguíneo das artérias 
Permite a troca de nutrientes e resíduos 
entre o sangue e o líquido intersticial; 
distribui o sangue para as vênulas 
pós-capilares.
Passa o sangue para as vênulas 
musculares; permite a troca de 
nutrientes e resíduos entre o sangue e 
o líquido intersticial; atua na emigração 
regular o fl uxo sanguíneo das artérias 
Permite a troca de nutrientes e resíduos 
entre o sangue e o líquido intersticial; 
distribui o sangue para as vênulas 
pós-capilares.
Passa o sangue para as vênulas 
musculares; permite a troca de 
nutrientes e resíduos entre o sangue e 
o líquido intersticial; atua na emigração 
Permite a troca de nutrientes e resíduos 
entre o sangue e o líquido intersticial; 
distribui o sangue para as vênulas 
pós-capilares.
Passa o sangue para as vênulas 
musculares; permite a troca de 
nutrientes e resíduos entre o sangue e 
o líquido intersticial; atua na emigração 
dos leucócitos.
Permite a troca de nutrientes e resíduos 
entre o sangue e o líquido intersticial; 
distribui o sangue para as vênulas 
Passa o sangue para as vênulas 
musculares; permite a troca de 
nutrientes e resíduos entre o sangue e 
o líquido intersticial; atua na emigração 
dos leucócitos.
Permite a troca de nutrientes e resíduos 
entre o sangue e o líquido intersticial; 
distribui o sangue para as vênulas 
Passa o sangue para as vênulas 
musculares; permite a troca de 
nutrientes e resíduos entre o sangue e 
o líquido intersticial; atua na emigração 
dos leucócitos.
Passa o sangue para as vênulas 
musculares; permite a troca de 
nutrientes e resíduos entre o sangue e 
o líquido intersticial; atua na emigração 
dos leucócitos.
Passa o sangue para as vênulas 
musculares; permite a troca de 
nutrientes e resíduos entre o sangue e 
o líquido intersticial; atua na emigração 
dos leucócitos.
nutrientes e resíduos entre o sangue e 
o líquido intersticial; atua na emigração 
nutrientes e resíduos entre o sangue e 
o líquido intersticial; atua na emigração o líquido intersticial; atua na emigração 
Vênulas muscularesVênulas muscularesVênulas muscularesVênulas muscularesVênulas muscularesVênulas musculares
VeiasVeias
 (50 a 200 μm de diâmetro). (50 a 200 μm de diâmetro).
Microscópicas
 (50 a 200 μm de diâmetro).
Microscópicas
 (50 a 200 μm de diâmetro).
Variam de 0,5 mm a 3 cm 
Microscópicas
 (50 a 200 μm de diâmetro).
Variam de 0,5 mm a 3 cm 
Microscópicas
 (50 a 200 μm de diâmetro).
Variam de 0,5 mm a 3 cm 
de diâmetro.
 (50 a 200 μm de diâmetro).
Variam de 0,5 mm a 3 cm 
de diâmetro.
 (50 a 200 μm de diâmetro).
Variam de 0,5 mm a 3 cm 
de diâmetro.
 (50 a 200 μm de diâmetro).
Variam de 0,5 mm a 3 cm 
de diâmetro.
Passa o sangue para as veias; 
reservatórios para acumular grandes 
Variam de 0,5 mm a 3 cm 
Passa o sangue para as veias; 
reservatórios para acumular grandes 
volumes de sangue (junto com as 
Variam de 0,5 mm a 3 cm 
Passa o sangue para as veias; 
reservatórios para acumular grandes 
volumes de sangue (junto com as 
Passa o sangue para as veias; 
reservatórios para acumular grandes 
volumes de sangue (junto com as 
vênulas pós-capilares).
Retorna o sangue para o coração, 
Passa o sangue para as veias; 
reservatórios para acumular grandes 
volumes de sangue (junto com as 
vênulas pós-capilares).
Retorna o sangue para o coração, 
facilitado pelas válvulas nas veias 
Passa o sangue para as veias; 
reservatórios para acumular grandes 
volumes de sangue (junto com as 
vênulas pós-capilares).
Retorna o sangue para o coração, 
facilitado pelas válvulas nas veias 
Passa o sangue para as veias; 
reservatórios para acumular grandes 
volumes de sangue (junto com as 
vênulas pós-capilares).
Retorna o sangue para o coração, 
facilitado pelas válvulas nas veias 
Passa o sangue para as veias; 
reservatórios para acumular grandes 
volumes de sangue (junto com as 
vênulas pós-capilares).
Retorna o sangue para o coração, 
facilitado pelas válvulas nas veias 
dos membros.
Passa o sangue para as veias; 
reservatórios para acumular grandes 
volumes de sangue (junto com as 
vênulas pós-capilares).
Retorna o sangue para o coração, 
facilitado pelas válvulas nas veias 
dos membros.
reservatórios para acumular grandes 
volumes de sangue (junto com as 
vênulas pós-capilares).
Retorna o sangue para o coração, 
facilitado pelas válvulas nas veias 
dos membros.
reservatórios para acumular grandes 
volumes de sangue (junto com as 
vênulas pós-capilares).
Retorna o sangue para o coração, 
facilitado pelas válvulas nas veias 
dos membros.
Retorna o sangue para o coração, 
facilitado pelas válvulas nas veias 
dos membros.
Retorna o sangue para o coração, 
facilitado pelas válvulas nas veias facilitado pelas válvulas nas veias 
Fonte: TORTORA; NIELSEN, 2013, p. 531. (Adaptado).
É digno de nota que os vasos sanguíneos não são tubos rígidos que sim-
plesmente direcionam o fl uxo do sangue, mas são estruturas dinâmicas que 
pulsam, constringem e relaxam, e até mesmo proliferam, segundo as neces-
sidades variáveis do corpo. Essas características originam das paredes dos 
vasos sanguíneos, que são constituídas de três túnicas (ou camadas):
• Túnica externa (ou adventícia): localizada mais externamente, é 
composta de tecido conjuntivo frouxo;
• Túnica média: essa camada intermediária é composta de músculo 
liso. As artérias possuem quantidades variáveis de fibras elásticas em sua 
túnica média;
• Túnica interna: é a mais interna das três camadas, sendo composta de 
epitélio simples pavimentoso (o endotélio) e fibras elásticas. Os capilares 
são compostos apenas do endotélio, sobre uma lâmina basal.
ANATOMIA HUMANA 90
SER_NUTRI_ANAHU_UNID3.indd 90 22/10/20 16:13
Muitas veias possuem uma estrutura chamada válvula, que estão au-
sentes nas artérias, nas veias do cérebro e em algumas veias do pescoço e 
do tronco. As válvulas são pregas membranosas da túnica interna da veia 
que orientam a direção da corrente sanguínea, mantendo sua circulação 
rumo ao coração e impedindo seu refluxo.
EXPLICANDO
A retenção de sangue nas veias das pernas por períodos longos pode 
causar a deformação das veias nos trechos onde as válvulas se tornam 
ineficientes. O resultado são as veias varicosas, conhecidas popularmente 
como varizes. As varicosidades resultantes nas veias anais são conheci-
das como hemorroidas. As veias varicosas podem ser hereditárias, mas 
também podem ocorrer com pessoas em ocupações que requerem longos 
períodos de imobilidade. A obesidade e a gravidez podem provocar ou 
agravar o problema. 
Chamamos de pressão sanguínea a força gerada pelo sangue contra as pare-
des internas dos vasos que percorrem. É principalmente observada nas artérias 
e arteríolas nas quais a pressão é mais alta. Noscapilares e vênulas, a pressão 
sanguínea é consideravelmente baixa, com isso, o movimento do sangue é mais 
lento. Nas veias, a pressão sanguínea atua secundariamente, porque a ação das 
válvulas e a contração dos músculos esqueléticos exercem a maioria da força ne-
cessária para mover o sangue para o coração. A pressão sanguínea comumente 
é considerada um sinal vital, bem como outros fatores como a frequência respi-
ratória, a medida da frequência de pulsação e a temperatura corpórea.
Sistema linfático
O sistema linfático se relaciona intimamente com o sistema cardiovascular, 
uma vez que sua função principal é devolver o excesso de líquido para os vasos 
sanguíneos por meio dos vasos linfáticos. Além disso, esse sistema 
atua na defesa do corpo contra microrganismos e substâncias es-
tranhas, bem como na absorção de gordura.
Todos os capilares sanguíneos são envolvidos por 
tecido conjuntivo frouxo que contém líquido tecidual 
(ou intersticial), originado do sangue filtrado pelas 
paredes dos capilares, e cuja composição consiste 
em água, vários íons, moléculas de nutrientes e gases 
ANATOMIA HUMANA 91
SER_NUTRI_ANAHU_UNID3.indd 91 22/10/20 16:13
respiratórios. Os vasos linfáticos atuam 
na coleta desse excesso de líquido em 
volta dos capilares e na sua devolução 
para a corrente sanguínea. Uma vez 
dentro dos vasos linfáticos, esse líqui-
do chama-se linfa. Quando ocorre um 
bloqueio dos vasos linfáticos, a região 
do corpo afetada incha devido ao ex-
cesso de líquido tecidual, uma condição 
conhecida como edema.
Como a linfa é conduzida somente 
na direção do coração, os vasos linfáti-
cos mantêm um sistema de mão única 
e variam de acordo com seus tamanhos 
(calibre). Os vasos menores, que recebem a linfa primeiro, são os capilares linfáti-
cos, que conduzem a linfa para os vasos (coletores) linfáticos. Os vasos linfáticos 
drenam para os troncos linfáticos, que se unem para formar os ductos linfáticos 
e desembocarem nas veias da raiz do pescoço.
Ao longo do seu trajeto pelos vasos linfáticos, a linfa é filtrada por cen-
tenas de linfonodos, pequenos órgãos em forma de feijão. Em seu interior, 
os linfonodos contêm células fagocíticas que ajudam a remover patógenos 
da linfa antes que ela atinja o sistema venoso. A linfa é transportada para 
um linfonodo pelos vasos linfáticos aferentes e saem pelos vasos linfáticos 
eferentes. Nódulos linfáticos no interior de linfonodos são locais de produ-
ção de linfócitos e, portanto, são importantes no desenvolvimento de uma 
resposta imune. Frequentemente, os linfonodos são encontrados ao longo 
do percurso dos vasos sanguíneos. Em inflamações, o linfonodo 
pode inchar e tornar-se doloroso, uma ocorrência popularmen-
te conhecida como íngua.
Além dos linfonodos, constituem órgãos linfáticos 
as tonsilas, o baço e o timo. Os órgãos linfáticos 
desempenham funções importantes no sistema 
imunológico (Quadro 4). Os grandes nódulos nas 
paredes da faringe são denominados tonsilas.
ANATOMIA HUMANA 92
SER_NUTRI_ANAHU_UNID3.indd 92 22/10/20 16:13
Órgãos Locais Funções
Linfonodos
Em agrupamentos ou cadeias ao 
longo do trajeto de grandes vasos 
linfáticos.
Locais de produção de linfócitos; 
aloja linfócitos T e linfócitos B que são 
responsáveis por imunidade; fagócitos 
fi ltram partículas estranhas e resíduos 
celulares da linfa.
Tonsilas Em um anel na junção da cavidade oral e faringe.
Protege contra a invasão de substâncias 
estranhas que são ingeridas ou inaladas.
Baço
Porção esquerda superior da 
cavidade abdominal, abaixo do 
diafragma e apoiada ao estômago.
Atua como reservatório de sangue; fagocita e 
fi ltra partículas estranhas, restos celulares e 
eritrócitos velhos do sangue; produção 
de linfócitos.
Timo Interior do mediastino, atrás do manúbrio do esterno.
Importante local imunológico em uma 
criança; produção de linfócitos; modifi ca 
linfócitos indiferenciados em linfócitos T.
QUADRO 4. ÓRGÃOS LINFÁTICOS
LinfonodosLinfonodosLinfonodosLinfonodos
Em agrupamentos ou cadeias ao 
Tonsilas
Em agrupamentos ou cadeias ao 
longo do trajeto de grandes vasos 
Tonsilas
Em agrupamentos ou cadeias ao 
longo do trajeto de grandes vasos 
Tonsilas
Em agrupamentos ou cadeias ao 
longo do trajeto de grandes vasos 
Em um anel na junção da cavidade 
Baço
Em agrupamentos ou cadeias ao 
longo do trajeto de grandes vasos 
Em um anel na junção da cavidade 
Baço
Em agrupamentos ou cadeias ao 
longo do trajeto de grandes vasos 
linfáticos.
Em um anel na junção da cavidade 
Em agrupamentos ou cadeias ao 
longo do trajeto de grandes vasos 
linfáticos.
Em um anel na junção da cavidade 
Porção esquerda superior da 
Timo
Em agrupamentos ou cadeias ao 
longo do trajeto de grandes vasos 
linfáticos.
Em um anel na junção da cavidade 
oral e faringe.
Porção esquerda superior da 
cavidade abdominal, abaixo do 
diafragma e apoiada ao estômago.
Timo
Em agrupamentos ou cadeias ao 
longo do trajeto de grandes vasos 
Em um anel na junção da cavidade 
oral e faringe.
Porção esquerda superior da 
cavidade abdominal, abaixo do 
diafragma e apoiada ao estômago.
Em agrupamentos ou cadeias ao 
longo do trajeto de grandes vasos 
Em um anel na junção da cavidade 
oral e faringe.
Porção esquerda superior da 
cavidade abdominal, abaixo do 
diafragma e apoiada ao estômago.
Interior do mediastino, atrás do 
longo do trajeto de grandes vasos 
Em um anel na junção da cavidade 
oral e faringe.
Porção esquerda superior da 
cavidade abdominal, abaixo do 
diafragma e apoiada ao estômago.
Interior do mediastino, atrás do 
Em um anel na junção da cavidade 
Porção esquerda superior da 
cavidade abdominal, abaixo do 
diafragma e apoiada ao estômago.
Interior do mediastino, atrás do 
manúbrio do esterno.
Locais de produção de linfócitos; 
aloja linfócitos T e linfócitos B que são 
responsáveis por imunidade; fagócitos 
Em um anel na junção da cavidade 
Porção esquerda superior da 
cavidade abdominal, abaixo do 
diafragma e apoiada ao estômago.
Interior do mediastino, atrás do 
manúbrio do esterno.
Locais de produção de linfócitos; 
aloja linfócitos T e linfócitos B que são 
responsáveis por imunidade; fagócitos 
fi ltram partículas estranhas e resíduos 
Em um anel na junção da cavidade 
Porção esquerda superior da 
cavidade abdominal, abaixo do 
diafragma e apoiada ao estômago.
Interior do mediastino, atrás do 
manúbrio do esterno.
Locais de produção de linfócitos; 
aloja linfócitos T e linfócitos B que são 
responsáveis por imunidade; fagócitos 
fi ltram partículas estranhas e resíduos 
Porção esquerda superior da 
cavidade abdominal, abaixo do 
diafragma e apoiada ao estômago.
Interior do mediastino, atrás do 
manúbrio do esterno.
Locais de produção de linfócitos; 
aloja linfócitos T e linfócitos B que são 
responsáveis por imunidade; fagócitos 
fi ltram partículas estranhas e resíduos 
Protege contra a invasão de substâncias 
estranhas que são ingeridas ou inaladas.
cavidade abdominal, abaixo do 
diafragma e apoiada ao estômago.
Interior do mediastino, atrás do 
manúbrio do esterno.
Locais de produção de linfócitos; 
aloja linfócitos T e linfócitos B que são 
responsáveis por imunidade; fagócitos 
fi ltram partículas estranhas e resíduos 
Protege contra a invasão de substâncias 
estranhas que são ingeridas ou inaladas.
diafragma e apoiada ao estômago.
Atua como reservatório de sangue; fagocita e 
Interior do mediastino, atrás do 
manúbrio do esterno.
Locais de produção de linfócitos; 
aloja linfócitos T e linfócitos B que são 
responsáveis por imunidade; fagócitos 
fi ltram partículas estranhas e resíduos 
celulares da linfa.
Protege contra a invasão de substâncias 
estranhas que são ingeridas ou inaladas.
Atua como reservatório de sangue; fagocita e 
fi ltra partículas estranhas, restos celulares e 
Interior do mediastino, atrás do 
manúbrio do esterno.
Locais de produção de linfócitos; 
aloja linfócitos T e linfócitos B que são 
responsáveis porimunidade; fagócitos 
fi ltram partículas estranhas e resíduos 
celulares da linfa.
Protege contra a invasão de substâncias 
estranhas que são ingeridas ou inaladas.
Atua como reservatório de sangue; fagocita e 
fi ltra partículas estranhas, restos celulares e 
eritrócitos velhos do sangue; produção 
Interior do mediastino, atrás do 
Locais de produção de linfócitos; 
aloja linfócitos T e linfócitos B que são 
responsáveis por imunidade; fagócitos 
fi ltram partículas estranhas e resíduos 
celulares da linfa.
Protege contra a invasão de substâncias 
estranhas que são ingeridas ou inaladas.
Atua como reservatório de sangue; fagocita e 
fi ltra partículas estranhas, restos celulares e 
eritrócitos velhos do sangue; produção 
Locais de produção de linfócitos; 
aloja linfócitos T e linfócitos B que são 
responsáveis por imunidade; fagócitos 
fi ltram partículas estranhas e resíduos 
celulares da linfa.
Protege contra a invasão de substâncias 
estranhas que são ingeridas ou inaladas.
Atua como reservatório de sangue; fagocita e 
fi ltra partículas estranhas, restos celulares e 
eritrócitos velhos do sangue; produção 
Importante local imunológico em uma 
criança; produção de linfócitos; modifi ca 
Locais de produção de linfócitos; 
aloja linfócitos T e linfócitos B que são 
responsáveis por imunidade; fagócitos 
fi ltram partículas estranhas e resíduos 
celulares da linfa.
Protege contra a invasão de substâncias 
estranhas que são ingeridas ou inaladas.
Atua como reservatório de sangue; fagocita e 
fi ltra partículas estranhas, restos celulares e 
eritrócitos velhos do sangue; produção 
Importante local imunológico em uma 
criança; produção de linfócitos; modifi ca 
linfócitos indiferenciados em linfócitos T.
aloja linfócitos T e linfócitos B que são 
responsáveis por imunidade; fagócitos 
fi ltram partículas estranhas e resíduos 
Protege contra a invasão de substâncias 
estranhas que são ingeridas ou inaladas.
Atua como reservatório de sangue; fagocita e 
fi ltra partículas estranhas, restos celulares e 
eritrócitos velhos do sangue; produção 
Importante local imunológico em uma 
criança; produção de linfócitos; modifi ca 
linfócitos indiferenciados em linfócitos T.
responsáveis por imunidade; fagócitos 
fi ltram partículas estranhas e resíduos 
Protege contra a invasão de substâncias 
estranhas que são ingeridas ou inaladas.
Atua como reservatório de sangue; fagocita e 
fi ltra partículas estranhas, restos celulares e 
eritrócitos velhos do sangue; produção 
de linfócitos.
Importante local imunológico em uma 
criança; produção de linfócitos; modifi ca 
linfócitos indiferenciados em linfócitos T.
fi ltram partículas estranhas e resíduos 
Protege contra a invasão de substâncias 
estranhas que são ingeridas ou inaladas.
Atua como reservatório de sangue; fagocita e 
fi ltra partículas estranhas, restos celulares e 
eritrócitos velhos do sangue; produção 
de linfócitos.
Importante local imunológico em uma 
criança; produção de linfócitos; modifi ca 
linfócitos indiferenciados em linfócitos T.
Protege contra a invasão de substâncias 
estranhas que são ingeridas ou inaladas.
Atua como reservatório de sangue; fagocita e 
fi ltra partículas estranhas, restos celulares e 
eritrócitos velhos do sangue; produção 
de linfócitos.
Importante local imunológico em uma 
criança; produção de linfócitos; modifi ca 
linfócitos indiferenciados em linfócitos T.
Protege contra a invasão de substâncias 
estranhas que são ingeridas ou inaladas.
Atua como reservatório de sangue; fagocita e 
fi ltra partículas estranhas, restos celulares e 
eritrócitos velhos do sangue; produção 
de linfócitos.
Importante local imunológico em uma 
criança; produção de linfócitos; modifi ca 
linfócitos indiferenciados em linfócitos T.
estranhas que são ingeridas ou inaladas.
Atua como reservatório de sangue; fagocita e 
fi ltra partículas estranhas, restos celulares e 
eritrócitos velhos do sangue; produção 
Importante local imunológico em uma 
criança; produção de linfócitos; modifi ca 
linfócitos indiferenciados em linfócitos T.
Atua como reservatório de sangue; fagocita e 
fi ltra partículas estranhas, restos celulares e 
eritrócitos velhos do sangue; produção 
Importante local imunológico em uma 
criança; produção de linfócitos; modifi ca 
linfócitos indiferenciados em linfócitos T.
fi ltra partículas estranhas, restos celulares e 
eritrócitos velhos do sangue; produção 
Importante local imunológico em uma 
criança; produção de linfócitos; modifi ca 
linfócitos indiferenciados em linfócitos T.
Importante local imunológico em uma 
criança; produção de linfócitos; modifi ca 
linfócitos indiferenciados em linfócitos T.
Importante local imunológico em uma 
criança; produção de linfócitos; modifi ca 
linfócitos indiferenciados em linfócitos T.
criança; produção de linfócitos; modifi ca 
linfócitos indiferenciados em linfócitos T.
Fonte: VAN DE GRAAFF, 2003, p. 587. (Adaptado).
Sistema respiratório: conceito e divisão 
Os seres humanos são capazes de sobreviver sem água por dias e sem ali-
mento por semanas, mas não conseguem sobreviver sem oxigênio por nem mes-
mo alguns minutos. As inúmeras células no corpo exigem um suprimento contí-
nuo de oxigênio (O2) para produzir a energia da qual precisam para desempenhar 
suas funções vitais. Além disso, as células produzem dióxido de carbono (CO2), um 
subproduto gerado durante um processo químico de conversão da glicose em 
energia celular (ATP) chamado respiração celular e que o corpo deve eliminar.
Para realizar a função primordial de abastecer o corpo com O2 e descartar CO2, 
precisam ocorrer os seguintes processos, chamados coletivamente de respiração:
• Ventilação pulmonar: o ar precisa entrar e sair dos pulmões 
para que os gases nos alvéolos pulmonares (sacos de ar) sejam 
substituídos continuamente. Esse movimento se cha-
ma ventilação ou respiração;
• Respiração externa: a troca gasosa deve 
ocorrer entre o sangue e o ar nos alvéolos. O O2 
nos sacos de ar se difunde no sangue; o CO2 no 
sangue se difunde nos alvéolos;
ANATOMIA HUMANA 93
SER_NUTRI_ANAHU_UNID3.indd 93 22/10/20 16:13
• Transporte dos gases respiratórios: o O2 e o CO2 precisam 
ser conduzidos dos pulmões para as células do corpo, 
um processo realizado pelo sistema cardiovascular, 
com o sangue atuando de fluido de transporte;
• Respiração interna: nos capilares sistêmi-
cos, os gases necessitam ser trocados entre o 
sangue e as células dos tecidos.
Os processos respiratórios asseguram que a respi-
ração celular possa ocorrer em todas as células do corpo. Podemos observar 
que os sistemas respiratório e cardiovascular estão intimamente associados: 
se algum deles falhar, as células do corpo começam a morrer devido à priva-
ção de oxigênio. Como o sistema respiratório movimenta o ar para dentro e 
para fora do corpo, ele também está relacionado com a fala e com o olfato. 
O ramo da medicina que atua com o diagnóstico e tratamento das doen-
ças das orelhas, nariz e garganta é chamado de otorrinolaringologia, en-
quanto pneumologia é a especialidade de diagnóstico e tratamento das 
doenças dos pulmões.
No que se refere à divisão do sistema respiratório, ele inclui os seguintes ór-
gãos: o nariz, a cavidade nasal e os seios paranasais; a faringe; a laringe; a tra-
queia; os brônquios e suas ramificações; e os pulmões, que contêm os sacos de 
ar terminais, ou alvéolos. Em termos funcionais, essas estruturas respiratórias 
são divididas em estruturas de condução e de respiração. A parte de condução 
inclui as vias de passagem respiratórias, que transportam o ar para os locais 
de troca gasosa. Suas estruturas também filtram, umidificam e aquecem o ar 
que passa por elas. Desse modo, o ar que chega aos pulmões contém muito 
menos poeira do que continha quan-
do entrou pelo nariz, sendo aquecido 
e eliminado. A parte de respiração, em 
que realmente ocorre a troca gasosa 
nos pulmões, é constituída pelas vias 
de passagem respiratóriasterminais 
dos pulmões, isto é, bronquíolos res-
piratórios, ductos alveolares, sacos al-
veolares e alvéolos.
ANATOMIA HUMANA 94
SER_NUTRI_ANAHU_UNID3.indd 94 22/10/20 16:14
Sistema Respiratório
Cavidade nasal mais 
seios paranasais 
Pulmão esquerdo
Pulmão direito
Laringe
Narinas
Traqueia
Carina
Cavidade oral
Brônquio esquerdo 
principal
Brônquios
Brônquio direito 
principal
Faringe
Diafragma
Figura 1. Sistema respiratório. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 01/10/2020.
Nariz, cavidade nasal e seios paranasais, faringe, laringe, 
traqueia, brônquios, pleura e pulmões
Parte condutora do sistema respiratório
Nariz, cavidade nasal e seios paranasais
A primeira via do sistema respiratório por onde o ar adentra é o nariz, que 
possui duas aberturas chamadas narinas. Elas permitem a entrada do ar para a 
cavidade nasal, a parte interna do nariz. A região da cavidade nasal compreen-
dida pelas estruturas cartilaginosas do nariz é chamada de vestíbulo e possui 
pelos em seu epitélio, que capturam grandes partículas no ar e os impedem de 
prosseguir para o restante do sistema respiratório. 
A cavidade nasal é separada pelo septo nasal, que possui uma porção car-
tilaginosa (formada pela cartilagem septal) e uma porção óssea (constituída 
ANATOMIA HUMANA 95
SER_NUTRI_ANAHU_UNID3.indd 95 22/10/20 16:14
pela lâmina perpendicular do osso etmoide e pelo vômer). As maxilas, os ossos 
nasais e frontal, o etmoide e o esfenoide formam as paredes laterais e superior 
da cavidade nasal. A partir da parede lateral, se projetam três estruturas ós-
seas chamadas conchas nasais superior, média e inferior, que geram espaços 
conhecidos como meatos nasais superior, médio e inferior, caracterizados por 
serem canais aéreos estreitos que promovem filtração, aquecimento e o ume-
decimento do ar inspirado.
O palato duro, formado pelos ossos maxila e palatino, forma o assoalho da 
cavidade nasal e separa as cavidades oral e nasal. O palato mole muscular se 
estende ao palato duro posteriormente, definindo o limite entre a parte nasal 
da faringe e as partes restantes da faringe. A cavidade nasal se encerra em 
duas aberturas para a região nasal da faringe, chamadas cóanos.
A cavidade nasal se comunica com espaços aéreos encontrados em alguns 
ossos do crânio chamados seios paranasais. Existem quatro pares de seios pa-
ranasais, que são nomeados de acordo com os ossos que se encontram com 
o seio maxilar, frontal, esfenoidal e células etmoidais. Os seios paranasais são 
parcialmente responsáveis pela ressonância do som e atuam na diminuição 
do peso do crânio. Além disso, produzem uma secreção mucosa que colabora 
para a superfície da cavidade nasal se manter úmida e limpa. Quando a mu-
cosa que produz essa secreção inflama, estamos diante de um quadro clínico 
chamado sinusite.
Faringe
Comumente conhecida como garganta ou goela, a faringe é um órgão mus-
cular em forma de funil que interliga as cavidades nasais e oral com a larin-
ge (sistema respiratório) e o esôfago (sistema digestório), possuindo funções 
respiratória e digestória. Além disso, atua como câmara de ressonância para 
alguns sons da fala. A faringe é dividida com base na localização e 
função em três regiões.
• A parte nasal da faringe atua somente como pas-
sagem para o ar, pois se localiza acima da entrada de 
alimentos do corpo (a boca). Sua posição é logo atrás 
da cavidade nasal e acima do palato mole, sendo a 
parte superior da faringe. Uma úvula palatina pen-
de da porção inferior mediana do palato mole;
ANATOMIA HUMANA 96
SER_NUTRI_ANAHU_UNID3.indd 96 22/10/20 16:14
• A parte oral é a porção seguinte da faringe, localizada entre o palato mole 
e o osso hioide. Passam por essa região o ar inalado da respiração, assim como 
os alimentos e líquidos deglutidos. A base da língua compõe a parede anterior 
da parte oral da faringe;
• A parte laríngea é a porção inferior da faringe, que se estende inferiormen-
te do osso hioide até a laringe. Na parte inferior da parte laríngea da faringe 
ocorre a separação dos sistemas respiratório e digestório, com o ar inalado é 
conduzido anteriormente na laringe, enquanto os alimentos e líquidos degluti-
dos são encaminhados ao esôfago.
Na parede lateral da parte nasal da faringe há uma abertura que se liga à tuba 
auditiva, que permite a comunicação da parte nasal da faringe com a cavidade 
timpânica da orelha média, atuando para igualar as pressões do ar na cavidade 
timpânica com a pressão externa, permitindo a livre movimentação da membra-
na timpânica. Entretanto, esta comunicação permite que infecções da faringe se 
propaguem para a orelha média.
Laringe
A laringe, ou “caixa” de voz, é um órgão que conecta a parte laríngea da farin-
ge com a traqueia e está localizada na linha mediana anterior do pescoço, entre a 
quarta e sexta vértebra cervical. A laringe tem como principal função permitir a pas-
sagem do ar durante a respiração, além de bloquear a entrada de alimentos ou líqui-
dos na traqueia durante a deglutição. Uma função secundária é a produção de sons.
A laringe possui o formato de uma caixa triangular, sendo constituída por nove 
cartilagens: três grandes ímpares e seis menores pares. A maior das cartilagens ím-
pares é cartilagem tireoidea, conhecida por sua proeminência anterior popularmen-
te chamada de “pomo de Adão”. Ela é comumente maior e mais proeminente nos 
homens devido ao efeito dos hormônios sexuais masculinos durante a puberdade.
CURIOSIDADE
Durante a deglutição, o palato mole e a úvula palatina são elevados, no 
intuito de bloquear a cavidade nasal e impedir que alimentos entrem por 
ela. Ocasionalmente, uma pessoa pode, subitamente, exalar ar (quando 
ri, por exemplo) enquanto deglute líquido. Se isso efetivamente ocorrer 
antes que a úvula bloqueie a parte nasal da faringe, o líquido deve entrar 
na cavidade nasal.
ANATOMIA HUMANA 97
SER_NUTRI_ANAHU_UNID3.indd 97 22/10/20 16:14
Fixada ao osso hioide e à cartilagem tireoidea, se encontra a epiglote, que 
tem forma de colher e possui um arcabouço chamado cartilagem epiglótica. 
A epiglote está posicionada atrás da raiz da língua e controla a abertura da 
laringe durante a deglutição. Inferiormente, a laringe é composta pela carti-
lagem cricoidea, uma cartilagem em forma de anel que se liga à cartilagem 
tireoidea e à traqueia. O par de cartilagens aritenoideas, situadas acima da 
cricoidea e abaixo da tireoidea, atuam como pontos de fixação posterior para 
as pregas vocais. As outras cartilagens pares, as cartilagens cuneiforme e 
corniculada, são pequenas e acessórias, estando próximas e associadas às 
cartilagens aritenoideas.
Traqueia
A traqueia é um órgão tubular que se localiza anteriormente ao esôfago e 
inferiormente a laringe. É formada por aproximadamente 16 a 20 cartilagens 
hialinas em forma de C, garantindo que a via aérea permaneça sempre aber-
ta. A mucosa, superfície que reveste a traqueia, contém numerosas células 
secretoras de muco, proporcionando uma proteção contra partículas similar 
à encontrada no revestimento da cavidade nasal e da laringe. Sendo uma 
estrutura presente na linha mediana, a traqueia se ramifica para dar origem 
aos brônquios principais direito e esquerdo. Essa bifurcação é reforçada por 
uma crista cartilaginosa em forma de quilha, a carina.
Árvore bronquial
A árvore bronquial é como denominamos uma série de tubos respirató-
rios que se bifurcam em tubos menores que se estendem profundamente 
para os pulmões. A traqueia se ramifica nos brônquios direito e esquerdo, 
que seguem para o seu respectivo pulmão. O brônquio principal direito é me-
nor, mais vertical e calibroso que o esquerdo. Vale destacar que os brônquios 
principais possuem características em comum com a traqueia, 
como a presença de anéis incompletos de cartilagem.
Após entrar nos pulmões, o brônquio principal di-
vide-se mais para formar os brônquios lobares (se-
cundário) e brônquios segmentares(terciários). A 
árvore bronquial continua sucessivamente se di-
vidindo em túbulos menores denominados bron-
quíolos, que possuem sua parede composta de mús-
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culo liso espesso, diferindo dos brônquios com paredes cartilaginosas. Essa 
estrutura dos bronquíolos confere mais resistência para o fluxo do ar. A ramifi-
cação seguinte são os bronquíolos terminais, que encerram a porção conduto-
ra do sistema respiratório.
Parte respiratória do sistema respiratório
Bronquíolos e alvéolos
As primeiras estruturas da porção 
respiratória são os bronquíolos respi-
ratórios, que se bifurcam a partir dos 
bronquíolos terminais. Eles podem ser 
reconhecidos pelos alvéolos dispersos 
que se projetam de suas paredes. Os 
bronquíolos respiratórios originam 
os ductos alveolares, cujas paredes 
são formadas quase inteiramente por 
alvéolos. Os ductos alveolares se encerram nos sacos alveolares. Alvéolos e 
sacos alveolares são estruturas diferentes: o saco alveolar é semelhante a um 
cacho de uvas, em que cada uva é um alvéolo.
Cada pulmão contém aproximadamente 400 milhões de alvéolos, o que 
confere ao órgão um aspecto esponjoso. Uma vasta rede de vasos capilares 
está associada a cada alvéolo, formando a membrana respiratória, na qual é 
efetuada a hematose (troca gasosa entre os alvéolos e o sangue). O ar está pre-
sente no lado alveolar da membrana e o sangue flui no lado capilar. Os gases 
passam facilmente através dessa fina membrana: o oxigênio se difunde para 
o sangue, enquanto o dióxido de carbono parte para os alvéolos cheios de ar.
Importante ressaltar que os vasos capilares são circundados por várias fi-
bras elásticas. Esse tecido elástico ajuda na manutenção das posições relati-
vas dos bronquíolos respiratórios e dos alvéolos. O retorno à posição original 
dessas fibras durante a expiração reduz o tamanho dos alvéolos e auxilia no 
processo de expiração.
Pulmões
Os pulmões direito e esquerdo estão localizados na cavidade torácica, envol-
vidos pelas cavidades pleurais direita e esquerda, respectivamente. Cada pulmão 
apresenta uma extremidade superior arredondada, chamada de ápice do pulmão, 
ANATOMIA HUMANA 99
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que se estende superiormente à primeira costela. A extremidade inferior côncava, 
ou base do pulmão, apoia-se na face superior do diafragma. Entre os pulmões, há 
um compartimento central chamado mediastino, onde permanecem o coração e 
seus grandes vasos, o esôfago, parte da traqueia e os brônquios principais.
Os pulmões apresentam lobos distintos, separados por fissuras profundas. 
O pulmão direito se divide em três lobos: superior, médio e inferior. A fissura 
horizontal delimita os lobos superior e médio, enquanto a fissura oblíqua separa 
os lobos superior e inferior. O pulmão esquerdo apresenta somente dois lobos, 
superior e inferior, separados pela fissura oblíqua. O pulmão direito é maior que 
o esquerdo, pois a maior parte do coração projeta-se em direção ao pulmão 
esquerdo; contudo, o pulmão esquerdo é mais extenso que o direito porque o 
diafragma eleva-se mais do lado direito.
Em volta de cada pulmão há um saco achatado, cujas paredes são formadas 
por uma membrana serosa chamada pleura. A camada externa dessa membra-
na é a pleura parietal, que envolve a superfície interna da parede torácica, a su-
perfície superior do diafragma e as superfícies laterais do mediastino. A camada 
interna, diretamente sobre o pulmão, é a pleura visceral. Na área onde esses 
vasos entram no pulmão, a pleura pa-
rietal é contínua à pleura visceral, que 
cobre a superfície externa do pulmão.
Entre as pleuras parietal e visceral, 
encontramos um espaço virtual cha-
mado cavidade pleural, preenchida 
com uma película fina de fluido pleural. 
Produzido pelas pleuras, esse fluido 
lubrificante permite que os pulmões 
deslizem sem atrito durante os movi-
mentos respiratórios. As pleuras também dividem a cavidade torá-
cica em três compartimentos separados: o mediastino e 
os dois compartimentos pleurais, direito e esquerdo. 
Essa compartimentalização ajuda a evitar que os 
pulmões em movimento ou o coração interfiram 
um no outro, além de limitar a disseminação de in-
fecções localizadas e o grau de lesão traumática.
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Inspiração Expiração
1 Músculos inspiratórios contraem (diafrag-ma desce; caixa torácica sobe).
Músculos inspiratórios relaxam (diafrag-
ma sobe; caixa torácica desce devido ao 
recuo das cartilagens costais).
2 Cavidade torácica e cavidade pleural aumentam de volume.
Cavidade torácica e cavidade pleural 
diminuem de volume.
3 Pulmões se alongam; volume pulmonar aumenta.
Pulmões retraem passivamente; volume 
pulmonar diminui.
4 Pressão do ar nos pulmões diminui. Pressão do ar nos pulmões sobe.
5 Ar fl ui para os pulmões. Ar escoa para fora dos pulmões.
QUADRO 5. SEQUÊNCIA DE EVENTOS DURANTE A INSPIRAÇÃO E A EXPIRAÇÃO
Fonte: MARIEB; HOEHN, 2013, p. 692. (Adaptado).
1 Músculos inspiratórios contraem (diafrag-Músculos inspiratórios contraem (diafrag-Músculos inspiratórios contraem (diafrag-ma desce; caixa torácica sobe).
3
Músculos inspiratórios contraem (diafrag-
ma desce; caixa torácica sobe).
Cavidade torácica e cavidade pleural 
Músculos inspiratórios contraem (diafrag-
ma desce; caixa torácica sobe).
Cavidade torácica e cavidade pleural 
Pulmões se alongam; volume pulmonar 
4
Músculos inspiratórios contraem (diafrag-
ma desce; caixa torácica sobe).
Cavidade torácica e cavidade pleural 
Pulmões se alongam; volume pulmonar 
5
Músculos inspiratórios contraem (diafrag-
ma desce; caixa torácica sobe).
Cavidade torácica e cavidade pleural 
aumentam de volume.
Pulmões se alongam; volume pulmonar 
Músculos inspiratórios contraem (diafrag-
ma desce; caixa torácica sobe).
Cavidade torácica e cavidade pleural 
aumentam de volume.
Pulmões se alongam; volume pulmonar 
Pressão do ar nos pulmões diminui.
Músculos inspiratórios contraem (diafrag-
ma desce; caixa torácica sobe).
Cavidade torácica e cavidade pleural 
aumentam de volume.
Pulmões se alongam; volume pulmonar 
Pressão do ar nos pulmões diminui.
Músculos inspiratórios contraem (diafrag-
ma desce; caixa torácica sobe).
Cavidade torácica e cavidade pleural 
aumentam de volume.
Pulmões se alongam; volume pulmonar 
aumenta.
Pressão do ar nos pulmões diminui.
Músculos inspiratórios contraem (diafrag-
ma desce; caixa torácica sobe).
Cavidade torácica e cavidade pleural 
aumentam de volume.
Pulmões se alongam; volume pulmonar 
aumenta.
Pressão do ar nos pulmões diminui.
Ar fl ui para os pulmões.
Músculos inspiratórios contraem (diafrag-
ma desce; caixa torácica sobe).
Cavidade torácica e cavidade pleural 
aumentam de volume.
Pulmões se alongam; volume pulmonar 
aumenta.
Pressão do ar nos pulmões diminui.
Ar fl ui para os pulmões.
Músculos inspiratórios contraem (diafrag-
Cavidade torácica e cavidade pleural 
aumentam de volume.
Pulmões se alongam; volume pulmonar 
aumenta.
Pressão do ar nos pulmões diminui.
Ar fl ui para os pulmões.
Músculos inspiratórios relaxam (diafrag-
Cavidade torácica e cavidade pleural 
Pulmões se alongam; volume pulmonar 
Pressão do ar nos pulmões diminui.
Ar fl ui para os pulmões.
Músculos inspiratórios relaxam (diafrag-
ma sobe; caixa torácica desce devido ao 
Pulmões se alongam; volume pulmonar 
Pressão do ar nos pulmões diminui.
Ar fl ui para os pulmões.
Músculos inspiratórios relaxam (diafrag-
ma sobe; caixa torácica desce devido ao 
Pulmões se alongam; volume pulmonar 
Pressão do ar nos pulmões diminui.
Ar fl ui para os pulmões.
Músculos inspiratórios relaxam (diafrag-
ma sobe; caixa torácica desce devido ao 
recuo das cartilagens costais).
Cavidade torácica e cavidade pleural 
Pressão do ar nos pulmões diminui.
Ar fl ui para os pulmões.
Músculos inspiratórios relaxam (diafrag-
masobe; caixa torácica desce devido ao 
recuo das cartilagens costais).
Cavidade torácica e cavidade pleural 
Pulmões retraem passivamente; volume 
Pressão do ar nos pulmões diminui.
Músculos inspiratórios relaxam (diafrag-
ma sobe; caixa torácica desce devido ao 
recuo das cartilagens costais).
Cavidade torácica e cavidade pleural 
Pulmões retraem passivamente; volume 
Músculos inspiratórios relaxam (diafrag-
ma sobe; caixa torácica desce devido ao 
recuo das cartilagens costais).
Cavidade torácica e cavidade pleural 
diminuem de volume.
Pulmões retraem passivamente; volume 
Músculos inspiratórios relaxam (diafrag-
ma sobe; caixa torácica desce devido ao 
recuo das cartilagens costais).
Cavidade torácica e cavidade pleural 
diminuem de volume.
Pulmões retraem passivamente; volume 
Pressão do ar nos pulmões sobe.
Músculos inspiratórios relaxam (diafrag-
ma sobe; caixa torácica desce devido ao 
recuo das cartilagens costais).
Cavidade torácica e cavidade pleural 
diminuem de volume.
Pulmões retraem passivamente; volume 
pulmonar diminui.
Pressão do ar nos pulmões sobe.
Ar escoa para fora dos pulmões.
Músculos inspiratórios relaxam (diafrag-
ma sobe; caixa torácica desce devido ao 
recuo das cartilagens costais).
Cavidade torácica e cavidade pleural 
diminuem de volume.
Pulmões retraem passivamente; volume 
pulmonar diminui.
Pressão do ar nos pulmões sobe.
Ar escoa para fora dos pulmões.
Músculos inspiratórios relaxam (diafrag-
ma sobe; caixa torácica desce devido ao 
recuo das cartilagens costais).
Cavidade torácica e cavidade pleural 
diminuem de volume.
Pulmões retraem passivamente; volume 
pulmonar diminui.
Pressão do ar nos pulmões sobe.
Ar escoa para fora dos pulmões.
Músculos inspiratórios relaxam (diafrag-
ma sobe; caixa torácica desce devido ao 
recuo das cartilagens costais).
Cavidade torácica e cavidade pleural 
diminuem de volume.
Pulmões retraem passivamente; volume 
pulmonar diminui.
Pressão do ar nos pulmões sobe.
Ar escoa para fora dos pulmões.
ma sobe; caixa torácica desce devido ao 
Cavidade torácica e cavidade pleural 
Pulmões retraem passivamente; volume 
pulmonar diminui.
Pressão do ar nos pulmões sobe.
Ar escoa para fora dos pulmões.
Cavidade torácica e cavidade pleural 
Pulmões retraem passivamente; volume 
pulmonar diminui.
Pressão do ar nos pulmões sobe.
Ar escoa para fora dos pulmões.
Pulmões retraem passivamente; volume 
Pressão do ar nos pulmões sobe.
Ar escoa para fora dos pulmões.
Pulmões retraem passivamente; volume 
Pressão do ar nos pulmões sobe.
Ar escoa para fora dos pulmões.
Pressão do ar nos pulmões sobe.
Ar escoa para fora dos pulmões.Ar escoa para fora dos pulmões.
Sistema digestório: conceito e divisão
A afirmação “você é o que você come” é bastante verdadeira. Para que 
o organismo possa ser mantido vivo e funcional, é necessário que rece-
bamos um suprimento constante de alimentos. Os alimentos contêm, em 
suas composições, vários nutrientes, moléculas necessárias para as rea-
ções químicas que se relacionam com processos como divisão e crescimen-
to celular, reparos, a síntese de enzimas e a produção de energia térmica. A 
nutrição influencia o estado de saúde, o estado mental e emocional, bem 
como nossa própria sensação de bem-estar. As proteínas, os carboidratos 
complexos, as gorduras insaturadas, as vitaminas, os minerais e a água 
são componentes essenciais de uma alimentação saudável. O processo de 
conversão dos alimentos ingeridos em unidades que nosso corpo é capaz 
de absorver é chamada de digestão e o sistema corporal responsável pela 
digestão é o sistema digestório. 
O sistema digestório forma uma extensa área de contato com o meio 
externo e está intimamente associado ao sistema cardiovascular, sendo 
essencial para o processamento do alimento que comemos. Podemos 
destacar como especialidades médicas que atuam no sistema digestório 
a gastroenterologia (estuda as características e distúrbios do estômago e 
do intestino) e a proctologia (estuda as características e doenças do reto 
e do ânus).
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De acordo com a anatomia e a função das estruturas, o sistema digestório é 
dividido em um trato gastrointestinal, chamado também de trato digestório, e 
órgãos digestórios anexos. O trato gastrointestinal é um tubo muscular contínuo 
que se estende da boca ao ânus, atravessando a cavidade torácica e entrando 
na cavidade abdominal por meio do músculo diafragma. Os órgãos presentes no 
trato gastrointestinal são a cavidade oral, a faringe, o esôfago, o estômago e os in-
testino delgado e grosso. Os órgãos anexos do sistema digestório são a língua, os 
dentes, as glândulas salivares, o pâncreas, o fígado e a vesícula biliar. É importante 
esclarecer que o termo víscera é frequentemente usado para se referir aos órgãos 
abdominais da digestão, mas, na verdade, vísceras podem ser quaisquer órgãos 
das cavidades torácica e abdominal, como os pulmões, o estômago, o baço etc. 
Cavidade oral
Esôfago
Baço
Estômago
Intestino grosso
Intestino delgado
Reto
Fígado
Vesícula biliar
Ânus
Pâncreas
Apêndice
Língua
Sistema digestório
Figura 2. Sistema digestório. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 01/10/2020.
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Funções do sistema digestório
O trato digestório e os órgãos acessórios trabalham em conjunto para de-
sempenhar as seguintes funções:
• Ingestão: é a introdução de alimentos e líquidos no trato digestório pela boca;
Processamento mecânico: a maioria dos alimentos ingeridos precisa pas-
sar por decomposição mecânica para serem digeridos. A pressão com a língua 
e a mastigação realizada pelos dentes são exemplos de processamentos mecâ-
nicos que ocorrem antes da deglutição;
• Mistura e propulsão: chamamos de propulsão o movimento do alimento 
pelo tubo digestório, incluindo a deglutição (um processo voluntário) e a peris-
talse (processo involuntário). A peristalse, ou peristaltismo, se refere às ondas 
alternadas de contração e relaxamento da musculatura das paredes dos órgãos. 
Movimentos de mistura e de propulsão ocorrem ao longo do canal alimentar e 
continuam o processamento mecânico após a deglutição, como a agitação do 
alimento no estômago e a segmentação, constrições locais rítmicas do intestino;
• Digestão: é a quebra química e enzimática de moléculas complexas do 
alimento (carboidratos, proteínas e lipídios) em moléculas orgânicas menores 
que podem ser absorvidas pelo trato digestório. A digestão geralmente envol-
ve a ação de ácidos, enzimas e soluções-tampão produzidos por secreção ativa. 
Algumas destas secreções são produzidas pelo revestimento do trato digestó-
rio, mas a maioria delas é oriunda de glândulas anexas ao tubo gastrointestinal;
• Absorção: consiste no transporte de moléculas orgânicas, eletrólitos, vita-
minas e água para os capilares presentes no epitélio digestório, com o intuito 
de distribuí-los às células;
• Defecação: os resíduos da digestão são secretados pelo trato digestório 
e desidratados, progressivamente, para serem eliminados pelo corpo. O mate-
rial eliminado é denominado fezes e chamamos de defecação a eliminação das 
fezes pelo corpo.
Em resumo, os órgãos do sistema digestório atuam no processamento dos 
alimentos introduzidos na boca e conduzidos ao longo do trato digestório. A fi -
nalidade destas atividades é a de reduzir estruturas químicas complexas e sóli-
das de alimento em moléculas menores que podem ser absorvidas pelo reves-
timento do trato gastrointestinal e transportadas para a circulação sanguínea.
ANATOMIA HUMANA 103
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Ademais, o revestimento do trato digestório também desempenha uma 
função específica, atuando na defesa dos tecidos circunvizinhos contra: (I) os 
efeitos corrosivos dos ácidos e das enzimas digestivas; (II) agressões mecâni-
cas, como a abrasão; e (III) patógenosingeridos com os alimentos ou presentes 
no trato digestório.
Trato gastrointestinal
Geralmente, o alimento leva aproximadamente 24 a 48 horas para ser trans-
portado ao longo de todo trato gastrointestinal. O alimento ingerido pela boca 
passa por regiões do trato digestório com funções específicas, onde moléculas 
complexas são progressivamente quebradas e preparadas para utilização.
Boca
O tubo digestório é iniciado pela boca (ou cavidade oral), onde o alimento 
começa a ser processados pelas es-
truturas anexas presentes (dentes, 
língua e glândulas salivares). A cavi-
dade oral é dividida em um vestíbulo 
e a cavidade própria da boca. Chama-
mos de vestíbulo da boca a fenda en-
tre os dentes e as estruturas muscu-
lares que o circundam (bochechas ou 
lábios). Quando você escova a superfí-
cie externa dos seus dentes, a escova 
está no vestíbulo da boca. A cavidade 
própria da boca é a região situada pos-
teriormente em relação aos dentes. A 
cavidade oral comunica-se com o exte-
rior por uma abertura chamada rima da boca e com a faringe com uma aber-
tura chamada fauces.
As bochechas formam os limites laterais da cavidade oral. Elas consistem, 
externamente, nas camadas da pele, na tela subcutânea, nos músculos faciais 
que colaboram para direcionar o alimento na cavidade oral e, internamente, 
nos revestimentos de epitélio estratificado pavimentoso umedecido. A porção 
anterior das bochechas termina nos lábios superior e inferior, que contornam 
a rima da boca.
ANATOMIA HUMANA 104
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O limite anterior da cavidade oral são os lábios, órgãos carnosos, altamente 
móveis cuja função principal nos humanos está associada com a fala. Os lábios 
também servem para amamentação, direcionar o alimento e conter o alimento 
entre os dentes superiores e inferiores. Eles são formados pelo músculo orbi-
cular da boca e tecido conjuntivo associado, e são cobertos com pele mole e fle-
xível. Os lábios são vermelhos, tendendo ao marrom avermelhado devido aos 
vasos sanguíneos próximos da superfície. Os numerosos receptores sensitivos 
dos lábios permitem determinar a temperatura e composição do alimento.
O palato atua como o limite superior da cavidade oral e é composto pelo palato 
duro ósseo, anteriormente, e pelo palato mole, posteriormente. O palato duro é 
constituído estruturalmente pelas lâminas horizontais dos ossos palatinos e pelos 
processos palatinos da maxila. As pregas palatinas transversas, também chama-
das rugas palatais, estão situadas ao longo da membrana mucosa presente no 
palato duro e servem como cristas de fricção contra as quais a língua é colocada na 
deglutição. Contínuo com o palato duro, o palato mole é um arco muscular cober-
to com membrana mucosa. Suspenso no palato mole, encontra-se medialmente 
em sua margem inferior uma saliência cônica chamada úvula palatina. O palato 
mole e a úvula palatina são levantados durante a deglutição, fechando a parte 
nasal da faringe e impedindo que alimentos e líquidos entrem na cavidade nasal.
Faringe
No período onde está na cavidade oral, o alimento é misturado com saliva, 
triturado pelos dentes e manipulado pela língua. Desse modo, é reduzido a 
uma massa flexível e macia, denominada bolo alimentar, que pode ser desloca-
da com facilidade para o restante do canal alimentar, um mecanismo chamado 
deglutição. Ao ser deglutido, o alimento passa da boca para a faringe, um tubo 
muscular afunilado que se conecta com a terminação das cavidades oral e na-
sal e se estende até a laringe, anteriormente, e o esôfago, posterior-
mente. A parte nasal da faringe se relaciona somente com a res-
piração, enquanto as partes oral e laríngea da faringe 
servem à digestão e à respiração. Antes de entrar no 
esôfago, o alimento deglutido passa da boca para 
as partes oral e laríngea da faringe, e as contra-
ções musculares dessas partes da faringe ajudam 
a impulsionar o alimento para o esôfago.
ANATOMIA HUMANA 105
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Esôfago
O esôfago é um canal muscular depressível (pode ser colabado) que 
conduz alimentos sólidos e líquidos ao estômago. Situado posteriormente 
à traqueia, o esôfago inicia na região terminal da parte laríngea da faringe 
e percorre a face inferior do pescoço, onde adentra o mediastino. A partir 
do mediastino, o esôfago desce anteriormente à coluna vertebral, atravessa 
uma abertura do diafragma chamada hiato esofágico e se encerra na porção 
superior do estômago. 
Estômago
O estômago é uma expansão do trato gastrointestinal em forma de J e 
se localiza no abdome, ocupando a posição diretamente inferior ao diafrag-
ma. O estômago interliga o esôfago à porção inicial do intestino delgado, o 
duodeno. Como a ingestão de uma refeição pode ser muito mais rápida que 
o tempo necessário para digestão e absorção, o estômago serve como área 
de mistura e reservatório, sendo capaz de acomodar grande volume de ali-
mento (até 6,4 litros). A posição e o tamanho do estômago variam continua-
mente devido à movimentação do diafragma a cada inspiração e expiração. 
Estruturalmente, o estômago possui quatro regiões características: cár-
dia, fundo, corpo e parte pilórica. A cárdia envolve a abertura superior do 
estômago. O fundo é a extremidade superior arredondada que se encontra 
à esquerda da cárdia. Inferiormente a cárdia e o fundo, se situa o corpo, a 
grande porção central do estômago. A parte pilórica se subdivide em três 
regiões: o antro pilórico, que se conecta ao corpo gástrico; o canal pilórico; 
e o piloro, que se conecta ao duodeno por um esfíncter de músculo liso cha-
mado esfíncter do piloro. A curva medial côncava do estômago é chamada 
curvatura menor, enquanto a curva lateral convexa é a curvatura maior. 
A mucosa interna do estômago possui alto número de pregas 
gástricas, elevações que ampliam o contato do bolo alimentar. 
Esse contato viabiliza a eficiência do suco gástrico, um 
fluído digestivo formado por três secreções produ-
zidas por essa mucosa: ácido clorídrico, muco e 
enzimas, em especial a pepsina, que transforma 
as proteínas em aminoácidos. Além disso, conti-
nua a digestão de amido e dos triglicerídeos inicia-
ANATOMIA HUMANA 106
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da pela saliva na boca, e ocorre a conversão do bolo alimentar semissólido 
em uma massa viscosa chamada quimo. Em intervalos apropriados, o estô-
mago transfere um pequeno volume de material para o duodeno.
Intestino delgado
O intestino delgado é a estrutura mais longa do tubo digestório, sendo o 
principal local de atividade enzimática e de absorção de nutrientes. A maio-
ria das enzimas que atuam no intestino delgado é secretada pelo pâncreas. 
Durante a digestão, o intestino delgado realiza movimentos de segmentação, 
que misturam o quimo e ampliam seu contato com a mucosa para absorver 
nutrientes. O peristaltismo impele o quimo através do intestino delgado em 
aproximadamente três a seis horas.
O intestino delgado se subdivide em três regiões: o duodeno, o jejuno e o 
íleo, que medem aproximadamente 5%, 40% e 60% do seu comprimento, res-
pectivamente. A maior parte do duodeno tem a forma da letra C, enquanto o 
jejuno e o íleo formam espirais suspensas na parte posterior do abdome, que 
são emolduradas pelo intestino grosso. O jejuno corresponde à parte superior 
dessa massa intestinal espiralada, enquanto o íleo se refere à parte inferior.
Embora o duodeno seja a divisão mais curta do intestino delgado, ele tem 
como característica receber enzimas digestórias do pâncreas via ducto pan-
creático, e bile do fígado e da vesícula biliar via ducto colédoco. Esses ductos 
entram na parede do duodeno, onde formam um bulbo chamado ampola he-
patopancreática, que se abre em uma pequena saliência chamada papila maior 
do duodeno. A entrada de bile e o suco pancreático no duodeno é controlada 
por esfíncteres de músculo lisoque circundam a ampola hepatopancreática e 
pelas terminações dos ductos pancreático e colédoco.
Intestino grosso
Encerando o tubo gastrointestinal, o intestino grosso possui formato de fer-
radura e se estende da porção terminal do íleo até o ânus, circundando quase 
completamente o intestino delgado. Chegam no intestino grosso resíduos alta-
mente digeridos que contém poucos nutrientes e, durante o período que per-
manece no intestino grosso, ocorre pouca decomposição adicional do alimen-
to, exceto quanto à pequena quantidade de digestão realizada pelas muitas 
bactérias que nele vivem, a chamada flora intestinal. Podemos destacar como 
principais funções do intestino grosso: a compactação do conteúdo intestinal 
ANATOMIA HUMANA 107
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em fezes, pela absorção de água e eletrólitos; a absorção de importantes vita-
minas produzidas por ação bacteriana; e o armazenamento e eliminação do 
material fecal.
Sendo mais calibroso e curto, se comparado com o intestino delgado, po-
demos subdividir o intestino grosso em três regiões: o ceco, semelhante a uma 
bolsa de fundo cego; o colo, porção de maior comprimento do intestino grosso; 
e o reto, os últimos 15 cm do intestino grosso. O ceco é uma dilatação em fun-
do cego que se posiciona abaixo da papila ileal, uma prega de túnica mucosa 
na junção dos intestinos que impede o refluxo do quimo. Destaca-se no ceco 
o apêndice vermiforme, um prolongamento linfático que ajuda na defesa do 
organismo. Processos infecciosos que atingem o apêndice vermiforme podem 
causar apendicite, que exige tratamento cirúrgico. 
O colo se subdivide em colo ascendente, colo transverso, colo descenden-
te e colo sigmoide. O colo ascendente se estende superiormente ao longo do 
lado direito da parede abdominal até a superfície inferior do fígado, onde do-
bra para a esquerda e continua pela cavidade abdominal superior como colo 
transverso. No lado esquerdo da pa-
rede abdominal, curva-se novamente 
em ângulo reto dando início ao colo 
descendente. O colo descendente se 
estende inferiormente, ao longo do 
lado esquerdo da parede abdominal, 
em direção à região pélvica. A seguir, 
o colo forma uma curva em forma de 
S conhecida como colo sigmoide. Por 
fim, o reto ocupa posição anterior ao 
sacro e ao cóccix, onde seu trecho final 
de dois a três centímetros é denominado canal anal. O ânus, abertura externa 
do canal anal, é protegido por um esfíncter interno de músculo liso (involuntá-
rio) e um esfíncter externo de músculo esquelético (voluntário). Normalmente, 
o ânus está fechado, exceto durante a eliminação de fezes.
Peritônio
A maioria dos órgãos do sistema digestório está localizada na cavidade ab-
dominopélvica, sendo sustentados e envolvidos por membranas serosas que 
ANATOMIA HUMANA 108
SER_NUTRI_ANAHU_UNID3.indd 108 22/10/20 16:15
revestem essa cavidade e recobrem seus órgãos. As membranas serosas se-
cretam um líquido lubrifi cante que umedece os órgãos associados a elas. A 
porção parietal da membrana serosa reveste a parede do corpo, e a porção 
visceral recobre os órgãos internos. As membranas serosas presentes na ca-
vidade abdominal são chamadas de peritônio e os órgãos abdominais podem 
apresentar as seguintes relações com ele:
• Órgãos intraperitoneais localizam-se dentro da cavidade peritoneal na 
qual são recobertos em todos os lados por peritônio visceral;
• Órgãos retroperitoneais são recobertos por peritônio visceral apenas na 
sua superfície anterior, e o órgão localiza-se fora da cavidade peritoneal.
QUADRO 6. ÓRGÃOS DIGESTÓRIOS INTRAPERITONEAIS E RETROPERITONEAIS
Órgãos intraperitoneais 
(e seus mesentérios)
Órgãos retroperitoneais 
(sem mesentérios)
Fígado (ligamento falciforme e omento menor); Duodeno (quase todo ele);
Estômago (omento maior e menor); Colo ascendente;
Íleo e jejuno (mesentério próprio); Colo descendente;
Colo transverso (mesocolo transverso); Reto;
Colo sigmoide (mesocolo sigmoide). Pâncreas.
Fígado (ligamento falciforme e omento menor);Fígado (ligamento falciforme e omento menor);Fígado (ligamento falciforme e omento menor);Fígado (ligamento falciforme e omento menor);
Estômago (omento maior e menor);
Fígado (ligamento falciforme e omento menor);
Estômago (omento maior e menor);
Íleo e jejuno (mesentério próprio);
Fígado (ligamento falciforme e omento menor);
Estômago (omento maior e menor);
Íleo e jejuno (mesentério próprio);
Colo transverso (mesocolo transverso);
Fígado (ligamento falciforme e omento menor);
Estômago (omento maior e menor);
Íleo e jejuno (mesentério próprio);
Colo transverso (mesocolo transverso);
Fígado (ligamento falciforme e omento menor);
Estômago (omento maior e menor);
Íleo e jejuno (mesentério próprio);
Colo transverso (mesocolo transverso);
Colo sigmoide (mesocolo sigmoide).
Fígado (ligamento falciforme e omento menor);
Estômago (omento maior e menor);
Íleo e jejuno (mesentério próprio);
Colo transverso (mesocolo transverso);
Colo sigmoide (mesocolo sigmoide).
Fígado (ligamento falciforme e omento menor);
Estômago (omento maior e menor);
Íleo e jejuno (mesentério próprio);
Colo transverso (mesocolo transverso);
Colo sigmoide (mesocolo sigmoide).
Fígado (ligamento falciforme e omento menor);
Estômago (omento maior e menor);
Íleo e jejuno (mesentério próprio);
Colo transverso (mesocolo transverso);
Colo sigmoide (mesocolo sigmoide).
Fígado (ligamento falciforme e omento menor);
Estômago (omento maior e menor);
Íleo e jejuno (mesentério próprio);
Colo transverso (mesocolo transverso);
Colo sigmoide (mesocolo sigmoide).
Fígado (ligamento falciforme e omento menor);
Estômago (omento maior e menor);
Íleo e jejuno (mesentério próprio);
Colo transverso (mesocolo transverso);
Colo sigmoide (mesocolo sigmoide).
Fígado (ligamento falciforme e omento menor);
Estômago (omento maior e menor);
Íleo e jejuno (mesentério próprio);
Colo transverso (mesocolo transverso);
Colo sigmoide (mesocolo sigmoide).
Íleo e jejuno (mesentério próprio);
Colo transverso (mesocolo transverso);
Colo sigmoide (mesocolo sigmoide).
Colo transverso (mesocolo transverso);
Colo sigmoide (mesocolo sigmoide).
Colo transverso (mesocolo transverso);
Colo sigmoide (mesocolo sigmoide).Colo sigmoide (mesocolo sigmoide).
Duodeno (quase todo ele);Duodeno (quase todo ele);Duodeno (quase todo ele);
Colo ascendente;
Duodeno (quase todo ele);
Colo ascendente;
Colo descendente;
Duodeno (quase todo ele);
Colo ascendente;
Colo descendente;
Duodeno (quase todo ele);
Colo ascendente;
Colo descendente;
Duodeno (quase todo ele);
Colo ascendente;
Colo descendente;
Reto;
Duodeno (quase todo ele);
Colo descendente;
Reto;
Pâncreas.
Colo descendente;
Pâncreas.Pâncreas.
Fonte: MARIEB, 2013; HOEHN, p. 710. (Adaptado).
As vísceras retroperitoneais são fi xas, entretanto, muitos órgãos des-
tacam-se da parede da cavidade abdominal e o revestimento peritonial as 
acompanha, formando uma dupla camada de peritônio, denominadas me-
sentérios, que se estende da parede do corpo até os órgãos digestórios. 
Os mesentérios mantêm os órgãos em suas posições, armazenam gordura 
e, mais importante, proporcionam uma rota para os vasos circulatórios e 
nervos chegarem aos órgãos na cavidade peritoneal. Em outros 
casos, estas pregas peritoniais formadas por duas camadas de 
peritônio se estendem entre dois ou mais órgãos e 
são nomeadas de omentos. Existem dois deles: o 
omento menor, que conecta a pequena curvatura 
do estômago e o duodeno ao fígado; e o omen-
to maior, que conecta o estômago ao diafragma, 
baço e cólon transverso.
ANATOMIA HUMANA 109
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Órgãos anexos ao sistema digestório
Os órgãos digestórios anexos compreendem a língua e os dentes, além 
da vesícula biliar e das glândulas que se conectam ao tubo digestório através 
de ductos (as glândulas salivares, o fígado e o pâncreas). As glândulas anexas 
do sistemadigestório produzem e armazenam enzimas e soluções-tampão, 
necessárias para a digestão. Além das suas funções digestivas, o fígado e o 
pâncreas apresentam outras funções vitais além daquelas envolvidas no pro-
cesso da digestão.
Anexos da cavidade oral
Como órgão do sistema digestório, a língua funciona na movimentação do 
alimento no interior da boca durante a mastigação e ajuda na deglutição do 
alimento. Também se relaciona para a produção da fala, ajudando a formar 
algumas consoantes (K, D, T e L, por exemplo). A língua é formada de músculo 
esquelético e revestida com membrana mucosa. Na superfície da língua en-
contram-se numerosas e pequenas elevações chamadas papilas. Elas dão à 
superfície da língua uma rugosidade nítida, que ajuda a controlar o alimento. 
Algumas delas também contêm calículos gustatórios, que respondem aos estí-
mulos químicos, isto é, identifi cam doce, salgado, azedo e amargo.
Os movimentos da língua são importantes na condução do ali-
mento para a região da superfície dos dentes, que efetuam a 
mastigação do alimento. Essa ação quebra tecidos co-
nectivos resistentes e fi bras vegetais, contribuindo 
para saturar o alimento com secreções salivares e 
enzimas. Os dentes situam-se em encaixes (alvéo-
los) nas margens da mandíbula e maxilas cobertas 
por gengiva. De acordo com a sua forma e função, os 
dentes são classifi cados como: 
• Incisivos: são dentes em forma de lâmina encontrados na região anterior 
da boca. São úteis para agarrar e cortar;
• Caninos: são cônicos com superfícies laterais aguçadas e uma ponta agu-
da. São utilizados para rasgar e lacerar;
• Pré-molares: apresentam coroas (porções visíveis do dente, acima da gen-
giva) planas com cristas proeminentes. São utilizados para amassar e triturar;
ANATOMIA HUMANA 110
SER_NUTRI_ANAHU_UNID3.indd 110 22/10/20 16:15
• Molares: apresentam coroas grandes e planas com cristas proeminentes 
para amassar e triturar os alimentos.
Por fi m, as glândulas salivares produzem uma secreção líquida chamada 
saliva. Ela funciona como solvente, limpando os dentes e dissolvendo molécu-
las de alimento de forma que possam ser degustadas. A saliva também con-
tém enzimas que digerem o amido e muco lubrifi cante que ajuda a deglutição. 
As glândulas salivares menores (intrínsecas) estão espalhadas na mucosa da 
língua, palato, lábios e bochechas. A saliva das glândulas salivares menores 
mantém a boca sempre úmida. Por outro lado, as glândulas salivares maiores 
(extrínsecas), situadas fora da boca e conectadas a ela por seus ductos, secre-
tam saliva apenas durante as refeições, tornando a boca molhada. As glândulas 
salivares maiores são as parótida, submandibular e sublingual.
QUADRO 7. GLÂNDULAS SALIVARES MAIORES E SUAS CARACTERÍSTICAS
Glândulas Localizações Ductos Aberturas na cavidade oral Tipos de secreção
Glândula 
parótida
Anterior e 
inferior à orelha; 
subcutânea 
sobre o músculo 
masseter.
Ducto parotídeo 
(de Stensen).
Lateral ao 
segundo molar 
superior. 
Líquido seroso 
aquoso, sais 
e enzima.
Glândula 
submandibular
Inferior à base 
da língua.
Ducto 
submandibular 
(de Wharton).
Carúncula lateral 
ao frênulo da 
língua.
Líquido seroso 
aquoso com 
algum muco.
Glândula 
sublingual
Anterior à 
glândula 
submandibular 
debaixo 
da língua.
Vários ductos 
sublinguais 
pequenos
 (de Rivinus).
Ductos ao longo 
da base 
da língua.
Principalmente 
muco espesso e 
pegajoso, sais
 e enzima 
(amilase salivar).
Fonte: VAN DE GRAAFF, 2013, p. 647. (Adaptado).
Fígado e vesícula biliar
O fígado é o maior órgão interno, sendo localizado inferiormente ao diafrag-
ma. Este órgão possui coloração marrom-avermelhada e apresenta uma face 
diafragmática (anterossuperior) e uma face visceral (posteroinferior). Além disso, 
o fígado se subdivide em quatro lobos: lobo direito, lobo esquerdo, lobo quadra-
do e lobo caudado. Anteriormente, o ligamento falciforme marca a separação 
entre o lobo direito e o lobo esquerdo. Inferiormente, o lobo caudado está situa-
do adjacente à veia cava inferior e o lobo quadrado está próximo a vesícula biliar.
Glândula Glândula 
parótida
Glândula 
parótida
Glândula 
parótida
inferior à orelha; 
Glândula 
submandibular
Anterior e 
inferior à orelha; 
Glândula 
submandibular
Anterior e 
inferior à orelha; 
subcutânea 
sobre o músculo 
Glândula 
submandibular
Anterior e 
inferior à orelha; 
subcutânea 
sobre o músculo 
submandibular
inferior à orelha; 
subcutânea 
sobre o músculo 
masseter.
submandibular
Glândula 
sublingual
inferior à orelha; 
subcutânea 
sobre o músculo 
masseter.
Inferior à base 
Glândula 
sublingual
sobre o músculo 
masseter.
Inferior à base 
da língua.
Glândula 
sublingual
Ducto parotídeo 
Inferior à base 
da língua.
sublingual
Ducto parotídeo 
(de Stensen).
Inferior à base 
da língua.
Anterior à 
submandibular 
Ducto parotídeo 
(de Stensen).
Anterior à 
glândula 
submandibular 
Ducto parotídeo 
(de Stensen).
Anterior à 
glândula 
submandibular 
debaixo 
Ducto parotídeo 
(de Stensen).
Ducto 
submandibular 
glândula 
submandibular 
debaixo 
da língua.
Ducto 
submandibular 
(de Wharton).
submandibular 
debaixo 
da língua.
Lateral ao 
segundo molar 
submandibular 
(de Wharton).
da língua.
Vários ductos 
Lateral ao 
segundo molar 
superior. 
submandibular 
(de Wharton).
Vários ductos 
sublinguais 
Lateral ao 
segundo molar 
superior. 
(de Wharton).
Carúncula lateral 
Vários ductos 
sublinguais 
pequenos
segundo molar 
superior. 
Carúncula lateral 
Vários ductos 
sublinguais 
pequenos
 (de Rivinus).
segundo molar 
superior. 
Carúncula lateral 
ao frênulo da 
Vários ductos 
sublinguais 
pequenos
 (de Rivinus).
Líquido seroso 
Carúncula lateral 
ao frênulo da 
língua.
pequenos
 (de Rivinus).
Líquido seroso 
aquoso, sais 
Carúncula lateral 
ao frênulo da 
língua.
 (de Rivinus).
Ductos ao longo 
Líquido seroso 
aquoso, sais 
e enzima.
Carúncula lateral 
ao frênulo da 
língua.
Ductos ao longo 
Líquido seroso 
aquoso, sais 
e enzima.
Ductos ao longo 
da base 
da língua.
Líquido seroso 
aquoso, sais 
e enzima.
Líquido seroso 
Ductos ao longo 
da base 
da língua.
Líquido seroso 
aquoso com 
algum muco.
Ductos ao longo 
da base 
da língua.
Líquido seroso 
aquoso com 
algum muco.
da língua.
Principalmente 
Líquido seroso 
aquoso com 
algum muco.
Principalmente 
muco espesso e 
aquoso com 
algum muco.
Principalmente 
muco espesso e 
pegajoso, sais
algum muco.
Principalmente 
muco espesso e 
pegajoso, sais
 e enzima 
(amilase salivar).
Principalmente 
muco espesso e 
pegajoso, sais
 e enzima 
(amilase salivar).
muco espesso e 
pegajoso, sais
 e enzima 
(amilase salivar).
pegajoso, sais
 e enzima 
(amilase salivar).(amilase salivar).
ANATOMIA HUMANA 111
SER_NUTRI_ANAHU_UNID3.indd 111 22/10/20 16:15
Todo sangue que deixa as superfícies 
de absorção do trato digestório entra 
no sistema porta-hepático e flui para o 
fígado. Esta disposição faz com que as 
células do fígado extraiam nutrientes 
absorvidos ou toxinas do sangue antes 
que eles atinjam a circulação sistêmica 
através das veias hepáticas. O fígado de-
sempenha funções essenciais que são executadas, em sua maioria, pelas células he-
páticas (ou hepatócitos). Podemos classificar as funções importantes do fígado em 
três categorias: regulação metabólica, regulação hematológica e produção de bile.
• Regulação metabólica: o fígado atua como o centro de regulação meta-
bólica do corpo, onde os hepatócitos monitoram e regulam os níveis de car-
boidratos, lipídios e aminoácidos circulantes conforme a necessidade do orga-
nismo. O excesso de nutrientes é removido para armazenamento, assim como 
as deficiências nutricionais são corrigidas pela mobilização de reservas ou de 
atividades de síntese. Toxinas e resíduos do metabolismo são removidos do 
sangue para serem armazenados, inativados ou excretados. As vitaminas li-
possolúveis (A, D, K eE) também são absorvidas e armazenadas no fígado;
• Regulação hematológica: o fígado também atua o maior reservatório 
sanguíneo do corpo. A partir da passagem do sangue através de capilares cha-
mados vasos sinusoides hepáticos, dois processos ocorrem: células fagocitá-
rias presentes no fígado removem glóbulos vermelhos danificados ou envelhe-
cidos, fragmentos celulares e patógenos da circulação; e as células hepáticas 
sintetizam a maioria das proteínas plasmáticas, que colaboram com o trans-
porte de nutrientes, a concentração osmótica do sangue e a coagulação;
• Síntese e secreção de bile: a bile é produzida por hepatócitos, armaze-
nada na vesícula biliar e secretada no duodeno. A bile é um líquido alcalino 
verde e basicamente composto de água, poucos íons, bilirrubina (um pigmento 
derivado da hemoglobina), além de diversos lipídios, chamados de sais biliares. 
A água e os íons atuam para a diluição e o tamponamento de ácidos no quimo. 
Sais biliares associam-se aos lipídios presentes no quimo, permitindo a ação 
de enzimas para emulsificação (redução em partículas menores) de lipídios em 
ácidos graxos de fácil absorção.
ANATOMIA HUMANA 112
SER_NUTRI_ANAHU_UNID3.indd 112 22/10/20 16:15
A vesícula biliar é uma estrutura piriforme que se subdivide em fundo, cor-
po, infundíbulo, colo e ducto cístico. Quando a vesícula está cheia, o fundo gera 
uma proeminência entre o lobo direito e o lobo quadrado. Ele se estende com 
o corpo, que se estreita para compor o infundíbulo, e logo se afunila no colo. 
A continuação do colo é o ducto cístico, que se liga ao ducto hepático comum 
para constituir o ducto colédoco, que termina no duodeno. A ejeção da bile 
ocorre sob estimulação do hormônio colecistoquinina com a chegada do qui-
mo. A vesícula biliar apresenta duas funções principais: armazenamento da 
bile, quando a bile não pode fluir ao longo do ducto colédoco; e modificação 
da bile, em que a água é absorvida e os sais biliares e outros componentes 
tornam-se mais concentrados.
ASSISTA
Se a concentração da bile aumenta exageradamente, podem 
aparecer cristais de sais e minerais insolúveis (cálculos 
biliares), bem como processos inflamatórios na vesícula (co-
lecistites). Para saber mais sobre os cálculos biliares, assista 
ao vídeo Pedra na vesícula – Sintomas e Tratamento. 
Pâncreas
O pâncreas é a maior segunda glândula anexa do sistema digestório e situa-
-se transversalmente e posterior à curvatura maior do estômago. O pâncreas 
é formado por cabeça, corpo e cauda. A cabeça é a porção expandida do ór-
gão perto da curvatura do duodeno. Da porção inferior da cabeça projeta-se o 
processo uncinado, que forma um arco atrás da artéria e da veia mesentéricas 
superiores, circundando-as.
O pâncreas é um órgão misto (ou anfícrino), pois trata-se de uma glândula 
com função exócrina e endócrina. As secreções endócrinas são os hormônios 
insulina e o glucagon, envolvidos no metabolismo dos glicídios. A secreção exó-
crina é o suco pancreático, que é composto por enzimas que digerem proteí-
nas, lipídios e glicídios. Embora se presuma que a inervação autônoma influen-
cie a produção de enzimas, a secreção pancreática é controlada principalmente 
pelos hormônios secretina e colecistoquinina liberados pelo intestino delgado 
na presença do quimo.
O suco pancreático é produzido pelas células secretoras acinares e segue 
para fora do pâncreas por dois canais: o ducto pancreático (ducto de Wirsung) 
ANATOMIA HUMANA 113
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e o ducto pancreático acessório (ducto de Santorini). O ducto pan-
creático une-se ao ducto colédoco e entra no duodeno 
como um ducto comum dilatado, denominado am-
pola hepatopancreática (ampola de Vater). O duc-
to pancreático acessório esvazia-se diretamente 
no duodeno, poucos centímetros acima da ampo-
la hepatopancreática.
ANATOMIA HUMANA 114
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Sintetizando
Ao longo do material, abordamos alguns dos sistemas do corpo como o 
cardiovascular, o respiratório e o digestório, assim como seus componentes, 
organizações, funções e processos.
Vimos que o sistema circulatório liga o meio interno do corpo e o meio ex-
terno, transportando nutrientes, produtos residuais e mesmo células, entre 
estes dois meios e entre os diferentes tecidos do corpo. Estando subdividido 
em sistema cardiovascular (composto de sangue, coração e vasos sanguíneos) 
e sistema linfático (composto de linfa, órgãos linfáticos e vasos linfáticos). 
O sistema cardiovascular se organiza em dois circuitos fechados: a circula-
ção pulmonar, que faz o transporte de sangue entre o coração e os pulmões, 
e a circulação sistêmica, que realiza o transporte de sangue entre o coração 
e o restante do corpo. O coração atua como uma bomba dupla, bombeando 
sangue para os pulmões e também por todo o corpo, visando a nutrição dos 
tecidos do corpo. Já as artérias transportam sangue para fora do coração en-
quanto as veias carregam o sangue de volta ao coração. 
O sistema linfático e suas estruturas exercem um papel central nas defesas 
do corpo contra vírus, bactérias e outros microrganismos, sendo constituído 
por uma rede de vasos linfáticos que transportam a linfa (um líquido similar ao 
plasma sanguíneo, porém com uma menor concentração de proteínas) e por 
órgãos linfáticos interconectados por vasos linfáticos, sendo os mais importan-
tes: os linfonodos, as tonsilas, o baço e o timo.
O sistema respiratório, entre outras funções, trabalha em conjunto com o 
sistema cardiovascular para restabelecer o oxigênio (O2) e remover o dióxido de 
carbono (CO2) do sangue, além de proteger as superfícies respiratórias, permi-
tir a comunicação vocal e auxiliar na regulação do pH, pressão arterial e volume 
sanguíneo. O sistema respiratório inclui a cavidade nasal, a faringe, a laringe, a 
traqueia, os brônquios e os pulmões e podem ser divididos em órgãos condu-
tores (do nariz aos bronquíolos terminais), que aquecem, umidificam e filtram 
o ar inalado, e órgãos respiratórios (bronquíolos respiratórios até os alvéolos), 
que permitem as trocas gasosas.
Os alimentos contêm uma variedade de nutrientes moleculares necessários 
para a formação de novos tecidos do corpo, para reparar tecidos lesados e para 
ANATOMIA HUMANA 115
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sustentar as reações químicas necessárias. Os principais eventos da ingestão 
dos alimentos e da absorção de seus nutrientes ocorrem ao longo do sistema 
digestivo, que possui estruturas adaptadas para essas funções. O sistema di-
gestório é constituído do tubo digestório (boca, faringe, esôfago, estômago, e 
intestinos delgado e grosso) e das estruturas digestórias anexas.
As estruturas digestórias da boca até o intestino delgado são direcionadas 
para a transformação mecânica e química do alimento para que possam ser 
absorvidas no intestino delgado. Os restos alimentares não absorvidos são 
transferidos para o intestino grosso, que concentra as fezes absorvendo água, 
para chegarem ao reto e anus, já como bolo fecal. 
Bons estudos!
ANATOMIA HUMANA 116
SER_NUTRI_ANAHU_UNID3.indd 116 22/10/20 16:15
Referências bibliográficas
DANGELO, J. G; FATTINI, C. A. Anatomia humana sistêmica e segmentada. 3. ed. 
rev. São Paulo: Atheneu, 2011.
MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e fisiologia. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008.
MARTINI, F. H.; TIMMONS, M. J.; TALLITSCH, R. B. Anatomia humana. 6. ed. Porto 
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PEDRA na vesícula – Sintomas e tratamento. Postado por Medicina & Saúde. 
(08min. 17s.). son. color. port. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?-
v=EbXUiK7CSfI>. Acesso em: 01 out. 2020.
TORTORA, G. J.; NIELSEN, M. T. Princípios de anatomia humana. 12. ed. Rio de Ja-
neiro: Guanabara Koogan, 2013.
VAN DE GRAAFF, K. M. Anatomia humana. 6. ed. Barueri: Manole, 2003.
ANATOMIA HUMANA 117
SER_NUTRI_ANAHU_UNID3.indd 117 22/10/20 16:15SISTEMAS URINÁRIO, 
REPRODUTOR, 
ENDÓCRINO E 
TEGUMENTAR
SISTEMAS URINÁRIO, 
REPRODUTOR, 
ENDÓCRINO E 
TEGUMENTAR
4
UNIDADE
SER_NUTRI_ANAHU_UNID4.indd 118 22/10/20 16:11
Objetivos da unidade
Tópicos de estudo
 Identificar os componentes do sistema urinário e suas funções;
 Analisar a função dos sistemas genitais masculino e feminino;
 Relacionar e identificar a função dos principais hormônios produzidos pelo 
corpo humano;
 Apresentar a estrutura da pele e suas funções;
 Discutir a anatomia e as funções das estruturas acessórias da pele.
 Sistema urinário e sistema 
reprodutor
 Órgãos do sistema urinário
 Vias urinárias
 Órgãos genitais masculinos
 Órgãos genitais femininos
 Sistema endócrino
 Classificação topográfica das 
glândulas endócrinas
 Outras estruturas endócrinas
 Sistema tegumentar
 Funções do sistema tegumentar
 Pele
 Anexos do sistema tegumentar
ANATOMIA HUMANA 119
SER_NUTRI_ANAHU_UNID4.indd 119 22/10/20 16:11
Sistema urinário e sistema reprodutor 
Para que uma espécie seja bem-sucedida, duas necessidades básicas 
precisam ser contempladas. O primeiro quesito refere-se à homeostasia, o 
equilíbrio interno vital à sobrevivência das células que ocorre por meio das 
reações químicas. O segundo quesito descreve a reprodução, a capacidade 
de um organismo de passar seus genes a outras gerações. Essas necessi-
dades são supridas pelos sistemas urinário (ou excretor) e reprodutor (ou 
genital), respectivamente.
Embora funcionalmente diferentes, o sistema urinário e o sistema reprodu-
tor são trabalhados tradicionalmente juntos, na forma do aparelho urogenital. 
Ambos os sistemas compartilham a mesma origem embriológica – o mesoder-
ma intermediário – antes de se diferenciarem. No sexo masculino, a associação 
destes sistemas é anatômica, ocorrendo pelo ducto que expele a urina e os 
gametas para o exterior do corpo.
Os sistemas urinário e reprodutor são de particular interesse para a medi-
cina, uma vez que podemos destacar como ramos especializados nesses siste-
mas: a nefrologia, especializada no estudo da anatomia, fi siologia e patologia 
dos rins; a urologia, que estuda o sistema urinário, bem como diagnostica e 
trata doenças específi cas do sistema genital masculino; a andrologia, que trata 
os distúrbios referentes ao sexo masculino, como a infertilidade e a disfunção 
sexual; e, por fi m, a ginecologia, especializada no diagnóstico e no tratamento 
de doenças do sistema genital feminino.
Sistema urinário
Em nosso metabolismo, nutrientes absorvidos na digestão e o oxigênio do 
ar inalado são utilizados para fornecer a energia necessária para a manuten-
ção do corpo. Entretanto, o metabolismo produz resíduos celulares que devem 
ser eliminados para manter a homeostase. Assim como o sistema circulatório 
transporta os nutrientes importantes para as células, ele também remove os 
resíduos celulares e os conduz para os sistemas de excreção. Apesar de os pul-
mões, o fígado e a pele também participarem da excreção, os principais órgãos 
excretores são os rins.
Os órgãos que compõem o sistema urinário são os rins, os ureteres, a bexiga 
urinária e a uretra. Nesse sistema, as funções excretoras são realizadas pelo par 
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de rins, com túbulos que se entrelaçam com capilares sanguíneos para produzir 
urina, um líquido residual que contém principalmente água e íons, além de pe-
quenos compostos solúveis. A partir dos rins, a urina segue por tubos conduto-
res chamados ureteres até a bexiga urinária, permanecendo temporariamente 
armazenada. Durante a micção (o ato de urinar), a musculatura da bexiga contrai 
e impele a urina em direção à uretra, um tubo condutor para o exterior do corpo. 
Além das funções excretoras, o sistema urinário desempenha várias ativi-
dades essenciais, que incluem:
• Regulação da concentração plasmática de vários íons, como sódio (Na+), 
potássio (K+), cálcio (Ca2+), cloreto (Cl-) e fosfato (HPO4
2-);
• Regulação do volume sanguíneo e da pressão arterial pela conservação e 
eliminação de água presente na urina;
• Colaboração para a regulação do pH sanguíneo, com base na quantidade 
de íons hidrogênio (H+) e bicarbonato (HCO3
-) no sangue;
• Preservação dos nutrientes, evitando sua excreção;
• Eliminação de produtos residuais orgânicos, especialmente substâncias 
tóxicas, drogas e resíduos nitrogenados, como: a amônia e a ureia, resultantes 
da decomposição de aminoácidos; a bilirrubina, produzida pela decomposição 
da hemoglobina; a creatinina, derivada da decomposição do fosfocreatina nas 
fibras musculares; e o ácido úrico, originado da renovação dos ácidos nucleicos;
• Produção de hormônios pelos rins, como o calcitriol (a forma ativa de vita-
mina D), que regula a homeostase do cálcio, e a eritropoietina, que estimula a 
produção de hemácias;
• Contribuição na atividade hepática de desintoxicação e, durante o jejum, 
na gliconeogênese, a síntese de novas moléculas de glicose. 
Em resumo, todas as atividades do sistema urinário são cuidadosamente 
reguladas para manter a composição e a concentração de solutos no sangue 
dentro de limites aceitáveis. Uma alteração de qualquer uma dessas funções 
acarretará consequências imediatas e potencialmente fatais.
Sistema reprodutor
O sistema reprodutor (ou genital), diferente dos outros sistemas, não é es-
sencial para a manutenção do indivíduo, contudo, sua utilidade se faz neces-
sária para a sobrevivência da espécie. O sistema reprodutor tem como função 
a perpetuação da espécie por meio da reprodução, isto é, a capacidade de in-
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divíduos gerarem novos seres da mesma espécie. Em humanos, a reprodução 
é sexuada, isto é, necessita que dois indivíduos, um macho e uma fêmea, rea-
lizem o ato sexual (coito), que permite a passagem e o encontro dos gametas 
masculino e feminino no interior dos órgãos genitais femininos.
Embora os órgãos genitais (ou sexuais) masculinos e femininos possuam dife-
renças entre si, eles compartilham a função reprodutora e a origem embrionária 
comum. Em ambos sexos, os órgãos sexuais são divididos em órgãos primários e 
acessórios. Os órgãos sexuais primários ou gônadas são os testículos e os ovários, 
presentes respectivamente nos homens e nas mulheres. As gônadas produzem as 
células sexuais ou gametas – o espermatozoide nos homens e o óvulo nas mulhe-
res –, que se unem (fecundação) e formam um zigoto, uma célula cujo desenvol-
vimento dará origem a uma criança em aproximadamente nove meses. Todos os 
outros órgãos sexuais são acessórios, incluindo os genitais externos, as glândulas 
internas e os ductos que nutrem os gametas e os transportam para fora do corpo.
Além de produzirem células sexuais, as gônadas secretam hormônios se-
xuais e, portanto, funcionam como glândulas endócrinas. Os hormônios são 
moléculas mensageiras que percorrem a corrente sanguínea de modo a sina-
lizar diversas respostas fi siológicas em determinados órgãos-alvo. Os hormô-
nios sexuais desempenham papéis vitais no desenvolvimento, manutenção e 
função de todos os órgãos sexuais. 
EXPLICANDO
Vale ressaltar que a capacidade reprodutora é limitada a períodos de vida 
específi cos: inicia-se durante o fi m da adolescência, em uma fase cha-
mada de puberdade; alcança seu clímax na fase adulta; e diminui com o 
avançar da idade, cessando primeiro na mulher.
Órgãos do sistema urinário
Rins
O rim é um órgão com a forma de um grão de feijão e coloração averme-
lhada, que ocorre em pares localizados logo acima da pelve. Como ocupam 
posição posterior ao peritônio da cavidade abdominal, diz-se que são órgãos 
retroperitoneais. O rim direito está em posição um pouco inferior ao esquerdo 
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porque o fígado ocupa espaço consi-
derável no lado direito superiormente 
ao rim. A superfície medial dorim pos-
sui uma fenda vertical denominada 
hilo renal, por onde entram e saem os 
vasos, nervos e ureteres. Na parte su-
perior de cada rim encontramos uma 
glândula endócrina chamada glându-
la suprarrenal, sem qualquer relação 
funcional com o rim.
A anatomia externa de cada rim é revestida por três camadas: a camada mais 
externa é a fáscia renal, constituída por tecido conjuntivo denso irregular e man-
tém o rim ancorado ao peritônio e à parede abdominal; a camada intermediária 
é a cápsula adiposa, uma massa de tecido adiposo que mantém a sustentação; 
e a camada mais interna envolvida pela cápsula adiposa é a capsula fibrosa, um 
tecido conjuntivo liso e transparente que se fixa à superfície do rim e o protege.
No interior dos rins, encontramos duas regiões distintas: córtex e medula. O 
primeiro é a região mais superficial, de coloração clara e textura granular. Abaixo 
do córtex encontra-se a medula, de coloração mais escura e com massas cônicas 
denominadas pirâmides renais, que apresentam bases amplas voltadas para o 
córtex e um ápice, a papila renal, direcionada para a pelve renal. A papila renal 
projeta-se em uma depressão chamada cálice menor, que se une a outros cálices 
menores para formar um cálice maior. Por sua vez, os cálices maiores se unem 
para formar a pelve renal, em forma de funil. A pelve renal recebe a urina produ-
zida nos néfrons e transporta-a dos cálices renais para o ureter.
Cada néfron é formado pelo corpúsculo renal e pelo túbulo renal. O néfron 
inicia-se na cápsula glomerular, uma câmara em forma de cálice, que constitui o 
corpúsculo renal. Este contém uma rede capilar denominada glomérulo renal, 
que consiste em cerca de 50 capilares entrelaçados. A filtração através das pa-
redes do glomérulo produz uma solução isenta de proteínas, conhecida como 
filtrado glomerular, ou simplesmente filtrado. A partir do corpúsculo renal, o 
filtrado entra em uma longa via tubular que é subdividida em regiões com dife-
rentes características estruturais e funcionais, que incluem: o túbulo contorcido 
proximal, a alça do néfron (ou alça de Henle), e o túbulo contorcido distal.
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O corpúsculo renal e o túbulo contorcido proximal se situam no córtex. A 
parede do túbulo contorcido proximal consiste em um epitélio com milhões 
de microvilos, que aumentam a área de superfície para reabsorção. Na 
reabsorção, água, sais e outras moléculas úteis ao corpo são transportadas 
para os capilares que circundam o néfron. O líquido é, então, conduzido do 
túbulo contorcido proximal para a alça de Henle, cujo ramo descendente se 
encontra na medula renal e o ramo ascendente retorna ao córtex renal. No 
córtex renal, o túbulo torna-se novamente contorcido, tornando-se o túbulo 
contorcido distal, o último segmento do néfron. O túbulo contorcido distal 
é menor que o túbulo contorcido proximal e possui uma menor quantidade 
dos microvilos.
Um túbulo coletor, continuação do túbulo contorcido distal, conduz o fi ltra-
do a um ducto coletor nas proximidades. Os ductos coletores deixam o córtex 
renal e percorrem um trajeto descendente em direção à medula renal, condu-
zindo o líquido a um ducto papilar. Esse líquido é drenado pelos cálices renais, 
onde este líquido passa a ser conhecido como urina, até a pelve renal.
Vias urinárias
Ureteres
A partir dos rins, a urina fl ui da pelve renal por meio dos ureteres, tubos del-
gados que transportam a urina para a bexiga urinária, por onde entram através 
dos ângulos póstero-laterais de sua base. Qualquer aumento de pressão den-
tro da bexiga comprime suas paredes, fechando as aberturas para os ureteres 
e evitando o refl uxo de urina.
A parede de cada ureter é composta de três camadas: uma mucosa interna 
capaz de secretar um muco que cobre e protege as paredes do ureter; uma tú-
nica muscular intermediária constituída por uma camada longitudinal (interna) 
e uma camada circular (externa) de músculo liso; e uma túnica mais externa de 
tecido conjuntivo (adventícia), que envolve e protege as camadas mais internas, 
além de sustentar o ureter em posição. Ondas peristálticas movimentam a uri-
na através do ureter, sendo iniciadas pela presença de urina na pelve renal e 
cuja frequência é infl uenciada pelo volume de urina. As ondas podem ocorrer 
por alguns segundos até alguns minutos.
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Bexiga urinária
A bexiga urinária é um reservatório muscular que armazena e expele uri-
na, sendo encontrada abaixo da cavidade peritoneal no assoalho pélvico. De 
acordo com o sexo do indivíduo, a bexiga situa-se na posição anterior ao reto 
(nos homens) ou imediatamente anterior à vagina e ao útero (nas mulheres). O 
formato da bexiga varia com base no volume de urina, sendo piramidal quando 
a bexiga está vazia, ou ovoide com uma saliência para a cavidade abdominal, 
quando cheia. A base da bexiga urinária recebe os ureteres e a uretra sai no 
ápice, sua porção inferior. Chamamos de colo da bexiga urinária a região que 
circunda a abertura uretral.
A parede da bexiga urinária contém uma túnica mucosa constituída por epi-
télio de transição, uma tela submucosa e uma túnica muscular. A túnica muscu-
lar é composta de três camadas: duas camadas musculares lisas longitudinais 
(interna e externa) com uma camada muscular circular disposta entre elas. Co-
letivamente, essas camadas formam o músculo detrusor da bexiga. A contra-
ção desse músculo comprime a bexiga e expele o seu conteúdo para o interior 
da uretra. Uma túnica serosa reveste a superfície superior da bexiga urinária.
Uretra
A partir da bexiga, a urina é drenada para a uretra, um tubo de parede fina 
que a transporta para o exterior do corpo. A uretra é composta por músculo 
liso e uma mucosa interna, que possui em sua parede glândulas uretrais espe-
cializadas, secretoras de muco protetor no canal uretral. Envolvendo a uretra, 
temos dois esfíncteres musculares: o esfíncter situado superiormente é o es-
fíncter interno da uretra, formado por músculo liso involuntário, enquanto o 
esfíncter mais inferior é o esfíncter externo da uretra, constituído pelo múscu-
lo esquelético voluntário.
Podemos observar variações na uretra entre homens e mulheres. A uretra 
feminina é um tubo retilíneo, com cerca de 4 cm de extensão, que esvazia a uri-
na através do óstio externo da uretra, localizado no vestíbulo da vagina entre o 
clitóris e a abertura da vagina. A uretra feminina atua somente transportando 
urina para o exterior.
Por sua vez, a uretra masculina tem cerca de 20 cm de comprimento e pos-
sui um formato curvo, devido à sua localização no pênis. É possível identificar 
três regiões na uretra masculina: a parte prostática da uretra, que passa pelo 
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Figura 1. Sistema urinário. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 16/10/2020.
Artéria renal direita
Veia renal 
esquerda
Artéria renal 
esquerda
Uretra
Bexiga
Rim direito Rim esquerdo
Veia renal direita
Ureter
Órgãos genitais masculinos
Considerando sua funcionalidade, os sistemas genitais masculino e fe-
minino diferem bastante entre si. Assim, veremos os órgãos genitais que 
compõem esse sistema separadamente de acordo com o sexo, começando 
pelo masculino.
centro da próstata; a parte membranácea, em que há um curto segmento que 
penetra o diafragma urogenital, parte do soalho muscular da pelve; e a parte 
esponjosa, ou parte peniana, que se estende da face inferior do diafragma uro-
genital até a extremidade do pênis, onde localiza-se o óstio externo da uretra. 
Vale destacar que a uretra masculina serve ao sistema urinário, transportando 
a urina na micção, e ao sistema reprodutor, transportando o sêmen na ejacula-
ção, embora não simultaneamente.
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Escroto
O escroto, oubolsa escrotal, é uma bolsa constituída por pele frouxa e te-
cido subcutâneo, ligada à raiz (a parte fixa) do pênis. Em um homem adulto, a 
pele do escroto é coberta com pelos esparsos, numerosas glândulas sebáceas 
e possui coloração mais escura que o restante da pele do corpo. Externamente, 
o escroto é dividido em partes laterais por uma linha rugosa mediana chamada 
rafe do escroto, que internamente corresponde a um septo chamado septo do 
escroto. Cada porção lateral do escroto contém um testículo. 
Vale destacar que a localização do escroto, bem como a contração e o re-
laxamento de suas fibras musculares atuam na regulação da temperatura dos 
testículos. A produção normal de espermatozoides requer uma temperatura 
aproximadamente 2 ºC a 3 ºC abaixo da temperatura central do corpo, que é 
mantida devido ao afastamento do escroto da cavidade pélvica. Em resposta 
a baixas temperaturas, o músculo cremaster contrai, aproximando os testícu-
los do corpo para absorver o calor corporal, bem como ocorre a contração do 
músculo dartos, repuxando o escroto para reduzir a perda de calor. A elevação 
da temperatura inverte essas ações.
Testículos
Os testículos são duas glândulas ovais produtoras dos espermatozoides 
(as células sexuais masculinas) e do hormônio testosterona. O testículo de-
senvolve-se próximo aos rins e, posteriormente, migra para alojar-se na bolsa 
escrotal. Os testículos são parcialmente cobertos pela túnica vaginal, uma 
membrana serosa que se forma durante a descida dos testículos. No interior 
da túnica vaginal, encontramos uma cápsula fibrosa branca chamada túnica 
albugínea, constituída de tecido conjuntivo que se estende internamente e 
divide cada testículo em diversos compartimentos internos denominados ló-
bulos. Ao todo, existem cerca de 200 a 300 lóbulos, e cada um contém de um 
a três túbulos densamente espiralados, os túbulos seminíferos, nos quais são 
produzidos os espermatozoides.
As paredes dos túbulos seminíferos possuem dois tipos de células: as es-
permatogênicas, que dão origem aos espermatozoides; e as nutrientes ou célu-
las de Sertoli, que possuem funções de apoio à produção de espermatozoides 
nos túbulos seminíferos dos testículos, denominada espermatogênese. Nos 
espaços entre os túbulos seminíferos adjacentes há aglomerados de células 
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intersticiais (de Leydig). Essas células secretam testosterona, um hormônio que 
promove o desenvolvimento de características masculinas a partir da puberda-
de. A testosterona também promove a libido (desejo sexual) masculina.
Epidídimo
O epidídimo possui formato semelhante ao de uma vírgula, com cerca de 4 
cm de comprimento, situado posteriormente em cada testículo. Os epidídimos 
são formados principalmente pelo ducto do epidídimo, bastante espiralado. Os 
dúctulos eferentes do testículo unem-se ao ducto do epidídimo na porção su-
perior, maior, do epidídimo, chamada cabeça. O corpo é a porção intermediária 
estreita do epidídimo, e na extremidade distal se localiza a porção inferior, me-
nor, chamada cauda do epidídimo. 
Funcionalmente, o epidídimo é o local de maturação do espermatozoide, 
onde eles adquirem motilidade e a capacidade de fertilizar o óvulo. O epidídimo 
também os armazena e, durante a excitação sexual, ajuda a impulsioná-los para 
o ducto deferente, por meio da contração peristáltica de sua musculatura lisa. Os 
espermatozoides podem permanecer armazenados no epidídimo por vários me-
ses. Todos aqueles não ejaculados acabam por ser fagocitados e reabsorvidos.
Ducto deferente
A partir da cauda do epidídimo, o ducto do epidídimo aumenta seu diâme-
tro e torna-se menos contorcido, passando a ser chamado de ducto deferente. 
Ele ascende pela lateral da bolsa escrotal e atravessa o abdome, contornando a 
bexiga urinária pelo lado medial do ureter. A porção terminal dilatada do ducto 
deferente é conhecida como ampola. A principal função é conduzir esperma-
tozoides do epidídimo para a uretra durante a excitação sexual por meio das 
contrações peristálticas de sua túnica muscular. Como o epidídimo, o ducto de-
ferente também armazena esperma-
tozoides por algum tempo e reabsorve 
os espermatozoides não ejaculados.
Ductos ejaculatórios
Cada ducto ejaculatório é compos-
to pela fusão do ducto deferente com o 
ducto da glândula seminal. É a porção 
de menor dimensão e de calibre mais 
reduzido entre as vias condutoras dos 
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espermatozoides, seguindo pela próstata e se abrindo na parte prostática da 
uretra, em uma saliência denominada colículo seminal. Ao alcançar a uretra, 
esses ductos ejetam os espermatozoides e as secreções da glândula seminal.
Uretra
A uretra masculina é um canal com aproximadamente 20 cm de compri-
mento, que atua na micção e na ejaculação. Tem seu início a partir do óstio 
interno da uretra, na bexiga, e atravessa consecutivamente a próstata, o as-
soalho da pelve e o pênis, onde termina ao alcançar o óstio externo da uretra, 
na extremidade do pênis. A uretra masculina se divide em três regiões: a par-
te prostática, quando atravessa a próstata; parte membranosa, quando atra-
vessa o assoalho da pelve; e parte esponjosa, localizada no corpo cavernoso 
do pênis. A parte prostática apresenta duas pequenas saliências, os colículos 
seminais, por onde desembocam os ductos ejaculatórios. Na extremidade da 
parte esponjosa, a partir da abertura da uretra há uma dilatação conhecida 
como fossa navicular. Também na porção esponjosa encontramos as glândulas 
de Littré, produtoras de muco relacionadas à lubrificação sexual.
Glândulas seminais
As duas glândulas seminais são estruturas semelhantes a bolsas contorci-
das, encontradas na parte póstero-inferior da bexiga. Sua extremidade inferior 
torna-se estreita e retilínea para formar um ducto excretor, que se une ao duc-
to deferente para compor o ducto ejaculatório. As glândulas seminais secretam 
um líquido viscoso e alcalino que constitui cerca de 60% do volume do sêmen e 
possui em sua composição frutose, prostaglandinas e proteínas da coagulação 
distintas daquelas encontradas no sangue. O pH alcalino do líquido colabo-
ra para neutralizar a acidez da uretra masculina e do trato genital feminino, 
impedindo a inativação e destruição imediata dos espermatozoides. A frutose 
é usada pelo espermatozoide para nutrição e produção de energia. As pros-
taglandinas contribuem para a viabilidade e motilidade dos espermatozoides, 
além de induzir contrações musculares no trato genital feminino. As proteínas 
da coagulação ajudam na coagulação do sêmen após a ejaculação.
Próstata
A próstata é um pequeno órgão arredondado e muscular, que circunda a par-
te prostática da uretra. O tecido glandular da próstata é composto por um aglo-
merado de 30 a 50 glândulas tubuloalveolares compostas, que são circundadas 
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por fibras musculares lisas. A próstata produz uma secreção leitosa e levemente 
ácida chamada líquido prostático, que contribui com cerca de 30% do volume 
do sêmen e o confere seu odor característico. As secreções prostáticas também 
contêm plasmina seminal, um antibiótico que auxilia na prevenção de infecções 
do trato urinário masculino. Essas secreções são liberadas na parte prostática da 
uretra através das contrações peristálticas da parede muscular.
Glândulas bulbouretrais
As duas glândulas bulbouretrais (glândulas de Cowper) possuem, cada uma, 
aproximadamente o tamanho de uma ervilha e localizam-se inferiormente à prós-
tata em cada lado da parte membranácea da uretra, com seus ductos abrindo-se na 
parte esponjosa dela. Quando ocorre a excitação sexual, as glândulas bulbouretrais 
secretam uma substância alcalina que neutraliza a acidez da urina na uretra, prote-
gendo os espermatozoides durante a passagem por essecanal. Ao mesmo tempo, 
secretam um muco que lubrifica o revestimento da uretra e a extremidade do pênis, 
reduzindo o número de espermatozoides danificados na ejaculação. Alguns homens 
liberam uma ou duas gotas desse muco durante a excitação sexual ou na ereção.
Pênis
O pênis, o órgão masculino para o intercurso sexual, atua levando os esper-
matozoides para o interior do trato reprodutor feminino. Juntos, ele e o escroto 
compõem os genitais externos do homem. Conforme descrevemos as estrutu-
ras internas do pênis, observe que as superfícies dorsal e ventral do pênis são 
nomeadas considerando o pênis ereto.
O pênis consiste em uma raiz proximal, fixada ao arco púbico; um corpo tu-
bular livre e alongado; e uma ponta distal alargada, a glande do pênis. A raiz do 
pênis se insere no interior do arco púbico e expande para formar o bulbo e os 
ramos do pênis. O corpo do pênis é constituído de três colunas cilíndricas de 
tecido erétil: os corpos cavernosos, um par posicionado dorsamente, 
e o corpo esponjoso, inserido ventralmente e envolvendo a uretra. 
O tecido fibroso, entre os dois corpos cavernosos, com-
põe o septo do pênis. Tanto o corpo cavernoso quanto 
o esponjoso são mantidos unidos através de tecido 
fibroso e recobertos por pele. A pele que recobre 
o pênis é frouxa e estende-se na direção distal em 
volta da glande, formando o prepúcio.
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A ereção do pênis requer funcionamento em sintonia dos sistemas vascu-
lar e nervoso. O pênis permanece fl ácido quando o tecido erétil não estiver 
irrigado de sangue. Na estimulação sexual (visual, tátil, auditiva, olfatória ou 
imaginária), fi bras parassimpáticas da parte sacral da medula espinal iniciam e 
mantêm a ereção, expansão e enrijecimento do pênis. As fi bras parassimpáti-
cas produzem, liberam e causam a produção local de óxido nítrico (NO). O NO 
relaxa o músculo liso nas paredes das arteríolas que irrigam o tecido erétil, o 
que permite a dilatação desses vasos sanguíneos, e, consequentemente, au-
menta a quantidade de sangue que entra no tecido erétil do pênis. 
O NO também causa o relaxamento do músculo liso no tecido erétil, pro-
vocando o alargamento dos espaços vasculares. A associação de aumento do 
fl uxo sanguíneo e alargamento dos espaços vasculares leva à ereção. A expan-
são dos espaços vasculares também comprime as veias que drenam o pênis; a 
desaceleração da saída do sangue ajuda a manter a ereção.
Órgãos genitais femininos
Os órgãos genitais femininos possuem diversas diferenças importantes dos 
órgãos masculinos. Primeiro, além de produzirem gametas, os órgãos genitais fe-
mininos preparam-se para dar suporte ao embrião durante a gravidez. Além disso, 
os órgãos femininos sofrem mudanças reguladas pelo ciclo menstrual, um ciclo 
reprodutivo que dura aproximadamente 28 dias. Os órgãos genitais femininos 
primários são os ovários produtores de óvulos. Os ductos acessórios incluem as 
tubas uterinas, onde normalmente ocorre a fertilização; o útero, onde o óvulo fer-
tilizado se fi xa e o embrião se desenvolve; e a vagina, que recebe o pênis durante 
o intercurso sexual e atua como passagem de saída do feto durante o parto. Os 
genitais femininos externos constituem o pudendo (ou vulva). As glândulas ma-
márias produtoras de leite, que fazem parte do sistema tegumentar, também são 
consideradas do sistema reprodutor devido a sua função de nutrir o bebê.
Ovários
Os pares de ovários se posicionam lateralmente ao útero, na parte superior da 
pelve. Sua principal função reside na produção dos gametas femininos (os ovócitos 
secundários, ou óvulos), a partir do fi nal da puberdade. Além disso, também produ-
zem os hormônios estrógeno e progesterona, que estimulam o desenvolvimento dos 
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ASSISTA
O óvulo já fecundado pode ocasionalmente fixar-se na 
tuba uterina e dar início ao desenvolvimento do embrião, 
uma condição que exige intervenção cirúrgica conhecida 
como gravidez tubária ou gravidez ectópica. Para saber 
mais sobre essa situação, procedimentos e riscos, assista 
ao vídeo Há como levar a gestação adiante em casos de 
gravidez tubária? | Momento Papo de Mãe.
caracteres sexuais secundários, bem como atuam na implantação do óvulo fecunda-
do no útero e no início do desenvolvimento do embrião. Antes da primeira ovulação, 
isto é, a liberação do óvulo pela superfície do ovário, o ovário possui aparência rosada 
e lisa, porém torna-se acinzentado e rugoso devido às cicatrizes resultantes das ovu-
lações. Com a velhice, os ovários diminuem de tamanho e param de liberar gametas.
Tubas uterinas
As tubas uterinas transportam os óvulos liberados pelos ovários para o útero. Os 
espermatozoides também passam pelas tubas uterinas durante o intercurso sexual, 
ocorrendo a fecundação geralmente no interior da tuba. É um tubo estreito, com 
uma extremidade medial ligada ao útero chamada óstio uterino da tuba e uma extre-
midade lateral chamada óstio abdominal da tuba, que se comunica com a cavidade 
peritoneal. Vale destacar que o óstio abdominal permite a comunicação da cavidade 
peritoneal com o meio exterior através do trato genital feminino da tuba, sendo esta 
comunicação exclusiva do sexo feminino. Partindo do útero para o ovário, a tuba é di-
vidida em quatro porções: uterina (na parede do útero), istmo, ampola e infundíbulo.
A porção afunilada de cada tuba uterina, denominada infundíbulo, está pró-
xima do ovário, mas é aberta para a cavidade peritoneal, e termina nas fimbrias, 
uma franja de projeções digitiformes presas à extremidade lateral do ovário. A 
partir do infundíbulo, a tuba estende-se em sentido medial e inferior, se fixando 
ao útero em um ângulo lateral superior. A ampola da tuba uterina é a porção mais 
larga e longa, constituindo cerca de dois terços laterais de seu comprimento. O 
istmo da tuba uterina é a porção de parede espessa mais medial, curta e estreita, 
que se une ao útero. A porção uterina da tuba uterina está unida na parede do 
útero por meio do óstio uterino da tuba uterina. Supõe-se que contrações rítmi-
cas da tuba uterina podem realizar movimentos alternados de encurtamento e 
distensão, favorecendo o transporte do óvulo para o útero. 
ANATOMIA HUMANA 132
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Útero
Trata-se de um órgão muscular e oco que recebe os gametas femininos 
e, em caso de gravidez, aloja o embrião durante seu desenvolvimento até o 
fim da gestação. As cavidades do útero e da vagina formam juntas o canal 
do parto, por onde o feto passa ao ser liberado após completar sua vida 
intrauterina. O útero localiza-se entre a bexiga urinária e o intestino reto, na 
pelve. Possui o formato de pera invertida e é subdivido em três regiões: a 
porção superior é chamada fundo do útero, que possui forma de cúpula e se 
conecta com as tubas uterinas; a porção intermediária é o corpo do útero, 
sendo a maior e mais larga região anatômica do útero; e a porção inferior e 
mais estreita é o colo do útero, que se abre na vagina ao projetar-se poste-
rior e inferiormente.
A parede do útero é composta de três camadas: endométrio, a camada in-
terna onde ocorrem modificações no ciclo menstrual ou na gravidez; miomé-
trio, a camada média de fibras musculares lisas que forma a maior parte da pa-
rede uterina; e perimétrio, a camada externa composta por uma túnica serosa 
e pela tela subserosa. As paredes do útero são espessas devido à musculatura 
do miométrio, mas o órgão é relativamente estreito na ausência de gestação. 
O endométrio se prepara para receber o óvulo fecundado mensalmente, au-
mentando seu volume pela formação de redes capilares, além de outras mo-
dificações. Caso não ocorra a fecundação, a camada do endométrio descama 
e ocorre eliminação sanguínea por meio da vagina, um fenômeno conhecido 
como menstruação.
Vagina
A vagina é um canalfibromuscular tubular com revestimento de mucosa, si-
tuando-se anteriormente ao reto e posteriormente à bexiga e à uretra. A vagina 
se abre para o exterior do corpo e se estende em direção superior e posterior 
para se fixar ao colo do útero, sendo essa comunicação circundada por um 
recesso chamado fórnice. Serve como receptáculo do pênis durante a relação 
sexual, saída do fluxo menstrual e passagem do feto no parto. 
A parede altamente distensível da vagina é composta por três camadas: uma 
adventícia externa de tecido conjuntivo fibroso, uma muscular, de músculo liso, 
e uma mucosa interna, marcada por pregas transversais, as rugas vaginais. Essas 
pregas estimulam o pênis durante o intercurso e achatam-se à medida que a 
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vagina se expande durante o parto. A mucosa consiste em uma lâmina própria, 
que contém fibras elásticas que ajudam a vagina a retomar sua forma normal 
após se expandir, e um epitélio escamoso estratificado que consegue suportar 
o atrito do intercurso e resiste à infecção bacteriana. Além disso, a mucosa da 
vagina contém grandes depósitos de glicogênio, que produzem ácidos orgânicos, 
elevando a acidez da vagina e retardando a proliferação microbiana, mas tam-
bém prejudicando a viabilidade dos espermatozoides. Os componentes alcalinos 
do sêmen, principalmente oriundos das glândulas seminais, afetam o pH vaginal, 
mantendo-o adequado para a sobrevivência dos espermatozoides.
Próximo à abertura externa da vagina (o óstio da vagina), a mucosa forma 
um diafragma incompleto chamado hímen. O hímen é vascularizado e tende a 
sangrar quando se rompe durante o primeiro intercurso sexual. No entanto, 
sua consistência varia: em algumas mulheres, ele é delicado e pode se romper 
durante a atividade esportiva, na inserção de um absorvente interno ou em 
um exame pélvico; em outras mulheres, o hímen é tão rígido que precisa ser 
rompido cirurgicamente.
Vulva
A vulva, ou pudendo feminino, é o conjunto externo dos órgãos genitais 
femininos, que incluem: o monte do púbis, os grandes e pequenos lábios, o 
clitóris e as estruturas relacionadas ao vestíbulo.
O monte do púbis é uma proeminência gordurosa que atua como prote-
ção da sínfise púbica, tendo sua pele recoberta por pelos após a puberdade. 
Posteriormente ao monte do púbis, estendem-se duas dobras gordurosas de 
pele, os lábios maiores, que são cobertas de pelos e homólogos à bolsa escrotal 
masculina. Os lábios maiores circundam duas pregas finas e sem pelos denomi-
nadas lábios menores, que delimitam 
uma região chamada vestíbulo, que 
abriga a abertura externa da uretra e, 
posteriormente, a abertura externa da 
vagina. A cada lado da abertura da va-
gina situam-se pares de glândulas ves-
tibulares maiores, também chamadas 
glândulas de Bartholin, que secretam 
muco lubrificante na abertura vaginal 
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durante a estimulação sexual. Na extremidade posterior do vestíbulo, os lábios 
menores unem-se formando uma prega chamada fúrcula ou frênulo dos lábios.
Na porção superior da vulva e anterior ao vestíbulo se localiza o clitóris, uma 
estrutura saliente constituída de tecido erétil sensível e irrigada com sangue 
durante a estimulação sexual. A junção anterior dos lábios menores envolve o 
clitóris com uma prega de pele, o prepúcio do clitóris. O clitóris é uma estrutura 
homóloga ao pênis, possuindo glande, corpo com corpos cavernosos, mas sem 
corpo esponjoso e uretra em seu interior. Os bulbos do vestíbulo localizam-se 
em cada lado da abertura da vagina e profundos aos músculos bulboesponjo-
sos. Durante a estimulação sexual, o tecido erétil se enche de sangue e colabo-
ra na manutenção do pênis dentro da vagina. Os bulbos do vestíbulo e a base 
do clitóris atuam comprimindo o orifício uretral, mantendo-o fechado durante 
o intercurso sexual e evitando a entrada de patógenos.
Mamas
As glândulas mamárias são glândulas sudoríferas modificadas situadas 
nas mamas, fazendo parte do sistema tegumentar. Entretanto, a função de-
las está relacionada ao sistema genital, pois secretam leite, essencial para a 
nutrição dos recém-nascidos. O tamanho e o formato das mamas variam de 
acordo com fatores individuais, como diferenças genéticas, idade, porcenta-
gem de gordura no corpo ou gravidez. Durante a puberdade, o estrógeno 
produzido no ovário estimula o depósito de tecido adiposo nas mamas e o 
crescimento das glândulas mamárias. As mamas hipertrofiam durante a gra-
videz e o período de lactação.
Cada mama possui uma projeção pigmentada chamada papila mamária, 
com diversas aberturas próximas aos ductos lactíferos, responsáveis pela saí-
da do leite. A área pigmentada circular de pele ao redor da papila é a aréola, 
que possui aparência rugosa devido à presença de glândulas sebáceas modifi-
cadas. Cada mama contém uma glândula mamária, que possui 15 a 20 lobos se-
parados por tecido adiposo. Em cada lobo há vários compartimentos menores, 
chamados lóbulos, formados de aglomerações de glândulas secretoras de leite 
denominadas alvéolos. Eles, por sua vez, são circundados por células mioepite-
liais cuja contração ajuda a impulsionar o leite produzido dos alvéolos para di-
versos túbulos secundários e, em seguida, para os ductos mamários. Os ductos 
mamários expandem-se próximo da papila e formam os seios lactíferos, que 
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Sistema endócrino
A regulação da homeostase do corpo humano consiste na coordenação das 
atividades dos órgãos e sistemas, com os sistemas nervoso e endócrino traba-
lhando em conjunto para monitorar, ajustar e integrar as atividades fi siológicas 
do corpo. O sistema nervoso produz respostas a curto prazo (geralmente milis-
segundos) e bastante específi cas aos estímulos ambientais. Ao contrário, o sis-
tema endócrino altera as atividades metabólicas de diferentes órgãos e tecidos 
simultaneamente, podendo ter um efeito que dure minutos, semanas ou meses. 
Este padrão de resposta do sistema endócrino é particularmente efi ciente 
no controle de processos contínuos, lentos e com efeitos generalizados. Alguns 
processos importantes regulados pelo sistema endócrino são o crescimento 
do corpo, o desenvolvimento e o funcionamento dos órgãos genitais, a manu-
tenção da composição química sanguínea e o controle da taxa metabólica. O 
ramo médico que estuda a estrutura e a função das glândulas endócrinas, além 
do diagnóstico e o tratamento de seus distúrbios, é a endocrinologia.
Vale ressaltar que, com base na estrutura e na função, as numerosas glândulas 
do corpo podem ser classifi cadas em exócrinas ou endócrinas. Glândulas exócri-
nas, como as glândulas sudoríferas, salivares e mucosas, sintetizam secreções que 
são transportadas por ductos. As glândulas endócrinas constituem o sistema en-
dócrino. Ao contrário das glândulas exócrinas, as endócrinas não possuem ductos, 
secretando substâncias químicas específi cas chamadas hormônios diretamente 
no sangue, na linfa ou no líquido intersticial circundante. Os tipos básicos de hor-
mônios são esteroides (derivados do colesterol), proteínas e aminas (derivados de 
aminoácidos). Estes hormônios são transportados para células-alvo, locais especí-
armazenam leite antes de sua drenagem para o ducto lactífero. Em geral, cada 
ducto lactífero transporta leite de um dos lobos para o meio externo.
A função da glândula mamária reside na lactação, que compreende a pro-
dução e liberação do leite, estando associada à gravidez e ao parto. A produção 
de leite é estimulada principalmente pelo hormônio prolactina da adeno-hipó-
fi se, com contribuição da progesterona e dos estrogênios. A ejeção de leite é 
estimulada pela ocitocina, liberada pela neuro-hipófi se em resposta à sucção 
da papila mamária pelo lactente.
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fi cos onde executam determinadas funções. Assim, os hormônios são específi cos 
quanto às células sobre as quais eles atuam e as mudanças celulares que promo-
vem, dependendo da presença de receptores na célula.
A relação entre a quantidade de secreção de um hormônio e a proporção 
de uso pelas células-alvo é intimamente equilibrada, em que os níveis de hor-
mônios são mantidos estáveis por impulsos neurais autônomos ou pelo siste-
ma de retroalimentação negativa. Esse sistema (feedback negativo) consiste 
em um mecanismo homeostático que regula uma glândula pelo seu próprio 
hormônio, e o aumento do hormônio inibe sua atividade. Uma glândula en-
dócrina continua secretando hormônios até que as células-alvo informem já 
haver quantidades sufi cientes dos mesmos, que faz essa glândula inibir a se-
creção. A glândula endócrina somente retornará a secretar quando os níveis 
sanguíneos de inibição química diminuírem novamente. 
Classificação topográfica das glândulas endócrinas
Ao contrário dos órgãos da maioria dos sistemas, que são contínuos anatomi-
camente, os órgãos endócrinos estão dispersos ao longo do corpo humano. Assim, 
podemos classifi car as glândulas endócrinas a partir de sua posição topográfi ca:
• Cefálicas: glândula pineal, hipófi se (glândula pituitária) e hipotálamo;
• Cervicais: glândulas tireoide e paratireoide;
• Torácica: timo;
• Abdominais: glândulas suprarrenais e pâncreas;
• Pélvicas: ovários;
• Escrotais: testículos.
Hipófi se
A hipófi se é uma pequena glândula oval, localizada inferiormen-
te ao hipotálamo em uma depressão do osso esfenoide chamada 
sela turca. A hipófi se já foi chamada de glândula mestra 
porque secreta hormônios que regulam algumas ou-
tras glândulas endócrinas. A hipófi se, contudo, não 
é realmente uma glândula mestra, uma vez que as 
secreções de seus hormônios, por sua vez, são con-
troladas por hormônios secretados pelo hipotálamo. 
ANATOMIA HUMANA 137
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QUADRO 1. HORMÔNIOS DA HIPÓFISE
Glândula
endócrina Hormônio
Tecidos/órgãos 
alvo
Ação principal
do hormônio
Adeno-hipófi se
Hormônio do cresci-
mento (GH) (somato-
propina)
Ossos e tecidos 
moles
Promove crescimento de 
todos os tecidos; síntese 
proteica; mobilização de lipí-
deos e catabolismo
Prolactina (PRL) Glândulasmamárias Estimula a produção de leite
Tireoestimulante 
(TSH e Tireotropina) Glândula tireoide
Estimula a produção de T3 
e T4
Adrenocorticotrópico 
(ACTH)
Córtex da
suprarrenal
Estimula o desenvolvimento 
dos óvulos/espermatozoides 
e secreta estrógeno nas 
mulheres
Gonadotrofi nas:
– Folículo-estimulante 
(FSH)
Ovários e
testículos
Provoca a ovulação; estimu-
la secreção de progesterona 
na mulher e testosterona 
nos homens
Gonadotrofi nas:
– Luteinizante (LH)
Ovários e
testículos
Provoca a ovulação; esti-
mula secreção de progeste-
rona na mulher e testoste-
rona nos homens
Hormônio estimulante 
do melanócito (MSH) Melanócitos
Síntese de melanina aumen-
tada na epiderme
Neuro-hipófi se
Antidiurético (ADH ou 
vasopressina)
Rins e vasos
sanguíneos
Estimula reabsorção da água 
pelos rins e determina a cons-
trição dos vasos sanguíneos
Ocitocina (OT) Útero e mamas
Contração da musculatura 
uterina no parto e liberação 
ou ejeção do leite das glân-
dulas mamárias
Hormônio do cresci-Hormônio do cresci-
mento (GH) (somato-
propina)
Adeno-hipófi se
Hormônio do cresci-
mento (GH) (somato-
propina)
Prolactina (PRL)
Adeno-hipófi se
Hormônio do cresci-
mento (GH) (somato-
Prolactina (PRL)
Tireoestimulante 
Adeno-hipófi se
mento (GH) (somato-
Prolactina (PRL)
Tireoestimulante 
(TSH e Tireotropina)
Ossos e tecidos 
moles
Prolactina (PRL)
Tireoestimulante 
(TSH e Tireotropina)
Adrenocorticotrópico 
Ossos e tecidos 
moles
Tireoestimulante 
(TSH e Tireotropina)
Adrenocorticotrópico 
(ACTH)
Ossos e tecidos 
Glândulas
mamárias
(TSH e Tireotropina)
Adrenocorticotrópico 
Gonadotrofi nas:
Promove crescimento de 
Glândulas
mamárias
Glândula tireoide
Adrenocorticotrópico 
Gonadotrofi nas:
– Folículo-estimulante 
(FSH)
Promove crescimento de 
todos os tecidos; síntese 
proteica; mobilização de lipí-
Glândula tireoide
Gonadotrofi nas:
– Folículo-estimulante 
Gonadotrofi nas:
Promove crescimento de 
todos os tecidos; síntese 
proteica; mobilização de lipí-
deos e catabolismo
Glândula tireoide
Córtex da
suprarrenal
– Folículo-estimulante 
Gonadotrofi nas:
– Luteinizante (LH)
Neuro-hipófi se
Promove crescimento de 
todos os tecidos; síntese 
proteica; mobilização de lipí-
deos e catabolismo
Estimula a produção de leite
Glândula tireoide
Córtex da
suprarrenal
– Folículo-estimulante 
Gonadotrofi nas:
– Luteinizante (LH)
Hormônio estimulante 
Neuro-hipófi se
Promove crescimento de 
todos os tecidos; síntese 
proteica; mobilização de lipí-
deos e catabolismo
Estimula a produção de leite
Estimula a produção de T3 
e T4
suprarrenal
Ovários e
testículos
Gonadotrofi nas:
– Luteinizante (LH)
Hormônio estimulante 
do melanócito (MSH)
Neuro-hipófi se
todos os tecidos; síntese 
proteica; mobilização de lipí-
deos e catabolismo
Estimula a produção de leite
Estimula a produção de T3 
Estimula o desenvolvimento 
Ovários e
testículos
– Luteinizante (LH)
Hormônio estimulante 
do melanócito (MSH)
Antidiurético (ADH ou 
vasopressina)
proteica; mobilização de lipí-
Estimula a produção de leite
Estimula a produção de T3 
Estimula o desenvolvimento 
dos óvulos/espermatozoides 
e secreta estrógeno nas 
mulheres
Ovários e
testículos
Hormônio estimulante 
do melanócito (MSH)
Antidiurético (ADH ou 
vasopressina)
Estimula a produção de leite
Estimula a produção de T3 
Estimula o desenvolvimento 
dos óvulos/espermatozoides 
e secreta estrógeno nas 
mulheres
Provoca a ovulação; estimu-
Ovários e
testículos
do melanócito (MSH)
Antidiurético (ADH ou 
vasopressina)
Ocitocina (OT)
Estimula a produção de T3 
Estimula o desenvolvimento 
dos óvulos/espermatozoides 
e secreta estrógeno nas 
Provoca a ovulação; estimu-
la secreção de progesterona 
na mulher e testosterona 
Melanócitos
Antidiurético (ADH ou 
Ocitocina (OT)
Estimula o desenvolvimento 
dos óvulos/espermatozoides 
e secreta estrógeno nas 
Provoca a ovulação; estimu-
la secreção de progesterona 
na mulher e testosterona 
nos homens
Provoca a ovulação; esti-
Melanócitos
Rins e vasos
Ocitocina (OT)
dos óvulos/espermatozoides 
e secreta estrógeno nas 
Provoca a ovulação; estimu-
la secreção de progesterona 
na mulher e testosterona 
nos homens
Provoca a ovulação; esti-
mula secreção de progeste-
rona na mulher e testoste-
Rins e vasos
sanguíneos
Provoca a ovulação; estimu-
la secreção de progesterona 
na mulher e testosterona 
Provoca a ovulação; esti-
mula secreção de progeste-
rona na mulher e testoste-
rona nos homens
Rins e vasos
sanguíneos
Útero e mamas
Provoca a ovulação; estimu-
la secreção de progesterona 
na mulher e testosterona 
Provoca a ovulação; esti-
mula secreção de progeste-
rona na mulher e testoste-
rona nos homens
Síntese de melanina aumen-
tada na epiderme
Útero e mamas
Provoca a ovulação; esti-
mula secreção de progeste-
rona na mulher e testoste-
rona nos homens
Síntese de melanina aumen-
tada na epiderme
Estimula reabsorção da água 
pelos rins e determina a cons-
Útero e mamas
mula secreção de progeste-
rona na mulher e testoste-
Síntese de melanina aumen-
tada na epiderme
Estimula reabsorção da água 
pelos rins e determina a cons-
trição dos vasos sanguíneos
rona na mulher e testoste-
Síntese de melanina aumen-
tada na epiderme
Estimula reabsorção da água 
pelos rins e determina a cons-
trição dos vasos sanguíneos
Contração da musculatura 
uterina no parto e liberação 
Síntese de melanina aumen-
Estimula reabsorção da água 
pelos rins e determina a cons-
trição dos vasos sanguíneos
Contração da musculatura 
uterina no parto e liberação 
ou ejeção do leite das glân-
dulas mamárias
Estimula reabsorção da água 
pelos rinse determina a cons-
trição dos vasos sanguíneos
Contração da musculatura 
uterina no parto e liberação 
ou ejeção do leite das glân-
dulas mamárias
pelos rins e determina a cons-
trição dos vasos sanguíneos
Contração da musculatura 
uterina no parto e liberação 
ou ejeção do leite das glân-
dulas mamárias
Contração da musculatura 
uterina no parto e liberação 
ou ejeção do leite das glân-
uterina no parto e liberação 
ou ejeção do leite das glân-
Fonte: MARIEB; HOEHN, 2009, p. 550. (Adaptado).
Podemos classifi car a hipófi se com duas divisões: um lobo anterior, a adeno-
-hipófi se (hipófi se glandular), formado de tecido glandular, e um lobo posterior, 
a neuro-hipófi se (hipófi se neural), formado por tecido neural. Nove hormônios 
peptídeos importantes são liberados pela hipófi se; dois pela parte nervosa da 
neuro-hipófi se, e sete pelas partes distal e intermédia da adeno-hipófi se.
Hipotálamo
A secreção de hormônios pela adeno-hipófi se é controlada pelo hipotálamo, 
que secreta tanto hormônios de liberação, estimulando as células da adeno-hi-
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pófise a liberar seus hormônios, quanto hormônios de inibição, desligando a 
secreção dos hormônios pela adeno-hipófise quando necessário. Há diferentes 
hormônios liberadores e inibidores do hipotálamo para quase todos os hormô-
nios da adeno-hipófise, com todos seguindo através do sistema porta hipotála-
mo-hipofisário para controlar as secreções de hormônios da adeno-hipófise.
Glândula pineal
A glândula pineal que faz parte do epitálamo e, se localiza na linha mediana 
do encéfalo. Essa pequena glândula endócrina produz o hormônio melatonina, 
que atua para o ajuste do biorritmo (o relógio biológico do corpo), controlado 
pelo hipotálamo. Os níveis de melatonina presentes na corrente sanguínea se 
elevam até dez vezes durante o sono para, em seguida, diminuirem novamen-
te antes de acordar. A administração oral de pequenas doses de melatonina 
induz ao sono e reajusta os ritmos diários ou circadianos, podendo beneficiar 
trabalhadores que alternam os turnos de dia e noite. A melatonina também é 
um antioxidante potente que pode fornecer proteção relativa contra radicais 
livres do oxigênio prejudiciais.
Glândulas tireoide e paratireoides
A tireoide localiza-se no plano mediano do pescoço, envolvendo parte da 
traqueia e da laringe. A glândula tireoide apresenta um formato similar de 
uma borboleta e consiste em dois lobos principais. As porções superiores 
de cada lobo estendem-se sobre a face lateral da traqueia rumo à margem 
inferior da cartilagem tireóidea, enquanto as porções inferiores dos lobos 
estendem-se até a segunda ou terceira cartilagem traqueal. Os dois lobos 
estão conectados por um trecho delgado, o istmo, cuja principal função é a 
regulação do metabolismo basal de diversas regiões do corpo, além de estar 
relacionada ao processo de crescimento. A glândula tireoide secreta princi-
palmente os hormônios tiroxina (T4) e triiodotironina (T3), e, secundariamen-
te, calcitonina (tireocalcitonina).
CURIOSIDADE
A ingestão continuada de iodo é essencial para a função normal da ti-
reoide. A substância absorvida é transportada pelo sangue até a glândula 
tireoide e a bomba de iodo, um mecanismo de transporte ativo, conduz o 
iodo para o interior das células da tireoide. O iodo, então, se combina com 
aminoácidos para sintetizar os hormônios tireoidianos.
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QUADRO 2. HORMÔNIOS DA TIREOIDE E PARATIREOIDES
Glândula
endócrina Hormônio
Tecidos/órgãos-
-alvo
Ação principal
do hormônio
Glândula Tireoide
Triiodotironina (T3) e 
tireoxina (T4) Todos os tecidos
Estimulam o padrão meta-
bólico e regulam o cresci-
mento e o desenvolvimento
Calcitocina Ossos e rins Favorece a formação de osso e diminui os níveis de cálcio
Glândulas
Paratireoides Paratireóideo (PTH)
Ossos, rins e intes-
tinos
Determina a reabsorção 
óssea; aumenta os níveis de 
cálcio; estimula a absorção 
de cálcio pelos rins e intes-
tinos; e estimula a excreção 
de fosfato pelos rins
Glândula TireoideGlândula TireoideGlândula Tireoide
Triiodotironina (T3) e Triiodotironina (T3) e 
tireoxina (T4)
Triiodotironina (T3) e 
tireoxina (T4)
Calcitocina
Glândulas
Paratireoides
Triiodotironina (T3) e 
Calcitocina
Glândulas
Paratireoides
Calcitocina
Paratireoides
Todos os tecidos
Paratireóideo (PTH)
Todos os tecidos
Paratireóideo (PTH)
Todos os tecidos
Ossos e rins
Paratireóideo (PTH)
Estimulam o padrão meta-
bólico e regulam o cresci-
Ossos e rins
Paratireóideo (PTH)
Estimulam o padrão meta-
bólico e regulam o cresci-
mento e o desenvolvimento
Ossos, rins e intes-
Estimulam o padrão meta-
bólico e regulam o cresci-
mento e o desenvolvimento
Favorece a formação de osso 
Ossos, rins e intes-
tinos
Estimulam o padrão meta-
bólico e regulam o cresci-
mento e o desenvolvimento
Favorece a formação de osso 
e diminui os níveis de cálcio
Ossos, rins e intes-
Estimulam o padrão meta-
bólico e regulam o cresci-
mento e o desenvolvimento
Favorece a formação de osso 
e diminui os níveis de cálcio
Ossos, rins e intes-
Determina a reabsorção 
óssea; aumenta os níveis de 
mento e o desenvolvimento
Favorece a formação de osso 
e diminui os níveis de cálcio
Determina a reabsorção 
óssea; aumenta os níveis de 
cálcio; estimula a absorção 
de cálcio pelos rins e intes-
Favorece a formação de osso 
e diminui os níveis de cálcio
Determina a reabsorção 
óssea; aumenta os níveis de 
cálcio; estimula a absorção 
de cálcio pelos rins e intes-
tinos; e estimula a excreção 
de fosfato pelos rins
Favorece a formação de osso 
e diminui os níveis de cálcio
Determina a reabsorção 
óssea; aumenta os níveis de 
cálcio; estimula a absorção 
de cálcio pelos rins e intes-
tinos; e estimula a excreção 
de fosfato pelos rins
Determina a reabsorção 
óssea; aumenta os níveis de 
cálcio; estimula a absorção 
de cálcio pelos rins e intes-
tinos; e estimula a excreção 
de fosfato pelos rins
óssea; aumenta os níveis de 
cálcio; estimula a absorção 
de cálcio pelos rins e intes-
tinos; e estimula a excreção 
de fosfato pelos rins
de cálcio pelos rins e intes-
tinos; e estimula a excreção 
Fonte: MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009, p. 515.
As pequenas e achatadas glândulas paratireoides estão incluídas na face 
posterior dos lobos laterais da tireoide. Normalmente, há quatro glândulas 
paratireoides: duas superiores e duas inferiores. Cada uma delas consiste em 
uma estrutura pequena, amarela tendendo para o marrom, e possui função de 
grande relevância, pois regulam o metabolismo do cálcio.
Timo
O timo é um órgão linfoide e bilateralmente simétrico, que se desen-
volve bem até a adolescência, porém, na vida adulta, é reduzida a uma 
massa de tecido conjuntivo infiltrada por tecido adiposo. Os hormônios 
produzidos pelo timo são a timosina, o fator tumoral do timo (THF), o fator 
tímico (TF) e a timopoetina, que estimulam a proliferação e o amadureci-
mento das células T, células de imunidade que destroem microrganismos 
estranhos e toxinas.
Glândulas suprarrenais
As glândulas suprarrenais, ou adrenais, são pares de glândulas bilaterais 
que se situam sobre o polo superior dos rins. Elas se dividem em medula, 
uma porção central equivalente a 90% da massa glandular, e córtex, uma 
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porção periférica que corresponde aos 10% restantes. Funcionalmente, o 
córtex secreta hormônios derivados do colesterol chamados corticoste-
roides ou corticoides. Os corticoides da suprarrenal são classifi cados em 
três categorias: mineralocorticoides, glicocorticoides e gonadocorticoides. 
A medula das glândulas suprarrenais secreta dois hormônios intimamente 
relacionados: norefi nefrina e epinefrina. Assemelha-se, funcionalmente, à 
parte simpática da divisão autônoma do sistema nervoso.
QUADRO 3. HORMÔNIOS DAS GLÂNDULAS SUPRARRENAIS

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