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José Renato Andrade Filho
Coautora: Bruna Brenda Siqueira Rocha Andrade
Médicos pelo Brasil: questões comentadas
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PREFÁCIO
Prezados(as) colegas médicos(as),
É com imenso prazer que lhes apresento este livro, fruto da vontade de ajudar os colegas
que irão passar, em breve, pelo mesmo processo por qual passei há algum tempo.
Primeiramente, gostaria de fazer uma breve apresentação: sou médico, com título de
especialista em clínica médica pela SBCM e em Medicina de Família e Comunidade pela
SBMFC, títulos estes que obtive no ano de 2021 após atuar por mais de 4 anos em cada uma
dessas áreas. Além disso, tenho pós-graduação em Endocrinologia, área na qual já atuo há
algum tempo.
Ademais, o processo a que me refiro é o Programa Médicos pelo Brasil (PMpB), no qual
fui aprovado em primeiro lugar no município em que concorri. Esse programa foi criado com
a proposta de substituir o Programa Mais Médicos e de melhorar o atendimento da população
brasileira nos locais com maior carência de profissionais médicos.
Uma das diferenças mais marcantes entre os programas é o fato de o PMpB ter um
processo seletivo nacional para seleção de médicos, ao contrário do programa anterior, em que
a seleção era feita por “ordem de inscrição”. Outra novidade foi a criação de dois novos cargos:
médico de família e comunidade (médico bolsista) e tutor médico (médico contratado pelo
regime CLT). Este tem como requisitos, além do CRM ativo, certificado de conclusão de
residência em medicina de família e comunidade ou clínica médica ou título de especialista
em medicina de família e comunidade ou em clínica médica, emitidos pela Associação Médica
Brasileira (AMB). O primeiro edital do PMpB foi lançado em dezembro de 2021 e a prova
contou com mais de 16 mil inscritos, sendo 14.485 candidatos para as vagas de médico bolsista
e 1.872 para o cargo de tutor médico.
Ao fazer a prova, não pude deixar de perceber erros de grafia, falta de coerência em
alguns enunciados, gabaritos com respostas duvidosas e algumas questões que mereciam ser
anuladas. Muitas críticas foram feitas ao Ministério da Saúde e à Adaps por entidades médicas
e por candidatos. Assim, espero que as próximas provas do programa sejam mais bem
elaboradas.
Minha missão com este livro é, portanto, facilitar seus estudos e fazer com que vocês
entendam a estrutura e as particularidades da prova do Programa Médicos pelo Brasil.
Desejo-lhes boa sorte!
José Renato Andrade Filho
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LÍNGUA PORTUGUESA
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Nota: como as questões apresentadas foram retiradas da prova na íntegra, os eventuais desvios linguísticos
não foram corrigidos.
Utilize o texto abaixo para responder as questões de 01 à 05.
“Fazer ‘turismo sustentável’ exige respeito ao meio ambiente e à cultura local; veja miniguia
com dicas” Medidas simples podem melhorar a experiência do viajante enquanto beneficiam
as comunidades visitadas, o ambiente e seu meio.
(Por Patrícia Figueiredo, G1. 04-abr-2019)
Observe os itens apresentados pelo Guia do desafio: turismo sustentável:
1 - Pesquise o destino: conheça a história, cultura e problemas locais.
2 - Busque a diversidade: os destinos têm só um cartão- postal e não são legais só na alta
temporada.
3 - Escolha os serviços: pousada e agência regularizados pagam impostos que ajudam a manter
o local.
4 - Respeite a natureza: não imponha som alto à fauna. Não deixe lixo na área, nem mate
animais peçonhentos.
5 - Não explore os animais: andar de elefante ou nadar com golfinhos não é tão divertido para
eles. Fuja de lembrancinhas feitas com produtos de origem animal.
6 - Cumpra as regras de visitação: não abra novas trilhas, não acenda fogueiras e não deixe
marcas em grutas.
7 - Economize recursos naturais: água e eletricidade devem ser poupadas: os hotéis usam os
recursos finitos do planeta.
8 - Prefira produtos e serviços locais: o lucro de grandes redes geralmente vai para o país onde
a empresa foi criada.
9 - Respeite a cultura local: deixe o carro na pousada se vir uma procissão e cuidado para não
entrar em locais privados sem permissão.
10 - Seja menos turista e mais viajante: não foque somente nas selfies, curta o meio, curta o
ambiente, observe e compartilhe a experiência do nativo.
(Disponível em https://g1.globo.com/natureza/desafio- natureza/noticia/2019/04/06/fazer-
turismo-sustentavel-exige- respeito-ao-meio-ambiente-e-a-cultura-local-veja-miniguia-com-
dicas.ghtml)
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QUESTÃO 1
Observe as afirmativas sobre o texto - Fazer ‘turismo sustentável’ e assinale a alternativa
correta em relação à interpretação e compreensão dele:
I. O texto informa que os turistas devem ser educados ao sair de suas casas e entrar em
hotéis de lugares turísticos.
II. Tirar selfies, ir a procissões, conhecer lugares históricos e deixar sua marca em grutas,
essas características positivas do turista é que vão indicar quais podem entrar em lugares
turísticos.
III. III. O texto orienta o turista em como deve proceder ao visitar lugares turísticos
prezando pelo turismo sustentável.
Estão corretas as afirmativas.
a) I apenas.
b) I e II apenas.
c) I e III apenas.
d) II e III apenas.
e) III apenas.
Comentários:
Para responder à questão, cumpre analisar cada uma das alternativas:
I. Ainda que o texto tenha como finalidade orientar as pessoas para a prática de um
turismo sustentável, não está explícito que “os turistas devem ser educados ao sair de suas
casas e entrar em hotéis de lugares turísticos.” Dessa forma, não podemos considerar que o
texto traz essa informação. (FALSA)
II. Esta alternativa soa confusa, entretanto, pela leitura, já é possível tratá-la como falsa,
uma vez que traz propostas opostas àquilo que é defendido no texto, isto é, “ir a procissões,
conhecer lugares históricos e deixar sua marca em grutas” não são atitudes recomendadas.
(FALSA)
III. Esta alternativa apresenta uma informação correta no que tange ao objetivo do texto:
fornecer ao turista orientações sobre como se comportar, visando a um turismo sustentável.
(VERDADEIRA)
Resposta: Alternativa E
Referência: já que se trata de uma questão de interpretação textual, a resposta deve ser
depreendida a partir da leitura e compreensão do texto.
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QUESTÃO 2
Paradesenvolvimento desta questão, utilizamos, como inspiração o texto. Leia as
afirmativas e assinale a alternativa correta com base na sintaxe.
I. Adoramos viajar para cidades turísticas. No caminho vemos belas paisagens e
caminhos.
II. Soubemos que houveram comemorações nesta cidade turística no ano passado.
III. Quando chegamos, a cidade turística estava abandonada.
Estão corretas as afirmativas.
a) I apenas.
b) III apenas.
c) I e II apenas.
d) I e III apenas.
e) II e III apenas.
Comentários:
Antes de iniciarmos a observação de cada uma das alternativas, é importante salientar
que a questão proposta parte da análise sintática dos excertos. Logo, isso significa que o seu
olhar deve estar voltado à estrutura da oração e à função que os termos assumem em seu
interior. Ademais, nesse tipo de análise, alguns temas possíveis de serem cobrados são:
concordância verbal e/ou nominal, regência verbal e/ou nominal, tipos de sujeito, tipos de
predicado, adjunto adverbial e/ou adnominal, complemento verbal e/ou nominal, tipos de
oração, entre outros. No que tange às alternativas:
I e III: não apresentam problemas quanto à estrutura sintática.
II: a concordância do verbo haver está inadequada, já que, quando empregado como
impessoal, isto é, com o sentido de existir, ocorrer ou referente a tempo decorrido, fará parte
de uma oração sem sujeito e, assim, deve manter-se flexionado na 3ª do singular. Dessa forma,
a correção seria: Soubemos que houve comemorações nesta cidade turística no ano passado.
Veja outros exemplos:
a) Com o sentido de existir:
“Há vários nomes aqui”. (BECHARA, 2009, p. 562)
b) Com o sentido de tempo decorrido:
Sou professora de Língua Portuguesa há doze anos.
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c) Com o sentido de ocorrer:
Ontem, houve vários acidentes pela estrada.
Resposta: Alternativa D
Referências:
CEGALLA, D. P. Novíssima gramática da língua portuguesa. 48.ed. revisada. São Paulo:
Companhia Editora Nacional, 2008.
BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 37. Ed. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 2009. p. 562.
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QUESTÃO 3
De acordo com o texto, “O gênero textual injuntivo do texto é classificado como guia.
Isso significa que esse é um gênero textual não literário. Suas características são:
I. Na tipologia textual, é formado pelo texto injuntivo, também chamado de texto instrucional.
II. Indica ordem, persuasão, orientação.
III. O modo verbal utilizado nos textos injuntivos, incluindo o gênero guia, é o futuro do
pretérito.
Estão corretas as afirmativas.
a) I apenas.
b) I e III apenas.
c) I e II apenas.
d) II e III apenas.
e) III apenas
Comentários:
Esta questão mobiliza, em seu enunciado, noções como gênero textual e tipologia
textual. Como acreditamos ser importante explicá-las, recorremos a Marcuschi:
Usamos a expressão tipo textual para designar uma espécie de construção teórica
definida pela natureza linguística de sua composição {aspectos lexicais, sintáticos,
tempos verbais, relações lógicas}. Em geral, os tipos textuais abrangem cerca de meia
dúzia de categorias conhecidas como: narração, argumentação, exposição, descrição,
injunção. (2013, p. 3, grifos nossos)
Ainda de acordo com Marcuschi (2013, p. 8), “entre as características básicas dos tipos
textuais está o fato de eles serem definidos por seus traços linguísticos predominantes.” No
que concerne ao tipo injuntivo, este possui, particularmente, função imperativa, isto é,
marcada pelo uso de verbos no modo imperativo, designando ordem ou pedido. Além disso,
esse tipo textual objetiva, normalmente, dar instruções para a execução de alguma tarefa.
Já no que tange aos gêneros textuais, estes podem ser definidos, segundo Marcuschi
(2013, p. 4), como “textos materializados que encontramos em nossa vida diária e que
apresentam características sociocomunicativas definidas por conteúdos, propriedades
funcionais, estilo e composição característica” como, por exemplo, o gênero textual guia o
qual é utilizado como base para esta questão. Ademais, agora que já fizemos a distinção entre
os dois conceitos apresentados, seguimos para a análise das alternativas:
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I. O guia, texto utilizado como base para esta questão, encontra-se associado ao tipo
injuntivo, uma vez que, com as características sociocomunicativas particulares do seu gênero,
apresenta aspectos linguísticos predominantemente do tipo textual injuntivo, também
conhecido como instrucional. (VERDADEIRA)
II. Ordem, persuasão e orientação são características tanto do tipo injuntivo quanto do
guia apresentado como texto base da questão. (VEDADEIRA)
III. O modo verbal utilizado nos textos injuntivos, incluindo o gênero guia, é o modo
imperativo, uma vez que seu objetivo e dar ordens, orientações e/ou fazer pedidos; e não o
tempo verbal futuro do pretérito como sugere esta alternativa. (FALSA)
Resposta: Alternativa C
Referências:
MARCUSHCI, Luiz Antônio. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. 2013. E
disciplinas USP. Disponível em:
<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/133018/mod_resource/content/3/Art_Marcuschi_
G%C3%AAneros_textuais_defini%C3%A7%C3%B5es_funcionalidade.pdf>. Acesso em:
12/09/2022.
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QUESTÃO 4
Assinale a alternativa que preencha correta e respectivamente as lacunas existentes no
diálogo abaixo, utilizando as formas de ‘porquê’:
A) Vamos acampar nesse lado da praia.
B) Não mesmo!
A) _________?
B) __________ há muitos mosquitos.
A) Não entendo o___________ de vir aqui se tem alergia a picadas de insetos.
B) Vamos voltar para a pousada, o turismo sustentável está mais interessante, essa praia não
é para turistas, não tem infraestrutura.
a) Porque – Por que – porquê.
b) Por que – Porque – por quê.
c) Porquê – Porque – por que.
d) Por que – Por que – porquê.
e) Por quê – Porque – porquê.
Comentários:
Esta questão requer conhecimento do candidato no que concerne ao uso dos porquês.
Vejamos as informações abaixo para, em seguida, respondermos à questão:
Por que:
- Advérbio interrogativo utilizado no início
de perguntas.
- Junção da preposição “por” e o pronome
relativo “que”, exprimindo a ideia de “por
qual motivo”.
Exemplo:
- Por que você não foi à escola hoje?
- Eu sei por que ela me desprezou.
Por quê:
- Possui o mesmo emprego das situações
anteriores, porém com uso no final da frase
(seguido de sinal de pontuação).
Exemplo:
- Você não foi à escola hoje por quê?
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Porque:
- Conjunção utilizada na oração para
exprimir a ideia de causa ou de explicação
(seu uso é comum em respostas a
questionamentos).
Exemplo:
- Não foi à escola porque estava em uma
consulta médica.
Porquê
- É uma expressão substantivada e, por isso,
aparecerá sempre precedida do artigo
definido “o”, significando“motivo/razão”.
Exemplo:
- Não sei o porquê de ele não ter ido à escola
hoje.
Após a análise do quadro, voltamos ao diálogo para preencher as lacunas corretamente:
A) Vamos acampar nesse lado da praia.
B) Não mesmo!
A) ________? (Utiliza-se “por quê”, já que seu uso se dá no final da frase seguido de um ponto
de interrogação)
B) __________ há muitos mosquitos. (Usa-se “porque”, uma vez que exprime uma explicação
ao questionamento anterior)
A) Não entendo o___________ de vir aqui se tem alergia a picadas de insetos. (Utiliza-se
“porquê”, pois é uma expressão substantivada precedida de artigo definido)
Resposta: Alternativa E
Referências:
BRASIL, Ministério da Educação. Língua Portuguesa: o uso dos porquês. 2012. Disponível
em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/materiais/0000016811.PDF>. Acesso em:
12/09/2022.
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QUESTÃO 5
De acordo com o texto – Fazer ‘turismo sustentável’, podemos afirmar que o guia
conscientiza o turista para “pesquisar o destino da viagem _____ cumprir com as regras de
visitação, _____ não explorar os animais e nem focar somente nas selfies”.
Os elementos, que preenchem corretamente cada lacuna, são as conjunções coordenadas
constantes da sintaxe. Assinale a alternativa que preencha correta e respectivamente as
lacunas. Observe, também, a classificação de cada conjunção.
a) e (adversativa) - mas (conclusiva).
b) e (aditiva) - mas (adversativa).
c) entretanto (adversativa) - ou (alternativa).
d) porque (interrogativa) - não obstante (aditiva). e) embora (aditiva) - conforme (alternativa).
e) embora (aditiva) - conforme (alternativa).
Comentários:
Para identificarmos quais conjunções completam adequadamente as lacunas presentes
nesta questão, devemos compreender a relação semântica estabelecida entre os elementos da
oração, além disso, qual conjunção encarrega-se de exprimir essa ideia. Ademais, as
conjunções classificam-se em coordenadas e em subordinadas, entretanto, para exemplificar,
abordaremos apenas as coordenadas, já que são sobre as quais a questão requer conhecimento.
Segundo Cegalla (2008, p. 289-290), temos a seguinte classificação:
Conjunções aditivas:
Remetem à ideia de adição, acréscimo: e,
nem, mas também, mas ainda, senão
também, como também, bem como.
Exemplo:
Maria fez uma viagem a Salvador e João
comprou uma bicicleta para fazer trilha.
Conjunções adversativas:
Denotam ideia de oposição, contraste,
ressalva, compensação: mas, porém, todavia,
contudo, entretanto, senão, ao passo que,
antes, no entanto, não obstante, apesar disso,
em todo caso.
Exemplo:
Venha ao meu sítio, mas não traga seus
irmãos.
Conjunções alternativas:
Exemplo:
Ou você vai estudar ou não vai sair de casa
hoje!
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Relacionam-se à ideia de alternância,
alternativa: ou, ou ... ou, ora ... ora, já ... já,
quer... que, etc.
Conjunções conclusivas:
Indicam uma conclusão: logo, portanto, por
conseguinte, pois (posposto ao verbo), por
isso.
Exemplo:
Penso, logo existo. (Descartes)
Conjunções explicativas:
Exprimem uma explicação, um motivo: que,
porque, porquanto, pois (anteposto ao
verbo).
Exemplo:
Não foi à confraternização, pois estava
doente.
Após analisar o quadro acima, podemos concluir que, em “pesquisar o destino da
viagem _____ cumprir com as regras de visitação”, temos a segunda informação sendo
acrescida à anterior. Logo, a relação estabelecida é de adição, requerendo, portanto, dentre as
opções possíveis, a conjunção coordenada aditiva “e”. Posteriormente, temos “____ não
explorar os animais e nem focar somente nas selfies”, que apresenta uma ressalva em relação
ao que foi expresso anteriormente. As conjunções responsáveis por estabelecer essa
informação semântica são as adversativas e, dentre as opções possíveis nas alternativas, resta-
se “mas”. Logo, a alternativa correta é a B, a qual contempla corretamente as conjunções e
suas respectivas categorias.
Resposta: Alternativa B
Referências:
CEGALLA, D. P. Novíssima gramática da língua portuguesa. 48.ed. revisada. São Paulo:
Companhia Editora Nacional, 2008. p. 289-290.
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QUESTÃO 6
Sobre a Política Nacional de Atenção Básica, no que diz respeito às equipes de Atenção
Primária (eAP), analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta.
I. As equipes de Atenção Primária (eAP) deverão ser compostas minimamente por médicos,
preferencialmente especialistas em medicina de família e comunidade e enfermeiros,
preferencialmente especialistas em saúde da família, cadastrados em uma mesma Unidade de
Saúde.
II. Não é vedado aos profissionais da eAP a participação em mais de uma eAP.
III. A composição da carga horária mínima por categoria profissional deverá ser de 10 (dez)
horas, com no máximo de 3 (três) profissionais por categoria, devendo somar no mínimo 40
horas/semanais.
Estão corretas as afirmativas.
a) I, II e III
b) I e II apenas
c) II e III apenas
d) III apenas
e) I apenas
Comentários:
Esta questão é baseada na PORTARIA Nº 2.436, DE 21 DE SETEMBRO DE 2017, que
Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a
organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
Vamos analisar o que diz cada uma das afirmativas:
I. As equipes de Atenção Primária (eAP) deverão ser compostas no mínimo por médico,
preferencialmente da especialidade medicina de família e comunidade; enfermeiro,
preferencialmente especialista em saúde da família; auxiliar e/ou técnico de
enfermagem e agente comunitário de saúde (ACS). Além disso, podem fazer parte
da equipe o agente de combate às endemias (ACE) e os profissionais de saúde bucal:
cirurgião-dentista, preferencialmente especialista em saúde da família; e auxiliar ou
técnico em saúde bucal. Portanto, para a composição de uma eAP não basta apenas
médico e enfermeiro, como diz a afirmativa I. (FALSA)
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II. Diferentemente do que ocorre em equipes de Saúde da Família, onde há a
obrigatoriedade de carga horária de 40 horas semanais para todos os profissionais de
saúde membros da ESF além de vínculo com apenas uma equipe, nas equipes de
Atenção Primária (eAP), não existe proibição da participação do profissional em mais
de uma eAP. (VERDADEIRA)
III: Essa afirmativa foi retirada exatamente como consta na portaria. A composição da
carga horária mínima por categoria profissional deverá ser de 10 (dez) horas, com no
máximo de 3 (três) profissionais por categoria, devendo somar no mínimo 40
horas/semanais. (VERDADEIRA)
Resposta: Alternativa C
Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde . Portaria no. 2.436 de 21 de setembro de 2017. Brasília:
Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, 2017.
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QUESTÃO 7
Considerando o Decreto 7508/2011, que regulamenta a lei 8080/1990, no que diz
respeito ao planejamento em saúde, assinale a alternativa incorreta.
a) O processo de planejamento da saúde será ascendente e integrado, do nível local até o
federal, ouvidos os respectivos Conselhos de Saúde
b) O planejamento da saúde é obrigatório para os entes públicos e será indutor de políticas
para a iniciativa privada
c) O Mapa da Saúde será utilizado na identificação das necessidades de saúde e orientará o
planejamento integrado dos entes federativos, contribuindo para o estabelecimento de metas
de saúde
d) No planejamento devem ser considerados os serviços e as ações prestados pela iniciativa
privada, de forma complementar ou não ao SUS, os quais deverão compor os Mapas da Saúde
regional, estadual e nacional
e) O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) estabelecerá as diretrizes a serem
observadas na elaboração dos planos de saúde, de acordo com as características
epidemiológicas e da organização de serviços nos entes federativos e nas Regiões de Saúde
Comentários:
Esta questão foi retirada do capítulo III do Decreto 7508/2011, que discorre sobre o
planejamento em saúde. Vamos analisar o que dizem as alternativas:
A) Alternativa retirada do artigo 15 do Decreto, o qual diz que o processo de
planejamento da saúde será ascendente e integrado, do nível local até o federal, ouvidos os
respectivos Conselhos de Saúde, compatibilizando-se as necessidades das políticas de saúde
com a disponibilidade de recursos financeiros. (CORRETA)
B) A alternativa B é idêntica ao texto do Decreto. O planejamento de saúde é obrigatório
para os entes públicos e indutor de políticas para a iniciativa privada. (CORRETA)
C) O Mapa da Saúde é a descrição geográfica da distribuição de recursos humanos, de
ações e de serviços de saúde ofertados pelo SUS e pela iniciativa privada. É uma ferramenta
eletrônica que o Ministério da Saúde disponibiliza para os gestores do SUS, podendo ser
utilizada na identificação das necessidades de saúde e na orientação do planejamento integrado
dos entes federativos, contribuindo para o estabelecimento de metas de saúde. (CORRETA)
D) Texto idêntico ao do Decreto, que descreve corretamente o que deve ser considerado
no planejamento da saúde. (CORRETA).
E) O Conselho Nacional de Saúde (não o Conass, como diz a alternativa) é quem irá
estabelecer as diretrizes a serem observadas na elaboração dos planos de saúde, de acordo com
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as características epidemiológicas e da organização de serviços nos entes federativos e nas
Regiões de Saúde.
O Conselho Nacional de Saúde é uma instância colegiada, deliberativa e permanente do
SUS, o qual foi criado em 1937 e tem como missão fiscalizar, acompanhar e monitorar as
políticas públicas de saúde nas suas mais diferentes áreas, levando as demandas da população
ao poder público. É formado por 32 conselheiros titulares com seus respectivos suplentes,
representantes de entidades e instituições dos segmentos governo, prestadores privados de
saúde, profissionais de saúde e usuários.
A composição é paritária e dividida da seguinte forma:
Um representante do Ministérios da Educação e Desporto, do Trabalho, da Agricultura,
Abastecimento e Reforma Agrária, da Previdência e Assistência Social, do Planejamento e
Orçamento e da Saúde;
Um representante do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS), do
Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS), da Confederação
Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG), da Confederação Nacional da
Agricultura (CNA), da Confederação Nacional do Comércio (CNC), da Confederação
Nacional da Indústria (CNI), da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), da
Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), do Conselho Nacional das
Associações de Moradores (CONAM), da Confederação Brasileira de Aposentados e
Pensionistas (COBAP), da Central Única dos Trabalhadore (CUT)s e da Força Sindical;
Um representante escolhido dentre as seguintes entidades: Conselho Federal de
Medicina (CFM), Associação Médica Brasileira (ABM), Federação Nacional dos Médicos
(FENAM);
Dois representantes escolhidos dentre as seguintes entidades: Confederação Nacional
de Estabelecimentos e Serviços de Saúde, Associação Brasileira de Medicina de Grupo
(ABRAMGE), Federação Brasileira de Hospitais (FBH), Confederação das Misericórdias do
Brasil, Unimed do Brasil, Federação Nacional das Seguradoras;
Dois representantes das entidades nacionais de representação de outros profissionais da
área de saúde;
Três representantes da comunidade científica e da sociedade civil; e
Seis representantes das entidades constituídas para portadores de patologias e
deficiências. (INCORRETA)
Resposta: Alternativa E
Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde . DECRETO Nº 7.508, DE 28 DE JUNHO DE 2011. Brasília:
Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, 2011.
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QUESTÃO 8
Leia com atenção o texto abaixo, e a seguir, assinale a alternativa correta que contém a
diretriz da Política Nacional de Atenção Básica, a que ele se refere.
Elaborar, acompanhar e organizar o fluxo dos usuários entre os pontos de atenção das Redes
de Atenção à Saúde. Atuar como o centro de comunicação entre os diversos pontos de atenção,
responsabilizando-se pelo cuidado dos usuários em qualquer destes pontos através de uma
relação horizontal, contínua e integrada, com o objetivo de produzir a gestão compartilhada da
atenção integral. Articular também as outras estruturas das redes de saúde e intersetoriais,
públicas, comunitárias e sociais.
Assinale a alternativa correta.
a) Longitudinalidade do cuidado
b) Ordenar as redes
c) Coordenar o cuidado
d) Regionalização e Hierarquização
e) Territorialização
Comentários:
Esta questão é interessante e versa sobre as diretrizes da Política Nacional de Atenção
Básica (PNAB). Este é um tema muito importante, com grande chance de ser cobrado
novamente na próxima prova e, por isso, iremos descrever as nove diretrizes da PNAB a
seguir:
- Regionalização e Hierarquização: dos pontos de atenção da RAS, tendo a Atenção
Básica como ponto de comunicação entre esses. Considera-se regiões de saúde como um
recorte espacial estratégico para fins de planejamento, organização e gestão de redes de ações
e serviços de saúde em determinada localidade, e a hierarquização como forma de
organização de pontos de atenção da RAS entre si, com fluxos e referências estabelecidos.
- Territorialização e Adstrição: de forma a permitir o planejamento, a programação
descentralizada e o desenvolvimento de ações setoriais e intersetoriais com foco em um
território específico, com impacto na situação, nos condicionantes e determinantes da saúde
das pessoas e coletividades que constituem aquele espaço e estão, portanto, adstritos a ele.
Para efeitos desta portaria, considera-se Território a unidade geográfica única, de construção
descentralizada do SUS na execução das ações estratégicas destinadas à vigilância, promoção,
prevenção, proteção e recuperação da saúde. Os Territórios são destinados para dinamizar a
ação em saúde pública, o estudo social, econômico, epidemiológico, assistencial, cultural e
identitário, possibilitando umaampla visão de cada unidade geográfica e subsidiando a atuação
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na Atenção Básica, de forma que atendam a necessidade da população adscrita e ou as
populações específicas.
- População Adscrita: população que está presente no território da UBS, de forma a
estimular o desenvolvimento de relações de vínculo e responsabilização entre as equipes e a
população, garantindo a continuidade das ações de saúde e a longitudinalidade do cuidado e
com o objetivo de ser referência para o seu cuidado.
- Cuidado Centrado na Pessoa: aponta para o desenvolvimento de ações de cuidado de
forma singularizada, que auxilie as pessoas a desenvolverem os conhecimentos, aptidões,
competências e a confiança necessária para gerir e tomar decisões embasadas sobre sua própria
saúde e seu cuidado de saúde de forma mais efetiva. O cuidado é construído com as pessoas,
de acordo com suas necessidades e potencialidades na busca de uma vida independente e plena.
A família, a comunidade e outras formas de coletividade são elementos relevantes, muitas
vezes condicionantes ou determinantes na vida das pessoas e, por consequência, no cuidado.
- Resolutividade: reforça a importância da Atenção Básica ser resolutiva, utilizando e
articulando diferentes tecnologias de cuidado individual e coletivo, por meio de uma clínica
ampliada capaz de construir vínculos positivos e intervenções clínica e sanitariamente efetivas,
centrada na pessoa, na perspectiva de ampliação dos graus de autonomia dos indivíduos e
grupos sociais. Deve ser capaz de resolver a grande maioria dos problemas de saúde da
população, coordenando o cuidado do usuário em outros pontos da RAS, quando necessário.
- Longitudinalidade do cuidado: pressupõe a continuidade da relação de cuidado, com
construção de vínculo e responsabilização entre profissionais e usuários ao longo do tempo e
de modo permanente e consistente, acompanhando os efeitos das intervenções em saúde e de
outros elementos na vida das pessoas, evitando a perda de referências e diminuindo os riscos
de iatrogenia que são decorrentes do desconhecimento das histórias de vida e da falta de
coordenação do cuidado.
- Coordenar o cuidado: elaborar, acompanhar e organizar o fluxo dos usuários entre os
pontos de atenção das RAS. Atuando como o centro de comunicação entre os diversos pontos
de atenção, responsabilizando-se pelo cuidado dos usuários em qualquer destes pontos através
de uma relação horizontal, contínua e integrada, com o objetivo de produzir a gestão
compartilhada da atenção integral. Articulando também as outras estruturas das redes de saúde
e intersetoriais, públicas, comunitárias e sociais.
- Ordenar as redes: reconhecer as necessidades de saúde da população sob sua
responsabilidade, organizando as necessidades desta população em relação aos outros pontos
de atenção à saúde, contribuindo para que o planejamento das ações, assim como, a
programação dos serviços de saúde, parta das necessidades de saúde das pessoas.
- Participação da comunidade: estimular a participação das pessoas, a orientação
comunitária das ações de saúde na Atenção Básica e a competência cultural no cuidado, como
forma de ampliar sua autonomia e capacidade na construção do cuidado à sua saúde e das
pessoas e coletividades do território. Considerando ainda o enfrentamento dos determinantes
e condicionantes de saúde, através de articulação e integração das ações intersetoriais na
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organização e orientação dos serviços de saúde, a partir de lógicas mais centradas nas pessoas
e no exercício do controle social.
Como podemos perceber, a única alternativa que se encaixa corretamente no enunciado é a C
(Coordenar o cuidado).
Resposta: Alternativa C
Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde . Portaria no. 2.436 de 21 de setembro de 2017. Brasília:
Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, 2017.
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QUESTÃO 9
Os registros da avaliação antropométrica e dos marcadores do consumo alimentar das
pessoas atendidas nos serviços de Atenção Primária à Saúde, desde que inseridos em sistemas
de informação compõem os relatórios que revelam a situação alimentar e nutricional da
população atendida e permitem a orientação de ações, políticas e estratégias para a atenção
integral à saúde. Assinale a alternativa correta que indica dois desses sistemas de informação.
a) Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) e e-SUS Atenção Primária
b) Sistema de Informação de Agravos Nutricionais (Sinan) e e-SUS Atenção Primária
c) Sistema de Informação de Agravos Nutricionais (Sinan) e e-SUS Notifica
d) Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) e e-SUS Notifica
e) Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) e Sistema de Informação de Agravos
Nutricionais (Sinan)
Comentários:
O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) reúne informações sobre
estado nutricional e marcadores de consumo alimentar da população atendida na APS. A
plataforma mantém relatórios que podem ser acessados a partir do registro de medidas das
dimensões físicas da pessoa (dados antropométricos) e dos marcadores consumo no e-SUS
Atenção Primária (e-SUS APS), Sistema Bolsa Família, além do próprio Sisvan.
O e-SUS Atenção Primária (e-SUS APS) é uma estratégia para reestruturar as
informações da Atenção Primária em nível nacional. É composta por dois sistemas:
● SISAB, sistema de informação nacional vigente para o processamento e a
disseminação de dados e informações relacionadas a AB, com a finalidade de
construção do conhecimento e tomada de decisão para as três esferas de gestão.
Além disso, corrobora para fins de financiamento e de adesão aos programas e
estratégias da Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), e
● Sistema e-SUS AB, composto por dois softwares para coleta dos dados:
○ Sistema com Coleta de Dados Simplificada (CDS), sistema de
transição/contingência, que apoia o processo de coleta de dados por meio
de fichas e um sistema de digitação;
○ Sistema com Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC), sistema com
prontuário eletrônico (objeto deste manual), que tem como principal
objetivo apoiar o processo de informatização das UBS.
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Existem outros importantes subsistemas de informação em saúde com grande relevância
para a vigilância epidemiológica:
- SINAN - Sistema de Informação de Agravos de Notificação;
- SIM - Sistema de Informações sobre Mortalidade;
- SINASC - Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos;
- SIH/SUS - Sistema de Informações Hospitalares;
- SIA/SUS - Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS;
- SIAB - Sistema de Informação da Atenção Básica;
- SISVAN - Sistema de Informações de Vigilância Alimentar e Nutricional;
- SI-PNI - Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunização;
- SISÁGUA - Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para
ConsumoHumano.
Resposta: Alternativa A
Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. e-SUS Atenção Básica: MANUAL DE
PREENCHIMENTO DAS FICHAS DE COLETA DE DADOS SIMPLIFICADA – CDS.
Brasília: [Ministério da Saúde],2018.
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QUESTÃO 10
Taxa de fecundidade total é um dos indicadores utilizados para a Saúde. Sobre esse
indicador, analise as afirmativas abaixo e dê valores verdadeiro (V) ou falso (F).
( ) Corresponde ao número médio de filhos nascidos vivos, tidos por uma mulher ao final do
seu período reprodutivo, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano
considerado.
( ) O decréscimo da taxa pode estar associado a vários fatores, tais como: urbanização
crescente, redução da mortalidade infantil, melhoria do nível educacional, ampliação do uso
de métodos contraceptivos, maior participação da mulher na força de trabalho e instabilidade
de emprego.
( ) Junto com a migração, esse indicador é o principal determinante da dinâmica demográfica,
não sendo afetado pela estrutura etária da população.
( ) Taxas inferiores a 2,1 são sugestivas de fecundidade insuficiente para assegurar a reposição
populacional.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.
a) V - V - V - F
b) V - V - V - V
c) V - V - F - F
d) V - F - V - F
e) F - V - F – V
Comentários:
Esta questão discorre sobre a taxa de fecundidade total, a qual corresponde ao número
médio de filhos nascidos vivos, tidos por uma mulher ao final do seu período reprodutivo, na
população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. A taxa é estimada
para um ano determinado a partir de informações retrospectivas obtidas em censos e inquéritos
demográficos.
Todas as afirmativas dadas pelo enunciado estão corretas, logo, a alternativa B é a certa.
Resposta: Alternativa B
Referências:
BRASIL, Ministério da Saúde. Taxa de Fecundidade Total. 2012. Disponível em: <
http://tabnet.datasus.gov.br/tabdata/LivroIDB/2edrev/a05.pdf>. Acesso em: 12/09/2022.
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QUESTÃO 11
Assinale a alternativa que preencha corretamente a lacuna. Refere-se à experiência
internalizada da existência do outro, não com um objeto, mas como um outro sujeito
copresente no mundo das relações intersubjetivas. Considerando a Política Nacional de
Humanização, esta frase corresponde a definição de ______________.
a) Produção de saúde e produção de subjetividade
b) Alteridade
c) Núcleo de saber
d) Corresponsabilidade
e) Cogestão
Comentários:
A Política Nacional de Humanização foi criada em 2003 para efetivar os princípios do
SUS no cotidiano das práticas de atenção e gestão, qualificando a saúde pública no Brasil e
incentivando trocas solidárias entre gestores, trabalhadores e usuários.
Os propósitos do HumanizaSUS são:
• Fortalecer iniciativas de humanização existentes;
• Desenvolver tecnologias relacionais e de compartilhamento das práticas de gestão e de
atenção;
• Aprimorar, ofertar e divulgar estratégias e metodologias de apoio a mudanças
sustentáveis dos modelos de atenção e de gestão;
• Implementar processos de acompanhamento e avaliação, ressaltando saberes gerados
no SUS e experiências coletivas bem-sucedidas. Para isso, o HumanizaSUS trabalha
com três macro-objetivos:
o Ampliar as ofertas da Política Nacional de Humanização aos gestores e aos
conselhos de saúde, priorizando a atenção básica/fundamental e hospitalar, com
ênfase nos hospitais de urgência e universitários;
o Incentivar a inserção da valorização dos trabalhadores do SUS na agenda dos
gestores, dos conselhos de saúde e das organizações da sociedade civil;
o Divulgar a Política Nacional de Humanização e ampliar os processos de formação
e produção de conhecimento em articulação com movimentos sociais e
instituições.
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Quais são os objetivos do HumanizaSUS?
Transversalidade:
- Aumento do grau de comunicação intra e intergrupos;
- Transformação dos modos de relação e de comunicação entre os sujeitos implicados nos
processos de produção de saúde, produzindo como efeito a desestabilização das fronteiras dos
saberes, dos territórios de poder e dos modos instituídos na constituição das relações de
trabalho.
Indissociabilidade entre atenção e gestão:
- Alteração dos modos de cuidar inseparável da alteração dos modos de gerir e se apropriar do
trabalho;
- Inseparabilidade entre clínica e política, entre produção de saúde e produção de sujeitos;
- Integralidade do cuidado e integração dos processos de trabalho.
Protagonismo, co-responsabilidade e autonomia dos sujeitos e dos coletivos:
- Trabalhar implica na produção de si e na produção do mundo, das diferentes realidades
sociais, ou seja, econômicas, políticas, institucionais e culturais;
- As mudanças na gestão e na atenção ganham maior efetividade quando produzidas pela
afirmação da autonomia dos sujeitos envolvidos, que contratam entre si responsabilidades
compartilhadas nos processos de gerir e de cuidar.
Agora, vamos analisar o que dizem as alternativas sobre o HumanizaSUS:
A) A produção de saúde e produção de subjetividade diz respeito à constituição de
sujeitos autônomos e protagonistas no processo de produção de sua própria saúde.
(INCORRETA)
B) Alter: “outro”, em latim. A alteridade refere-se à experiência internalizada da
existência do outro, não como um objeto, mas como um outro sujeito co-presente no mundo
das relações intersubjetivas. (CORRETA)
C) O núcleo de saber demarca a identidade de uma área de saber e de prática
profissional. (INCORRETA)
D) A corresponsabilidade é o ato de compartilhar os processos de gerir e de cuidar.
(INCORRETA)
E) A cogestão é um modo de administrar que inclui o pensar e o fazer coletivo, sendo,
portanto, uma diretriz ético-política que visa a democratizar as relações no campo da saúde.
(INCORRETA)
Resposta: Alternativa B
Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. HumanizaSUS: Documento Base para Gestores e
Trabalhadores do SUS. Brasília: [Ministério da Saúde], 2010.
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29
QUESTÃO 12
Assinale a alternativa que preencha corretamente a lacuna. Para o programa Saúde na
Hora no âmbito da Política Nacional de Atenção Básica, os estabelecimentos participantes do
Saúde na Hora poderão ter as seguintes equipes cadastradas no Sistema do Cadastro Nacional
de Estabelecimentos de Saúde _________.
a) Equipes de Saúde da Família apenas
b) Equipes de Atenção Primária apenas
c) Equipes de Saúde Bucal e Equipes de Atenção Primária
d) Equipes de Saúde da Família e Equipes de Atenção Primária
e) Equipes de Saúde da Família, Equipes de Atenção Primária e Equipes de Saúde Bucal
Comentários:
O programa Saúde na Hora foi criado em 2019 e tem como objetivo viabilizar o custeio
aos municípios e ao Distrito Federal para implantação do horário estendido de
funcionamento das Unidades de Saúde da Família (USF) e Unidades Básicas de Saúde (UBS)
em todo o Brasil.
Existem quatro tipos de formatos de funcionamento em horário estendido: USF com 60
horas semanais; USF com 60 semanais horas com Saúde Bucal; USF com 75 horas semanais
com Saúde Bucal; e USF ou UBS com 60 horas semanais simplificado.
Respondendo à questão, segundo o artigo 519-C da portaria: os estabelecimentos
participantes do Saúde na Hora poderão ter asseguintes equipes cadastradas no SCNES:
I - equipes de Saúde da Família (eSF);
II - equipes de Atenção Primária (eAP); e
III - equipes de Saúde Bucal (eSB)."
Resposta: Alternativa E
Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde . PORTARIA Nº 930, DE 15 DE MAIO DE 2019. Brasília:
Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, 2019.
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QUESTÃO 13
A portaria nº 2.979, de 12 de novembro de 2019, que institui o Programa Previne Brasil
no âmbito do Sistema Único de Saúde define o quantitativo potencial de pessoas cadastradas
por equipe de saúde da família ou de atenção primária, de acordo com a classificação
geográfica do município. Considere um município classificado como urbano e assinale a
alternativa correta, que contém o quantitativo potencial de pessoas cadastradas por equipe de
atenção primária modalidade I.
a) 4000
b) 3000
c) 2000
d) 2750
e) 1500
Comentários:
Para pontuar nesta questão você deveria ter lido – e decorado - a portaria que institui o
Programa Previne Brasil. Neste documento, os municípios foram divididos de acordo com a
classificação do IBGE, que inclusive é a mesma usada para escolha dos municípios pelo
Médicos Pelo Brasil. De acordo com IBGE, o município pode ser urbano, intermediário
adjacente, rural adjacente, intermediário remoto e rural remoto.
Respondendo à questão, o quantitativo potencial de pessoas cadastradas por equipe de
atenção primária na modalidade I, ou seja, aquela com funcionamento de 20 horas semanais,
é de 2000 pessoas.
Resposta: Alternativa C
Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde . PORTARIA Nº 2.979, DE 12 DE NOVEMBRO DE 2019.
Brasília: Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, 2019.
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QUESTÃO 14
A Carteira de Serviços da Atenção Primária à Saúde (CaSAPS) tem por objetivo
descrever, para a população, para os demais níveis do sistema, para os gestores e para os
profissionais que atuam na Atenção Primária em Saúde, a lista de ações e serviços clínicos e
de vigilância em saúde ofertados no âmbito da APS brasileira. No item PROCEDIMENTOS
NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE, assinale a alternativa correta que contém
procedimentos que constam da CaSAPS.
a) Colocação de imobilização provisória e biópsia/punção de mama
b) Cantoplastia e Colposcopia
c) Colposcopia e exérese de cistos, lipomas e nevos
d) Biópsia/punção de tumores superficiais de pele e sondagem vesical de alívio e de demora
e) Biópsia/punção de mama e realização de Prova do Laço para avaliação de pessoas com
quadro clínico suspeito
Comentários:
Existem 53 procedimentos listados na CaSAPS que podem ser executados no âmbito da
APS no Brasil. Como a lista é extensa, não iremos citar todos os procedimentos aqui, assim
recomendo que você leia a CaSAPS para maior entendimento.
Vamos avaliar, dentre os procedimentos citados nas alternativas dadas pela questão,
quais podem ou não ser realizados nas unidades básicas de saúde:
A)
• Colocação de imobilização provisória: Sim
• Biópsia/punção de mama: Não
B)
• Cantoplastia (cirurgia de unha): Sim
• Colposcopia: Não
C)
• Colposcopia: Não
• Exérese de cistos, lipomas e nevos: Sim
D)
• Biópsia/punção de tumores superficiais de pele: Sim
• Sondagem vesical de alívio e de demora: Sim
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E)
• Biópsia/punção de mama: Não
• Realização de Prova do Laço para avaliação de pessoas com quadro clínico suspeito:
Sim
Como é possível perceber, somente a alternativa D contempla dois procedimentos que podem
e devem ser realizados na APS.
Resposta: Alternativa D
Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. CARTEIRA DE SERVIÇOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA
À SAÚDE (CaSAPS) MINISTÉRIO DA SAÚDE - BRASIL. Brasília: [Ministério da
Saúde], 2019.
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33
QUESTÃO 15
O Programa Médicos pelo Brasil prevê a seção e contratação de tutores médicos. De
acordo com a lei de criação do programa, assinale a alternativa correta que contém os
requisitos para inscrição no processo seletivo para a função de tutor médico.
a) Tenha registro em Conselho Regional de Medicina e seja especialista em medicina de
família e comunidade, em clínica médica ou em pediatria
b) Tenha registro em Conselho Regional de Medicina e seja especialista em medicina de
família e comunidade ou em pediatria
c) Tenha registro em Conselho Regional de Medicina e seja especialista em medicina de
família e comunidade, clínica médica ou cirurgia geral
d) Tenha registro em Conselho Regional de Medicina e seja especialista em medicina de
família e comunidade ou em clínica médica
e) Tenha registro em Conselho Regional de Medicina e seja especialista em medicina de
família e comunidade, clínica médica, cirurgia geral ou pediatria
Comentários:
Esta é uma questão fácil, pois versa sobre os pré-requisitos para inscrição no processo
seletivo do Programa Médicos pelo Brasil (PMpB) como tutor médico.
Segundo a Lei 13.958, de Dezembro de 2019 que institui o PMpB, são requisitos para
inscrição no processo seletivo para o cargo de tutor médico:
• Ter registro em Conselho Regional de Medicina
E
• Ser especialista em Medicina de Família e Comunidade ou em Clínica Médica. Para
comprovação da especialidade, o candidato poderá utilizar o comprovante de conclusão
de residência médica ou título de especialista em uma dessas áreas.
Resposta: Alternativa D
Referências:
Brasil. Lei nº 13.958, de 18 de dezembro de 2019. Institui o Programa Médicos pelo Brasil,
no âmbito da atenção primária à saúde no Sistema Único de Saúde (SUS), e autoriza o
Poder Executivo federal a instituir serviço social autônomo denominado Agência para o
Desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde (Adaps). 2019
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QUESTÃO 16
A Agência para Desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde - Adaps, instituída pelo
Decreto nº 10.283, de 20 de março de 2020, é entidade de promoção e execução do Programa
Médicos pelo Brasil e de políticas de desenvolvimento da atenção primária à saúde em âmbito
nacional. Sobre as competências da Adaps, assinale a alternativa incorreta.
a) Não compete à Adaps desenvolver atividades de ensino, pesquisa e extensão
b) Compete à Adaps prestar serviços de atenção primária à saúde no âmbito do SUS, em caráter
complementar à atuação dos entes federativos, especialmente nos locais de difícil provimento
ou de alta vulnerabilidade
c) Compete à Adaps promover o desenvolvimento e a incorporação de tecnologias
assistenciais e de gestão relacionadas com a atenção primária à saúde
d) Compete à Adaps monitorar e avaliar os resultados das atividades desempenhadas no âmbito
de suas competências
e) Não compete à Adaps ações de transferência de tecnologias inovadoras a organizações
associadas a insumos farmacêuticos
Comentários:
A Adaps é um serviço social autônomo, na forma de pessoa jurídica de direito privado
sem fins lucrativos, de interessecoletivo e de utilidade pública, com finalidade de promover
a execução de desenvolvimento da atenção primária à saúde no Brasil. Além disso, é o
órgão responsável pela execução do PMpB.
Quais são as competências da Adaps?
I - prestar serviços de atenção primária à saúde no âmbito do SUS, em caráter
complementar à atuação dos entes federativos, especialmente nos locais de difícil
provimento ou de alta vulnerabilidade;
II - desenvolver atividades de ensino, pesquisa e extensão que terão componente
assistencial por meio da integração entre ensino e serviço;
III - executar o Programa Médicos pelo Brasil, em articulação com o Ministério da
Saúde e em consonância com o Plano Nacional de Saúde;
IV - promover programas e ações de caráter continuado para a qualificação profissional
na atenção primária à saúde;
V - articular-se com órgãos e entidades públicas e privadas para o cumprimento de
seus objetivos;
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VI - monitorar e avaliar os resultados das atividades desempenhadas no âmbito de
suas competências;
VII - promover o desenvolvimento e a incorporação de tecnologias assistenciais e
de gestão relacionadas com a atenção primária à saúde; e
VIII - firmar contratos, convênios, acordos, ajustes e outros instrumentos
congêneres com órgãos e entidades públicas e privadas, inclusive com instituições de ensino,
para o cumprimento de seus objetivos.
Iremos revisar alguns detalhes importantes sobre a Adaps que podem ser cobrados na
próxima prova:
Como é a composição da Adaps?
I - Conselho Deliberativo;
II - Diretoria Executiva;
III - Conselho Fiscal.
Como é composto o Conselho Deliberativo da Adaps?
I - 6 (seis) representantes do Ministério da Saúde;
II - 1 (um) representante do Conselho Nacional de Secretários de Saúde;
III - 1 (um) representante do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde;
IV - 1 (um) representante da Associação Médica Brasileira;
V - 1 (um) representante do Conselho Federal de Medicina;
VI - 1 (um) representante da Federação Nacional dos Médicos; e
VII - 1 (um) representante do Conselho Nacional de Saúde.
A Diretoria Executiva é órgão de gestão da Adaps e é composta de 3 membros eleitos
pelo Conselho Deliberativo, dos quais 1será designado Diretor-Presidente e os demais serão
designados Diretores. Os membros da diretoria terão mandato de 2 anos, sendo permitida
uma recondução por igual período.
Voltando à questão, ao ler as competências do órgão, percebemos que somente a
alternativa A está incorreta, uma vez que a Adaps é responsável pelo desenvolvimento de
atividades de ensino, pesquisa e extensão.
Resposta: Alternativa A
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36
Referências:
Brasil. Lei nº 13.958, de 18 de dezembro de 2019. Institui o Programa Médicos pelo Brasil,
no âmbito da atenção primária à saúde no Sistema Único de Saúde (SUS), e autoriza o
Poder Executivo federal a instituir serviço social autônomo denominado Agência para o
Desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde (Adaps). 2019
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QUESTÃO 17
Considere a Portaria GM/MS Nº 3.353, de 2 de dezembro de 2021 que altera o Título
IV da Portaria de Consolidação GM/MS nº 5, de 28 de setembro de 2017, para dispor sobre as
regras para execução do Programa Médicos pelo Brasil. Analise as afirmativas abaixo e
assinale a alternativa correta.
I. São considerados aderidos os municípios aptos para participação no Programa Médicos pelo
Brasil, considerando a metodologia de priorização e elegibilidade estabelecida em ato
específico do Ministério da Saúde.
II. Contrato de Gestão é instrumento jurídico celebrado entre a União, por meio do Ministério
da Saúde, e o município, de natureza declaratória e constitutiva, no qual conterá, de forma
expressa, a adesão do ente federativo ao Programa Médicos pelo Brasil, especificando as
obrigações e os direitos.
III. Compete ao Ministério da Saúde definir e divulgar as formas de participação dos usuários
do Programa Médicos pelo Brasil na avaliação dos serviços prestados e do cumprimento de
meta.
IV. Compete à Agência para o Desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde - Adaps
promover a seleção de profissionais médicos nos termos estabelecidos pela Lei nº 13.958, de
2019, e pelos atos normativos expedidos pelo Ministério da Saúde.
Estão corretas as afirmativas.
a) I, II, III e IV
b) I e III apenas
c) II, III e IV apenas
d) III e IV apenas
e) I, II e III apenas
Comentários:
Essa questão é difícil, pois pretende avaliar o conhecimento do candidato sobre alguns
detalhes da Portaria GM/MS Nº 3.353. Vamos analisar as afirmativas:
I. São considerados aderidos os municípios elegíveis que firmaram Termo de Adesão
e Compromisso com o Ministério da Saúde para recebimento de médicos por meio do
Programa Médicos pelo Brasil. A afirmativa I diz que todo município apto já estaria aderido,
o que não é verdade. (FALSA)
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II. O Contrato de Gestão é firmado entre o Poder Público (a União) e a entidade
qualificada como organização social (Adaps). Logo, o contrato não é da União com o
município. (FALSA)
III. É correto o que diz a afirmativa: é competência do Ministério da Saúde definir e
divulgar as formas de participação dos usuários do PMpB na avaliação dos serviços prestados
e do cumprimento de meta. (VERDADEIRA)
Lembre-se de estudar as competências da Adaps e do MS no que diz respeito ao PMpB.
Dentre as diversas competências do Ministério da Saúde, iremos destacar as mais
importantes:
• Estabelecer a metodologia a ser utilizada na definição dos municípios elegíveis para
participação no Programa Médicos pelo Brasil;
• Definir a relação dos municípios elegíveis para participação no Programa Médicos pelo
Brasil;
• Estabelecer o quantitativo de vagas por município elegível para provimento de médicos
no âmbito do programa;
• Estabelecer os requisitos e os procedimentos para a participação dos municípios;
• Analisar e aprovar as manifestações de interesse em aderir ao Programa apresentadas
pelos municípios elegíveis;
• Definir e divulgar o quantitativo máximo de vagas destinadas aos municípios elegíveis;
• Elaborar e publicar editais para que os municípios elegíveis e não aderidos possam
manifestar o seu interesse em aderir ao Programa;
• Definir os termos do contrato de gestão a ser firmado com a Adaps e seus aditivos,
com a finalidade de execução do programa;
• Instituir comissão responsável pelo acompanhamento e pela avaliação periódica dos
resultados alcançados com a execução do contrato de gestão celebrado com a Adaps,
com base nos indicadores pactuados no contrato de gestão, para aferição de seu
desempenho na execução do PMpB;
• Elaborar normas gerais acerca do PMpB.
IV. Afirmativa correta. Compete à Adaps promover a seleção de profissionais médicos para
o programa. (VERDADEIRA)
Resposta: Alternativa D
Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde . PORTARIA GM/MS Nº 3.353, DE 2 DE DEZEMBRO DE
2021. Brasília: Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, 2021.
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QUESTÃO 18
A Portaria GM/MS Nº 3.352, de 2 de dezembro de 2021, dispõe sobre a metodologia de
priorização de municípios e de dimensionamento de vagas e define a relação dos municípios
elegíveis e o quantitativo máximo de vagas no âmbito do Programa Médicos pelo Brasil. De
acordo com essa portaria, assinale a alternativa correta que contém percentagem das vagas
totais do programa direcionadas para os municípios localizados nas regiões Norte e Nordeste
do país.
a) 65%
b) 50%
c) 70%
d) 33,3%
e) 55%
Comentários:
O Programa Médicos pelo Brasil tem como prioridade atender os vazios assistenciais
do Brasil. Dessa forma, a maior concentração de suas vagas é no Norte e Nordeste do País,
áreas com mais deficiência de profissionais médicos.
Para o dimensionamento do quantitativo máximo de vagas por município, foram
considerados os seguintes critérios:
I - Estabelecimento de uma meta de cobertura, considerando o teto de equipes da estratégia de
Saúde da Família - eSF (população/2.000) e as seguintes premissas:
a) metas mais altas determinadas para as faixas que refletem maior prioridade;
b) meta mínima de 50% garantida para as faixas que indicam menor prioridade; e
c) 55% das vagas totais do Programa direcionadas para os municípios
localizados nas regiões Norte e Nordeste do país.
II - Estabelecimento de equação para a definição do quantitativo máximo de vagas do
Programa por município, em que foram subtraídas do teto de eSF do município necessário ao
alcance da meta de cobertura, as equipes validadas com médico que receberam o
financiamento do Ministério da Saúde em agosto de 2021.
Resposta: Alternativa E
Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde . PORTARIA GM/MS Nº 3.352, DE 2 DE DEZEMBRO DE
2021. Brasília: Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, 2021.
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QUESTÃO 19
A Resolução nº 5, de 15 de outubro de 2021 dispõe sobre o Contrato de Gestão para o
desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde entre Ministério da Saúde (MS) e a Agência
para o Desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde (Adaps). Considerando os termos do
contrato assinale a alternativa correta que apresenta uma das obrigações do MS.
a) Promover o desenvolvimento e a incorporação de tecnologias de gestão visando à ampliação
do acesso como estratégia da Atenção Primária
b) Avaliar o nível de satisfação do gestor do município que tenha recebido médicos do
programa Médicos para o Brasil
c) Avaliar periodicamente a pertinência e a consistência dos indicadores e metas de
desempenho constantes do programa de trabalho, propondo, com as devidas justificativas,
alterações, inclusões e exclusões necessária
d) Estabelecer painel de monitoramento quanto às metas pactuadas e demais pontos de atenção
pela aplicação dos indicadores estabelecidos para o Programa Médicos pelo Brasil
e) Acompanhar de forma sistematizada a experiência dos usuários do Programa Médicos pelo
Brasil em relação à avaliação dos serviços prestados
Comentários:
Na questão 17, comentamos sobre as competências do MS em relação ao PMpB. Agora,
a banca deseja saber quais são as obrigações do Ministério da Saúde para com a Adaps. Como
você pôde perceber, esta é mais uma questão de “decoreba”, então é imprescindível ler as
principais leis e decretos em relação ao programa.
São obrigações do Ministério da Saúde:
I - Analisar, adequar e aprovar, anualmente, o orçamento para a execução das
atividades previstas no contrato de gestão, apresentado pela ADAPS;
II - Propor, na lei orçamentária anual, os créditos a serem transferidos para a
ADAPS para a execução das atividades previstas no contrato de gestão;
III - Supervisionar, no que lhe couber, a gestão da ADAPS, nos termos da Lei nº
13.958, de 18 de dezembro de 2019, e no Decreto nº 10.283, de 20 de março de 2020;
IV - Instituir, em até 30 (trinta) dias após a celebração do Contrato de Gestão,
comissão de acompanhamento e avaliação, responsável pelo acompanhamento e avaliação
periódica dos resultados alcançados com a execução deste contrato;
V - Avaliar periodicamente a pertinência e a consistência dos indicadores e
metas de desempenho constantes do programa de trabalho (Anexo I), propondo, com as
devidas justificativas, alterações, inclusões e exclusões necessárias;
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VI - Acompanhar e avaliar o cumprimento dos resultados e metas ora pactuados,
considerando os indicadores estabelecidos bem como as marcações de cumprimento das metas
de alcance único;
VII - Transferir à ADAPS os créditos previstos no contrato de gestão, de acordo
com o cronograma de desembolso estabelecido no ajuste, observados os valores aprovados na
Lei Orçamentária Anual e a existência de limite financeiro-orçamentário;
VIII - Apreciar o relatório circunstanciado sobre a execução do contrato de gestão
e emitir parecer sobre o seu cumprimento pela ADAPS, no prazo de 90 (noventa) dias, contado
da data de apresentação do relatório ao Ministério da Saúde, consideradas, na avaliação do
cumprimento do contrato;
XIX - Apoiar a ADAPS, nos limites de sua competência, para o provimento dos
meios necessários à consecução dos objetivos e metas definidos;
X - Proporcionar as condições para a execução das metas deste Contrato para o
cumprimento dos Termos de Ajustes e Metas pactuados entre a ADAPS e as unidades
federadas, nos termos das deliberações conjuntas do Ministério da Saúde e da ADAPS;
XI - Analisar e deliberar sobre o Programa de Trabalho Anual da ADAPS;
XII - No âmbito do Programa Médicos pelo Brasil:
a) definir os procedimentos e os requisitos para a adesão dos Municípios ao
Programa Médicos pelo Brasil;
b) definir a relação dos Municípios aptos a serem incluídos no Programa Médicos
pelo Brasil, de acordo com a definição de locais de difícil provimento ou alta vulnerabilidade;
c) definir o quantitativo de médicos do Programa Médicos pelo Brasil contratados
pela ADAPS que atuarão em cada Município; e
d) definir e divulgar as formas de participação dos usuários do Programa Médicos
pelo Brasil na avaliação dos serviços prestados e do cumprimento de metas.
XIII - Garantir acesso à base de dados de serviços de saúde e outros sistemas do
SUS, que possuam relação com os locais de atuação dos médicos da ADAPS, e com o registro
de informações quanto às atividades assistenciais na APS, tais como o Sistema de Cadastro
Nacional de Estabelecimentos de Saúde, o e-SUS AB e o SISAB, e eventuais sistemas que
abarquem o registro das atividades assistenciais dos médicos da ADAPS, observado o disposto
na Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018;
XIV - Fornecer as orientações necessárias para a correta execução dos serviços e
ações, sempre que necessário.
Resposta: Alternativa C
Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde . RESOLUÇÃO Nº 5, DE 15 DE OUTUBRO DE 2021.
Brasília: Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, 2021.
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QUESTÃO 20
Assinale a alternativa que preencha corretamente a lacuna. O princípio da ________
justifica a prioridade na oferta de ações e serviços aos segmentos populacionais que enfrentam
maiores riscos de adoecer e morrer em decorrência da desigualdade na distribuição de renda,
bens e serviços.
a) igualdade
b) equidadec) integralidade
d) universalidade
e) utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e
a orientação programática
Comentários:
Esta é uma questão clássica sobre os princípios do SUS. Este é um dos temas mais
importantes e, geralmente, está presente nas provas de residência e concursos. Existe, portanto,
grande probabilidade de ser cobrado novamente na próxima prova do PMpB.
Podemos dividir os princípios do SUS em dois tipos:
• Princípios éticos/doutrinários:
- Universalização: a saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas e cabe ao Estado
assegurar este direito, sendo que o acesso às ações e serviços deve ser garantido a todas as
pessoas, independentemente de sexo, raça, ocupação ou outras características sociais ou
pessoais.
- Equidade: o objetivo desse princípio é diminuir desigualdades. Apesar de todas as pessoas
possuírem direito aos serviços, as pessoas não são iguais e, por isso, têm necessidades
distintas. Em outras palavras, equidade significa tratar desigualmente os desiguais, investindo
mais onde a carência é maior. Ou seja, situações diferentes merecem abordagens diferentes.
- Integralidade: este princípio considera as pessoas como um todo, atendendo a todas as suas
necessidades. Para isso, é importante a integração de ações, incluindo a promoção da saúde, a
prevenção de doenças, o tratamento e a reabilitação. Juntamente, o princípio de integralidade
pressupõe a articulação da saúde com outras políticas públicas, para assegurar uma atuação
intersetorial entre as diferentes áreas que tenham repercussão na saúde e qualidade de vida dos
indivíduos.
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43
• Princípios organizacionais/operativos:
- Hierarquização: os serviços devem ser organizados em níveis crescentes de complexidade.
- Regionalização: serviços dispostos numa determinada área geográfica, planejados a partir
de critérios epidemiológicos e com definição e conhecimento da população a ser atendida.
- Descentralização: descentralizar é redistribuir poder e responsabilidade entre os três níveis
de governo. Com relação à saúde, descentralização objetiva prestar serviços com maior
qualidade e garantir o controle e a fiscalização por parte dos cidadãos. No SUS, a
responsabilidade pela saúde deve ser descentralizada até o município, ou seja, devem ser
fornecidas ao município condições gerenciais, técnicas, administrativas e financeiras para
exercer esta função.
- Participação social: a sociedade deve participar no dia a dia do sistema. Para isto, devem
ser criados os Conselhos e as Conferências de Saúde, que visam formular estratégias, controlar
e avaliar a execução da política de saúde.
- Resolubilidade: O serviço deve estar capacitado para resolver os problemas até o nível de
sua competência.
- Complementaridade do setor privado: É permitida a contratação de serviços privados
quando o setor púbico não for suficiente.
Avaliando o enunciado, percebemos que o princípio da equidade é o que completa a
lacuna. Segundo este princípio, as pessoas com maiores riscos de adoecer e morrer, em
decorrência da desigualdade na distribuição de renda, bens e serviços, devem ter prioridade
na oferta de ações e serviços. Lembre-se de que, de acordo com o princípio da equidade,
devemos “tratar desigualmente os desiguais”.
Resposta: Alternativa B
Referências:
Brasil. Lei nº 8.080, de 19 de dezembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a
promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos
serviços correspondentes e dá outras providências. 2019
BRASIL. Ministério da Saúde. Sistema Único de Saúde (SUS): estrutura, princípios e
como funciona. Brasília: [Ministério da Saúde], 2020.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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QUESTÃO 21
Considerando a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e
eventos de saúde pública, assinale a alternativa que contém uma doença que não requer
notificação imediata.
a) Tuberculose bacilífera
b) Antraz pneumônico
c) Sarampo
d) Rubéola
e) Síndrome Respiratória Aguda Grave associada ao Coronavírus
Comentários:
Agravos ou doenças de notificação compulsória são aquelas de comunicação
obrigatória à autoridade de saúde, realizada por médicos, profissionais de saúde ou
responsáveis pelos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados. A notificação deve ser
feita sob a ocorrência de suspeita ou confirmação de doença, agravo ou evento de saúde
pública, podendo ser imediata ou semanal.
A lista nacional de notificação compulsória é extensa, mas, como este é um tema muito
cobrado em provas, é interessante memorizar a maioria dos agravos e doenças.
Analisando as alternativas dadas pela questão, é possível perceber que somente a
tuberculose não é uma doença de notificação imediata, podendo ser notificada em no máximo
uma semana após o diagnóstico.
Lista de doenças e agravos de notificação compulsória, atualizada no dia
23/06/2022:
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Nº DOENÇA OU AGRAVO (Ordem alfabética) Periodicidade de notificação
Imediata (até 24 horas)
para* Semanal
MS SES SMS
1 a. Acidente de trabalho com exposição a material biológico X
b. Acidente de trabalho: grave, fatal e em crianças e
adolescentes X
2 Acidente por animal peçonhento X
3 Acidente por animal potencialmente transmissor da raiva X
4 Botulismo X X X
5 Cólera X X X
6 Coqueluche X X
7 a. Dengue - Casos X
b. Dengue - Óbitos X X X
8 Difteria X X
9 a. Doença de Chagas Aguda X X
b. Doença de Chagas Crônica X
10 Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) X
11 a. Doença Invasiva por "Haemophilus Influenza" X X
b. Doença Meningocócica e outras meningites X X
12
Doenças com suspeita de disseminação intencional:a. Antraz
pneumônicob. Tularemiac. Varíola X X X
13
Doenças febris hemorrágicas emergentes/reemergentes:a.
Arenavírusb. Ebolac. Marburgd. Lassae. Febre purpúrica
brasileira X X X
14 a. Doença aguda pelo vírus Zika X
b. Doença aguda pelo vírus Zika em gestante X X
c. Óbito com suspeita de doença pelo vírus Zika X X X
d. Síndrome congênita associada à infecção pelo vírus Zika X
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15 Esquistossomose X
16
Evento de Saúde Pública (ESP) que se constitua ameaça à
saúde pública (ver definição no art. 2º desta portaria) X X X
17 Eventos adversos graves ou óbitos pós vacinação X X X
18 Febre Amarela X X X
19 a. Febre de Chikungunya X
b. Febre de Chikungunya em áreas sem transmissão X X X
c. Óbito com suspeita de Febre de Chikungunya X X X
20
Febre do Nilo Ocidental e outras arboviroses de importância
em saúde pública X X X
21 Febre Maculosa e outras Riquetisioses X X X
22 Febre Tifoide X X
23 HanseníaseX
24 Hantavirose X X X
25 Hepatites virais X
26
HIV/AIDS - Infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana ou
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida X
27
Infecção pelo HIV em gestante, parturiente ou puérpera e
Criança exposta ao risco de transmissão vertical do HIV X
28 Infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) X
29 Influenza humana produzida por novo subtipo viral X X X
30
Intoxicação Exógena (por substâncias químicas, incluindo
agrotóxicos, gases tóxicos e metais pesados) X
31 Leishmaniose Tegumentar Americana X
32 Leishmaniose Visceral X
33 Leptospirose X
34 a. Malária na região amazônica X
b. Malária na região extra-Amazônica X X X
35 Óbito: a. Infantil b. Materno X
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36 Poliomielite por poliovírus selvagem X X X
37 Peste X X X
38 Raiva humana X X X
39 Síndrome da Rubéola Congênita X X X
40 Doenças Exantemáticas: a. Sarampo b. Rubéola X X X
41 Sífilis: a. Adquirida b. Congênita c. Em gestante X
42 Síndrome da Paralisia Flácida Aguda X X X
43
Síndrome Respiratória Aguda Grave associada a Coronavírus
a. SARS-CoV b. MERS- CoV X X X
44 Tétano: a. Acidental b. Neonatal X
45 Toxoplasmose gestacional e congênita X
46 Tuberculose X
47 Varicela - caso grave internado ou óbito X X
48 a. Violência doméstica e/ou outras violências X
b. Violência sexual e tentativa de suicídio
X
Resposta: Alternativa A
Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Lista Nacional de Notificação Compulsória de Doenças,
Agravos e Eventos de Saúde Pública. Brasília: [Ministério da Saúde], 2022.
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QUESTÃO 22
Considerando a classificação da pressão arterial (PA) de acordo com a medição no
consultório a partir de 18 anos de idade, proposta pela mais recente diretriz brasileira de
hipertensão, considera-se como PA ótima aquela cujos valores são:
a) PA sistólica entre 120-129 e/ou PA diastólica entre 80-84 mmHg
b) PA sistólica entre 120-129 e PA diastólica entre 80-84 mmHg
c) PA sistólica < 120 e PA diastólica < 80 mmHg
d) PA sistólica < 130 e PA diastólica < 80 mmHg
e) PA sistólica < 125 e PA diastólica < 75 mmHg
Comentários:
Esta questão aborda a classificação da PA, baseada nas Diretrizes Brasileiras de
Hipertensão Arterial de 2020.
Em relação à diretriz anterior, as principais mudanças foram a substituição do termo PA
normal para PA ótima e a pré-hipertensão passa a ser dividida em PA normal e pré-hipertensão.
Segundo a diretriz, são considerados hipertensos os indivíduos com PAS ≥ 140 mmHg
e/ou PAD ≥ 90 mmHg, sendo necessário medições repetidas, em condições ideais, em duas ou
mais visitas médicas em intervalos de dias ou semanas. Já um indivíduo com PA ótima é
aquele com PA sistólica menor que 120 mmHg e PA diastólica menor que 80 mmHg.
Resposta: Alternativa C
Referências:
BARROSO, Weimar Kunz Sebba et al. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020.
Arquivos brasileiros de cardiologia, v. 116, n. 3, p. 516-658, 2021. Disponível em:
<http://hdl.handle.net/11449/207940>.
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QUESTÃO 23
Considerando os esquemas preferenciais de associações de medicamentos
antihipertensivos, de acordo com mecanismos de ação e sinergia, a mais recente diretriz
brasileira de hipertensão classifica as associações como preferenciais, possíveis, mas menos
testadas e não recomendadas.
Assinale a alternativa que contém uma associação possível, mas menos testada.
a) Betabloqueador mais diurético tiazídico
b) Inibidor da enzima de conversão da angiotensina mais bloqueador dos canais de cálcio
c) Inibidor da enzima de conversão da angiotensina mais bloqueador do receptor da
angiotensina
d) Bloqueador do receptor da angiotensina mais diurético tiazídico
e) Bloqueador dos canais de cálcio mais betabloqueador
Comentários:
De acordo com as Diretrizes Brasileiras de Hipertensão de 2020, as classes preferenciais
para o tratamento da HAS são os diuréticos tiazídicos ou similares, bloqueadores dos canais
de cálcio, IECA e BRA. Esses medicamentos mostraram efetiva redução de PA e do risco de
desfechos CV. Os betabloqueadores podem ser usados, mas em situações clínicas específicas,
como Doença Arterial Coronariana, Insuficiência Cardíaca e controle de frequência cardíaca.
O início do tratamento pode ser feito com associação de duas classes de fármacos
mesmo na HAS estágio 1. Em relação a isso, a nova diretriz implementou o esquema
preferencial de associações de medicamentos, de acordo com mecanismos de ação e sinergia.
Esse esquema divide as associações medicamentosas da seguinte forma:
• Combinações preferenciais;
• Combinações não recomendadas; e
• Combinações possíveis, mas menos testadas.
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Analisando o enunciado e a imagem acima, é possível perceber que a combinação de
bloqueador dos canais de cálcio com betabloqueador, citada pela alternativa E, seria a única
classificada como combinação possível, mas menos testada.
Resposta: Alternativa E
Referências:
BARROSO, Weimar Kunz Sebba et al. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020.
Arquivos brasileiros de cardiologia, v. 116, n. 3, p. 516-658, 2021. Disponível em:
<http://hdl.handle.net/11449/207940>.
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QUESTÃO 24
Assinale a alterativa que preencha corretamente a lacuna. Você atende uma paciente
feminina de 61 anos de idade, sabidamente hipertensa, em uso irregular de medicamentos, que
apresenta níveis tensionais de 182 x 120 mmHg. A paciente estava diante de um evento
emocional doloroso. Ao exame físico referia apenas sensação de ansiedade e discreta cefaleia.
Não havia evidências clínicas de lesão de órgãos alvo. Diante do caso, a conduta imediata mais
adequada seria ____________.
a) Prescrever captopril por via oral
b) Observação em ambiente calmo, somente com repouso ou uso de analgésicos ou
tranquilizantes
c) Prescrever clonidina por via oral
d) Prescrever furosemida por via intravenosa
e) Prescrever nifedipina por via sublingual
Comentários:
Esta é uma questão interessante sobre Crise Hipertensiva. Primeiramente, vamos
mobilizar alguns conceitos:
• Urgências hipertensivas (UH): situações clínicas sintomáticas em que há
elevação acentuada da PA sistólica (PAS) ≥ 180 e/ou diastólica (PAD) ≥ 120 mm
Hg) sem lesão em órgãos-alvo (LOA) e sem risco iminente de morte.
• Emergências hipertensivas (EH): elevação acentuada da PA sistólica (PAS) ≥
180 e/ou diastólica (PAD) ≥ 120 mm Hg com LOA aguda e progressiva, com
risco iminente de morte.
• Pseudocrise hipertensiva (PCH): nesta condição, não há LOA ou risco imediato
de morte. Geralmente, ocorre em hipertensos tratados e não controlados ou em
hipertensos não tratados com medidas de PA muito elevadas, mas oligo ou
assintomáticos. Também se caracteriza como pseudocrise a elevaçãoda PA
diante de evento emocional, doloroso ou de algum desconforto, como
enxaqueca, tontura rotatória, cefaleias vasculares e de origem
musculoesquelética, além de manifestações de síndrome do pânico.
Como classificamos as emergências hipertensivas?
A EH não é definida pelo nível da PA, podendo manifestar-se como um evento
cardiovascular, cerebrovascular, renal ou com envolvimento de múltiplos órgãos ou mesmo
na forma de pré-eclâmpsia com sinais de gravidade/eclâmpsia.
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REFERÊNCIA – SBC
Como é feito o tratamento da Crise Hipertensiva?
O tratamento deve ser iniciado após um período de observação em ambiente calmo. Para
os pacientes com pseudocrise hipertensiva, esta medida, associada ao repouso, uso de
analgésicos ou tranquilizantes, costuma ser eficaz para a melhora do quadro.
Para o tratamento agudo dos demais casos, indicam-se o captopril e a clonidina. O
captopril é utilizado na dose de 25-50mg, tendo seu pico máximo de ação em 60 a 90 minutos.
Já a clonidina, na dose de 0,100 a 0,200 mg, apresenta ação rápida, em torno de 30 a 60
minutos.
O uso de nifedipina de liberação rápida não deve ser feito no tratamento das
urgências hipertensivas por não ser seguro nem eficaz, além de provocar reduções rápidas e
acentuadas da PA, o que pode resultar em isquemia tecidual.
É importante salientar que não há evidência de ensaios clínicos randomizados
mostrando que os anti-hipertensivos reduzem a mortalidade em indivíduos com EH. No
entanto, baseando-se na experiência clínica, guidelines e na evolução dos pacientes tratados,
o tratamento anti-hipertensivo é benéfico e reduz a mortalidade.
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Diferentemente do que ocorre nos indivíduos com UH, nos pacientes com EH o
tratamento visa à redução rápida da PA com a finalidade de impedir a progressão das LOA.
Estes devem ser admitidos de preferência em UTI, tratados com anti-hipertensivos
intravenosos e monitorados durante a terapia para evitar hipotensão.
As recomendações gerais de redução da PA para EH devem ser
• PA média ≤ 25% na 1a hora;
• PA 160/100-110 mmHg nas próximas 2 a 6 h;
• PA 135/85 mmHg em um período de 24-48 h subsequentes.
Entretanto, de acordo com as recomendações da Diretriz, as EH devem ser abordadas
considerando o sistema ou o órgão-alvo acometido.
Avaliando a questão, é possível perceber que a paciente do enunciado teve uma
pseudocrise hipertensiva, devendo ser tratada de acordo com o que cita a alternativa B,
“observação em ambiente calmo, somente com repouso ou uso de analgésicos ou
tranquilizantes’.
Resposta: Alternativa B
Referências:
BARROSO, Weimar Kunz Sebba et al. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020.
Arquivos brasileiros de cardiologia, v. 116, n. 3, p. 516-658, 2021. Disponível em:
<http://hdl.handle.net/11449/207940>.
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QUESTÃO 25
Quanto ao tratamento farmacológico de pacientes com diabetes melito tipo 2 e doença
renal crônica (DRC), analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta.
I. A metformina não está contraindicada em pacientes em pacientes com DRC estádio (grupo)
funcional 3 a e 3 b.
II. Um inibidor do cotransportador sódio-glicose (SGLT2i) 2 não deve ser prescrito em
associação com outras medicações antihiperglicêmicas.
III. Uma diminuição reversível na filtração glomerular pode ocorrer com o início do tratamento
com um SGLT2i e geralmente não é uma indicação para descontinuar a terapia.
IV. É razoável suspender o SGLT2i durante períodos de jejum prolongado, cirurgia ou
procedimentos médicos críticos, quando os pacientes estarão em maior risco de cetose.
Estão corretas as afirmativas.
a) I, II, III e IV
b) II e III apenas
c) I, III e IV apenas
d) I e II apenas
e) II e IV apenas
Comentários:
Vamos analisar o que dizem as afirmativas em relação ao tratamento da DM2 e DRC:
I. A dose da Metformina deve ser reduzida em 50% quando a taxa de filtração glomerular
estimata (TFGe) estiver entre 30-45 mL/min/1,73 m2 e o tratamento deverá ser interrompido
se a TFGe estiver abaixo de 30 mL/min/1,73 m2, devido ao risco de acidose lática. Ou seja, a
metformina não é contraindicada em pacientes com DRC estádio 3A (TFG entre 45-69) ou 3B
(TFG entre 30-44), mas deve ter sua dose reduzida quando a TFG está abaixo de 45.
(CORRETA)
II. Os SGLT2i (Dapaglifozina, Empaglifozina e Canaglifozina) podem ser usados em
associação com outras drogas antihiperglicêmicas. (INCORRETA)
III. Embora os SGLT2i tenham benefícios na redução da progressão da nefropatia diabética, é
esperada discreta piora da função renal no início do tratamento, com redução média de 3 a 5
mL/min/1,73 m2. (CORRETA)
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IV. Devido ao maior risco de cetoacidose euglicêmica, alguns estudos recomendam suspender
o SGLT2i durante períodos de jejum prolongado, cirurgia ou procedimentos médicos críticos.
(CORRETO)
Resposta: Alternativa C
Referências:
FILHO, Ruy Lyra da Silva et al. Tratamento farmacológico da hiperglicemia no DM2.
Diretriz Oficial da Sociedade Brasileira de Diabetes (2022). Disponível em:
<https://diretriz.diabetes.org.br/tratamento-farmacologico-da-hiperglicemia-no-dm2>.Acesso
em: 12 de set. de 2022.
PERKOVIC, Vlado et al. Canagliflozin and Renal Outcomes in Type 2 Diabetes and
Nephropathy. New England Journal of Medicine, Waltham, 13 de jun. de 2019. Disponível
em: <https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa1811744#article_citing_articles>.
Acesso em: 12 de set. de 2022.
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QUESTÃO 26
Considere um menino branco, morador na capital do seu estado, 11 anos de idade,
vacinação completa nacional na infância, conforme calendário nacional e previamente
vacinado contra a febre amarela. Assinale a alternativa correta que contém a(s) vacina(s) que
ele deverá receber.
a) Meningocócica ACWY (conjugada) e Papilomavírus humano (HPV)
b) Meningocócica ACWY (conjugada) e Difteria, Tétano (dT)
c) Papilomavírus humano (HPV) e Hepatite B (HB) recombinante
d) Papilomavírus humano (HPV) e Difteria, Tétano (dT)
e) Hepatite B (HB recombinante) e Meningocócica ACWY (conjugada)
Comentários:
A questão busca testar seus conhecimentos a respeito do calendário vacinal do
adolescente. Observe a tabela do calendário de vacinação do adolescente abaixo:
Analisando a tabela, percebemos que o menino do enunciado deve se vacinar com a
Meningocócica ACWY (conjugada), a qual deve ser aplicada entre os 11 e 12 anos de idade,
e com a vacina Papilomavírus humano (HPV). Esta última, no que tange à vacinação dos
meninos, deve ser aplicada em duas doses, sendo a primeira entre 11 a 14 anos e a segunda
dose 6 meses após.
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58Resposta: Alternativa A
Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Calendário de Vacinação. Brasília: [Ministério da Saúde],
2022.
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QUESTÃO 27
Considere os objetivos específicos da Política Nacional de Educação Popular em Saúde
(PNEPS). Analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta, que apresenta os
objetivos específicos da PNEPS.
I. Promover o diálogo e a troca entre práticas e saberes populares e técnico-científicos no
âmbito do SUS, aproximando os sujeitos da gestão, dos serviços de saúde, dos movimentos
sociais populares, das práticas populares de cuidado e das instituições formadoras.
II. Fortalecer a gestão participativa nos espaços do SUS.
III. Reconhecer e valorizar as culturas populares, especialmente as várias expressões da arte,
como componentes essenciais das práticas de cuidado, gestão, formação, controle social e
práticas educativas em saúde.
IV. Fortalecer os movimentos sociais populares, os coletivos de articulação social e as redes
solidárias de cuidado e promoção da saúde na perspectiva da mobilização popular em defesa
do direito universal à saúde.
Estão corretas as afirmativas.
a) I, II e IV apenas
b) I e III apenas
c) II, III e IV apenas
d) IV apenas
e) I, II, III e IV
Comentários:
Para acertar esta difícil questão você deveria ter lido (e decorado) os objetivos
específicos da PNEPS. Vamos entender um pouco mais sobre esta ferramenta:
A PNEPS é considerada uma importante estratégia do SUS e visa a contribuir para a
organização dos serviços de saúde com a qualificação e a transformação das práticas em saúde,
por meio da formação e do desenvolvimento dos profissionais e trabalhadores da saúde.
Ademais, busca articular a integração entre ensino e serviço, com vistas ao fortalecimento dos
princípios fundamentais do SUS.
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Os princípios da PNEPS são os seguintes:
I - Diálogo;
II - Amorosidade;
III - Problematização;
IV - Construção compartilhada do conhecimento;
V - Emancipação; e
VI - Compromisso com a construção do projeto democrático e popular.
Os objetivos específicos da PNEPS são:
I - Promover o diálogo e a troca entre práticas e saberes populares e técnico-científicos
no âmbito do SUS, aproximando os sujeitos da gestão, dos serviços de saúde, dos movimentos
sociais populares, das práticas populares de cuidado e das instituições formadoras;
II - Fortalecer a gestão participativa nos espaços do SUS;
III - Reconhecer e valorizar as culturas populares, especialmente as várias expressões da
arte, como componentes essenciais das práticas de cuidado, gestão, formação, controle social
e práticas educativas em saúde;
IV - Fortalecer os movimentos sociais populares, os coletivos de articulação social e as
redes solidárias de cuidado e promoção da saúde na perspectiva da mobilização popular em
defesa do direito universal à saúde;
V - Incentivar o protagonismo popular no enfrentamento dos determinantes e
condicionantes sociais de saúde;
VI - Apoiar a sistematização, a produção de conhecimentos e o compartilhamento das
experiências originárias do saber, da cultura e das tradições populares que atuam na dimensão
do cuidado, da formação e da participação popular em saúde;
VII - Contribuir com a implementação de estratégias e ações de comunicação e de
informação em saúde identificadas com a realidade, linguagens e culturas populares;
VIII - Contribuir para o desenvolvimento de ações intersetoriais nas políticas públicas
referenciadas na Educação Popular em Saúde;
IX - Apoiar ações de Educação Popular na Atenção Primária em Saúde, fortalecendo a
gestão compartilhada entre trabalhadores e comunidades, tendo os territórios de saúde como
espaços de formulação de políticas públicas;
X - Contribuir com a educação permanente dos trabalhadores, gestores, conselheiros e
atores dos movimentos sociais populares, incorporando aos seus processos os princípios e as
práticas da educação popular em saúde; e
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XI - Assegurar a participação popular no planejamento, acompanhamento,
monitoramento e avaliação das ações e estratégias para a implementação da PNEPS-SUS.
Resposta: Alternativa E
Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde . PORTARIA Nº 2.761, DE 19 DE NOVEMBRO DE 2013.
Institui a Política Nacional de Educação Popular em Saúde no âmbito do Sistema Único de
Saúde (PNEPS-SUS). Brasília: Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, 2013.
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QUESTÃO 28
Gestante com hipertensão prévia desenvolveu quadro de sangramento uterino, sendo
diagnosticado com descolamento prematuro da placenta. Foi submetida à cesárea, porém o
feto evoluiu com óbito. Assinale a alternativa que apresenta a doença ou estado que causou
diretamente a morte do feto, a ser escrito no atestado de óbito.
a) Natimorto
b) Descolamento prematuro da placenta
c) Hipertensão arterial
d) Pré-eclâmpsia
e) Hipóxia fetal
Comentários:
Nos casos de óbitos fetais, a declaração de óbito não deve ser preenchida como o
termo “natimorto”, mas sim com a causa ou causas da morte do feto.
Avaliando a questão, a alternativa A é errada, uma vez que não especifica a causa do
óbito fetal. As alternativas B, C e D descrevem condições maternas e não fetais. Sendo assim,
a única alternativa correta é a E, que descreve a causa da morte do feto (hipóxia fetal).
Resposta: Alternativa E
Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Instruções para o Preenchimento da Declaração
de Óbito. Brasília: [Ministério da Saúde], 2001. Disponível em:
<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_declaracao_obitos.pdf>. Acesso em: 12
de set. de 2022.
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QUESTÃO 29
Você atende um paciente masculino de 57 anos com quadro de dor torácica, cujo
eletrocardiograma apresenta supradesnível do segmento ST. Assinale a alternativa que
apresenta tratamentos que devam ser prontamente administrados, quando não há
contraindicação.
a) Nitrato sublingual, AAS e betabloqueador
b) Nitrato sublingual, AAS, betabloqueador e lidocaína
c) Nitrato sublingual, clopidogrel, AAS, benzodiazepínico e lidocaína
d) Nitrato venoso, clopidogrel, AAS e sulfato de morfina
e) Nitrato venoso, sulfato de morfina, clopidogrel e oxigênio nasal
Comentários:
Paciente com síndrome coronariana aguda (SCA), com supradesnível de ST. No
tratamento da SCA com supra de ST, o oxigênio deve ser uma conduta imediata nos casos de
saturação de O² menor que 90%.
Os nitratos, como a isossorbida, devem ser feitos na dose de 5mg, com intervalos de 5
minutos e no máximo 15mg.
A morfina, na dose de 2mg EV, é usada para alívio dos sintomas nos casos em que
somente o nitrato não foi suficiente. Essa droga não reduz mortalidade.
Os betabloqueadores devem ser usados em todos os pacientes com SCA com o objetivo
de diminuir a frequência cardíaca, reduzindo dessa forma o consumode O² pelo miocárdio.
A antiagregação plaquetária deve ser feita com AAS na dose de 160 a 325mg (no
Brasil usamos 200mg) associada a uma segunda medicação, como o clopidogrel na dose de
300mg, o prasugrel ou ticagrelor.
A anticoagulação com heparina não fracionada (HNF), heparina de baixo peso
molecular (HBPM) ou fondaparinux deve ser administrada a todos os pacientes com SCA.
Para pacientes que serão submetidos à angioplastia primária, a escolha recai sobre a heparina
não fracionada. A dose da HNF é de 60 UI/kg em bolus seguida de infusão contínua de 12
UI/kg/h, devendo ser ajustada pelo TTPA a cada 6 horas. A dose da enoxaparina (HBPM) é
de 1mg/kg, via subcutânea a cada 12 horas.
A terapia de reperfusão é considerada a estratégia terapêutica mais importante no IAM
com supra. As duas opções terapêuticas são: angioplastia coronariana percutânea e fibrinólise.
A angioplastia deve ser realizada idealmente nas primeiras 12 horas após o início da dor, e
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pode ser considerada nos pacientes admitidos entre 12 e 24 horas após início do IAM, porém
com persistência de sintomas. É considerada a melhor opção para reperfusão coronariana.
A fibrinólise tem o propósito de dissolver o trombo intracoronariano, estando indicada
nas primeiras 12 h de dor. No entanto, sempre que possível, deve ser realizada em até 30
minutos após a decisão por essa opção. É o que chamamos de porta-agulha inferior a 30
minutos. As medicações usadas são a tenecteplae, alteplase, reteplase ou ainda a
estreptoquinase. Todos os pacientes devem receber a dupla agregação com AAS e clopidogrel,
assim como anticoagulação plena com HNF.
Analisando o enunciado, percebemos que a única alternativa correta é a que recomenda
o uso de nitrato sublingual, AAS e betabloqueador, na ausência de contraindicações.
Resposta: Alternativa A
Referências:
LOPES, Antonio Carlos. Tratado de Clínica Médica. 3. ed. Rio de Janeiro: Roca, 2016.
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QUESTÃO 30
Considerando as mais recentes recomendações (2021) para tratamento farmacológico
da insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida, assinale a alternativa incorreta.
a) Inibidores da enzima de conversão de angiotensina em casos sintomáticos para reduzir
mortalidade
b) Diurético de alça para controle de congestão
c) Antagonista dos receptores mineralocorticoides para disfunção de ventrículo esquerdo
sintomática, associada ao tratamento padrão com inibidores da enzima de conversão de
angiotensina/ bloqueadores dos receptores de angiotensina II/ inibidores da neprilisina/
betabloqueador para reduzir morbidade e mortalidade
d) Sacubitril-valsartana, em substituição ao inibidor da enzima de conversão de angiotensina
ou bloqueador do receptor de angiotensina II para disfunção de ventrículo esquerdo
sintomática, já em uso de terapêutica otimizada e com terapia tripla, para reduzir morbidade e
mortalidade
e) Digoxina para disfunção de ventrículo esquerdo sintomática, apesar de terapêutica
otimizada com terapia tripla, para reduzir sintomas e hospitalizações
Comentários:
A insuficiência cardíaca (IC) é uma doença com alta mortalidade e limitação da
qualidade de vida, respondendo por cerca de 5% do orçamento destinado aos gastos de saúde
no país.
A IC resulta em alterações hemodinâmicas como redução do débito cardíaco e elevação
da pressão arterial pulmonar e venosa sistêmica. A suspeita diagnóstica é baseada
principalmente em dados de anamnese e exame físico. Os principais sinais e sintomas incluem
dispneia, ortopneia, edema de membros inferiores e fadiga. Alterações eletrocardiográficas e
na radiografia de tórax podem ser encontradas. Exames complementares como dosagem sérica
de peptídeos natriuréticos de tipo B e ecocardiografia transtorácica são bastante úteis na
definição diagnóstica.
Classificação da insuficiência cardíaca:
Os pacientes com IC são classificados de acordo com a classificação da New York Heart
Association (NYHA):
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i. Sem limitações para realização de atividade física. Atividades habituais não causam
dispneia, cansaço, palpitações.
ii. Discreta limitação para realização de atividade física. Atividades habituais causam
dispneia, cansaço, palpitações.
iii. Importante limitação para realização de atividade física. Atividades de intensidades
inferiores causam dispneia, cansaço, palpitações.
iv. Limitações para realização de qualquer atividade física. Sintomas de IC em repouso.
Tratamento da IC
O tratamento da IC é complexo e deve contar com acompanhamento multidisciplinar.
Medidas medicamentosas e não medicamentosas devem ser adotadas para melhor controle
dessa condição.
O tratamento não medicamentoso deve ser feito com atividade física (meta de 25 a
60 minutos por dia, pelo menos 3 vezes por semana); restrição hidrossalina (1 a 1,5 litro
diário de água e < 5 g sal/dia) nos pacientes com sinais e sintomas de congestão e em classe
funcional III-IV e redução de peso.
O tratamento medicamentoso pode ser feito com várias classes medicamentosas e tem
como objetivo o aumento da capacidade funcional e a redução de comorbidades.
• IECA: indicados para todos os casos de IC, excluído casos de intolerância,
contraindicação e em gestantes. Iniciar tratamento em doses baixas e aumentar
gradualmente.
• Betabloqueadores: são indiciados para pacientes com IC e podem ser iniciados
em associação ao IECA. Os betabloqueadores são o metoprolol, bisoprolol e
carvedilol, sem evidência de superioridade entre eles. O tratamento deve ser
iniciado em pacientes compensados (não congestos), em dose baixa e
gradualmente aumentada até as maiores doses toleradas ou a dose-alvo. Os
pacientes devem ser orientados sobre possível piora funcional discreta nas fases
iniciais do tratamento.
• Antagonistas do receptor da angiotensina II (BRA): devem ser utilizados em
caso de pacientes com IC e com intolerância ou contraindicação aos IECA, em
especial, aqueles que desenvolvem tosse com o uso de IECA.
• Antagonistas da aldosterona: devem ser utilizados em pacientes com IC com
fração de reduzida e que permanecem sintomáticos (classe II-IV da NYHA)
apesar do tratamento IECA/BRA e BB nas maiores doses toleradas. Devem ser
usados com cautela em pacientes com perda da função renal e potássio sérico >
5,0 mmol/L. O único medicamento da classe disponível no Brasil é a
espironolactona.
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• Hidralazina e Nitrato: no contexto atual do tratamento da IC, essa associação
tem sido preconizada em pacientes intolerantes a IECA e BRA por hipercalemia
e perda de função renal. Além disso, podem ser utilizados em pacientes que
persistem em classe funcional III e IV da NYHA, apesar de o tratamento estar
otimizado (uso de IECA/ARA II, betabloqueador e antagonista da aldosterona).
• Digoxina: o benefício do uso desta droga se restringe a pacientes que
permanecem sintomáticos apesar do tratamento com IECA/BRA, betabloqueador
e antagonista da aldosterona. A digoxina possui uma estreita janela terapêutica e
provoca efeitos tóxicos como arritmias, redução da condução atrioventricular,bradicardia sinusal, náusea, vômitos, diarreia e distúrbios visuais.
• Diuréticos: Eficazes no tratamento da congestão. Não aumentam sobrevida.
• Sacubitril/Valsartana: consiste na associação de um fármaco inibidor da
neprilisina (sacubitril), inibindo a degradação de substâncias vasodilatadoras,
com um antagonista do receptor da angiotensina II (valsartana). O uso de
sacubitril/valsartana foi associado à redução de mortalidade e hospitalização em
pacientes com IC com fração de ejeção reduzida e níveis elevados de BNP / NT-
proBNP, havendo maior certeza desse benefício em pacientes classe funcional
NYHA II com até 75 anos de idade.
Assim, preconiza-se a substituição de IECA ou ARA II por
sacubitril/valsartana em pacientes com IC que satisfaçam as seguintes
condições:
- Idade inferior a 75 anos
- Classe funcional NYHA II
- Fração de ejeção reduzida (≤35%)
- BNP > 150 ou NT-ProBNP > 600
-Em tratamento otimizado (uso de doses máximas toleradas dos medicamentos
preconizados - IECA ou ARA II, betabloqueadores, espironolactonas e doses
adequadas de diuréticos em caso de congestão).
- Sintomáticos (sintomas como dispneia aos esforços, sinais de congestão, piora
clínica com internações recentes).
• Ivabradina: reduz internações com aumento de risco e fibrilação atrial. Não
recomendado pela CONITEC para incorporação no SUS.
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Voltando à questão, o gabarito aponta como correta a alternativa C. Contudo, a forma
como foi redigido o texto da alternativa pode confundir o leitor. O uso dos antagonista dos
receptores mineralocorticoides (espironolactona) pode ser feito em associação ao tratamento
padrão na IC, mas não devemos associar a espironolactona com IECA + BRA devido ao
aumento do risco de hipercalemia. Tampouco podemos associar o uso de IECA ao inibidor da
neprilisina (sacubitril).
Resposta: Alternativa C
Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. PORTARIA CONJUNTA Nº 17, DE 18 DE NOVEMBRO
DE 2020. Aprova as Diretrizes Brasileiras para Diagnóstico e Tratamento da Insuficiência
Cardíaca com Fração de Ejeção Reduzida. Brasília: [Ministério da Saúde], 2020.
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QUESTÃO 31
Assinale a alternativa que preencha corretamente a lacuna. O escore de risco global
(ERG) de Framingham inclui a estimativa em 10 anos de eventos coronarianos,
cerebrovasculares, doença arterial periférica ou insuficiência cardíaca e foi o escore adotado
pelo Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).
Segundo as diretrizes dessa sociedade, pode-se considerar com risco cardiovascular muito alto
indivíduos _____________________.
a) Mulheres com ERG > 10%
b) Homens com ERG > 20%
c) Portadores de doença renal crônica, definida como taxa de filtração glomerular < 60 ml/min,
em fase não-dialítica
d) Com aterosclerose com obstrução ≥ 50% sem eventos clínicos em território coronariano
e) Diabéticos tipo 2, com LDL-c entre 70 e 189 mg/dl e presença de doença aterosclerótica
periférica subclínica
Comentários:
Um evento coronariano agudo costuma ser a primeira manifestação da doença
aterosclerótica em pelo menos metade dos indivíduos com essa condição. Por esse motivo, a
identificação dos indivíduos assintomáticos com maior predisposição é de suma importância
para a prevenção e para a definição de metas terapêuticas individuais.
A estimativa do risco de doença aterosclerótica é feita com a somatória do risco
associado a cada um dos fatores de risco mais a potenciação causada por sinergismos entre
alguns desses fatores.
O Escore de Risco (ER) Global estima a probabilidade de ocorrer infarto do miocárdio
ou morte por doença coronariana no período de 10 anos em indivíduos sem diagnóstico prévio
de aterosclerose clínica.
Como é feita a estratificação do risco cardiovascular de acordo com a última Diretriz?
- Risco muito alto: indivíduos que apresentem doença aterosclerótica significativa
(coronária, cerebrovascular ou vascular periférica) com ou sem eventos clínicos, ou obstrução
≥ 50% em qualquer território arterial.
• Meta terapêutica: Redução de LDL e não-HDL > 50% nos pacientes sem uso
de estatinas. Meta de LDL: < 50. Meta de não-HDL: <80.
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- Alto risco:
- Portadores de aterosclerose na forma subclínica documentada por algum
método diagnóstico: USG de carótidas com presença de placa; Índice Tornozelo-
Braquial (ITB) < 0,9; escore de Cálcio Arterial Coronariano (CAC) > 100 ou a
presença de placas ateroscleróticas na angiotomografia (angio-CT) de coronárias.
- Aneurisma de aorta abdominal.
- Doença renal crônica definida por Taxa de Filtração Glomerular (TFG) < 60
mL/min, e em fase não dialítica.
- Aqueles com concentrações de LDL-c ≥ 190 mg/dL.
- Presença de diabetes melito tipos 1 ou 2, e com LDL-c entre 70 e 189 mg/dL e
presença de Estratificadores de Risco (ER) ou Doença Aterosclerótica Subclínica
(DASC).
- Definem-se ER e DASC no diabetes como:
ER: idade ≥ 48 anos no homem e ≥ 54 anos na mulher; tempo de diagnóstico do
diabetes > 10 anos; história familiar de parente de primeiro grau com DCV
prematura (< 55 anos para homem e < 65 anos para mulher); tabagismo (pelo
menos um cigarro no último mês); hipertensão arterial sistêmica; síndrome
metabólica, de acordo com a International Diabetes Federation; presença de
albuminúria > 30 mg/g de creatinina e/ou retinopatia; TFG < 60 mL/min.
DASC: ultrassonografia de carótidas com presença de placa > 1,5 mm; ITB <
0,9; escore de CAC > 10; presença de placas ateroscleróticas na angio-CT de
coronárias. • Pacientes com LDL-c entre 70 e 189 mg/dL, do sexo masculino
com risco calculado pelo ERG > 20% e nas mulheres > 10%.
• Meta terapêutica: Redução de LDL e não-HDL > 50% nos pacientes sem uso
de estatinas. Meta de LDL: < 70. Meta de não-HDL: <100.
- Risco intermediário: indivíduos com ER entre 5 e 20% no sexo masculino e entre 5
e 10% no sexo feminino ou, ainda, os diabéticos sem os critérios de DASC ou ER
listados anteriormente.
• Meta terapêutica: Redução de LDL e não-HDL entre 30-50% nos pacientes sem
uso de estatinas. Meta de LDL: < 100. Meta de não-HDL: <130.
- Baixo risco: pacientes do sexo feminino e masculino com risco em 10 anos < 5%,
calculado pelo ERG.
• Meta terapêutica: Redução de LDL e não-HDL > 30% nos pacientes sem uso
de estatinas. Meta de LDL: < 130. Meta de não-HDL: <160.
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Após a leitura acima, ficou fácil responder a esta questão. A única alternativa
correspondente ao quadro de risco cardiovascular muito alto seria a letra D,
“aterosclerose com obstrução ≥ 50% sem eventos clínicos em território coronariano”.
Resposta: Alternativa D
Referências:
XAVIER, H. T. V Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose.
Arquivos Brasileiros de Cardiologia, Rio de Janeiro, v. 101, n. 4, p. 1-36, out. 2013.
CALCULADORA PARA ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO CARDIOVASCULAR,
2015. Disponível em http://departamentos.cardiol.br/sbc-
da/2015/CALCULADORAER2017/etapa1.html, Acesso em: 12 de set. de 2022.
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QUESTÃO 32
Sobre os critérios para rastreamento do diabetes melito tipo 2 em adultos
assintomáticos, assinale a alternativa incorreta.
a) Adultos com sobrepeso e hipertensão arterial
b) Pacientes portadores do vírus HIV
c) Mulheres com sobrepeso e síndrome dos ovários policísticos
d) Adultos com sobrepeso e HDL-colesterol < 35 mg/dl
e) Adultos com idade ≥ 40 anos
Comentários:
De acordo com as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) de 2022, o
rastreamento de diabetes mellitus é recomendado para todos os indivíduos com 45 anos ou
mais, mesmo sem fatores de risco, e para indivíduos com sobrepeso/obesidade que tenham
pelo menos um fator de risco adicional para DM2.
A recomendação da Força Tarefa Americana de Serviços Preventivos (US Preventive
Services Task Force – USPSTF) difere um pouco no que tange à adotada pela SBD, uma vez
que recomendam o rastreio para todos os indivíduos de 35 a 70 anos de idade com sobrepeso
ou diabetes.
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Os exames recomendados para rastreio são a glicemia de jejum, hemoglobina glicada
(HbA1C) ou teste de tolerância a glicose. Em caso de exames normais, o rastreio pode ser
repetido em 3 anos ou antes, caso ocorra ganho de peso acelerado ou mudança nos fatores de
risco.
Analisando a questão, é possível notar que existem duas alternativas incorretas: tanto a
alternativa B quanto a E não são critérios para rastreamento da diabetes melito tipo 2 em
adultos assintomáticos.
Resposta: Alternativa E (porém, acreditamos que a questão deveria ter sido anulada ou que
considerassem também a alternativa B como incorreta)
Referências:
COBAS, Roberta et al. Diagnóstico do diabetes e rastreamento do diabetes tipo 2. Diretriz
Oficial da Sociedade Brasileira de Diabetes (2022). Disponível em: <
https://diretriz.diabetes.org.br/diagnostico-e-rastreamento-do-diabetes-tipo-2>. Acesso em:
06 de set. de 2022.
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QUESTÃO 33
Sobre o tratamento farmacológico do diabetes tipo 2, analise as afirmativas abaixo e dê
valores verdadeiro (V) ou falso (F).
( ) A metformina é o agente farmacológico inicial preferência para o tratamento de diabetes
tipo 2.
( ) Uma vez iniciada, a metformina deve ser continuada enquanto for tolerada e não
contraindicada; outros agentes, que não a insulina, não devem ser associados à metformina.
( ) A introdução precoce de insulina deve ser considerada se houver evidência de catabolismo
contínuo, como perda de peso, se houver sintomas de hiperglicemia ou quando houver níveis
de A1C > 10% ou glicemia ≥300 mg /dl.
( ) Em pacientes com diabetes tipo 2, não há evidência que um agonista do receptor do peptídeo
1 semelhante ao glucagon seja preferível à insulina.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.
a) V - F - V - F
b) V - F - V - V
c) F - V - V - V
d) F - V - F - V
e) V - V - V – F
Comentários:
Vamos avaliar as afirmativas:
I. A Metformina é o agente de primeira linha de escolha para o tratamento do DM2 dada
sua eficácia e segurança, baixa incidência de hipoglicemia e baixo custo. Em adultos, não
gestantes com diagnóstico recente de DM2, sem doença cardiovascular ou renal, e sem
tratamento prévio, nos quais a HbA1c esteja abaixo de 7,5%, a monoterapia com metformina
está RECOMENDADA como terapia inicial para melhorar o controle da glicemia e prevenir
desfechos relacionados a diabetes. (VERDADEIRA).
II. A metformina pode ser associada a todas as outras classes de antidiabéticos. 36
ensaios clínicos mostraram que todas as terapias combinadas avaliadas resultaram em níveis
de HbA1c significativamente mais baixos quando comparadas à monoterapia com
metformina. Dessa forma, mesmo em adultos não gestantes com diagnóstico recente de DM2,
sem tratamento prévio, sem doença cardiovascular ou renal, e com HbA1c entre 7,5% e
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9,0%, a terapia dupla inicial com metformina associada a outro antidiabético deve ser
considerada. (FALSA).
III. Nos casos em que a HbA1c permaneça acima da meta apesar da terapia tripla, a
terapia quadrupla ou a terapia baseada em insulina estão recomendadas para melhorar o
controle glicêmico. A insulina também deve ser iniciada em pacientes com DM2 com
sintomas de hiperglicemia (poliúria, polidipsia, perda de peso). Pacientes com HbA1c >
10% ou glicemia ≥300 mg /dl também devem ser manejados com insulina associada à
metformina. A insulina poderá ser suspensa posteriormente, no caso de melhora dos sintomas
e controle glicêmico. (VERDADEIRA)
IV. Alguns estudos mostram que os análogos de GLP1 são recomendados como
primeira terapia injetável para DM2, mesmo antes da insulinoterapia. Os análogos de GLP1
podem ter efetividade similar, ou superior para redução de HbA1c, além de benefícios
adicionais como redução do peso, menor risco de hipoglicemias e maior proteção
cardiovascular. (FALSA)
Resposta: Alternativa A
Referências:
NAUCK, M. A et al. GLP-1 receptor agonists in the treatment of type 2 diabetes – state-of-
the-art. Molecular Metabolism, Neuherberg, v. 46, n.1, p. 1-26, abr. 2021. Disponível em:
<https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8085572/>. Acesso em: 01 de set. de
2022.
FILHO, Ruy Lyra da Silva et al. Tratamento farmacológico da hiperglicemia no DM2.
Diretriz Oficial da Sociedade Brasileira de Diabetes (2022). Disponível em:
<https://diretriz.diabetes.org.br/tratamento-farmacologico-da-hiperglicemia-no-dm2>.
Acesso em: 01 de set. de 2022.
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QUESTÃO 34
Para uma paciente em tratamento de câncer de mama, assinale a alternativa correta,
que apresenta o método contraceptivo mais seguro.
a) Contraceptivo oral combinado
b) Método do calendário ou tabelinha
c) Contraceptivo hormonal só de progesterona
d) Dispositivo intrauterino (DIU)
e) Sistema intrauterino de levonorgestrel (SIU)
Comentários:
De acordo com os critérios de elegibilidade da OMS de contraceptivos por condição
clínica, o DIU de cobre seria o único método contraceptivo recomendado para pacientes com
câncer de mama, sendo classificado como categoria 1. Recomendo que você estude as tabelas
abaixo, pois este é um tema muito cobrado em provas.
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Legenda:
A – O DIU de cobre é categoria 2 para mulheres com idade menor ou igual a 20 anos pelo
maior riscode expulsão (maior índice de nuliparidade) e por ser faixa etária considerada de
maior risco para contrair IST.
B – Ainda não há riscos demonstrados para o feto, para a mulher ou para a evolução da
gestação nesses casos quando usados acidentalmente durante a gravidez.
C – Ainda não há riscos demonstrados para o feto, para a mulher ou para a evolução da
gestação nesses casos quando usados acidentalmente durante a gravidez, MAS ainda não está
definida a relação entre o uso do acetato de medroxiprogesterona na gravidez e os efeitos sobre
o feto.
D – O DIU de cobre é categoria 1 se: a) For introduzido em menos de 48 horas do parto, com
ou sem aleitamento, desde que não haja infecção puerperal (cat. 4); b) For introduzido após
quatro semanas do parto.
E – O DIU de cobre é categoria 3 se introduzido entre 48 horas e quatro semanas após o parto.
F – Categoria 4 para colocação de DIU de cobre em casos de DIP atual, cervicite purulenta,
clamídia ou gonorreia.
G – Em quaisquer casos, inclusive DIP atual, o DIU de cobre é categoria 2, se o caso for
continuação do método (usuária desenvolveu a condição durante sua utilização), ou se forem
outras IST que não as listadas na letra.
Resposta: Alternativa D
Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolos da Atenção Básica : Saúde das Mulheres.
Brasília: [Ministério da Saúde], 2016.
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QUESTÃO 35
Sobre o herpes zoster, assinale a alternativa incorreta.
a) Não há descrição de casos de pacientes que desenvolveram herpes-zoster após contato com
doentes de varicela
b) É possível uma criança adquirir varicela por contato com doente com herpes zoster
c) A erupção cutânea é unilateral, raramente ultrapassa a linha mediana e segue o trajeto de
um nervo
d) Pode haver acometimento do nervo facial com paralisia de Bell
e) A terapia antiviral específica, iniciada em até 72 horas após o surgimento do rash, reduz a
ocorrência da neurite pós-herpética, que é a complicação mais frequente do herpes-zoster
Comentários:
O herpes zoster é causado devido à reativação do vírus da varicela em latência,
ocorrendo em adultos e pacientes imunocomprometidos como, por exemplo, portadores de
doenças crônicas, neoplasias, aids e outras. A doença tem quadro pleomórfico, causando desde
doença benigna até formas graves, podendo levar ao óbito.
Vamos avaliar o que dizem as alternativas sobre o herpes zoster:
A) A alternativa é incorreta porque alguns pacientes podem desenvolver herpes zoster
após contato com doentes de varicela e, até mesmo, com outro doente de zoster, o que indica
a possiblidade de uma reinfeção em pacientes já previamente imunizado. (INCORRETA)
B) Esta alternativa foi retirada na íntegra do Guia de Bolso de Doenças Infecciosas e
Parasitárias. É possível uma criança adquirir varicela por contato com doentes de zoster.
(CORRETA)
C) O quadro clínico do herpes zoster é, quase sempre, atípico. A maioria dos pacientes
apresenta, antecedendo às lesões cutâneas, dores nevrálgicas, além de parestesias, ardor e
prurido locais, acompanhados de febre, cefaléia e mal-estar. A lesão elementar é uma vesícula
sobre base eritematosa. A erupção é unilateral, raramente ultrapassando a linha mediana,
seguindo o trajeto de um nervo. Surgem de modo gradual, levando de duas a 4 dias para se
estabelecerem. Quando não ocorre infecção secundária, as vesículas se dissecam, formam-se
crostas e o quadro evolui para a cura em duas a 4 semanas. As regiões mais comprometidas
são a torácica (53% dos casos), cervical (20%), trigêmeo (15%) e lombossacra (11%). Em
pacientes imunossuprimidos, as lesões surgem em localizações atípicas e, geralmente,
disseminadas. (CORRETA)
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D) O envolvimento do VII par craniano leva a uma combinação de paralisia facial
periférica (paralisia de Bell) e rash no pavilhão auditivo, denominado síndrome de Hawsay-
Hurt, com prognóstico de recuperação pouco provável. (CORRETA)
E) O tratamento dos quadros leves de varicela em crianças não é necessário, uma vez
que a doença tem curso benigno.
As lesões da pele têm involução espontânea, mas medidas para evitar a infecção
secundária devem ser tomadas. O tratamento deve ser iniciado assim que os sintomas forem
observados, visando reduzir a dor aguda associada ao Herpes Zoster, a infecção viral aguda e
prevenir a nevralgia pós-herpética. Os agentes antivirais têm demonstrado eficácia pela
cicatrização acelerada das lesões e resolução da dor associada ao zoster. A ação efetiva dos
agentes antivirais para a prevenção da nevralgia pós-herpética é controversa. A terapia com
Aciclovir parece produzir uma redução moderada do desenvolvimento de nevralgia pós-
herpética.
Nos casos de varicela com evolução moderada ou severa em maiores de 12 anos, com
doença cutânea ou pulmonar crônica, o tratamento específico com antivirais deve ser
instituído. O Aciclovir é a droga de escolha, sendo usado na dose de 800mg, VO, 5 vezes ao
dia, por 7 dias, em adultos. Em crianças, quando indicado, a dose é 20mg/kg/dose, VO, 4 vezes
ao dia, dose máxima de 800mg/dia, durante 5 dias.
Crianças imunocomprometidas não devem fazer uso de Aciclovir oral. O Aciclovir
intravenoso é recomendado em pacientes imunocomprometidos ou em casos graves, na
dosagem de 10mg/kg, a cada 8 horas, infundido durante uma hora, durante 7 a 14 dias. Seu
uso está indicado, com restrições, em gestantes com complicações severas de varicela. Outros
antivirais têm sido indicados. A nevralgia pós-herpética (NPH) é uma complicação frequente
(até 20%) da infecção pelo herpes zoster, que se caracteriza pela refratariedade ao tratamento.
A terapia antiviral específica, iniciada dentro de 72 horas após o surgimento do rash,
reduz a ocorrência da NPH. O uso de corticosteróides, na fase aguda da doença, não altera a
incidência e a gravidade da NPH, porém reduz a neurite aguda, devendo ser adotada em
pacientes sem imunocomprometimento. Uma vez instalada a NPH, o arsenal terapêutico é
enorme, porém não há uma droga eficaz para seu controle. São utilizados: Creme de
capsoicina, 0,025% a 0,075%; Lidocaína gel, a 5%; Amitriplina, em doses de 25 a 75mg, VO;
Carbamazepina, em doses de 100 a 400mg, VO; benzodiazepínicos; rizotomia,
termocoagulação e simpactetomia. (CORRETA)
Resposta: Alternativa A
Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
Vigilância Epidemiológica. Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso. 8. ed. Brasília
2010. Disponível em: <
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_infecciosas_parasitaria_guia_bolso.pdf
>. Acesso em: 14 de ago. de 2022.
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QUESTÃO 36
Os vírus da dengue (DENV), chikungunya (CHIKV) e Zika (ZIKV) são arbovírus. Sobre essas
arboviroses, assinale a alternativa correta.
a) Os três arbovírus podem ser transmitidos ao homem por via vetorial e transfusional, porém
não há descrição transmissão vertical para o CHIKV
b) Estudos apontam que o DENV pode ser transmitido por via sexual de uma pessoa infectada
(sintomática ou não) para seus parceiros, durante meses após a infecção inicial
c) A espécie Aedes aegypti não é a única comprovadamente responsável pela transmissão
dessas arboviroses no Brasil, havendo descrições de infecção pelo Aedes albopictus
d) A infecção primária ocorre em pessoasnão previamente expostas a qualquer um dos
sorotipos do vírus dengue. Nessa situação, surgem os anticorpos IgM, que se elevam
rapidamente, sendo detectáveis a partir do 6° dia
e) A primeira manifestação da dengue é a febre, geralmente abaixo de 38ºC, de início abrupto
e com duração de 2 a 7 dias, associada a cefaleia, astenia, mialgia, artralgia e dor retroorbitária
Comentários:
Vamos analisar o que dizem as alternativas sobre as arboviroses:
A) Os três arbovírus podem ser transmitidos por via vetorial, vertical e transfusional.
Para o DENV, CHIK e ZIKV, existem registros de transmissão vertical em humanos (gestante-
feto). Em relação à dengue, os relatos dessa via de transmissão são raros. No chikungunya, a
transmissão perinatal pode ocorrer em caso de gestantes virêmicas, muitas vezes provocando
infeção neonatal grave. No entanto, estudos apontam que a transmissão vertical do CHIKV é
rara, ocorrendo antes da 22ª semana de gestação. Em relação ao Zika, a transmissão vertical
pode ocorrer em diferentes idades gestacionais e resultar em amplo espectro de malformações
no feto, incluindo aborto. (INCORRETA)
B) Segundo o Guia de Vigilância em Saúde do MS de 2021, a transmissão sexual ocorre
somente nos pacientes portadores do vírus Zika (sintomáticos ou não), durante meses após a
infecção inicial. Porém, o que deixa a alternativa polêmica é o fato de já existirem raros relatos
de transmissão do vírus da Dengue por via sexual, tanto em relação heterossexual como
homossexual. Como o edital da prova não fornece referências bibliográficas, este fato abriria
margem para solicitação de anulação da questão. A banca manteve o gabarito sem alterações.
(INCORRETA?)
C) A principal forma de transmissão das arboviroses é a vetorial, que ocorre pela picada
de fêmeas de Aedes aegypti infectadas, no ciclo humano-vetor-humano. Na natureza, esses
vírus são mantidos entre mosquitos, principalmente por intermédio da transmissão
transovariana. No Brasil, as evidências científicas, até o momento, comprovam que a
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transmissão do DENV ocorre somente pela picada de fêmeas infectadas da espécie Aedes
aegypti. (INCORRETA)
D) A infecção primária se dá em pessoas não expostas anteriormente a qualquer um dos
quatro sorotipos do vírus da dengue (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). Os anticorpos
IgM se elevam rapidamente, sendo detectáveis a partir do 6° dia. A resposta secundária se dá
em pessoas com infecção aguda por dengue, mas que tiveram infecção prévia por flavivírus e
o título de anticorpos se eleva rapidamente em níveis muito altos. A suscetibilidade em relação
à Febre Hemorrágica da Dengue (FHD) não está totalmente esclarecida e não é possível
afirmar que seja mais comum na infecção secundária.
O diagnóstico da doença se correlaciona à elevação dos anticorpos, sendo que a
sorologia IgM para DENV costuma positivar a partir do sexto dia de doença e a pesquisa de
antígeno NS1 costuma estar presente nas primeiras 72 horas, com redução da sensibilidade a
partir do quarto dia. (CORRETA)
E) As infecções por dengue podem ser assintomáticas ou sintomáticas. As infecções
clinicamente aparentes estão presentes em aproximadamente 25% dos casos e podem variar
desde formas oligossintomáticas a formas graves, podendo levar o indivíduo ao óbito. Pode
apresentar três fases clínicas: febril, crítica e de recuperação.
Fase febril: a primeira manifestação é a febre, geralmente acima de 38°C (não abaixo
de 38°C, como diz a alternativa E), de início abrupto e com duração de dois a sete dias,
associada à cefaleia, astenia, mialgia, artralgia e dor retro-orbitária. Anorexia, náuseas,
vômitos e diarreia também podem se fazer presentes, havendo ocorrência desta última em um
percentual significativo dos casos. A lesão exantemática, presente em grande parte dos casos,
é predominantemente do tipo maculopapular, atingindo face, tronco e membros, não poupando
regiões palmares e plantares. O exantema também pode se apresentar sob outras formas – com
ou sem prurido. Após a fase febril, grande parte dos pacientes recupera-se gradativamente,
com melhora do estado geral e retorno do apetite
Fase crítica: tem início com o declínio da febre (de fervescência), entre o terceiro e o
sétimo dia do início da doença. Os sinais de alarme, quando presentes, ocorrem nessa fase. A
maioria deles é resultante do aumento da permeabilidade capilar. Essa condição marca o início
da piora clínica do paciente e sua possível evolução para o choque, por extravasamento
plasmático. Sem a identificação e o correto manejo nessa fase, alguns pacientes podem evoluir
para as formas graves. Os sinais de alarme são assim chamados por sinalizarem o
extravasamento de plasma e/ou hemorragias que podem levar o paciente a choque grave e
óbito.
Os sinais de alarme da Dengue são os seguintes:
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• Dor abdominal intensa (referida ou à palpação) e contínua;
• Vômitos persistentes;
• Acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico;
• Hipotensão postural e/ou lipotimia;
• Letargia e/ou irritabilidade;
• Hepatomegalia maior do que 2 cm abaixo do rebordo costal;
• Sangramento de mucosa;
• Aumento progressivo do hematócrito.
Os casos graves de dengue são caracterizados por sangramento grave, disfunção grave
de órgãos ou extravasamento grave de plasma. O choque ocorre quando um volume crítico de
plasma é perdido pelo extravasamento. Ocorre habitualmente entre o quarto e o quinto dia –
no intervalo de três a sete dias de doença –, sendo geralmente precedido por sinais de alarme
Fase de recuperação: ocorre após as 24-48 horas da fase crítica, quando uma
reabsorção gradual do fluido que havia extravasado para o compartimento extravascular se dá
nas 48-72 horas seguintes. Observa-se melhora do estado geral do paciente, retorno
progressivo do apetite, redução de sintomas gastrointestinais, estabilização do estado
hemodinâmico e melhora do débito urinário. Alguns pacientes podem apresentar um
exantema, acompanhado ou não de prurido generalizado. Bradicardia e mudanças no
eletrocardiograma são comuns durante esse estágio. (INCORRETA)
Como diferenciar as arboviroses?
Resposta: Alternativa D
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Referências:
GROBUSCH, M. P et al. Can dengue virus be sexually transmitted?. Travel Medicine and
Infectious Disease, Amsterdam, v. 38, nov-dec. 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Dengue Aspectos Epidemiológicos, Diagnóstico e
Tratamento. Brasília: [Ministério da Saúde], 2002.
BRASIL. Ministério da Saúde. Guia de Vigilância em Saúde. Brasília: [Ministério da Saúde],
2021. Disponível em:
<https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/saude/guia_vigilancia_saude_5e
d_21nov2021.pdf>. Acesso em: 06 de ago. de 2022.
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QUESTÃO 37
Mãe de uma criança de 8 anos de idade lhe mostra os seguintes resultados de testes para
a pesquisa de marcadores sorológicos para hepatite A: Anti-HAV total reagente e Anti-HAV
IgM não reagente.
Assinale a alternativa correta quanto à interpretação e conduta.
a) Resultados incompatíveis, repetir os exames em 21 diasb) Infecção passada ou imunidade por contato prévio com o HAV ou por vacina, nenhuma
conduta adicional
c) Infecção aguda pelo HAV, tratamento sintomático e medidas de proteção individual e
coletiva
d) Infecção crônica pela HAV, acompanhamento especializado
e) Paciente suscetível, vacinação
Comentários:
Esta questão é muito fácil e versa sobre marcadores sorológicos para hepatite A. Esta é
uma infecção causada pelo vírus A (HAV) da hepatite, também conhecida como “hepatite
infecciosa”. Geralmente, a hepatite A é uma doença de caráter benigno, contudo, o curso
sintomático e a letalidade aumentam com a idade.
A transmissão da doença é fecal-oral, mas outras formas de transmissão, como o contato
pessoal próximo e contato sexual, também podem ocorrer.
Quando presentes, os sintomas são inespecíficos, podendo se manifestar inicialmente
como: fadiga, mal-estar, febre, dores musculares. Esses sintomas iniciais podem ser seguidos
de sintomas gastrointestinais como: enjoo, vômitos, dor abdominal, constipação ou diarreia.
A presença de urina escura ocorre antes do início da fase em que a pessoa pode ficar com a
pele e os olhos amarelados (icterícia). Os sintomas costumam aparecer de 15 a 50 dias após a
infecção e duram menos de dois meses.
Os marcadores sorológicos da Hepatite A são divididos da seguinte forma:
• Anti-HAV IgM – a presença deste marcador é compatível com infecção recente pelo
HAV, confirmando o diagnóstico de hepatite aguda A. Este marcador surge
precocemente na fase aguda da doença, começa a declinar após a segunda semana e
desaparece após 3 meses.
• Anti-HAV IgG – os anticorpos desta classe não permitem identificar se a infecção é
aguda ou se trata de infecção pregressa. Este marcador está presente na fase de
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convalescença e persiste indefinidamente. É um importante marcador epidemiológico
por demonstrar a circulação do vírus em determinada população.
Em relação ao paciente do enunciado, os seguintes marcadores sorológicos foram
encontrados: Anti-HAV total reagente e Anti-HAV IgM não reagente. Ou seja, trata-se
de uma infecção passada ou imunidade por contato prévio com o HAV ou por vacina, não
sendo necessária nenhuma conduta adicional.
As hepatites virais são um tema muito importante, sendo que as principais questões em
concursos são sobre os marcadores sorológico. Para ajudar a fixar o conteúdo, iremos destacar,
a seguir, os principais marcadores dos cinco tipos de hepatites virais:
Interpretação dos marcadores sorológicos da hepatite A
Resumo das definições de caso de hepatite viral por vírus B, a partir dos resultados
sorológicos
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Interpretação sorológica da hepatite D
Interpretação sorológica da hepatite E
Resposta: Alternativa B
Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Hepatites Virais. Brasília: [Ministério da Saúde], 2007.
Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/07_0044_M2.pdf>. Acesso em:
03 de set. de 2022.
BRASIL. Ministério da Saúde. Hepatite A. Brasília: [Ministério da Saúde], 2020. Disponível
em: < https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/h/hepatites-virais/hepatite-a-
1#:~:text=O%20que%20%C3%A9%20hepatite%20A,letalidade%20aumentam%20com%20
a%20idade.>. Acesso em: 14 de ago. de 2022.
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QUESTÃO 38
Todos os contatos próximos de um caso de doença meningocócica, independentemente
do estado vacinal, deverão receber a quimioprofilaxia. Sobre esse tema, assinale a alternativa
correta.
a) Recomenda-se quimioprofilaxia para todos os profissionais da área de saúde que atenderam
o caso de doença meningocócica
b) Em relação às gestantes, a rifampicina deve ser evitada para quimioprofilaxia, pois há
evidências de que a rifampicina possa apresentar efeitos teratogênicos
c) O ciprofloxacino é alternativa para quimioprofilaxia em adultos
d) A quimioprofilaxia não está indicada para o paciente que teve meningite no momento da
alta, após internação
e) A rifampicina é a droga de escolha em crianças e o ceftriaxone é preferencial em adultos
Comentários:
A doença meningocócica é uma infecção bacteriana aguda. Quando se apresenta na
forma de doença invasiva, caracteriza-se por uma ou mais síndromes clínicas, sendo a
meningite meningocócica a mais frequente delas e a meningococcemia a forma mais grave.
A respeito da quimioprofilaxia da meningite, embora não assegure efeito protetor
absoluto e prolongado, tem sido adotada como uma medida eficaz na prevenção de casos
secundários. Os casos secundários são raros e, geralmente, ocorrem nas primeiras 48 horas a
partir do primeiro caso.
O risco de doença entre os contatos próximos é maior durante os primeiros dias após o
início da doença, o que requer que a quimioprofilaxia seja administrada o mais rápido possível.
A quimioprofilaxia deve ser indicada para todos os contatos próximos de casos
suspeitos de doença meningocócica, que são: os moradores do mesmo domicílio, indivíduos
que compartilham o mesmo dormitório (em alojamentos, quartéis, entre outros), comunicantes
de creches e escolas, e pessoas diretamente expostas às secreções do paciente. A
quimioprofilaxia também está indicada para o paciente no momento da alta ou na internação
no mesmo esquema preconizado para os contatos próximos, exceto se o tratamento da
doença foi realizado com ceftriaxona.
Para os profissionais de saúde que atenderam o caso de doença meningocócica, não há
recomendação de quimioprofilaxia, exceto para aqueles que realizaram procedimentos
invasivos (intubação orotraqueal, passagem de cateter nasogástrico) sem utilização de EPI.
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O antibiótico de escolha para a quimioprofilaxia é a rifampicina, que deve ser
administrada em dose adequada e simultaneamente a todos os contatos próximos,
preferencialmente até 48 horas da exposição à fonte de infecção (doente), considerando o
prazo de transmissibilidade e o período de incubação da doença. Alternativamente, outros
antibióticos como a ciprofloxacino e a ceftriaxona podem ser utilizados.
Esquema quimioprofilático indicado para doença meningocócica
Resposta: Alternativa C
Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Guia de Vigilância em Saúde. Brasília: [Ministério da Saúde],
2017.
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QUESTÃO 39
Considerando as manifestações clínicas causadas pelas das principais bactérias
envolvidas nas doenças diarreicas agudas, assinale a alternativa correta.
a) Casos por E. coli enteropatogênica costuma cursar com febre e fezes disentéricas
b) Casos por Staphylococcus aureus, geralmente cursam com febre alta e diarreia de curta
duração
c) Casos por Salmonella não- tifoide, cursam em geral sem febre, mas com diarreia pastosa e
aquosa, por vezes com sangue, sendo vômito manifestação comum
d) Casos por Yersinia enterocolitica cursam com diarreia mucosa, sem sangue e raramente
com febree) Casos por Shigella podem ser disentéricos, sendo a febre comum e o vômito eventual
Comentários:
Vamos analisar o que dizem as alternativas sobre as diarreias agudas bacterianas:
A) Casos por E. coli enteropatogênica cursam com diarreia aquosa, podendo ser profusa,
febre variável e ausência de fezes disentéricas. (INCORRETA)
B) Casos por Staphylococcus aureus cursam com diarreia de curta duração e pouco
importante. A febre raramente ocorre. (INCORRETA)
C) Casos por Salmonella não tifoide cursam com febre, eventualmente com vômitos,
além de diarreia pastosa, aquosa e, às vezes, com sangue. (INCORRETA)
D) Casos por Yersinia enterocolitica cursam com diarreia mucosa, às vezes, com
presença de sangue. A febre é comum e os vômitos podem ocorrer eventualmente.
(INCORRETA)
E) Casos por Shigella podem ser disentéricos, sendo a febre comum e o vômito
eventual. (CORRETA)
Resposta: Alternativa E
Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Doenças Diarreicas Agudas (DDA). Brasília: [Ministério da
Saúde], 2020. Disponível em: < https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-
z/d/dda>Acesso em: 14 de set. de 2022.
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QUESTÃO 40
Sobre o tratamento das parasitoses intestinais por helmintos, como a ancilositomíase,
ascaridíase e tricuríase em gestantes assinale a alternativa correta.
a) A droga de primeira escolha deve ser o mebendazol
b) A droga de primeira escolha deve ser o albendazol
c) Os anti-helmínticos disponíveis não devem ser usados em gestantes
d) A droga de primeira escolha deve ser o pamoato e pirantel
e) A droga de primeira escolha deve ser o flubendazol
Comentários:
Esta questão gerou muita polêmica nas redes sociais e nos grupos de discussão sobre a
prova. Após uma série de recursos enviados pelos candidatos, a banca (IBFC) decidiu anulá-
la.
O tratamento das parasitoses em gestantes é um tema controverso. A grande maioria dos
casos de helmintoses instestinais é assintomática, entretanto, quadros leves a severos na mãe
e no feto podem ocorrer. Para esses casos, o tratamento medicamentoso com benzimidazólicos
(mebendazol e albendazol) se faz necessário, mas nem todas as diretrizes e estudos
recomendam o uso dessas drogas na gestação.
De acordo com o Ministério da Saúde, por meio do documento Doenças Infecciosas e
Parasitárias: Guia de bolso de 2010, o uso do Mebendazol e Albendazol não é recomendado
para gestantes. Porém, alguns estudos revelam que estas medicações podem ser usadas,
principalmente após o primeiro trimestre da gestação, cabendo ao médico decidir sobre o risco-
benefício do tratamento para mãe e feto, uma vez que ainda não existe um consenso mundial
sobre o tratamento de helmintoses intestinais neste grupo de pacientes.
Resposta: Anulada
Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
Vigilância Epidemiológica. Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso. 8. ed. Brasília
2010. Disponível em: <
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_infecciosas_parasitaria_guia_bolso.pdf
>. Acesso em: 14 de ago. de 2022.
LOVISA, Hevelin, et al. “HELMINTH INFECTIONS IN PREGNANCY : FROM
MATERNAL-FETAL COMMITMENT TO TREATMENT”. Visão Acadêmica, v. 17, n. 1,
ago. 2016. DOI.org (Crossref), https://doi.org/10.5380/acd.v17i1.46308.
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QUESTÃO 41
Sobre a hanseníase, assinale a alternativa incorreta.
a) O resultado negativo da baciloscopia das lesões exclui o diagnóstico da hanseníase
b) A baciloscopia positiva classifica o caso como multibacilar, independentemente do número
de lesões
c) Casos com até 5 lesões de pele são classificados como paucibacilares
d) Casos com mais 5 lesões de pele são classificados como multibacilares
e) A hanseníase indeterminada, como forma inicial, evolui espontaneamente para a cura na
maioria dos casos
Comentários:
A hanseníase é uma doença crônica granulomatosa, proveniente de infecção causada
pelo Mycobacterium leprae, um bacilo álcool-ácido resistente, intracelular obrigatório, sendo
a única espécie de micobactéria que infecta nervos periféricos, especificamente células de
Schwann. Seu modo de transmissão é através da eliminação dos bacilos dos pacientes
multibacilares por via aérea superior, sendo, também, o trato respiratório a mais provável via
de entrada do M. leprae no corpo.
Todas as alternativas da questão estão corretas, com exceção da A.
O diagnóstico da doença é clínico e epidemiológico, realizado por meio da análise da
história e condições de vida do paciente, do exame dermatoneurológico, para identificar lesões
ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos
(sensitivo, motor e/ou autonômico). A baciloscopia de pele deve ser utilizada como exame
complementar para a classificação dos casos em paucibacilar (PB) ou multibaucilar (MB). A
baciloscopia positiva classifica o caso como MB, independentemente do número de lesões. O
resultado negativo da baciloscopia não exclui o diagnóstico de Hanseníase.
(INCORRETA)
Resposta: Alternativa A
Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
Vigilância Epidemiológica. Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso. 8. ed. Brasília
2010. Disponível em: <
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_infecciosas_parasitaria_guia_bolso.pdf
>. Acesso em: 14 de ago. de 2022.
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QUESTÃO 42
Adolescente masculino, 13 anos de idade e 53 kg de peso corporal, tem quadro
confirmado de tuberculose pulmonar. Assinale a alternativa correta que apresenta a prescrição
medicamentosa inicial adequada ao caso.
R – Rifampicina; H – isoniazida; Z – Pirazinamina; E – Etambutol
a) RHZE 150/75/400/275 mg, 4 comprimidos em doses fixas combinadas por 4 meses
b) RHZE 150/75/400/275 mg, 3 comprimidos em doses fixas combinadas por 2 meses
c) RHZE 150/75/400/275 mg, 3 comprimidos em doses fixas combinadas por 4 meses
d) RHZE 150/75/400/275 mg, 4 comprimidos em doses fixas combinadas por 2 meses
e) RHZE 150/75/400/275 mg, 2 comprimidos em doses fixas combinadas por 2 meses
Comentários:
Mais uma questão retirada do Doenças Infecciosas e Parasitárias: Guia de bolso! Uma
importante dica: estude o guia, de preferência todo, mas principalmente as doenças mais
cobradas em provas, como hanseníase, tuberculose, meningite, hepatites virais, malária e
parasitoses.
O objetivo da questão é avaliar os conhecimentos do candidato em relação ao tratamento
da Tuberculose pulmonar em adolescentes.
O tratamento da Tuberculose deve ser feito em regime ambulatorial, supervisionado,
no serviço de saúde mais próximo à residência do paciente. Antes de iniciar a
quimioterapia, é necessário orientar o paciente quanto ao tratamento. Principal estratégia do
novo modelo de atenção ao paciente com Tuberculose, o DOTS, Estratégia de Tratamento
Diretamente Observado, é fator essencial para se promover o real e efetivo controle da
Tuberculose. A estratégia DOTS visa ao aumento da adesão dos pacientes, à maior descoberta
das fontes de infecção (pacientes pulmonares bacilíferos), e ao aumento da cura, reduzindo-se
o risco de transmissão da doença na comunidade.
As drogas usadas, nos esquemas padronizados, são as seguintes:
• Isoniazida – H
• Rifampicina – R
• Pirazinamida– Z
• Etambutol – R
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Esquema básico para adultos e adolescentes (a partir de 10 anos de idade) -
2RHZE/4RH
Indicações:
• Casos novos – de todas as formas de Tuberculose pulmonar e extrapulmonar (exceto
meningoencefalite), infectados ou não pelo HIV.
• Retratamento: recidiva (independentemente do tempo decorrido do primeiro episódio)
ou retorno após abandono com doença ativa.
Este esquema consiste em doses fixas combinadas (DFC) de Rifampicina, Isoniazida,
Pirazinamida e Etambutol por seis meses, sendo dois meses de RHZE seguidos de quatro
meses de RH em doses que variam conforme o peso. Pode ser usado por gestantes em qualquer
período da gestação, em dose plena.
Os casos de Tuberculose associados ao HIV devem ser encaminhados para unidades de
referência (serviços ambulatorial especializado) para tratamento.
Para crianças (<10 anos de idade) a recomendação é o uso de 3 fármacos na 1ª
fase (RHZ) e 2 fármacos na 2ª fase (RH).
• 1ª fase (ou de ataque): as 4 drogas preconizadas serão administradas em comprimidos
compostos por dosagens fixas de Rifampicina – 150mg, Isoniazida – 75mg,
Pirazinamida – 400mg e Etambutol – 275mg.
• 2ª fase (ou de manutenção): as 2 drogas preconizadas serão administradas em
comprimidos com dosagens fixas de Rifampicina – 150mg e Isoniazida – 75mg.
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Voltando à questão, como o paciente tem mais de 50kg, o esquema inicial deve ser feito
com RHZE 150/75/400/275 mg, 4 comprimidos em doses fixas combinadas por 2 meses.
Resposta: Alternativa D
Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
Vigilância Epidemiológica. Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso. 8. ed. Brasília
2010. Disponível em: <
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_infecciosas_parasitaria_guia_bolso.pdf
>. Acesso em: 14 de ago. de 2022.
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QUESTÃO 43
Sobre os métodos diagnósticos de imagem do diagnóstico de pneumonias, analise as
afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta.
I. A ultrassonografia de tórax apresenta maior sensibilidade e menor acurácia do que a
radiografia de tórax na identificação de alterações parenquimatosas.
II. Quando o clínico está seguro do diagnóstico, a realização da radiografia de tórax não é
necessária para dar início ao tratamento, e os antimicrobianos podem ser prescritos.
III. A tomografia computadorizada de tórax é o método mais sensível na identificação de
acometimento infeccioso do parênquima pulmonar.
IV. A ultrassonografia de tórax apresenta alto rendimento na detecção de complicações como
o derrame pleural, além de permitir a visualização de loculações na cavidade.
Estão corretas as afirmativas.
a) I, II e IV apenas
b) I e III apenas
c) II, III e IV apenas
d) IV apenas
e) I, II, III e IV
Comentários:
Esta questão é baseada, integralmente, nas Recomendações para o manejo da
pneumonia adquiri da na comunidade 2018. Vamos avaliar o que dizem as afirmativas
sobre os métodos diagnósticos de imagem das pneumonias:
I. Diferentemente do que diz a questão, a ultrassonografia de tórax (UST) apresenta
maior sensibilidade e maior acurácia do que a radiografia de tórax na identificação de
alterações paranquimatosas. Os principais achados ultrassonográficos na pneumonia
adquirida da comunidade (PAC) são consolidações, padrão intersticial focal, lesões
subpleurais e anormalidades na linha pleural. A especificidade para consolidações é de 100%,
enquanto a radiografia de tórax alcança somente 94% de sensibilidade nesse tipo de alteração.
A ultrassonografia à beira do leito, realizada no serviço de emergência médica, apresenta
uma sensibilidade de 95% contra 60% da radiografia de tórax e um valor preditivo negativo
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de 67% contra 25% da radiografia para PAC. A especificidade é semelhante para os dois
métodos diagnósticos. (INCORRETA)
II. Quando o clínico está seguro do diagnóstico, a realização da radiografia de tórax
não é necessária para dar início ao tratamento. Entretanto, menos de 40% dos médicos são
capazes de diagnosticar pneumonias somente com base no exame físico. Nestes casos, deve
ser realizada a solicitação de radiografia. Este exame também é recomendado quando há
dúvida quanto ao diagnóstico ou necessidade de diagnóstico diferencial com câncer de pulmão,
assim como quando, durante o seguimento do tratamento, a resposta clínica for insatisfatória.
A realização da radiografia de tórax está recomendada para todos os pacientes admitidos ao
hospital. (CORRETA)
III. A TC de tórax é o método mais sensível na identificação de acometimento
infeccioso do parênquima pulmonar.
É um exame útil principalmente nos casos em que a acurácia da radiografia de tórax e
da UST é baixa, como em pacientes obesos, imunossuprimidos e indivíduos com alterações
radiológicas prévias. Além disso, a TC de tórax está indicada na suspeita de infecções
fúngicas e para auxiliar na exclusão de outros diagnósticos em casos selecionados. A
utilização de TC, empregada em pacientes com suspeita de PAC na unidade de emergência
em um estudo, proporcionou 16% de diagnósticos ou achados alternativos, como
tromboembolismo pulmonar e neoplasias, e, em 8% deles, houve diagnóstico de tuberculose
pulmonar. (CORRETA)
IV. A ultrassonografia de tórax apresenta alto rendimento na detecção de complicações
como o derrame pleural, além de permitir a visualização de loculações na cavidade.
(CORRETA)
Resposta: Alternativa C
Referências:
XAVIER, H. T. V et al. Recomendações para o manejo da pneumonia adquirida na
comunidade 2018. Jornal Brasileiro de Pneumologia, Belo Horizonte, v. 44, n. 5, p. 405-
425, out. 2018.
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QUESTÃO 44
Assinale a alternativa que preencha corretamente a lacuna. Você atende uma criança
feminina de 4 anos e 6 meses de idade, com antecedente asmático, que apresenta apenas
sibilância viral e raros sintomas episódicos. A criança não faz uso de nenhum medicamento
no momento. A conduta mais recomendada seria ________________.
a) Corticoide inalatório em dose baixa quando necessário
b) β2-agonista de curta duração por demanda.
c) Corticoide inalatório em dose baixa diariamente
d) Corticoide inalatório em dose baixa diariamente mais um mais β2-agonista de longa duração
por demanda
e) Apenas orientações quanto à prevenção de crises e medidas ambientais
Comentários:
Para acertar esta questão, o candidato deveria ter conhecimento acerca do manejo da
asma de acordo com diferentes faixas etárias.
A “pegadinha” da questão é fazer com que o candidato pense que o tratamento inicial
do paciente em questão poderia ser feito com corticoide inalatório em doses baixas
diariamente. Contudo, de acordo com as Recomendações para o manejo da asma da
Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia – 2020, esta seria uma recomendação
para pacientes com idadeentre 6 e 11 anos. Nos portadores de asma com idade < 6 anos, a
etapa I do tratamento é feita com uso de β2-agonista de curta duração por demanda.
A seguir, resumiremos o manejo da asma em diferentes faixas de idade, de acordo
com as recomendações da SBPT:
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Manejo da asma em crianças com idade entre 6 e 11 anos
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Manejo da asma em pacientes com idade maior ou igual a 12 anos.
Resposta: Alternativa B
Referências:
PIZZICHINI, M. M. M et al. Recomendações para o manejo da asma da Sociedade Brasileira
de Pneumologia e Tisiologia – 2020. Jornal Brasileiro de Pneumologia, Brasília, v. 46, n. 1,
p. 1-20, out. 2020.
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QUESTÃO 45
Assinale a alternativa que preencha correta e respectivamente as lacunas. Os exames
periódicos para o rastreamento do câncer de colo uterino devem seguir até os _______ anos
de idade e, naquelas mulheres sem história prévia de doença neoplásica pré-invasiva,
interrompidos quando essas mulheres tiverem pelo menos dois exames negativos consecutivos
nos últimos ________ anos.
a) 69 / 3
b) 69 / 5
c) 59 / 3
d) 59 / 5
e) 64 / 5
Comentários:
De acordo com o Ministério da Saúde, o rastreamento do câncer do colo do útero deve
ser realizado pelo exame citológico.
As recomendações a respeito do rastreamento são as seguintes:
• O início da coleta deve ser aos 25 anos para as mulheres que já tiveram ou têm
atividade sexual.
• O rastreamento antes dos 25 anos deve ser evitado.
• Os dois primeiros exames devem ser realizados com intervalo anual e, se ambos
os resultados forem negativos, os próximos devem ser realizados a cada 3 anos.
• Os exames periódicos devem seguir até os 64 anos de idade e, naquelas mulheres
sem história prévia de doença neoplásica pré-invasiva, interrompidos quando
essas mulheres tiverem pelo menos dois exames negativos consecutivos nos
últimos cinco anos.
• Para mulheres com mais 64 anos de idade e que nunca se submeteram ao exame
citopatológico, deve-se realizar dois exames com intervalo de um a três anos. Se
ambos os exames forem negativos, essas mulheres podem ser dispensadas de
exames adicionais.
Após estudarmos as recomendações acima, não restam dúvidas que a alternativa correta seria
a “E”. Entretanto, por algum motivo desconhecido, a questão foi anulada.
Resposta: ANULADA
Referências: BRASIL. Ministério da Saúde. DIRETRIZES BRASILEIRAS PARA O
RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO. 2 ed. Rio de Janeiro:
[Ministério da Saúde], 2016.
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QUESTÃO 46
A partir da mamografia de rastreamento de uma paciente de 57 anos, mostraram-se
achados provavelmente benignos, com classificação BI-RADS 3. Assinale a alternativa
correta, acerca da conduta a ser tomada.
a) Manter rotina de rastreamento
b) Repetir a mamografia em 1 ano
c) Biópsia mamária
d) Controle radiológico por três anos (semestral no primeiro ano e anual nos segundo e terceiro
anos)
e) Punção aspirativa de mama por agulha fina
Comentários:
A questão traz o caso de uma paciente de 57 anos com mamografia classificada como
BI-RADS 3. Antes de respondê-la, vamos fazer uma breve revisão do rastreamento e
diagnóstico do câncer de mama, que é o tipo de neoplasia mais comum entre as mulheres em
todo o mundo. Relativamente raro antes dos 35 anos de idade, tem seu pico de incidência
especialmente após os 50 anos.
As diretrizes para detecção precoce do câncer de mama no Brasil recomendam o
rastreamento mamográfico bienal para mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos.
A partir da mamografia de rastreamento, as possíveis condutas preconizadas pelo
sistema BI-RADS® para os casos alterados (suspeitos), ou seja, resultados BI-RADS®
diferentes de 1 e 2, são: realização de incidências ou manobras, controle radiológico
(mamografia), ultrassonografia mamária e investigação diagnóstica com a realização de
biópsia. O resultado da biópsia confirmará os casos malignos, o quais necessitarão de
tratamento para câncer de mama em unidade terciária.
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Voltando à paciente do enunciado, uma mamografia BI-RADS 3 tem como conduta o
controle radiológico por três anos (semestral no primeiro ano e anual nos segundo e terceiro
anos). Confirmando estabilidade da lesão, volta à rotina. A biópsia eventualmente pode ser
feita.
Resposta: Alternativa D
Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. PARÂMETROS TÉCNICOS PARA O
RASTREAMENTO DO CÂNCER DE MAMA. 2 ed. Rio de Janeiro: [Ministério da Saúde],
2021.
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QUESTÃO 47
Assinale a alternativa que preencha corretamente a lacuna. As situações de exposição
ao HIV constituem atendimento de urgência, em função da necessidade de início precoce da
profilaxia para maior eficácia da intervenção. Havendo critérios para a profilaxia, esta deve
ser feita em adultos com o uso de _____________.
a) 1 comprimido coformulado de tenofovir / lamivudina 300mg / 300mg + 1 comprimido de
dolutegravir 50mg ao dia por 28 dias
b) 1 comprimido coformulado de tenofovir / lamivudina 300mg / 300mg por dia por 7 dias
c) 1 comprimido coformulado de tenofovir / lamivudina 300mg / 300mg por dia por 28 dias
d) 1 comprimido coformulado de tenofovir / lamivudina 300mg / 300mg + 1 comprimido de
dolutegravir 50mg ao dia por 7 dias
e) 1 comprimido coformulado de tenofovir / lamivudina 300mg / 300mg + 1 comprimido de
dolutegravir 50mg em dose única
Comentários:
Esta questão é interessante e versa sobre a Profilaxia Pós-Exposição ao HIV.
Aproveitando o ensejo, falaremos também da profilaxia Pré-Exposição ao HIV, outro tema
muito cobrado em provas.
A profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP) consiste no uso de antiretrovirais (ARV) para
reduzir o risco de adquirir a infecção pelo HIV. Essa estratégia se mostrou eficaz e segura em
pessoas com risco aumentado de adquirir a infecção. Determinados segmentos populacionais,
devido a vulnerabilidades específicas, estão sob maior risco de se infectar pelo HIV. Essas
populações devem ser alvo prioritário para o ouso de PreP.
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Já a Profilaxia Pós-Exposição (PEP) ao HIV consiste no uso de medicamentos para
reduzir o risco de adquiriressa infecção.
O esquema antirretroviral (ARV) da PEP para HIV foi simplificado na atualização do
PCDT, em 2015, com recomendações de profilaxia pela avaliação do risco da situação de
exposição e não mais por categoria de exposição (acidente com material biológico, violência
sexual e exposição sexual consentida).
No atendimento inicial, após a exposição ao HIV, é necessário que o profissional avalie
como, quando e com quem ocorreu a exposição. Quatro perguntas direcionam o
atendimento para decisão da indicação ou não da PEP:
1. O tipo de material biológico é de risco para transmissão do HIV?
2. O tipo de exposição é de risco para transmissão do HIV?
3. O tempo transcorrido entre a exposição e o atendimento é menor que 72 horas?
4. A pessoa exposta é não reagente para o HIV no momento do atendimento?
Se todas as respostas forem SIM, a profilaxia para HIV está indicada.
Quais são as exposições com risco de infecção envolvidas na transmissão do HIV?
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Qual o limite de tempo para inicio da PEP?
O primeiro atendimento após a exposição ao HIV é uma urgência. A PEP deve ser
iniciada o mais precocemente possível, tendo como limite 72 horas subsequentes à exposição.
Nos casos em que o atendimento ocorrer após 72 horas da exposição, não está mais
indicada a profilaxia ARV. Entretanto, se o material e o tipo de exposição forem de risco,
recomenda-se acompanhamento sorológico.
Esquema antirretroviral para PEP
O esquema preferencial de PEP deve incluir combinações de três ARV, sendo dois
inibidores da transcriptase reversa análogos de nucleosídeo (ITRN) associados a outra classe
(inibidores da transcriptase reversa não análogos de nucleosídeo – ITRNN, inibidores da
protease com ritonavir – IP + RTV ou inibidores da integrase – INI).
O esquema antirretroviral indicado pelo Ministério da Saúde é o seguinte:
1 comprimido coformulado de Tenofovir (TDF) / lamivudina (3T) 300mg / 300mg + 1
comprimido de dolutegravir (DTG) 50mg em dose única
Resposta: Alternativa A
Referências: BRASIL. Ministério da Saúde. PROTOCOLO CLÍNICO E DIRETRIZES
TERAPÊUTICAS PARA PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO (PEP) DE RISCO À
INFECÇÃO PELO HIV, IST E HEPATITES VIRAIS. 2 ed. Brasília: [Ministério da
Saúde], 2021.
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QUESTÃO 48
Quanto as recomendações às vítimas de violência sexual, analise as afirmativas abaixo
e dê valores verdadeiro (V) ou falso (F).
( ) Anticoncepção de emergência
( ) Profilaxia das infecções sexualmente transmissíveis não virais e do HIV
( ) Realização de testagem rápida para HIV, sífilis, hepatites virais B e C
( ) Atendimento clínico-laboratorial imediato e encaminhar para tratamento psicológico e
social.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.
a) V - V - V - V
b) V - V - V - F
c) F - F - F - V
d) V - F - V - F
e) F - V - F - V
Comentários:
Vamos analisar se as alternativas são verdadeiras ou falsas:
I. A anticoncepção de emergência (AE) deve ser prescrita para todas as mulheres e
adolescentes expostas à gravidez, através de contato certo ou duvidoso com sêmen,
independente do período do ciclo menstrual em que se encontrem, que tenham tido a primeira
menstruação e que estejam antes da menopausa.
A AE é desnecessária se a mulher ou a adolescente estiver usando regularmente método
anticonceptivo de elevada eficácia no momento da violência sexual, a exemplo do
anticoncepcional oral ou injetável, esterilização cirúrgica ou DIU.
O mecanismo de ação da AE, se utilizada na primeira fase do ciclo menstrual, altera o
desenvolvimento dos folículos, impedindo a ovulação ou a retardando por vários dias. Usada
na segunda fase do ciclo menstrual, após a ovulação, a AE atua modificando o muco cervical,
tornando-o espesso e hostil, impedindo ou dificultando a migração sustentada dos
espermatozoides do trato genital feminino até as trompas em direção ao óvulo.
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O método de primeira escolha da AE hormonal consiste no uso exclusivo do
levonorgestrel, na dose total de 1,5 mg, em dose única. Nas apresentações comerciais
contendo 0,75 mg de levonorgestrel, recomenda-se o uso de dois comprimidos, via oral, em
dose única.
A AE deve ser realizada quanto antes possível, dentro do limite de cinco dias da
violência sexual. Outro método de AE, conhecido como método de Yuzpe, utiliza
anticonceptivos hormonais orais combinados. Este consiste na administração de um estrogênio
associado a um progestágeno sintético, administrados até cinco dias após a violência. A
associação mais estudada, recomendada pela Organização Mundial da Saúde, é a que contém
dose total de 0,2 mg de etinil-estradiol e de 1 mg de levonorgestrel, dividida em duas doses
iguais, em intervalo de 12 horas. (VERDADEIRA)
II. A profilaxia das DST não virais em mulheres que sofreram violência sexual visa aos
agentes mais prevalentes e de repercussão clínica relevante. Está indicada nas situações de
exposição com risco de transmissão dos agentes, independentemente da presença ou gravidade
das lesões físicas e idade da mulher.
A profilaxia para as DST não virais deve feita da seguinte forma:
Profilaxia das DST não Virais em Adultos e Adolescentes com mais de 45 Kg não Gestantes
Profilaxia das DST não virais em gestantes, crianças e adolescentes com < 45 kg
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A quimioprofilaxia antirretroviral para HIV está recomendada em todos os casos de
penetração vaginal e/ou anal nas primeiras 72 horas após a violência, inclusive, se o status
sorológico do agressor for desconhecido.
Em mulheres adultas e adolescentes, recomenda-se usar a associação da zidovudina
(AZT) 300mg e lamivudina (3TC) 150mg (inibidores da transcriptase reversa),
preferentemente combinados na mesma formulação, utilizando um comprimido a cada 12
horas. O lopinavir-r (LPV/r) deve ser administrado na dose de dois comprimidos a cada 12
horas. (VERDADEIRA)
III. A coleta imediata de sangue e de amostra do conteúdo vaginal, realizadas no
momento de admissão da vítima de violência sexual, é necessária para estabelecer a eventual
presença de DST, HIV ou hepatite prévias à violência sexual. Entretanto, tal coleta não deve
retardar o início da profilaxia. Deve ser realizada testagem rápida para HIV, sífilis, hepatites
virais B e C. (VERDADEIRA)
IV. Os hospitais devem oferecer às vítimas de violência sexual atendimento
emergencial, integral e multidisciplinar, visando ao controle e ao tratamento dos agravos
físicos e psíquicos decorrentes de violência sexual, e encaminhamento, se for o caso, aos
serviços de assistência social.
Nos serviços de saúde, o atendimento da pessoa em situação de violência dispensa a
apresentação do Boletim de Ocorrência (BO). Entretanto, cabe às instituições de saúde,
conforme a Lei nº 12.845/2013, Art. 3º, III, estimular o registro da ocorrência e os demais
trâmites legais para encaminhamento aos órgãos de medicina legal, no sentido de diminuir a
impunidade dos(as) autores(as) de agressão. Quanto ao atendimento de crianças e
adolescentes, é obrigatória a comunicação ao Conselho Tutelar.Nos casos de violência contra
pessoas idosas, é obrigatório comunicar a um dos seguintes órgãos: autoridade policial,
Ministério Público, Conselho Municipal, Estadual ou Nacional do Idoso.
O atendimento deve ser feito de acordo com as seguintes etapas: acolhimento, registro da
história, exames clínicos e ginecológicos, coleta de vestígios, contracepção de emergência,
profilaxias para HIV, IST e Hepatite B, comunicação obrigatória à autoridade de saúde em
24h por meio da ficha de notificação da violência, exames complementares, acompanhamento
social e psicológico, e seguimento ambulatorial.
A afirmativa é incorreta, uma vez que o encaminhamento para assistência social deve
ser feito somente em casos selecionados. (FALSA)
Resposta: Alternativa B
Referências: BRASIL. Ministério da Saúde. ATENÇÃO HUMANIZADA ÀS PESSOAS
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA SEXUAL COM REGISTRO DE INFORMAÇÕES
E COLETA DE VESTÍGIOS. Brasília: [Ministério da Saúde], 2015.
BRASIL. Ministério da Saúde. PREVENÇÃO E TRATAMENTO DOS AGRAVOS
RESULTANTES DA VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA MULHERES E
ADOLESCENTES. Brasília: [Ministério da Saúde], 2012.
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QUESTÃO 49
Assinale a alternativa que preencha corretamente a lacuna. Resultado falso negativo
para galactosemia, após teste do pezinho pode ocorrer em mãe ____________.
a) Com deficiência de vitamina B12
b) Com deficiência de carnitina
c) Em uso de corticoide inalatório
d) Em uso de propiltiouracil para tratamento do hipertireoidismo
e) Transfundida com hemácias
Comentários:
Esta é uma questão difícil, a qual aborda as condições maternas que afetam a triagem
neonatal no RN (teste do pezinho). Dentre as alternativas citadas, a única que pode causar
falso negativo para galactosemia é a E (mãe transfundida com hemácias).
Existem várias condições maternas que podem afetar a triagem neonatal, causando
falso positivos ou falso negativos. Recomendo o estudo da tabela abaixo para maior fixação
do conteúdo.
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Condições maternas que afetam a triagem neonatal no RN
Resposta: Alternativa E
Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Triagem Neonatal Biológica – Manual Técnico. Brasília:
[Ministério da Saúde], 2016.
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QUESTÃO 50
Sobre os sopros cardíacos em crianças, analise as afirmativas abaixo e assinale a
alternativa correta.
I. Os sopros sistêmicos de regurgitação, ou holossistólico, nunca são sopros inocentes.
II. Os sopros diastólicos são sempre patológicos.
III. Os sopros contínuos podem significar uma condição não patológica.
IV. A transmissão do sopro também é um dado indicativo de cardiopatia.
Estão corretas as afirmativas.
a) I, II e IV apenas
b) I e III apenas
c) II, III e IV apenas
d) IV apenas
e) I, II, III e IV
Comentários:
Esta questão foi retirada na íntegra do artigo “Avaliação do sopro cardíaco na infância”,
publicado pela Sociedade Brasileira de Pediatria em 2003.
Vamos analisar a veracidade das afirmativas:
I. Os sopros sistêmicos de regurgitação, ou holossistólico, nunca são sopros inocentes e
associam-se à CIV ou estenoses mitral ou tricúspide. (VERDADEIRA)
II. Os sopros diastólicos são sempre patológicos e decorrem das insuficiências aórtica
ou pulmonar e das estenose e alterações de fluxo através das valvas mitral e tricúspide.
(VERDADEIRA)
III. Os sopros contínuos se associam à persistência do canal arterial, coarctação de aorta,
estenose de artéria pulmonar. No entanto, pode estar associada a condições não patológicas,
como o zumbido venoso. (VERDADEIRA)
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IV. A transmissão do sopro é um dado indicativo de cardiopatia. Por exemplo, um sopro
sistólico de ejeção, nos focos da base, que se transmite para o pescoço, sugere sopro aórtico.
Por outro lado, aquele que se transmite para a região dorsal sugere sopro pulmonar.
(VERDADEIRA)
Resposta: Alternativa E
Referências:
KOBINGER, M. E. B. A. Avaliação do sopro cardíaco na infância. Jornal de Pediatria, São
Paulo, v. 79, n. 1, p. 87-96, out. 2003. Disponível em: <
https://www.scielo.br/j/jped/a/hGTBnbDKsL4kVQZFGJ3cgjy/?format=pdf&lang=pt#:~:text
=A%20transmiss%C3%A3o%20do%20sopro%20tamb%C3%A9m,regi%C3%A3o%20dorsa
l%20sugere%20sopro%20pulmonar.>. Acesso em: 12 de set. de 2022.
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