Prévia do material em texto
Doença Pulmonar
Obstrutiva Crônica:
Enfisema e Bronquite Crônica
Arthur A. B. Carvalho
Histologia
https://mol.icb.usp.br/wp-content/uploads/18-20.jpg
https://1.bp.blogspot.com/-rdIGL_4SN-8/UmpJaMNSQjI/AAAAAAAAAYQ/573KpP8lB98/s1600/1+imagem.jpg
PONTOS CHAVE, GOLD 2020
DPOC
n A exposição a gases e partículas nocivas provoca nos
pulmões uma resposta inflamatória, que, quando
exacerbada, causará alterações estruturais, como
estreitamento das pequenas vias aéreas e destruição do
parênquima pulmonar.
n Estas alterações provocarão redução da tração elástica que
mantém as vias aéreas distais abertas, causando seu
fechamento precoce, principalmente durante a expiração e
resultando em obstrução ao fluxo aéreo.
DPOC-Conceito
n O desenvolvimento progressivo da limitação ao fluxo aéreo,
que não é totalmente reversível, decorrente de uma
exposição a uma série de fatores como a inalação de gases
tóxicos e partículas nocivas, associada à resposta
inflamatória anormal dos pulmões a esta exposição define a
doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Global strategy for the diagnosis,
management, and prevention of chronic obstructive pulmonary disease: Executive summary 2006. Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD).
Available from http://www.goldcopd.org.
n Para a OMS e GOLD a DPOC é definida como uma
redução da relação do VEF1/ CVF ( volume expiratório
final no primeiro segundo/ capacidade vital forçada)
n VEF1 << menor que 70%
DPOC
Epidemiologia Breve
n No Mundo 50.000.000 são acometidas
n No Brasil 7.000.000 de casos
n 275.000 internações/ano
n 5° causa de morte no mundo 3.000.000/ano
n Brasil morrem 40 mil pessoas/ano
n Nos últimos 20 anos aumentou em 370% o numero
de casos
DOENÇAS PUMONARES OBSTRUTIVAS.
PROTÓTIPOS:
ENFISEMA.
BRONQUITE CRÔNICA.
ASMA.
BRONQUIECTASIA.
DPOC:
DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS CRÔNICAS.
ENFISEMA.
BRONQUITE CRÔNICA.
BRONQUITE: ± 50% NÃO DESENVOLVEM ENFISEMA.
NÃO FUMANTES: 10%.
Conceitos
Enfisema Pulmonar
n Permanente e Anormal
aumento dos espaços
aéreos distais ao
bronquíolo terminal,
acompanhada de
destruição de suas
paredes, sem fibrose óbvia;
n É considerado um
diagnóstico
Histopatológico
Bronquite Crônica
n Tosse produtiva por mais
de três meses, durante dois
anos consecutivos.
n A tosse é ocasionada por
hipersecreção de muco,
não necessariamente com
obstrução do fluxo aéreo
pulmonar
DX da DPOC
DPOC- Radiologia
http://www.rb.org.br/imagens/v40n215f1.gif
DPOC- Macroscopia
http://enfisemapulmonar.com/wp-content/images/enfisema-
pulmonar-2.jpg
http://oqueeh.com.br/wp-
content/uploads/2011/11/enfisema-
pulmonar.jpg
SVO/2013
Diferenças Clínicas entre
Enfisema e Bronquite Crônica
Enfisema
n Em pacientes com enfisema
grave, a tosse é frequentemente
discreta, mas a hiperdistensão
torácica é pronunciada;
n Apresentam baixa capacidade
de difusão, e os valores da
gasometria são relativamente
normais.
n A hipervetilação auxilia a
mantê-los bem oxigenados:
soparadores rosados
( PINK PUFFERS)
Bronquite Crônica
n Os pacientes com bronquite
crônica frquentemente
apresentam um história de
infecções recorrentes e escarro
purulento abundante, seguido
de hipercapnia e hipoxemia
grave (Pletóricos azulados
n ( BLUE BLOATERS);
n Uma das complicações é o Cor
pulmonalle, seguida de ICC
congestiva e Hipertensão
Pulmonar secundária)
PINK PUFFER/ROSA SOPRADOR BLUE BLOATER/ AZUL PLETÓRICO
PATOGENIA
Barnes P. N Engl J Med 2000;343:269-280
Mechanisms of Airflow Limitation in Chronic Obstructive Pulmonary Disease
Inflamatory Mechanisms in COPD
Cigarette smoke and other irritants activate
macrophages and airway epithelial cells in the
respiratory tract, which release neutrophil
chemotactic factors, including interleukin-8 and
leukotriene B4.
Neutrophils and macrophages then release
proteases that break down connective tissue in the
lung parenchyma, resulting in emphysema, and
also stimulate mucus hypersecretion.
Proteases are normally counteracted by protease
inhibitors, including {alpha}1-antitrypsin,
secretory leukoprotease inhibitor, and tissue
inhibitors of matrix metalloproteinases.
Cytotoxic T cells (CD8+ lymphocytes) may also be
involved in the inflammatory cascade. MCP-1
denotes monocyte chemotactic protein 1, which is
released by and affects macrophages.
DILATAÇÃO ANORMAL E PERMANENTE DOS ESPAÇOS
AÉREOS DISTAIS AO BRONQUÍOLO TERMINAL,
ACOMPANHADO PELA DESTRUIÇÃO DAS PAREDES,
SEM FIBROSE ÓBVIA.
TIPOS:
1) CENTRO-ACINAR (CENTROLOBULAR).
2) PANLOBULAR (PAN-ACINAR).
1) PARASSEPTAL.
2) IRREGULAR (PERICICATRICIAL).
Histopathological Features of Enphysema
Anatpat. unicamp
BRONQUÍOLOS RESPIRATÓRIOS E ÁCINOS:
A) NORMAIS.
B) PANLOBULAR (PAN-ACINAR).
C) PARASEPTAL.
D) CENTRO-ACINAR >CENTROLOBULAR.
E) IRREGULAR (CICATRICIAL).
CLASSIFICAÇÃO DE HINSHAW, ESQUEMA DE THURLBECK.
Centro-acinar:
Segmentos apicais lesões
localizadas afeta bronquíolos
respiratórios alvéolos distais
poupados
Panacinar:
Ácinos aumentados
Uniformemente
Bronquíolo respiratório
Aos alvéolos
Seguimentos inferiores
Deficiência alfa1
Parasseptal:
Parte proximal ácino poupada
Parte distal do ácino afetada
Metade superior dos pulmões
Irregular:
Associado à cicatrização
Àcino dilatado irregularmente
ÁPICES PULMONARES.
HOMENS: 50 A 60 ANOS.
TABAGISTAS.
BASES PULMONARES.
HOMENS IDOSOS.
PERIFERIA DOS LÓBULOS.
BOLHAS SUBPLEURAIS.
As partes centrais ou proximais dos
ácinos, formadas por Bronquíolos
respiratórios são afetadas, enquanto os
os alveolos distais são poupados.
As lesões são frequentemente
localizadas e, em geral mais graves nos
lobos superiores, particularmente nos
segmentos apicais
Antracose em fumantes inveterados
ENFISEMA
CENTROACINAR
Enfisema centrolobular
Enfisema Panacinar
Enfisema Irregular
Ácinos
envolvidos de
forma
irregular
Pneumotórax
em pacientes
jovens
Tipo de
enfisema
mais comum
associado à
cicatrização
por fibrose
A parte proximal do ácino está normal
e a porção distal do ácino está afetada
ENFISEMA BOLHOSO ou
ENFISEMA PARASEPTAL
BRONQUITE:
AGUDA.
CRÔNICA.
DEFINIÇÃO:
COMPROMETIMENTO INFLAMATÓRIO DOS BRÔNQUIOS
tosse produtiva persistente por pelo menos três meses
nos dois últimos anos consecutivos
CONCEITO AMPLIADO:
INCLUI COMPROMETIMENTO DA TRAQUÉIA E DAS VIAS
AÉREAS SUPERIORES:
“NASO-FARINGO-LARINGO-TRÁQUEO-BRONQUITE”.
BRONQUITE AGUDA:
GERALMENTE CAUSADA POR VÍRUS.
BRONQUITE CRÔNICA:
PRINCIPAIS CAUSAS:
TABAGISMO.
INFECÇÕES.
POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA.
n Bronquite crônica: tosse persistente com
produção de escarro por, pelo menos, três meses
do ano, em no mínimo dois anos consecutivos;
n Bronquite crônica simples: tosse produtiva, mas
não tem evidências de obstrução do fluxo aéreo;
n Bronquite crônica obstrutiva: tosse produtiva,
obstrução do fluxo aéreo e associação possível com
enfisema.
Classificação
n Irritação crônica por
substâncias nocivas
n Hipersecreção de muco
nas vias aéreas associada
à hiperplasia das
glândulas submucosas na
traquéia e nos brônquios
n Alterações obstrutivas
vias aéreas distais
(bronquíolos)
Hiperemia
Intumescimento
Edema de mucosas
Secreção mucinosa abundante
Rolhões de muco e pus que
preenchem os brônquios e
bronquíolos
Bronquite Crônica: Histopatologia
n Metaplasia de células caliciformes
n Grumos de macrófagos aoveolares
n Infiltração inflamatória
n Fibrose da parede bronquiolar
n Irritação crônica por substâncias
nocivas
n Hipersecreção de muco nas vias
aéreas associada à hiperplasia das
glândulas submucosas na traquéia e
nos brônquios
n Alterações obstrutivas vias aéreas
distais (bronquíolos)
Bronquite Crônica: Histopatologia
n Metaplasia de células caliciformes
n Grumos de macrófagos aoveolares
n Infiltração inflamatória crônica
n Fibrose da parede bronquiolar
n Irritação crônica por substâncias
nocivas
n Hipersecreção de muco nas vias
aéreas associada à hiperplasia das
glândulas submucosas na traquéiae
nos brônquios
n Alterações obstrutivas vias aéreas
distais (bronquíolos)
Enfisema X Bronquite crônica
Diferenças Patológicas
n Enfisema:
n Afeta àcinos
n Aumento do espaço
aéreo
n Fumaça de tabaco
n Tosse, dispnéia
n Deficiência alfa1
antitripsina
n Bronquite crônica:
n Afeta brônquios
n Hiperplasia de glândulas
mucosas, hipersecreção
n Fumaça de tabaco,
poluentes atmosféricos
n Tosse, produção de
escarro
n Infecções associadas
DPOC- Complicações
n Pneumotórax e Colapso pulmonar massivo
n Acidose respiratória e coma
n Insuficiência cardíaca direita
n Exacerbação
Exacerbação na DPOC
n Aumento dos sintomas e piora da função
pulmonar, caracterizando-se tipicamente por
uma dispneia com aumento da produção de
escarro e/ou mudança na característica deste (
torna-se purulento.
n Causa mais comum de internação com
infecções associadas
n Aumento de eosinófilos nas vias aéreas.
Exacerbação na DPOC
n Critérios cardinais da GOLD para classificação:
1) Piora da dispneia
2) Aumento da produção de escarro
3) Escarro que se torna purulento
Leve>> 1 dos critérios cardinais+ 1 achado adicional
Moderada>> 2 ou 3 critérios cardinais
Acentuada>> presença de três critérios cardinais
Referências
Robbins e Cotran 9º edição
Imagens >>http://www.pathologyoutlines.com
Anatpat unicamp
Agradecimentos ao prof. Mauricio Sergio Brasil Leite