Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

MINISTÉRIO DA SAÚDE 
CONSELHO NACIONAL DE SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL 
CONHECENDO E 
CONSTRUINDO A SAÚDE 
PELO AMBIENTE
PROGRAMA SAÚDE COM AGENTE
E-BOOK 17
Brasília – DF 
2023  
MINISTÉRIO DA SAÚDE 
CONSELHO NACIONAL DE SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL 
CONHECENDO E 
CONSTRUINDO A SAÚDE 
PELO AMBIENTE
PROGRAMA SAÚDE COM AGENTE
E-BOOK 17
Brasília – DF 
2023  
2023 Ministério da Saúde.
Esta obra é disponibilizada nos termos da Licença Creative Commons – Atribuição – Não Comercial – 
Compartilhamento pela mesma licença 4.0 Internacional. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, 
desde que citada a fonte.
A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada, na íntegra, na Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde: 
bvsms.saude.gov.br
Elaboração, distribuição e informações:
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Gestão do Trabalho e da 
Educação na Saúde
Departamento de Gestão da Educação na 
Saúde
Coordenação-Geral de Ações Educacionais
SRTVN 701, Via W5 Norte, lote D, 
Edifício PO 700, 4º andar 
CEP: 70719-040 – Brasília/DF 
Tel.: (61) 3315-3394 
E-mail: sgtes@saude.gov.br
 
Secretaria de Atenção Primária à Saúde:
Departamento de Saúde da Família
Esplanada dos Ministérios Bloco G,
 7º andar 
CEP: 70058-90 – Brasília/DF 
Tel.: (61) 3315-9044/9096 
E-mail: aps@saude.gov.br
 
Secretaria de Vigilância em Saúde:
SRTVN 701, Via W5 Norte, lote D,
Edifício PO 700, 7º andar 
CEP: 70719-040 – Brasília/DF 
Tel.: (61) 3315.3874 
E-mail: svs@saude.gov.br
 
CONSELHO NACIONAL DE SECRETARIAS 
MUNICIPAIS DE SAÚDE – Conasems
Esplanada dos Ministérios, Bloco G, Anexo B, 
Sala 144
Zona Cívico-Administrativo, Brasília/DF
CEP: 70058-900
Tel.:(61) 3022-8900
Núcleo Pedagógico do Conasems
Rua Professor Antônio Aleixo, 756 
CEP: 30180-150 Belo Horizonte/MG 
Tel: (31) 2534-2640
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
Av. Paulo Gama, 110 - Bairro Farroupilha - 
Porto Alegre - Rio Grande do Sul
CEP: 90040-060 
Tel: (51) 3308-6000
 
Coordenação-geral:
Cristiane Martins Pantaleão – Conasems
Hishan Mohamad Hamida – Conasems
Leandro Raizer – UFRGS
Luciana Barcellos Teixeira – UFRGS
Marcelo A. C. Queiroga Lopes – MS
Roberta Shirley A. de Oliveira – MS
Rodrigo dos Santos Santana – MS
Direção técnica:
Rodrigo dos Santos Santana – MS
Organização:
Núcleo Pedagógico do Conasems
 
Supervisão-geral:
Rubensmidt Ramos Riani
Coordenação técnica e pedagógica:
Cristina Crespo
Valdívia Marçal 
Elaboração de texto:
Marla Fernanda Kuhn
 
Revisão técnica:
Andréa Fachel Leal– UFRGS
Diogo Pilger – UFRGS
Érika Rodrigues De Almeida – SAPS/MS
Fabiana Schneider Pires – UFRGS
José Braz Damas Padilha – SVS/MS
Kelly Santana – Conasems
Michelle Leite da Silva – SAPS/MS
Patrícia Campos – Conasems
Rubensmidt Ramos Riani – SGTES/MS
Designer educacional:
Alexandra Gusmão – Conasems
Juliana de A. Fortunato – Conasems
Pollyanna Lucarelli – Conasems
Priscila Rondas – Conasems
Colaboração:
Antonio Jorge de Souza Marques – 
Conasems
Daniela Riva Knauth - UFRGS
Josefa Maria de Jesus – SGTES/MS
Katia Wanessa Silva – SGTES/MS
Marcela Alvarenga de Moraes – Conasems
Marcia Cristina Marques Pinheiro – 
Conasems
Rejane Teles Bastos – SGTES/MS
Rosângela Treichel – Conasems
Suellen da Silva Ferreira– SGTES/MS
 
Assessoria executiva:
Conexões Consultoria em Saúde LTDA
Antonio Jorge de Souza Marques – 
Conasems
Coordenação de desenvolvimento gráfico:
Cristina Perrone – Conasems
 
Diagramação e projeto gráfico:
Aidan Bruno – Conasems
Alexandre Itabayana – Conasems
Bárbara Napoleão – Conasems
Lucas Mendonça – Conasems
Igor Baeta Lourenço – Conasems
 
Fotografias e ilustrações: 
Biblioteca do Banco de Imagens do 
Conasems
 
Imagens: 
Freepik, Brasil Escola e Wikipédia 
Revisão ortográfica:
Camila Miranda Evangelista 
Gehilde Reis Paula de Moura 
Keylla Manfili Fioravante
 
Normalização:
XXX – Editora MS/CGDI
Brasil. Ministério da Saúde. 
 Conhecendo e construindo a Saúde pelo ambiente [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Secretarias Municipais 
de Saúde. Universidade Federal do Rio Grande do Sul – Brasília : Ministério da Saúde, 2023.
xx p. : il. – (Programa Saúde com Agente; E-book 17)
Modo de acesso: World Wide Web: xxx
ISBN xxx-xx-xxx-xxxx-x 
1. Agentes Comunitários de Saúde. 2. Saúde e meio ambiente. 3.Riscos e doenças relacionadas ao ambiente . I. Conselho Nacional de 
Secretarias Municipais de Saúde. II. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. III. Título. 
CDU 614
Ficha Catalográfica
Catalogação na fonte – Coordenação-Geral de Documentação e Informação – Editora MS – OS 2023/0xxx
Título para indexação: 
Knowing and Building Health Through the Environment
Tiragem: 1ª edição – 2023 – versão eletrônica
http://www.saude.gov.br/bvs
Este é o seu e-book da disciplina Conhecendo e Construindo a Saúde pelo 
Ambiente.
Quando o assunto é ambiente, normalmente, pensamos em áreas naturais, 
como florestas, matas, rios e oceanos. Mas o ambiente é muito mais do que 
isso, envolve um conjunto de interações físicas, químicas e biológicas, além 
de abrigar as cidades com todos os elementos envolvidos, sejam pessoas, 
animais, plantas, ar e água, a indústria e o comércio.
Nesta disciplina, vamos estudar conceitos que articulam o campo da saúde 
com a discussão ambiental. Frente aos problemas socioambientais do 
cotidiano, vamos ver a relação entre a ecologia e a saúde ambiental como 
campos que andam sempre juntos. 
A relação entre saúde e ambiente fica evidenciada quando se observa a 
relação entre a piora das condições de saúde e a falta de saneamento; a 
contaminação da água e dos alimentos; a poluição do ar; a produção 
ilimitada de lixo e seu manejo inapropriado; além do uso desenfreado de 
produtos químicos.
Estude este material com atenção e consulte-o sempre que necessário! 
Acompanhe também a aula interativa e realize as atividades propostas 
para assimilar as informações apresentadas.
Bons estudos!
BEM-VINDA (0)!
LISTA DE SIGLAS E 
ABREVIATURAS
ACE | Agente de Combate às Endemias
ACS | Agente Comunitário de Saúde
CAT | Comunicação de Acidente de Trabalho 
DPOC | Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
INSS | Instituto Nacional de Seguridade Social 
SINAN | Sistema de Informação de Agravos de Notificação 
VISAT | Vigilância em Saúde do Trabalhador
LISTA DE FIGURAS
10 | Figura 1 - Ilha Grande dos Marinheiros - Projeto Resgate da Cidadania
14 | Figura 2 - Menino protege o corpo com sacos de lixo ao retirar petróleo 
na praia de Itapuama, em Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco
15 | Figura 3 - Jaílson da Silva, 43 anos, eletricista, atuou no Rio Mamucabas, 
entre Tamandaré e Barreiros
18 | Figura 4 - Exemplo de primeira camada de informações
22 | Figura 5 - Vista da Favela de Paraisópolis, São Paulo (SP), com o bairro 
nobre de Vila Suzana ao fundo
24 | Figura 6 - Desmatamento e queimada na zona rural do município de 
Apuí, Amazonas 
24 | Figura 7 - Descarte irregular de lixo na praça Júlio Mesquita, São Paulo 
(SP)
25 | Figura 8 – Igualdade
25 | Figura 9 – Equidade
27 | Figura 10 - Exemplo de segunda camada de informações
31 | Figura 11 - Favela da Rocinha, Rio de Janeiro (RJ)
32 | Figura 12 - Investigação sobre a Cólera em Londres no século XIX, feita 
por John Snow
33 | Figura 13 - Exemplo da terceira camada de informações
35 | Figura 14 - Caminho dos resíduos sólidos
37 | Figura 15 - Doenças transmitidas por vetores relacionados aos resíduos 
sólidos
38 | Figura 16 - Fatores ambientais relacionados às doenças transmissíveis 
e não transmissíveis
38 | Figura 17 - Variações na qualidade ambiental e as respectivas doenças 
associadas a elas
45 | Figura 18 - Doenças relacionadas à água
48 | Figura 19 - Exemplo da quarta camada de informações
55 | Figura 20 - Inter-relacionamento entre dados epidemiológicos e 
ambientais
56 | Figura 21 - Combinação das camadas do exemplo de mapa de saúde 
e elaboração
56 | Figura 22 - Exemplo de mapa de saúde com todas as camadasSUMÁRIO
7
19
29
34
44
50
54
RETROSPECTIVA
BIBLIOGRAFIA
ECOLOGIA E SAÚDE AMBIENTAL
DESENVOLVIMENTO E QUALIDADE 
AMBIENTAL
ECOSSISTEMAS E RISCOS AMBIENTAIS
RISCOS À SAÚDE E DOENÇAS 
TRANSMISSÍVEIS E NÃO TRANSMISSÍVEIS
PRINCIPAIS DOENÇAS RELACIONADAS AO 
CONSUMO DE ÁGUA
RISCOS NO TRABALHO / NOTIFICAÇÃO EM 
SAÚDE DO TRABALHADOR
AMBIENTE SAUDÁVEL E A CONSTRUÇÃO 
DA SAÚDE PELO AMBIENTE
59
61
ECOLOGIA E SAÚDE 
AMBIENTAL
9Curso Técnico ACE e ACS
O QUE É ECOLOGIA? 
Qual é a relação entre ecologia e degradação ambiental?
A degradação ambiental decorre do crescimento desenfreado e da 
globalização da economia. Compreender o modelo de desenvolvimento 
vigente em nossa sociedade pode nos ajudar a compreender as relações 
entre os modos de produção e consumo, o ambiente e a saúde no 
contexto social atual. 
O sistema produtivo, em todo o seu ciclo, vem deixando marcas no meio 
ambiente, expressas pela contaminação dos solos, na qualidade da 
água, na contaminação do ar, nos desastres ambientais, atingindo a 
todos. 
Ecologia é a ciência que estuda as relações estabelecidas 
entre os seres vivos e destes com o meio ambiente em 
que vivem. Portanto, uma abordagem ecológica privilegia 
uma concepção de mundo de forma integrada, 
interdependente e interligada e pressupõe que os seres 
humanos devem ser vistos como parte de uma rede.
8
10
É muito comum no cotidiano dos serviços, verificarmos as características 
do lugar como parte dos determinantes sociais da saúde. A população 
usuária dos serviços de saúde vivencia, no seu território, questões como o 
desemprego, a fome e as violências. 
Essas questões representam problemas tanto individuais quanto 
coletivos. É importante identificá-las para que as equipes de saúde 
possam fazer parte da solução desses problemas, através de planos de 
cuidados. 
Os riscos não atingem igualmente as pessoas, pois a experiência da vida 
é única e individual, sempre contextualizada, com múltiplas facetas e 
interdependente.
Agora, precisamos falar 
sobre o que é saúde.
A saúde não pode ser pensada apenas como 
ausência de doenças, mas sim como uma 
condição que depende de muitos fatores, tais 
como boa alimentação, habitação adequada, 
saneamento básico, emprego para se ter renda, 
formas de lazer, possibilidade de fazer atividade 
física, entre outros.
9
Você entendeu o que é 
ecologia e saúde? Então, 
agora, vejamos o que é 
saúde ambiental? 
O campo da saúde ambiental compreende a área da saúde pública, 
voltada ao conhecimento científico e à formulação de políticas públicas 
relacionadas à saúde humana e aos fatores do meio ambiente natural. O 
objetivo desse campo é melhorar a qualidade de vida dos seres 
humanos com sustentabilidade.
Você sabia que o Primeiro Seminário da Política Nacional de Saúde 
Ambiental foi realizado em outubro de 2005? 
Nesse evento, a saúde ambiental foi definida como um campo de 
práticas, que envolvem vários setores, voltadas aos reflexos dos fatores 
ecológicos, geográficos e sociais na saúde humana. Portanto a saúde 
ambiental é um campo amplo, que atravessa várias áreas do SUS, bem 
como as diversas políticas sociais, e é, também, onde a participação 
popular e o controle social têm grande importância.
Que leitura podemos fazer dessa situação?
Nosso cotidiano está diretamente afetado pelas variações do ambiente 
onde vivemos com a família, com os amigos, nas atividades de lazer e de 
trabalho. Assim, a saúde humana é influenciada não apenas pelos 
fatores específicos citados acima, mas também pela interação entre 
eles. A saúde vai além das condições físicas, químicas e biológicas, ela 
engloba as experiências espirituais, sociais, culturais e religiosas de cada 
um no seu contexto.
10
Como vamos, então, definir o ambiente?
Podemos considerar o ambiente como espaço? Lugar onde a vida 
acontece? O ambiente é isso mesmo: o lugar, o espaço, os contextos de 
vida onde as práticas sociais acontecem. 
Sabendo o que é ambiente, agora precisamos conhecer um outro 
conceito importante: o de Vigilância em Saúde Ambiental.
Vigilância em Saúde Ambiental consiste em um conjunto de ações que 
proporcionam o conhecimento e a detecção de mudanças nos fatores 
determinantes e condicionantes do meio ambiente. Esses determinantes 
e condicionantes interferem na saúde humana. 
A vigilância busca identificar tais determinantes para então conceber 
medidas de prevenção e controle dos fatores de risco ambientais 
relacionados às doenças ou a outros agravos à saúde. Os problemas de 
saúde no território têm relação com múltiplos fatores que necessitam de 
ações em rede e multiprofissionais. 
Existem forças ativas na comunidade: as escolas, as associações diversas, 
os templos religiosos e os espaços de encontro e de resistência popular. 
Todas essas forças devem ser acionadas para se conhecer o ambiente e 
para se construir medidas de enfrentamento individuais e coletivas dos 
eventos ambientais adversos naquele território.
 
O cuidado com o 
ambiente é uma 
tarefa de todos!
11
A vigilância em saúde 
ambiental tem o potencial de 
olhar para as múltiplas 
formas de exposição 
humana a produtos 
poluentes, ou 
potencialmente poluentes e 
nocivos à saúde humana, 
para adotar e recomendar 
medidas efetivas de 
proteção e solução para os 
problemas em conjunto com 
outros setores.
Paradigma
Segundo a versão 
online do famoso 
Dicionário Houaiss 
(https://houaiss.uol.com.br/), 
Paradigma é um 
exemplo que serve 
como modelo; é 
um padrão.
As ações podem e devem ser pensadas por todos 
os expostos, ou potencialmente expostos, aos 
variados riscos ambientais. Essa mudança na 
forma de ver os problemas e responder a eles é o 
que podemos chamar de mudança de paradigma!
Tá, mas e aí? 
Então, uma mudança de paradigma significa 
mudar o jeito como estamos vendo as coisas, isto 
é, olhar um mesmo problema de um novo ponto de 
vista!
Exatamente! Por isso, vamos relembrar um 
acontecimento no Brasil que ilustra bem como os 
desastres ambientais afetam a vida das pessoas, e 
como são potentes e possíveis as ações de todos 
os moradores para enfrentar esses problemas.
12
CURSO TÉCNICO ACE E ACS
Derramamento de óleo no nordeste 
em 2019
Em 2019, “o Brasil foi surpreendido por manchas gigantescas de petróleo 
que cobriram o litoral do país desde o Maranhão até o Rio de Janeiro. De 
acordo com o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos 
Naturais Renováveis (IBAMA), mais de 3 mil km de litoral foram atingidos 
pelo óleo, o maior desastre desse tipo da história no país. No entanto, as 
autoridades brasileiras seguem sem saber quem foi o responsável por 
essa catástrofe, e nem mesmo quanto petróleo foi jogado no litoral do 
país (as estimativas giram entre 5 e 12,5 milhões de litros).”
Especialistas contam “que ainda há petróleo encravado em rochas e 
corais e espalhado pelas dunas. E que as “pescadoras que conseguiam 
através do seu trabalho entre 800 e 1000 reais antes do crime ambiental, 
hoje, enfrentam desafios com a renda de, no máximo, 100 reais por mês 
para suprir as necessidades de toda a família.” 
 
Fonte: Climainfo (2021). Disponível em:
https://climainfo.org.br/2021/08/30/dois-anos-depois-derramamento-de-oleo-no-nordeste-segue-um-miste
rio/#:~:text=H%C3%A1%20dois%20anos%2C%20o%20Brasil,tipo%20da%20hist%C3%B3ria%20do%20pa%C3%ADs
Figura 2 - Menino protege o corpo com 
sacos de lixo ao retirar petróleo na 
praia de Itapuama, em Cabo de Santo 
Agostinho, Pernambuco.
Fonte: Malafaia, L. apud. Folha de 
Pernambuco, 2020. 
13
CURSO TÉCNICO ACE E ACS
Olhar do morador sobre o derramamento de óleo
O “Rio Mamucabas foi uma das áreas mais atingidas pelo óleo. Foi um 
pedido de socorro feito pelo meio ambiente que me levou a sair de casa 
para trabalhar aqui. A gente está arriscando a vida para remover o óleo. 
Foram mais de três toneladas nessa área, só hoje [segunda-feira, 21 de 
outubro]. Vi um desespero grande das pessoas para ajudar a vida 
marinha e o ecossistema. Também vi as pessoassem suporte e o 
mangue muito poluído, pedindo socorro." (Silva, J. apud. G1, 22 out. 2019)
Figura 3 - Jaílson da 
Silva, 43 anos, eletricista, 
atuou no Rio 
Mamucabas, entre 
Tamandaré e Barreiros.
Fonte: PEDROSA, M. apud. 
G1, 22 out. 2019
Verifica-se com as narrativas acima, que a vigilância em saúde, também, 
pode ser realizada pelas próprias pessoas que são atingidas por eventos 
que são prejudiciais à sua saúde e ao ambiente em que vivem, e de onde, 
na maioria das vezes, tiram seu sustento. Com mobilização e 
participação social, a população atingida pode reivindicar seus direitos 
em relação à saúde e ao ambiente em sua volta. 
14
Vamos exercitar no dia a dia uma nova forma de enxergar os 
problemas?
 
A proposta é olharmos para nossos territórios de atuação e refletirmos 
sobre as várias formas de perceber o ambiente e os desequilíbrios na 
natureza. Verificar como as pessoas no território apresentam suas ideias 
e ações para uma melhoria na saúde ambiental.
Vamos identificar a importância de que os conhecimentos, além de 
serem válidos, devem fazer sentido no nosso cotidiano de trabalho. O 
exercício com vivências em campo é fundamental para a compreensão 
das possibilidades práticas nos territórios. Por isso, nosso objetivo é 
conhecer as questões ambientais no processo saúde-doença, na 
perspectiva da história local contada, vivida e sentida pelos moradores 
do lugar, envolvendo, necessariamente, contatos e proximidade com a 
comunidade. 
A proposta é operacionalizar os conceitos trabalhados, como ecologia e 
saúde ambiental, para elaborar camadas de informação sobre o nosso 
território num mapa da área de atuação. Para isso, é importante retomar 
e articular os conhecimentos adquiridos na Disciplina Organização da 
Atenção à Saúde e Intersetorialidade. 
Assim, inicia-se nossa primeira camada de informação em saúde e 
ambiente no mapa do território!
15
Animados para esta nova elaboração do 
mapa? Então vamos lá!
 
Apresentamos aqui uma forma de pensar o 
trabalho em campo, considerando as maneiras de 
ver o mundo e as doenças relacionadas ao 
ambiente. A promoção da solução dos problemas 
ambientais identificados deve envolver outros 
setores e serviços no território. 
É muito importante que juntos busquemos atingir 
objetivos comuns e trabalhemos pela 
responsabilização dos causadores dos danos no 
ambiente, sejam eles agentes públicos ou 
privados. Nesse processo, é fundamental 
acolhermos as ideias vindas da comunidade.
CURSO TÉCNICO ACE E ACS
1ª etapa:
Pesquisando, Exercitando e Aprendendo!
A tarefa agora é a seguinte:
Na disciplina GEOPROCESSAMENTO EM SAÚDE, CADASTRAMENTO E 
TERRITORIALIZAÇÃO, você construiu, juntamente com seus colegas, o 
mapa do seu território. Reveja esse mapa construído, pois ele poderá 
auxiliar você no desenvolvimento da tarefa proposta aqui. 
Os mapas são ferramentas muito importantes para o estudo do 
ambiente de determinados territórios. Isso porque eles possibilitam 
visualizar e localizar vários elementos num único documento e descobrir 
novas informações. 
16
CURSO TÉCNICO ACE E ACS
No mapa construído, é possível observar a existência 
de um lugar característico e que chame a atenção na 
sua comunidade? Se não conseguir observar esse 
lugar no mapa construído, pense em uma forma de 
descrevê-lo por meio de registros existentes, 
fotografias, desenhos, colagens etc. Se possível, 
compartilhe suas impressões com seus colegas de 
trabalho. 
Na percepção de vocês, existe algum contraste? 
Algum desequilíbrio ambiental? Como podemos 
representar no mapa essa percepção?
Orientação:
 
Você pode fazer, num papel ou numa cartolina, um desenho de uma 
microárea em risco/degradada que você irá escolher. 
Veja no exemplo abaixo uma primeira camada de informação de 
interesse à saúde ambiental. Nessa primeira camada, vamos desenhar 
ou marcar com símbolos alguns pontos fixos do território, como casas, 
posto de saúde, campos de futebol, escolas, hospitais ou unidades de 
pronto atendimento e templos religiosos.
Figura 4 - Exemplo de primeira camada de informações.
Fonte: Desenho da autora, 2022.
17
19CURSO TÉCNICO ACE E ACS
QR code e assista nossa teleaula! Ou 
clique na imagem acima para ser 
redirecionada (o).
Aproveite a sala de espera no serviço de saúde, ou por meio de alguma 
visita domiciliar, para conversar com as pessoas e perguntar a elas: “Em 
sua opinião, que parte da paisagem local e externa à sua moradia 
representa melhor seu bairro e modo de vida?” Assim você poderá 
enriquecer o seu mapa!
Quando desejamos melhorias na saúde ambiental, a participação 
popular é fundamental para o enfrentamento dos problemas, visto que é 
a população que vive e sente, no cotidiano, os eventos importantes para 
sua saúde e/ou doença.
A integração entre os conhecimentos da equipe de saúde e os saberes 
da população usuária dos serviços sobre os problemas de saúde 
decorrentes da degradação ambiental é muito necessária! Esse olhar 
integrado na abordagem dos problemas de saúde e ambiente na 
comunidade coloca em prática outro paradigma de atuação como 
aprendemos anteriormente.
18
É importante levar em conta que o mapeamento na área da saúde pode 
incluir diversas camadas de informação, como vamos ver ao longo 
desta disciplina. Exemplos de camadas são: localização de doentes, 
situações de saúde específicas, serviços e recursos naturais existentes e 
de interesse do setor de saúde.
DESENVOLVIMENTO 
E QUALIDADE 
AMBIENTAL
Quando estudamos a saúde e o ambiente, é preciso 
conhecer um pouco mais sobre o que é 
desenvolvimento, seus modelos e suas relações 
com a sustentabilidade ambiental que se quer. 
É importante chamar a atenção para o 
entendimento de que sem qualidade ambiental 
não haverá desenvolvimento para as pessoas, os 
animais e as plantas. 
A noção de sustentabilidade está submetida às 
práticas na comunidade e aos efeitos 
socioambientais desejados com tais ações. 
Podemos falar aqui daqueles que desejam a 
sobrevivência do planeta, das comunidades que se 
autossustentam, da diversidade cultural, da 
garantia de direitos, do acesso à água e a todos os 
bens comuns. 
Qualidade 
ambiental
se refere, nesta 
disciplina, ao 
conjunto de boas 
condições para o 
viver, como: a 
qualidade do ar 
que se respira, da 
água que se 
ingere, dos 
alimentos que se 
comem, bem 
como das áreas 
de lazer que se 
frequentam. 
Vamos conhecer as relações 
entre qualidade ambiental, 
impactos socioambientais e 
modos de vida nos territórios? 
Desenvolvimento que não (des)envolve
 
O ambiente em que nossa vida acontece, seja ele rural ou 
urbano, promove dinâmicas de urbanização que colocam 
populações em lugares inadequados para moradias seguras, 
com efeitos muito graves sobre sua saúde. A isso, estamos 
chamando de um desenvolvimento que não desenvolve as 
pessoas, por isso não é sustentável. 
20
CURSO TÉCNICO ACE E ACS
Ah
Nesse sentido, a vida humana saudável pressupõe ter:
• uma casa segura e protegida; 
• acesso aos serviços públicos e à água para beber e viver;
• alimento saudável, oriundo de uma forma de produção respeitosa 
com o meio ambiente, com as pessoas e seus modos de vida;
• acesso e permanência na escola. 
Essas são condições determinantes para que o desenvolvimento da vida 
aconteça em sua plenitude e dignidade.
É sabido que, ao mesmo tempo em que existem setores da sociedade 
que protegem o patrimônio ambiental, que se preocupam com as 
gerações atuais e futuras, há setores que degradam o ambiente com 
muita violência em nome do ganho econômico. 
Figura 5 - Vista da Favela de Paraisópolis, São Paulo (SP), com o bairro nobre de Vila 
Suzana ao fundo.
Fonte: VILAR, R. 2014. 
Lembre-se: 
desenvolvimento nem 
sempre significa 
crescimento!
21
CURSO TÉCNICO ACE E ACS
Ah
A fotografia demonstra uma diferença no modo de habitar e ocupar o 
espaço urbano, revelando um tipo de desenvolvimento que promove 
desigualdade social e riscos à saúde. Construções em áreas impróprias 
provocamdesmoronamentos de casas, deslizamentos de pedras e 
prédios com frequência. 
A atuação dos agentes de saúde se dá no contato diário com essas 
diferentes realidades sociais, informando, amparando e encaminhando 
as pessoas para acompanhamento nos serviços de saúde, conforme 
suas necessidades.
Qualidade ambiental como conceito norteador das ações em saúde
A elevação e a manutenção da qualidade ambiental nas cidades, por 
exemplo, são responsabilidades dos órgãos de Estado (governos 
municipais e estaduais), como também da população que pode acionar 
instrumentos legais para garantia de seus direitos constitucionais.
Os recursos do planeta são suficientes para atender as necessidades de 
todos os seres da terra se forem tratados com respeito ao que é comum 
a todos. O cuidado com o meio ambiente e o desenvolvimento são 
compatíveis e interdependentes. 
Os derramamentos de produtos químicos, descargas tóxicas, 
alagamentos, explosões e incêndios constituem, muitas vezes, eventos 
ambientais evitáveis, e o trabalho dos agentes de saúde, por meio das 
visitas domiciliares e do acompanhamento das famílias nas 
comunidades, ajuda a identificar precocemente essas situações que 
podem colocar as pessoas em perigo. 
Ampliar a percepção sobre a qualidade do ambiente urbano ou rural 
pode subsidiar ações de preservação e melhorias desses ambientes.
22
Figura 6 – Desmatamento e queimada na 
zona rural do município de Apuí, Amazonas.
Fonte: KELLY, 2020 in: Flickr.com
Alguns exemplos da degradação ambiental:
• Exploração dos ecossistemas naturais;
• Plantações feitas em regime de monocultura;
• Dano ambiental da paisagem natural a partir da instalação de 
grandes empreendimentos como as mineradoras, hidrelétricas, 
barragens e etc.;
• Manejo abusivo dos solos;
• Queimadas;
• Uso de agrotóxicos.
Figura 7 – Descarte irregular de lixo na 
praça Júlio Mesquita, São Paulo (SP).
Fonte: NASCIMENTO, 2009 in: Flickr.com
A relação da sociedade com o meio ambiente deve ser observada de 
maneira atenta e sensível para poder perceber que os danos ao 
ambiente e suas consequências acontecem em zonas, muitas vezes, já 
impactadas pela poluição e empobrecidas do ponto de vista material, 
sendo assim vulneráveis socialmente.
Os fatores sociais influenciam a ocupação dos espaços, a ecologia dos 
animais e vetores, alterando o ambiente, promovendo degradação 
ambiental e favorecendo a ocorrência de doenças!
23
Já aprendemos que os riscos ambientais não atingem igualmente as 
pessoas. As regiões mais pobres costumam receber as maiores cargas 
de poluição ambiental, estabelecendo uma diferença importante nas 
condições de saúde existentes nos territórios. Assim, as pessoas pobres 
são as maiores vítimas da degradação ambiental, e a equidade passa a 
ser um princípio não apenas para o SUS, mas também para a 
sustentabilidade socioambiental.
Como assim? Equidade não é a 
mesma coisa que igualdade?
Não! Equidade e igualdade são 
parecidas, mas essencialmente 
diferentes! Observe as imagens 
abaixo:
24
Figura 8 – Igualdade.
Fonte: Desenho da Autora, 2022.
Figura 9 – Equidade. 
Fonte: Desenho da Autora, 2022.
Lembre-se que um dos princípios do SUS é a 
equidade. Diferente da igualdade, que busca tratar 
todos da mesma forma, independentemente da sua 
necessidade. 
Está ficando mais claro que a justiça social e a 
ecologia são inseparáveis? 
 
Tudo está interligado, sendo a questão ambiental 
algo que não pode ser visto apenas como meio 
ambiente separado das pessoas e dos animais que 
nele habitam. Se nosso trabalho como agentes de 
saúde é o de enfrentar riscos à saúde, precisamos 
entender que risco é a provável manifestação de 
danos associados aos processos de produção e 
reprodução da vida. Risco é um fenômeno social em 
constante relação com o seu contexto. Ele pode ser 
quantificado, enumerado e contado. 
Equidade,
em saúde, 
significa evitar 
desigualdades 
no acesso à 
saúde, poder 
ofertar mais 
cuidados em 
saúde para 
quem mais 
necessita, não 
deixando de 
cuidar de toda a 
população.
25
Como estamos estudando a exposição humana a 
fatores ambientais não desejados, a saúde ambiental 
costuma utilizar também a noção de vulnerabilidade, 
que pode ser compreendida como um estado ou 
situação que coloca a pessoa em condição mais 
fragilizada e mais excluída da sociedade. A insegurança 
e a instabilidade também podem ser usadas como 
sinônimo de vulnerabilidade que, de um modo geral, 
visa caracterizar grupos populacionais específicos mais 
atingidos por aspectos sociais ou genéticos. 
O papel do Agente Comunitário de Saúde (ACS) e do Agente de Combate 
às Endemias (ACE), ao identificar no território populações em risco ou 
vulneráveis ao risco, é o de buscar alternativas para evitar a exposição 
aos poluentes químicos, físicos, sociais ou biológicos, principalmente, 
quando não se sabe o tamanho do risco.
26
Para o trabalho de identificação de contextos vulneráveis por parte dos 
agentes de saúde, pode-se utilizar o mapeamento (ação de situar no 
mapa, de espacializar indicadores de saúde ou de doença) para 
visualizar as múltiplas situações ambientais capazes de gerar ou agravar 
doenças existentes nas áreas de atuação. 
As áreas de atuação na comunidade apresentam diversos fatores de 
risco que ultrapassam nossa visão cotidiana dos problemas. Seguindo 
com nossos estudos, vamos retomar os conceitos de vigilância em saúde 
ambiental, qualidade ambiental, território e saúde.
Em nosso mapeamento, nesta disciplina, a segunda camada de 
informação busca dar visibilidade aos demais. Então, siga em frente e 
faça a segunda camada do seu mapa!
 
2ª camada
Figura 10 – Exemplo de segunda camada de informações.
Fonte: Desenho da Autora, 2022.
Ampliando nosso mapa, podemos localizar e situar os parceiros/as 
instituições dessa rede no território. Para isso, é importante considerar a 
seguinte questão: Quais os coletivos, instituições e serviços que podem 
atuar, em conjunto, com o ACS e o ACE, na solução dos problemas de 
saúde da comunidade? 
27
Você, ACS ou ACE, pode identificar os riscos à saúde 
presentes nos territórios de atuação para assim 
poder proporcionar o princípio da equidade na 
oferta dos cuidados em saúde e com o ambiente!
A prática na comunidade exige, muitas vezes, uma articulação em rede 
composta pela conexão de elementos que têm objetivos distintos, mas 
complementares entre si. 
Construir as redes no território consiste pensar nas conexões 
estabelecidas na sociedade civil como redes associativas das mais 
diversas (movimentos de bairro, templos religiosos, clube de mães, 
amigos, familiares etc.) que promovem encontros e facilitam a 
comunicação entre as pessoas, fortalecendo, assim, a mobilização de 
recursos no nível local. A rede deve ser pensada como um sistema amplo 
que reúne a comunidade em torno de uma mesma questão para atender 
necessidades ou solucionar problemas comunitários.
É comum verificarmos o individualismo como uma prática constante nos 
processos de trabalho, pois trabalhar em rede não é coisa fácil, exige 
articulação e comprometimento de todas as partes envolvidas. O 
trabalho em rede pode ser uma forma dos agentes de saúde 
potencializarem a troca de informações, a construção coletiva de 
estratégias de enfrentamento e controle de doenças e riscos, tanto 
pessoais como sociais.
 
 
Para avançarmos no nosso mapeamento, além de indicarmos sinais, 
fontes e efeitos da poluição no território, é muito importante 
identificarmos qual a rede de trabalho na comunidade que pode ser 
construída e/ou acionada para solução dos problemas advindos da 
exposição e da presença de riscos envolvendo a saúde e o ambiente.
MAS... O que é REDE? Qual 
conceito será usado nesta 
disciplina?
28
ECOSSISTEMAS E 
RISCOS 
AMBIENTAIS
Qual a Importância do 
ecossistema? 
Tanto nos ambientes urbanos como rurais, a ocupação e o crescimento 
desordenado dos espaços com desmatamentos e abertura de estradas 
foram acompanhados pela falta de infraestruturade saneamento 
ambiental, favorecendo o aumento e a disseminação de várias doenças. 
Esses desequilíbrios nos ecossistemas produzem as principais fontes de 
poluição nas cidades e no campo, tais como o esgoto, o lixo domiciliar e 
os dejetos industriais. 
Tanto nas sociedades urbanas como nas rurais, os processos de 
produção e consumo criaram modos de vida e relações, extremamente 
predatórias, das atividades humanas com a natureza, com o meio 
ambiente e as com espécies vivas. 
É importante entender que um ecossistema urbano reúne os seres da 
terra (plantas, animais e pessoas) num mesmo ambiente urbano.
Mas o que é o urbano?
É um meio com maior densidade de 
edificações para moradia e também para 
o comércio. Nesse ambiente, a densidade 
demográfica, ou seja, a quantidade de 
pessoas por quilômetro quadrado é maior, 
e os espaços naturais (florestas, matas, 
dunas, campos, montanhas, lagos, rios, 
mares) são menores. 
30
As cidades são espaços ocupados para além das estruturas construídas, 
como as casas, as redes de energia e os serviços públicos. Nas cidades, 
também, podemos encontrar áreas verdes, parques e praças, ruas 
arborizadas, vias verdes, córregos de água urbanos, conhecidos 
popularmente como os pulmões do ecossistema urbano. Esses sistemas 
urbanos são profundamente impactados pelas modificações constantes 
e rápidas provocadas pelas ações humanas.
Uma questão bem importante sobre os ecossistemas rural e urbano é a 
capacidade de inter-relação e interdependência entre eles. O 
ecossistema rural é uma área de campo onde os seres humanos 
interagem com os elementos naturais em uma situação de produção 
agrícola e pecuária.
A diferenciação entre urbano e rural vai além do espaço geográfico. Uma 
das principais diferenças está nas práticas socioeconômicas da 
sociedade, o que muitas vezes envolve a forma como se maneja o solo 
urbano. O espaço rural engloba predominantemente atividades 
vinculadas ao setor primário (extrativismo, agricultura e pecuária), ao 
passo que o espaço urbano costuma reunir atividades vinculadas ao 
setor secundário (indústria e produção de energia) e ao setor terciário 
(comércio e serviços).
Olhe a imagem a seguir. Procure destacar as diferenças sociais que 
convivem nas cidades, ilustradas pela forma como as pessoas ocupam o 
espaço urbano. Por um lado, observamos edificações de alto padrão 
econômico e, de outro, áreas sem infraestrutura básica, como rede de 
esgoto, coleta de lixo e iluminação.
Figura 11 - Favela da 
Rocinha, Rio de Janeiro 
(RJ).
Fonte: NIJDAM, 2008 in: 
Flickr.com
31
Como já vimos no início da construção das camadas de 
informação do nosso mapa, alguns indicadores são 
importantes para desenvolver uma “leitura” do 
ambiente: a infraestrutura de ocupação do lugar 
(estradas e ruas, caminhos, referências, sistemas de 
esgoto e de água, depósitos de lixo, núcleos 
habitacionais) e suas condições naturais (áreas 
desmatadas, fauna, flora, relevo e áreas aquáticas). 
Figura 12 - Investigação sobre a Cólera em Londres no século XIX, feita por John Snow. 
Fonte: Desenho da autora, adaptado de Snow (1854) in:. Nogueira e Remoaldo (2010).
Retomando aspectos da história das doenças e dos estudos realizados 
em epidemiologia, vamos ver, como exemplo, o caso da investigação da 
cólera em Londres no século XIX, realizada pelo médico John Snow. A 
cólera é uma doença causada por uma bactéria, que produz diarreia 
intensa, podendo levar à desidratação e até à morte. 
Ao desenhar o mapa, localizando os casos da doença, ele descobriu que 
os casos estavam todos próximos a uma determinada bomba d’água. 
Assim, ele desconfiou que esta bomba era a fonte de contaminação e 
convenceu as autoridades a retirá-la. De fato, os casos de cólera 
diminuíram, e ficou então demonstrada a contaminação pela água. 
32
3ª camada
Figura 13 - Exemplo da terceira 
camada de informações.
Então, agora que vimos o mapeamento realizado por John Snow, vamos 
nos inspirar para retomar nosso mapeamento e elaborar a terceira 
camada de informação. A partir da figura que serve como exemplo 
(Mapa 4), pense nas informações do seu território.
Fonte: Desenho da autora, 2022.
Além de identificar focos de água parada, esgoto a céu aberto, por meio 
de suas andanças no território, reveja, lembre e discuta com seu 
preceptor sobre o seguinte: como são as condições de infraestrutura das 
ruas, dos becos e das moradias? O local possui árvores, recuos entre as 
casas (que permitam um isolamento externo), roupas estendidas, lagos, 
campos ou áreas livres, depósitos de lixo, canaletas de águas servidas (e, 
especialmente, notar se transbordam em dias de chuva), caixas d’água, 
fossas, aglomerações de adultos e crianças na rua? Presença de 
equipamentos públicos (unidade de saúde, creche), templos religiosos e 
pequenos comércios (mercadinhos, bares, manicures, outros serviços 
que possam atrair fluxo de pessoas)? 
Você também pode desenhar no seu mapa 
outras coisas que chamem a atenção no seu 
território de atuação! Use sua perspicácia e 
sua criatividade!
33
RISCO À SAÚDE E 
DOENÇAS 
TRANSMISSÍVEIS E 
NÃO TRANSMISSÍVEIS
O saneamento básico inclui coleta, destinação final e manejo adequado 
do lixo, esgotamento sanitário e drenagem pública. Esses são fatores 
importantes para a prevenção de doenças. Ao observarmos o esquema 
abaixo, verificamos que os caminhos dos resíduos orgânicos sólidos, 
quando não tratados adequadamente, poluem o solo, a água e o ar.
O que inclui o saneamento 
básico? 
Figura 14 - Caminho dos resíduos sólidos.
Fonte: Desenho da autora, 2022.
O esquema acima demonstra que os resíduos sólidos, quando colocados 
diretamente no solo, entram em decomposição e produzem o chorume 
(líquido poluente, de cor escura e forte odor, oriundo de processos de 
decomposição físicos, químicos ou biológicos do lixo). 
Entende-se por caminhos dos resíduos sólidos o trajeto 
percorrido pelo lixo desde a origem até o seu destino final. 
35
37CURSO TÉCNICO ACE E ACS
Além disso, emitem gases na atmosfera, que são prejudiciais à saúde das 
pessoas. Assim, acabam poluindo as águas. Para que isso não aconteça, 
é muito importante o tratamento dos resíduos sólidos durante todo seu 
processo de decomposição.
A origem do trajeto percorrido pelo lixo representa o ponto de produção 
do resíduo. Aqui, nesta disciplina, vamos defini-la como sendo o 
momento em que as pessoas consomem os produtos, como embalagens 
e alimentos e, posteriormente, descartam no ambiente aquilo que não é 
mais útil ao seu viver. 
Ao descartar esses materiais, verifica-se, na maioria dos centros urbanos, 
a separação na origem dos resíduos orgânicos (restos de comida, borra 
de café, papel higiênico usado, etc) daqueles que são recicláveis 
(plásticos, papéis, metais, vidro, etc). O destino final desses materiais 
recicláveis, enviados por meio de coleta seletiva, pode ser uma unidade 
de reciclagem, um centro de triagem ou uma estação de compostagem 
de lixo.
O trabalho do Agente Comunitário de Saúde (ACS) e do Agente de 
Combate às Endemias (ACE) auxilia a comunidade no reconhecimento 
do seu papel nos cuidados com o lixo. Realizar a separação dos materiais 
que são recicláveis daqueles que são orgânicos e se decompõem com a 
ação do tempo é uma ação possível e necessária junto à comunidade. 
Ações simples como essa podem prevenir doenças e proteger o 
ambiente.
O perfil epidemiológico brasileiro, como já estudado em outras 
disciplinas, quando alterado pelo modelo de desenvolvimento em curso 
e pela degradação ambiental, está marcado pela incorporação 
crescente de novos agravos à saúde, decorrentes da industrialização e 
urbanização tardias e aceleradas, bem como de atividades associadas a 
vários setores, como transporte e agricultura. Esses setores, ao mesmo 
tempo, propiciaram melhoria da qualidade de vida para muitos, mas 
também resultaram no aumento dos níveis de poluição, entre outros 
problemas.
Antigos riscos à saúde da população, como alimento e água 
inadequadose sem segurança, contaminação microbiológica do 
ambiente, assim como falta de saneamento, prevalecem, mas novos 
problemas ambientais e de desenvolvimento apareceram, muitos dos 
quais parecem ameaçar todo o ecossistema.
Observe abaixo algumas doenças transmitidas por vetores relacionados 
aos resíduos sólidos. Algumas delas, você já viu na disciplina NOÇÕES DE 
MICROBIOLOGIA E PARASITOLOGIA. Assim, as condições precárias de 
moradia, o acúmulo de lixo e as águas paradas, por exemplo, favorecem 
a ocorrência dessas doenças. 
DOENÇAS AGENTE VETORES
Febre Tifoide Salmonella typhi Moscas
Febre Paratifoide Salmonella paratyphi Moscas
Ancilostomíase Ancylostoma duodenale Moscas
Amebíase Entamoeba histolytica Moscas, baratas
Filariose Wuchereria bancrofiti Mosquitos
Febre amarela Arbovírus grupo B Mosquitos
Leptospirose leptospiras Ratos
Peste Yersinia pestis Ratos
Toxoplasmose Toxoplasma gondi Suínos, urubus
Hepatite Infecciosa Vírus Contato com agulhas, plasma
Figura 15 - Doenças transmitidas por vetores relacionados aos resíduos sólidos.
Fonte: Quadro da autora, adaptado de PORTO, (2021). 
37
São muitos os fatores ambientais inter-relacionados que influenciam na 
ocorrência de doenças transmissíveis e não transmissíveis. Alguns deles 
estão exemplificados abaixo. Assim, fica mais fácil associar esses fatores 
ao cotidiano dos serviços de saúde e aos contextos de vida e trabalho 
dos usuários.
Muitas vezes, existe uma dependência econômica da pessoa em relação 
ao setor produtivo que gera o risco. Isso afeta em muito a percepção da 
pessoa sobre o risco ao qual está exposta. O exemplo da reciclagem de 
lixo demonstra muito essa questão: o reciclador necessita do resíduo 
reciclável para promover renda e com isso garantir seu sustento e o da 
sua família, mas não se pode esquecer que trabalhar com o lixo pode ser 
perigoso e insalubre.
Fatores que influenciam a 
ocorrência de doenças 
transmissíveis e não 
transmissíveis e medidas de 
prevenção
38
Espera aí! Quer dizer então que o 
enfrentamento dos riscos sociais é uma 
ação fundamental na reversão de 
contextos vulneráveis. 
Muitas vezes, existe uma dependência econômica da pessoa em relação 
ao setor produtivo que gera o risco. Isso afeta em muito a percepção da 
pessoa sobre o risco ao qual está exposta. O exemplo da reciclagem de 
lixo demonstra muito essa questão: o reciclador necessita do resíduo 
reciclável para promover renda e com isso garantir seu sustento e o da 
sua família, mas não se pode esquecer que trabalhar com o lixo pode ser 
perigoso e insalubre.
FATORES EXEMPLOS DE DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS E NÃO TRANSMISSÍVEIS
Habitações precárias, com falta de 
saneamento e acúmulo de águas paradas.
Dengue, Chikungunya, Zika, Leptospirose.
Habitações precárias, aglomeradas e 
confinadas .
Tuberculose.
Exposição a poluentes ambientais, 
tabagismo, exposição a agentes químicos no 
trabalho.
Câncer.
Figura 16 - Fatores ambientais relacionados às doenças transmissíveis e não 
transmissíveis.
Fonte: Quadro da autora, 2022. 
38
Vamos pegar como exemplo a dengue e a leptospirose. O trabalho dos 
agentes é muito importante nas ações voltadas para o controle dos 
reservatórios dos vetores, os mosquitos e os ratos, que causam essas 
doenças. Essas ações devem acontecer de forma integrada e com o 
envolvimento dos moradores do local. Ações para a eliminação de 
depósitos com água, de focos de lixo e de descarte de materiais em rios ou 
arroios são necessárias nas práticas de saúde com a comunidade. A 
participação ativa da população, em conjunto com a equipe de saúde, 
nessas ações, é muito importante. 
Abaixo algumas situações de variação da qualidade ambiental em nosso 
cotidiano e seus efeitos na saúde. Conhecer essas situações possibilita a 
antecipação e a prevenção de futuros problemas socioambientais.
VARIAÇÕES NA QUALIDADE AMBIENTAL DOENÇAS ASSOCIADAS 
Desmatamento de grandes áreas Transmitidas por vetores e roedores (Dengue, Malária, Chagas, Leptospirose, etc.)
Ruídos intermitentes (ruídos que aumentam 
e diminuem rapidamente)
Perda auditiva, estresse, taquicardia, 
cansaço, distúrbios musculares e 
emocionais, problemas cardiovasculares, 
entre outros.
Acidentes com equipamentos Lesões na audição, visão, pele e até mesmo a morte.
Figura 17 - Variações na qualidade ambiental e as respectivas doenças associadas a eles.
Fonte: Quadro da autora, 2022. 
Frente aos conceitos estudados, o convite é sempre articular os 
conhecimentos adquiridos aqui nesta disciplina com o das outras já 
cursadas e os que virão pela frente.
39
Você pôde perceber que pensar em 
saúde é também compreendê-la como 
qualidade de vida. Isso tem relação 
direta com a variação da qualidade 
ambiental!
Vamos sempre considerar que as medidas de prevenção a doenças e/ou 
agravos em saúde pública dependem do conhecimento epidemiológico 
sobre essas doenças para podermos, com a ajuda da equipe de saúde, 
classificá-las e assim definir sua importância e as possibilidades de 
intervenção. 
Até aqui, vimos muitas coisas sobre as doenças infecciosas que podem 
ser causadas por fatores ambientais. Mas também é importante saber 
que as doenças não transmissíveis ou não infecciosas, como a 
hipertensão, o diabetes, a doença pulmonar crônica, a asma, entre 
outras, também sofrem grande influência do ambiente. 
A poluição do ar, por exemplo, constitui um fator de risco importante para 
doenças pulmonares, como a asma e a doença pulmonar obstrutiva 
crônica (DPOC), especialmente, nas pessoas idosas e nas crianças. 
A poluição do ar também aumenta o risco de doenças circulatórias, 
como o infarto do miocárdio, doenças arteriais, entre outras. As pessoas 
que vivem em áreas com grande tráfego de carros ou sem 
pavimentação nas ruas, convivendo, cotidianamente, com poeiras ou ar 
estagnado, correm um grande risco de inflamação das vias respiratórias 
e da ocorrência das doenças alérgicas. 
Os poluentes que contaminam o ar podem ser provenientes de fontes 
fixas (indústria) e móveis (veículos automotores), impactando, 
diretamente, na qualidade do ar da comunidade, afetando a saúde 
pública. Vocês, ACS e ACE, devem ficar atentos a essas fontes e podem 
orientar as pessoas a terem o menor contato possível com essa poluição, 
por exemplo, verificando se existe um trajeto com menos poluição para 
se percorrer a pé ou mobilizando a população para reivindicar a 
pavimentação de uma via.
Pensando na saúde ambiental, as ações no território são voltadas para 
controlar os fatores de risco relacionados ao ambiente. Essas ações 
podem ser realizadas por meio de esforços individuais, mas, em geral, 
são esforços comunitários, com a mobilização de uma rede. Como 
exemplo, podemos citar a colocação de cloro na água, o controle 
mecânico de reservatórios de vetores de doenças, mutirões de limpeza, 
etc.
40
Agora, vamos falar de uma coisa muito importante: a comunicação.
As ações de prevenção e de controle da exposição aos riscos, assim 
como uma vigilância ambiental participativa dependem de uma boa 
comunicação. E nisso, vocês, ACS e ACE, têm uma participação 
fundamental!
São elementos indispensáveis para a comunicação de determinados 
riscos ambientais:
• Sobre qual risco, estamos falando.
• Benefícios que podem ser obtidos se os riscos forem reduzidos.
• Alternativas existentes.
 
Quando elaboramos mensagens para a população, é necessário nos 
perguntarmos:
• O que a comunidade quer saber?
• O que a população precisa saber?
• O que você quer que as pessoas saibam?
Vamos exercitar a elaboração de uma 
comunicação de risco? O papel dos 
agentes é fundamental nestas ações!
42
Para uma boa comunicação, é importante 
usar uma linguagem clara e simples. 
Primeiro, precisamos identificar as pessoas 
a quem vamos comunicar.
A seguir, definimos o conteúdo das 
informações que serão trabalhadas 
porque estas devem fazer sentido para 
quem as recebe. 
Elaboração de uma comunicação de risco
1 - Identifique um problema de saúde ambiental no seu territóriocom 
a ajuda de seu PRECEPTOR:
Observe o problema, identifique as partes envolvidas e os fatores 
ambientais que podem ser determinantes para a situação.
 
São alguns determinantes ambientais:
Poluição da água e do ar; condições das habitações; segurança 
alimentar ou acesso à alimentação, ao descarte e à coleta de 
resíduos; esgotamento sanitário.
 
São partes envolvidas: 
Pessoas ou grupos afetados.
 
2 - Após a definição do problema (QUAL O PROBLEMA?), partimos 
para a reflexão sobre as possíveis CAUSAS. 
 
Com suas respostas a essas perguntas iniciais, você pode exercitar e 
construir uma comunicação, contendo os seguintes elementos:
 
• Qual a ação possível? 
• Como realizar a ação? 
• Com quem realizar a ação?
 
43
PRINCIPAIS
DOENÇAS 
RELACIONADAS AO 
CONSUMO DE ÁGUA
Seguindo nossos estudos, não 
podemos deixar de estudar a 
água como fonte de saúde! 
Muitas doenças transmitidas para os seres humanos se originam de 
microrganismos como vírus, bactérias, protozoários e vermes intestinais. 
As doenças relacionadas à água são conhecidas como doenças de 
veiculação hídrica. É sabido que essas doenças podem ser evitadas 
mediante práticas de saneamento, como a coleta e o tratamento de 
esgotos e o adequado tratamento das águas que abastecem a 
população das cidades. A falta de água e de higiene pessoal pode estar 
associada a outros tipos de agravos. Mesmo não sendo estes agravos 
transmitidos pela água, estão diretamente relacionados com as suas 
condições de abastecimento.
Neste tópico, vamos reforçar 
que a água, se não for 
protegida, pode veicular 
muitas doenças. 
Vamos verificar que a quantidade de água 
insuficiente para as pessoas é um problema, 
pois dificulta a higienização de alimentos, 
das habitações, do corpo e, assim, acaba 
facilitando a transmissão de doenças.
45
A ocorrência de verminoses está ligada ao meio hídrico, bem como 
algumas enfermidades transmitidas por vetores que se relacionam com 
a água. É importante lembrar que quando falamos em água, não 
estamos nos referindo apenas à água que sai da torneira! Não se 
esqueça dos mananciais, dos rios, das nascentes. A figura 18 mostra as 
formas de prevenção e de transmissão para cada doença de veiculação 
hídrica. 
PRINCIPAIS DOENÇAS GRUPO DE DOENÇAS
FORMAS DE 
TRANSMISSÃO
 
FORMAS DE PREVENÇÃO
 
Diarreias e disenterias, como 
a cólera e a giardíase
Transmitidas pela 
via fecal-oral 
(alimentos 
contaminados por 
fezes).
O organismo 
causador da 
doença é 
ingerido.
Proteger e tratar as 
águas de 
abastecimento e evitar 
uso de fontes 
contaminadas.
 
Fornecer água em quantidade 
adequada e promover a higiene 
pessoal, doméstica e dos 
alimentos.
 
Febre tifoide e paratifoide
Leptospirose
Amebíase
Hepatite infecciosa
 
Ascaridíase (lombriga)
Dengue Associadas à 
água (uma parte 
do ciclo da vida do 
agente infeccioso 
ocorre em um 
animal aquático, 
no caso o 
mosquito).
 
As doenças são 
propagadas por 
insetos que 
nascem na água 
ou picam perto 
dela.
 
Evitar o 
contato 
das 
pessoas 
com 
águas 
infectad
as.
Proteger 
mananciais
. 
Adotar 
medidas 
adequada
s para a 
disposiçã
o de 
esgotos.
Acabar com 
depósitos/ coleções 
de água que 
servem para 
reprodução das 
larvas do mosquito 
Aedes Aegypti.
 
Figura 18 - Doenças relacionadas à água.
Fonte: Quadro da autora, 2022. 
Boa parte das doenças relacionadas à falta de saneamento básico possui 
ciclo de transmissão fecal-oral, aquele em que agentes causadores 
presentes nas fezes humanas ou de animais entram pela boca de uma 
pessoa que acaba se contaminando. A falta de água para consumo 
humano e para higiene pessoal e a falta de saneamento constituem 
fatores determinantes para ocorrência de outras doenças. 
Estão relacionadas a esses fatores, a esquistossomose, a malária, a 
hepatite e a cólera. Se as pessoas se queixarem de sintomas, como 
diarreia, dores abdominais, enjoos e cansaço, isto é um sinal de alerta! Olhe 
com atenção a figura 18!
46
Lembrando que esses conceitos podem ser 
encontrados em: BRASIL. Ministério da saúde. 
Secretaria de vigilância em saúde. Boas práticas no 
abastecimento de água: procedimentos para 
minimização de riscos à saúde. Brasília, DF, 2006b 
(seria A. Normas e manuais técnicos.). 
Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/boas
_praticas_agua.pdf
Vamos lá:
 
● Manancial: fonte de onde se retira a água.
● Captação: conjunto de equipamentos e instalações utilizado para a 
retirada de água do manancial.
● Adução: transporte de água do manancial ao tratamento ou da 
água tratada ao sistema de distribuição.
● Tratamento: unidade onde se processam alterações nas 
características da água, com a finalidade de torná-la própria para 
consumo humano (potável).
● Reservação: armazenamento da água entre o tratamento e o 
consumo. 
● Distribuição: condução da água para as edificações e os pontos 
de consumo por meio de canalizações instaladas em vias públicas.
● Ligações prediais: derivação da água da rede de distribuição até 
as edificações ou os pontos de consumo por meio de instalações 
assentadas na via pública até a entrada da edificação.
 
Vamos conhecer alguns 
conceitos importantes de 
acordo com as boas práticas 
no abastecimento de água?
47
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/boas_praticas_agua.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/boas_praticas_agua.pdf
Sabendo que nossa água de beber é captada de um manancial, 
identificar as fontes poluidoras, existentes ou potenciais, tais como 
lançamento de esgoto sanitário e efluentes industriais nos mananciais e 
nas bacias hídricas, nas atividades agrícolas que fazem uso de 
agrotóxicos ou pecuária, faz parte de um conjunto de informações 
necessárias para o cuidado com a qualidade da água que será 
consumida pelas pessoas e animais. Além disso, é importante entender 
sobre as doenças relacionadas ao seu uso. 
Assim, para exercer seu trabalho em saúde, o agente precisa ter 
informações sobre as formas de abastecimento e consumo de água nos 
territórios, desde as maneiras mais simples até as mais complexas. 
Entende-se por sistema de abastecimento de água para consumo 
humano as instalações de obras civis destinadas à produção e à 
distribuição canalizada de água para as populações sob a 
responsabilidade do poder público. Além dessa forma, temos as soluções 
alternativas de abastecimento coletivo de água, como as fontes, poços 
comunitários, distribuição por veículos transportadores, instalações em 
condomínios horizontais ou verticais, bem como as soluções individuais, 
que são aquelas soluções alternativas que atendem apenas a um 
domicílio.
Este exercício possibilita que você visualize várias soluções encontradas 
pela população para enfrentar problemas com o abastecimento de 
água.
Vamos para a quarta camada de informação do nosso mapa!
 
 
Lembra-se do nosso 
mapa?
48
Existem soluções alternativas INDIVIDUAIS? De onde vem a água que 
abastece nossa cidade? Vamos verificar no SEU mapa?
4ª camada
Figura 19 - Exemplo da quarta camada de informações.
Fonte: Desenho da autora, 2022.
Vamos localizar no mapa as soluções 
alternativas COLETIVAS de abastecimento de 
água, se houver?
49
RISCOS NO 
TRABALHO - 
NOTIFICAÇÃO EM 
SAÚDE DO 
TRABALHADOR
Quais são os agravos e as 
doenças relacionados ao 
trabalho?
É muito importante destacar que a saúde de trabalhadores no 
Brasil é tema que deve estar presente em todas as ações de 
saúde, por isso também está presente na temática da saúde 
ambiental. É sabido que as atividades de trabalho, as 
chamadas atividades laborais, estão sujeitas a muitos riscos. 
Os fatores de risco no trabalho são classificados em cinco 
grupos:
1. Riscos físicos: ruído, vibração, frio, calor, umidade, radiações 
ionizantes e não ionizantes, pressões atmosféricas anormais.
2. Riscos químicos: poeiras, fumos, névoas, neblinas, vapores, gases 
e líquidos utilizados nos processos produtivos, que podem entrar 
em contato com o trabalhador.
3. Riscos biológicos: bactérias,vírus, protozoários, insetos, animais 
peçonhentos, etc.
4. Riscos ergonômicos: reúne cargas físicas, como o levantamento 
e transporte de peso, o esforço físico, as posturas inadequadas, 
as longas jornadas de trabalho, o trabalho em turnos e o trabalho 
noturno; as cargas psíquicas como a monotonia, a repetitividade, 
a demanda por atenção, a responsabilidade, a pressão por 
produtividade, o ritmo de trabalho, as relações com a hierarquia 
e os colegas, entre muitos outros relacionados à forma como se 
organiza o trabalho.
5. Riscos de acidentes: máquinas, ferramentas e equipamentos 
inflamáveis e explosivos; eletricidade, transporte e movimentação 
de cargas, etc.
51
Para o Agente Comunitário de Saúde (ACS) e para o Agente de Combate 
às Endemias (ACE), o conhecimento dos riscos possivelmente 
relacionados ao trabalho é muito importante para auxiliar no 
planejamento de ações de vigilância em saúde e, assim, participar das 
intervenções nos ambientes de trabalho e nos territórios. Em conjunto 
com a equipe de saúde, os agentes podem registrar os agravos no 
sistema de informação específico, o SINAN - Sistema de Informação de 
Agravos de Notificação do Ministério da Saúde. 
Esse registro pode acontecer nas visitas domiciliares, em instrumento 
próprio da unidade de saúde ou na ficha de notificação de agravos do 
Ministério da Saúde.
De acordo com o guia de vigilância epidemiológica:
 
Notificação é a comunicação da ocorrência de determinada doença ou 
agravo à saúde feita à autoridade sanitária por profissionais de saúde ou 
qualquer cidadão, para fins de adoção de medidas de intervenção 
pertinentes. (BRASIL, 2009). 
Lembre-se: de acordo com o Ministério 
da Saúde:
Vigilância em Saúde do Trabalhador 
(VISAT) é um componente do Sistema 
Nacional de Vigilância em Saúde que visa 
à promoção da saúde e à redução da 
morbimortalidade da população 
trabalhadora, por meio da integração de 
ações que intervenham nos agravos e 
seus determinantes decorrentes dos 
modelos de desenvolvimento e processos 
produtivos. 
52
Os dados sobre acidentes do trabalho (que incluem as doenças 
relacionadas ao trabalho) são gerados pelo Ministério do Trabalho, tendo 
como fonte de informação a Comunicação de Acidente de Trabalho 
(CAT), definida como o instrumento formal de notificação. Entretanto, 
como está associada ao Seguro Social, a CAT apenas é emitida para 
trabalhadores formais, cujos empregadores são obrigados a contribuir 
para o Seguro de Acidentes de Trabalho do Instituto Nacional de 
Seguridade Social (INSS). Isso significa que não são registrados os 
agravos que acontecem com trabalhadores do mercado informal.
Como Agente Comunitário de Saúde (ACS) ou Agente de Combate às 
Endemias (ACE), você pode promover recomendações nos processos de 
trabalho, estando atento às práticas saudáveis e de cuidado com o 
ambiente. Isso dependerá de um conhecimento sobre a população 
trabalhadora do território e das atividades produtivas existentes nos 
lugares. Caracterizar o perfil da população usuária trabalhadora pode 
ser muito útil para o planejamento de ações e para a organização do 
serviço de saúde. 
A avaliação dos processos de trabalho e do ambiente onde ela se realiza 
nos ajuda a caracterizar os aspectos tecnológicos, sociais, culturais e 
ambientais condicionantes da morbidade e mortalidade desses 
trabalhadores. Desenvolver ações educativas na atenção primária, 
principalmente e particularmente nas situações onde forem 
identificados riscos relacionados ao trabalho, bem como proceder com a 
notificação desses casos, promove a saúde do trabalhador.
Algumas doenças relacionadas ao 
trabalho:
 
• Acidente de trabalho;
• Câncer relacionado ao trabalho;
• Doenças de pele relacionadas ao 
trabalho;
• Exposição a material biológico;
• Intoxicações relacionadas ao trabalho.
53
AMBIENTE 
SAUDÁVEL E A 
CONSTRUÇÃO DA 
SAÚDE PELO 
AMBIENTE
Como você pode intervir nas 
causas e não somente nos 
efeitos (doenças) 
relacionados aos riscos 
ambientais?
Território e saúde
Para trabalhar com desenvolvimento territorial saudável e saúde 
ambiental, é necessário o levantamento das desigualdades 
socioambientais. Como já estudamos, é importante observar como as 
pessoas vivem e como elas lidam com os resíduos e os dejetos. A 
contaminação da água potável, as intoxicações agudas e crônicas 
relacionadas aos agrotóxicos e os múltiplos efeitos (doenças) que 
resultam dessas adversidades se tornaram graves problemas de saúde 
pública. Embora isso tenha relação com as aglomerações urbanas, é 
indiscutível que a poluição ambiental e o crescimento desordenado das 
cidades têm impacto na vida e na saúde das pessoas tanto nos espaços 
urbanos quanto nos rurais. 
Assim sendo, as atividades dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e 
dos Agentes de Combate às Endemias (ACE) estão voltadas para 
problemas de saúde pública nos territórios de atenção à saúde. Esses 
problemas ou riscos são constituídos por muitos fatores, e a boa 
comunicação sobre eles é determinante para o encaminhamento de 
suas soluções. Nesta disciplina, identificamos que os mapas e a ação de 
mapear nos auxiliam na localização dos problemas de saúde e do 
ambiente, na identificação das fontes de poluição e na construção da 
rede intersetorial de atuação nos territórios de cuidado e atenção à 
saúde.
55
Figura 20 - Inter-relacionamento entre dados epidemiológicos e ambientais.
Fonte: Desenho da autora, 2022.
O esquema acima procura demonstrar que os dados epidemiológicos 
podem caracterizar a pessoa, o lugar e o tempo em que ocorrem as 
doenças. Nesta disciplina, todo caso localizado no domicílio está 
representado pela doença e por características particulares das pessoas 
doentes. Essas características podem estar determinadas, por sua vez, 
pela renda familiar, pelas condições da moradia, pela forma como a 
pessoa trata seus resíduos. Tudo isso relacionado traz, por fim, efeitos 
sobre a saúde.
Nosso exercício final, não compõe sua avaliação final formal, mas sim 
busca reunir todo seu aprendizado neste desafio proposto ao longo da 
disciplina: produzir, visualizar e finalizar nosso mapa; estabelecer 
conexões possíveis entre o lugar dos casos de adoecimento e o seu 
contexto permeado das condições e determinantes socioambientais.
Mas afinal... Para quê o ACS e o ACE 
devem saber sobre os mapas de 
saúde então?
 O CASO ATRIBUTOS INDIVIDUAIS EFEITOS SOBRE A SAÚDE
 A doença ou Agravo Características Singulares da Pessoa Desconfortos, injustiças, assédios.
 O LUGAR DO CASO DETERMINANTES SOCIOAMBIENTAIS EXPOSIÇÃO
 Domicílio habitação, renda, condições ambientais.
56
Os mapas de saúde servem, 
antes de tudo, para o 
inter-relacionamento entre 
dados epidemiológicos e 
ambientais.
5ª camada
Nossa última camada de informação: criar as legendas; identificar os 
atores sociais, os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e os Agentes de 
Combate às Endemias (ACE), a rede de atuação e todos os pontos de 
interesse para o trabalho voltado à saúde e ao ambiente. 
 
 
Figura 21 - Combinação das camadas do exemplo de mapa de saúde e elaboração.
Fonte: Desenho da autora, 2022.
Figura 22 - Exemplo de mapa de saúde com todas as camadas.
Fonte: Desenho da autora, 2022.
57
Para além de sua localização geográfica, o mapeamento de 
informações, indicando no espaço as forças sociais em ação, os fluxos e 
movimentos humanos nos territórios, nos permite, por meio dessa 
experiência, trilhar um caminho de construção dinâmica da saúde pelo 
ambiente, visualizando os pontos fixos do território e suas conexões em 
rede. 
58
RETROSPECTIVA
60
Nesta disciplina, você viu que produzir saúde não é exclusividade do 
setor saúde. Estudos indicam que os resultadosna saúde da população 
alcançados por meio da melhoria na educação, no transporte, na coleta 
e no destino dos resíduos, na cultura, no esporte, no lazer, na defesa da 
qualidade ambiental, nas práticas de uso do solo, são muito mais 
intensos e duradouros do que os resultados de ações focadas nas 
doenças. 
O trabalho do agente de saúde, em equipe, de forma intersetorial e em 
rede, promove comunicação sobre os riscos envolvidos no processo 
saúde-doença, bem como sobre as vulnerabilidades a que as 
populações estão expostas. Trata-se de nomear os fatores ambientais 
nocivos à saúde presentes nos territórios. Esse jeito de pensar o trabalho 
tem apresentado maior equidade e melhores resultados na saúde das 
pessoas e do ambiente.
Busque informações sobre essa temática para recordar, refletir e ampliar 
seus conhecimentos. Participe das atividades propostas, exercite o seu 
protagonismo. 
No nosso próximo encontro, daremos início aos estudos do módulo 
Promoção, Prevenção e Comunicação.
Até breve!
60
BIBLIOGRAFIA
62
ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária; IDEC, Instituto 
Brasileiro de Defesa do Consumidor. Guia Didático: Vigilância 
Sanitária – alimentos, medicamentos, produtos e serviços de 
interesse da saúde. Brasília: ANVISA, 2007. E-book. Disponível em: 
https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicaco
es/educacao-e-pesquisa/publicacoes-sobre-educacao-e-pesq
uisa/vigilancia-sanitaria-guia-didatico.pdf/view. 42. Acesso em: 
01 dez. 2022.
BRASIL. Ministério da Saúde; Conselho Nacional de Saúde. 
Subsídios para construção da política nacional de saúde 
ambiental. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2009a. (Série 
B. Textos Básicos de Saúde). Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/subsidios_construc
ao_politica_saude_ambiental.pdf. Acesso em: 01 dez. 2022.
BRASIL. Ministério da Saúde; Secretaria de Vigilância em Saúde; 
Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do 
Trabalhador. Saúde ambiental: guia básico para construção de 
indicadores. Brasília: Ministério da Saúde, 2011. (Série B. Textos 
básicos de saúde). 
 
BRASIL. Ministério da Saúde; Secretaria de Gestão do Trabalho e 
da Educação na Saúde; Departamento de Gestão da Educação 
na Saúde. Programa de Qualificação de Agentes Indígenas de 
Saúde (AIS) e Agentes Indígenas de Saneamento (AISAN). 
Brasília: Ministério da Saúde, 2016. E-book. Disponível em: 
http://www.matogrossodosul.fiocruz.br/pesquisa/saude-dos-pov
os-indigenas/projeto-de-estruturacao-do-curso-de-qualificaca
o-e-capacitacao-para-agentes-indigenas-de-saude-ais-e-ag
entes-indigenas-de-saneamento-aisan. Acesso em: 01 dez. 2022.
CLIMAINFO. (2021). Dois anos depois, derramamento de óleo no 
Nordeste segue um mistério. Disponível em: 
https://climainfo.org.br/2021/08/30/dois-anos-depois-derramam
ento-de-oleo-no-nordeste-segue-um-misterio/#:~:text=H%C3%
A1%20dois%20anos%2C%20o%20Brasil,tipo%20da%20hist%C3%B3ria
%20do%20pa%C3%ADs . Acesso em: 01 dez. 2022.
DIAS, G. da M. Cidade sustentável: fundamentos legais, política 
urbana, meio ambiente, saneamento 23, p. 108–116, 2012. 
DI BERNARDO, L.; DANTAS, A. D. B. Métodos e técnicas de 
tratamento de água. 2. ed. São Carlos: RiMa, 2005. 
KELLY, Bruno. Desmatamento e Queimadas 2020. 2020. In: Perfil 
Agência Amazônia Real na Flicr.com. Disponível em: 
https://www.flickr.com/photos/amazoniareal/50223707533/. 
Acesso em: 30 nov. 2022.
 
 
https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/educacao-e-pesquisa/publicacoes-sobre-educacao-e-pesquisa/vigilancia-sanitaria-guia-didatico.pdf/view.%2042
https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/educacao-e-pesquisa/publicacoes-sobre-educacao-e-pesquisa/vigilancia-sanitaria-guia-didatico.pdf/view.%2042
https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/educacao-e-pesquisa/publicacoes-sobre-educacao-e-pesquisa/vigilancia-sanitaria-guia-didatico.pdf/view.%2042
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/subsidios_construcao_politica_saude_ambiental.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/subsidios_construcao_politica_saude_ambiental.pdf
http://www.matogrossodosul.fiocruz.br/pesquisa/saude-dos-povos-indigenas/projeto-de-estruturacao-do-curso-de-qualificacao-e-capacitacao-para-agentes-indigenas-de-saude-ais-e-agentes-indigenas-de-saneamento-aisan
http://www.matogrossodosul.fiocruz.br/pesquisa/saude-dos-povos-indigenas/projeto-de-estruturacao-do-curso-de-qualificacao-e-capacitacao-para-agentes-indigenas-de-saude-ais-e-agentes-indigenas-de-saneamento-aisan
http://www.matogrossodosul.fiocruz.br/pesquisa/saude-dos-povos-indigenas/projeto-de-estruturacao-do-curso-de-qualificacao-e-capacitacao-para-agentes-indigenas-de-saude-ais-e-agentes-indigenas-de-saneamento-aisan
http://www.matogrossodosul.fiocruz.br/pesquisa/saude-dos-povos-indigenas/projeto-de-estruturacao-do-curso-de-qualificacao-e-capacitacao-para-agentes-indigenas-de-saude-ais-e-agentes-indigenas-de-saneamento-aisan
https://climainfo.org.br/2021/08/30/dois-anos-depois-derramamento-de-oleo-no-nordeste-segue-um-misterio/#:~:text=H%C3%A1%20dois%20anos%2C%20o%20Brasil,tipo%20da%20hist%C3%B3ria%20do%20pa%C3%ADs
https://climainfo.org.br/2021/08/30/dois-anos-depois-derramamento-de-oleo-no-nordeste-segue-um-misterio/#:~:text=H%C3%A1%20dois%20anos%2C%20o%20Brasil,tipo%20da%20hist%C3%B3ria%20do%20pa%C3%ADs
https://climainfo.org.br/2021/08/30/dois-anos-depois-derramamento-de-oleo-no-nordeste-segue-um-misterio/#:~:text=H%C3%A1%20dois%20anos%2C%20o%20Brasil,tipo%20da%20hist%C3%B3ria%20do%20pa%C3%ADs
https://climainfo.org.br/2021/08/30/dois-anos-depois-derramamento-de-oleo-no-nordeste-segue-um-misterio/#:~:text=H%C3%A1%20dois%20anos%2C%20o%20Brasil,tipo%20da%20hist%C3%B3ria%20do%20pa%C3%ADs
https://www.flickr.com/photos/amazoniareal/50223707533/
MALAFAIA, Leonardo. Fotógrafo da Folha é primeiro brasileiro a 
ganhar internacional Concurso Andrei Stenin. 2020. In: Folha de 
Pernambuco. Disponível em: 
https://www.folhape.com.br/noticias/fotografo-da-folha-de-perna
mbuco-e-vence-premio-internacional/144613/. Acesso em: 01 dez. 
2022.
NASCIMENTO, Douglas. Lixo na Julio Mesquita. 2009. In: Perfil Mílton 
Jung em Flickr.com. Disponível em: 
https://www.flickr.com/photos/cbnsp/3981976565. Acesso em: 30 
nov. 2022.
NIJDAM, Alicia. Rocinha Favela. 2008. In: Perfil de Alicia Nijdam em 
Flickr.com. Disponível em: 
https://www.flickr.com/photos/anijdam/2361799355/. Acesso em: 01 
nov. 2022.
NOGUEIRA, Helena; REMOALDO, Paula Cristina. Olhares Geográficos 
sobre a Saúde. Lisboa: Edições Colibri, 2010.
 
PEDROSA, Manoel. Voluntários contam por que ajudam na limpeza 
de praias atingidas por óleo no Nordeste e relatam o que viram no 
local. 2019. In: G1.COM. Disponível em: 
https://g1.globo.com/natureza/desastre-ambiental-petroleo-praia
s/noticia/2019/10/22/voluntarios-contam-por-que-ajudam-na-lim
peza-de-praias-atingidas-por-oleo-no-nordeste-e-relatam-o-qu
e-viram-no-local.ghtml. Acesso em: 01 nov. 2022.
PAPINI, S. Vigilância em Saúde Ambiental: Uma Nova Área da 
Ecologia. 2. ed. rev. e amp. Rio de Janeiro: Atheneu, 2012. 
 
SILVA, N. C.; ANDRADE, C. S. Agente comunitário de saúde: questões 
ambientais e promoção da saúde em comunidades ribeirinhas. 
Trabalho, Educação e Saúde, v. 11, p. 113–128, 2013. 
SOUZA, W. A. de. Tratamento de Água. Natal: CEFET/RN, 2007. 
E-book. Disponível em: 
https://memoria.ifrn.edu.br/bitstream/handle/1044/997/Tratament
o%20de%20A%CC%81gua%20-%20Ebook.pdf?sequence=1&isAllowed
=y. 43. Acesso em: 01 dez. 2022.
TAMBELLINI, A. T.; MIRANDA, A. C. de. Saúde e Ambiente. In: CARVALHO, 
A. I. de et al. (org.). Políticas e sistema de saúde no Brasil. 2 ed. rev. 
e ampl. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2012. p. 1037–1073. 
VILAR, Rodrigo. Arquitetura da cidade de Paraisópolis! 2014. In: 
Wikimedia Commons. Disponível em: 
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Parais%C3%B3polis_I.jpg. 
Acesso em: 01 nov. 2022.
63
https://www.flickr.com/photos/cbnsp/3981976565
https://www.flickr.com/photos/anijdam/2361799355/
https://g1.globo.com/natureza/desastre-ambiental-petroleo-praias/noticia/2019/10/22/voluntarios-contam-por-que-ajudam-na-limpeza-de-praias-atingidas-por-oleo-no-nordeste-e-relatam-o-que-viram-no-local.ghtmlhttps://g1.globo.com/natureza/desastre-ambiental-petroleo-praias/noticia/2019/10/22/voluntarios-contam-por-que-ajudam-na-limpeza-de-praias-atingidas-por-oleo-no-nordeste-e-relatam-o-que-viram-no-local.ghtml
https://g1.globo.com/natureza/desastre-ambiental-petroleo-praias/noticia/2019/10/22/voluntarios-contam-por-que-ajudam-na-limpeza-de-praias-atingidas-por-oleo-no-nordeste-e-relatam-o-que-viram-no-local.ghtml
https://g1.globo.com/natureza/desastre-ambiental-petroleo-praias/noticia/2019/10/22/voluntarios-contam-por-que-ajudam-na-limpeza-de-praias-atingidas-por-oleo-no-nordeste-e-relatam-o-que-viram-no-local.ghtml
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Parais%C3%B3polis_I.jpg
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
ÁGUA E VIDA; ASSEMAE; FUNASA. 1º DIAGNÓSTICO NACIONAL DOS 
SERVIÇOS DE SANEAMENTO. Brasília: ASSEMAE/FUNASA, 1996.
BRASIL. Ministério da saúde. Secretaria de vigilância em saúde. 
Boas práticas no abastecimento de água: procedimentos para 
minimização de riscos à saúde. Brasília, DF, 2006b (seria A. 
Normas e manuais técnicos.). Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/boas_praticas_agu
a.pdf. Acesso em: 01 dez. 2022.
BRASIL. Ministério da Saúde; Secretaria de Vigilância em Saúde; 
Departamento de Vigilância Epidemiológica. Guia de Vigilância 
Epidemiológica.7. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2009b.
DARDOT, Pierre. Comum: ensaio sobre a revolução no século XXI – 
tradução Mariana Echalar. São Paulo: Boitempo,2017.
G1. Voluntários contam por que ajudam na limpeza de praias 
atingidas por óleo no Nordeste e relatam o que viram no local. G1. 
Rio de Janeiro, p. 1-1. 22 out. 2019. Disponível em: 
https://g1.globo.com/natureza/desastre-ambiental-petroleo-prai
as/noticia/2019/10/22/voluntarios-contam-por-que-ajudam-na-l
impeza-de-praias-atingidas-por-oleo-no-nordeste-e-relatam-o
-que-viram-no-local.ghtml. Acesso em: 01 dez. 2022.
IBGE. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2017: 
Abastecimento de água e esgotamento sanitário. Rio de Janeiro: 
IBGE, 2020. Disponível em: 
https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101734.pdf. 
Acesso em: 01 dez. 2022.
LAURELL, A.C.; NORIEGA, M. Processo de produção e saúde: trabalho 
e desgaste operário. São Paulo: Hucitec, 1989
 
LEFF, Enrique. Saber ambiental. 10. ed. Petrópolis (RJ): Editora 
Vozes, 2013. 
 
 
 
64
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/boas_praticas_agua.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/boas_praticas_agua.pdf
https://g1.globo.com/natureza/desastre-ambiental-petroleo-praias/noticia/2019/10/22/voluntarios-contam-por-que-ajudam-na-limpeza-de-praias-atingidas-por-oleo-no-nordeste-e-relatam-o-que-viram-no-local.ghtml
https://g1.globo.com/natureza/desastre-ambiental-petroleo-praias/noticia/2019/10/22/voluntarios-contam-por-que-ajudam-na-limpeza-de-praias-atingidas-por-oleo-no-nordeste-e-relatam-o-que-viram-no-local.ghtml
https://g1.globo.com/natureza/desastre-ambiental-petroleo-praias/noticia/2019/10/22/voluntarios-contam-por-que-ajudam-na-limpeza-de-praias-atingidas-por-oleo-no-nordeste-e-relatam-o-que-viram-no-local.ghtml
https://g1.globo.com/natureza/desastre-ambiental-petroleo-praias/noticia/2019/10/22/voluntarios-contam-por-que-ajudam-na-limpeza-de-praias-atingidas-por-oleo-no-nordeste-e-relatam-o-que-viram-no-local.ghtml
https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101734.pdf
MATERIAL COMPLEMENTAR
 
Documentário “Todo mapa tem um Discurso”. Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=une8_pHnroY. Acesso em: 01 
dez. 2022.
 
TENDLER, Silvio. O fio da meada. Youtube. 2019. Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=x5Hk9PLVwBQ. Acesso em: 01 
dez. 2022.
ONU. Declaração do Rio de Janeiro. Estudos Avançados [online]. 
1992, v. 6, n. 15, p. 153-159. Disponível em: 
<https://doi.org/10.1590/S0103-40141992000200013>. Epub 08 Ago 
2008. Acesso em: 01 dez. 2022.
PORTO, Marcelo Firpo. Saúde, ecologias, emancipação: 
conhecimentos alternativos em tempos de crise. São Paulo: 
Hucitec, 2021. 
RADICCHI, A. L. A.; LEMOS, A. F. Saúde ambiental. Biblioteca Virtual do 
NESCON. Belo Horizonte: Nescon/UFMG, 2009. E-book. Disponível em: 
https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/registro/Saude_a
mbiental/657. Acesso em: 01 dez. 2022.
SABROZA, Paulo Chagastelles; WALTNER-TOEWS, David. Editorial. 
Cadernos de saúde pública, vol. 17. Rio de Janeiro: Suplemento. 
2001.
TEIXEIRA, C. F.; COSTA, E. A. Vigilância da Saúde e Vigilância 
Sanitária: concepções, estratégias e práticas. Texto preliminar 
elaborado para debate no 20º Seminário Temático da Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília, 26 mar. 2003 (Cooperação 
Técnica ISC/Anvisa).
TRIVELATO, G. O processo de gestão de riscos nos locais de trabalho 
– aspectos técnicos. In: Ministério do Trabalho e Emprego. Gestão 
de riscos no trabalho. Brasília: MTE, 2001. pp. 3-57
Conte-nos a sua opinião sobre
essa publicação. Clique aqui
e responda à pesquisa.
65
https://www.youtube.com/watch?v=une8_pHnroY
https://www.youtube.com/watch?v=x5Hk9PLVwBQ
https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/registro/Saude_ambiental/657
https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/registro/Saude_ambiental/657
https://customervoice.microsoft.com/Pages/ResponsePage.aspx?id=00pVmiu1Ykijb4TYkeXHBcuyUSjBpEtCq8T0cY9k8jBUN0NRS0FYWVhDWjBKT1FUUUM5OFRLOVNPMS4u
67
Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde
bvsms.saude.gov.br

Mais conteúdos dessa disciplina