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Júlia Demuner - MED UVV XXIX Volumes e Capacidades Pulmonares Os volumes pulmonares são convencionalmente divididos em quatro volumes primários e quatro capacidades . Fisiologicamente, os volumes e capacidades pulmonares variam em função de muitos fatores tais como: gênero, idade, superfície corporal, atividade física, postura. - Volume corrente: quantidade de ar inspirada ou expirada espontaneamente em cada ciclo respiratório, em geral, oscila entre 350 e 500 mℓ. - Volume de reserva inspiratório: volume máximo que pode ser inspirado voluntariamente a partir do final de uma inspiração espontânea. - Volume de reserva expiratório: volume máximo que pode ser expirado voluntariamente a partir do final de uma expiração espontânea. - Volume residual: volume de gás que permanece no interior dos pulmões após a expiração máxima (não pode ser medido pelo espirógrafo simples). - Capacidade vital: quantidade de gás mobilizada entre uma inspiração e uma expiração máximas, é a soma de três volumes primários, corrente, de reserva inspiratório e de reserva expiratório. - Capacidade inspiratória: volume máximo inspirado a partir do final de uma expiração espontânea , corresponde à soma dos volumes corrente e de reserva inspiratório. - Capacidade residual funcional: quantidade de gás contida nos pulmões no final de uma expiração espontânea , corresponde à soma dos volumes de reserva expiratório e residual (não pode ser medido pelo espirógrafo simples). - Capacidade pulmonar total: quantidade de gás contida nos pulmões ao final de uma inspiração máxima, equivale à adição dos quatro volumes primários (não pode ser medido pelo espirógrafo simples). Júlia Demuner - MED UVV XXIX Espirometria - Aires, cap.41 A espirometria é a medida da quantidade de ar inspirado e expirado e dos fluxos respiratórios. Aplicações: exame utilizado para determinar a causa ventilatória da dispnéia, quantificar a disfunção ventilatória, assim como, acompanhar a função pulmonar e a resposta ao tratamento. Indicações: Tosse crônica; Fumante (diagnóstico precoce); Asma (avaliação da dispneia); Volumes Pulmonares Esses volumes e capacidades recebem denominações próprias: - Volume corrente: quantidade de ar inspirada ou expirada espontaneamente em cada ciclo respiratório, em geral, oscila entre 350 e 500 mℓ. - Volume de reserva inspiratório: volume máximo que pode ser inspirado voluntariamente a partir do final de uma inspiração espontânea. - Volume de reserva expiratório: volume máximo que pode ser expirado voluntariamente a partir do final de uma expiração espontânea. - Volume residual: volume de gás que permanece no interior dos pulmões após a expiração máxima (não pode ser medido pelo espirógrafo simples). - Capacidade vital: quantidade de gás mobilizada entre uma inspiração e uma expiração máximas, é a soma de três volumes primários, corrente, de reserva inspiratório e de reserva expiratório. - Capacidade inspiratória: volume máximo inspirado a partir do final de uma expiração espontânea , corresponde à soma dos volumes corrente e de reserva inspiratório. - Capacidade residual funcional: quantidade de gás contida nos pulmões no final de uma expiração espontânea , corresponde à soma dos volumes de reserva expiratório e residual (não pode ser medido pelo espirógrafo simples). - Capacidade pulmonar total: quantidade de gás contida nos pulmões ao final de uma inspiração máxima, equivale à adição dos quatro volumes primários (não pode ser medido pelo espirógrafo simples). Exame A espirometria permite medir o volume de ar inspirado e expirado e os fluxos respiratórios, sendo especialmente útil a análise dos derivados da manobra expiratória forçada. Para realização deste exame é fundamental a compreensão e colaboração do paciente, equipamentos exatos e técnicas padronizadas. A espirometria não é capaz de medir o VR, CRF e CPT . Parâmetros Avaliados - Capacidade vital forçada (CVF): volume máximo de ar exalado com esforço máximo, a partir do ponto de máxima inspiração (L). Júlia Demuner - MED UVV XXIX - Volume expiratório forçado no 1º segundo (VFE1): volume de ar exalado no primeiro segundo da manobra de capacidade vital forçada (gravidade da obstrução de vias aéreas) (L) → gravidade da obstrução. - VEF1/CVF (índice de Tiffeneau): relação volume expiratório forçado no primeiro segundo/capacidade vital forçada → se reduzido abaixo de 70, indica obstrução de vias aéreas. - Fluxo expiratório forçado médio (FEF): representa o fluxo expiratório forçado médio de um segmento obtido na manobra de capacidade vital forçada (L/s). - Fluxo expiratório forçado médio (FEF) (25-75%): fluxo expiratório forçado de 25% a 75% da capacidade vital forçada (L/s). Representa a resistência das vias aéreas de médio calibre (na asma, como em outras doenças respiratórias, a resistência ao fluxo aéreo torna-se particularmente grande durante a expiração. - Pico de fluxo expiratório (PFE): representa o fluxo máximo de ar durante a manobra de capacidade vital forçada (L/s). Curvas da Espirometria Fluxo - Volume O fluxo expiratório, geralmente, se inicia com o fluxo alto que vai decaindo até que chegue a zero (pessoa soltou todo ar que consegue soltar). Consiste em uma análise gráfica do fluxo gerado durante a manobra de CVF desenhado contra a mudança de volume, cujas características da curva podem demonstrar quadros obstrutivos e restritivos. Volume - Tempo Inspiração é sempre ramo descendente e a expiração é sempre o ramo ascendente . Na expiração, observamos que a capacidade vital forçada atinge um platô (volume máximo que a pessoa consegue exalar). Critérios de Aceitação Mínimo de 3 manobras aceitáveis (caso uns dos itens abaixo seja feito de maneira errônea, o sistema não registrará a espirometria): - Inspiração máxima antes do teste; - Expiração sem hesitação; - Platô (estagnação do volume exalado) de pelo menos 1 segundo. Distúrbios Ventilatórios Valores de referência (preditos) são valores médios obtidos através de uma amostra representativa de determinada população. São calculados de acordo com características antropométricas : sexo, idade e altura. Distúrbio Restritivo Júlia Demuner - MED UVV XXIX - curva fluxo-volume: teremos uma curva no mesmo formato, só que em miniatura . - curva volume-tempo: o indivíduo irá soltar o ar, mas o platô é abaixo, pois a pouca insuflação pulmonar (ao exalar pouco, alcança-se o platô mais rapidamente). - A CVF normal pré ou pós broncodilatador exclui presença de distúrbio restritivo , pois este deveria se apresentar com valores muito baixos. Distúrbio Obstrutivo - curva fluxo-volume: teremos uma curva em formato de dente , há um decaimento brusco da curva de fluxo expiratório pois o indivíduo não consegue exalar todo o ar. - curva volume-tempo: o platô obstrutivo demora para ser alcançado (demora uns 10 segundos para ser estabelecido).