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Compreensão e interpretação de texto
Qual a diferença entre compreensão e interpretação de
texto?
A compreensão de um texto é a análise e decodificação do que está
realmente escrito, seja das frases ou das ideias presentes.
Já a interpretação de texto, está ligada às conclusões que podemos
chegar ao conectar as ideias do texto com a realidade. É o
entendimento subjetivo que o leitor teve sobre o texto.
É possível compreender um texto sem interpretá-lo, porém não é
possível interpretá-lo sem compreendê-lo.
Compreensão de texto Interpretação de texto
O que é
É a análise do que está escrito
no texto, a compreensão das
frases e ideias presentes.
É o que podemos concluir sobre o
que está escrito no texto. É o modo
como interpretamos o conteúdo.
Informação
A informação está presente no
texto.
A informação está fora do texto,
mas tem conexão com ele.
Análise
Trabalha com a objetividade,
com as frases e palavras que
estão escritas no texto.
Trabalha com a subjetividade, com
o que você entendeu sobre o texto.
O que é compreensão de texto?
A compreensão de texto significa decodificá-lo para entender o que foi
dito. É a análise objetiva e a assimilação das palavras e ideias
presentes no texto.
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As expressões que geralmente se relacionam com a compreensão
são:
• Segundo o texto…
• De acordo com o autor…
• No texto…
• O texto informa que...
• O autor sugere…
O que é interpretação de texto?
A interpretação do texto é o que podemos concluir sobre ele, após
estabelecer conexões entre o que está escrito e a realidade. São as
conclusões que podemos tirar com base nas ideias do autor. Essa
análise ocorre de modo subjetivo e está relacionada com a dedução
do leitor.
Existe uma ciência que estuda a teoria da interpretação, chamada de
hermenêutica. Trata-se de um ramo da filosofia que explora a
interpretação de textos em diversas áreas, como literatura, religião e
direito.
Na interpretação de texto, as expressões geralmente utilizadas são:
• Diante do que foi exposto, podemos concluir…
• Infere-se do texto que…
• O texto nos permite deduzir que…
• Conclui-se do texto que...
• O texto possibilita o entendimento de...
1. Leia todo o texto pausadamente
O primeiro contato com o texto é muito importante. É nesse momento
que você vai saber qual o assunto tratado e qual a posição do seu
autor.
Leia devagar e sem interromper a leitura.
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2. Releia o texto e marque todas as
palavras que não sabe o significado
Agora que você já sabe qual é o assunto, na segunda leitura você dará
início a uma fase mais detalhada.
Na existência de palavras desconhecidas, anote em um rascunho ou
sublinhe no próprio texto.
3. Veja o significado de cada uma delas no
dicionário e anote
Consulte o dicionário e anote os sinônimos ou a explicação do seu
sentido. Releia o texto substituindo as palavras desconhecidas por
aquelas que você já conhece.
Isso não só ajuda a entender um texto em específico, como também
aumenta o seu vocabulário.
4. Separe os parágrafos do texto e releia
um a um fazendo o seu resumo
Separe o texto em parágrafos. À medida que lê, utilize um rascunho
para fazer um resumo daquilo que leu.
A partir daí você está exercitando a sua capacidade em compreender
a leitura.
Resuma aquilo que leu. Agregar ao texto ideias precipitadas não
demonstra concentração, e isso pode levar você a divagar no assunto
e, inclusive, tirar conclusões erradas.
5. Elabore uma pergunta para cada
parágrafo e responda
Ler pode ser uma atitude passiva, mas quando você experimenta usar
o texto fazendo perguntas sobre ele e respondendo, absorve melhor o
teor das suas palavras e os seus significados.
Nesse momento você poderá perceber que, afinal, ainda havia muita
coisa para entender.
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6. Questione a forma usada para escrever
Questione o motivo pelo qual o autor usou determinada forma para se
expressar. Qual teria sido a sua intenção para escrever assim e não de
outro modo?
E a palavras utilizadas, será que elas indicam alguma coisa?
7. Faça um novo texto com as suas
palavras, mas siga as ideias do autor
Assinale as ideias principais e se certifique que as inclui no texto.
Escrever o mesmo, mas com as suas palavras é uma prova de que
entendeu aquilo que leu.
No final, certifique-se de que não “colocou palavras na boca do autor”,
dizendo algo que não foi mencionado no texto por ele.
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 1
TEXTO 1
Um filme é uma criatura muito especial, muito específica, nascida das
mesmas vontades antigas que levaram nossos antepassados a narrar uma
caçada ao mamute nas paredes das cavernas. Num filme está um impulso ao
mesmo tempo mais primitivo que o da leitura e mais tecnologicamente
sofisticado que o do teatro. Como na leitura, queremos narrativas que
alimentem a nossa imaginação − mas diferentemente do livro, onde mundos
interiores, paisagens distantes, estados de espírito ou intenções ocultas
podem ser descritos, deixando-a preencher o vácuo, o filme tem a
obrigação de nos mostrar visualmente cada uma dessas coisas. Como no
teatro, ele propõe a apreciação do movimento, da presença humana, da
máscara do personagem − mas apenas com a intermediação da imagem
captada. E assim, desse jeito tão peculiar, o cinema tem capturado nossa
atenção, nossa imaginação e nosso tempo há mais de um século.
Nos primórdios do cinema não havia montagem porque não havia o que
montar: encantadas com a novidade da imagem em movimento, as plateias
do final do século XIX contentavam-se com uma tomada estática, que durava
algo em torno de três minutos. A necessidade de aumentar a duração das
sessões só podia ser resolvida com a adição de mais imagens, um problema
que Edwin Porter resolveu com inventividade. Em pouco mais de seis
minutos, Porter costura cenas de um dia na vida de um bombeiro,
estabelecendo o conceito narrativo que iria dominar o cinema comercial ao
longo das décadas seguintes: as imagens se sucedem, convidando o
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espectador a organizá-las como uma história linear, com começo meio e
fim.
As normas que hoje regem o mercado da produção cinematográfica mundial
não são exatas e rígidas, mas, basicamente, a filosofia principal é: um filme,
mesmo “barato”, é caro; antes de investir a pequena fortuna necessária para
que ele se torne realidade, há que se tentar ao máximo minimizar os riscos.
E esse processo interessa de perto a nós, os espectadores, porque são as
decisões tomadas durante essa tentativa que, em última análise,
determinam a forma final que um filme terá, se ele será ousado ou
conservador, cheio de estrelas ou repleto de desconhecidos, rodado em
alguma ilha paradisíaca do Pacífico ou dentro de algum estúdio. (Adaptado de:
BAHIANA, Ana Maria. Como ver um filme. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012, formato e-book.)
1. De acordo com o texto, um filme
(A) constitui parte fundamental da cultura moderna, embora seja menos
importante do que a literatura.
(B) oferece, em comparação com a literatura, mais recursos para a
imaginação, que deve preencher com coerência aquilo que nele fica apenas
sugerido.
(C) é menos atraente do que o teatro, pois neste a presença humana tem
mais impacto; no entanto, é uma forma de arte mais acessível e democrática.
(D) origina-se do desejo do homem de narrar aquilo que o rodeia, desejo que
o acompanha desde tempos remotos.
(E) deve ser montado e produzido de forma a criar uma história linear,
verossímil, de modo a conquistar a atenção do espectador.
2. ...são as decisões tomadas durante essa tentativa... (3o parágrafo)
A tentativa mencionada acima refere-se à necessidade de
(A) dominar os princípios que controlam o mercado da produção
cinematográfica.
(B) baratear ao máximo os custos de uma produção cinematográfica.
(C) minimizar os riscos que produzir um filmeoferece.
,(D) trazer atores famosos para um filme, o que o tornaria mais lucrativo.
(E) organizar a história a ser contada de modo convincente para o espectador.
3. ...mais primitivo que o da leitura... (1o parágrafo) ...convidando o
espectador a organizá-las... (2o parágrafo) ...deixando-a preencher
o vácuo... (1o parágrafo).
Os elementos sublinhados acima referem-se, na ordem dada, a:
(A) impulso − imagens − imaginação
(B) tempo − décadas − presença humana
(C) tempo − narrativas − imaginação
(D) filme − plateias − leitura
(E) impulso − imagens − presença humana
4. Infere-se do texto que Edwin Porter foi fundamental, no âmbito
do cinema, para
(A) a trilha sonora.
(B) o diálogo entre personagens.
(C) a verossimilhança.
(D) a produção.
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(E) a montagem.
5. ...onde mundos interiores... (1o parágrafo)
mas diferentemente do livro, onde mundos interiores, paisagens distantes,
estados de espírito ou intenções ocultas podem ser descritos
O elemento sublinhado acima pode ser substituído por:
(A) aos quais
(B) em que
(C) cujos
(D) de que
(E) pelos quais
6. Nos primórdios do cinema não havia montagem porque não havia
o que montar... (2o parágrafo) O sentido e a correção do segmento
acima estão mantidos em:
(A) Nos primórdios do cinema, não havia montagem conquanto não havia o
que montar.
(B) Como não havia montagem, nos primórdios do cinema não havia o que
montar.
(C) Nos primórdios do cinema, portanto, não havia montagem ou o que
montar.
(D) Porém, nos primórdios do cinema, não havia montagem, desde que não
houvesse o que montar.
(E) Visto que não havia o que montar, não havia montagem nos primórdios
do cinema.
TEXTO 2
− E se a vida for como um cardápio? A pergunta pegou Rosinha de surpresa.
Ela levantou os olhos do menu e se deparou com o marido em estado
reflexivo. − Ora, Alfredo, deixe de filosofar e escolha logo o prato que vai
querer. Os dois haviam saído para jantar e estavam na varanda do Bar Lagoa,
de onde se pode ver um cantinho de céu e o Redentor. − Rosinha, pense nas
consequências do que estou dizendo. Se a vida for como um cardápio, nós
talvez estejamos escolhendo errado. No lugar da buchada de bode em que
nossas vidas se transformaram, poderíamos nos deliciar com escargots.
Experimentar sabores novos, mais sofisticados... –
Por que a vida seria como um cardápio, Alfredo? Tenha dó. − E por que não
seria? Ninguém sabe de fato o que é a vida, portanto qualquer acepção é
válida, até prova em contrário. − Benhê, acorda. Ninguém vai aparecer para
servir o seu cardápio imaginário. Na vida, a gente tem que ir buscar. A vida
é mais parecida com um restaurante a quilo, self-service, entende? − Boa
imagem. Concordo com o restaurante a quilo. É assim para quase todo
mundo. Mas, quando evoluímos um pouco, chega a hora em que podemos
nos servir à la carte. Rosinha, nós estamos nesse nível. Podemos fazer opções
mais ousadas. − Alfredo, se você está querendo aventuras, variar o arroz
com feijão, seja claro. Não me venha com essa conversa de cardápio
existencial. Além disso, se a nossa vida virou uma buchada de bode, com
quem você pensa experimentar essa coisa gosmenta, o tal escargot? −
Querida, não reduza minhas ideias a uma trivial variação gastronômica.
Minha hipótese, caso correta, tem implicações metafísicas. Se a vida for como
um cardápio, do outro lado teria que existir o Grand Chef, o criador do menu.
− Alfredo, fofo, agora você viajou na maionese. É o cúmulo querer reconstruir
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o imaginário religioso baseado no funcionamento de um restaurante. Só falta
você dizer que, nesse seu céu, os anjos são os garçons! Nesse momento, dois
chopes desceram sobre a mesa. Flutuaram entre as mãos alvas, quase
diáfanas, de um dos velhos garçons do Bar Lagoa. Alfredo e Rosinha trocaram
olhares de espanto e antes que pudessem dizer que ainda não haviam pedido
nada, o garçom falou com voz grave: − Cortesia da casa. Já olharam o
cardápio?
(FARIA, Antônio Carlos de. "Cardápio existencial". Disponível em:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/ult686u141.shtml)
7. De acordo com o texto,
(A) embora Rosinha negue-se, de início, a dar prosseguimento à discussão
de Alfredo, termina por oferecer-lhe a metáfora que define seus objetivos
como casal, o restaurante a quilo, em que se pode escolher o que se deseja.
(B) a discussão entabulada por Alfredo, que estabelece uma equivalência
entre a vida e a dinâmica do restaurante, encontra oposição na voz de
Rosinha, cujos argumentos apenas se confirmam com a reviravolta ao fim do
texto.
(C) articula-se, em forma de diálogo, a comparação da vida a um cardápio
de restaurante, cujas possibilidades abrem espaço para o questionamento de
nosso livre arbítrio.
(D) ainda que a comparação com um cardápio tenha um caráter bastante
material, leva os interlocutores do diálogo a pensarem em suas implicações
metafísicas, a ponto de esquecerem que pediram dois chopes ao garçom.
(E) revela-se, a partir da discussão entre um casal, a tentativa de
compreensão do destino que é assinalado a todos, o qual restringe as
escolhas e as possibilidades de mudança na vida dos personagens.
GABARITO
1. D
2. C
3. A
4. E
5. B
6. E
7. C
http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/ult686u141.shtml
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Ortografia
Uso do x e do ch
O x é utilizado nas seguintes situações:
Geralmente, depois dos ditongos: caixa, deixa, peixe.
Depois da sílaba -me: mexer, mexido, mexicano.
Palavras com origem indígena ou africana: xará, xavante, xingar.
Depois da sílaba inicial -en: enxofre, enxada, enxame.
Exceções:
A palavra "mecha" (porção de cabelo) escreve-se com ch.
O verbo "encher" escreve-se com ch. O mesmo acontece com as
palavras que dele derivem: enchente, encharcar, enchido.
Escreve-se com x
Escreve-se com ch
bexiga bochecha
bruxa boliche
caxumba broche
elixir cachaça
faxina chuchu
graxa colcha
lagartixa fachada
mexerico mochila
xerife salsicha
xícara tocha
Uso do h
O h é utilizado nas seguintes situações:
No final de algumas interjeições: Ah!, Oh!, Uh!
Por força da etimologia: habilidade, hoje, homem.
Nos dígrafos ch, lh, nh: flecha, vermelho, manha.
Nas palavras compostas: mini-hotel, sobre-humano, super-homem.
Exceção: A palavra Bahia quando se refere ao estado é uma exceção.
O acidente geográfico "baía" é grafado sem h.
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Uso do s e do z
O s é utilizado nas seguintes situações:
Nos adjetivos terminados pelos sufixos -oso / -osa que indicam
grande quantidade, estado ou circunstância: bondoso, feiosa, oleoso.
Nos sufixos -ês, -esa, -isa que indicam origem, título ou profissão:
marquês, francesa, poetisa.
Depois de ditongos: coisa, maisena, lousa.
Na conjugação dos verbos pôr e querer: pôs, quis, quiseram.
O z, por sua vez, é utilizado nas seguintes situações:
Nos sufixos -ez / -eza que formam substantivos a partir de adjetivos:
magro - magreza, belo - beleza, grande - grandeza.
No sufixo - izar, que forma verbo: atualizar, batizar, hospitalizar.
Escreve-se com s
Escreve-se com z
alisar amizade
análise aprazível
atrás azar
através azia
aviso desprezo
gás giz
groselha prazer
invés rodízio
jus talvez
uso verniz
Uso do g e do j
O g é utilizado nas seguintes situações:
Nas palavras que terminem em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio:
presságio, régio, litígio, relógio, refúgio.
Nos substantivos que terminem em -gem: alavancagem, vagem,
viagem.
O j, por sua vez, é utilizado nas seguintes situações:
Palavras com origem indígena: pajé, jerimum, canjica.
Palavras com origem africana: jabá, jiló, jagunço.
Observações:
A conjugação do verbo viajar no Presente do Subjuntivo escreve-se
com j: (Que) eles/elas viajem.
Nos verbos que, no infinitivo, contenham g antes dee ou i, o g é
substituído para j antes do a ou do o, de forma a que seja mantido o
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mesmo som. Assim: afligir - aflija, aflijo; eleger - elejam, elejo; agir -
ajam, ajo.
A cidade Mogi das Cruzes escreve-se com g. A pessoa que nasce ou
que vive é chamada de "mogiano". No entanto, a palavra "mojiano"
existe e, de acordo com o dicionário Michaelis significa "Relativo ou
pertencente à região que era servida pela antiga Estrada de Ferro
Mojiana (de São Paulo a Minas Gerais)."
Escreve-se com g
Escreve-se com j
angélico anjinho
estrangeiro berinjela
gengibre cafajeste
geringonça gorjeta
gim jeito
gíria jiboia
ligeiro jiló
sargento laje
tangerina sarjeta
tigela traje
Parônimos e Homônimos
Há diferentes formas de escrita que existem, ou seja, são aceitas,
mas cujo significado é diferente.
Assim, estamos diante de palavras parônimas quando as palavras
são parecidas na grafia ou na pronúncia, mas têm significados
diferentes.
Exemplos:
cavaleiro (de cavalos) cavalheiro (educado)
comprimento (tamanho) cumprimento (de cumprir ou cumprimentar)
descrição (descrever) discrição (de discreto)
descriminar (absolver) discriminar (distinguir)
emigrar (deixar o país) imigrar (entrar no país)
Por outro lado, podemos estar diante de palavras homônimas quando
as palavras têm a mesma pronúncia, mas significados diferentes.
Exemplos:
cela (cômodo pequeno) sela (de cavalos)
cheque (meio de pagamento) xeque (do xadrez)
esperto (perspicaz) experto (experiente)
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ruço (pardo claro) russo (da Rússia)
tachar (censurar) taxar (fixar taxa)
Terminações SÃO, ÇÃO e SSÃO
Muitos substantivos formados a partir de verbos são escritos com
essas três terminações. Vamos caracterizar seus diferentes
empregos.
Sempre que a palavra for um substantivo derivado dos
verbos TER e TORCER, vai ser escrita com “ç“.
Exemplos:
reter retenção
deter detenção
ater atenção
torcer torção
distorcer distorção
contorcer contorção
Sempre que a palavra for um substantivo derivado de algum verbo
terminado em –ender, -verter ou -pelir, vai ser escrita com “-são“.
Exemplos:
compreender compreensão
ascender ascensão
apreender apreensão
pretender pretensão
reverter reversão
subverter subversão
converter conversão
repelir repulsão
impelir impulsão
expelir expulsão
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Sempre que a palavra for um substantivo derivado de algum verbo
terminado em –gredir, -mitir , -ceder ou -prim, vai ser escrita com “-
ssão“.
Exemplos:
agredir agressão
regredir regressão
progredir progressão
demitir demissão
omitir omissão
admitir admissão
ceder cessão
suceder sucessão
conceder concessão
O uso dos porquês
O uso dos porquês é um dos assuntos da língua portuguesa que mais
causa dúvidas entre os falantes. Para que o emprego dos porquês seja feito
de forma correta, é essencial entender e distinguir as quatro formas:
porque, porquê, por que ou por quê.
Quando usar porque?
Porque (junto e sem acento) é usado principalmente em respostas e em
explicações. Indica a causa ou a explicação de alguma coisa.
Porque pode ser substituído por:
pois;
visto que;
uma vez que;
por causa de que;
dado que;
…
Exemplos com porque
Choro porque machuquei o pé.
Ela não foi à escola porque estava chovendo.
Substituição do porque
Choro pois machuquei o pé.
Choro visto que machuquei o pé.
Ela não foi à escola pois estava chovendo.
Ela não foi à escola uma vez que estava chovendo.
Porque é uma conjunção subordinativa causal ou explicativa, unindo duas
orações que dependem uma da outra para ter sentido completo.
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Quando usar por que?
Por que (separado e sem acento) pode ser usado para introduzir uma
pergunta ou para estabelecer uma relação com um termo anterior da
oração.
Por que interrogativo
Possuindo um caráter interrogativo, por que é usado para iniciar uma
pergunta, podendo ser substituído por:
por que motivo;
por qual motivo;
por que razão;
por qual razão.
Exemplos com por que (interrogativo)
Por que você não foi dormir?
Por que não posso sair com meus amigos?
Substituição do por que (interrogativo)
Por qual motivo você não foi dormir?
Por qual razão você não foi dormir?
Por qual motivo não posso sair com meus amigos?
Por qual razão não posso sair com meus amigos?
Com este uso, por que é formado pela preposição por seguida do pronome
interrogativo que.
Por que relativo
Estabelecendo uma relação com um termo antecedente, por que é usado
como elo de ligação entre duas orações, podendo ser substituído por:
pelo qual;
pela qual;
pelos quais;
pelas quais;
por qual;
por quais.
Exemplos com por que (relativo)
Não achei o caminho por que passei.
As razões por que fui embora são pessoais.
Substituição do por que (relativo)
Não achei o caminho pelo qual passei.
Não achei o caminho por qual passei.
As razões pelas quais fui embora são pessoais.
As razões por quais fui embora são pessoais.
Com este uso, por que é formado pela preposição por seguida do pronome
relativo que.
Quando usar por quê?
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Por quê (separado e com acento) é usado em interrogações. Aparece
sempre no final da frase, seguido de ponto de interrogação ou de um ponto
final.
Por quê pode ser substituído por:
por qual motivo;
por qual razão.
Exemplos com por quê
Você não comeu? Por quê?
O menino foi embora e nem disse por quê.
Substituição do por quê
Você não comeu? Por qual motivo?
Você não comeu? Por qual razão?
O menino foi embora e nem disse por qual motivo.
O menino foi embora e nem disse por qual razão.
Por quê é formado pela preposição por seguida do pronome interrogativo
tônico quê.
Quando usar porquê?
Porquê (junto e com acento) é usado para indicar o motivo, a causa ou a
razão de algo.
Aparece quase sempre junto de um artigo definido (o, os) ou indefinido
(um, uns), podendo também aparecer junto de um pronome ou numeral.
Porquê pode ser substituído por:
o motivo;
a causa;
a razão.
Exemplos com porquê
Todos riam muito e ninguém me dizia o porquê.
Gostaria de saber os porquês de ter sido mandada embora.
Substituição do porquê
Todos riam muito e ninguém me dizia o motivo.
Todos riam muito e ninguém me dizia a razão.
Gostaria de saber os motivos de ter sido mandada embora.
Gostaria de saber as causas de ter sido mandada embora.
Porquê é um substantivo masculino, podendo sofrer flexão em gênero: o
porquê, os porquês.
Dicas para o uso dos porquês
Por que = Usado no início das perguntas.
Por quê? = Usado no fim das perguntas.
Porque = Usado nas respostas.
O porquê = Usado como um substantivo.
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ATIVIDADE
Questão 1
“O conjunto de letras do alfabeto chama-se ______.” Das alternativas
abaixo a que preenche corretamente a lacuna é
a) abecedário
b) abecedalho
c) abcdário
d) abecdário
e) abcedária
Questão 2
Na frase “O lugar onde se vende carne chama-se ______.” A palavra que
preenche a lacuna corretamente é
a) açogue
b) assogue
c) açouge
d) asougue
e) açougue
Questão 3
“A professora pediu que abrissem os cadernos e escrevessem o ______.” A
escrita correta da palavra é
a) cabeçário
b) cabeçalho
c) cabessalho
d) cabezalio
e) cabeçalo
Questão 4
Já chega de criar _____ ! O termo que preenche a lacuna corretamente é
a) impeçilho
b) empessilho
c) impecilho
d) empecilho
e) ipecilho
Questão 5
Assinale a alternativa em que há um erro de ortografia
a) Sabem quais são as propriedades da água?
b) Ninguém mais acredita nas previsões meteorológicas.
c) Eu juro que sou inocente meretíssimo.
d) Todos os dias passo por aquele mendigo.
d) O nó está frouxo.
Questão 6
Assinale a frase gramaticalmente correta
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a) Vamos ao supermercado por quê precisamos comprar verduras.
b) Você nãovai ao concerto essa noite? Porque?
c) Não fui à escola ontem por que fiquei doente.
d) A janta não foi servida por quê?
e) Porquê ela não voltou mais?
Questão 7
A alternativa em que todas as palavras estão escritas corretamente é
a) caçula, açude, paçoca, açaí e açafrão
b) cassula, açude, passoca, açaí e açafrão
c) caçula, assude, paçoca, assaí e açafrão
d) caçula, assude, paçoca, açaí e assafrão
e) cassula, açude, passoca, assaí e assafrão
Questão 8
Todas as alternativas estão corretas, exceto
a) deslize - deslizar
b) enraizado - raiz
c) paralização - paralizar
d) realização - realizar
e) vizinhança - vizinho
Questão 9
“Onde” e “Aonde” são palavras que indicam lugar, entretanto são usadas
em situações diferentes. Das alternativas abaixo, aquela que está incorreta
é
a) Onde ela está?
b) Aonde você quer ir?
c) Não sei aonde começar a caminhada.
d) Onde está o dinheiro?
e) Aonde vai com tamanha pressa?
Questão 10
Preencha corretamente as lacunas com os termos sessão, seção ou cessão
a) A _____ de terapia está atrasada.
b) Aquela moça trabalha na minha _____.
c) A _____ do material solicitado será feita amanhã pela manhã.
d) Chegaremos atrasados à _____ de cinema.
e) Procure isso na _____ dos laticínios.
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Gabarito
1.a) abecedário
2.e) açougue
3.b) cabeçalho
4.d) empecilho
5.c) Eu juro que sou inocente meretíssimo.
6.d) A janta não foi servida por quê?
7.a) caçula, açude, paçoca, açaí e açafrão
8.c) paralização – paralisar
9.c) Não sei aonde começar a caminhada.
10.a) sessão
b) seção
c) cessão
d) sessão
e) seção
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Acentuação Gráfica
A acentuação gráfica consiste na colocação de acento ortográfico para
indicar a pronúncia de uma vogal ou marcar a sílaba tônica de uma
palavra. Os nomes dos acentos gráficos da língua portuguesa são:
• acento agudo (´)
• acento grave (`)
• acento circunflexo (^)
Os acentos gráficos são elementos essenciais que para estabelecem,
por meio de regras, a sonoridade/intensidade das sílabas das
palavras.
Acentuação das palavras oxítonas
As palavras oxítonas são aquelas em que a última sílaba é tônica
(mais forte). Elas podem ser acentuadas com o acento agudo e com o
acento circunflexo.
Oxítonas que recebem acento agudo
Regras de acentuação gráfica
Exemplos de palavras com
acento
Recebem acento agudo as palavras
oxítonas terminadas em vogais tônicas
abertas -a, -e ou -o seguidas ou não de -
s.
está, estás, já, olá; até, é, és,
olé, pontapé(s); vó(s), dominó(s),
paletó(s), só(s)
No caso de palavras derivadas do francês
e terminadas com a vogal -e, são
admitidos tanto o acento agudo quanto o
circunflexo.
bebé ou bebê; bidé ou bidê;
canapé ou canapê; croché ou
crochê; matiné ou matinê
Quando conjugadas com os pronomes -
lo(s) ou -la(s) terminando com a vogal
tônica aberta -a após a perda do -r, -s, ou
-z.
adorá-lo (de adorar + lo) ou
adorá-los (de adorar + los); fá-lo
(de faz + lo) ou fá-los (de faz +
los)
dá-la (de dar + la) ou dá-las (de
dar + las)
Recebem acento as palavras oxítonas com
mais de uma sílaba terminadas no ditongo
nasal grafado -em e -ens.
acém, detém, deténs, entretém,
entreténs, harém, haréns, porém,
provém, provéns, também
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Regras de acentuação gráfica
Exemplos de palavras com
acento
São acentuadas as palavras oxítonas com
os ditongos abertos grafados -éu, éi ou -
ói, seguidos ou não de -s.
anéis, batéis, fiéis, papéis,
chapéu(s), ilhéu(s), véu(s);
herói(s), remói
Obs.: há exceção nas formas da terceira pessoa do plural do
presente do indicativo dos derivados de "ter" e "vir". Nesse caso, elas
recebem acento circunflexo (retêm, sustêm; advêm, provêm).
Oxítonas que recebem acento circunflexo
Regras de acentuação gráfica
Exemplos de palavras
com acento
São acentuadas as palavras oxítonas terminadas
nas vogais tônicas fechadas grafadas -e ou -o,
seguidas ou não de -s.
cortês, dê, dês (de dar),
lê, lês (de ler), português,
você(s); avô(s), pôs (de
pôr), robô(s)
As formas verbais oxítonas, quando conjugadas
com os pronomes clíticos -lo(s) ou -la(s)
terminadas com as vogais tônicas fechadas -e ou -
o após a perda da consoante final -r, -s ou -z, são
acentuadas.
detê -lo(s); fazê -la(s); vê
-la(s); compô-la(s); repô-
la(s); pô-la(s)
Obs.: usa-se, ainda, o acento circunflexo para diferenciar a forma
verbal "pôr" da preposição "por".
Acentuação das palavras paroxítonas
As palavras paroxítonas são aquelas em que a penúltima sílaba é
tônica (mais forte).
Paroxítonas que recebem acento agudo
Regras de acentuação gráfica
Exemplos de palavras com
acento
Recebem acento agudo as paroxítonas que
apresentam, na sílaba tônica, as vogais
abertas grafadas -a, -e, -o, -i e -u e que
terminam em -l, -n, -r, -x e -s, e algumas
formas do plural, que passam a
proparoxítonas.
dócil, dóceis; fóssil, fósseis;
réptil, répteis; córtex,
córtices; tórax; líquen,
líquenes; ímpar, ímpares
É admitida dupla grafia em alguns casos.
fêmur e fémur; ónix e ônix;
pónei e pônei; ténis e tênis;
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Regras de acentuação gráfica
Exemplos de palavras com
acento
bónus e bônus; ónus e ônus;
tónus e tônus
Palavras paroxítonas que apresentam, na
sílaba tônica, as vogais abertas grafadas -a, -
e, -i, -o e -u, e que terminam em -ã, -ão, -ei, -
um ou -uns são acentuadas nas formas singular
e plural das palavras.
órfã, órfãs; órfão, órfãos;
órgão, órgãos; sótão, sótãos;
jóquei, jóqueis; fáceis, fácil;
bílis, íris, júri, oásis, álbum,
fórum, húmus e vírus
Obs.: não se acentuam graficamente os ditongos representados por -
ei e -oi da sílaba tônica das paroxítonas:
assembleia, boleia, ideia, onomatopeico, proteico, alcaloide, apoio (do
verbo apoiar), tal como apoio (substantivo), boia, heroico, jiboia,
moina, paranoico, zoina.
Exemplos de palavras paroxítonas não acentuadas: enjoo, grave,
homem, mesa, Tejo, vejo, velho, voo, avanço, floresta; abençoo,
angolano, brasileiro, descobrimento, graficamente e moçambicano.
Paroxítonas e o uso do acento circunflexo
Regras de acentuação gráfica
Exemplos de palavras
com acento
Palavras paroxítonas que contêm, na sílaba
tônica, as vogais fechadas com a grafia -a, -e e
-o, e que terminam em -l, -n, -r ou -x, assim
como as respetivas formas do plural, algumas
das quais se tornam proparoxítonas.
cônsul, cônsules; têxtil,
têxteis; plâncton, plânctons
Também recebem acento circunflexo as
palavras que contêm, na sílaba tônica, vogais
fechadas com a grafia -a, -e e -o, e que
terminam em -ão(s), -eis ou -us.
Estêvão, zângão,
escrevêsseis, ânus
São grafadas com acento circunflexo as formas
dos verbos "ter" e "vir", na terceira pessoa do
plural do presente do indicativo ("têm" e
"vêm"). O mesmo é aplicado algumas formas
verbais derivadas.
abstêm, advêm, contêm,
convêm, desconvêm, detêm,
entretêm, intervêm,
mantêm, obtêm, provêm,
sobrevêm
Não é usado o acento circunflexo nas palavras
paroxítonas que contêm um tônico oral fechado
em hiato com terminação -em, da terceira
pessoa do plural do presente do indicativo.
creem, deem, descreem,
desdeem, leem, preveem,
redeem, releem, reveem,
veem
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Regras de acentuação gráfica
Exemplos de palavras
com acento
Não é usado o acento circunflexo com objetivo
de assinalar a vogal tônica fechada na grafia
das palavras paroxítonas.
enjoo – substantivo e flexão
de enjoar
povoo – flexão de povoar
voo – substantivo e flexão
de voar
Não são usados os acentos circunflexo e agudo
para distinguir as palavras paroxítonas quando
têm a vogal tônica aberta ou fechada em
palavras homógrafas de palavras proclíticas no
singular e plural.
para – flexão de parar.
pela/pelo – preposição de
pela, quando substantivo de
pelar.pelo – substantivo de per +
lo.
polo – combinação de per +
lo e na combinação de por +
lo
Fique Atento!
O acento circunflexo é obrigatório na palavra pôde na terceira
pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo. Isso acontece
para distingui-la da forma verbal correspondente do presente do
indicativo: pode.
O acento circunflexo é facultativo no verbo demos, conjugado na
primeira pessoa do presente do indicativo. Isso ocorre para estabelecer
distinção da forma correspondente no pretérito perfeito do
indicativo: demos.
Também é facultativo o uso de acento circunflexo no
substantivo fôrma como distinção do verbo formar na segunda
pessoa do singular imperativo: forma.
Vogais tônicas
Regras de acentuação gráfica
Exemplos de palavras com
acento
As vogais tônicas grafadas (i) e (u) das
palavras oxítonas e paroxítonas recebem
acento quando são antecedidas de uma vogal
com a qual não formam ditongo e desde que
não constituam sílaba com a consoante
seguinte.
Adaís – plural de Adail, aí, atraí
(de atrair), baú, caís (de cair),
Esaú, jacuí, Luís, país, alaúde,
amiúde, Araújo, Ataíde, atraíam
(de atrair), atraísse (id.), baía,
balaústre, cafeína, ciúme,
egoísmo, faísca, faúlha, graúdo,
influíste (de influir), juízes,
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Regras de acentuação gráfica
Exemplos de palavras com
acento
Luísa, miúdo, paraíso, raízes,
recaída, ruína, saída e sanduíche
Recebem acento agudo as vogais tônicas
grafadas com -i e -u, quando precedidas de
ditongo na posição final ou seguidas de -s.
Piauí
teiú – teiús
tuiuiú – tuiuiús
Recebe acento agudo a vogal tônica grafada
-i das palavras oxítonas terminadas em -r
dos verbos terminados em -air e -uir, quando
combinadas com -lo(s), -la(s) considerando
a assimilação e perda do -r nas palavras.
atraí-lo(s), atraí-lo(s) –ia,
possuí-la(s), possuí-la(s)-ia – de
possuir-la(s)-ia
As vogais tônicas grafadas (i) e (u) das
palavras oxítonas e
paroxítonas não recebem acento quando
são antecedidas de uma vogal com a qual
não formam ditongo, e desde que não
constituam sílaba com a consoante seguinte
nos casos de -nh, -l, -m, -n, -r e -z.
bainha, moinho, rainha, Adail,
Coimbra, ruim, ainda,
constituinte, oriundo, ruins,
triunfo, atrair, influir, influirmos,
juiz e raiz
Não recebem acento agudo as vogais
tônicas das palavras paroxítonas nas formas
rizotônicas de alguns verbos.
arguir, redarguir, aguar,
apaniguar, apaziguar,
apropinquar, averiguar,
desaguar, enxaguar, obliquar,
delinquir
Não recebem acento agudo os ditongos
tônicos grafados -iu e -ui, quando
precedidos de vogal.
distraiu; instruiu
Não é utilizado acento agudo nas vogais
tônicas grafadas em -i e -u das palavras
paroxítonas quando precedidas de ditongo.
baiuca; boiuno; cheinho; sainha
Acentuação das palavras proparoxítonas
As palavras proparoxítonas são aquelas em que a antepenúltima
sílaba é a tônica (mais forte), sendo que todas são acentuadas.
Proparoxítonas que recebem acento agudo
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Regras de acentuação gráfica
Exemplos de palavras
com acento
Recebem acento agudo as palavras
proparoxítonas que apresentam na sílaba tônica
as vogais abertas grafadas -a, -e, -i, -o e -u
começando com ditongo oral ou vogal aberta.
árabe, cáustico, Cleópatra,
esquálido, exército,
hidráulico, líquido, míope,
músico, plástico, prosélito,
público, rústico, tétrico,
último
Recebem acento agudo as palavras
proparoxítonas aparentes quando apresentam na
sílaba tônica as vogais abertas grafadas -a, -e, -
i, -o e -u ou ditongo oral começado por vogal
aberta, e que terminam por sequências vocálicas
pós-tônicas praticamente consideradas como
ditongos crescentes -ea, -eo, -ia, -ie, -io, -oa, -
ua e -uo).
Álea, náusea; etéreo, níveo;
enciclopédia, glória;
barbárie, série; lírio, prélio;
mágoa, nódoa; exígua;
exíguo, vácuo
Proparoxítonas que recebem acento circunflexo
Regras de acentuação gráfica Exemplos de palavras com acento
Recebem acento circunflexo as
palavras proparoxítonas que
apresentam na sílaba tônica vogal
fechada ou ditongo com a vogal básica
fechada e as chamadas
proparoxítonas aparentes.
anacreôntico, cânfora, cômputo,
devêramos (de dever), dinâmico,
êmbolo, excêntrico, fôssemos (de ser e
ir), Grândola, hermenêutica, lâmpada,
lôbrego, nêspera, plêiade, sôfrego,
sonâmbulo, trôpego. Amêndoa,
argênteo, côdea, Islândia, Mântua e
serôdio
Recebem acento circunflexo as
palavras proparoxítonas, reais ou
aparentes, quando as vogais tônicas
são grafadas e/ou estão em final de
sílaba e são seguidas das consoantes
nasais grafadas -m ou -n obedecendo
ao timbre.
acadêmico, anatômico, cênico, cômodo,
fenômeno, gênero, topônimo,
Amazônia, Antônio, blasfêmia, fêmea,
gêmeo, gênio e tênue
Atenção!
Palavras derivadas de advérbios ou adjetivos não são acentuadas
Exemplos:
• Avidamente - de ávido
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• Debilmente - de débil
• Facilmente - de fácil
• Habilmente - de hábil
• Ingenuamente – de ingênuo
• Lucidamente - de lúcido
• Somente - de só
• Unicamente - de único
• Candidamente – cândido
• Dinamicamente - de dinâmico
• Espontaneamente - de espontâneo
• Romanticamente - de romântico
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ATIVIDADE
1.As palavras “negligência”, “reservatórios”, “espécie” e “equilíbrio”
apresentam acentuação gráfica em decorrência da mesma regra
gramatical.
Certo
Errado
2. As formas “patrimônio” e “polícia” são acentuadas em decorrência
da mesma regra de acentuação.
Certo
Errado
3. As palavras “municípios” e “bancários” recebem acento gráfico com
base na mesma regra de acentuação.
Certo
Errado
4. Com relação a aspectos linguísticos, julgue os itens subsequentes.
A mesma regra de acentuação justifica o emprego do acento agudo
nas palavras “dicionário” (l.1) e “possíveis” (l.6).
Certo
Errado
5.As palavras “critérios” e “distúrbio” são acentuadas de acordo com
a mesma regra de acentuação gráfica.
Certo
Errado
6. A palavra veículo recebe acento por ser proparoxítona e segunda
vogal do hiato?
Certo
Errado
7. Os vocábulos “diálogo”, “possível”, “pronúncia” e “exigência” são
acentuados de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica.
Certo
Errado
8. Tem e Vem recebem acento circunflexo quando estão no plural?
Certo
Errado