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5- Eritemato descamativas Psoríase Introdução Doença inflamatória crônica mediada imunologicamente com manifestações cutâneas e articulares (acomete anexos e pode tbm ter acometimento cardíaco) Acomete igualmente ambos os sexos Distribuição universal com prevalência de aproximadamente 1 a 3%, dependendo da população em estudo Maior a prevalência em países de maior latitude (distantes da linha do equador) Rara em negros, japoneses e indígenas Dois poucos de incidências: o Antes dos 40 anos: tipo I, incidência familiar, manifestações clinicas mais exuberantes e forte associação HLA o Após 40 anos: tipo II, menor prevalência familiar, com menor correlação com HLA o OBS: HLA CW6 mais comum e relacionado com a precocidade da doença 1 pai com psoríase: 15% o risco de desenvolver doença 2 pais: 40% de risco de desenvolver a doença Relação com HLA o HLA CW6: mais marcante, principalmente tipo 1 o HLAB27: artrite axial psoriática, acrodermatite continua o HLAB57 e HLA B58: desenvolvimento de língua geográfica em psoríase grave e precoce Imunopatogenia: Doença multifatorial de complexas reações imunológicas, mediada principalmente pela resposta celular e não humoral (Th1, Th17 e Th22) Aumento da resposta da Th1 e diminuição da resposta Th2 O predomínio da resposta Th1 promove a formação de muitas citocinas (TNF alfa, INF gama, IL2, IL6, Il17, Il22, Il23) Na patogenia há uma aceleração do ciclo germinativo epidérmico, com aumento das células em proliferação e encurtamento do tempo de renovação celular na epiderme -> turn over aumentado o Turn over celular normal: 28 dias o Turn over com psoríase: 4/5 dias Clínica Em placa vulgar: forma mais comum em 90% doentes -> geralmente em áreas extensoras: cotovelo, joelho, couro cabeludo Em gotas (gutata): mais comum em crianças, adolescentes e adultos jovens, geralmente precedida por uma infecção estreptocócicas (56 a 85% casos), comumente de vias aéreas superiores e costuma resolver espontaneamente após dois a três meses o Prognóstico melhor Invertida: ocorre com mais frequência em paciente com AIDS e melanodérmicas: regiões flexoras -> virilha, axila Eritrodérmica (quase não há pele sã): eritema intenso universal com descamação variável o Pode ocorrer na evolução da doença ou mais frequente após interrupção de corticoide sistêmico ou em paciente com AIDS o Há nítido predomínio de eritema sobre a descamação (OBS: não usar corticoide sistêmico em psoríase) o Complicações: hipo ou hipertermia, instabilidade hemoodinâmica com diminuição do débito cardíaco, anemia, desidratação e hipoalbuminemia Pustulosa: pode ser generalizada ou localizada: o Generalizado (von Zumbusch): Pode ser desencadeada por interrupção do corticoide sistêmico, hipocalcemia, infecção ou irritantes primários Geralmente com comprometimento sistêmico do estado geral, com febre e leucocitose. A erupção é súbita e generalizada, porém, comumente persiste por poucas semanas, revertendo ao quadro anterior ou para forma eitrodérmica o Localizada: Pustulosa em placas ou anular: não evolui para formas generalizadas Acrodermatite contínua de Hallopeau: pústulas nos quirodáctilos e mais raramente nos pododáctilos de curso crônico sem tendência a remissão espontânea, podendo ocorrer osteólise, reabsorção óssea distal dos dedos, maioria em mulheres na 5 década de vida, má resposta terapêutica, pode evoluir para formas generalizadas Psoríase pustulosa palmoplantar: surtos de pústulas palmoplantar simetricamente, sem manifestações sistêmicas Palmo plantar: o Mais comum em adultos, placas hiperceratósicas simétricas, bem delimitadas, com ou sem fissuras, tendendo a poupar o cavo plantar o Pode ocorrer associada a psorase voltar o Deve-se diferenciar da tinea pedis e da dermatite atípica Ungueal (50 a 80% dos casos) o As alterações ungueais podem preceder as alterações cutâneas e ser durante anos a única manifestação da doença o O achado mais comum são as depressões cupuliformes (pittings irregulares e grosseiros) o Mais comum nas unhas das mãos o Maior chance de artrite psoriárica o Alterações da matriz: pittings (mais frequente) o Alterações do leito: mancha em óleo (+específica) o O acometimento da matriz pode ainda levar a onicodistrofia, o envolvimento ungueal aumenta com a idade e com a duração da doença Psoríase na criança: Estima-se que aproximadamente 25 e 45% dos casos de psoríase podem ocorrer antes dos 16 anos de idade e destes cerca de 2% antes dos dois anos de vida Nesses casos antecedentes familiares são muito frequentes e o curso da doença tende a prolongar até a idade adulta A forma congênita (durante o nascimento ou até os 3 dias de vida) é extremamente rara e habitualmente se expressa na forma em placas Na infância, as lesões podem ser atípicas como lesões ligeiramente descamativas em regiões periocular, perioral ou genital, também observado acometimento folicular dos membros e no couro cabeludo pode aparecer com forma de placa única indistinguível da dermatite seborreica Fatores desencadeantes: Traumas locais (fenômeno de Kobner em 1/3 dos casos , após 10 a 14 dias): fenômeno de Kobner= piorar ou ser desencadeada pós trauma o OBS: Fenômeno de Renbock ou Kobner inverso: melhora com o trauma -> muito raro Infecções bacterianas ou virais Estresse Tabagismo Alcoolismo Drogas: antimaláricos, lítio, betabloqueadores e em alguns estudos o uso de AINES Comorbidades: Obesidade, dislipidemia, intolerância a glicose, dislipidemia Síndrome metabólica aumenta o risco relativo de morrer de doença coronariana cerca de 3 vezes Gota, depressão, colite ulcerativa, doença de Crohn, enfisema pulmonar Diagnóstico Diagnóstico é clínico Pode-se realizar a curetagem metódica de Brocq onde obtém-se dois achados clínicos bastante sugestivos: o Sinal da vela: estratificações de escamas (parece parafina) o Sinal do orvalho sangrante ou sinal de Auspitz: pequenos pontos de sangramento quando a escama é removida o O halo de Woronoff (zona clara perilesional) é bastante característico, porém raramente observado Histopatologia: o O quadro não é especifico mas é bastante sugestivo o Paraqueratose (células nucleadas na camada córnea), podendo ocorrer microabscessos de Munro o Desaparecimento da granulosa o Pústulas espongiforme de Kogoj (neutrófilos na camada córnea= mais externa) o Alongamento regular dos cones epiteliais, com afinamento da porção suprapapilar, as papilas estão alargadas e edemaciadas, exibindo capilares dilatados e tortuosos o O infiltrado inflamatório é discreto e de células mononucleares, principalmente linfócitos Alongamento da papila dérmica Camada granulosa ausentes Camada espinhosa espessada Núcleos na camada córnea Índice de severidade: Pasi - leva em consideração o grau de eritema, de infiltração (espessura da placa) e de descamação de cada segmento corpóreo multiplicado pela área de acometimento o Leve (até 10), moderada (de 8 a 12), grave (acima de 12) o A pontuação do Pasi varia de 0 a 72, sendo que Pasi menor que 8 indica psoriase leve, entre 8 e 12 moderada e acima de 12 grave o Regra dos 10 (Pasi e Dasi): maior ou igual a 10 é considerado psoríase grave BSA: palma da mão corresponde a 1% Artrite psoriática Soro negativa sem fator reumatoide positiva A forma mais frequente é a mono ou oligoartrite assimétrica, afeta principalmente as articulações de mãos e dos pés (inflamação interfalangeanas, tanto as proximais quanto distais) Outras formas menos frequentes acometem padrão simétrico, axila e até mesmo mutilante Em geral quanto mais grave o quadro cutâneo, maior a prevalência da artrite A idade do quadro articular é em geral na 4ª década de vida (entre 40 e 60 anos de idade) Curso e prognóstico O curso é extremamente variável de individuo para individuo Emindivíduos com psoríase tipo I, ou seja, com manifestações antes dos 40 anos de idade as manifestações costumam ser mais severas e exuberantes Em indivíduos com psoríase tipo II, ou seja, com manifestações após os 40 anos de idade, as lesões tendem a ser mais localizadas, e a resposta terapêutica tende a ser mais favorável do que aquela observada nos doentes com psoríase tipo I Tratamento: Estabelecer ao paciente quanto à evolução cronica e recidivante Estabelecer um tratamento que melhore a qualidade de vida do paciente As terapêuticas especificas dependem principalmente da forma e extensão da doença, da faixa etária e gênero para qual serão indicadas Tratamento tópico o Pode ser em monoterapia ou combinado, costuma ser suficiente para as formas leves o Nas formas moderadas a graves a terapia tópica costuma ser associada a fototerapia ou medicações sistêmicas o Medicamentos: Corticoide tópico Coaltar Antralina Calcipotriol Imunomoduladores tópicos Fototerapia: o Utilizada na forma moderada a grave o A fototerapia tem ação antiproliferatica, anti- inflamatória e imunossupressora o Tipos: UVB narrow band: melhor para placas finas, sem contraindicação UVA: melhor para placas mais grossas Tratamento sistêmico o Metotrexate o Acitretin (tem q esperar 2 anos para engravidar) -> causa dislipidemia, função hepática, aumentar colesterol o Ciclosporina (risco C, pode usar na gravidez) Imunobiológicos: o Representam medicamentos que interferem de maneira especifica e pontual com o sistema imune o Atuam bloqueando ou estimulando uma ou mais vias da resposta imunológica o O alvo desses agentes terapêuticos inclui o tráfego dos linfócitos da microcirculação para a pele, a apresentação antigênica das células apresentadoras de antígeno e, por fim, as diferentes citocinas inflamatórias o Antes do uso, recomenda-se solicitar: PPD, RC de tórax, HMG, bioquímica, enzimas hepáticas, função renal, teste de gravidez, sorologias para hepatite B, hepatite C e HIV Dermatite seborreica (caspa) Introdução: Definição: dermatite cronica de carater constitucional, associando-se a elementos fisiopatológicos de hiperproliferação epidérmica, com eventual participação da Malassezia ssp Epidemiologia: Forma infantil sugere geralmente entre a 1ª e a 2ª semana de vida, podendo surgir até por volta dos 3 meses de vida Forma adulta cronica Prevalência de 2 a 5% da população Maior frequência nos homens (hormônios androgênicos) Relação com outras doenças: AIDS, Parkinson, Obesidade, Alcoolismo, Epilepsia, DM o Fatores agravantes: calor, umidade, roupas que retém suor, estresse emocional Drogas: arsenico, ouro, metildopa, cimetidina e neurolépticos (haldol, risperidona, queriapina) Patogênese: Malassezia ssp (fungo lipofilico) Quantidade do sebo X qualidade do sebo o Aumenta TG e colesterol no sebo o Diminuição do esqualeno e ácidos graxos no sebo Imunologia: aumento de IL-10 e diminuição de IL-2 e INF gama RN: passagem de hormônios da mãe para o filho (estimulam a secreção sebácea da criança) Regiões acometidas: Zona T, sulco nasolabial, couro cabeludo, região retro auricular Complicações: foliculite, hordéolo, otite externa, furunculose Diagnóstico diferencial: dermatite de fraldas, psoríase, histiocitose de célula de Langherans, Síndrome de Wiskot Aldrich, dermatofitoses, doença de Leiner, pediculose, dermatomiosite, pênfigo foliáceo, dermatite infectiva Tratamento: Shampoo de cetoconazol, Cremes ou loções de antifúngicos tópicos Imunomoduladores: tracolimus OBS: doença de Leiner: Variante da dermatite seborreica infantil Lesões eritematosas ou eritemato descamativas generalizadas vem acompanhada de C3 e disfunção de C5 o Eritrodermia, febre, diarreia, infecções secundárias, perda de peso, anemia Ptiríase rósea Introdução: Caracteriza-se por lesões eritemato escamosas ovaladas de crescimento centrifugo Quadro sugere etiologia infecciosa, devido aos sintomas prodrômicos, à semelhança dos exantemas virais, sugerindo uma resposta inflamatória contra um agente infeccioso Ocorre mais frequentemente em adultos jovens entre 10 e 35 anos, em épocas como outono e verão Discreto predomínio no sexo feminino Predomina no outono e verão Etiologia: Estudos mostram associação com o herpes vírus tipo 7, relação também com adenovirus e relatos de associação com o coronavirus Alguns estudos mostram possibilidade multifatorial induzidos por agentes infecciosos ou não infecciosos (drogas), tendo como suporte a suscetibilidade genética a provavel autoimunidade Clínica: A erupção apresenta lesões ovaladas, eritemato escamosas com bordas elevadas e centro amarelado descamativo, há uma lesão maior (2 a 4 cm) que geralmente precede as demais, em 7 a 14 dias, denominada placa primária ou “mãe”, acompanhando as linhas de clivagem da pele A região do couro cabeludo, face e regiões palmo plantares sempre são preservadas O tempo de evolução é de 4 a 10 semanas com regressão total, resolve sem cicatrizes e muitas vezes sem tratamento Diagnóstico Clínico Anatomopatológico inespecifico: paraceratose, camada granulosa ausente ou diminuída, leve espongiose, acantose discreta, edema na derma papilar, infiltrado linfohistiocitario ao redor dos vasos da derme superficial -> não é muito utilizado Dermatoscopia: descamação periférica ao redor de um centro amarelado, com ausência de estruturas e vasos pontilhados Diagnóstico diferencial: sífilis secundária, dermatite seborreica, psoríase, eczema numular, tinha, erupção medicamentosa Tratamento: Normalmente não é necessário Em casos de prurido pode-se usar anti-histamínicos orais e corticoide tópico Alguns estudos mostram eficácia do uso de aciclovir 800mg 5x ao dia por 7 dias em lesões disseminadas com sintomas gerais presentes Parapsoríase Introdução Doença inflamatória crônica, idiopática, caracterizada por lesões eritemato- descamativas, frequentemente assintomáticas, com caráter indolente, apesar de possível evolução para linfoma de células T (linfoma cutâneo) Acomete geralmente indivíduos de meia idade e idosos, sem predileção étnica ou geográfica É mais comum no sexo masculino, sobretudo a forma de pequenas placas (3:1) Clínica Pequenas placas: maculas e placas bem delimitadas, eritematosas, circulares ou ovaladas, discretamente descamativas, menores que 5cm de diâmetro, assintomáticas ou levemente pruriginosas Grandes placas: lesões eritemato escamosas ou castanho-amareladas geralmente ovaladas ou de formato irregular, geralmente maiores do que 5cm de diâmetro, as lesões ocorrem no tronco, sobretudo na parte inferior das coxas, glúteos e áreas flexurais Anatomopatológico AP não é específico, mas ajuda no diagnóstico Forma pequenas placas: dermatite espongiótica leve, com áreas focais de paraceratose e exocitose de linfócitos pequenos, imunohistoquimico com predomínio de células TCD4 Forma grandes placas: infiltrado inflamatório dérmico superficial, formado por numerosos linfócitos, que se dispõem em faixa na junção dérmico-epidérmica Tratamento Fototerapia por sua ação anti-inflamatória e seus efeitos imunossupressores O seguimento dos doentes com parapsoríase é de suma importância devido à sua associação com linfomas cutâneos e ao seu prognóstico Pitiríase rubra pilar Introdução Dermatose inflamatória cronica rara, caracterizada por queratoses foliculares circunscritas que formam placas eritematoescamosas e queratodermia palmo-plantar Ocorre igualmente em ambos os sexos Apresenta 3 picos de incidência: o primeiro e o segundo são observados durante as duas primeiras décadas de vida, enquanto o terceiro ocorre por volta da quinta década de vida Quase todos os casos são adquiridos, mas existe a forma familiar com distúrbio de queratinização com provável herança autossômica dominantePatogênese Causa desconhecida O sucesso com o tratamento com retinóides sugere disfunção da queratinização ou no metabolismo da vitamina A Pode ocorrer associação com doenças como: miastenia gravis, doença celíaca, hipotireoidismo Fatores desencadeantes: traumas, radiações UV Clínica As lesões iniciais são pápulas queratósicas foliculares eritematosas que coalescem formando placas eritematoescamosas A erupção inicia-se geralmente pelo couro cabeludo e estende-se para a face, nuca, tronco e as extremidades, podendo generalizar-se (crânio- caudal) Pápulas foliculares no dorso da 1ª e 2ª falange são patognomônicas da Pitiriase Rubra Pilar Classificação clínica Tipo I (clássico do adulto): o Aproximadamente 55% dos casos de quadro clínico tipico o Ambos os sexos o Geralmente entre 40 e 60 anos de idade o Inicia em geral sem fator desencadeante com mácula eritematosa salmão em face, região cervical e tórax, evoluindo para pápulas eritematosas perifoliculares o Pode acompanhar descamação de couro cabeludo e ectrópio o Resolução espontânea ocorre em 60 a 80% dos casos em 1 a 3 anos e recidivas são raras Tipo II (atípica do adulto): o Inicio na idade adulta, forma atípica aproximadamente em 5% dos casos o Lesões não evoluem no sentido crânio-caudal o Escamas costumam ser mais grosseiras e queratodermia palmo-plantar mais exuberante, acompanhada de descamação ictiosiforme nos membros o Curso da doença mais cronico, evolução por até 20 anos de lesões ou mais Tipo III (clássica da infância): o Inicio da infância, por volta dos 10 primeiros anos de vida o Aproximadamente 10% dos casos o Quadro semelhante ao do adulto clássico, porém pode ser desencadeado por processo infecciosos o Remissão em aproximadamente 1 a 2 anos Tipo IV (circunscrita da infância): o Aproximadamente 25% dos casos o Costuma começar na fase pré-puberal com placas bem delimitadas com plugging folicular e graus variados de eritema, acometendo joelhos e cotovelos Tipo V (atípica juvenil): o Aproximadamente 5% dos casos o Inicio desde o nascimento ou primeira infância, com eritema, queratodermia, hiperceratose folicular e lesões esclerodermiformes em mãos e pés Tipo VI (associado ao HIV): o Menos que 5% dos casos o Semelhante ao tipo I, porém mais exacerbada o Pode estar associada a acne conglobata, hidradenite supurativa e liquen espinuloso Anatomopatológico: Sugestivo Presença de hiperceratose ortoceratótica alternada com áreas de paraceratose e o tampão córneo são bem característicos Tratamento: Retinoides sistêmicos (acitretina ou isotretinoína) Metotrexate 10 a 25mg semanais Em casos graves pode-se associar retinoide com metotrexate, porém com maior avaliação da função hepática Associação com fototerapia pode ser utilizada em casos resistentes Alguns trabalhos mostram o uso de anti TNF alfa (infliximabe, etanercepte e adalimumabe)