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GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL 
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL 
FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA EM CIÊNCIAS DA SAÚDE 
EDITAL NORMATIVO Nº 1/2021 – RP/SES-DF/2022, DE 13 DE OUTUBRO DE 2021
PROGRAMA
2 1 3
Multiprofissional em Atenção em Oncologia 
Fisioterapia
TIPO Data da prova: 
“U” Domingo, 12/12/2021. 
I N S T R U Ç Õ E S
 Você receberá do fiscal:
o um caderno da prova objetiva contendo 120 (cento e vinte) itens – cada um deve ser julgado como CERTO ou ERRADO,
de acordo com o(s) comando(s) a que se refere –; e
o uma folha de respostas personalizada.
 Verifique se a numeração dos itens, a paginação do caderno da prova objetiva e a codificação da folha de respostas estão corretas.
 Verifique se o programa selecionado por você está explicitamente indicado nesta capa.
 Quando autorizado pelo fiscal do IADES, no momento da identificação, escreva, no espaço apropriado da folha de respostas,
com a sua caligrafia usual, a seguinte frase:
As palavras têm a leveza do vento e a força da tempestade.
 Você dispõe de 3 (três) horas e 30 (trinta) minutos para fazer a prova objetiva, devendo controlar o tempo, pois não haverá
prorrogação desse prazo. Esse tempo inclui a marcação da folha de respostas.
 Somente 1 (uma) hora após o início da prova, você poderá entregar sua folha de respostas e o caderno da prova e retirar-se da sala.
 Somente será permitido levar o caderno da prova objetiva 3 (três) horas após o início da prova.
 Deixe sobre a carteira apenas o documento de identidade e a caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material
transparente.
 Não é permitida a utilização de nenhum tipo de aparelho eletrônico ou de comunicação.
 Não é permitida a consulta a livros, dicionários, apontamentos e (ou) apostilas.
 Você somente poderá sair e retornar à sala de aplicação da prova na companhia de um fiscal do IADES.
 Não será permitida a utilização de lápis em nenhuma etapa da prova.
I N S TR U Ç Õ E S P A R A A P R O V A O B J E T IV A
 Verifique se os seus dados estão corretos na folha de respostas da prova objetiva. Caso haja algum dado incorreto, comunicar ao fiscal.
 Leia atentamente cada item e assinale sua resposta na folha de respostas.
 A folha de respostas não pode ser dobrada, amassada, rasurada ou manchada e nem pode conter registro fora dos locais
destinados às respostas.
 O candidato deverá transcrever, com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente, as respostas da
prova objetiva para a folha de respostas.
 A maneira correta de assinalar a alternativa na folha de respostas é cobrir, fortemente, com caneta esferográfica de tinta preta,
fabricada com material transparente, o espaço a ela correspondente.
 Marque as respostas assim:
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213 – MULTIPROFISSIONAL EM ATENÇÃO EM ONCOLOGIA 
FISIOTERAPIA – TIPO “U” 
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Fisioterapia 
Itens de 1 a 120 
 
As ciências sociais e humanas e suas relações sociais no 
processo saúde-doença nas suas múltiplas determinações, 
contemplando a integração dos aspectos psicossociais, 
culturais, filosóficos, antropológicos e epidemiológicos são 
norteados por princípios éticos. Estes fatores influenciam na 
educação, no trabalho, na gestão e nas políticas de saúde. 
 
Com base no texto acima e nos conhecimentos correlatos, 
julgue os itens a seguir. 
 
1. Determinantes sociais de saúde interferem diretamente 
no processo de adoecimento e são capazes de mapear a 
saúde de uma população em determinada região. A 
partir da análise e identificação deles, ações coletivas de 
saúde podem ser implementadas para a mudança e (ou) 
prevenção do processo de adoecimento. 
2. O fisioterapeuta, independentemente da área em que 
atua, deverá sempre considerar os diversos aspectos 
psicológicos e culturais da vida de seus pacientes, que 
podem influenciar no tratamento e processo de 
adoecimento. Por exemplo, uma mulher que apresenta 
incontinência urinária e, por questões religiosas, têm 
dificuldade em aderir ao tratamento fisioterapêutico. 
Porém, sabe-se que os fatores culturais não podem 
agravar o quadro clínico de pacientes. 
3. O trabalho do fisioterapeuta deverá focar na educação 
dos pacientes, provocando mudanças comportamentais 
na saúde destes. 
4. Atualmente se sabe que saúde não é apenas a ausência 
de enfermidades. O processo de saúde-doença deve 
considerar a interação entre os determinantes sociais e 
os condicionantes de saúde de um indivíduo. A 
compreensão e avaliação desses fatores promove uma 
atuação em saúde mais crítica, ampla e resolutiva. 
 
 
A respeito da Lei no 6.316/1975, que criou o Conselho 
Federal e os Conselhos Regionais de Fisioterapia e Terapia 
Ocupacional, e de seus conhecimentos correlatos, julgue os 
itens a seguir. 
 
5. A cada quatro anos os fisioterapeutas e terapeutas 
ocupacionais devem votar para eleger os membros do 
Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional 
(COFFITO). Este voto é pessoal, secreto e obrigatório, 
sendo passível de multa aquele que não votar. 
6. Dentre as atribuições do Conselho Federal de 
Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) está 
apreciar e julgar os recursos de penalidades impostas 
aos profissionais pelo COFFITO, além de ser 
responsável pela assistência ética e técnica permanentes 
aos conselhos regionais. 
7. Os Conselhos Regionais de Fisioterapia e de Terapia 
Ocupacional estabelecem os valores das anuidades, 
taxas e multas conforme a realidade regional do 
território da sua jurisdição. 
8. As penas impostas ao profissional infrator obedecem a 
gradação estabelecida pela legislação vigente para o 
exercício legal da profissão, salvo gravidade manifesta 
ou reincidência. 
 
9. Constitui-se infração disciplinar passível de punição ao 
profissional fisioterapeuta: transgredir artigo do Código 
de Ética da profissão e violar sigilo profissional. Não é 
previsto em Lei punição ao profissional que não pagar 
as contribuições aos conselhos regionais em que está 
obrigado. 
 
 
A respeito da Resolução no 482/2017, suas atualizações e de 
seus conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
10. O Referencial Nacional de Procedimentos 
Fisioterapêuticos (RNPF) possui um propósito ético-
deontológico, demonstrando valores mínimos de 
sustentabilidade econômica dos serviços de fisioterapia, 
classificando e hierarquizando os procedimentos 
fisioterapêuticos. 
11. Os valores estabelecidos no Referencial Nacional de 
Procedimentos Fisioterapêuticos (RNPF) poderão ser 
negociados em até 20% a menos, considerando as 
características regionais. Já o valor máximo que poderá 
ser cobrado é de 50% a mais do estabelecido, 
independente da região. 
12. Aos fisioterapeutas que tenham registro de especialista, 
poderá acrescentar 20% nos valores dos seus serviços. 
13. Para o registro de Título Profissional de Especialista em 
Fisioterapia, dentre as especialidades, o profissional 
precisa enviar documentação que comprove exercício 
profissional ou aperfeiçoamento na área de 
especialidade ao Conselho Regional de Fisioterapia e 
Terapia Ocupacional (CREFITO) da sua região. 
14. Cada Fisioterapeuta poderá ter registro de até dois 
títulos de especialidade profissional, se assim desejar. 
15. Aperfeiçoamento profissional ou experiência 
profissional no exterior não poderão ser utilizados para 
o fim de comprovação de registro do Título de 
Especialidade Profissional no Brasil. 
 
 
A partir dos seus conhecimentos sobre a história da 
Fisioterapia no Brasil e da legislação vigente para atuação 
profissional, julgue os itens a seguir. 
 
16. O surto de poliomielite da década de 1950 impulsionou 
a fisioterapia no Brasil, a partir da reabilitação de 
crianças com as sequelas da doença. 
17. No Decreto-Lei no 938/1975, que assegura o exercício 
das profissões de Fisioterapia Ocupacional e estabelece 
suas funções privativas,definiu que o fisioterapeuta 
pode exercer o magistério nas disciplinas de formação 
básica ou profissional e pode supervisionar 
profissionais e alunos em trabalhos técnicos e práticos. 
Porém, não há previsão expressa de dirigir serviços em 
órgãos e estabelecimentos públicos ou particulares. 
18. A regulamentação da profissão de fisioterapia 
aconteceu, em 1969, por meio do Decreto-Lei 938, 
somente seis anos depois, foram criados os Conselhos 
Federal e Regionais de Fisioterapia e Terapia 
Ocupacional. 
 
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Um idoso de 75 anos de idade, diagnosticado com doença de 
Parkison, vem sendo atendido em uma clínica de fisioterapia três 
vezes por semana. O fisioterapeuta responsável pelo seu 
tratamento atua na assistência dos pacientes e também é gerente 
dos fisioterapeutas da clínica. Como forma de divulgação da 
clínica, há a criação de vídeos dos atendimentos e a divulgação 
de depoimentos dos pacientes nas redes sociais e no site oficial. 
Entre os vídeos divulgados na última semana, um foi filmado 
com o paciente, exibindo o seu quadro clínico antes e após três 
meses de atendimento, além de um áudio de seu depoimento e 
agradecimento. Todos os conteúdos foram divulgados com a 
autorização prévia por escrito do paciente. A demanda de gestão 
dos fisioterapeutas aumentou no último mês, impossibilitando 
que o gerente realizasse todos os atendimentos do idoso. Assim, 
o fisioterapeuta solicitou que sua colega seguisse com a 
assistência, para isto encaminhou por escrito tudo que deveria 
ser feito nas sessões do idoso. Apesar de não concordar com 
todas as condutas, a fisioterapeuta realizou conforme seu gerente 
havia recomendado. Ao fim de cada atendimento, ela deixa o 
prontuário do paciente na recepção para que, assim que possível, 
o fisioterapeuta possa assinar a evolução. Quando este retomou 
os atendimentos, realizou uma reavaliação e verificou que o 
paciente apresentou muitas melhoras no seu quadro clínico. Ao 
fim da avaliação, o idoso perguntou o que será feito no 
tratamento, já que a terapeuta havia explicado os objetivos do 
último mês. O fisioterapeuta disse ao paciente que não se 
preocupasse com isso, pois essa é uma preocupação do 
fisioterapeuta e não do paciente. O paciente se conforma, afinal 
sempre teve bons resultados no seu tratamento. 
 
Com base nessa situação-problema, no Código de Ética da 
Fisioterapia, nas Resoluções relacionadas e nos 
conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
19. Nesse caso, a divulgação do quadro clínico do paciente, 
comparando antes e depois do tratamento, é permitida 
mesmo para fins de divulgação dos serviços porque o 
paciente autorizou previamente. 
20. A clínica, na situação descrita, não poderia ter 
divulgado áudio com o depoimento do paciente, pois 
não há previsão da modalidade áudio em nenhuma 
Resolução ou no Código de Ética de Fisioterapia a 
modalidade "áudio", mesmo com a autorização 
do paciente. 
21. A fisioterapeuta desse caso, não poderia ter deixado o 
prontuário do paciente em fácil acesso na recepção, por 
questões de privacidade. Entretanto ela não pode sofrer 
punição disciplinar, pois não há previsão expressa no 
Código de Ética acerca dessa atitude. 
22. Nessa situação, os dois fisioterapeutas infringiram o 
Código de Ética de Fisioterapia, já que o terapeuta não 
poderia ter assinado a evolução de uma sessão que não 
foi realizada por ele. 
23. No momento em que o fisioterapeuta solicitou que a 
colega desse continuidade ao atendimento do paciente, 
já determinando quais as condutas deveriam ser 
realizadas, ele retirou a autonomia profissional da 
fisioterapeuta. Tal atitude é considerada antiética, 
apesar de não haver previsão expressa proibindo essa 
atitude no código de ética da profissão. 
24. Nessa situação-problema, o fisioterapeuta infringiu o 
Código de Ética da Fisioterapia no momento em que 
não informou ao paciente acerca do tratamento que 
seria executado. 
25. A divulgação de casos clínicos realizada pela clínica, 
em qualquer meio de comunicação, deve constar o 
nome e o número de inscrição do profissional 
responsável pelo paciente, além da data das imagens. 
26. Em qualquer meio de comunicação, é expressamente 
proibido aos fisioterapeutas utilizarem expressões, 
escritas ou faladas, que possam caracterizar 
sensacionalismo ou que prometam tratamento infalível. 
 
 
A partir dos seus conhecimentos a respeito de bioética 
aplicada à atuação profissional, julgue os itens a seguir. 
 
27. Lactente nascido com osteogênese imperfeita encontra-se 
internado com quadro clínico de diversas fraturas perinatais, 
neonatais e apresentando desconforto respiratório. Neste 
caso, a intubação é considerada tratamento inadequado que 
provavelmente provocará distanásia. 
28. A família de um idoso vítima de traumatismo crânio-
encefálico sem prognóstico positivo, solicita que não 
sejam mais realizados procedimentos invasivos. O 
atendimento da solicitação da família deve proceder 
respeitando o princípio bioético da autonomia. 
29. Qualquer plano de tratamento e (ou) conduta realizada 
pelo fisioterapeuta deverá ter como finalidade 
proporcionar benefícios ao paciente, pautando seu 
atendimento no princípio da não-maleficência. 
 
 
Lactente com 10 meses de idade diagnosticado com Paralisia 
Cerebral (PC) ou encefalopatia não progressiva da Infância, 
Gross Motor Function Classification System (GMFCS) 
classificado como grau II. Na avaliação fisioterapêutica 
apresenta: reação de proteção anterior presente à esquerda e 
reações de proteção lateral e posterior ausentes; hipertonia em 
membro superior e inferior à direita; hiperreflexia bicipital, 
tricipital, patelar e aquileu à direita; Reflexo Tônico Cervical 
Assimétrico (RTCA) presente. Quanto ao quadro de 
desenvolvimento motor, o lactente: rola de supino para prono 
para o lado direito, senta sozinho mas não engatinha, fica em pé 
usando o membro superior esquerdo e permanece na posição de 
ortostatismo sem descarregar o peso no membro superior direito. 
Os seus sinais vitais são: frequência cardíaca de 120 bpm, 
frequência respiratória de 35 irpm e saturação de 98%. 
 
Com base nesse caso clínico e nos seus conhecimentos sobre 
avaliação e intervenção fisioterapêutica, julgue os itens a 
seguir. 
 
30. É possível afirmar que o paciente em questão apresenta 
a classificação hemiparesia/hemiplegia à direita quanto 
a topografia. 
31. Pela idade do paciente, a presença do Reflexo Tônico 
Cervical Assimétrico (RTCA) encontra-se dentro da 
normalidade. 
32. A fim de embasar seu tratamento em evidência 
científica, o fisioterapeuta responsável pelo paciente 
poderá realizar treinamento de marcha em esteira, 
treino de contensão induzida de membro superior e 
treino dirigido por objetivos. 
33. A classificação motora do paciente pelo Gross Motor 
Function Classification System (GMFCS) indica um 
prognóstico restrito, no qual provavelmente será uma 
criança que necessitará do uso de cadeira de rodas. 
 
 
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A partir dos seus conhecimentos sobre avaliação e 
intervenção fisioterapêutica, julgue os itens a seguir. 
 
34. As características anatômicas dos recém-nascidos, com 
maior retificação do diafragma e menor quantidade de 
alvéolos, favorecem que evoluam para insuficiência 
respiratória com rapidez. Sendo assim, é fundamental 
que a identificação de sinais de desconforto 
respiratórios na inspeção do neonato seja feita com 
precisão. 
35. Dentro do contexto de internação hospitalar é 
fundamental realizar a avaliação da dor do paciente 
recém-nascido. Uma das escalas utilizadaspara 
identificar a percepção de dor nesta população é a 
Neonatal Infant Pain Scale (NIPS), que é de fácil 
aplicação, porém de alto custo. 
36. O tratamento fisioterapêutico na Unidade de Terapia 
Intensiva Neonatal (UTIN) deve ser humanizado e em 
sintonia com os demais profissionais da equipe. 
Exemplos de condutas humanizadas são: o método 
canguru, o controle da dor, o posicionamento funcional 
e o controle para diminuição de ruídos. 
 
 
Uma paciente sedentária com 47 anos de idade, comerciante 
de loja de calçados femininos, relata que ao dar uma 
“corridinha” para pegar o ônibus sentiu uma fisgada na parte 
posterior da perna esquerda. A paciente fazia uso de salto 
alto no momento da lesão e relata o uso diário de sapatos 
deste tipo. Como relatado sobre uma história prévia, ela sente 
dor em região posterior das pernas e nos tendões calcâneos 
quando caminha descalça, além de dor anterior em joelhos. 
Em uma consulta com o ortopedista, o exame clínico 
diagnosticou lesão miotendinosa grau II em gastrocnêmio 
lateral. A paciente foi medicada com anti-inflamatório não-
esteroidal e encaminhada para fisioterapia. 
 
Quanto a esse caso clínico e com base nos conhecimentos 
correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
37. O mecanismo de lesão foi gerado pelo encurtamento 
muscular, que produziu menos força com o aumento da 
velocidade da marcha. 
38. O músculo gastrocnêmio lateral tem função tônica 
postural, velocidade de contração baixa e capacidade de 
geração e manutenção de força contrátil pequena. 
39. É esperado para este tipo de lesão perda de função 
(habilidade para contrair), e à palpação um pequeno 
defeito muscular, ou gap, no sítio da lesão com a 
formação de um discreto hematoma local com eventual 
equimose dentro de dois a três dias. 
40. Um dos recursos capazes de auxiliar alterações de 
movimento são os testes funcionais. Para o caso 
exposto está indicado o lunge teste, que avalia em 
cadeia cinética fechada a dorsiflexão do tornozelo, cuja 
restrição de mobilidade pode estar associada à lesão 
muscular do gastrocnêmio lateral e à dor anterior dos 
joelhos. 
41. A recidiva da lesão muscular é um dos principais 
desafios a ser evitado durante o processo de 
reabilitação, sendo assim para uma recuperação 
otimizada e mais precoce, o fisioterapeuta deve instituir 
a mobilização ativa imediatamente após a lesão. 
42. O ultrassom terapêutico é difusamente recomendado e 
utilizado no tratamento da lesão muscular produzindo 
micromassagens pelas ondas de alta frequência, 
aparentemente funcionando para o alívio da dor, 
embora exista vaga evidência científica de sua 
efetividade. 
43. A Tecarterapia (TECAR - Transferência Elétrica 
Capacitiva e Resistiva) tem sido uma tecnologia 
inovadora para área da reabilitação no tratamento de 
lesões músculo-esqueléticas, induzindo efeitos térmicos 
de resfriamento através de uma bio-estimulação 
causada pela inibição de cargas iónicas naturalmente 
presentes nos tecidos moles do corpo humano. 
 
 
Um jovem de 27 anos de idade, praticante de treinamento 
funcional, iniciou com dor insidiosa no quadril direito, perda 
progressiva da amplitude de movimento e limitação 
funcional para atividades físicas e diárias. No histórico de 
doenças pregressas observa-se diagnóstico de impacto 
femoroacetabular tipo CAM. Para prática do treinamento 
funcional foi utilizado o Sistema de Avaliação Funcional do 
Movimento (Functional Movement Systems ou FMS) que é 
uma ferramenta usada para identificar assimetrias que 
resultam em deficiências de movimento funcional. A 
avaliação realizada na academia de ginástica identificou uma 
disfunção do movimento para ultrapassar uma barreira, 
constatada na imagem abaixo. O indivíduo foi então 
encaminhado para a avaliação fisioterapêutica com o intuito 
de direcionar a necessidade de reabilitação física e 
orientações para prática de atividades físicas. 
 
 
 
Acerca desse caso clínico e com base nos conhecimentos 
correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
44. Assim que o paciente se tornar assintomático, o 
fisioterapeuta deve incentivar exercícios específicos do 
treinamento funcional como, por exemplo, 
agachamento com o quadril em rotação lateral e flexão 
máxima de 90º. 
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45. A disfunção do movimento constatado pelo FMS é o 
movimento compensatório de abdução e rotação lateral 
do quadril direito. 
46. O fisioterapeuta deve indicar para este caso exercícios de 
flexibilidade de ilipsoas e reto femoral, além de liberação 
miofascial para o músculo tensor da fáscia lata. 
47. Este paciente pode sentar-se em cadeiras ou bancos baixos 
com as pernas cruzadas e quadris em posição de adução. 
48. A disfunção do movimento é causada pelo deficit de 
ativação do músculo glúteo médio à direita. 
49. Exercícios de estabilização e fortalecimento muscular 
de tronco são importantes para melhora do desempenho 
funcional e estão indicados para o indivíduo no caso 
exposto. 
 
 
Um paciente de 74 anos de idade, aposentado, após oito anos 
de diagnóstico de osteoartrite de quadril esquerdo foi 
submetido à Artroplastia Total de Quadril (ATQ) não-
cimentada. Realizou 15 sessões de fisioterapia pré-operatório 
em um programa de exercícios para melhorar a dor, 
amplitude de movimento, função física e qualidade de vida. 
Na avaliação pré-operatório observa-se dor grau 8 pela escala 
analógica visual de dor, importante restrição na amplitude de 
movimento do quadril esquerdo para abdução e contratura 
em flexão, além de importante deficit muscular e hipotrofia 
de quadríceps. No programa de exercícios pré-operatório, o 
paciente relatava aumento da dor em exercícios resistidos de 
maior intensidade em equipamentos de musculação e teve 
como intercorrência cirúrgica uma trombose venosa profunda 
em perna esquerda no 2º dia de pós-operatório. Após 
resolução do distúrbio embólico, iniciou protocolo de 
tratamento de pós-operatório de ATQ. 
 
Quanto a esse caso clínico e com base nos conhecimentos 
correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
50. Exercícios de baixa resistência com restrição do fluxo 
sanguíneo (blood flow restriction – BFR) devem ser 
instituídos no pré-operatório e pós-operatório deste 
paciente, visto que esta técnica é realizada com 
exercícios de carga baixa (<50% da 
contração voluntária máxima do músculo) para produzir 
o mesmo efeito que exercícios volitivos aplicados a 
cargas elevadas. 
51. A pré-reabilitação é eficaz na redução do tempo de 
internação de idosos submetidos a ATQ reduzindo os 
custos de saúde, sendo interesses significativos para os 
provedores e sistema de saúde. 
52. Um programa de exercícios pré-operatório é capaz de 
garantir uma transição mais rápida para a reabilitação 
ambulatorial, acelerando a recuperação pós-operatório. 
53. Volume muscular, força muscular, flexibilidade e 
capacidade funcional são preditores pré-operatórios 
críticos para uma recuperação precoce bem-sucedida 
em indivíduos submetidos a ATQ. 
54. Estimulação elétrica neuro-muscular com uma dosagem 
de 10%-20% da contração voluntária máxima do 
quadríceps está indicada para este paciente como uma 
abordagem alternativa ao treinamento de resistência 
tradicional, ajudando a minimizar a carga mecânica, ao 
mesmo tempo que fornecem ganhos fisiológicos através 
de estímulos metabólicos que levam às adaptações 
neurais e melhorando volume, força e qualidade 
muscular. 
55. O fisioterapeuta deve incentivar descarga de peso 
precoce no membro operado deste paciente ainda na 
fase hospitalar, a fim de garantir uma melhor adaptação 
do material de implante à estrutura óssea. 
56. Para tratar este paciente no pós-operatório, o 
fisioterapeuta pode utilizar equipamentos tecnológicos 
como crioterapia associada a compressão intermitenteou botas compressivas, a fim de minimizar o edema 
pós-operatório, o controle da dor e a inflamação. 
 
 
Um paciente de 28 anos de idade, praticante recreacional de 
tênis, relata ter começado a sentir dores no ombro esquerdo 
há quatro semanas e atribui essa condição ao fato de retomar 
a prática do esporte após ficar afastado devido à pandemia do 
Sars-CoV-2. Em consulta com o ortopedista, o paciente foi 
encaminhado para avaliação e tratamento de impacto 
subacromial do ombro esquerdo. A dor no ombro exacerba 
ao fletir o braço para frente, não consegue levar a mão às 
costas, levantar objetos acima do nível do ombro e não 
consegue mais jogar tênis. Além disso, ele não consegue 
vestir a camisa na região de trás do corpo. O médico orientou 
uso de anti-inflamatório não esteroidal. O raio X 
antero-posterior (AP) e o perfil do ombro eram negativos 
para anormalidades ósseas e deficits estruturais. 
 
 
 
A imagem apresentada foi realizada durante a avaliação 
fisioterapêutica. 
 
Acerca do caso clínico e com base nos conhecimentos 
correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
57. A partir da imagem podemos constatar uma discinesia 
escapular à esquerda caracterizada por uma borda 
escapular lateral proeminente e uma adução do ângulo 
inferior. 
58. É comum pacientes com vários distúrbios no ombro, 
como a síndrome do impacto subacromial, apresentar 
discinesia escapular. 
59. Alterações na atividade muscular escapular incluindo 
músculos trapézio, serrátil anterior, romboide e a 
rigidez dos tecidos moles estão associadas com 
discinesia escapular. 
60. O fisioterapeuta deve enfatizar na sua conduta 
terapêutica apenas no fortalecimento muscular 
específico do manguito rotador através de exercícios 
com resistência elástica. 
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61. O encurtamento da cápsula anterior do ombro pode 
trazer rigidez articular sobretudo para o movimento de 
rotação lateral do ombro, desenvolvendo a síndrome do 
impacto subacromial. Portanto o fisioterapeuta deve 
realizar para esse caso exposto: exercícios de 
estiramento da cápsula articular com o paciente em 
decúbito dorsal na beira da maca, com ombro e 
cotovelo abduzidos à 90º e realizar a rotação lateral 
do ombro. 
62. Como critério de avaliação e acompanhamento clínico 
do tratamento de pacientes com a síndrome do impacto 
subacromial, o fisioterapeuta pode aplicar escalas 
específicas através de questionários. Para o caso 
exposto, o fisioterapeuta pode utilizar o Disabilities of 
the Arm, Shoulder and Hand (DASH), Shoulder Pain 
and Disability Index (SPADI), University of Califonia 
at Los Angeles (UCLA) Shoulder Rating Scale ou 
Shoulder Rating Questionnaire (SRQ). 
 
 
Analise o texto a seguir a respeito do perfil da situação de 
saúde do homem no Brasil e com base nos conhecimentos 
correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
A Política Nacional de Atenção Integral a Saúde do 
Homem (PNAISH) foi lançada em 2009 pelo Ministério da 
Saúde, tendo como objetivo a promoção de ações de saúde 
que possibilitem a apreensão da realidade dos homens entre 
20 e 59 anos de idade nos seus diversos contextos. A 
implantação da PNAISH foi gradativa, conforme 
transferência de recurso financeiro do Fundo Nacional de 
Saúde (FNS) para os Fundos Estaduais/ Municipais (FEM). 
Essa política vem ao encontro da equidade de gênero 
que se faz presente na agenda mundial há mais de duas 
décadas, sendo o Brasil um dos países pioneiros em instituir 
a saúde do homem enquanto área técnica do governo federal. 
O desafio que se coloca na implantação e expansão da 
PNAISH, se contextualiza nas diferenças de gênero e nas 
formas como essas questões são trabalhadas em cada 
município e como definem a linha de base da saúde do 
homem. 
A PNAISH, enquanto linha de base epidemiológica 
parte de dados dos sistemas oficiais de registro das 
ocorrências em saúde, disponibilizados pelo banco de dados 
do Sistema Único de Saúde (DATASUS), enquanto 
parâmetro inicial para definição de metas. Dentre os eventos 
vitais, os registros sistemáticos da morte e do nascimento são 
os mais antigos. Posteriormente, foram incluídos registros 
sobre doenças e, mais recentemente, sobre comportamentos 
de risco e proteção. 
 
Moura, Erly Perfil da situação de saúde do homem no Brasil. Rio de Janeiro: 
Fundação Oswaldo Cruz - Instituto FernandesFigueira, 2012, com adaptações. 
 
63. As diferenças de morbi-mortalidade entre homens e 
mulheres são amplamente conhecidas, onde os homens 
morrem mais cedo, principalmente por causas externas 
(acidentes e violências) e são mais suscetíveis às 
doenças cardiovasculares. 
64. As causas mais comuns que afetam a saúde dos homens 
são comportamentos de risco mais frequentes, menor 
procura aos serviços de saúde, limitação de tempo e, 
principalmente, a falsa autopercepção da sua 
infalibilidade física e mental. 
65. O fisioterapeuta, como profissional de saúde inserido 
no processo de promoção de saúde do homem, deve 
desenvolver e incentivar condutas preventivas e 
curativas de doenças, respeitando as diretrizes da 
universalidade, integralidade e equidade do Sistema 
Único de Saúde (SUS) garantidos como direito 
constitucional. 
66. A campanha brasileira que promove a conscientização 
sobre cuidados com a saúde masculina, na qual diversos 
prédios e monumentos públicos se iluminam de 
amarelo, com o objetivo de chamar a atenção para o 
movimento global de conscientização em prol da saúde 
do homem e centrada na questão do câncer de próstata é 
denominado de Setembro Amarelo. 
 
 
Uma senhora de 82 anos de idade, aposentada e com 
aparência frágil, mas de grande vitalidade, possui em seu 
histórico recente três quedas e várias intercorrências de 
saúde, porém ela se orgulha de estar enfrentando tudo. A 
idosa relata que se sente muito só, apesar de morar com a 
filha caçula que trabalha em tempo integral. A senhora faz 
todo o trabalho doméstico de maneira independente e salienta 
que o que seu passatempo preferido é passear no shopping, 
mas não consegue ir com frequência pois, no fim de semana 
a filha quer descansar e a mãe fica sem companhia. Esta 
senhora tem mais três filhos, que a inibem de sair de casa 
sozinha temendo que possa ocorrer alguma intercorrência. 
Como estratégia para afetar positivamente a saúde e o estado 
funcional desta senhora, os familiares iniciaram um 
programa de visita domiciliar realizado por uma enfermeira e 
um fisioterapeuta, cada profissional vai uma vez por semana. 
 
Com base nos conhecimentos correlatos, julgue os itens 
a seguir. 
 
67. A atuação desses profissionais não garante uma 
promoção de saúde em termos de redução na admissão 
em lares de idosos, de risco de admissões hospitalares, 
das quedas e do significativo declínio funcional. 
68. A promoção de saúde domiciliar como política pública 
é a garantia de uma boa relação custo-benefício para o 
Sistema Único de Saúde (SUS) e setores associados. 
69. Durante o processo de reabilitação física dessa paciente, 
o fisioterapeuta deve incentivar uma percepção positiva 
do próprio processo de envelhecimento como uma 
estratégia cognitiva adaptativa mantendo um 
autoconceito consistente e positivo em uma cultura que, 
em geral desvaloriza a velhice, contribuindo assim para 
o bem-estar relacionadas à saúde e a longevidade ao 
longo do tempo. 
70. O risco de queda nesta paciente pode resultar em 
ferimentos graves ou morte, como também pode 
desencadear aumento da ansiedade, depressão e redução 
da qualidade de vida. 
71. O fisioterapeuta deve se preocupar apenas com 
intervenções baseadas em exercícios, os quais são o 
suficiente para prevenção de lesões e risco de quedas 
em idosos em comparação com os cuidados habituais. 
72. Um exercício simples e muito utilizado na 
cinesioterapiacomo subir e descer de uma caixa (step) é 
capaz de reduzir o risco de queda nesta paciente, devido 
a uma melhora esperada para o tempo de reação, 
equilíbrio e desempenho da marcha. 
 
 
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Com base nos conhecimentos correlatos a respeito de 
reabilitação oncológica, julgue os itens a seguir. 
 
73. A Drenagem Linfática Manual (DLM) faz parte da 
abordagem fisioterapêutica em diversas situações 
clínicas dos pacientes oncológicos. No entanto sabe-se 
que favorece a ocorrência de metástases ao aumentar a 
absorção de líquido e proteínas do interstício. 
74. Os pacientes oncológicos apresentam alta incidência de 
edemas, linfedemas, trombose venosa profunda e outras 
alterações, como a síndrome da rede axilar, dor e 
complicações da ferida operatória, que podem estar 
relacionadas também com a piora da qualidade de vida 
dessa população. 
75. O Linfoma Não Hodking (LNH) pode ser curado se 
tratado precocemente. Já o Linfoma de Hodking 
apresenta uma resposta de tratamento clínico inferior, 
não chegando à cura. Independentemente do tipo de 
linfoma, seus tratamentos podem causar vários efeitos 
deletérios. Resultando em descondicionamento físico, 
fadiga, depressão e redução da qualidade de vida. 
 
 
A disfunção do assoalho pélvico tem como 
consequência a incontinência urinária, a incontinência fecal, 
a incontinência de flatos, as distopias genitais, as 
anormalidades do trato urinário inferior, as disfunções 
sexuais, a dor pélvica crônica e (ou) os problemas 
menstruais. Atualmente, essa disfunção é considerada um 
problema de saúde pública, nomeadamente a incontinência 
urinária, tida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) 
como um problema de saúde pública, que afeta mais de 200 
milhões de pessoas em todo mundo. 
 
STEIN et al. Rev. Ciênc. Méd. 2018;27(2):65-72 
 
Observando o impacto que os sintomas da disfunção do 
assoalho pélvico podem causar, julgue os itens a seguir sobre 
o contexto fisiopatológico: 
 
76. A Internacional Continence Society (ICS) define 
incontinência urinária de esforço como toda perda de 
urina de forma voluntária durante momentos de tosse, 
atividades físicas, espirros, como também exercícios 
que promovam movimentação rápida de posição. Sendo 
o tipo de incontinência que mais acomete mulheres em 
diversas faixas etárias. 
77. A fusão dos ossos ílio, ísquio e púbis formam um 
grande osso chamado pelve que se divide em direita e 
esquerda. A pelve se articula com o sacro, e a união da 
pelve direita e esquerda se dá pela sínfise púbica. Nas 
mulheres, esta estrutura tem abertura superior oval e 
arredondada, possuindo também ângulo e arco púbico 
mais estreito. 
78. A pelve é constituída por estruturas de sustentação: 
diafragma pélvico e urogenital e as fáscias pélvicas. 
Dessa maneira, sua organização em grande quantidade é 
de fibras de contração lenta e em menor quantidade de 
contração rápida, com isso todas as partes são de grande 
relevância, tanto no suporte e na manutenção das 
estruturas pélvicas quanto em suas composições 
fisiológicas. 
 
 
Apesar dos vários tratamentos disponíveis, é 
questionável o fato de que muitas pacientes mulheres não 
procurarem solução para seu distúrbio. Recentemente, 
apontou-se que as brasileiras consideram a perda urinária 
algo comum e um feito normal da vida, não havendo 
necessidade de trata-la. Inclusive, é comum que o próprio 
médico informe à mulher de que o seu problema não 
necessita tratamento. Uma possível explicação para que a 
fisioterapia não esteja ainda implementada no sistema de 
saúde da mulher é a de que há o desconhecimento por parte 
dos próprios profissionais de saúde de que a fisioterapia é 
mais do que uma simples opção, mas o ponto do algoritmo 
de tratamento para incontinência urinária preconizado pela 
International Continence Society (ICS) e OMS. 
 
STEIN et al. Rev. Ciênc. Méd. 2018;27(2):65-72. 
 
A respeito das disfunções e do tratamento fisioterapêutico na 
saúde da mulher, julgue os itens a seguir: 
 
79. O tratamento para incontinência urinária pode ser 
tratado na modalidade conservadora ou cirúrgica. O 
papel da fisioterapia é atuar com mecanismos menos 
invasivos como a eletroestimulação, biofeedback e a 
terapia com cones aliados a isso, para melhor prevenir e 
intervir na patologia. 
80. Pacientes com incontinência urinária de esforço 
possuem alterações na ativação somente dos músculos 
do assoalho pélvico durante as manobras de Valsalva, 
sugerindo deficiência de ativação muscular nas 
diferentes atividades. 
81. A prevalência da incontinência urinária é 
significativamente maior em mulheres sedentárias. 
Outro fator comum que predispõe a incontinência 
urinária, prejudicando os músculos responsáveis pela 
continência na mulher, é no período gestacional e 
durante o parto. 
82. A dispareunia é definida como dor recorrente ou 
persistente associada à relação sexual gerada por 
alterações físicas ou psicológicas. A fisioterapia tem 
como objetivo melhorar flexibilidades da musculatura 
do assoalho pélvico levando ao alívio da dor pélvica e 
(ou) abdominal. 
 
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Com a evolução tecnológica em neonatologia dos 
últimos anos, as taxas de morbimortalidade de bebês 
prematuros têm caído. Entretanto, esses bebês necessitam de 
maiores cuidados em relação a seu atendimento. Em 1979 os 
doutores Héctor Martínez e Edgar Rey Sanabria do instituto 
materno infantil do hospital San Juan de Dios de Bogotá, na 
Colômbia, iniciaram uma transformação na visão da atenção 
a recém-nascidos prematuros e bebês de baixo, peso 
promovendo uma abordagem mais humanizada. Foi então 
criado o método mãe canguru que consiste na redução do 
tempo em que o neonato é mantido na incubadora. A criança 
é colocada no colo materno em posição canguru e ocorre 
contato pele a pele do bebê com a mãe, alimentação 
exclusiva no seio e no programa de acompanhamento 
do bebê. 
 
Barradas J et al. Jornal de Pediatria - Vol. 82, Nº6, 2006 
 
A respeito da fisioterapia neonatal e das técnicas utilizadas 
atualmente nas Unidades de Terapia Intensiva, julgue os 
itens a seguir: 
 
83. A excessiva luminosidade, os ruídos, a manipulação, a 
interrupção constante do sono, a solidão da incubadora 
e os inúmeros procedimentos dolorosos (intubação 
orotraqueal, coleta de sangue, punção do calcâneo, 
administração de medicamentos intravenosos etc.) 
podem desencadear reações fisiológicas e 
comportamentais compatíveis com estresse no 
recém-nascido internado na UTI. 
84. Na área da fisioterapia, o método mãe canguru é um 
método bastante complexo, que depende da aceitação 
da equipe multiprofissional, porém eficaz e de 
baixo custo. Costuma ser aplicado em hospitais de 
referência especializada. 
85. Em recém-nascidos prematuros, a abordagem da 
fisioterapia é restrita apenas ao contexto de manutenção da 
integridade pulmonar. Na qual executa procedimentos de 
manutenção das vias aéreas com manobras e técnicas 
específicas; a partir de 37 semanas de idade gestacional 
podem ser acrescentadas as condutas de estimulação da 
auto-organização sensório motora e estimulação do 
desenvolvimento neuropsicomotor. 
86. A fisioterapia respiratória convencional, também 
conhecida como Chest Physicaltherapy, é um conjunto 
de técnicas nas quais incluem vibração manual, 
percussões torácicas e drenagem postural. Apesar de 
antigas, são vistas como efetivas na retirada de 
secreções brônquicas no perfil neonatal e pediátrico. 
 
 
As estratégias de fisioterapia respiratória, de mobilização e 
de exercícios terapêuticos precocesdestinados aos pacientes 
internados, especialmente perante cuidados intensivos, fazem 
parte da rotina dos melhores hospitais do Brasil e do mundo. 
Não resta dúvidas que essas estratégias são necessárias e 
benéficas para a maioria dos pacientes, o que provavelmente 
não deve diferir em se tratando dos pacientes com Covid-19, 
em virtude do alto risco para desenvolvimento da fraqueza 
muscular adquirida na Unidade de Terapia Intensiva (FMA-
UTI) e potencial declínio funcional, fruto das comorbidades 
associadas, do processo inflamatório, do tempo prolongado 
de internamento e ventilação mecânica, além de todos os 
fatores de risco comuns aos pacientes críticos. 
 
Considerando o texto motivador e os conhecimentos 
correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
87. Dentre as intervenções motoras na Unidade de Terapia 
Intensiva estão a cinesioterapia (passiva, assistida, ativa 
livre, resistida), alongamento muscular, Estimulação 
Elétrica Neuromuscular (EENM), treino de sedestação e 
controle de tronco, treino de mobilidade para 
transferências no leito, cicloergometria em Membros 
Superiores e Inferiores (MMSS e MMII), ortostatismo - 
em prancha ortostática ou assistida e marcha. 
88. De acordo com a recomendação da Associação 
Brasileira de Fisioterapia Respiratória (ASSOBRAFIR) 
sobre a atuação do fisioterapeuta durante a parada 
cardiopulmonar em pacientes Covid-19. As ventilações 
devem ser realizadas via ventilação com pressão 
positiva manual (bolsa, válvula, máscara), a qual 
garante melhor expansibilidade e oferta de 
oxigênio suplementar. 
89. A Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo 
(SDRA) é uma lesão pulmonar inflamatória aguda e 
difusa. Pode ser pulmonar ou extrapulmonar, 
compreendida dentro de sete dias de um evento 
definido e sua classificação de condição grave pela 
definição de Berlim inclui a PaO2/FiO2 ≤ 100mmHg 
com PEEP ≥ 5cmH2O. 
 
 
Paciente do sexo masculino, previamente saudável, com 15 
anos de idade, da cor branca, procurou atendimento em 
centro de referência de fisioterapia neurofuncional de sua 
cidade, acompanhado de sua genitora. O jovem informou que 
tem diagnóstico de mielite transversa há oito meses. Na 
época apresentou uma dor súbita lombar seguida de 
paraplegia. O paciente ficou internado em Unidade de terapia 
intensiva (UTI) por 32 dias. Atualmente, apresenta 
deambulação sem auxílio em superfícies planas, com grande 
receio de cair, sua casa possui um piso liso e escorregadio e 
pouca acessibilidade (dois andares de escada). No exame 
clínico foi constatado leve espasticidade (escala de 
Ashworth: 1) e hiperreflexia dos extensores dos joelhos e dos 
tornozelos, havendo alteração na força muscular, que 
apresenta grau 4 na maioria dos grupos musculares de 
membros inferiores. 
 
Com base no caso clínico, julgue os itens a seguir. 
 
90. A mielite transversa está entre as principais causas não 
traumáticas, de origem desmielinizante e compreende a 
maioria dos casos de lesão medular em 
pacientes jovens. 
91. A lesão medular é classificada segundo a padronização 
internacional determinada pela American Spinal Injury 
Association (ASIA). A ASIA recomenda conceituarmos, 
nos casos de lesão medular, plegia como a ausência de 
movimento voluntário e paresia como a presença de 
contração muscular voluntária com diminuição 
da força. 
92. Na mielite transversa, um prognóstico normalmente 
mais grave cursa com distúrbio sensorial em níveis da 
coluna cervical, incontinência urinária, falta de 
recuperação após três meses e choque medular. 
 
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93. A escala ASIA Impairment Scale (AIS) classifica a 
lesão medular nos seguintes níveis motores e sensitivos: 
A = normal e B = motor incompleto, status incompleto 
do motor como definido anteriormente, com pelo 
menos metade do músculo principal com um grau de 
músculo ≥ 3. C = motor incompleto, a função motora é 
preservada na maioria dos segmentos sacrais caudais 
para contração anal voluntária. D = sensorial 
incompleto, função sensorial, mas não motora é 
preservado abaixo do nível neurológico. E = completo, 
nenhuma função sensorial ou motora é preservada. 
94. Os doentes com lesões medulares enfrentam, na sua 
maioria, limitações funcionais, que acarretam uma 
alteração do seu estilo de vida. Frequentemente 
apresentam dificuldades em retomar o seu papel ativo 
na sociedade, muitas vezes influenciado por fatores 
contextuais, incluindo fatores ambientais e pessoais. 
Um exemplo de fatores ambientais influenciando 
diretamente a funcionalidade/incapacidade desse 
indivíduo é a escada de sua casa e o piso escorregadio. 
95. A intervenção fisioterapêutica neurofuncional deve ir 
além da manutenção de amplitudes articulares e do 
fortalecimento muscular acima do nível da lesão. É 
fundamental que a reabilitação tenha como objetivo 
utilizar o potencial plástico demonstrado através da 
escala ASIA de cada paciente, otimizando sua função e 
independência. 
96. Na avaliação do indivíduo citado, poderíamos ter 
utilizado o índice de Barthel, que avalia as atividades da 
vida diária (AVDs) e mensura a independência 
funcional no cuidado pessoal, mobilidade, locomoção e 
eliminações. Essa escala foi validada para a população 
brasileira em outras condições de saúde além da lesão 
medular, como acidente vascular encefálico e em 
idosos. 
 
 
Paciente do sexo masculino, com 54 anos de idade, da cor 
parda, professor e com ensino superior completo. Apresenta 
como queixa principal alteração da marcha há cerca de três 
anos. O quadro foi precedido de perda gradual de destreza 
em ambas as mãos, em função do tremor ao tentar realizar 
atividades manuais finas. O caso evoluiu com lentificação 
dos movimentos e dificuldade na marcha, foi diagnosticado, 
na época, com Doença de Parkinson (DP) e prescrito 
levodopa, sem melhora significativa. Há um ano começou a 
apresentar disfunção erétil (metade das tentativas em manter 
uma relação sexual) e incontinência urinária (segundo ele em 
pequena quantidade). O paciente nega episódios prévios 
semelhantes, relata boa condição financeira, não apresenta 
dificuldade para compra de medicação. O usuário é assíduo 
na fisioterapia, possui um fisioterapeuta que o acompanha há 
um ano, três vezes por semana, em seu domicílio. O paciente 
é casado, sempre teve apoio da esposa para todo seu 
tratamento, mora em casa própria com três suítes, além de 
possuir três filhos casados, mas sempre tem contato com eles 
em reunião de familiares aos finais de semana. Seu lazer é 
relatado como passeio ao Shopping, cinema e teatro, e sua 
vida social era relativamente intensa, porém agora tem 
alguns programas recusados pela questão da doença. Durante 
a avaliação fisioterapêutica, observou-se alterações em suas 
AVDs e na marcha. O teste de velocidade de marcha 
apresenta um deficit de 60% do esperado para sua idade e nas 
AVDs, através do índice de Barthel obteve um total de 55 
pontos de 100. 
 
Com base no caso clínico, julgue os itens a seguir. 
 
97. No caso clínico observa-se fatores contextuais que 
podem influenciar como barreiras e (ou) facilitadores na 
funcionalidade/incapacidade do indivíduo. Como 
exemplo de barreira, temos a redução na velocidade da 
marcha e consequente restrição à participação 
ocasionada pela condição de saúde. 
98. A Classificação Internacional de Funcionalidade, 
Incapacidade e Saúde (CIF) é uma classificação com 
múltiplas finalidades elaborada para servir a vários 
contextos diferentes na reabilitação. Três dos seus 
quatro componentes são quantificados através da 
mesma escala genérica. Em relação a esse sujeito, 
quanto às AVDs, componente participação, podemos 
dizer que ele tem um problema ligeiro (pequeno). 
99. A disfunção erétil é uma manifestação não motorana 
doença de Parkinson e uma queixa comum na prática 
clínica. 
100. A disfunção erétil na doença de Parkinson tem caráter 
multifatorial, como: fatores psicossomáticos, além da 
presença de cardiopatia, de hipertensão arterial 
sistêmica e do uso de medicações anti-hipertensivas. 
 
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O câncer de pulmão está associado às taxas significativas de 
morbidade e mortalidade em todo o país e é uma 
preocupação constante para todo o sistema de saúde devido 
aos seus impactos socioeconômicos. Após o diagnóstico da 
doença, bem como a classificação do seu quadro atual, a 
cirurgia atualmente é a abordagem primária mais indicada 
para o tratamento curativo. Após esta abordagem, as diversas 
complicações pós-operatórias são encontradas 
rotineiramente, fazendo com que o departamento de 
fisioterapia obtenha um papel de extrema importância no 
gerenciamento das pessoas com câncer de pulmão. O avanço 
da tecnologia e da ciência proporcionou com que a 
abordagem fisioterapêutica fosse realizada de forma mais 
precoce, obtendo a abordagem central por meio dos 
exercícios nas complicações pós-operatórias. 
 
A respeito do manejo fisioterapêutico da doença explanada, 
julgue os itens a seguir. 
 
101. Exercícios de respiração profunda com pressão 
expiratória positiva (PEP) de 10 cm H2O realizados 
com o auxílio de aparelho de respiração podem ser 
utilizados após os procedimentos cirúrgicos. 
102. Uma das estratégias para mensuração da capacidade 
física do paciente no pós-operatório é a aplicação do 
teste 6-minute walk test (6MWT). Um teste simples de 
ser executado para o monitoramento das condições 
cardiorrespiratórias. 
103. De acordo com o questionário Internacional de 
atividade física (IPAC), para o paciente ser enquadrado 
na categoria 3 deverá obter o seu nível de atividade de 
intensidade vigorosa em pelo menos 3 dias e acumulado 
pelo menos 1.500 MET-minutos durante a semana ou 
sete ou mais dias de qualquer combinação de 
caminhada, atividade de intensidade moderada ou 
atividade de intensidade vigorosa, atingindo um mínimo 
de pelo menos 3000 MET-minutos por semana. 
104. Uma das estratégias de mensurar a dispneia no paciente 
no pós-operatório é a utilização da Modiied Medical 
Research Council Dyspnea Scale. Quando os pacientes 
relatam uma nota de 0 (sem dispneia) a 10 (falta de ar 
ao se levantar/vestir). 
105. Para aquelas pessoas que podem se submeter à cirurgia, 
as opções cirúrgicas incluem pneumonectomia, 
lobectomia ou ressecção sublobar. Entretanto, a 
pneumonectomia é a abordagem cirúrgica preferida ao 
invés da ressecção pulmonar limitada em estágio 
inicial, pois está associada a taxas mais baixas de 
recorrência regional e melhora da sobrevida. 
106. A ressecção pulmonar limitada é vantajosa pois 
preserva uma maior quantidade do volume pulmonar, 
limitando o comprometimento fisiológico 
pós-operatório. Porém, a ressecção pulmonar limitada 
aumenta os riscos de complicações pós-operatórias e o 
tempo de internação hospitalar. 
107. A cirurgia toracoscópica vídeoassistida é a abordagem 
preferencial ao invés de uma incisão de toracotomia e é 
associada a: menos dor, melhor amplitude de 
movimento do ombro e função melhorada logo após a 
cirurgia; menos complicações pós-operatório; 
diminuição do risco de readmissão em terapia intensiva; 
menor tempo de internação e menos necessidade de 
reabilitação hospitalar. 
 
108. Após a ressecção pulmonar, complicações pulmonares 
pós-operatórias imediatas e clinicamente importantes 
incluem insuficiência respiratória (ventilação mecânica 
prolongada, reintubação ou síndrome do desconforto 
respiratório agudo), pneumonia e atelectasia exigindo 
broncoscopia. 
 
 
O câncer do colorretal é o terceiro tipo de câncer mais 
comum no mundo, com aproximadamente 1,8 milhões de 
novos casos diagnosticados apenas em um ano. Um paciente 
homem de aproximadamente 66 anos de idade deu entrada 
no serviço de acompanhamento fisioterapêutico 
pós-operatório (PO) com encaminhamento médico para 
continuidade de tratamento devido à cirurgia de câncer do 
colorretal. Paciente apresenta 70 dias de PO e teve algumas 
complicações iniciais como feridas locais, infecções 
torácicas, vazamento de anastomose e hemorragia. O 
paciente apresenta níveis de sedentarismo altíssimos, com 
restrições de amplitude de movimento em região lombo-
torácica e de quadril, hipotrofia generalizada em MMII, 
hipotonia em musculatura do CORE e dor, fadiga e 
cardiotoxicidade. Dentro dos contextos biopsicossociais o 
paciente apresenta: ansiedade, depressão e redução da 
qualidade de vida. Acerca das informações acima, julgue os 
itens a seguir. 
 
109. A taxa de sobrevivência relativa em 5 anos é 
aproximadamente 65%, tornando os sobreviventes do 
câncer colorretal o maior grupo de sobreviventes do 
câncer. 
110. O tratamento do câncer colorretal envolve cirurgia, 
radioterapia, quimioterapia e (ou) terapias direcionadas 
(isoladamente ou em combinação). A minoria (até 10%) 
dos pacientes diagnosticados receberá cirurgia. 
111. Após o câncer colorretal, os indivíduos com o maior 
índice de atividade física pós-diagnóstico, possuem um 
fator protetor contra a mortalidade por outras causas. 
112. Os principais sintomas e eventos adversos em pacientes 
com este câncer são os sintomas musculoesqueléticos 
de baixa gravidade, tais como: dor, rigidez, tendinite, 
cãibra ou artrite. 
113. Os exercícios com características de aplicabilidade 
aeróbicas devem ser empregados em sessões contínuas 
e intervalos de 70%-95% da FCmáx; 11-15 percepção 
do esforço (escala 6-20 de Borg). 
 
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PROCESSO SELETIVO – RP/SES – DF/2022 
213 – MULTIPROFISSIONAL EM ATENÇÃO EM ONCOLOGIA 
FISIOTERAPIA – TIPO “U” 
PÁGINA 11/11 
 
Uma paciente de 55 anos de idade, sedentária, pesando 86 kg 
com 1,60 cm, pré-diabética, deu entrada no serviço de 
fisioterapia ambulatorial do hospital (FAH), após uma 
quadrantectomia na mama esquerda, 60 dias depois de sua 
cirurgia. A paciente relatou ter demorado para dar início ao 
tratamento pós-operatório ambulatorial devido à uma 
complicação cardiorrespiratória leve no seu pós-operatório e 
um quadro de trombose de MMII (tratado com medicamento 
xarelto). Desenvolveu um linfedema bem característico como 
complicação do pós-operatório. A paciente apresenta-se com 
bastante restrição de ADM bilateral (maior a esquerda), 
perda de força de rotação externa do ombro (avaliada por 
meio de dinamômetro manual: RE ombro direito: 10 kg, RE 
ombro esquerdo: 7 kg), perda de força da musculatura do 
tronco (agonistas e antagonistas) e encurtamento severo do 
trapézio superior. 
 
A respeito da abordagem fisioterapêutica neste tipo de 
paciente, julgue os itens a seguir. 
 
114. A intervenção com exercício de caminhada de 
intensidade submáxima reduz o esforço fisiológico e 
pode produzir as maiores melhorias na fadiga relatada. 
115. O linfedema é um acúmulo excessivo de um fluido rico 
em proteínas e sódio que, de outra forma, drenaria pelo 
sistema linfático e leva a um inchaço regional. 
116. Os principais sinais e sintomas do linfedema 
característico está associada a sintomas como dor, peso, 
rigidez, diminuição da amplitude de movimento, 
habilidades motoras grossas e finas afetadas 
adversamente, função diária prejudicada e diminuição 
da qualidade de vida. 
117. O linfedema após a mastectomia é considerada 
atualmente uma doença incurável e crônica e seu 
tratamento visa o manejo do quadro linfedematoso e a 
preservação da função do braço afetado. 
118. A paciente com estascaracterísticas se beneficiará do 
exercício resistido por meio da manutenção e 
recuperação da função física do braço afetado, bem 
como de uma composição corporal saudável. Porém 
ocorrerá um aumento do risco metabólico. 
119. A drenagem linfática manual (DLM) é recomendada 
como terapia de segunda linha de acordo com as 
Diretrizes da American Cancer Society. 
120. A terapia de descongestão completa, uma terapia mais 
recente, é o tratamento amplamente usado e combina 
com o uso de roupas de compressão personalizadas, 
exercícios físicos e cuidados com a pele. 
 
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GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL 
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL 
FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA EM CIÊNCIAS DA SAÚDE 
EDITAL NORMATIVO Nº 1/2021 – RP/SES-DF/2022, DE 13 DE OUTUBRO DE 2021 
 
PROGRAMA 
2 3 3 
Multiprofissional em Saúde da Criança 
Fisioterapia 
 
TIPO Data da prova: 
“U” Domingo, 12/12/2021. 
 
I N S T R U Ç Õ E S 
 
 Você receberá do fiscal: 
o um caderno da prova objetiva contendo 120 (cento e vinte) itens – cada um deve ser julgado como CERTO ou ERRADO, 
de acordo com o(s) comando(s) a que se refere –; e 
o uma folha de respostas personalizada. 
 Verifique se a numeração dos itens, a paginação do caderno da prova objetiva e a codificação da folha de respostas estão corretas. 
 Verifique se o programa selecionado por você está explicitamente indicado nesta capa. 
 Quando autorizado pelo fiscal do IADES, no momento da identificação, escreva, no espaço apropriado da folha de respostas, 
com a sua caligrafia usual, a seguinte frase: 
 
As palavras têm a leveza do vento e a força da tempestade. 
 
 Você dispõe de 3 (três) horas e 30 (trinta) minutos para fazer a prova objetiva, devendo controlar o tempo, pois não haverá 
prorrogação desse prazo. Esse tempo inclui a marcação da folha de respostas. 
 Somente 1 (uma) hora após o início da prova, você poderá entregar sua folha de respostas e o caderno da prova e retirar-se da sala. 
 Somente será permitido levar o caderno da prova objetiva 3 (três) horas após o início da prova. 
 Deixe sobre a carteira apenas o documento de identidade e a caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material 
transparente. 
 Não é permitida a utilização de nenhum tipo de aparelho eletrônico ou de comunicação. 
 Não é permitida a consulta a livros, dicionários, apontamentos e (ou) apostilas. 
 Você somente poderá sair e retornar à sala de aplicação da prova na companhia de um fiscal do IADES. 
 Não será permitida a utilização de lápis em nenhuma etapa da prova. 
 
I N S TR U Ç Õ E S P A R A A P R O V A O B J E T IV A 
 
 Verifique se os seus dados estão corretos na folha de respostas da prova objetiva. Caso haja algum dado incorreto, comunicar ao fiscal. 
 Leia atentamente cada item e assinale sua resposta na folha de respostas. 
 A folha de respostas não pode ser dobrada, amassada, rasurada ou manchada e nem pode conter registro fora dos locais 
destinados às respostas. 
 O candidato deverá transcrever, com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente, as respostas da 
prova objetiva para a folha de respostas. 
 A maneira correta de assinalar a alternativa na folha de respostas é cobrir, fortemente, com caneta esferográfica de tinta preta, 
fabricada com material transparente, o espaço a ela correspondente. 
 Marque as respostas assim: 
 
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PROCESSO SELETIVO – RP/SES – DF/2022 
233 – MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA CRIANÇA 
FISIOTERAPIA – TIPO “U” 
PÁGINA 10/11 
 
Uma paciente de 2 anos e 3 meses de idade, com diagnóstico 
de paralisia cerebral (PC), classificação do Gross Motor 
Function Classification System V (GMFCS V), compareceu 
para avaliação fisioterapêutica pela primeira vez, 
apresentando muitas restrições na participação social e 
limitação em quase todas as tarefas motoras, exceto 
conseguir controlar a cabeça na postura de pé por 15 
segundos. Ela permanece a maior parte do dia no carrinho de 
bebê e sua mãe acha que não há nada a ser feito pela filha. A 
avaliação das estruturas e funções dos membros inferiores 
(MMII) revelou quadris instáveis tendendo à subluxação e à 
fraqueza muscular generalizada. 
 
Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos correlatos, 
julgue os itens a seguir. 
 
101. A paralisia cerebral é um conjunto de desordens 
permanentes do desenvolvimento, do movimento e da 
postura, causando limitação nas atividades, que são 
atribuídas à distúrbios progressivos que ocorreram no 
cérebro em desenvolvimento. 
102. O GMFCS é, atualmente, a classificação mais 
importante das crianças com PC, auxiliando os 
profissionais de saúde a traçar um planejamento 
terapêutico, bem como para analisar o prognóstico de 
locomoção e mobilidade. 
103. Embora haja possibilidade de mudança entre os níveis 
de GMFCS, existe uma relativa estabilidade entre os 
níveis, o que significa que uma criança classificada em 
um nível, tende a permanecer nele ao longo do tempo. 
104. O nível descrito do GMFCS nesse caso clínico (nível 
V), caracteriza-se por crianças com dificuldades para se 
locomover, mas pode se arrastar e rolar e se mover 
independentemente com uma cadeira de rodas. 
105. Além da classificação de funcionalidade da PC, através 
do GMFCS, ela também se classifica conforme o 
subtipo neurológico e topográfico em: espástica 
(unilateral ou bilateral), discinética, atáxica ou mista. 
106. Crianças com PC podem apresentar alterações nas 
funções e estruturas do corpo, que, segundo a 
Classificação Internacional de Funcionalidade, 
Incapacidade e Saúde (CIF), são consideradas 
deficiências. 
107. Crianças com PC têm uma probabilidade aumentada de 
luxação de quadril, inversamente proporcional ao nível 
do GMFCS. 
108. Os distúrbios motores em crianças com PC são 
complexos. Os deficits principais incluem alterações no 
tônus muscular influenciadas pela posição, postura e 
movimento, comprometimento de equilíbrio e 
coordenação, força diminuída e perda de controle motor 
voluntário. 
 
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Uma criança alegre de 5 anos de idade, comunicativa, alegre, 
que sofreu um acidente vascular encefálico (AVE) no 
período neonatal. Apresenta hemiparesia à D, com 
predomínio braquiofacial, além de hipertonia e fraqueza no 
hemicorpo parético. Deambula de forma independente com 
órtese tornozelo-pé, mas apresenta quedas com frequência. 
 
Acerca desse caso clínico e com base nos conhecimentos 
correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
109. As órteses tornozelo-pé (AFOs) podem ser utilizadas 
para manter o comprimento do músculo e melhorar os 
padrões de marcha, além de evitar futuras contraturas e 
deformidades no tríceps sural. 
110. As AFOs podem ser rígidas ou dinâmicas. As dinâmicas 
são mais utilizadas para não permitir a interferência da 
espasticidade do tríceps sural. 
111. A terapia do movimento induzido por restrição (CIMT) 
consiste em uma terapia que restringe o movimento do 
membro superior parético, fazendo com que o paciente 
utilize o membro sadio. 
112. Estudos recentes demonstraram que a CIMT 
proporciona uma reorganização cortical, aumentando a 
massa cinzenta após sua utilização. 
113. Terapias por realidade virtual têm benefícios 
comprovados na reabilitação de crianças com AVE, pois 
melhoram o desempenho funcional, a coordenação 
olho-corpo e têm o adjuvante de motivar o paciente no 
decorrer da prática. 
114. O processo de avaliação de crianças com hemiparesias 
e outras condições de saúde contemplava, no passado, 
principalmente, uma avaliação focada nas funções e 
estruturas do corpo, como tônus muscular, reflexos ou 
reações. Nas últimas décadas, porém, sobretudo em 
uma “era pós CIF”, as avaliações tiveram seu foco 
modificado, onde asfuncionalidades e as incapacidades 
são norteadoras desse processo. 
115. De acordo com a CIF, a reabilitação efetiva deve sugerir 
intervenções que promovam atividade e participação 
em um contexto relevante para a criança e sua família e 
não apenas minimizar condições patológicas e sintomas 
associados. 
 
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233 – MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA CRIANÇA 
FISIOTERAPIA – TIPO “U” 
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Uma criança de 3 anos de idade, com diagnóstico de atrofia 
muscular espinhal (AME) tipo II, apresentou início dos 
sintomas da AME com cerca de 20 dias de nascida. A 
gestação aconteceu sem intercorrências e o tipo de parto foi 
cesariana (nasceu com 3,1 kg e 47 cm). O escore no teste de 
Apgar do primeiro minuto foi 8 e do quinto minuto foi 9. 
Atualmente realiza as seguintes intervenções: fisioterapia 
motora (duas vezes por semana), respiratória (duas vezes por 
semana) e aquática (duas vezes por semana), terapia 
ocupacional (uma vez por semana) e equoterapia (uma vez 
por semana). Recentemente foi introduzida a cadeira e rodas 
e o acompanhamento psicológico. Encontra-se internada há 
dois dias em unidade de terapia intensiva, com quadro de 
broncopneumonia e insuficiência respiratória (SatO2 = 84%, 
FC = 135 bpm e FR = 28 irpm). Necessitou de oxigênio e de 
ventilação não invasiva (VNI) com BIPAP. 
 
Com base no caso clínico e nos conhecimentos correlatos, 
julgue os itens a seguir. 
 
116. A equoterapia é um tipo de intervenção que utiliza o 
movimento do cavalo, não somente visando ganhos 
físicos, mas também emocionais e comportamentais. 
117. Crianças com AME tipo II conseguem ficar em pé sem 
apoio e seu diagnóstico é definido, geralmente, após os 
24 meses de idade. 
118. A fraqueza bulbar, associada à dificuldade de 
mastigação e de deglutição são principalmente 
observadas no tipo IV da AME, por isso dificultam o 
ganho de peso. 
119. A função respiratória dos pacientes com AME mostra 
um padrão obstrutivo, com alteração da relação 
ventilação-perfusão e diminuição da capacidade vital 
forçada (CVF). 
120. Crianças com AME tipo I e II têm necessidade de 
prescrição de cadeira de rodas com adaptações para 
alinhamento do tronco. Essa medida tem por finalidade 
impedir a escoliose. 
 
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GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL 
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL 
FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA EM CIÊNCIAS DA SAÚDE 
EDITAL NORMATIVO Nº 1/2021 – RP/SES-DF/2022, DE 13 DE OUTUBRO DE 2021 
 
PROGRAMA 
2 4 3 
Multiprofissional em Saúde da Família 
Fisioterapia 
 
TIPO Data da prova: 
“U” Domingo, 12/12/2021. 
 
I N S T R U Ç Õ E S 
 
 Você receberá do fiscal: 
o um caderno da prova objetiva contendo 120 (cento e vinte) itens – cada um deve ser julgado como CERTO ou ERRADO, 
de acordo com o(s) comando(s) a que se refere –; e 
o uma folha de respostas personalizada. 
 Verifique se a numeração dos itens, a paginação do caderno da prova objetiva e a codificação da folha de respostas estão corretas. 
 Verifique se o programa selecionado por você está explicitamente indicado nesta capa. 
 Quando autorizado pelo fiscal do IADES, no momento da identificação, escreva, no espaço apropriado da folha de respostas, 
com a sua caligrafia usual, a seguinte frase: 
 
As palavras têm a leveza do vento e a força da tempestade. 
 
 Você dispõe de 3 (três) horas e 30 (trinta) minutos para fazer a prova objetiva, devendo controlar o tempo, pois não haverá 
prorrogação desse prazo. Esse tempo inclui a marcação da folha de respostas. 
 Somente 1 (uma) hora após o início da prova, você poderá entregar sua folha de respostas e o caderno da prova e retirar-se da sala. 
 Somente será permitido levar o caderno da prova objetiva 3 (três) horas após o início da prova. 
 Deixe sobre a carteira apenas o documento de identidade e a caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material 
transparente. 
 Não é permitida a utilização de nenhum tipo de aparelho eletrônico ou de comunicação. 
 Não é permitida a consulta a livros, dicionários, apontamentos e (ou) apostilas. 
 Você somente poderá sair e retornar à sala de aplicação da prova na companhia de um fiscal do IADES. 
 Não será permitida a utilização de lápis em nenhuma etapa da prova. 
 
I N S TR U Ç Õ E S P A R A A P R O V A O B J E T IV A 
 
 Verifique se os seus dados estão corretos na folha de respostas da prova objetiva. Caso haja algum dado incorreto, comunicar ao fiscal. 
 Leia atentamente cada item e assinale sua resposta na folha de respostas. 
 A folha de respostas não pode ser dobrada, amassada, rasurada ou manchada e nem pode conter registro fora dos locais 
destinados às respostas. 
 O candidato deverá transcrever, com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente, as respostas da 
prova objetiva para a folha de respostas. 
 A maneira correta de assinalar a alternativa na folha de respostas é cobrir, fortemente, com caneta esferográfica de tinta preta, 
fabricada com material transparente, o espaço a ela correspondente. 
 Marque as respostas assim: 
 
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PROCESSO SELETIVO – RP/SES – DF/2022 
243 – MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA 
FISIOTERAPIA – TIPO “U” 
PÁGINA 10/11 
 
A atuação do fisioterapeuta da atenção básica na saúde da 
família é um programa de extrema importância executado 
pelo Sistema de Saúde Brasileiro. Este programa tem o 
intuito de promover as condições necessárias para que as 
ações multidisciplinares de diversos profissionais promovam 
estratégias de abordagens preventivas e curativas para os 
participantes. Lesões e doenças diversas acometem as 
famílias. Dentre as causas, a falta de conhecimento de 
medidas preventivas é frequentemente relatada. O 
sedentarismo é um fator causal para diversas doenças 
cardiorrespiratórias que acometem todos os anos milhares de 
brasileiros. Abordar esse fator de forma consistente e efetiva 
é um dos desafios para toda a equipe multidisciplinar. 
 
A respeito desse tema, julgue os itens a seguir. 
 
101. Visando melhorias na assistência de forma integral e 
garantia do direito à saúde da população, em 1994 o 
Ministério da Saúde criou o Programa Saúde da Família 
(PSF), que posteriormente, com a expansão do 
programa e a proposta de reorganização da Atenção 
Básica no Brasil, passou a ser chamado de Estratégia 
Saúde da Família (ESF). 
102. O Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) é o 
programa no qual chancela que a fisioterapia pode estar 
inserida na atuação da atençaõ básica, cujo principal 
objetivo é apoiar as equipes que atuam na saúde 
da família. 
103. O NASF é constituído de dois profissionais para cada 
equipe de Estratégia Saúde da Família, sendo que a 
escolha desses profissionais é de responsabilidade do 
gestor local, de acordo com as necessidades 
da populaçaõ. 
104. Dentre as inúmeras atribuições da fisioterapia na 
atenção básica destacam-se a identificação da presença 
de distúrbios cinético-funcionais, orientações posturais, 
incentivo à participação comunitária em questões 
relacionadas à saúde, educação permanente e 
orientações quanto a ambientes e estilo de 
vida saudáveis. 
105. O sedentarismo está associado à idade, à escolaridade, aos 
transtornos depressivos ansiosos-mitos, ao acesso a 
academias e às limitações funcionais. Também pode estar 
relacionado ao gênero e ao IMC. 
 
 
Um paciente de 59 anos de idade, medindo 1,71 m, pesando 
80 kg, destro e sedentário, apresenta um quadro com 
histórico de dor crônica em ambos os joelhos. Obteve o 
diagnóstico médico de osteoartrose (OA) bilateral, 
principalmente no compartimentofemoral-tibial medial. Na 
avaliação cinético-funcional foi identificado um valgo 
dinâmico bilateral, perda de força do quadríceps (com índice 
de simetria do membro entre 20%), perda de mobilidade do 
quadril de rotação interna bilateral (30o) e limitação da 
mobilidade da dorsiflexão do tornozelo direito (34o). 
 
Acerca das abordagens sobre artrose no joelho, julgue os 
itens abaixo. 
 
106. A prevalência de OA aumenta em função da idade. A 
maior prevalência é no quadril, mãos e joelhos 
(seguindo essa ordem). 
 
107. Estudos recentes tendem a mostrar uma maior 
prevalência de mortalidade em pacientes com OA do 
que na população em geral. 
108. A OA há muito tempo é considerada uma doença 
degenerativa inevitável principalmente em uma idade 
avançada e pode ser interrompida com exercícios de 
fortalecimento, antes que a articulação seja substituída 
por uma prótese. 
109. Segundo a National Health Interview Survey, os 
pacientes com osteoartrose são fisicamente menos 
ativos do que a população em geral. Aproximadamente 
37% da população com artrite é inativa. 
110. Sem atividade física regular, a força muscular diminui. 
Mas sabemos que para estabilizar o joelho e impedir 
que a OA piore, a força no quadríceps e nos músculos 
periféricos ao redor de uma articulação lesada é vital. 
111. A quantidade de atividade física não difere dependendo 
da localização da OA. 
112. A massa muscular atinge o pico por volta dos 60 anos 
de idade; em seguida, diminui de 10% a 20% por 
década, a perda é ainda mais rápida após os 70 anos de 
idade. 
113. Os ganhos de força estão associados ao aumento na área 
de seção transversal das fibras musculares de contração 
lenta e rápida. Mas a porcentagem de fibras musculares 
de contração lenta não muda com o treinamento de 
força. 
 
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PROCESSO SELETIVO – RP/SES – DF/2022 
243 – MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA 
FISIOTERAPIA – TIPO “U” 
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Um paciente de 60 anos de idade, foi encaminhado para o 
departamento de fisioterapia, para dar início ao processo de 
reabilitação. O mesmo, queixa-se de dor em ambos os 
joelhos, faz uso de medicamentos controlados, com 
diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica, depressão e 
Acidente Vacular Encefálico (AVE) tardio. Após a 
avaliação, verificou-se que o paciente relata uma dor crônica 
no joelho direito, no exame físico observou-se um 
desnivelamento dos ombros causado possivelmente por uma 
escoliose torácica. Durante a inspeção notou-se a presença de 
lesões na pele (dermatite) na região da cintura escapular. O 
padrão respiratório do paciente é diafragmático, sua 
expansibilidade torácica está diminuída e o ritmo respiratório 
é regular, eupneico. Quando avaliado o sistema nervoso, 
constatou-se que o paciente não possui orientação em relação 
ao tempo e espaço, apresentando tremor na mão esquerda e 
tônus muscular hipertônico. Em relaçaõ ao sistema 
osteomioarticular o paciente foi avaliado com força grau 4 
(tanto em membros superiores quanto em membros 
inferiores) e amplitude de movimento diminuída mais 
significativamente em membros inferiores. 
 
Julgue os itens a seguir, acerca do caso clínico apresentado. 
 
114. Os exercícios voltados para o ganho cognitivo do 
paciente apresentam ganhos estruturais no cérebro, 
como aumentos nos fatores de crescimento, níveis mais 
elevados de neurogenesis, dendritos mais longos com 
uma morfologia mais complexa, potencialização de 
longo prazo aprimorada e alterações nos sistemas de 
neurotransmissores. 
115. Os programas de exercícios recomendados são de três 
vezes por semana ou diariamente, variando de 30 
minutos a 90 minutos por sessão. 
116. Programas mais curtos de quatro semanas não eliciaram 
benefícios cognitivos. 
117. Em pacientes com AVE o treinamento aeróbio pode 
influenciar positivamente a cognição. 
118. A magnitude do aumento do pico do VO2 após o 
treinamento cardiorrespiratório foi sugerida para reduzir 
o risco de hospitalização por AVC. 
119. O treinamento cardiorrespiratório e misto envolvendo 
caminhada nos programas de reabilitação pós-AVE é 
contraindicado para melhorar o condicionamento físico, 
o equilíbrio, a velocidade e a capacidade de caminhar. 
120. Dos indivíduos que sofrem um AVE, aproximadamente 
70% recuperam a capacidade de marcha, embora 
apenas 7% dos pacientes subagudos tenham capacidade 
suficiente de deambular de forma independente fora 
de casa. 
 
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GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL 
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FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA EM CIÊNCIAS DA SAÚDE 
EDITAL NORMATIVO Nº 1/2021 – RP/SES-DF/2022, DE 13 DE OUTUBRO DE 2021 
 
PROGRAMA 
2 5 3 
Multiprofissional em Saúde do Adulto e do Idoso 
Fisioterapia 
 
TIPO Data da prova: 
“U” Domingo, 12/12/2021. 
 
I N S T R U Ç Õ E S 
 
 Você receberá do fiscal: 
o um caderno da prova objetiva contendo 120 (cento e vinte) itens – cada um deve ser julgado como CERTO ou ERRADO, 
de acordo com o(s) comando(s) a que se refere –; e 
o uma folha de respostas personalizada. 
 Verifique se a numeração dos itens, a paginação do caderno da prova objetiva e a codificação da folha de respostas estão corretas. 
 Verifique se o programa selecionado por você está explicitamente indicado nesta capa. 
 Quando autorizado pelo fiscal do IADES, no momento da identificação, escreva, no espaço apropriado da folha de respostas, 
com a sua caligrafia usual, a seguinte frase: 
 
As palavras têm a leveza do vento e a força da tempestade. 
 
 Você dispõe de 3 (três) horas e 30 (trinta) minutos para fazer a prova objetiva, devendo controlar o tempo, pois não haverá 
prorrogação desse prazo. Esse tempo inclui a marcação da folha de respostas. 
 Somente 1 (uma) hora após o início da prova, você poderá entregar sua folha de respostas e o caderno da prova e retirar-se da sala. 
 Somente será permitido levar o caderno da prova objetiva 3 (três) horas após o início da prova. 
 Deixe sobre a carteira apenas o documento de identidade e a caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material 
transparente. 
 Não é permitida a utilização de nenhum tipo de aparelho eletrônico ou de comunicação. 
 Não é permitida a consulta a livros, dicionários, apontamentos e (ou) apostilas. 
 Você somente poderá sair e retornar à sala de aplicação da prova na companhia de um fiscal do IADES. 
 Não será permitida a utilização de lápis em nenhuma etapa da prova. 
 
I N S TR U Ç Õ E S P A R A A P R O V A O B J E T IV A 
 
 Verifique se os seus dados estão corretos na folha de respostas da prova objetiva. Caso haja algum dado incorreto, comunicar ao fiscal. 
 Leia atentamente cada item e assinale sua resposta na folha de respostas. 
 A folha de respostas não pode ser dobrada, amassada, rasurada ou manchada e nem pode conter registro fora dos locais 
destinados às respostas. 
 O candidato deverá transcrever, com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente, as respostas da 
prova objetiva para a folha de respostas. 
 A maneira correta de assinalar a alternativa na folha de respostas é cobrir, fortemente, com caneta esferográfica de tinta preta, 
fabricada com material transparente, o espaço a ela correspondente. 
 Marque as respostas assim: 
 
PR
OV
A 
AP
LIC
AD
A
 
PROCESSO SELETIVO – RP/SES – DF/2022 
253 – MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO 
FISIOTERAPIA – TIPO “U” 
PÁGINA 10/11 
 
Uma paciente de 55 anos de idade, com histórico de febre 
reumática com fibrilação atrial crônica, passou anteriormente 
por 2 cirurgias prévias para substituição de valva mitral, 
hipertensa, obesa, diabética, usando anticoagulante oral, evoluiu 
comquadro de dispneia e elevação da pressão arterial. Teve 
piora do quadro e foi atendida no pronto-socorro com crise 
hipertensiva. Admitida consciente na Unidade de Terapia 
Intensiva (UTI), com regular padrão respiratório e hipertensão. 
Paciente evoluiu com congestão pulmonar e taquipneia, (FR = 
29 irpm). Progrediu com oligúria e aumento de escórias renais, 
apresentou crepitações e esforço respiratório. Foi diagnosticada 
insuficiência cardíaca congestiva (ICC) e insuficiência renal 
crônica (IRC) agudizada. Gasometria com SatO2 = 91%, PaO2 
= 74 mmHg, PaCO2 = 49 mmHg. Fez uso de BIPAP por 
aproximadamente 15 dias, porém, apesar da gravidade do 
quadro, a paciente evoluiu com alta da UTI após 22 dias, sendo 
transferida para enfermaria com uso de oxigênio suplementar 
via cateter nasal. Uma UTI é um ambiente positivo para o 
tratamento de diversas doenças críticas, entretanto, apesar de ser 
um local adequado e preparado para manutenção da vida, 
algumas condições podem perdurar após a alta hospitalar como 
a síndrome pós-terapia intensiva (SPTI). 
 
Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos correlatos, 
julgue os itens a seguir. 
 
101. A permanência prolongada em um leito de UTI pode ser 
considerada como um risco potencial para 
desenvolvimento de diversas comorbidades, 
apresentando um risco para o funcionamento de 
diversos órgãos e sistemas, como a polineuropatia do 
paciente crítico. 
102. Entre as principais disfunções apresentadas em 
pacientes com SPTI, a disfunção cognitiva pode estar 
presente em até 75% dos pacientes. 
103. O repouso no leito pode potencializar os efeitos 
sistêmicos da doença crítica. Os efeitos deletérios desse 
repouso prolongado podem ser caracterizados por 
estresse oxidativo e aumento da degradação das 
proteínas musculares. O tempo de início para tais 
efeitos podem ser observados a partir de algumas horas. 
104. As recomendações para o uso de ventilação não 
invasiva (VNI) são: pacientes que não são capazes de 
manter a ventilação espontânea (volume minuto 
> 4 l pm, PaCO2 < 50 mmHg e pH > 7,25) devem 
iniciar uso de VNI com um nível de pressão, sendo a 
pressão inspiratória suficiente para manter um processo 
de ventilação adequada, visando impedir a progressão 
para fadiga muscular e (ou) parada respiratória. 
105. A ventilação mecânica não invasiva em pacientes 
cardiopatas pode ser aplicada somente pelo BIPAP. Esta 
é considerada uma modalidade segura e tem efeitos 
semelhantes à ventilação mecânica invasiva. 
106. Entre as causas mais importantes para as doenças 
cardiovasculares está o sedentarismo, pois existe uma 
forte e inversa associação dos diferentes componentes 
da aptidão física com a mortalidade por todas as causas 
e com a ocorrência de eventos cardiovasculares 
desfavoráveis. 
107. O direcionamento às fases ambulatoriais da reabilitação 
cardiovascular (RCV) deve ser realizado na alta da 
internação. A fase 1 da RCV começa imediatamente 
após a alta hospitalar e tem duração média de 3 meses. 
 
Uma paciente de 69 anos de idade, obesa, hipertensa, com o 
seguinte perfil laboratorial: colesterolemia = 333 mg/dL e 
trigliceridemia = 224 mg/dL; a glicemia = 114 mg/dL. Deu 
entrada na emergência com dor precordial há dois dias e 
procurou o hospital 3 h após sua intensificação. 
SatO2 = 96%, FC = 92bpm, Fc = 17 irpm. No 
eletrocardiograma foi detectado infarto agudo do miocárdio 
(IAM) com supradesnível do segmento ST. A paciente 
recebeu nitroglicerina e heparina por via endovenosa, além 
de 75 mg de captopril, 100 mg de ácido acetilsalicílico. Após 
as primeiras 24h, a paciente estava em Killip II e foi 
introduzida furosemida endovenosa. 
 
Considerando esse caso clínico e com base nos 
conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
108. Com o objetivo de avaliar o risco de mortalidade 
hospitalar e o potencial benefício do tratamento 
especializado em unidades coronárias, foi proposta uma 
classificação por Killip e Kimball em pacientes com 
infarto agudo do miocárdio (IAM). Pacientes em Killip 
II apresentam como sintomas principais, edema 
pulmonar agudo (EAP) e hipertensão arterial sistêmica 
(HAS). 
109. A HAS permanece como um dos maiores fatores de 
risco para o desenvolvimento de doença arterial 
coronariana e acidente vascular encefálico (AVE) 
isquêmico ou hemorrágico, representando, social e 
economicamente, um enorme desafio à saúde pública 
mundial. 
110. Pequenos níveis de atividade física têm sido associados 
a uma diminuição no risco de desenvolvimento de 
HAS. 
111. A aptidão física, medida objetivamente por meio de 
testes de esforço, pode acentuar o aumento da pressão 
com a idade. 
112. O uso de nitrato de ação rápida, que foi utilizado nesse 
caso, pode reverter o principal sintoma da doença 
arterial coronariana, que é angina do peito, que se 
caracteriza por episódios reversíveis de dor torácica por 
isquemia miocárdica, decorrentes do desequilíbrio entre 
oferta e consumo de oxigênio pelo miocárdio. 
113. Tão logo essa paciente tenha condições, é interessante 
entrar em um programa de reabilitação cardiovascular 
(RCV). A RCV é considerada útil e efetiva, pois além 
do contexto físico, pode ser acompanhada de conteúdo 
educacional, manejo de fatores de risco e 
aconselhamento psicológico. 
 
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PROCESSO SELETIVO – RP/SES – DF/2022 
253 – MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO 
FISIOTERAPIA – TIPO “U” 
PÁGINA 11/11 
 
Um paciente de 55 anos de idade, ex-fumante, com 
diagnóstico de insuficiência cardíaca crônica (ICC) e 
miocardiopatia dilatada, foi submetido a transplante cardíaco 
(TxC). Com 2 meses de pós-operatório, foi encaminhado ao 
setor de reabilitação cardiovascular (RCV). O paciente 
apresenta limitação importante da capacidade funcional 
(fraqueza de membros inferiores observada na avaliação), o 
que pode ser decorrente do longo período de repouso no leito 
[ficou 5 meses internado em Unidade de Terapia Intensiva 
(UTI)] aguardando o procedimento cirúrgico. Parâmetros 
iniciais no repouso, FC = 102 bpm, FR = 16 irpm e 
SatO2 = 96%. 
 
A respeito desse caso clínico e com base nos conhecimentos 
correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
114. O TxC é o tratamento de escolha para pacientes com 
insuficiência cardíaca (IC) refratária, que permanecem 
com sintomas graves mesmo após a realização dos 
procedimentos cirúrgicos indicados e independente da 
resposta farmacológica. 
115. São principais indicações e contraindicações do TxC, 
respectivamente: IC avançada na dependência de 
drogas inotrópicas; e índice de massa corporal 
>35 kg/m2. 
116. Com o surgimento de novas técnicas cirúrgicas e o 
desenvolvimento de substâncias imunossupressoras 
mais eficientes, mais pacientes puderam ter a vida 
impactada positivamente pelo TxC. Os pacientes 
transplantados, hoje, são capazes de retornar ao trabalho 
e ter uma vida normal, com mínimos sintomas, ou 
mesmo, assintomáticos. A taxa de sobrevida no 1º ano é 
estimada em 90% e, em 5 anos, em cerca de 70%. 
117. A insuficiência renal (IR) é comum nos pacientes com 
IC e, apesar do quantitativo elevado dessa comorbidade 
associada aos pacientes transplantados, a IR não tem 
papel prognóstico significativo após o TxC. 
118. Doadores com mais de 55 anos de idade são viáveis 
seletivamente, particularmente se houver um receptor 
de alto risco à espera deste coração, como no caso da 
necessidade de um transplante urgente, ou piora 
hemodinâmica de um paciente sem opção de suporte 
mecânico. 
119. Em pacientes pós-TxC, na fase aguda do exercício, a 
redução do débito cardíaco depende fundamentalmente 
do mecanismo de Frank-Starling, do aumento do 
retorno venoso, do inotropismo, do cronotropismo e da 
redução da pós-carga. 
120. Alguns efeitos da RCV são observados em pacientes 
pós-TxC como, por exemplo, aumento no VO2 pico.Esse aumento é superior no treinamento contínuo de 
moderada intensidade em relação ao treinamento 
intervalado de alta intensidade. 
 
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GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL 
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL 
FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA EM CIÊNCIAS DA SAÚDE 
EDITAL NORMATIVO Nº 1/2021 – RP/SES-DF/2022, DE 13 DE OUTUBRO DE 2021 
 
PROGRAMA 
2 6 3 
Multiprofissional em Saúde Mental do Adulto 
Fisioterapia 
 
TIPO Data da prova: 
“U” Domingo, 12/12/2021. 
 
I N S T R U Ç Õ E S 
 
 Você receberá do fiscal: 
o um caderno da prova objetiva contendo 120 (cento e vinte) itens – cada um deve ser julgado como CERTO ou ERRADO, 
de acordo com o(s) comando(s) a que se refere –; e 
o uma folha de respostas personalizada. 
 Verifique se a numeração dos itens, a paginação do caderno da prova objetiva e a codificação da folha de respostas estão corretas. 
 Verifique se o programa selecionado por você está explicitamente indicado nesta capa. 
 Quando autorizado pelo fiscal do IADES, no momento da identificação, escreva, no espaço apropriado da folha de respostas, 
com a sua caligrafia usual, a seguinte frase: 
 
As palavras têm a leveza do vento e a força da tempestade. 
 
 Você dispõe de 3 (três) horas e 30 (trinta) minutos para fazer a prova objetiva, devendo controlar o tempo, pois não haverá 
prorrogação desse prazo. Esse tempo inclui a marcação da folha de respostas. 
 Somente 1 (uma) hora após o início da prova, você poderá entregar sua folha de respostas e o caderno da prova e retirar-se da sala. 
 Somente será permitido levar o caderno da prova objetiva 3 (três) horas após o início da prova. 
 Deixe sobre a carteira apenas o documento de identidade e a caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material 
transparente. 
 Não é permitida a utilização de nenhum tipo de aparelho eletrônico ou de comunicação. 
 Não é permitida a consulta a livros, dicionários, apontamentos e (ou) apostilas. 
 Você somente poderá sair e retornar à sala de aplicação da prova na companhia de um fiscal do IADES. 
 Não será permitida a utilização de lápis em nenhuma etapa da prova. 
 
I N S TR U Ç Õ E S P A R A A P R O V A O B J E T IV A 
 
 Verifique se os seus dados estão corretos na folha de respostas da prova objetiva. Caso haja algum dado incorreto, comunicar ao fiscal. 
 Leia atentamente cada item e assinale sua resposta na folha de respostas. 
 A folha de respostas não pode ser dobrada, amassada, rasurada ou manchada e nem pode conter registro fora dos locais 
destinados às respostas. 
 O candidato deverá transcrever, com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente, as respostas da 
prova objetiva para a folha de respostas. 
 A maneira correta de assinalar a alternativa na folha de respostas é cobrir, fortemente, com caneta esferográfica de tinta preta, 
fabricada com material transparente, o espaço a ela correspondente. 
 Marque as respostas assim: 
 
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PROCESSO SELETIVO – RP/SES – DF/2022 
263 – MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE MENTAL DO ADULTO 
FISIOTERAPIA – TIPO “U” 
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A depressão é um transtorno mental que afeta a maioria da 
população mundial e é a principal causa de incapacidade no 
mundo inteiro. A partir de dados da Organização Mundial de 
Saúde (OMS), estima-se que a depressão afeta mais de 350 
milhões de pessoas no mundo, prevalecendo mais entre as 
mulheres. Os principais sintomas da depressão são a tristeza, 
perda do interesse ou prazer por algo, sentimento de culpa, 
baixa autoestima, distúrbios no sono, falta de apetite, falta de 
concentração e fadiga muscular. A prevalência da depressão 
é mais elevada entre as pessoas que possuem um maior 
número de doenças crônicas, chamando atenção para os 
profissionais de saúde, serviços e formuladores de políticas 
em relação ao seu acompanhamento. 
 
A respeito do tema apresentado e tendo em vista os 
conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir 
 
101. A depressão é classificada como um transtorno do 
humor, e a sua etiologia tem uma predominância 
genética. A causa da depressão é de origem secundária à 
exposição de forma constante ao estresse psicomotor, 
que causa várias alterações fisiopatológicas e 
neuroanatômicas. 
102. A classificação da depressão compreendida por 
endógena é classificada de leve a grave, estando 
associada ao deficit de prazer nas ações do dia a dia, 
sentimento de culpa, apatias significativas, diminuição 
do apetite, perda de peso, com períodos de 
predominância pela manhã. 
103. O exercício físico anaeróbio realizado com intensidade 
moderada e longa duração (a partir de 30 minutos) 
propicia alívio do estresse ou tensão, devido ao 
aumento da taxa de um conjunto de hormônios 
denominados endorfinas que agem sobre o sistema 
nervoso, reduzindo o impacto estressor do ambiente. 
104. Os efeitos do treinamento anaeróbio prolongado com 
intensidade moderada pode elevar os índices de ácido 
lático, favorecendo uma tensão muscular pós-exercício 
indesejada para este tipo de paciente. 
105. A redução dos sintomas da depressão ocorre por meio 
da diminuição dos neurotransmissores, das 
catecolaminas e da biossíntese de serotonina pelo 
aumento do triptofano influenciado pelo exercício. 
106. O indivíduo deprimido apresenta níveis altos de aminas 
biogênicas,mostrando que o exercício promove 
aumento da atividade da serotonina,proporcionando 
efeito antidepressivo. 
107. Os exercícios aeróbicos, dentre eles a caminhada livre, 
caminhada em esteira, bicicleta estacionária ou 
cicloergômetros, com intensidade entre 60%-70% do 
VO2 máximo ou 60%-85% da FC máxima são 
recomendados. 
108. Para classificar os transtornos mentais e 
comportamentais, existem atualmente duas ferramentas: 
a Classificação Estatística Internacional de Doenças e 
Problemas Relacionados à Saúde (CID10) e o Manual 
de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais –
Quarta Edição (DSM-IV). 
 
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Um paciente adulto de aproximadamente 21 anos de idade, 
pesando 70 kg e medindo 1,89 m de altura, diagnosticado 
com transtorno mental não especificado (CID: F99), deu 
entrada no serviço ambulatórial de fisioterapia para iniciar 
um tratamento específico com o objetivo de melhorar a sua 
postura e tônus muscular, bem como melhorar o seu nível 
global de fortalecimento. O paciente apresentava-se durante a 
avaliação com níveis de hipotrofia muscular em quadríceps, 
hipertonia muscular (musculatura extremamente espasmada), 
e uma lombalgia crônica, associado a um deficit 
neuromuscular e sensório-motor importante mensurado pelo 
teste de Romberg. Após uma avaliação de força 
computadorizada, foi identificado um deficit de força 
muscular na musculatura do quadríceps maior do que 15% 
em comparação bilateral. Para os testes de mobilidade, 
apenas as regiões do quadril e tornozelo deram seus valores 
abaixo dos valores normativos desejados. 
 
Com base no caso clínico apresentado, julgue os itens a 
seguir. 
 
109. A dor crônica é definida como dor que dura além do 
tempo normal de cicatrização do tecido, geralmente 
considerada em 12 semanas. 
110. O teste de Romberg é uma avaliação clínica que revela 
alterações no equilíbrio estático do paciente. O 
procedimento permite a análise de 3 bases 
neurofisiológicas que possibilitam o equilíbrio: sistema 
vestibular, sistema visual e sistema muscular. 
111. O índice de simetria do membro (ISM) é a fórmula 
mais utilizada atualmente para mensurar os deficits de 
comparação bilateral da força muscular. 
112. O teste de Lunge é uma avaliação da dorsiflexão em 
cadeia cinética fechada, na qual tem associação com dor 
anterior do joelho, uma restrição nesta mobilidade pode 
apresentar-se como um fatorpara entorses de tornozelo. 
113. O teste de Sorensen pode ser utilizado para avaliar a 
força de resistência isométrica do tronco (extensores 
lombares). Neste caso, o avaliado se mantém em 
posição neutra por maior tempo possível. O teste é 
interrompido após 60 segundos e o objetivo geral é 
analisar a fadiga muscular. 
114. O trabalho aeróbio de força muscular com ênfase na 
resistência muscular é uma das estratégias a ser 
empregada com este paciente para o reestabelecimento 
do trofismo muscular. 
115. Em relação ao diagnóstico e sexo, as mulheres sofrem 
mais de transtornos de humor e de ansiedade e os 
homens são mais atingidos pelos transtornos mentais e 
de comportamento. 
 
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PROCESSO SELETIVO – RP/SES – DF/2022 
263 – MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE MENTAL DO ADULTO 
FISIOTERAPIA – TIPO “U” 
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Um paciente de 16 anos com transtorno mental diagnosticado 
(Esquizofrenia CID: F-20 – F29), apresenta-se com quadro 
de ansiedade, depressão, inquietude e sedentarismo há 
aproximadamente 5 anos, relatado pelo paciente. Foi 
encaminhado para o setor ambulatorial da fisioterapia 
apresentando boas condições cardiorrespiratórias. Ele 
encontra-se dentro do quadro de obesidade, tem pré-diabetes, 
limitações funcionais de mobilidade e funcionalidade e 
utiliza antipsicóticos como estratégia de tratamento. 
 
A respeito do caso apresentado e dos conhecimentos 
correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
116. A utilização de antipsicóticos promove uma redução do 
peso corporal e deve ser descontinuada caso essa perda 
de peso seja prejudicial à saúde do indivíduo. A adoção 
de medidas não farmacológicas de controle de peso 
deve ser instituída como dieta, e a melhor medida 
consiste na restrição de seu uso continuado, com 
monitoração precoce e adoção de medidas não 
farmacológicas de controle de peso, como dieta 
balanceada e atividade física regular. 
117. Os efeitos colaterais dos antipsicóticos, podem ser um 
dos fatores que propicia um maior risco de quedas. 
118. Para não ser considerado sedentário, o indivíduo precisa 
fazer atividades moderadas pelo menos três vezes por 
semana durante 20 minutos, ou atividades físicas 
intensas pelo menos 3 vezes por semana, durante 20 
minutos. 
119. Apesar dos exercícios serem benéficos para esse tipo de 
paciente, a distração provocada pode levar a uma piora 
do humor durante e após o exercício. 
120. A classificação dos transtornos mentais segundo DSM 
IV, apresenta suas subdivisões entre 1 a 15. Obtendo a 
classificação de número 7, referente aos transtornos de 
personalidade, como personalidade paranoica ou 
personalidade obsessivo-compulsiva. 
 
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GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL 
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL 
FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA EM CIÊNCIAS DA SAÚDE 
EDITAL NORMATIVO Nº 1/2021 – RP/SES-DF/2022, DE 13 DE OUTUBRO DE 2021 
 
PROGRAMA 
2 7 3 
Multiprofissional em Saúde Mental Infanto-Juvenil 
Fisioterapia 
 
TIPO Data da prova: 
“U” Domingo, 12/12/2021. 
 
I N S T R U Ç Õ E S 
 
 Você receberá do fiscal: 
o um caderno da prova objetiva contendo 120 (cento e vinte) itens – cada um deve ser julgado como CERTO ou ERRADO, 
de acordo com o(s) comando(s) a que se refere –; e 
o uma folha de respostas personalizada. 
 Verifique se a numeração dos itens, a paginação do caderno da prova objetiva e a codificação da folha de respostas estão corretas. 
 Verifique se o programa selecionado por você está explicitamente indicado nesta capa. 
 Quando autorizado pelo fiscal do IADES, no momento da identificação, escreva, no espaço apropriado da folha de respostas, 
com a sua caligrafia usual, a seguinte frase: 
 
As palavras têm a leveza do vento e a força da tempestade. 
 
 Você dispõe de 3 (três) horas e 30 (trinta) minutos para fazer a prova objetiva, devendo controlar o tempo, pois não haverá 
prorrogação desse prazo. Esse tempo inclui a marcação da folha de respostas. 
 Somente 1 (uma) hora após o início da prova, você poderá entregar sua folha de respostas e o caderno da prova e retirar-se da sala. 
 Somente será permitido levar o caderno da prova objetiva 3 (três) horas após o início da prova. 
 Deixe sobre a carteira apenas o documento de identidade e a caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material 
transparente. 
 Não é permitida a utilização de nenhum tipo de aparelho eletrônico ou de comunicação. 
 Não é permitida a consulta a livros, dicionários, apontamentos e (ou) apostilas. 
 Você somente poderá sair e retornar à sala de aplicação da prova na companhia de um fiscal do IADES. 
 Não será permitida a utilização de lápis em nenhuma etapa da prova. 
 
I N S TR U Ç Õ E S P A R A A P R O V A O B J E T IV A 
 
 Verifique se os seus dados estão corretos na folha de respostas da prova objetiva. Caso haja algum dado incorreto, comunicar ao fiscal. 
 Leia atentamente cada item e assinale sua resposta na folha de respostas. 
 A folha de respostas não pode ser dobrada, amassada, rasurada ou manchada e nem pode conter registro fora dos locais 
destinados às respostas. 
 O candidato deverá transcrever, com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente, as respostas da 
prova objetiva para a folha de respostas. 
 A maneira correta de assinalar a alternativa na folha de respostas é cobrir, fortemente, com caneta esferográfica de tinta preta, 
fabricada com material transparente, o espaço a ela correspondente. 
 Marque as respostas assim: 
 
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PROCESSO SELETIVO – RP/SES – DF/2022 
273 – MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE MENTAL INFANTO-JUVENIL 
FISIOTERAPIA – TIPO “U” 
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Uma criança de 2 anos e 3 meses de idade possui síndrome 
de Down. Ao nascimento foi diagnosticada com a 
malformação cardíaca comunicação intraventricular (CIV) e 
passou por cirurgia corretiva com 10 dias de vida. Nesse 
processo, sofreu uma parada cardiorrespiratória e 
permaneceu internada por mais 1 mês em unidade de terapia 
intensiva. Tem realizado acompanhamentos de fisioterapia, 
de terapia ocupacional e de fonoaudiologia desde os 8 meses 
de vida. Atualmente, na reavaliação fisioterapêutica a criança 
apresenta hipotonia global, frouxidão ligamentar, é capaz de 
sentar sozinha e se deslocar sentada; é incapaz de assumir a 
posição de quatro apoios e engatinhar; é capaz de assumir o 
ajoelhado, mas não permanece na posição de joelhos e 
assume a postura de pé, usando membros superiores. Quando 
em ortostatismo apresenta hiperextensão e valgo de joelhos 
bilateralmente, hiperlordose lombar e pés pronados (apoio 
medial). Quanto aos sinais vitais apresentou FC = 95 bpm, 
FR = 28 irpm e SatO2 = 98 %. 
 
Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos correlatos, 
julgue os itens a seguir. 
 
101. Para o atendimento dessa paciente é necessário ter em 
mente que a síndrome de Down é considerada a 
principal causa de deficiência intelectual na população. 
Assim, o fisioterapeuta deverá sempre adequar suas 
condutas conforme a necessidade de cada paciente e, 
ainda, buscar incluir estímulos cognitivos em suas 
sessões. Entretanto, não existem escalas de avaliação 
capazes de medir domínios cognitivos em que o 
fisioterapeuta possa se habilitar a utilizar. 
102. A malformação cardíaca CIV provoca um shunt atrial 
da direita para a esquerda, causando uma sobrecarga de 
volume do ventrículo direito e aumento do fluxo 
pulmonar. Caso a criança não apresente complicações, a 
atuação do fisioterapeuta relacionado a esta 
malformação cardíaca se limita ao momento intra-
hospitalar. 
103. A partir do quadro de desenvolvimento motor 
apresentado pela criança desse caso clínico é possível 
concluir que há fraqueza dosmúsculos transverso do 
abdome, quadríceps, glúteos máximo e isquiotibiais. 
Sendo que nestes dois últimos o grau de força é de pelo 
menos 3 (Escala de 0-5). 
104. A partir da avaliação da postura em ortostatismo, o 
fisioterapeuta poderá ter como objetivo terapêutico 
melhorar o alinhamento de joelhos e tornozelos, e para 
isto, é necessário planejar condutas em que ofereçam 
estímulos nos receptores plantares, estabilização da 
articulação dos tornozelos e ganho de força muscular 
focadas na musculatura intrínseca dos pés e na 
musculatura estabilizadora de joelhos. 
105. Na avaliação da Classificação Internacional de 
Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) da 
paciente desse caso é possível avaliar todas as questões 
musculares identificadas na reavaliação, como a 
hipotonia e a fraqueza muscular. Porém caso apresente 
atraso ou deficiência intelectual não é possível de se 
avaliar pela CIF. 
 
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Uma recém-nascida de 32 semanas de gestação pesa 1.900 g 
e apresenta restrição de crescimento intrauterina. A mãe 
apresenta quadro de hipertensão e diabetes gestacional. 
Permaneceu internada por 2 meses em Unidade de Terapia 
Intensiva Neonatal (UTIN), necessitando de CPAP nasal, 
fototerapia e passando por 2 eventos de parada 
cardiorrespiratória. Apresentou um exame de Ultrassom 
transfontanela indicando uma leucomalácia periventricular. 
Alguns meses após a alta, os pais observaram que a filha 
apresentava um desenvolvimento motor atrasado, sendo 
diagnosticada com paralisia cerebral/encefalopatia não 
progressiva da infância e dando início ao tratamento 
fisioterapêutico com 7 meses de vida. Na última reavaliação 
fisioterapêutica, a paciente estava com 1 ano e 3 meses de 
idade cronológica, apresentava tônus aumentado em 
membros inferiores bilateralmente e quanto ao 
comportamento motor: rola de prono para supino e vice-
versa, senta sem apoio com base alargada, engatinha em 
bloco (sem dissociação de cinturas), passa para de pé apenas 
com auxílio dos membros superiores e permanece na postura 
em plantiflexão quando sem órteses, marcha lateral presente 
com plantiflexão (sem órteses) e marcha anterior apenas 
quando utiliza andador e órteses tornozelo-pé articuladas 
bilateralmente. Apresentou sinais vitais dentro do esperado: 
FC = 97 bpm, FR = 30 irpm e SatO2 = 98 %. 
 
Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos correlatos, 
julgue os itens a seguir. 
 
106. O trabalho fisioterapêutico nesse caso deve ser em 
abordagem multidisciplinar, pois as alterações motoras 
podem dificultar outros domínios do desenvolvimento 
infantil. Entretanto, será pouco provável o trabalho com 
psicólogos ou psiquiatras, já que não é comum 
disfunções comportamentais ou psiquiátricas em 
crianças com paralisia cerebral ou encefalopatia não 
progressiva da infância. 
107. O ultrassom transfontanela dessa paciente é 
característico de bebês prematuros que sofrem 
hemorragia intraventricular da matriz germinativa, o 
que geralmente ocorrem nos primeiros dias após o 
nascimento. 
108. Os principais fatores de risco para o diagnóstico nesse 
caso foram o nascimento prematuro e os episódios de 
paradas cardiorrespiratórias. Enquanto a restrição de 
crescimento intrauterino e o tempo de internação não 
são considerados fatores de risco para paralisia cerebral 
ou encefalopatia não progressiva da infância. 
109. A partir do tipo de lesão e do quadro clínico, nesse caso, 
apresenta classificação quanto à disfunção motora como 
espástica, já que apresenta aumento de tônus, e quanto à 
topografia trata-se de hemiparesia, por ter 
comprometimento motor da metade inferior do corpo. 
110. O fisioterapeuta deve traçar um plano de tratamento que 
tenha como foco o aumento da participação, da função 
da criança em seu dia a dia e que resultem em uma 
progressão de nível na sua classificação do Gross Motor 
Function Classification System (GMFCS), ou seja, 
aproximar-se ou atingir o nível I. 
111. A partir do quadro clínico é possível identificar que essa 
paciente poderá ter deformidades em tornozelo em 
equino no futuro como a hipertonia. Portanto, é 
imprescindível que o fisioterapeuta trabalhe de forma 
preventiva, realizando continuamente alongamentos 
passivos da musculatura de tríceps sural. 
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PROCESSO SELETIVO – RP/SES – DF/2022 
273 – MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE MENTAL INFANTO-JUVENIL 
FISIOTERAPIA – TIPO “U” 
PÁGINA 11/11 
 
112. Esse caso apresenta a classificação motora pelo 
GMFCS em nível III. 
113. A partir da idade gestacional nesse caso, o seu índice de 
prematuridade é de 8 semanas e a sua idade corrigida no 
dia da reavaliação fisioterapêutica era de 1 ano e 1 mês. 
 
 
As doenças cardiorrespiratórias podem desencadear uma 
série de alterações fisiológicas na criança e no adolescente, 
comprometendo sua capacidade funcional. Assim, a 
reabilitação pulmonar nessa população deve ser capaz de 
reduzir os sintomas, retardar a progressão da doença, 
melhorar a funcionalidade e a qualidade de vida. 
 
Com base nos conhecimentos acerca das doenças 
respiratórias da infância e tendo em vista a atuação do 
fisioterapeuta, julgue os itens a seguir. 
 
114. A fibrose cística é diagnosticada no início da vida por 
meio do conhecido teste do pezinho. Trata-se de uma 
doença hereditária autossômica recessiva, em que há 
produção de muco espessado e diminuição da 
depuração mucociliar do sistema respiratório, 
produzindo secreções pulmonares desidratadas, 
espessas e aderentes. Apesar de ser crônica, os 
acometimentos de longo prazo se restringem ao sistema 
respiratório. 
115. Pela fisiopatologia da fibrose cística, o fisioterapeuta 
deve centrar seu tratamento em técnicas de remoção de 
secreções pulmonares e prevenção de encurtamento das 
musculaturas acessórias da respiração. E ainda, em 
longo prazo, é importante otimizar a função 
cardiorrespiratória, aumentar a tolerância ao exercício, 
manter a qualidade de vida, prevenir infecções e 
hospitalizações. 
116. O fisioterapeuta que acompanha crianças e adolescentes 
com fibrose cística deve sempre realizar avaliações 
periódicas da capacidade funcional de seus pacientes e 
uma das formas de mensurar objetivamente é por meio 
do teste de caminhada de 6 min. Estudos demonstram 
que melhores desempenhos neste teste diminuem as 
chances de internações. 
117. O teste de caminhada de 6 min é considerado um teste 
simples e de baixo custo, capaz de mensurar a 
capacidade funcional de um indivíduo e se recomenda 
repeti-lo a cada 1 ano. Nele, quanto maior os valores 
obtidos pelo paciente pior é sua capacidade funcional. 
 
 
Com base na Classificação Internacional de Funcionalidade, 
Incapacidade e Saúde (CIF) e nos conhecimentos correlatos, 
julgue os itens a seguir. 
 
118. A CIF é capaz de avaliar o indivíduo como um todo e 
inclusive suas condições ambientais. E uma grande 
vantagem é a padronização da linguagem utilizada, 
favorecendo a comunicação multiprofissional. 
119. O uso das órteses, cadeira de rodas e andadores podem 
ser classificados como qualificadores positivos no 
componente “Fatores ambientais” da CIF. 
120. A avaliação da CIF pode ser realizada por um único 
profissional e em um único momento, pois uma vez 
definida a classificação do paciente não haverá 
mudanças após a implementação dos tratamentos. 
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GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL 
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL 
FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA EM CIÊNCIAS DA SAÚDE 
EDITAL NORMATIVO Nº 1/2021 – RP/SES-DF/2022, DE 13 DE OUTUBRO DE 2021 
 
PROGRAMA 
2 8 3 
Multiprofissional em Terapia Intensiva 
Fisioterapia 
 
TIPO Data da prova: 
“U” Domingo, 12/12/2021. 
 
I N S T R U Ç Õ E S 
 
 Você receberá do fiscal: 
o um caderno da prova objetiva contendo 120 (cento e vinte) itens – cada um deve ser julgado como CERTOou ERRADO, 
de acordo com o(s) comando(s) a que se refere –; e 
o uma folha de respostas personalizada. 
 Verifique se a numeração dos itens, a paginação do caderno da prova objetiva e a codificação da folha de respostas estão corretas. 
 Verifique se o programa selecionado por você está explicitamente indicado nesta capa. 
 Quando autorizado pelo fiscal do IADES, no momento da identificação, escreva, no espaço apropriado da folha de respostas, 
com a sua caligrafia usual, a seguinte frase: 
 
As palavras têm a leveza do vento e a força da tempestade. 
 
 Você dispõe de 3 (três) horas e 30 (trinta) minutos para fazer a prova objetiva, devendo controlar o tempo, pois não haverá 
prorrogação desse prazo. Esse tempo inclui a marcação da folha de respostas. 
 Somente 1 (uma) hora após o início da prova, você poderá entregar sua folha de respostas e o caderno da prova e retirar-se da sala. 
 Somente será permitido levar o caderno da prova objetiva 3 (três) horas após o início da prova. 
 Deixe sobre a carteira apenas o documento de identidade e a caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material 
transparente. 
 Não é permitida a utilização de nenhum tipo de aparelho eletrônico ou de comunicação. 
 Não é permitida a consulta a livros, dicionários, apontamentos e (ou) apostilas. 
 Você somente poderá sair e retornar à sala de aplicação da prova na companhia de um fiscal do IADES. 
 Não será permitida a utilização de lápis em nenhuma etapa da prova. 
 
I N S TR U Ç Õ E S P A R A A P R O V A O B J E T IV A 
 
 Verifique se os seus dados estão corretos na folha de respostas da prova objetiva. Caso haja algum dado incorreto, comunicar ao fiscal. 
 Leia atentamente cada item e assinale sua resposta na folha de respostas. 
 A folha de respostas não pode ser dobrada, amassada, rasurada ou manchada e nem pode conter registro fora dos locais 
destinados às respostas. 
 O candidato deverá transcrever, com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente, as respostas da 
prova objetiva para a folha de respostas. 
 A maneira correta de assinalar a alternativa na folha de respostas é cobrir, fortemente, com caneta esferográfica de tinta preta, 
fabricada com material transparente, o espaço a ela correspondente. 
 Marque as respostas assim: 
 
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PROCESSO SELETIVO – RP/SES – DF/2022 
283 – MULTIPROFISSIONAL EM TERAPIA INTENSIVA 
FISIOTERAPIA – TIPO “U” 
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Um paciente de 42 anos de idade, IMC = 41 Kg/m2, em 
pós-operatório de gastroplastia videolaparoscópica (cirurgia 
bariátrica) apresentando sonolência, FC = 110 bpm, 
dessaturação (saturação periférica de O2 = 88%) FR = 32 irpm 
com aumento do esforço respiratório necessitando de 
intubação orotraqueal e de ventilação mecânica. 
 
Considerando esse caso clínico e com base nas alterações 
fisiopatológicas da obesidade e particularidades anestésicas 
nessa população que possam ter contribuído a esse desfecho, 
julgue os itens a seguir. 
 
101. A mecânica respiratória do obeso é influenciada pelo 
aumento da pressão intra-abdominal sobre o diafragma 
e pelo excesso de gordura sobre as costelas, o que reduz 
a complacência torácica e pulmonar, levando a um 
padrão obstrutivo com consequente redução da 
capacidade vital. 
102. Em indivíduos obesos, as chances de ocorrer 
fechamentos de pequenas vias aéreas é maior que em 
indivíduos não obesos, o que leva a anormalidades na 
ventilação e na perfusão, maior grau de hipoxemia e 
maior incidência de atelectasias. 
103. Os efeitos da anestesia sobre o sistema respiratório de 
indivíduos obesos predispõem essa população a 
complicações pulmonares e são exclusivos do período 
intraoperatório. 
104. A obesidade é o principal fator de risco para a síndrome 
da apneia obstrutiva do sono, o que pode estar 
associada a dessaturação. 
105. O estado metabólico de hipercoagulabilidade é uma 
alteração encontrada na obesidade, sendo o IMC acima 
de 40 Kg/m² um fator de risco independente para morte 
súbita por tromboembolismo pulmonar agudo no pós-
operatório. 
 
 
Uma paciente de 53 anos de idade admitido com doença 
pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) exacerbada por 
broncoespasmo, evoluiu com necessidade de ventilação 
mecânica invasiva. A curva fluxo-tempo no ventilador 
mecânico mostra que o fluxo expiratório não retorna a linha 
de base antes do disparo da inspiração. 
 
Quanto à monitoração gráfica, à explicação fisiopatológica e 
ao manejo ventilatório, julgue os itens a seguir. 
 
106. Pacientes com DPOC mesmo estáveis já apresentam 
resistência das vias aéreas aumentadas e o 
broncoespasmo gera um aumento crítico adicional na 
resistência das vias aéreas, especialmente na inspiração. 
107. A consequência de a inspiração iniciar antes do fluxo 
retornar completamente até a linha de base é a 
hiperinsuflação dinâmica. 
108. O fenômeno gráfico observado no caso clínico 
apresentado é suficiente para diagnosticar auto-PEEP. 
109. A obstrução do fluxo aéreo e a resistência elevada reduz 
a constante de tempo expiratória sendo necessárias 
medidas para reduzir a relação I:E (inspiração:expiração). 
110. A perda da tração radial e a instabilidade das pequenas 
vias aéreas, somado ao broncoespasmo, levam à 
limitação do fluxo aéreo. A aplicação de PEEP externa 
pode ajudar a manter as vias aéreas abertas e facilitar a 
desinsuflação, sendo monitorada a eficácia dessa 
técnica pela redução da pressão de platô ou o aumento 
do volume corrente exalado. 
 
Caso clínico para responder aos itens de 111 a 120. 
 
Uma paciente de 25 anos de idade, admitida por insuficiência 
respiratória aguda por pneumonia que evoluiu para síndrome 
do desconforto respiratório agudo (SDRA), sendo ventilada 
mecanicamente por 10 dias e ao 11º dia de internação 
apresenta-se orientada, em ventilação espontânea em 
oxigenioterapia por máscara não reinalante a 8 L/min, 
saturando 95%, PA = 115 mmHg x 70 mmHg, 
FC = 110 bpm, FR = 33 irpm sem sinais de esforço ao 
repouso e relatando dispneia aos médios esforços. 
PImáx = 50% do valor predito, força muscular global grau III 
(Medical Research Council Sum Score (MRC) = 36) com 
importante perda de massa muscular. Nas transferências de 
decúbito dorsal para lateral, decúbito dorsal para sentada e 
ortostase necessitam de auxílio moderado. 
 
Com base nesse caso clínico e tendo em vista os critérios de 
segurança na assistência fisioterapêutica, julgue os itens a 
seguir. 
 
111. A paciente apresenta alto risco de eventos adversos para 
a mobilização com base na condição respiratória, uma 
vez que se encontra em uso de oxigenioterapia. 
112. A paciente apresenta critérios de segurança 
hemodinâmicos com baixo risco de eventos adversos 
tanto para exercícios no leito como fora do leito. 
113. Os critérios de segurança concernentes a condições 
neurológicas são exclusivamente embasadas no nível de 
consciência e a paciente encontra-se liberada para a 
prática de exercícios quanto a esse quesito. 
114. Esse caso não apresenta informações importantes que 
poderiam evidenciar alto risco para exercícios fora do 
leito, como a presença de drenos, sonda nasoenteral ou 
gástrica e sonda vesical. 
115. No período de ortostase com auxílio, caso a paciente 
apresente tontura transitória por hipotensão postural, ela 
entra em critério de alto risco para realização de 
exercícios fora do leito. 
 
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PROCESSO SELETIVO – RP/SES – DF/2022 
283 – MULTIPROFISSIONAL EM TERAPIA INTENSIVA 
FISIOTERAPIA – TIPO “U” 
PÁGINA 11/11 
 
Com base no caso clínico apresentado e considerando a 
avaliação da paciente e o diagnóstico fisioterapêutico, julgue 
os itens a seguir. 
 
116. A avaliação da paciente mostra uma perda de força 
difusa e simétrica, envolvendo músculos respiratórios e 
membros no contexto de doença crítica,o que 
caracteriza um diagnóstico de fraqueza muscular 
adquirida na unidade de terapia intensiva (UTI). 
117. O escore do MRC e a dinamometria de mão são 
instrumentos avaliativos da força muscular de tronco e 
de membros e força muscular periférica, 
respectivamente. 
118. A fraqueza muscular e as limitações de mobilidade 
dessa paciente podem ser consequências de miopatia 
por desuso, uso prolongado de bloqueadores 
neuromusculares, uso de corticoide, alterações 
eletrolíticas, não se descartando a possibilidade de 
neuropatia até que se faça o diagnóstico diferencial por 
eletroneuromiografia. 
119. A perda de massa muscular, por si só, não define o 
diagnóstico de sarcopenia ou fraqueza muscular do 
paciente crítico. 
120. A medida de independência funcional (MIF) é a única 
escala utilizada em UTI para avaliação de transferências 
no leito, sendo o resultado numérico da escala 
categorizado de dependência total e independência 
completa. 
 
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GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL 
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL 
FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA EM CIÊNCIAS DA SAÚDE 
EDITAL NORMATIVO Nº 1/2021 – RP/SES-DF/2022, DE 13 DE OUTUBRO DE 2021 
 
PROGRAMA 
2 9 3 
Multiprofissional em Urgência/Trauma 
Fisioterapia 
 
TIPO Data da prova: 
“U” Domingo, 12/12/2021. 
 
I N S T R U Ç Õ E S 
 
 Você receberá do fiscal: 
o um caderno da prova objetiva contendo 120 (cento e vinte) itens – cada um deve ser julgado como CERTO ou ERRADO, 
de acordo com o(s) comando(s) a que se refere –; e 
o uma folha de respostas personalizada. 
 Verifique se a numeração dos itens, a paginação do caderno da prova objetiva e a codificação da folha de respostas estão corretas. 
 Verifique se o programa selecionado por você está explicitamente indicado nesta capa. 
 Quando autorizado pelo fiscal do IADES, no momento da identificação, escreva, no espaço apropriado da folha de respostas, 
com a sua caligrafia usual, a seguinte frase: 
 
As palavras têm a leveza do vento e a força da tempestade. 
 
 Você dispõe de 3 (três) horas e 30 (trinta) minutos para fazer a prova objetiva, devendo controlar o tempo, pois não haverá 
prorrogação desse prazo. Esse tempo inclui a marcação da folha de respostas. 
 Somente 1 (uma) hora após o início da prova, você poderá entregar sua folha de respostas e o caderno da prova e retirar-se da sala. 
 Somente será permitido levar o caderno da prova objetiva 3 (três) horas após o início da prova. 
 Deixe sobre a carteira apenas o documento de identidade e a caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material 
transparente. 
 Não é permitida a utilização de nenhum tipo de aparelho eletrônico ou de comunicação. 
 Não é permitida a consulta a livros, dicionários, apontamentos e (ou) apostilas. 
 Você somente poderá sair e retornar à sala de aplicação da prova na companhia de um fiscal do IADES. 
 Não será permitida a utilização de lápis em nenhuma etapa da prova. 
 
I N S TR U Ç Õ E S P A R A A P R O V A O B J E T IV A 
 
 Verifique se os seus dados estão corretos na folha de respostas da prova objetiva. Caso haja algum dado incorreto, comunicar ao fiscal. 
 Leia atentamente cada item e assinale sua resposta na folha de respostas. 
 A folha de respostas não pode ser dobrada, amassada, rasurada ou manchada e nem pode conter registro fora dos locais 
destinados às respostas. 
 O candidato deverá transcrever, com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente, as respostas da 
prova objetiva para a folha de respostas. 
 A maneira correta de assinalar a alternativa na folha de respostas é cobrir, fortemente, com caneta esferográfica de tinta preta, 
fabricada com material transparente, o espaço a ela correspondente. 
 Marque as respostas assim: 
 
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PROCESSO SELETIVO – RP/SES – DF/2022 
293 – MULTIPROFISSIONAL EM URGÊNCIA/TRAUMA 
FISIOTERAPIA – TIPO “U” 
PÁGINA 9/11 
 
93. A escala ASIA Impairment Scale (AIS) classifica a 
lesão medular nos seguintes níveis motores e sensitivos: 
A = normal e B = motor incompleto, status incompleto 
do motor como definido anteriormente, com pelo 
menos metade do músculo principal com um grau de 
músculo ≥ 3. C = motor incompleto, a função motora é 
preservada na maioria dos segmentos sacrais caudais 
para contração anal voluntária. D = sensorial 
incompleto, função sensorial, mas não motora é 
preservado abaixo do nível neurológico. E = completo, 
nenhuma função sensorial ou motora é preservada. 
94. Os doentes com lesões medulares enfrentam, na sua 
maioria, limitações funcionais, que acarretam uma 
alteração do seu estilo de vida. Frequentemente 
apresentam dificuldades em retomar o seu papel ativo 
na sociedade, muitas vezes influenciado por fatores 
contextuais, incluindo fatores ambientais e pessoais. 
Um exemplo de fatores ambientais influenciando 
diretamente a funcionalidade/incapacidade desse 
indivíduo é a escada de sua casa e o piso escorregadio. 
95. A intervenção fisioterapêutica neurofuncional deve ir 
além da manutenção de amplitudes articulares e do 
fortalecimento muscular acima do nível da lesão. É 
fundamental que a reabilitação tenha como objetivo 
utilizar o potencial plástico demonstrado através da 
escala ASIA de cada paciente, otimizando sua função e 
independência. 
96. Na avaliação do indivíduo citado, poderíamos ter 
utilizado o índice de Barthel, que avalia as atividades da 
vida diária (AVDs) e mensura a independência 
funcional no cuidado pessoal, mobilidade, locomoção e 
eliminações. Essa escala foi validada para a população 
brasileira em outras condições de saúde além da lesão 
medular, como acidente vascular encefálico e em 
idosos. 
 
 
Paciente do sexo masculino, com 54 anos de idade, da cor 
parda, professor e com ensino superior completo. Apresenta 
como queixa principal alteração da marcha há cerca de três 
anos. O quadro foi precedido de perda gradual de destreza 
em ambas as mãos, em função do tremor ao tentar realizar 
atividades manuais finas. O caso evoluiu com lentificação 
dos movimentos e dificuldade na marcha, foi diagnosticado, 
na época, com Doença de Parkinson (DP) e prescrito 
levodopa, sem melhora significativa. Há um ano começou a 
apresentar disfunção erétil (metade das tentativas em manter 
uma relação sexual) e incontinência urinária (segundo ele em 
pequena quantidade). O paciente nega episódios prévios 
semelhantes, relata boa condição financeira, não apresenta 
dificuldade para compra de medicação. O usuário é assíduo 
na fisioterapia, possui um fisioterapeuta que o acompanha há 
um ano, três vezes por semana, em seu domicílio. O paciente 
é casado, sempre teve apoio da esposa para todo seu 
tratamento, mora em casa própria com três suítes, além de 
possuir três filhos casados, mas sempre tem contato com eles 
em reunião de familiares aos finais de semana. Seu lazer é 
relatado como passeio ao Shopping, cinema e teatro, e sua 
vida social era relativamente intensa, porém agora tem 
alguns programas recusados pela questão da doença. Durante 
a avaliação fisioterapêutica, observou-se alterações em suas 
AVDs e na marcha. O teste de velocidade de marcha 
apresenta um deficit de 60% do esperado para sua idade e nas 
AVDs, através do índice de Barthel obteve um total de 55 
pontos de 100. 
 
Com base no caso clínico, julgue os itens a seguir. 
 
97. No caso clínico observa-se fatores contextuais que 
podem influenciar como barreiras e (ou) facilitadores na 
funcionalidade/incapacidade do indivíduo. Como 
exemplo de barreira, temos a redução na velocidade da 
marcha e consequente restrição à participação 
ocasionada pela condição de saúde. 
98. A Classificação Internacional de Funcionalidade, 
Incapacidade eSaúde (CIF) é uma classificação com 
múltiplas finalidades elaborada para servir a vários 
contextos diferentes na reabilitação. Três dos seus 
quatro componentes são quantificados através da 
mesma escala genérica. Em relação a esse sujeito, 
quanto às AVDs, componente participação, podemos 
dizer que ele tem um problema ligeiro (pequeno). 
99. A disfunção erétil é uma manifestação não motora na 
doença de Parkinson e uma queixa comum na prática 
clínica. 
100. A disfunção erétil na doença de Parkinson tem caráter 
multifatorial, como: fatores psicossomáticos, além da 
presença de cardiopatia, de hipertensão arterial 
sistêmica e do uso de medicações anti-hipertensivas. 
 
 
Um senhor de 58 anos de idade, casado, pai de dois filhos e 
motorista de ônibus há 30 anos, chegou ao posto de saúde 
próximo de sua casa relatando dor do lado direito na coluna 
lombar, há pelo menos três anos. O paciente percebeu piora 
do sintoma nos últimos seis meses, principalmente no final 
do dia, além de dificuldade para permanecer por muito tempo 
sentado. Assim começou a fazer uso de anti-inflamatório há 
15 dias, mas não percebendo melhora, procurou um médico 
especialista para nova consulta. Após consulta médica e 
solicitação de exame de imagem (radiografia da coluna 
lombar) foi encaminhado para fisioterapia. No exame de 
imagem (radiografia e ressonância magnética) da coluna 
lombar foram identificados protrusões discais sem 
compressões radiculares, osteófitos nos níveis L2 a L4 e 
sinais de esclerose articular. Na avaliação fisioterapêutica 
foram realizados os seguintes testes funcionais: a) escala 
funcional específica do paciente: (3/10) para ficar sentado, 
(3/10) para pegar o filho no colo que pesa 35 kg e (1/10) para 
agachar, no qual, 0 representa incapacidade de realizar a 
tarefa e 10 totalmente capaz de executar a tarefa do mesmo 
nível antes da condição clínica adquirida; b) teste de rigidez 
para rotação medial de quadril (22º direito e 18º esquerdo – 
referência de normalidade 30º a 40º); c) teste de resistência 
dos músculos estabilizadores do tronco através da prancha 
lateral (10 segundos direito e 30 segundos esquerdo - 
referência de normalidade 58 segundos); d) teste de força 
muscular para extensores de tronco (Grau 3 – Referência de 
normalidade 5); d) EVA: 7/10 referida para membros 
inferiores, região posterior, ao realizar flexão de tronco; e) 
teste de flexibilidade de isquiotibiais (20º direito e 35º 
esquerdo – Referência de normalidade 180º); f) teste de 
Lasegue e Slump negativos; g) sem sinais neurológicos de 
hiporreflexia ou hipoestesia para membros inferiores 
negativo. Por conta disso, o paciente encontra-se 
incapacitado de realizar algumas atividades e teve que se 
ausentar do trabalho. 
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PROCESSO SELETIVO – RP/SES – DF/2022 
293 – MULTIPROFISSIONAL EM URGÊNCIA/TRAUMA 
FISIOTERAPIA – TIPO “U” 
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Em relação ao caso clínico apresentado, e com base nos 
conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
101. Visto que na avaliação fisioterapêutica foi identificado 
idade avançada, uso prolongado de anti-inflamatórios, 
presença de danos estruturais da coluna, rigidez de 
quadril, intensidade de dor elevada e baixa resistência 
local dos músculos estabilizadores do tronco, 
características estas também conhecidas como 
bandeiras vermelhas red flags, sendo necessário 
reencaminhar o paciente para o médico para realização 
de procedimento cirúrgico. 
102. A presença de dor referida em membros inferiores 
durante a flexão de tronco é um sinal de compressão de 
raiz nervosa que pôde ser confirmada através dos testes 
modificadores de sintomas Laségue e Slump Test. 
103. Durante a anamnese, uma das primeiras informações a ser 
levantada é a duração do sintoma, que tem relação direta 
com o prognóstico dos pacientes. Pacientes com dor 
lombar aguda são aqueles em que os sintomas estão 
presentes por até seis semanas; subaguda de 6 semanas a 
12 semanas; e crônica por 12 semanas ou mais. Sendo 
assim, no caso clínico supracitado, podemos classificar a 
dor lombar do paciente como dor crônica, que quando 
comparada às dores agudas, apresentam pior prognóstico. 
104. Segundo informações obtidas na anamnese e avaliação 
física pode ser considerado como plano terapêutico 
adequado, tratamento multimodal, englobando: a) 
terapia com exercícios supervisionados e indicação de 
realizá-los em casa; b) exercícios de mobilização 
articular; c) exercício de força e resistência da 
musculatura de tronco com repetição de movimentos 
em direção específica para alívio dos sintomas; d) 
terapia cognitivo-comportamental associada ao 
tratamento multidisciplinar; e) intervenção educacional, 
por exemplo, com o uso de cartilha para que os 
pacientes sejam encorajados a se manterem ativos e 
reduzirem o nível de preocupação com a dor. 
105. Segundo informações obtidas na anamnese e avaliação 
física, deve ser considerado como plano terapêutico 
adequado: agentes eletrofísicos (ultrassom e 
transcutaneous electrical nerve stimulation – TENS) e 
alongamento dos músculos da coluna lombar e 
posteriores de membros inferiores – MMII. 
 
 
Um jovem de 25 anos de idade, após acidente automobilístico foi 
submetido a um alongamento ósseo com fixador externo devido à 
fratura exposta de tíbia. Posteriormente, após intervenção 
cirúrgica, o paciente supracitado foi encaminhado à fisioterapia 
para dar início ao processo de reabilitação. 
 
Em relação ao caso clínico apresentado e com base nos 
conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
106. Diante da possibilidade de o osso fraturar na região de 
pinos e consequentemente ocasionar uma refratura, 
como forma de prevenção podem ser utilizados gesso 
ou brace para promover estabilidade adicional nas 
primeiras seis semanas de reabilitação após a retirada 
do fixador externo. 
107. O ultrassom pulsado de baixa intensidade seguindo os 
seguintes parâmetros: a) 30 mW/cm2 de intensidade; b) 
frequência de 1,5 MHz repetido em 1 kHz; c) uma largura 
de pulso de 200 μs administrados durante 20 minutos cada 
dia, pode ser administrado como recurso terapêutico para 
induzir estresse micromecânico no local da fratura, com o 
objetivo de estimular moléculas e respostas celulares 
envolvidas na consolidação de fraturas. 
108. Durante a reconstrução e alongamento ósseo, 
deformidades do pé em equino, cavo, varo e supinado 
podem ocorrer, portanto, o fisioterapeuta deve utilizar 
ao iniciar o tratamento, bandas elásticas ou splint e (ou) 
órteses articuladas. Além disso, pode ser utilizado 
estimulação elétrica nervosa transcutânea 
(transcutaneous electrical nerve stimulation – TENS) e 
drenagem linfática para redução do edema e dor. 
109. Dentro dos procedimentos físicos adjuvantes para o 
tratamento de fraturas na fisioterapia, o ultrassom é o 
único recurso físico contraindicado com o objetivo 
regenerativo, visto que o ultrassom pode atrasar ou 
mesmo prejudicar a cicatrização óssea. 
110. A consolidação do tecido ósseo fraturado ocorre através de 4 
etapas: inflamação, formação do calo mole, formação do calo 
duro e remodelamento do osso. Neste sentido, após a 
ocorrência de uma fratura (lesão), a primeira fase é a 
inflamação que ocorre em decorrência de ruptura de vasos 
sanguíneos, lesão de tecido periosteal e unidade de osteons 
(unidade estrutural de osso compacto), que por sua vez, 
conduzem à formação de hematoma e liberação de citocinas 
inflamatórias para dar início ao processo de angiogênese e 
remoção do tecido danificado pelos macrófagos e 
osteoblastos. Na segunda fase, fibroblastos também chegam 
ao local danificado em decorrência da angiogênese, para 
promover a formação do calo mole ou tecido 
fibrocartilaginoso. Nesta fase, colágenos secretados por 
condroblastos vão promover a conexão entre as extremidades 
no osso fraturado. Finalmente na terceira e naquarta etapa, 
ocorrem a consolidação da fratura onde o calo mole se 
transforma em calo duro ósseo. Nestas duas etapas, os 
osteclastos iniciam a ossificação intramembranosa 
substituindo o calo mole em uma rede de trabéculas de osso 
que vai ligar o osso em formação (desenvolvimento) à 
fragmentos do osso danificado. 
 
 
Uma mulher de 30 anos, com IMC = 27 kg/m2, chegou ao 
consultório médico relatando dor em seu joelho esquerdo há pelo 
menos cinco meses. Durante o relato da história da queixa atual, 
ela mencionou que a dor foi gradualmente aumentando, mas, 
aliviava ao repousar. Ainda na anamnese, mencionou apresentar 
histórico de luxação lateral de patela desde os 25 anos. O 
deslocamento ocorreu posterior a um escorregão que culminou 
em sua queda sobre o joelho em flexão. Não havia histórico de 
nenhum outro trauma, tratamento médico ou cirúrgico, família 
com o mesmo sintoma e nenhuma atividade esportiva. No exame 
físico foi observado: a) marcha antálgica, sem a utilização de 
qualquer dispositivo auxiliar; b) sinais de hipotrofia na região da 
coxa esquerda anteriormente e posteriormente; c) lateralizarão da 
patela esquerda quando comparado à patela direita; d) amplitude 
de movimento passiva e ativa de joelho em flexão de 120º 
bilateral; e) teste de preensão patelar positivo; f) teste de gaveta 
anterior e posterior negativo. Exames de imagem não mostraram 
deformidades em varo ou valgo de joelho ou mesmo esclerose do 
osso subcondral, porém, notou-se lateralização da patela. 
Também não foi encontrado alterações no sulco troclear e ângulo 
Q. Baseado nos achado a paciente foi diagnosticada como tendo 
luxação patelar crônica do joelho esquerdo. Mediante o 
diagnóstico, a decisão clínica foi realizar a reconstrução do 
ligamento patelofemoral medial do joelho esquerdo com o 
enxerto do semitendinoso. 
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293 – MULTIPROFISSIONAL EM URGÊNCIA/TRAUMA 
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Em relação ao caso clínico apresentado e com base nos 
conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
111. Para a reabilitação pós-operatória, torna-se necessário 
inicialmente a utilização de um brace (órtese) de joelho, 
a fim de manter o mesmo em completa extensão. A 
utilização do brace deve ser mantida nas dez primeiras 
semanas para proteger o enxerto e permitir um processo 
cicatricial. 
112. Na fase de reabilitação pode-se utilizar inicialmente a 
mobilização passiva contínua (MPC) com amplitudes 
de 0º a -40º do 2o ao 4o dia, progredindo para 
mobilizações ativas. Bicicletas estacionárias também 
podem ser utilizadas nas primeiras semanas para atingir 
90º de flexão em aproximadamente 7 semanas a 8 
semanas. Exercícios isométricos com extensão de 
joelho como por exemplo, straight leg raising (SLR) 
devem ser iniciados imediatamente para a ativação do 
quadríceps. Também deve ser utilizado brace (órtese) 
de joelho nas seis primeiras semanas para manter o 
mesmo em completa extensão a fim de proteger o 
enxerto e permitir o processo cicatricial. 
113. Como recurso de avaliação funcional e levando em 
consideração a auto percepção do paciente, poderia ser 
utilizado como forma de acompanhamento da 
efetividade do tratamento a A Escala de Kujala (Scoring 
of Patellofemoral Disorders) já validada na versão 
portuguesa. É um questionário utilizado para avaliar os 
sintomas subjetivos, como dor anterior no joelho e 
limitações funcionais da articulação patelofemoral. Os 
itens avaliados no questionário são: subluxação patelar, 
claudicação, dor, caminhadas, subida de escadas e 
desconforto ao permanecer sentado por tempo 
prolongado com os joelhos flexionados. Tem pontuação 
de 0 a 100 pontos, onde 100 significa sem dores e (ou) 
limitações funcionais e 0 significa dor constante e 
várias limitações funcionais. 
114. Protocolos avançados demonstram que descargas de 
peso total sem a utilização de brace já podem ser 
realizada a partir da primeira semana, em conjunto com 
exercícios para fortalecimento com cargas progressivas 
de quadríceps, isquiotibiais e estabilizadores do quadril. 
115. Exercícios de corrida podem ser iniciados quando se 
atingir uma simetria de força de quadríceps de pelo 
menor 85%, além de boa amplitude de movimento em 
estabilidade articular. 
 
 
Uma mulher de 41 anos de idade compareceu ao consultório 
fisioterapêutico com desenvolvimento de quadro insidioso de 
dor no cotovelo medial direito. Não havia antecedente de 
trauma no cotovelo, durante a avaliação física foi constatado: 
a) espessura aumentada do tendão de 5-10 mm distal e 
anterior ao epicôndilo medial através da palpação com 
presença de edema; b) dor localizada próximo do epicôndilo 
medial que irradiava para a região proximal do antebraço; c) 
força de preensão manual diminuída em relação ao lado 
contralateral com presença de exacerbação da dor; d) 
contratura dos flexores de cotovelo; e) amplitude de 
movimento normal para cotovelo e punho; f) exame 
complementar por ultrassom apresentou áreas hipoecóicas 
caracterizando regiões focais de degeneração do tendão. 
 
 
Em relação ao caso clínico supracitado, e com base nos 
conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 
 
116. Testes diagnósticos diferenciais provocativos como o 
Milking Test (cotovelo posicionado à 70º de flexão, 
adução e supinação máxima associado à extensão do 
polegar) gerando resposta negativa e teste do sinal de 
tinel (percussão do nervo mediano entre o olecrano e 
epicôndilo medial) e gerando resposta positiva, 
podemos direcionar potencialmente o raciocínio clínico 
para o diagnóstico de epicondilite medial. 
117. Na fase inicial de tratamento, deve-se recomendar ao 
paciente reduzir atividades que exacerbem os sintomas, 
principalmente, aquelas que requerem um esforço 
repetitivo de flexão de punho, pronação de antebraço e 
estresse em valgo do cotovelo. 
118. Atualmente, terapias de ondas de choque têm sido 
utilizada na fase inicial de tratamento da epicondilite 
medial. Visto que foi comprovado em humanos, que 
este recurso físico tem superioridade quando 
comparado a outros, como o exercício. Dado que as 
ondas de choque aceleram o processo de 
neovascularização na junção tendão-osso, proliferação 
de tenócitos, aumento da secreção de fatores de 
crescimento e síntese proteica de colágeno favorecendo 
por fim o remodelamento tecidual. 
119. Na reabilitação, amplitudes de movimento passiva bem 
como contrações excêntricas devem ser evitadas 
inicialmente para minimizar estresses indesejados no 
tendão. Uma vez que o arco de movimento funcional 
com mínima dor (EVA: 3/10) é observado, exercícios 
isotônicos de fortalecimento podem ser iniciados 
através de cadeia cinética aberta e fechadas progredindo 
para repetições e pesos maiores para promover 
remodelamento e maior capacidade tecidual às 
demandas impostas ao tendão. 
120. O debridamento cirúrgico para epicondilite medial é 
tipicamente reservado para pacientes que não 
respondem ao tratamento conservador e mantêm 
sintomas persistentes por um período de 4 meses a 
6 meses 
 
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GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL 
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL 
FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA EM CIÊNCIAS DA SAÚDE 
EDITAL NORMATIVO Nº 1/2021 – RP/SES-DF/2022, DE 13 DE OUTUBRO DE 2021 
 
PROGRAMA 
3 0 3 
Multiprofissional em Cuidados Paliativos 
Fisioterapia 
 
TIPO Data da prova: 
“U” Domingo, 12/12/2021. 
 
I N S T R U Ç Õ E S 
 
 Você receberá do fiscal: 
o um caderno da prova objetiva contendo 120 (cento e vinte) itens – cada um deve ser julgado como CERTO ou ERRADO, 
de acordo com o(s) comando(s) a que se refere –; e 
o uma folha de respostas personalizada. 
 Verifique se a numeração dos itens, a paginação do caderno da prova objetiva e a codificação da folha de respostas estãocorretas. 
 Verifique se o programa selecionado por você está explicitamente indicado nesta capa. 
 Quando autorizado pelo fiscal do IADES, no momento da identificação, escreva, no espaço apropriado da folha de respostas, 
com a sua caligrafia usual, a seguinte frase: 
 
As palavras têm a leveza do vento e a força da tempestade. 
 
 Você dispõe de 3 (três) horas e 30 (trinta) minutos para fazer a prova objetiva, devendo controlar o tempo, pois não haverá 
prorrogação desse prazo. Esse tempo inclui a marcação da folha de respostas. 
 Somente 1 (uma) hora após o início da prova, você poderá entregar sua folha de respostas e o caderno da prova e retirar-se da sala. 
 Somente será permitido levar o caderno da prova objetiva 3 (três) horas após o início da prova. 
 Deixe sobre a carteira apenas o documento de identidade e a caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material 
transparente. 
 Não é permitida a utilização de nenhum tipo de aparelho eletrônico ou de comunicação. 
 Não é permitida a consulta a livros, dicionários, apontamentos e (ou) apostilas. 
 Você somente poderá sair e retornar à sala de aplicação da prova na companhia de um fiscal do IADES. 
 Não será permitida a utilização de lápis em nenhuma etapa da prova. 
 
I N S TR U Ç Õ E S P A R A A P R O V A O B J E T IV A 
 
 Verifique se os seus dados estão corretos na folha de respostas da prova objetiva. Caso haja algum dado incorreto, comunicar ao fiscal. 
 Leia atentamente cada item e assinale sua resposta na folha de respostas. 
 A folha de respostas não pode ser dobrada, amassada, rasurada ou manchada e nem pode conter registro fora dos locais 
destinados às respostas. 
 O candidato deverá transcrever, com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente, as respostas da 
prova objetiva para a folha de respostas. 
 A maneira correta de assinalar a alternativa na folha de respostas é cobrir, fortemente, com caneta esferográfica de tinta preta, 
fabricada com material transparente, o espaço a ela correspondente. 
 Marque as respostas assim: 
 
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303 – MULTIPROFISSIONAL EM CUIDADOS PALIATIVOS 
FISIOTERAPIA – TIPO “U” 
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Um paciente de 69 anos de idade, internado no hospital HGF 
em razão de quadro de infecções urinárias recorrente. 
Apresenta-se com quadro anêmico, cansaço constante, 
astenia, insuficiência renal moderada com sintomas urêmicos 
e creatinina acima de 10 mg/dl. Após exames, foi prescrito 
imediatamente hemodiálise durante a internação foi realizado 
eletroforese de proteínas que apresentou presença de pico 
monoclonal na região das gamaglobulinas. A biópsia da 
medula óssea evidenciou medula óssea hipercelular infiltrada 
por plasmócitos displásicos compatível com mieloma 
múltiplo. Dentro das avaliações, foi encontrado osteoporose 
precoce associado a perda funcional do movimento e perda 
da força muscular de membros inferiores. 
 
De acordo com o caso clínico, julgue os itens a seguir. 
 
101. O mieloma múltiplo (MM) é uma patologia 
caracterizada por uma proliferação maligna de 
plasmócitos e uma subsequente abundância 
de paraproteína monoclonal. 
102. O MM possui como característica o comprometimento 
do esqueleto em diversos lugares, podendo se propagar 
também para os linfonodos e localizações 
extralinfonodais, como a pele. 
103. O diagnóstico por imagem pode ser realizado por meio 
de radiografias, tomografia computadorizada e 
ressonância magnética. Geralmente, as tomografias são 
o exame de imagem inicial no estudo do MM, positivas 
em aproximadamente 75% dos pacientes. 
104. O tratamento do mieloma múltiplo deve ser iniciado 
imediatamente em pacientes sintomáticos que 
demonstrarem lesões orgânicas: anemia, hipercalemia, 
lesões ósseas, lesão renal, hiperviscosidade, amiloidose 
e infecções bacterianas recorrentes. Já nos pacientes 
assintomáticos, não se verificou melhora adicional 
quando a quimioterapia foi iniciada diante do 
diagnóstico. 
105. O risco de uma fratura patológica é sempre uma 
preocupação dos profissionais que lidam com esses 
pacientes. 
106. Entre as atividades para a promoção da saúde, as 
atividades de impacto, como por exemplo corrida, são 
indicadas para manutenção do sistema 
cardiorrespiratório. 
107. Nesta doença, os plasmócitos malignos ativam as 
células responsáveis pela reabsorção óssea, os 
osteoclastos. O aumento da atividade dos oteoclastos 
acaba gerando um desequilíbrio de reabsorção e 
formação óssea, e consequentemente destruindo o 
tecido. 
 
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Uma senhora de 61 anos de idade, deu entrada na unidade 
hopitalar, relatando fortes dores no hemitórax esquerdo, com 
tosse e dispneia persistentes por quatro semanas e associados 
a secreção. Paciente é fumante por 40 anos. Foi realizado 
exame de imagem (Raio X) e encaminhada ao 
pneumologista. O diagnóstico pela tomografia foi de derrame 
pleural septado em hemitórax esquerdo. O exame 
anatomopatológico da biopsia pleural confirmou o laudo de 
“Carcinoma pouco diferenciado infiltrando tecido fibroso”, 
foi necessário um exame complementar de 
imuno-histoquímico para uma análise profunda. O 
diagnóstico da patologia foi de origem pulmonar com 
metástase para pleura, no estágio de nível IV. 
 
Acerca dos cuidados paliativos realizados pela equipe 
multidisciplinar, no que diz respeito ao paciente com este 
quadro, julgue os itens a seguir. 
 
108. A dispneia é um sintoma que acomete 
aproximadamente de 50 a 70% dos pacientes com 
câncer pulmonar. 
109. A cirurgia é a principal chance de cura para pacientes 
com câncer pulmonar, porém apenas 20% dos pacientes 
têm indicação cirúrgica, e a maioria apresenta 
estadiamento anatômico avançado no momento da 
avaliação ou co-morbidades associadas, que 
contraindicam a intervenção cirúrgica. 
110. A otimização da função cardiopulmonar, realizada pela 
intervenção fisioterapêutica com utilização de 
exercícios cinesioterápicos e também de ventilação não-
invasiva (VNI) no período pré-operatório pode ser 
indicada neste tipo de paciente. 
111. Os exercícios resistidos como estratégia 
fisioterapêutica, não podem ser associados à VNI, para 
garantir suporte ventilatório durante a execução dos 
mesmos. 
112. Os recursos fisioterapêuticos como terapia manual, 
alongamentos, exercícios passivos e ativos para 
fortalecimento muscular, posicionamentos, técnicas de 
higiene brônquica e o suporte de oxigênio são 
estratégias a serem utilizadas. 
113. Nessa etapa do tratamento, o objetivo terapêutico 
consiste em expandir áreas pulmonares pouco 
ventiladas, evitar colapso, consolidação pulmonar e 
promover eliminação de secreções brônquicas. 
114. O procedimento cirúrgico resulta em alterações 
anatômicas e funcionais, causando diminuição de 
volumes e dos fluxos pulmonares, de acúmulo de 
secreção broncopulmonar e de intolerância ao exercício. 
115. A utilização da Ventilação mecânica não invasiva 
(VMNI) no pós-cirúrgico de ressecção pulmonar 
através da aplicação precoce de pressão positiva 
contínua (CPAP) apresenta ineficácia na recuperação da 
função pulmonar. 
 
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303 – MULTIPROFISSIONAL EM CUIDADOS PALIATIVOS 
FISIOTERAPIA – TIPO “U” 
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Uma paciente de 64 anos de idade, 1,67 m, pesando 70 kg foi 
admitida na unidade de pronto atendimento com forte dor 
torácica na região T4-T5 e em região lombosacra. Foi 
diagnosticada inicialmente com infeccão urinária e iniciou-se 
a antibioticoterapia. Após uma radiogragia de tórax foi 
confirmado o quadro de pneumoperitônio (devido ao 
extravasamento de gases intestinais) com ruptura do ceco 
(obstrução em alça fechada). A paciente passoupor uma 
laparotomia exploradora, sendo identificada perfuracaõ do 
ceco e realizada colectomia direita com 
íleotransversoanastomose término-terminal. Evoluiu no pós-
operatório com distensão abdominal, com espessamento 
parietal irregular, estenosante do retossigmoide, tornando-se 
necessária nova intervenção cirúrgica, sendo optado por 
colostomia de sigmoide em alça para desobstrução do 
trânsito intestinal. A neoplasia colorretal é a terceira 
neoplasia maligna mais diagnosticada no mundo e a quarta 
principal causa de mortalidade por câncer. 
 
Acerca do quadro relatado e dos aspectos ligados a este 
acometimento, julgue os itens a seguir. 
 
116. Em pacientes com câncer, caquexia e desnutrição são 
complicações de extrema relevância clínica, devido a 
uma variedade de mecanismos inerentes do tumor, 
como resposta do hospedeiro ao tumor e terapias 
oncológicas. 
117. A sarcopenia pode ter origem primária quando 
associada somente ao processo de envelhecimento e 
secundária quando está relacionada a outros fatores 
desencadeantes, como a ingestaõ inadequada de 
proteína presente em desordens gastrointestinais de 
diversas doenças, a maioria crônicas, como: 
insuficiência renal crônica, insuficiência cardíaca 
congestiva e câncer. 
118. O método padrão‐ouro recomendado para quantificar a 
massa muscular é a ressonância magnética na área 
lombar no nível da L3 e o cálculo do índice de massa 
magra. 
119. Um dos instrumentos para se medir o desempenho 
físico neste tipo de paciente é o teste Short Physical 
Performance Battery. No qual é mensurado o equilíbrio 
estático em pé, a velocidade de marcha em passo 
habitual e indiretamente a força muscular dos membros 
inferiores, por meio do movimento de levantar‐se e 
sentar‐se na cadeira cinco vezes consecutivas. 
120. O Brief Fatigue Inventory (BFI) é um instrumento 
validado para população oncológica, simples, de fácil 
entendimento, unidimensional que tem como objetivo 
avaliar a gravidade da fadiga nas últimas 24 horas para 
o monitoramento destes pacientes. 
 
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