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A Intervenção do Estado na Economia: A Política Fiscal 1 14.1 A intervenção do Estado e seus objetivos Marco inicial: 1929 Expoente: John Maynard Keynes Sua obra: Teoria Geral do Emprego, dos Juros e da Moeda. Proposta: Aumento do gasto público para combater a depressão econômica 2 14.1.1 As funções e os objetivos do setor público fiscalizadora: estabelecer e cobrar impostos reguladora: regular a atividade econômica (controle de preços, regular monopólios, proteção aos consumidores, etc) provedora de bens e serviços: facilitar o acesso a bens e serviços públicos e produzir bens de consumo e de produção. Redistributiva: modificar a distribuição da renda ou da riqueza estabilizadora: controlar os agregados econômicos para evitar grandes flutuações. 3 14.2.1 A Política Fiscal Referem-se às decisões do governo quanto ao gasto público e aos impostos. Receitas Públicas: são constituídas basicamente por impostos. “ Os Tributos são receitas públicas criadas por lei e de cumprimento obrigatório para os sujeitos contemplados por ela”. Obs.: O governo pode alterar os tributos e os gastos para influir sobre o nível de atividade econômica. Superávit Primário (Fiscal) PRINCÍPIOS TEÓRICOS DA TRIBUTAÇÃO PRINCÍPIO DA NEUTRALIDADE E EFICIÊNCIA – os impostos não devem mudar os preços relativos da economia, a fim de não afetar a alocação de recursos. Ele é neutro ou eficiente quando modifica todos os preços da economia na mesma proporção. Ex: imposto de renda, imposto sobre consumo, entre outros. PRINCÍPIO DO BENEFÍCIO – cada indivíduo deve efetuar um pagamento proporcional aos benefícios que usufrui dos bens e serviços públicos. Ex: taxas de consumo de água, energia, etc, PRINCÍPIO DA EQUIDADE – onerar os indivíduos segundo suas posses e de acordo com os benefícios que cada um recebe pela oferta governamental de bens e serviços, ou seja, benefício e capacidade de contribuição. PRINCÍPIO DA PRODUTIVIDADE – ser capaz de gerar receitas significativas, com custos relativamente baixos. TIPOS DE IMPOSTOS IMPOSTO PROGRESSIVO – quando consegue arrecadar mais de quem realmente dispõe de mais recursos, mais renda e patrimônio. EX: O ICMS, IPI, PIS e COFINS. IMPOSTO REGRESSIVO – Ao contrário, é regressivo se ele arrecada proporcionalmente mais de quem ganha menos. EX: os impostos sobre consumos e serviços. IMPOSTO NEUTRO - quando a participação dos impostos na renda dos indivíduos é igual ou independe do nível de renda. Déficit Primário = Receita Pública Corrente (R ) – Gasto Público Corrente (G) DP= R - G Déficit Operacional = (R - G) + juros reais da dívida pública Déficit Nominal = (R – G) + juros reais + correção monetária e cambial da dívida 14.2.2 O Orçamento do setor Público “ O orçamento do setor público é a descrição dos planos de gasto e de financiamento”. Se as receitas forem maiores que os gastos Superávit orçamentário. Se as receitas forem menores que os gastos Déficit orçamentário. Orçamento do Setor Público = Receitas Públicas - Gastos Públicos Obs.: “O orçamento estará equilibrado quando a receita pública for igual ao gasto público”. Receita Fiscal: IMPOSTOS INDIRETOS (Ti): incidem sobre bens e serviços. Ex.: ICMS, IPI. IMPOSTOS DIRETOS (Td): incidem sobre as pessoas (físicas e jurídicas). Ex.: IR, IPTU. CONTRIBUIÇÕES À PREVIDÊNCIA SOCIAL: encargos trabalhistas recolhidos de empregados e empregadores. OUTRAS RECEITAS: taxas (Ex.: Multas, aluguéis, ...) Gastos do Governo: Gastos com ministérios, secretarias e autarquias Gastos das empresas e sociedades de economia mista Gastos com transferências e subsídios Gastos > Receita Fiscal ►► Déficit Primário (Fiscal) Gastos < Receita Fiscal ►► Superávit Primário (Fiscal) Esquema 14.3 A Política Fiscal em Ação 1. A Política Fiscal Expansionista Impostos Consumo Gastos DA 2. Política Fiscal Restritiva Impostos Consumo Gastos Produção e o Emprego Produção e o Emprego DA 12 14.3 O Caráter Automático da Política Fiscal A política fiscal é um instrumento estabilizador da atividade econômica, podendo ser feita por políticas discricionárias ou por meio do sistema impositivo. “As políticas fiscais discricionárias são as que exigem medidas explícitas”. Dentre elas estão: programas de obras públicas e outros gastos; projetos públicos de emprego; programas de transferências, e alteração dos tipos de impostos. O sistema impositivo tem efeitos automáticos sobre a evolução da atividade econômica, isto é, sobre as depressões e expansões. “ Uma depressão é um período prolongado de baixa atividade econômica e elevado desemprego”. 14.3.1 Os Impostos como Estabilizadores automáticos Os impostos proporcionais alteração automática da forma de arrecadação. “ Um estabilizador automático é qualquer ação do sistema econômico que tende a reduzir mecanicamente as forças de recessão e/ou da expansão da demanda, sem que sejam necessárias medidas discricionárias de política econômica”. 14.3.2 Outros Estabilizadores Automáticos O seguro desemprego e as pensões para aposentados comportamento anticíclico estabilizadores automáticos. “ Os ciclos econômicos são flutuações da atividade econômica global, caracterizadas pela expansão ou pela contração simultânea da produção na maioria dos setores”. Estabilizadores não do setor público: poupanças das S/As. e das famílias, comportamento de consumo das famílias (renda permanente), etc. 14.4.2 Projetos Públicos de Emprego: (Contratar trabalhadores por curtos períodos de tempo) de importância secundária não aumenta a possibilidade de conseguir emprego fixo posteriormente. 14.4.3 Programas de Transferências é uma via de mão única e difícil de eliminar depois da recessão. 14.4.4 Alteração dos Tipos de Impostos: (redução temporária de alguns impostos) tempo longo entre a decisão e a mudança do imposto após recessão fica difícil aumentar os impostos novamente (impopular). 14.5.1 O déficit e seu financiamento. a) Impostos b) criação de dinheiro c) emissão da dívida pública