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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFIPMOC/AFYA - MEDICINA 2º PERÍODO TIC’S: TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO MARIA FERNANDA SANTOS ANDRADE SEMANA 9: Hipófise. Quais as porções da hipófise e suas peculiaridades? Quais os hormônios de cada uma delas? E sua relação com o hipotálamo? A hipófise é um órgão endócrino importante que secreta pelo menos nove hormônios importantes e se situa imediatamente abaixo do cérebro, na fossa hipofisária, uma depressão na sela turca do osso esfenoide. A hipófise lembra bastante um taco de golfe: a própria glândula forma a cabeça do taco, e o pedículo hipofisário, chamado infundíbulo (“funil”), forma a haste do taco. O infundíbulo conecta-se superiormente a uma parte do hipotálamo chamada tuber cinéreo, situada entre o quiasma óptico, anteriormente, e os corpos mamilares, posteriormente. A hipófise apresenta duas divisões básicas: um lobo anterior, a adeno-hipófise, composto de tecido glandular, e um lobo posterior, a neuro- hipófise, formado por tecido neural e uma parte do cérebro. A adeno-hipófise possui três subdivisões. A maior e a parte distal, a mais anterior. Imediatamente posterior a parte distal está a parte intermédia, e imediatamente superior a ela está a parte tuberal, que envolve o infundíbulo como um tubo. A neuro–hipófise tem duas subdivisões: a parte nervosa, inferiormente, e o infundíbulo. 1. Adeno-hipófise A parte distal contém cinco tipos diversos de células endócrinas que produzem e secretam pelo menos sete hormônios diferentes. Quatro dos hormônios secretados pela adeno- hipófise — tireoestimulante, adrenocorticotropico, folículo-estimulante e luteinizante — regulam a secreção dos hormônios por outras glândulas endócrinas. Esses hormônios chamam-se hormônios trópicos (ou tróficos). Os três hormônios adeno-hipofisários restantes — o hormônio do crescimento, a prolactina e o hormônio melanócito- estimulante — agem diretamente nos tecidos-alvo não endócrinos. Hormônio tireoestimulante (TSH): O TSH é produzido pelas células tireotrópicas. O TSH sinaliza a glândula tireoide para secretar seu próprio hormônio, o hormônio da tireoide, e, assim, acaba controlando a taxa metabólica. Hormônio adrenocorticotrópico (ACTH): O ACTH e o hormônio melanócito- estimulante, descrito em breve, são divididos a partir de uma molécula-mãe comum, produzida pelas células corticotrópicas. O ACTH estimula o córtex da glândula suprarrenal (como seu nome sugere) a secretar hormônios que ajudam o corpo a enfrentar o estresse. Gonadotropinas: O hormônio folículo-estimulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH) são produzidos pelas células gonadotrópicas e, juntos, são chamados gonadotropinas, que agem nas gônadas, estimulando a maturação das células sexuais e induzindo a secreção dos hormônios sexuais. Nas mulheres, o FSH e o LH estimulam a maturação dos folículos ovarianos contendo óvulos e a secreção de androgênios, estrogênios e progesterona pelas células no ovário. Além disso, uma grande quantidade de LH e secretada no meio do ciclo menstrual para induzir a ovulação. Nos homens, o LH sinaliza a secreção de androgênios (principalmente testosterona) pelas células intersticiais nos testículos, e o FSH estimula a maturação dos espermatozoides e a produção de proteína de ligação ao androgênio pelas células nos túbulos formadores de espermatozoide. Prolactina (PRL): A PRL e produzida por células produtoras de prolactina. A PRL visa as glândulas mamarias e estimula a produção de leite. Hormônio melanócito-estimulante (MSH): O MSH e formado a partir da molécula precursora produzida pelas células corticotrópicas. Nos vertebrados mais primitivos, anfíbios e repteis, o MSH estimula os melanócitos a produzir mais melanina, o pigmento responsável pela coloração da pele. Nos seres humanos, o MSH atua no sistema nervoso central (SNC) na supressão do apetite; suas ações fora do SNC são desconhecidas. Hormônio do crescimento (GH): O GH, também chamado hormônio somatotrópico (“que altera o corpo”), e produzido nas células somatotrópicas, o tipo celular mais abundante na adeno-hipófise, e estimula o crescimento do corpo inteiro ao induzir as células a aumentar sua produção de proteínas e ao provocar o crescimento das placas epiteliais do esqueleto. Essas ações ocorrem direta e indiretamente por meio da sinalização do fígado para secretar o fator de crescimento insulina símile 1, que age junto com o GH. 2. Neuro-hipófise A neuro-hipófise, que secreta dois hormônios, faz parte do encéfalo, estruturalmente falando, e consiste em tecido nervoso contendo axônios não mielinizados e células da neuroglia chamadas pituícitos. Seus axônios formam o trato hipotálamo- hipofisário, que surge dos corpos celulares a neuro-hipofise não produz hormônios, apenas armazena e libera os hormônios produzidos no hipotálamo. Ela libera dois hormônios peptídicos: hormônio antidiurético (“inibidor da micção”) e oxitocina (“hormônio do parto”). Hormônio antidiurético: Produzido nos neurônios do núcleo supraóptico, o hormônio antidiurético (ADH), também chamado vasopressina, visa aos rins, que respondem reabsorvendo mais agua e devolvendo-a para a corrente sanguínea. Os detalhes desse processo são descritos no sistema urinário. Desse modo, o ADH ajuda o corpo a reter o máximo possível de liquido quando ocorrem a sede (desidratação) ou a perda hídrica (sangramento grave). Além disso, quando a perda hídrica diminui a pressão arterial, o ADH sinaliza as arteríolas periféricas para constringirem-se, elevando assim a pressão arterial até o nível normal (vasopressina = constritora dos vasos). Oxitocina: A oxitocina, produzida no núcleo paraventricular, induz a contração do musculo liso dos órgãos reprodutores nos homens e nas mulheres. Ainda mais importante, ela sinaliza o músculo liso na parede do útero a contrair, expelindo o bebê durante o parto; ela também induz a contração das células do tipo muscular (células mioepiteliais) em torno dos alvéolos secretórios na mama para ejetarem o leite durante a amamentação. Finalmente, nos animais monógamos, a oxitocina e o ADH provocam um desejo de afagar, de cuidar e de se vincular a um par. Seus papeis na socialização humana estão sendo estudados. Referências: Marieb, E. N., P. B. Wilhelm, and J. Mallatt. "Anatomia Humana. 7ª edição." Editora. Person Education do Brasil (2014).