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PROJETO NIVELAMENTO
MATEMÁTICA
Professor André Costa
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Matemática 1
ARITMÉTICA
1) Operações Fundamentais e Múltiplos e Divisores
2) MDC e MMC
3) Frações e Números Decimais
4) Razões e Proporções
5) Algarismos romanos
6) Sistema métrico decimal
7) Medidas de tempo
Matemática 2
ÁLGEBRA
8) Teoria dos Conjuntos e Conjuntos Numéricos
9) Potenciação e Radiciação
10) Equações do 1º e 2º grau
11) Inequações do 1° e 2º grau
12) Sistemas
13) Funções
Matematica 3
GEOMETRIA
14) Ângulos
15) Polígonos
16) Triângulos
17) Teorema de Pitágoras
18) Quadriláteros
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ARITMÉTICA
AULA 01
As quatro operações básicas
Como em tudo na vida a matemática pode ser inicia-
da de um tópico, iremos abordar em nosso curso de
nivelamento os pontos mais importantes para forta-
lecer a sua base matemática.
Basicamente têm-se a adição, a subtração, a divisão e
a multiplicação, que, apesar de abrangerem um raci-
ocínio simples, são de suma importância para realiza-
ção de qualquer cálculo matemático, como por
exemplo, na tabuada. As operações matemáticas
abrangem os cálculos que são utilizados para a reso-
lução de operações simples, até as mais complexas.
Adição
Nessa operação matemática também é conhecida
como soma, o resultado final denomina-se total ou
soma e os números utilizados são as parcelas. O ope-
rador aritmético, ou seja, o sinal que indica o seu
cálculo é o (+).
Observe o exemplo:
1 (parcela) + 1 (parcela) = 2 (soma ou total)
As propriedades da adição são: fechamento, comuta-
tividade, associação e elemento neutro.
Comutatividade: se mudarmos as parcelas de lugar
na adição, o resultado não se altera.
5 + 3 = 8 .: 3 + 5 = 8
1 + 4 = 5 .: 4 + 1 = 5
Associação: as parcelas numa adição podem ser so-
madas de maneiras diferentes, e o resultado não se
altera.
(5 + 2) + 8 = 15 .: 8 + (2 + 5) = 15
Elemento Neutro: na adição, o zero é considerado
elemento neutro, assim, qualquer número adiciona-
do a zero tem como resultado o próprio número.
0 + 7 = 7 .: 2 + 0 = 2 .: 4 + 0 = 4 .: 10 + 0 = 10
Fechamento: quando adicionamos dois ou mais nú-
meros naturais, o resultado sempre será um número
natural.
7 + 9 = 16
7 é um número natural
9 é um número natural
16 é um número natural
5 + 11 = 16
5 é um número natural
11 é um número natural
16 é um número natural
OBS: Números negativos e positivos: os números
positivos e negativos podem ser somados, mas exis-
tem algumas regras que devem ser consideradas.
Quando os números possuem sinais diferentes (nega-
tivos e positivos) o resultado acompanhará o sinal do
número maior. Ex.: (-2) + 4 = 2. Já no caso de dois
números negativos, o resultado também será negati-
vo. Ex.: (-8) + (-6) = - 2.
Subtração
A subtração abrange a redução de um número por
outro. Os seus elementos são: minuendo, subtraendo
e diferença ou resto. O (-) é o sinal utilizado na ope-
ração. Veja o exemplo:
8 (minuendo) – 2 (subtraendo) = 6 (diferença ou
resto)
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As propriedades da subtração são:
- O resultado é alterado no caso de mudança na or-
dem de apresentação dos valores, e nesse caso a
diferença terá o sinal trocado. Ex.: 8 - 2 = 6 é diferen-
te de 2 - 8 = -6.
- Não existe elemento neutro.
Multiplicação
A Multiplicação está intimamente relacionada à adi-
ção, pois pode-se dizer que ela é a soma de um nú-
mero pela quantidade de vezes que deverá ser multi-
plicado. O símbolo mais conhecido é o (x), mas mui-
tas pessoas utilizam o (*) ou (.) para representar essa
operação. Os nomes dados aos seus elementos são
fatores e produtos. Vejamos um exemplo:
4 (fator) x 3 (fator) = 12 (produto)
Observe que o exemplo também poderia ser repre-
sentado: 4 + 4 + 4 = 12.
Elemento neutro: número 1, sendo que qualquer
número multiplicado por ele resultará nele mesmo.
Propriedades da multiplicação
Em relação à multiplicação, temos quatro proprieda-
des para os números inteiros, que são:
⇒ Propriedade Comutativa: a ordem dos fatores não
altera o produto (resultado). No exemplo abaixo, – 3
e + 5 são os fatores.
(- 3) . (+ 5) = - 15
(+ 5) . (- 3) = - 15
⇒ Propriedade Associativa: A associação dos fatores
não modifica o produto. Os fatores no exemplo a
seguir são: - 3, + 5 e - 2.
(- 3 . + 5) . - 2 = (- 15) . ( - 2) = + 30
- 3 . (+ 5 . - 2) = (- 3) . ( - 10) = + 30
⇒ Elemento Neutro: Na multiplicação, o elemento
neutro é o número 1. Qualquer número multiplicado
por 1 resulta nele mesmo. Nesse caso, um dos fato-
res sempre será o número + 1. Veja exemplos:
(+ 8) . (+ 1) = + 8
(- 100) . (+ 1) = - 100
⇒ Propriedade distributiva: Realizamos o produto do
termo externo ao parênteses com os termos internos
do parênteses. Observe os exemplos abaixo:
(- 2) . [( (+ 3) + (+ 4)] =
= (- 2) . (+ 3) + (- 2) . (+ 4) =
= (- 6) + (- 8) =
Em + (- 8), devemos realizar o produto de + 1 . (- 8) = -
8
= – 6 – 8 =
= – 14
[(+ 5) - (– 6)] . (+ 2) =
= (+ 5) . (+ 2) - (- 6) . (+ 2) =
= (+ 10) - (- 12) =
Em - (- 12), devemos realizar o produto de – 1 . (- 12)
= + 12
= + 10 + 12 =
= + 22
Fórmula geral das propriedades
Considere que a, b, c representam qualquer termo
numérico ou algébrico.
Comutativa: a . b = b . a
Associativa: (a . b) . c = a . (b . c)
Elemento neutro: a . 1 = a
Distributiva na adição: a . (b + c) = a . b + a . c
Distributiva na subtração: a . (b – c) = a . b – a . c
MULTIPLICAÇÃO
(- 4) . (+ 2) = - 8 → Sinais diferentes na multiplicação
resultam em sinal negativo e multiplicação dos ter-
mos numéricos.
(+ 4) . (- 2) = - 8 → Sinais diferentes na multiplicação
resultam em sinal negativo e multiplicação dos ter-
mos numéricos.
(- 4) . (- 2) = +8 → Sinais iguais na multiplicação re-
sultam em sinal positivo e multiplicação dos termos
numéricos.
(+ 4) . (+ 2) = + 8 → Sinais iguais na multiplicação
resultam em sinal positivo e multiplicação dos ter-
mos numéricos.
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Divisão
Nessa operação é possível dividir dois números em
partes iguais. Essa operação tem os seguintes ele-
mentos: dividendo, divisor, quociente e resto. O
sinal utilizado é (÷), mas podemos ver também os
sinais (/) ou (:).
Observe o exemplo: 31 (dividendo) ÷ 2 (divisor) = 15
(quociente) 1 (resto)
Ao dividir 31 por 2 não temos um resultado exato,
sendo assim, temos o 15 como quociente e 1 de res-
to.
DIVISÃO
(- 4) : (+ 2) = - 2 → Sinais diferentes na divisão resul-
tam em sinal negativo e divisão dos termos numéri-
cos.
(+ 4) : (- 2) = - 2 → Sinais diferentes na divisão resul-
tam em sinal negativo e divisão dos termos numéri-
cos.
(- 4) : (- 2) = + 2 → Sinais iguais na divisão resultam
em sinal positivo e divisão dos termos numéricos.
(+ 4) : (+ 2) = + 2 → Sinais iguais na divisão resultam
em sinal positivo e divisão dos termos numéricos.
Propriedades
Não é comutativa
Dividir 2 ÷ 1 = 2 é diferente de dividir 1 ÷ 2 = 0,5, por-
tanto a comutatividade não vale para a divisão.
Não é associativa
A associatividade não vale na divisão. Por exemplo,
dividir (4 ÷ 2) ÷ 2 = 2 ÷ 2 = 1 tem resultado diferente
de 4 ÷ (2 ÷ 2) = 4 ÷ 1 = 4. Lembrando que os parênte-
ses têm prioridade na divisão, ou seja, devem ser
resolvidos primeiros.
Fechamento
A propriedade de fechamento em que a divisão de
dois números reais será um número real não satisfaz,
pois a divisão por 0 (zero) não tem como resultado
um número real.
Elemento neutro: o número 1 (um) é o elemento
neutro na divisão, dividir um número por 1 (um) tem
comoresultado o próprio número. Faz todo sentido,
por exemplo, dividir um pedaço de bolo com você
mesmo, o pedaço será todo seu.
Anulação: o número 0 anula o resultado quando divi-
dido por qualquer número real.
Casos particulares da divisão e multiplicação
Multiplicação
Um número multiplicado por 1 (um) tem
como resultado ele mesmo.
Exemplo: 2 x 1 = 2
Um número multiplicado por 0 (zero) tem
como resultado o zero.
Exemplo: 2 x 0 = 0
Divisão
Um número dividido por 1 (um) tem como
resultado ele mesmo.
Exemplo: 2 ÷ 1 = 2
Um número dividido por ele tem como
resultado o número 1 (um).
Exemplo: 2 ÷ 2 = 1
Zero dividido por qualquer número tem como
resultado o próprio zero.
Exemplo: 0 ÷ 2 = 0
Nenhum número real pode ser dividido por 0
(zero).
MÚLTIPLOS E DIVISORES
Múltiplos: são o resultado de uma multiplicação;
Divisores: são o resultado de uma divisão.
Os conjuntos numéricos que satisfazem algumas
condições dos múltiplos e divisores, por esta razão
devemos associar os estudos destes tópicos.
Múltiplos de um número: sejam a e b dois números
inteiros conhecidos, o número a é múltiplo de b se, e
somente se, existir um número inteiro k tal que a = b
· k. Desse modo, o conjunto dos múltiplos de a é
obtido multiplicando a por todos números inteiros,
os resultados dessas multiplicações são os múltiplos
de a.
Tomemos como exemplo a tabuada.
https://matematicabasica.net/numeros-reais/
https://brasilescola.uol.com.br/matematica/conjuntos-numericos.htm
https://brasilescola.uol.com.br/matematica/multiplicacao-numeros-inteiros.htm
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Múltiplos de 4
Como vimos, para determinar os múltiplos do núme-
ro 4, devemos multiplicar o número 4 por números
inteiros. Assim:
4 · 1 = 4
4 · 2 = 8
4 · 3 = 12
4 · 4 = 16
4 · 5 = 20
4 · 6 = 24
4 · 7 = 28
4 · 8 = 32
4 · 9 = 36
4 · 10 = 40
4 · 11 = 44
4 · 12 = 48
...
Portanto, os múltiplos de 4 são:
M(4) = {4, 8, 12, 16, 20. 24, 28, 32, 36, 40, 44, 48, … }
Divisores de um número
Sejam a e b dois números inteiros conhecidos, vamos
dizer que b é divisor de a se o número b for múltiplo
de a, ou seja, a divisão entre b e a é exata (deve dei-
xar resto 0).
Veja alguns exemplos:
44 é múltiplo de 2, então, 2 é divisor de 44.
93 é múltiplo de 3, logo, 3 é divisor de 93.
121 não é múltiplo de 10, assim, 10 não é divisor de
121.
Para listar os divisores de um número, devemos bus-
car os números que o dividem. Veja:
– Liste os divisores de 2, 3 e 20.
D(2) = {1, 2}
D(3) = {1, 3}
D(20) = {1, 2, 4, 5, 10, 20}
Observe que os números da lista dos divisores sem-
pre são divisíveis pelo número em questão e que o
maior valor que aparece nessa lista é o próprio nú-
mero, pois nenhum número maior que ele será divi-
sível por ele.
Propriedade dos múltiplos e divisores
Essas propriedades estão relacionadas à divisão entre
dois inteiros. Observe que quando um inteiro é múl-
tiplo de outro, é também divisível por esse outro
número.
Considere o algoritmo da divisão para que possamos
melhor compreender as propriedades.
N = d · q + r, em que q e r são números inteiros.
Lembre-se de que N é chamado de dividendo; d, de
divisor; q, de quociente; e r, de resto.
→ Propriedade 1: A diferença entre o dividendo e o
resto (N – r) é múltipla do divisor, ou o número d é
divisor de (N – r).
→ Propriedade 2: (N – r + d) é um múltiplo de d, ou
seja, o número d é um divisor de (N – r + d).
Veja o exemplo:
– Ao realizar a divisão de 525 por 8, obtemos quoci-
ente q = 65 e resto r = 5. Assim, temos o dividendo N
= 525 e o divisor d = 8. Veja que as propriedades são
satisfeitas, pois (525 – 5 + 8) = 528 é divisível por 8 e:
528 = 8 · 66
https://brasilescola.uol.com.br/matematica/o-resto-divisao.htm
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Números primos
Os números primos são aqueles que possuem, ape-
nas dois divisores NATURAIS, como divisor em sua
listagem somente o número 1 e o próprio número.
Para verificar se um número é primo ou não, um dos
métodos mais triviais é fazer a listagem dos divisores
desse número. Caso apareça números a mais que 1 e
o número em questão, este não é primo.
→ Verifique quais são os números primos entre 2 e
20. Para isso, vamos fazer a lista dos divisores de
todos esses números entre 2 e 20.
D(2) = {1, 2}
D(3) = {1, 3}
D(4) = {1, 2, 4}
D(5) = {1, 5}
D(6) = {1, 2, 3, 6}
D(7) = {1, 7}
D(8) = {1, 2, 4, 8}
D(9) = {1, 3, 9}
D(10) = {1, 2, 5, 10}
D(11) = {1, 11}
D(12) = {1, 2, 3, 4, 6, 12}
D(13) = {1, 13}
D(14) = {1, 2, 7, 14}
D(15) = {1, 3, 5, 15}
D(16) = {1, 2, 4, 16}
D(17) = {1, 17}
D(18) = {1, 2, 3, 6, 9, 18}
D(19) = {1, 19}
D(20) = {1, 2, 4, 5, 10, 20}
Assim, os números primos entre 2 e 20 são:
{2, 3, 5, 7, 11, 13, 17 e 19}
Observe que o conjunto é de alguns dos primeiros
primos, essa lista continua. Veja que quanto maior é
o número, mais difícil torna-se dizer se ele é primo ou
não.
Regras de divisibilidade
Divisibilidade por 2:
A divisibilidade por 2 é feita em qualquer número
par, ou seja, quaisquer números terminados em 0, 2,
4, 6 ou 8 são, com certeza, números divisíveis por 2.
Vamos aos exemplos:
64:2 = 32
32:2 = 16
16:2 = 8
8:2 = 4
4:2 = 2
2:2 = 1
12.490:2 = 6.245
Divisibilidade por 3:
Segundo esse critério, para encontrarmos os núme-
ros que são divisíveis por 3, basta somarmos os alga-
rismos dos números e se o resultado for divisível por
3, certamente, o número é divisível por 3. Lembrando
que, nesse caso, a tabuada do 3 deve estar na ponta
da língua! Veja como é simples pelo exemplo:
O número 14.321, se separarmos os algarismos fa-
zendo a sua soma: 1 + 4 + 3 + 2 + 1 = 11. Nesse caso
11 não é divisível por 3, portanto o número 14.321
não é divisível por 3.
Se analisarmos o número 1.233, a soma dos algaris-
mos será 1 + 2 + 3 + 3 = 9. O número 9 é divisível por
3, então, 1.233 é sim divisível por 3 e resulta em 411.
Divisibilidade por 4:
Para saber se um número é divisível por 4, temos
duas opções: a primeira delas é que todo número
que termina em 00 com certeza é divisível por 4; e a
segunda é quando o número formado pelos dois úl-
timos algarismos for divisível por 4, esse número é
também divisível por 4. Por exemplo:
1.200 é divisível por 4, pois termina em 00.
5.832 é divisível por 4, porque o final 32 é um núme-
ro divisível por 4.
616 é divisível por 4, porque o final 16 é divisível por
4.
1.335 não é divisível por 4 pois não termina em 00 e
o final 35 não é um número divisível por 4, o que faz
a divisão não ter como resultado um número inteiro.
Divisibilidade por 5:
Qualquer número natural que tenha final 0 ou 5 é
divisível por 5. É só pensar na tabuada do 5 e obser-
var como cada número termina.
Por exemplo, os números 935, 140, 85 e 70 são todos
divisíveis por 5, pois terminam em 0 ou 5. Já os nú-
meros 357, 121, 92 e 551, por exemplo, não são divi-
síveis por 5, pois não terminam em 0 ou 5.
Divisibilidade por 6:
O critério para a divisibilidade por 6 são todos os
números que são divisíveis por 2 e por 3 ao mesmo
tempo. Lembrando que os números que são divisíveis
por 2 são todos os números pares, isso já exclui os
números ímpares da divisibilidade por 6, e a soma os
algarismos desses números precisam ser divisíveis
por 3. Vamos analisar os seguintes exemplos:
https://brasilescola.uol.com.br/matematica/numeros-primos.htm
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7
1.324 é um número par (divisível por 2) e a soma dos
algarismos 1 + 3 + 2 + 4 = 10, ou seja, não é divisível
por 3, portanto 1.324 não é divisível por 6.
510 é um número par (divisível por 2) e a soma dos
algarismos 5 + 1 + 0 = 6, ou seja, é divisível por 3,
portanto 510 é um número divisível por 6.
15.420 é um número par (divisível por 2) e a soma
dos algarismos1 + 5 + 4 + 2 + 0 = 12, ou seja, é divisí-
vel por 3, portanto 15.420 é divisível por 6.
2.331 é ímpar, ou seja, não é divisível por 2 e apesar
da soma dos algarismos 2 + 3 + 3 + 1 = 9 e ser divisí-
vel por 3, o número 2.331 não é divisível por 6.
Divisibilidade por 7:
Esse critério é diferente dos demais, mas é bem sim-
ples. Para verificarmos se um número é divisível por
7, basta multiplicar o último algarismo por 2 e com o
resultado subtrair dos números que sobraram (não
incluir o último), se esse resultado for divisível por 7,
o número é divisível por 7. Se o número foi grande,
repetir o processo até conseguir verificar se o núme-
ro é divisível por 7. Segue o exemplo:
574: separar o último número e multiplicar por 2 => 4
x 2 = 8. Desse resultado, subtrair do número que
sobrou 57 – 8 = 49. Como 49 é divisível por 7, então,
o número 574 é divisível por 7.
7.644: separar o último número de multiplicar por 2
=> 4 x 2 = 8. Desse resultado, subtrair do número que
sobrou 764 – 8 = 756. Como o número é grande, re-
petimos o processo. Separar o último número de
multiplicar por 2 => 6x 2 = 12; desse resultado, sub-
trair do número que sobrou 75 – 12 = 63. Como 63 é
divisível por 7, então o número 7.644 é divisível por
7.
Divisibilidade por 8:
Segundo esse critério, os números que são divisíveis
por 8 são todos aquelas que possuem final 000 ou
que os três últimos algarismos sejam divisíveis por 8
(bem parecido com o critério de divisibilidade por 4).
Por exemplo:
Os números 12.000, 5.000 e 125.000 são todos divisí-
veis por 8, pois terminam em 000.
O número 1.345.880 também é divisível por 8, pois
880 dividido por 8 é 110.
O número 225.243.168 é divisível por 8, pois 168
dividido por 8 é 21.
O número 12.445 não é divisível por 8, pois 445 não
tem um resultado exato quando é dividido por 8.
Divisibilidade por 9:
O critério de divisibilidade por 9 segue a mesma linha
de raciocínio do critério de divisibilidade por 3, ou
seja, vamos somar os algarismos e se o resultado por
divisível por 9, o número será divisível por 9:
1.575 é divisível por 9, pois 1 + 5 + 7 + 5 = 18. Como
18 é divisível por 9 (9 x 2), então, o número 1.575 é
divisível por 9.
525.951 é divisível por 9, pois 5 + 2 + 5 + 9 + 5 + 1 =
27. Como 18 é divisível por 9 (9 x 2), então, o número
1.575 é divisível por 9.
Divisibilidade por 10:
Um dos critérios mais simples de divisibilidade! Os
números que são divisíveis por 10 terminam sempre
com 0.
EXERCÍCIOS
1. Assinale a alternativa que apresenta dois
exemplos de números que são divisíveis por 6.
A 117 e 711.
B 216 e 612.
C 500 e 650.
D 716 e 844.
E 918 e 1000.
2. O número 756 NÃO é divisível por:
A 2.
B 3.
C 4.
D 7.
E 8.
3. A professora propôs um jogo no qual cada
vogal vale +4,4 pontos e cada consoante vale –3,3
pontos. Nesse jogo, a soma dos valores de todas as
letras da palavra ‘ILUSTRE’ resulta em
A –4.
B –3.
C 0.
D +3.
E +4.
4. Thamiris está fazendo a contagem regressiva
para sua viagem. Sabendo-se que faltam 81 dias para
sua viagem, pode-se afirmar que faltam
A 9 semanas e 3 dias.
B 10 semanas e 3 dias.
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8
C 10 semanas e 6 dias.
D 11 semanas.
E 11 semanas e 4 dias.
5. A multiplicação é a sequência de somas em
que as parcelas são números iguais. Considerando
as propriedades da multiplicação assinale a alterna-
tiva cujo conteúdo refere-se à comutatividade:
A Para a multiplicação de 3 números, pode-se multi-
plicar os dois primeiros e depois o resultado pelo
último bem como o inverso.
B A ordem da multiplicação dos fatores não altera o
resultado do produto.
C O número 1 é o elemento neutro da multiplicação,
pois não influencia no resultado da operação.
D Todo número possui um elemento inverso, e a
multiplicação de um número pelo seu inverso resulta
no elemento neutro.
6. As operações matemáticas possuem propri-
edades básicas. As propriedades são comuns à gru-
pos inversos e devem ser observadas para a valida-
ção dos resultados obtidos nas operações. A propri-
edade da adição que permite compreender a sub-
tração como uma adição de inversos aditivos é a:
A Todo número possui um correspondente negativo
em que a soma entre eles é igual a 0.
B O resultado da soma não pode ser alterado pela
ordem em que os números são somados.
C O elemento neutro de uma operação não influencia
no resultado da soma.
D Na soma de três números pode-se somar o resulta-
do da soma dos dois primeiros ao terceiro.
7. O resultado da expressão numérica 417 + 212
– 199 é:
A 430.
B 420.
C 410.
D 400.
E 390.
8. Para efetuarmos as operações de multiplica-
ção corretamente, devemos sempre levar em consi-
deração a Regra de Sinais. Sabendo disso, assinale a
afirmação INCORRETA.
A Sinal (+) vezes sinal (+) = +
B Sinal (-) vezes sinal (-) = +
C Sinal (+) vezes sinal (-) = −
D Sinal (-) vezes sinal (+) = +
9. Analise a expressão aritmética e assinale a
alternativa que representa o valor correto de Y.
(Obs.: Considere a letra x como sendo sinal de mul-
tiplicação)
Y = 20 + 8 ÷ 2 x 3 + 6 x 6 + 2 x (18 ÷ 3)
A 69
B 80
C 120
D 248
10. Um número tem 5 centenas, 3 unidades e 6
dezenas. Assinale a alternativa que representa o
número descrito na questão.
A 536
B 563
C 653
D 365
GABARITO
1 - B
2 - E
3 - C
4 - E
5 - B
6 - A
7 - A
8 - D
9 - B
10 - B
AULA 02
FATORAÇÃO
Decomposição de um número em fatores primos
Significa reescrevê-lo na forma de uma multiplicação,
na qual todos os seus fatores só podem ser números
primos, e todo número possui esta capacidade.
Assim podemos afirmar que os fatores primos são o
resultado de divisões sucessivas.
Exemplo: Decomponha o número 112 em fatores
primos:
112| 2
0 56 | 2
0 28 | 2
0 14 | 2
0 7 | 7
0 1
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OBS: a técnica da decomposição poderá ser utilizada
para a extração de raízes quadradas.
MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM (MMC)
Os cálculos de MMC e MDC estão ligados aos múlti-
plos e aos divisores de um número. Esse tipo de cál-
culo, aprendido no ensino fundamental, é essencial
para resolver muitas questões e problemas no Enem.
O mínimo múltiplo comum, ou MMC, de dois ou mais
números inteiros é o menor múltiplo inteiro positivo
comum a todos eles. Por exemplo, o MMC de 6 e 8 é
o 24, e denotamos isso por mmc 6, 8 = 24 Já o MMC
de 5, 6 e 8 é o 120, o que é denotado por MMC 5, 6,
8 = 120.
O MMC é muito útil quando se adicionam ou subtra-
em frações, pois é necessário um mesmo denomina-
dor comum durante esses processos. Não é necessá-
rio que esse denominador comum seja o MMC, mas a
sua escolha minimiza os cálculos. Considere o exem-
plo:
326 + 18 = 656 + 756 = 1356, onde o denominador 56
foi usado porque MMC 28, 8 = 56.
Regra prática para calcular o MMC de dois números.
Para calcular o MMC entre 28 e 8, fazemos o seguin-
te:
1. Reduzimos a fração 288 aos seus menores termos:
288 = 72.
2. Multiplicamos em cruz a expressão obtida:
28 x 2 = 8 x 7 = 56
3. O valor obtido é o MMC procurado: MMC 28, 8 =
56.
Regra geral para calcular o MMC de dois ou mais
números. O procedimento geral para o cálculo do
MMC envolve a decomposição primária de cada nú-
mero. Por exemplo, para calcular o MMC de 8, 12 e
28, fazemos o seguinte:
1. Realizamos a decomposição primária de cada nú-
mero:
8 = 23
12 = 22 ∙ 31
28 = 22 ∙ 71
11. Em seguida, multiplicamos cada fator primo
elevado à maior potência com que aparece nas fato-
rações. O resultado é o MMC procurado:
MMC 8, 12, 28 = 23 ∙ 31 ∙ 71 = 168
Dispositivo prático para calcular o MMC de dois ou
mais números. O procedimento acima tem a seguinte
forma prática de execução:
1. Alinhamos os três números, 8, 12 e 28, e dividimos
todos os números que podem ser divididos pelopri-
meiro primo 2. Na linha de baixo anotamos cada
quociente obtido:
2. Repetimos esse procedimento sucessivamente
com o 2, depois com o 3 e, depois com o 7, até que a
última linha só contenha algarismos 1:
3. Agora, multiplicamos todos os fatores primos na
coluna da direita, obtendo o MMC procurado:
MMC 8, 12, 28 = 2 ∙ 2 ∙ 2 ∙ 3 ∙ 7 = 168
Propriedade fundamental do MMC. Todo múltiplo
comum de dois ou mais números inteiros é múltiplo
do MMC destes números.
Exemplo: os múltiplos comuns positivos de 8, 12 e 28
http://educacao.globo.com/provas/enem-2013.html
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10
são exatamente os múltiplos positivos de 168, o seu
MMC, ou seja, são 168, 336, 504,...
Exemplo: encontre o menor número inteiro positivo
de três algarismos que é divisível, ao mesmo tempo,
por 3, 4 e 15.
Solução: pela propriedade fundamental do MMC, o
número desejado será o menor número de três alga-
rismos múltiplo do MMC de 3, 4 e 15. Como MMC 3,
4, 15 = 60, então o menor múltiplo de três algarismos
é o 120.
MÁXIMO DIVISOR COMUM (MDC)
O máximo divisor comum, ou MDC, de dois ou mais
números inteiros é o maior divisor inteiro comum a
todos eles. Por exemplo, o m.d.c. de 16 e 36 é o 4, e
denotamos isso por MDC 16, 36 = 8. Já o MDC de 30,
54 e 72 é o 6, o que é denotado por MDC 30, 54, 72 =
6.
Regra geral para calcular o MDC de dois ou mais
números. O procedimento geral para o cálculo do
MDC, como no caso do MMC, envolve a decomposi-
ção primária de cada número. Por exemplo, para
calcular o MMC de 30, 54 e 72, fazemos o seguinte:
1. Realizamos a decomposição primária de cada nú-
mero:
30 = 21 ∙ 31∙ 51
36 = 22 ∙ 32
72 = 23 ∙ 32
2. Em seguida, multiplicamos os fatores primos co-
muns elevados à menor potência com que cada um
aparece nas fatorações. O resultado é o MDC procu-
rado:
MMC 30, 36, 72 = 21 ∙ 31 = 6
Dispositivo prático para calcular o MDC de dois ou
mais números. O procedimento acima tem a seguinte
forma prática de execução:
1. Alinhamos os três números, 30, 36 e 72, e dividi-
mos todos os números que podem ser divididos pelo
primeiro primo 2. Na linha de baixo anotamos cada
quociente obtido:
2. Repetimos esse procedimento com o próximo pri-
mo que divida os três quocientes e, assim, sucessi-
vamente, até que não hajam mais primos comuns:
3. Agora, multiplicamos todos os fatores primos na
coluna da direita, obtendo o m.d.c. procurado: MDC
30, 36, 72 = 2 ∙ 3 = 6
O algoritmo de Euclidade para o cálculo do MDC de
dois números ES PARA O CÁLCULO DO M.D.C. DE
DOIS NÚMEROS. Para o cálculo do MDC de dois nú-
meros, existe um dispositivo extremamente rápido e
econômico. Trata-se do algoritmo de Euclides, que
descrevemos, agora, para calcular o MDC de 305 e
360.
1. Dividimos o maior número, 360, pelo menor, 305,
obtendo resto 55, posicionando o resto abaixo do
divisor:36030555
2. Em seguida, transportamos o resto 55 para o lado
direito de 305 e dividimos o 305 por 55, posicionando
o novo resto abaixo do 55:
3. Repetimos esse procedimento, transportando o
novo resto 30 para o lado direito de 55 e dividimos o
55 por 30, posicionando o novo resto abaixo do 30. E
continuamos assim, sucessivamente, até obter o pri-
meiro resto 0:
4. O penúltimo resto obtido, ou seja, o resto anterior
ao primeiro resto 0, é o m.d.c. dos dois números ini-
ciais: MDC (305, 360) = resto anterior ao 0 = 5.
Números primos entre si ou primos relativos. Dois
números inteiros são ditos primos entre si, ou primos
relativos, se o m.d.c. entre eles é 1. É o caso de 10 e
21. Como mdc (10, 21) = 1, então 10 e 21 são primos
entre si.
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Propriedade fundamental do MDC. Todo divisor
comum de dois ou mais números inteiros é divisor do
MDC destes números.
Exemplo: 3 é divisor comum de 30, 36 e 72. Observe
que 3 também é divisor de 6, o MDC destes três nú-
meros.
EXERCÍCIOS
11. Emerson machucou seu joelho praticando
esportes e precisa tomar um anti-inflamatório de 8
em 8 horas, colocar gelo a cada 6 horas e passar uma
pomada de 4 em 4 horas. No dia 07 de fevereiro des-
te ano às 10 horas, ele colocou gelo, tomou o anti-
inflamatório e passou a pomada. Cumprindo os horá-
rios prescritos, ele tornou a fazer os três procedimen-
tos juntos novamente no dia 08 de fevereiro deste
ano às
A 10 horas.
B 14 horas.
C 16 horas.
D 18 horas.
E 22 horas.
12. Marcelo viaja ao exterior uma vez a cada 15
meses. A última vez que Marcelo viajou ao exterior
foi em agosto de 2019. A próxima vez em que Marce-
lo viajará ao exterior em agosto se dará no ano de
A 2027
B 2023
C 2024
D 2026
E 2025
13. Se o número 25 é divisível por 5, considere os
itens abaixo.
I- 25 é múltiplo de 5; II- 5 é múltiplo de 25; III- 5 é o
divisor de 25.
Dos itens acima,
A Apenas o item I está correto.
B Apenas o item II está correto.
C Apenas o item III está correto.
D Apenas os itens I e II estão corretos.
E Apenas os itens I e III estão corretos.
14. Analise as alternativas e assinale a que re-
presenta o resultado do MMC entre os números 10,
20 e 40.
A 10
B 20
C 30
D 40
15. O valor do mdc (504,540) é:
A 2.
B 6.
C 8.
D 18.
E 36.
GABARITO
11 - A
12 - C
13 - C
14 - D
15 - E
AULA 03
FRAÇÕES
Fração é, basicamente, uma representação das par-
tes iguais de um todo. Isso quer dizer que a fração
determina a divisão de partes iguais sendo que cada
uma integra um número inteiro.
Nas frações, o número que fica embaixo – ou seja,
aquele que representa o total – é chamado de de-
nominador. Já o número que fica em cima – que re-
presenta a porcentagem do todo – é chamado de
numerador.
Propriedades
1. Fração própria
Fração própria é toda aquela em que o numerador é
menor que o denominador. Isso significa que repre-
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senta um número menor que um inteiro. Como por
exemplo: 2/8.
2. Fração imprópria
São frações em que o numerador é maior que o de-
nominador. Isso significa que representa um número
maior que um inteiro. Como por exemplo: 5/3.
3. Fração aparente
São frações em que o numerador é múltiplo do de-
nominador, ou seja, representa um número inteiro
escrito em forma de fração. Como por exemplo: 9/3
= 3.
4.Fração mista
São frações constituídas por uma parte inteira e uma
fracionária, representada por números mistos. Como
por exemplo: 1 2/5 (um inteiro e dois quintos).
operações com fração
O mais importante sobre as frações é saber como
utilizá-las para fazer operações matemáticas básicas,
como adição, subtração, divisão e multiplicação.
Confira a seguir como fazer cada uma dessas opera-
ções:
Soma de frações
Para fazer uma operação de adição entre frações, é
necessário identificar se os denominadores das duas
frações são iguais. Se forem, basta repetir o denomi-
nador e somar os numeradores.
Se os denominadores forem diferentes, antes de
somar deve-se transformar as frações em frações
equivalentes de mesmo denominador. Para isso, cal-
culamos o MMC (Mínimo Múltiplo Comum) entre os
denominadores das frações a serem somadas.
O valor do MMC passa a ser o novo denominador das
frações. Após isso, deve-se dividir o MMC encontrado
pelo denominador da fração e o resultado dessa ope-
ração é multiplicado pelo numerador de cada fração
e esse valor passará a ser o novo numerador.
Subtração de frações
A subtração de frações funciona da mesma forma
que a adição, ou seja, é necessário verificar se os
denominadores são iguais ou não. Se o denominador
for igual, basta repetir o denominador e subtrair os
numeradores.
Divisão de frações
A divisão de frações é feita multiplicando a primeira
fração pelo inverso da segunda, ou seja, inverte-se o
numerador e o denominador da segundafração.
Multiplicação de frações
A multiplicação de frações é feita multiplicando os
numeradores entre si, bem como seus denominado-
res.
Frações equivalentes
As frações equivalentes são frações que representam
a mesma quantidade. As frações 1/2, 2/4 e 4/8 são
equivalentes, por exemplo. Para encontrar frações
equivalentes, é necessário multiplicar o numerador e
o denominador por um mesmo número natural, dife-
rente de zero.
Simplificação de frações
A simplificação de frações consiste em reduzir o nu-
merador e o denominador por meio da divisão pelo
máximo divisor comum (MDC) aos dois números.
Uma fração está totalmente simplificada quando
verificamos que seus termos estão totalmente redu-
zidos a números que não possuem termos divisíveis
entre si. Quando isso acontece, ela é chamada de
fração irredutível.
Números decimais
Os números decimais têm como principal caracterís-
tica a presença da vírgula. Assim como os números
inteiros, os decimais também utilizam o sistema de
numeração decimal, ou seja, podemos diferenciar os
https://escolakids.uol.com.br/matematica/numeros-negativos.htm
https://escolakids.uol.com.br/matematica/numeros-negativos.htm
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números pela posição em que os algarismos se en-
contram.
Os números decimais aparecem com frequência em
nosso cotidiano, como ao realizar compras em um
supermercado ou abastecer um carro. Assim, é im-
portante entender como funciona o sistema de posi-
ção e, consequentemente, a nomenclatura desses
números. Veja os exemplos:
Vamos analisar o número 5,4561.
5 → Parte inteira
4 → Décimos
5 → Centésimos
6 → Milésimos
1 → Décimo de Milésimos
Veja que o algarismo 5 aparece duas vezes no núme-
ro, entretanto, ele representa quantidades diferen-
tes. O 5 (parte inteira) indica 5 unidades, enquanto os
números que estão à direita da vírgula representam
frações de um inteiro. Assim, a leitura do número
deve ser feita da seguinte maneira:
Cinco inteiros, quatro mil, quinhentos e sessenta e
um décimo de milésimos
Operações com números decimais
Adição
A adição de números decimais é definida assim como
a adição de números inteiros. Devemos somar parte
inteira com parte inteira, décimos com décimos, cen-
tésimos com centésimos e assim sucessivamente. Em
outras palavras, devemos colocar vírgula abaixo de
vírgula. Veja o exemplo:
Subtração
A subtração entre dois números decimais se dá da
mesma forma que a adição de números inteiros.
Operamos parte inteira com parte inteira, décimos
com décimos, e assim sucessivamente. Veja o exem-
plo:
Multiplicação
A multiplicação entre dois números decimais é reali-
zada de maneira semelhante à multiplicação de nú-
meros inteiros. Ao final somamos a quantidade de
casas decimais dos dois números e colocamos essas
casas decimais no resultado.
Divisão
Para realizar a divisão entre números decimais, preci-
samos igualar as casas decimais multiplicando os dois
números por potências de dez, ou seja, dez, cem, mil
e assim por diante. Após as casas decimais estarem
iguais, a divisão é realizada da mesma maneira que a
de números inteiros.
Números decimais em fração
Para escrever um número decimal na sua forma fra-
cionária, devemos conservar número sem a vírgula
no numerador da fração e colocar a potência de
base 10 no denominador, ou seja, devemos colocar
os números dez, cem, mil e assim por diante de acor-
do com a quantidade de casas decimais que “anda-
mos” para tornar o número decimal um número in-
teiro. Veja o exemplo:
https://escolakids.uol.com.br/matematica/operacao-da-adicao.htm
https://escolakids.uol.com.br/matematica/operacao-da-subtracao.htm
https://escolakids.uol.com.br/matematica/multiplicacao.htm
https://escolakids.uol.com.br/matematica/divisao-com-virgula.htm
https://escolakids.uol.com.br/matematica/o-que-e-fracao.htm
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Vamos transformar o número 0,43 em sua forma
fracionaria. Observe que o número sem a vírgula é
escrito da seguinte maneira: 043, ou seja, 43. Veja
também que, para ignorarmos a vírgula, foi necessá-
rio “andar” duas casas decimais, logo devemos dividir
o 43 por 100.
Fração geratriz
Dízimas periódicas
Dízima é toda fração cuja divisão não resulta em um
número decimal exato, ou seja, a divisão da fração irá
gerar um número com infinitas casas decimais. Veja
alguns exemplos:
0,34567...
2,33333...
0,345345...
0,222222...
A dízima periódica simples é dada pela repetição de
termos numéricos nas casas decimais. Sendo assim,
uma dízima periódica apresenta repetições de termos
numéricos depois da vírgula, esses termos determi-
nam o período. Veja:
2,555... Período igual a 5
1,235235... Período igual a 235
0,323232... Período igual a 32
Já a dízima não periódica não possui período. Obser-
ve:
2,326598..... Não possui período
25,12032569.... Não possui período
0,02069875... Não possui período
Vamos agora explicar um método prático para encon-
trar a fração geratriz. Caso tenha interesse em
aprender o método tradicional clique aqui: Geratriz
de uma dízima periódica.
Para utilizar esse método prático o primeiro passo é
identificar o período da dízima periódica. Veja:
Dízima periódica: 0,222...
Período igual a 2
No segundo passo devemos montar a fração geratriz.
O numerador será o valor numérico do período, já o
denominador será 9. A quantidade de noves no de-
nominador é determinada pela quantidade de termos
numéricos que compõem o período.
A dízima periódica 0,222... possui um período, então
o numerador da fração será o número 2 e o denomi-
nador possuirá somente um 9, porque temos somen-
te um algarismo que representa o numerador. Logo:
0,222...= 2
9
A fração encontrada é a geratriz, ou seja, quando
dividimos 2 por 9 geramos o valor de 0,222....
Vamos fazer mais alguns exemplos para que fique
bem entendido.
Encontre a fração geratriz das dízimas periódicas
abaixo.
a) 0,3333...
b) 0,120120...
c) 2,3737...
Resposta
a) Dízima periódica: 0,3333...
período: 3
Numerador: 3
Denominador: 9, pois o numerador é representado
por somente um algarismo.
Fração geratriz: 3
9
O número e o denominador são divisíveis por 3. Po-
demos então simplificar a fração geratriz:
3 : 3 = 1
9 : 3 3
Caso queira verificar se 1/3 é, de fato, a fração que
gera o número decimal 0,333... basta dividir 1 por 3.
b) Dízima periódica: 0,120120...
período: 120
Numerador: 120
Denominador: 999, pois o numerador é representado
por 3 algarismos.
Fração geratriz: 120
999
O numerador e o denominador são divisíveis por 3.
Simplificando a fração geratriz por 3 temos que:
120 = 40
999 333
c) Dízima periódica: 2,3737...
Essa dízima periódica possui um número inteiro que é
2. Para encontrar a fração geratriz dessa dízima basta
separarmos a parte inteira da decimal numa soma e
https://brasilescola.uol.com.br/matematica/geratriz-uma-dizima-periodica.htm
https://brasilescola.uol.com.br/matematica/geratriz-uma-dizima-periodica.htm
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aplicarmos o método prático para encontrar a fração
geratriz na parte decimal. Veja:
2,3737... = 2 + 0,3737... =
Período: 37
Numerador: 37
Denominador: 99, pois o numerador é representado
por 2 algarismos.
Fração geratriz: 37
99
Agora substituímos, na soma, o valor decimal pela
fração geratriz:
2,3737... = 2 + 0,3737... = 2 + 37
99
Faça com que os termos da soma tenha o mesmo
denominador, em seguida some os numeradores.
2,3737.. = 2 + 0,3737.. = 2 x 99+ 37 = 198 + 37 = 235
1 x 99 99 99 99
Afração geratriz para a dízima periódica 2,3737... é:
2,3737... = 235
99
EXERCÍCIOS
16. Na Padaria Estrela, um bolo inteiro confeita-
do custa R$ 116,00. Gisele comprou 3/4 desse bolo e
pagou por essa parte do bolo o valor de
A R$ 85,00.
B R$ 87,00.
C R$ 88,00.
D R$ 90,00.
E R$ 92,00.
17. Do número total de questões de uma prova
de certo concurso, Isa acertou 5/6 e Ana acertou 3/5 .
Se Isa acertou 14 questões a mais que Ana, então o
número de questões que Ana acertou é
A 50.
B 46.
C 40.
D 36.
E 30.
18. Fração é o termo utilizado quando alguma
coisa é dividida através da razão de dois números
inteiros. Assinale a alternativa cujo conteúdo cor-
responde à fração mista do termo: 27/5
A 5 2/5
B 5,4
C 3 9/5
D 5,2
19. Uma telefonista de uma loja gastou 9 horas
para entrar em contato com 3/7 do total de clientes
da loja. Se a capacidade operacional de uma outra
telefonista for o dobro da capacidade da primeira, o
esperado é que essa ultima telefonista, seja capaz de
entrar em contato com o restante dos clientes em:
A 4 horas
B 5 horas
C 6 horas
D 7 horas
20. Uma certa quantidade de processos foi divi-
dida entre 4 auxiliares administrativos de modo que
cada um recebesse 1/3 da quantia recebida pelo an-
terior. Se o terceiro auxiliar recebeu 12 processos, o
total distribuído foi de:
A 156
B 158
C 160
D 162
21. A alternativa que contém o resultado da sim-
plificação de 15/75 é:
A 1/5
B 3/7
C 3/2
D 30/16
E 75/15
22. Duas empresas de Pavimentação realizaram
em parceria uma obra de pavimentação das estradas
do município de Castanhal. Em uma dessas obras,
uma das empresas pavimentou 2/5 de uma estrada e
a outra , os 45 Km restantes . Em relação à referida
estrada, pode-se dizer que a sua extensão é de?
A 43 km.
B 75 km.
C 81 km.
D 98 km.
E 123 km.
23. Observe a seguinte figura, que mostra a divi-
são de uma barra em partes iguais:
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16
A parte da barra que está pintada em cinza pode ser
representada por qual número fracionário?
A 1/3
B 1/4
C 1/5
D 1/6
E 1/2
GABARITO
16 - B
17 - D
18 - A
19 - C
20 - C
21 - A
22 - B
23 - E
AULA 04
RAZÃO E PROPORÇÃO
Razão e proporção são conceitos que estão intima-
mente ligados. Dizemos que existe uma proporção ao
observar duas ou mais razões e construir uma relação
entre elas.
O conceito de razão está relacionado com o conceito
de divisão. Dizemos que a razão entre os números A e
B é o quociente A : B, ou seja, o resultado da divisão
de A por B é chamado de razão. A representação de
uma razão pode ser A : B, A/B, o próprio resultado ou
o mais usual:
A
B
A é o numerador e B é o denominador. Como exem-
plo, a razão entre os números 20 e 5 pode ser escrita:
20:5, 20/5 ou
20
5
e tem como resultado o número 4. Logo, 4 é a razão
entre 20 e 5.
Outro exemplo de razão é a porcentagem. Porcenta-
gem é uma razão que tem o denominador igual a
100.
Proporção:
Quando duas razões têm o mesmo resultado, elas
são chamadas de proporção. Portanto, tem-se uma
proporção quando é observada a igualdade entre
duas ou mais razões. Assim, se a razão entre A e B é
igual à razão entre os números C e D, dizemos que a
seguinte igualdade é uma proporção:
A = C
B D
Nesse caso, leia essa igualdade da seguinte maneira:
A está para B assim como C está para D. É importante
dizer ainda que A e D são chamados extremos das
proporções e B e C são chamados meios.
Propriedades:
1 – Em toda proporção, o produto entre os extremos
é igual ao produto entre os meios, ou seja, se
A = C
B D
Então
A·D = B·C
Essa é a técnica utilizada para o cálculo de propor-
ções quando se tem apenas três dos números acima
e é necessário descobrir o quarto. Por essa razão,
esse cálculo é chamado de regra de três.
2 – Em toda proporção, é possível trocar os extremos
de lugar. Dessa maneira, as igualdades a seguir são
verdadeiras.
A = C
B D
D = C
B A
3 – Em toda proporção, é possível trocar os meios de
lugar. Essa propriedade funciona exatamente como a
anterior.
4 – Em toda proporção, é possível inverter as duas
razões ou trocá-las de lugar. Portanto, as igualdades
abaixo são verdadeiras e equivalentes.
A = C
B D
B = D
A C
D = B
C A
A imagem abaixo é resultado de proporções e de suas
propriedades. Ela é feita a partir de uma curva, cha-
mada proporção áurea. Os povos antigos acredita-
vam que qualquer imagem feita tendo como base a
proporção áurea seria uma imagem perfeita. Por isso,
https://escolakids.uol.com.br/regra-tres.htm
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essa curva acabou sendo utilizada como sinônimo de
perfeição.
Representação geométrica de proporção utilizada
como sinônimo de perfeição
Isso ocorre porque a construção da proporção áurea
é feita com base em retângulos. A proporção em que
essa curva “corta” cada retângulo é sempre a mesma.
Grandezas:
Grandeza é qualquer coisa que pode ser medida ou
contada. Dizemos que duas grandezas são proporcio-
nais quando duas razões entre elas, tomadas respei-
tando a mesma ordem, são iguais. Por exemplo: em
uma fábrica, 6 funcionários produzem 70 sapatos por
dia. Em dois dias, serão 140 sapatos produzidos, pois,
dobrando o tempo de trabalho, dobra-se a produção.
Dessa maneira, a razão de sapatos produzidos por
dias trabalhados pode ser escrita:
70 = 140 = 70
1 2
Cálculos:
Com esse conhecimento, é possível descobrir um
valor de duas grandezas proporcionais tendo apenas
outros três valores em mãos. Por exemplo: em uma
fábrica, 70 funcionários produzem 400 sapatos por
hora. Quantos funcionários serão necessários para
produzir 1600 sapatos por hora?
Escreva a proporção: 70 funcionários está para 400
sapatos assim como x funcionários está para 1600
sapatos. O número de funcionários necessários para
a nova produção de sapatos é desconhecido e, por
isso, representado pela letra x.
70 = x
400 1600
Lembre-se: o produto dos extremos é igual ao produ-
to dos meios, portanto:
70·1600 = 400x
400x = 112000
x = 112000
400
x = 280
Serão necessários 280 funcionários para a produção
de 1600 sapatos.
EXERCÍCIOS
24. Sabendo que o dia tem 24 horas, quanto vale
7/50 de um dia?
A 3 horas, 21 minutos e 6 segundos.
B 3 horas, 35 minutos e 36 segundos.
C 2 horas, 30 minutos e 36 segundos.
D 2 horas, 35 minutos e 6 segundos.
E 3 horas, 20 minutos e 32 segundos.
25. A planta de uma cidade do interior está de-
senhada na escala de 1:5.000. Ao fazer a represen-
tação, em um desenho de mesma escala, de uma
tubulação enterrada de 120 metros de extensão, é
CORRETO afirmar que o comprimento da tubulação
no desenho será de:
A 2,4 cm.
B 6,0 cm.
C 24 cm.
D 60 cm.
26. O comprimento do desenho de uma ferra-
menta é 3/8 o comprimento da ferramenta real. Se
o comprimento do desenho da ferramenta é 15 cm,
o comprimento real da ferramenta, em metros, é
de:
A 0,60 m.
B 0,40 m.
C 0,50 m.
D 0,80 m.
27. Em uma escola, a razão entre alunos e alunas
é 4:5. Se o número de alunas excede o número de
alunos em 25, então o número total de alunos nesta
escola é:
A Maior que 300.
B Maior que 250 e menor que 300.
C Maior que 200 e menor que 250.
D Maior que 150 e menor que 200.
E Menor que 150.
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28. Em uma cidade existem 4.800 barracos. Após
uma ação da prefeitura, 1/8 deles são demolidos.
Após um mês, 1/3 dos barracos remanescentes são
demolidos.
Se durante o período de demolição dos barracos ne-
nhum outro foi construídos, temos que o número de
barracos ao final das demolições é igual a:
A 2000.
B 2400.
C 2800.
D 3000
E 3200.
29. Um exército perde 80 soldados por hora em
uma batalha. Se o exército tem 2500 soldados,em
quanto tempo o exército não terá mais soldados?
A 31 horas e 15 minutos
B 31 horas e 10 minutos
C 31 horas e 5 minutos
D 31 horas
E 30 horas e 45 minutos
30. Já viajei 3/5 do total da distância de uma
viagem que estou fazendo e ainda estão faltando 720
km. O total de km da minha viagem é:
A 1.680 km
B 1.720 km
C 1.760 km
D 1.800 km
31. Três professores receberam a tarefa de corri-
gir 1.008 redações. Decidiram dividir o total das reda-
ções entre eles, em partes diretamente proporcionais
a idade de cada um. Se o primeiro tem 24 anos, o
segundo 28 anos, e o terceiro 32 anos, o número de
redações que o segundo recebeu foi de:
A 288
B 336
C 384
D 402
32. O valor de “x” na proporção é:
A
B
C
D
E
GABARITO
24 - A
25 - A
26 - B
27 - C
28 - C
29 - A
30 - D
31 - B
32 - E
AULA 05
Algarismos Romanos
Os números romanos foram durante muito tempo a
principal forma de representação numérica na Euro-
pa. Os números eram representados a partir de letras
do próprio alfabeto dos romanos. Esse sistema nu-
mérico associava uma letra a uma quantidade fixa, de
acordo com a tabela a seguir:
Os números romanos devem ser escritos de acordo
com algumas regras:
Na numeração romana, as letras são escritas uma ao
lado da outra. Quando temos uma letra maior segui-
da de uma menor somamos os valores, observe:
VI = 5 + 1 = 6
XII = 10 + 2 = 12
LV = 50 + 5
CCL = 100 + 100 + 50 = 250
MCCXI = 1 000 + 100 + 100 + 10 + 1 = 1211
DXX = 500 + 10 +10 = 520
MDCL = 1000 + 500 + 100 + 50 = 1650
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Quando temos uma letra menor seguida de uma
maior, subtraímos o valor da maior pelo valor da
menor, veja:
IV = 5 – 1 = 4
IX = 10 – 1 = 9
XL = 50 – 10 = 40
XC = 100 – 10 = 90
CM = 1 000 – 100 = 900
Obs.:
A letra I somente aparecerá antes do V e do X.
A letra X somente aparecerá antes do L e do C
A letra C somente aparecerá antes do D e do M.
As letras I, X, C e M somente podem ser escritas se-
guidamente por três vezes.
III = 1 + 1 +1 = 3
XXX = 10 + 10 + 10 = 30
LXX = 50 + 10 + 10 = 70
MM = 1 000 + 1 000 = 2 000
CCC = 100 + 100 + 100 = 300
CCX = 100 + 100 + 10 = 210
Algumas letras do algarismo romano são escritas com
o sinal de um traço, eles representam que os valores
devem ser multiplicados por 1.000, 1.000.000 e assim
respectivamente.
Observe:
Os números romanos não são indicados nas questões
relacionadas a cálculos matemáticos como adição,
subtração, multiplicação e divisão. Atualmente eles
são utilizados em nomes de papas e reis, representa-
ção de séculos, relógios, capítulos e páginas de livros
entre outros.
Sistema métrico
O sistema métrico usado por cientistas, médicos e
matemáticos é o mais usado em todo o mundo, in-
clusive é o oficial do Brasil. Esse sistema foi criado na
época da Inconfidência Mineira, por cientistas france-
ses que queriam um sistema de medidas menos arbi-
trárias, e que não pudessem ser perdidas. Para esco-
lher essa unidade de comprimento, eles mediram a
distância do Equador ao Pólo Norte. Dividiram essa
distância por 10.000.000 e marcaram essa distância
numa barra. A essa unidade, eles deram o nome de
metro.
Imagem: Reprodução/ internet
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AULA 06
Sistema métrico decimal
Nesse sistema, as unidades são divididas em décimos,
centésimos e milésimos, acrescentando-se os prefi-
xos deci, centi e mili à metro. São menores que o
metro em 10, 100 e 1000 vezes, respectivamente.
1 decímetro (dm) = 0,1 metros
1 centímetro (cm) = 0,01 metros
1 milímetro (mm) = 0,001 metros
Do mesmo modo, os múltiplos que são 10, 100 e
1000 vezes maior que a unidade fundamental, o me-
tro, receberam os nomes a partir da adição do prefixo
deca, hecto e quilo.
1 decâmetro (dam) = 10 metros
1 hectômetro (hm) = 100 metros
1 quilômetro (km) = 1000 metros
Mudança de unidade
Para mudar de uma unidade a outra, basta trocar a
posição da vírgula, ou acrescentar zeros ao valor.
1,20 metros = 120 centímetros
120 metros = 0,120 quilômetros
120 metros = 1,20 hectômetros
Cuidado com o sistema de medidas inglês, uma vez
que muitos produtos importados possuem estas ca-
racterísticas. Para passar das medidas inglesas para o
sistema brasileiro, utilize essas relações:
1 polegada = 2,54 cm
1 pé = 30,5 com
1 jarda = 0,92 m
Volume
No sistema métrico, nós medimos o volume em me-
tros cúbicos (m³), centímetros cúbicos (cm³) ou decí-
metros cúbicos (dam³).
1 m³ = 1000 dm³
1 dm³ = 1000 cm³
O litro é a unidade de medida equivalente ao decíme-
tro cúbico ou a 1.000 centímetros cúbicos.
AULA 07
Medidas de Tempo
A forma como a Terra gira em torno do seu próprio
eixo é tão uniforme que serve como relógio. Ao con-
trário do que parece, não é o Sol que gira em torno
da Terra. O tempo decorrido de um dia equivale a 24
horas, 1.440 minutos ou 86.400 segundos. Para iden-
tificar a relação entre essas medidas, observe:
1 hora = 60 minutos
60 minutos = 3600 segundos
3600 segundos = 1 hora
EXERCÍCIOS
33. Numa prova havia 15 questões de língua
portuguesa, 15 de matemática e 10 de conhecimen-
tos específicos. Um candidato resolveu dividir o tem-
po de duração de 3 horas dessa prova pelo número
de questões. O tempo que ele encontrou para cada
questão foi
A 4 min e 10 s.
B 4 min e 20 s.
C 4 min e 25 s.
D 4 min e 30 s.
E 4 min e 45 s.
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34. André comprou uma lona retangular para
toldo de 2,5 m de comprimento por 2,0 m de largura.
Pagou o total de R$ 1.050,00. O valor do metro qua-
drado da lona desse toldo é
A R$ 175,00.
B R$ 180,00.
C R$ 190,00.
D R$ 200,00.
E R$ 210,00.
35. Paola compra verduras e legumes de uma
empresa que faz entregas em domicílio. Ela recebeu a
seguinte tabela com as ofertas da semana:
Paola comprou 0,8 Kg de banana prata, 2 Kg de laran-
ja pera e um mamão de 2,1 Kg. A compra de Paola
totalizou o valor de
A R$ 15,16.
B R$ 16,60.
C R$ 17,60.
D R$ 19,16.
E R$ 20,60.
36. Letícia usa lentes de contato nos dois olhos.
No estojo onde ela guarda as lentes para dormir,
deve colocar 3 mL de um produto para cada lente.
Letícia comprou um recipiente desse produto com
120 mL. Se ela utilizar as lentes todos os dias e seguir
a recomendação da quantidade de produto correta-
mente, o número de dias que o produto desse recipi-
ente durará é igual a
A 40.
B 35.
C 30.
D 25.
E 20.
37. Clara fará coquetel de frutas para uma festa.
Para cada rascunho 20 convidados, Clara calculou 2,5
litros dessa bebida. Sabendo-se que para essa festa
foram convidadas 58 pessoas, o total de coquetel de
frutas que Clara fará é de
A 6,0 L a 6,5 L.
B 6,5 L a 7,0 L.
C 7,0 L a 7,5 L.
D 7,5 L a 8,0 L.
E 8,0 L a 8,5 L
GABARITO
33 - D
34 - E
35 - A
36 - E
37 - C
ÁLGEBRA
AULA 08
Teoria dos conjuntos
Denomina - se conjunto toda e qualquer coleção de
elementos. Estes elementos podem ser números,
objetos, figuras, pessoas, animais e tudo o que po-
demos ordenar, catalogar ou reunir em grupos de
seus elementos. Por exemplo: Se quisermos construir
o conjunto de crianças de uma classe que possuam
exatos 10 anos de idade, podemos dizer que o con-
junto é composto pelos alunos Pedrinho, Joãozinho,
Mariazinha, ..., e todos os alunos que tenham 10 anos
de idade na classe. Matematicamente, quase sempre
os conjuntos serão compostos por números e que
dependam de algumas condições. Por exemplo: O
conjunto dos números Reais, o conjunto dos números
Inteiros, o conjunto dos números maiores do que 2 e
menores do que 7, e muito mais.
Conjunto finito
Esse tipo de conjunto representa uma quantidade
limitada de elementos. Por exemplo, o conjunto dos
números compreendidosentre 1 e 10 será represen-
tado da seguinte maneira: {x / 1 < x < 10} ou {2, 3, 4,
5, 6, 7, 8, 9}
Conjunto infinito
Apresenta uma quantidade infinita (ilimitada de ter-
mos). Por exemplo:
O conjunto dos reais é considerado um conjunto infi-
nito, pois não possui fim.
https://www.infoescola.com/matematica/numeros-reais/
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O conjunto dos números inteiros também é conside-
rado infinito.
Conjunto Unitário
Esse conjunto é caracterizado por possuir apenas um
único elemento. Por exemplo:
O conjunto dos números naturais compreendidos
entre 0 e 2. Nesse caso existe somente um elemento,
o 1. Representamos por {1}.
O conjunto dos números inteiros compreendidos
entre –3 e –1. Entre os números –3 e –1 existe ape-
nas o número inteiro –2. Portanto, a representação
deste conjunto unitário é {–2}.
Conjunto Vazio
O conjunto vazio não possui nenhum elemento, a sua
representação pode ser feita utilizando duas simbo-
logias: { } ou Ø. Por exemplo:
O conjunto dos números naturais antecessores ao 0
(zero) é considerado vazio, pois nos números naturais
não existe antecessor de zero.
O conjunto dos números fracionários existentes no
conjunto dos números inteiros é considerado um
conjunto vazio, pois não existem frações dentre os
números inteiros.
Conjunto Universo
É o conjunto representativo de todos os elementos
da conjuntura na qual estamos trabalhando, e tam-
bém de todos os conjuntos relacionados. Na repre-
sentação do conjunto universo utilizamos a letra
maiúscula U.
Subconjuntos
Note que no exemplo 1, os elementos do conjunto A estão
contidos nos números Naturais, dizemos então que o con-
junto A é um Subconjunto dos números Naturais, ou seja,
o conjunto A está contido no conjunto ℕ. Escrevemos
então:
A⊂N
A relação básica entre um conjunto e o elemento que
o compõe é chamada de relação de pertinência, ou
seja, definimos um conjunto quando existe uma regra
que permite decidir se um elemento pertence ou não
a ele. Se um elemento x pertence a um conjunto (ou
coleção) A, dizemos que x pertence a A. Formalmente
escrevemos:
x∈A
E quando x não é um elemento deste conjunto, dize-
mos que x não pertence a A:
x∉A
A maioria dos conjuntos em matemática não possu-
em uma definição para todos os seus elementos, logo
a forma mais fácil de definir um conjunto é utilizando
uma propriedade comum para todos os seus elemen-
tos, ou seja, uma lei que consiga ser associada a to-
dos os elementos que o compõe. Vejamos abaixo
alguns conjuntos numéricos usuais:
Conjunto dos números naturais
Denotamos por N o conjunto dos números naturais
que são:
N={1,2,3,4,…}
Observe que cada elemento desse conjunto (a partir
do 1) é igual à soma do seu antecessor com 1. Por
exemplo, 3=2+1, 4=3+1 e assim por diante.
Conjunto dos números inteiros
A partir da necessidade de se obter o valor da dife-
rença, por exemplo, 2-4, nasceu o conjunto dos nú-
meros inteiros, que é indicado por Z.
Esse conjunto engloba os números naturais, o zero e
os números negativos, que são resultados da diferen-
ça entre dois naturais cuja solução não se encontra
em N:
Z={…,−3,−2,−1,0,1,2,3,4,…}
Observe que todo número natural é um número in-
teiro, porém a recíproca não é verdadeira.
Subconjuntos de Z
Podemos formar, a partir do conjunto dos números
inteiros, os seguintes subconjuntos:
Números inteiros diferentes de zero:
Z∗={…,−3,−2,1,1,2,3,…}
Números inteiros positivos:
Z+={0,1,2,3,…}
Números inteiros positivos e diferentes de zero:
Z∗+={1,2,3,…}
Números inteiros negativos:
Z−={…,−3,−2,−1}
Conjunto dos números racionais
Um número será racional se ele puder ser escrito em
forma de uma fração de números inteiros. Por exem-
plo, são números racionais:
3/5,−2/5,1000/1,−993/23
Note que todo número inteiro (e, portanto, todo
número natural) também é um número racional.
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Como a fração é uma representação de uma divisão,
podemos escrever, por exemplo, o número 2 através
da divisão entre 4 e 2, isto é:
2=4/2
Mais genericamente, todo número inteiro n, quando
dividido por 1, é igual a ele mesmo, ou seja:
n=n/1
Logo, todo número inteiro é um número racional.
As dízimas periódicas também são números racio-
nais, uma vez que elas podem ser reescritas através
de frações de números inteiros:
0,333…=1/3
Assim, indicamos por Q o conjunto dos números ra-
cionais:
Q={p/q,p,q∈Z,q≠0}
Subconjuntos de Q
De maneira similar, podemos construir os seguintes
subconjuntos de Q:
Números racionais diferentes de zero: Q∗
Números racionais positivos: Q+
Números racionais positivos e diferentes de zero:
Q∗+
Números racionais negativos: Q−
Conjunto dos números irracionais
O conjunto dos números irracionais, denotado por I
ou R−Q é aquele formado por todos os números que
não podem ser escritos em forma de frações de nú-
meros inteiros, ou seja, aqueles que não são racio-
nais.
O exemplo mais conhecido de um número irracional
é o π, que vale aproximadamente 3,14 e equivale à
razão entre o comprimento de uma circunferência e
seu diâmetro:
Além disso, outros exemplos de números irracionais
são todas as raízes quadradas de números primos:
√2,√3,√5,√7,…
É evidente que ou um número é racional ou ele é
irracional.
Conjunto dos números reais
Indicamos por R o conjunto dos números reais, o
qual é formado pela união entre o conjunto dos nú-
meros racionais Q e dos irracionais I:
R=Q∪I
Observe que os conjuntos relacionam – se de seguin-
te forma:
É bastante comum ilustrarmos R através de uma reta
que chamamos de reta real, orientada para a direita.
Isto é: tomando um ponto qualquer na reta para indi-
car o número 0, então os valores à direita de 0 são
números reais positivos e à esquerda, negativos:
Subconjuntos de R
Podemos obter os seguintes subconjuntos de núme-
ros reais:
Números reais diferentes de zero: R∗
Números reais positivos: R+
Números reais positivos e diferentes de zero: R∗+
Números reais negativos: R−
Intervalo real
Um tipo de subconjunto dos números reais muito
trabalhado é o intervalo real, que pode ser dos se-
guintes tipos:
Intervalo fechado: [a,b]={x∈R∣a≤x≤b}:
Intervalo aberto: \(]a,b[=\{x\in\mathbb{R]\mid a<x<b\}\):
E há suas variações: intervalo semi-aberto (ou semi-
fechado): ]a,b]={x∈R∣a<x≤b}
E também aquelas envolvendo infinito:
]−∞,b[={x∈R∣x<b}
Ou, por exemplo, [a,+∞[={x∈R∣x≥a}
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Podemos também assumir que, se um intervalo é um
subconjunto dos números reais, é possível realizar
algumas operações entre intervalos, tais como união
e interseção de intervalos. Supondo que tenhamos
dois intervalos: [a, b] e [c, d] e que d > c > b > a.
A união dos intervalos será dada por:
[a,b]∪[c,d]={x∈R:a≤x≤b ou c≤x≤d}
E geometricamente representamos:
E a sua interseção é vazia, pois não existem elemen-
tos comuns em ambos os intervalos:
[a,b]∩[c,d]=∅
Vamos tomar um exemplo com valores. Supondo os
intervalos [1,5] e [2,7]. A sua união será:
[1,5]∪[2,7]=[1,7]={x∈R:1≤x≤7}
Se representarmos na reta, vemos que seus elemen-
tos estão ligados linearmente:
Então a sua união será a “soma” de todos os elemen-
tos de seus intervalos, resultando em um intervalo
único de 1 a 7. Porém, a sua interseção será dada
por:
[1,5]∩[2,7]=[2,5]={x∈R:2≤x≤5}
Geometricamente vemos que existe um intervalo
entre eles que é composto pelos elementos que são
comuns em ambos, no caso, o intervalo [2,5], veja:
Concluindo: Intervalos serão sempre subconjuntos
dos números reais, o que nos garante a validade de
todas as propriedades e operações da teoria dos con-
juntos. A representação geométrica de um intervalo
é muito importante pois podemos observar o com-
portamento dos intervalos,facilitando a sua classifi-
cação e as suas possíveis operações.
Operações entre conjuntos
União de conjuntos: A união (ou reunião) de conjun-
tos é a junção dos elementos de um conjunto A mais
ou elementos de um conjunto B. Podemos afirmar
então que se um elemento x pertencer a união de A
com B, então x pertence a A ou pertence a B. For-
malmente definimos:
A∪B={x:x∈A ou x∈B}
Veja abaixo uma representação no chamado diagra-
ma de Venn. A região cinza simboliza a união dos
seus respectivos elementos.
Interseção de conjuntos: A interseção de conjuntos é
formada pelos elementos que são comuns entre A e
B. Então:
A∩B={x:x∈A e x∈B}
https://www.infoescola.com/matematica/teoria-dos-conjuntos/
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Propriedades:
Conjuntos complementares
A diferença entre dois conjuntos A e B é o conjunto
formado pelos elementos de A que não pertencem a
B, formalmente dado por:
A−B={x:x∈A e x∉B}
E representado no diagrama de Venn por:
Não necessariamente B precisa estar contido em A
para que exista A – B. Sendo assim, quando A ≠ B,
nenhum elemento de A pertence a B, então A – B = A.
Quando A−B=A−(A∪B) . Quando B⊂A a diferença A –
B se chama complementar de B em relação a A. Em
notação formal dizemos:
A−B=CB A
Relações binárias: introdução
As relações binárias são basicamente relações entre
os elementos de dois conjuntos que seguem uma
propriedade. Para entendermos completamente esse
conceito precisamos nos familiarizar rapidamente
com o conceito de par ordenado, plano cartesiano e
produto cartesiano.
Par Ordenado
Pode-se entender o par ordenado como uma coleção
de dois elementos onde a ordem deles importa e
eles podem ser iguais, diferentemente do que ocorre
com os conjuntos.
Representamos o par ordenado como (a, b) e temos
que (a, b) ≠≠ (b, a), se a ≠≠ b.
Plano Cartesiano
O plano cartesiano é o plano definido por dois eixos
perpendiculares entre si, o eixo x (das abscissas) e o
eixo y (das ordenadas), que se cruzam na origem 0 =
(0,0).
É possível associar os pontos neste plano a pares
ordenados, onde o primeiro elemento do par orde-
nado corresponde à coordenada abscissa do ponto e
o segundo à coordenada ordenada. Abaixo temos o
plano cartesiano e alguns pontos com seus pares
ordenados associados.
União
A∪∅=A
A∪A=A
A∪B=B∪A
(A∪B)∪C=A∪(B∪C)
A∪B=A↔B⊂A
A∪(B∩C)=(A∪B)∩(A∪C)
Interseção
A∩∅=A
A∩A=A
A∩B=B∩A
(A∩B)∩C=A∩(B∩C)
A∩B=A↔A⊂B
A∩(B∪C)=(A∩B)∪(A∩C)
https://querobolsa.com.br/enem/matematica/conjuntos
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Produto Cartesiano
Dados dois conjuntos A e B, o produto cartesiano A x
B é definido como o conjunto de todos os pares or-
denados cujo primeiro elemento é pertencente a A e
o segundo à B.
A x B = (a,b), a ∈∈ A e b ∈∈ B6
Se A e B forem conjuntos com um número finito de
números, teremos que A x B será um conjunto de
pontos. Se um dos dois conjuntos for um intervalo
real teremos segmentos de reta ou retas. Se ambos
forem intervalos reais teremos que A x B corresponde
à regiões do plano.
Relações binárias
Vamos supor que o conjunto A = {1,2} e o conjunto B
= {3,4,5} com A,B⊂N. O produto cartesiano A x B será
dado por:
AxB={(1,3);(1,4);(1,5);(2,3);(2,4);(2,5)}
Se representarmos cada ponto de A x B geometrica-
mente no plano cartesiano (ou também chamado de
plano (x,y)) veremos que esta definição fica mais
clara, pois todos os pontos do nosso exemplo serão
indicados da seguinte forma:
Outro exemplo, um produto cartesiano dos números
reais pelos reais, ou seja, R×R é o conjunto R².
exemplo:
A = {1,3,4}; B = {3,6,8}
A x B = {(1,3), (1,6), (1,8), (3,3), (3,8), (4,3), (4,6), (4,8)}
R = {(a, b) ∈ A x B y = 2x} ⇒ R = {(3,6); (4,8)}
Graficamente temos, com os pontos vermelhos re-
presentando A x B e as bolas azuis a relação R:
Outra maneira interessante de representar a relação
binária graficamente é através do diagrama de fle-
chas. As flechas indicam os elementos de A que se
relacionam com B de acordo com a relação R. No
exemplo anterior teríamos:
https://querobolsa.com.br/enem/matematica/ponto-reta-e-plano
https://www.infoescola.com/matematica/plano-cartesiano/
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27
Exercícios:
1. Considere o conjunto A={x ∈ U | x satisfaz p}. So-
bre A podemos afirmar:
a) Se x ∈ U então x ∈ A
b) Se x ∉ A então x ∉ U
c) Se x não satisfaz p então x ∉ A
d) U ⊂ A
2. Sejam os conjuntos A = {1, 2, 3} e B = {2, 3, 5}, de-
termine o conjunto A – B.
A) { } B) {1, 5} C) {5} D) {1} E) {2, 3}
3. Considere o conjunto A = {1, 2, {3}} e assinale a
alternativa que contém um sub conjunto de A.
A) {3} B) {1, 3} C) {2, 3} D) {4, {3}} E) {{3}}
4. Leia as afirmações a seguir:
I. Os números Naturais são aqueles inteiros não posi-
tivos mais o zero.
II. Os números Irracionais são aqueles que represen-
tam dízimas periódicas.
III. Os números Reais representam a soma dos núme-
ros Racionais com os Irracionais.
Assinale a alternativa correta:
a) Somente a assertiva II está correta.
b) Somente a assertiva III está correta.
c) Somente a assertiva I está correta.
d) Somente as assertivas II e III estão corretas.
5. Considerando o conjunto universo U = {2, 4, 6, 8,
10} e os conjuntos não-vazios A e B, subconjuntos de
U, tais que B ⊂A, A U B = {6, 8, 10} e A ∩ B = {8}, pode
afirmar, CORRETAMENTE, que A é:
a) {6,8,10}
b) {4,6}
c) {4,6,8}
d) {2,6,10}
e) {6,8}
6. Dados os conjuntos:
A = {x∈R / 1 ≤ x < 10}
B = {x∈R / (x+1)(x-6) < 0}
C = {z∈R / z² = 6z}
O conjunto A ∩ (C ∪ B) é:
a) (-1, 7)
b) {3} ∪ (5, 7)
c) {0, 3}
d) (5, 7)
e) [1, 6]
7. Considere o conjunto 2,1A . Analise as afir-
mativas:
a) A1 b) A1 c) A2
8. Uma escola tem 3000 alunos e dois turnos de es-
tudo. Dentre os alunos, 1800 estudam de manhã e
1600 estudam de tarde. Quantos alunos estudam de
manhã e de tarde?
9. Assinale V ou F:
a) BABBA
b) ABBABABA
10. Numa universidade são lidos apenas dois jornais,
X e Y. 80% dos alunos da mesma leem o jornal X e
60%, o jornal Y. Sabendo-se que todo aluno é leitor
de pelo menos um dos jornais, assinale a alternativa
que corresponde ao percentual de alunos que leem
ambos:
a) 80%
b) 14%
c) 40%
d) 60%
e) 48%
11. Numa prova de matemática de duas questões, 35
alunos acertaram somente uma questão, 31 acerta-
ram a primeira, 8 acertaram as duas e 40 erraram a
segunda questão. Então, o número de alunos que
fizeram essa prova foi:
a) 43
b) 48
c) 52
d) 56
e) 60
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12. Em uma amostra de 100 empresas, 52 estão situ-
adas no Rio de Janeiro, 38 são exportadoras e 35 são
sociedade anônimas. Das empresas situadas no Rio
de Janeiro, 12 são exportadoras e 15 são sociedade
anônimas e das empresas exportadoras 18 são socie-
dade anônima. Não estão situadas no Rio de Janeiro,
nem são sociedade anônimas e nem exportadoras 12
empresas. Quantas empresas que estão no Rio de
Janeiro são sociedades anônimas e exportadoras ao
mesmo tempo?
a) 18 b) 15 c)8 d)0 e) 20
GABARITO
1 - Resolução:
Observe que a simbologia utilizada significa que para
que um elemento x pertença ao conjunto A, ele deve
pertencer ao conjunto universo U e satisfazer a pro-
priedade p.
Basta interpretar a frase acima, se x não satisfaz a
condição p ele nunca irá pertencer a A.
Resposta: C
2 - Resolução
O conjunto A – B é formado pelos elementos que
pertencem a A e não pertencem a B, ou seja, A – B =
{1}
Resposta: D
3 - Resolução
Um subconjunto de A é um conjuntoque só contém
elementos de A.
A dificuldade está em saber que o número 3 não é
um elemento de A, e sim o conjunto {3}, assim des-
cartamos as letras a, b e c.
Claramente o 4 não pertence a A, logo descartamos
também a letra d.
Nos resta a letra E, que como vimos, {3} pertence a
A, logo {{3}} é subconjunto de A.
4 - Resolução:
I. Falsa – São os positivos…
II. Falsa – Podemos ter dízimas irracionais e irracio-
nais que não são dízimas.
III. Correto – Os Reais é a união dos irracionais com os
racionais.
Resposta: B
5 - Resolução
Basta observar o desenho, que atende as informa-
ções apresentadas.
A = {6, 8, 10}
Resposta: A
6 - Resolução
O conjunto A é formado pelos números Reais maiores
ou iguais a 1 e menores que 10.
O conjunto B é formado pelos valores de x que fazem
(x+1).(x-6) < 0. Resolvendo:
x² – 6x + x – 6 < 0
x² – 5x – 6 < 0
Vamos resolver a equação x² – 5x – 6 = 0
Utilizando o método da soma e produto:
Soma = -b/c = 5/1 = 5
Produto = c/a = -6/1 = -6
A solução é o conjunto composto pelo par de núme-
ros cuja soma é 5 e o produto é -6.
Obviamente, os números que satisfazem são -1 e 6.
Se analisarmos o gráfico da função f(x) = x² – 5x – 6,
temos uma parábola com cavidade para cima (a > 0)
e com raízes -1 e 6, logo, o conjunto B é formado
pelos números Reais maiores que -1 e menores que
6.
O conjunto C é formado pelos valores de z que fazem
z² = 6z, ou seja, z = 0 ou z = 6.
Assim:
A = [1, 10[
B = ]-1, 6[
C = {0, 6}
Logo, A ∩ (C U B) = [1, 10[ ∩ ]-1, 6] = [1, 6]
Resposta: E
7) - Solução:
a) F. A1 , pois 1 (sem chaves) não está no conjunto.
b) F. A1 , pois 1 (sem chaves) não está no con-
junto.
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c) V. A2 , pois 2 (sem chaves) está no conjunto.
Comentário: Usa-se quando há uma cópia exata do
elemento dentro do conjunto. Usa-se quando o
que está dentro das chaves possui uma cópia exata
no conjunto.
8 - Solução: Sendo A o conjunto dos alunos da manhã
e B os da tarde, pelo princípio da inclusão-exclusão:
|||||||| BABABA
400||||160018003000 BABA
9 - Solução:
a) V. Subtrair B de A exclui os elementos de A que
também estão em B. Ao fazer isso mais uma vez,
nada muda, pois os elementos de B já foram excluí-
dos.
b) V. Ao subtrair a interseção da união, sobram os
elementos que estão apenas em A ( BA ) e os que
estão apenas em B ( AB ).
(Tente fazer desenhos que ilustrem as duas situa-
ções.)
10 - solução: Como ele não deu o total de aluno, va-
mos considerar que o total seja 100, para facilitar as
contas, já que as informações estão em percentual.
Sempre começamos a fazer exercícios de conjunto
pela interseção. Nesse caso, não sabemos quantos
leem os dois jornais, por isso vamos chamar de X.
Quem lê somente o jornal X será = 80 – x
E quem lê somente o jornal Y será = 60 – x
O somatório deve dar 100, pois é o total.
80 – x +x – 60 – x = 100
140 – x = 100
x = 40 => Letra c
11 - solução: Vamos começar sempre pela interseção.
No enunciado é dito, que 31 acertaram a primeira.
Então, quem acertou somente a primeiro será igual a
31-8=23
Chamaremos de y, quem acertou somente a segunda
e de z quem não acertou nenhuma.
Não sabemos quantos acertaram somente a segunda,
mas sabemos que 35 acertaram somente uma ques-
tão, então:
23 + y = 35
y = 12
Também não sabemos quantos não acertaram ne-
nhuma, mas sabemos que 40 erraram a segunda.
Quem errou a segunda, foi quem errou as duas e
quem só acertou a primeira, então:
23+Z = 40
Z = 17
Agora que sabemos todas as partes, podemos somar
para saber o total de aluno:
23+8+12+17=60
Letra E
12 - solução: Total de empresas = 100
RJ = 52
Exportadora (Exp) = 38
Sociedade Anônima (SA) = 35
RJ ∩ EXP = 12
RJ ∩ SA = 15
EXP ∩ AS = 18
Nem RJ, nem EXP, nem AS = 12
RJ ∩ EXP ∩ AS = ??
Antes de somar as partes temos que achar somente
RJ, somente EXP e somente AS:
Somente RJ = 52 – (15-x) – x – (12-x)
Somente RJ = 52 -15 + x –x -12 +x = 25 +x
Somente EXP = 38 – (12-x) – x – (18-x)
Somente EXP = 38 -12+x –x -18 +x = 8 + x
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Somente SA = 35 – (15-x) –x – (18-x)
Somente SA = 35 – 15 +x –x -18 +x = 2 + x
Agora
podemos somar tudo:
25+x + 8+x +2+x+12-x+15-x+18-x+x+12=100
92+x = 100
x = 8
Letra C
Exercícios 2
1) Analisando as carteirinhas de vacinação das
84 crianças de uma região, verificou-se que 68 rece-
beram a vacina BCG, 50 receberam vacina Penta/DTP
e 12 não foram vacinadas. A quantidade de crianças
que receberam as duas vacinas foi igual à:
A 46
B 48
C 50
D 60
2) Em certa feira, havia 17 feirantes vendendo
frutas, e 24 feirantes vendendo verduras. Sabendo-se
que havia um total de 35 feirantes e que todos esta-
vam vendendo frutas e/ou verduras, ao todo, quan-
tos deles estavam vendendo somente frutas?
A 11
B 6
C 18
D 23
3) Considerando-se o quadro abaixo de acordo
com a preferência por modelos de carros A, B e C,
marcar C para as afirmativas Certas, E para as Erradas
e, após, assinalar a alternativa que apresenta a se-
quência CORRETA:
( ) 23 pessoas gostam exclusivamente do modelo B.
( ) 24 pessoas gostam exclusivamente do modelo C.
( ) 6 pessoas gostam exclusivamente do modelo A.
( ) 38 pessoas gostam apenas de um dos modelos (A
ou B ou C).
A C - E - C - C.
B C - C - E - C
C E - C - C - E.
D E - E - E - C.
4) Seja P o conjunto dos números primos maio-
res que 1 e menores que 22.
Então, o número de subconjuntos de P com três ele-
mentos é:
A Menor que 50.
B Maior que 50 e menor que 55.
C Maior que 55 e menor que 60.
D Maior que 60 e menor que 65.
E Maior que 65.
5) Sendo P um conjunto formado por todos os
números primos entre 4 e 28 e Q um conjunto for-
mado por todos os múltiplos de dois, entre 3 e 21.
Qual será o valor da multiplicação entre a quantidade
de elementos do conjunto P pela quantidade de ele-
mentos do conjunto Q?
A 16.
B 63.
C 50.
D Nenhuma das alternativas.
6) Dados os conjuntos A = {x ∈ R / -3 ≤ x < 7}, B =
{x ∈ R / -1 ≤ x ≤ 2} e C = {x ∈ R / x ≥ 1}, o conjunto (B -
A) ∩ C é igual a:
A ∅.
B {x ∈ R / -3 ≤ x ≥ 2}.
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C {x ∈ R / -1 ≤ x ≤ 2}.
D {x ∈ R / 1 ≤ x < 7}.
E {x ∈ R / x ≥ 1}.
7) O conjunto dos números naturais é formado
por números inteiros positivos incluindo o zero, a
letra N maiúscula é utilizada para representa-lo. Assi-
nale a alternativa cujo conteúdo refere-se à um con-
junto infinito:
A O conjunto dos números naturais menores que 5.
B Um conjunto em que todo número natural tem um
sucessor.
C O conjunto das pessoas que formam a população
mundial.
D O conjunto de todas as plantas terrestres.
8) É oferecido para os 200 alunos de um colégio
duas modalidades de esportes: futebol e vôlei. Sabe-
se que 80 alunos praticam futebol, 150 praticam vôlei
e 20 não praticam nenhuma dessas modalidades. O
número de alunos que praticam apenas futebol é:
A 60.
B 50.
C 55.
D Nenhuma das alternativas.
GABARITO
1 - A
2 - B
3 - D
4 - C
5 - B
6 - A
7 - B
8 - D
AULA 09
Potenciação e radiciação
Potenciação: o que é e representação
Potenciação é a operaçãomatemática utilizada para
escrever de forma resumida números muito grandes,
onde é feita a multiplicação de n fatores iguais que se
repetem.
Representação:
Exemplo: potenciação de números naturais
Para essa situação, temos: dois (2) é a base, três (3) é
o expoente e o resultado da operação, oito (8), é a
potência.
Exemplo: potenciação de números fracionários
Quando uma fração é elevada a um expoente, seus
dois termos, numerador e denominador, são multi-
plicados pela potência.
Lembre-se!
Todo número natural elevado à primeira
potência tem como resultado ele mesmo, por
exemplo, .
Todo número natural não nulo quando elevado a
zero tem como resultado 1, por exemplo, .
Todo número negativo elevado a um expoente
par tem resultado positivo, por exemplo,
.
Todo número negativo elevado a um expoente
ímpar tem resultado negativo, por exemplo,
.
Propriedades da potenciação: definição e exemplos
Produto de potências de mesma base
Definição: repete-se a base e somam-se os expoen-
tes.
Exemplo:
Divisão de potências de mesma base
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Definição: repete-se a base e subtraem-se os expoen-
tes.
Exemplo:
Potência de potência
Definição: mantém-se a base e multiplicam-se os
expoentes.
Exemplo:
Distributiva em relação à multiplicação
Definição: multiplicam-se as bases e mantém-se o
expoente.
Exemplo:
Distributiva em relação à divisão
Definição: dividem-se as bases e mantém-se o expo-
ente.
Exemplo:
Radiciação: o que é e representação
A radiciação calcula o número que elevado à deter-
minado expoente produz o resultado inverso da po-
tenciação.
Representação:
Exemplo: radiciação de números naturais
Para essa situação, temos: três (3) é o índice, oito (8)
é o radicando e o resultado da operação, dois (2), é a
raiz.
Saiba sobre a Radiciação.
Exemplo: radiciação de números fracionários
, pois
A radiciação também pode ser aplicada às frações, de
modo que o numerador e o denominador tenham
suas raízes extraídas.
Propriedades da radiciação: fórmulas e exemplos
Propriedade I:
Exemplo:
Propriedade II:
Exemplo:
Propriedade III:
Exemplo:
Propriedade IV:
Exemplo:
Propriedade V:
, sendo b 0
Exemplo:
Propriedade VI:
Exemplo:
Propriedade VII:
Exemplo:
https://www.todamateria.com.br/radiciacao/
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Exercícios:
1) O resultado da expressão E = √ 25% + ( 10%)2
é :
A 105% B 25% C 50% D 51% E 6%
2) Em um concurso, a prova de Raciocínio
Lógico possui 20 questões, cada uma com 5 opções,
podendo o candidato escolher apenas uma. Se um
candidato responder aleatoriamente todas as
questões, a quantidade máxima de modos distintos
de ele responder esta prova é igual a:
A 520 B 205 C 5 X 20 D 20 X 19 X 18 X ... X 2 X 1 E
520 X 205
3) Calcule a potência: (3/7)²
A 2/5 B 9/22 C 13/30 D 9/49
4) Assinale a alternativa correta de acordo com
a potência (32) 3 .
A 6² B 36 C 18 D 35
5) O valor da soma 415 + 415 é:
A 430 B 230 C 231 D 815 E 830
6) Ao resolver a expressão:
Obtemos o resultado:
A 570. B 720. C 1024. D 1186.
7) Sabe-se que a diferença entre dois números
naturais, x e y, é igual a 8 e que a diferença entre os
quadrados desses números é 144.
Pode-se afirmar que √x + y é igual a:
A 3√2 B 2√3 C 2√2 D 3√3 E 6
8) Sabendo que
O valor de E vale:
A 1/5 B √5 C 25 D 125 E 5
9) Sendo x = 7√34 e y = 7√33 , escreva na forma
de um único radical a razão x/y .
A −7√3 B 7√32 C 1/7√3 D 1/3 E −1/7√3
10) Qual o resultado da simplificação da
expressão 5/√75 ?
A √3/3 . B 1/3 . C 5√3 . D 5/√3 .
GABARITO
1- D
2 - B
3 - D
4 - B
5 - C
6 -C
7 - A
8 - E
9 - C
10 - A
AULA 10
EQUAÇÕES
Equação do 1º Grau (Primeiro Grau) é nada mais do
que uma igualdade entre as expressões, que as trans-
formam em uma identidade numérica, para um ou
para mais valores atribuídos as suas variáveis.
Definição
É toda sentença aberta, redutível e equivalente a ax +
b = 0, com a ∈ R* e b ∈ R.
Ou seja, a e b são números que pertencem ao conjun-
tos dos números reais (R), com a diferente de zero e x
representa uma variável que não conhecemos (incóg-
nita).
A incógnita é o valor que precisamos achar para en-
contrar a solução para a equação. A variável que não
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conhecemos (incógnita) costumamos representá-la na
equação pelas letras x, y e z.
Numa equação do primeiro grau, o expoente da in-
cógnita é sempre 1.
Exemplo:
5 + x = 8
Essa equação se transforma numa identidade, fazen-
do:
x = 3 ⇒ 5 + x = 8 ⇒ 5 + 3 = 8 ⇒ 8 = 8 temos
uma identidade.
A letra x na equação é denominada a variável da
equação ou incógnita, enquanto que o número 3 é
chamado de solução da equação, conjunto verdade
ou raiz.
Na equação acima, o que está antes da igualdade é
chamado de primeiro membro, e o que está do lado
direito é chamado de segundo membro da equação.
Exemplo:
3x – 12 (1º membro) = 7 + x (2º membro)
Tipos de equações
As equações podem ter uma ou mais incógnitas ou
variáveis, como queira chamar:
Exemplos:
4 + 2x = 11 + 3x (uma incógnita ou uma
variável, a variável x)
y – 1 = 6x + 13 – 4y (duas incógnitas ou duas
variáveis, x e y)
8x – 3 + y = 4 + 5z – 2 (três incógnitas ou três
variáveis, x,y e z)
Observação: não importa se a variável apareceu vá-
rias vezes, o que conta é quantas variáveis diferentes
tem na equação.
Exemplo: x + 1 = x + 2, temos uma variável, o x, e não
duas, não é a quantidade que levamos em conta.
Forma normal de uma equação
Uma equação está na forma normal quando todos os
seus termos estão no primeiro membro reduzido e
ordenado segundo as potências decrescentes de cada
variável.
Exemplos:
5x – 20 = 0
Ou seja, todos os termos estão antes da igualdade (1º
membro).
Classificação de uma equação do 1º grau (primeiro
grau)
As equações algébricas podem ser racionais e irracio-
nais.
Racionais: quando a variável não tem nenhum expo-
ente fracionário, ou seja, quando a incógnita não está
sob um radical. Caso contrário, são ditas irracionais.
Exemplo:
2x – 16 = 0 (racional)
As equações racionais classificam-se em inteiras e
fracionarias. São inteiras se todos os expoentes das
incógnitas são números inteiros e positivos. Caso con-
trário, se existir uma incógnita no denominador ou,
com expoente inteiro e negativo, a equação se diz
fracionária.
Exemplo:
2x – 16 = 0 (racional inteira)
Equações equivalentes
Duas ou mais equações são equivalentes quando ad-
mitem a mesma solução ou mesmo conjunto verdade.
Exemplo:
3x – 9 = 0 ⇒ admites 3 como solução (ou
raiz)
4 + x = 7 ⇒ admite 3 como solução (ou raiz)
Então podemos dizer que estas equações são equiva-
lentes.
Equações numéricas
É a equação que não tem nenhuma outra letra dife-
rente a não ser a das incógnitas.
Exemplo:
x – 5 = -2x + 22
Equações literais
Toda equação que contém outra letra, além das que
representam as variáveis.
Exemplo:
3ax – 5 = ax + 4 (variável é x)
Equações possíveis e determinadas
São as equações que admitem um número finito de
soluções que, neste caso, por ser uma equação do 1º
grau só admite uma única solução.
Exemplo:
x – 2(x + 1) = -3 (admite somente o número 1
como solução)
S = V = {1} conjunto unitário (conjunto que
possui somente um elemento)
https://matematicabasica.net/numeros-racionais/
https://matematicabasica.net/numeros-irracionais/
https://matematicabasica.net/numeros-irracionais/
https://matematicabasica.net/radiciacao/
https://matematicabasica.net/numeros-inteiros/NIVELAMENTO 2021 – TOP EDUCACIONAL
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Equações possíveis e indeterminadas
Equações que admitem infinitas soluções, ou seja, um
número infinito de soluções. Também denominada de
identidades. Seu conjunto verdade é representado
pelos números reais.
V = S = R (conjunto de todos os números reais)
Exemplo:
5x – 2y = 105 (admite infinitas soluções)
Equações impossíveis
São todas as equações que não admitem soluções.
Seu conjunto solução é o conjunto vazio
Exemplo:
x + 2 = x + 3 ⇒ x – x = -2 + 3 ⇒ 0 = 1
Não forma uma igualdade. Conjunto solução ou con-
junto verdade é: V = S = {} = Ø (vazio)
Como resolver uma equação de primeiro grau?
Para resolver uma equação do primeiro grau deve-se
levar em consideração que ao mudarmos as variáveis
(incógnitas) e os valores numéricos de posição na
equação, a igualdade deve continuar sendo verdadei-
ra.
Também devemos ficar atento com o sinal de cada
variável ou valor numérico, pois para que a igualdade
continue valendo devemos inverter o sinal ao mudar
de lado na equação, apenas quando se trata de uma
adição ou subtração.
Dessa forma, uma multiplicação passa para o outro
lado dividindo, uma divisão passa multiplicando, uma
subtração passa somando e uma soma passa subtra-
indo. Veja:
Exemplo: Encontrar o valor de x na equação: 3x + 2 =
x + 1
Dessa forma, o valor da variável x que torna a equa-
ção verdadeira é –1⁄2.
Vamos ver outro exemplo.
Exemplo: Encontrar o valor de x para a equação: -5x =
-5
Existem duas formas de responder essa equação,
multiplicando os dois lados por -1, para tornar toda a
equação positiva ou manter o sinal e lembrar que
durante a divisão de dois números negativos o sinal
muda para positivo. Veja:
Atenção: sempre pode-se multiplicar os dois lados por
-1, apesar de ser mais útil quando o lado que possui a
incógnita for negativo.
EXERCÍCIOS
1) Júlia está em uma fila que tem, ao todo, 37
pessoas. O número de pessoas à frente de Júlia é o
dobro do número de pessoas atrás dela. O tempo
máximo de atendimento de cada pessoa da fila é de 3
minutos. Tomando como referência o início do
atendimento, Júlia será atendida, no máximo, em:
a) 1h15min.
b) 1h12min.
c) 1h10min.
d) 1h9min.
e) 1h6min.
2) Em uma instituição de ensino, 124 formandos
votaram para escolher, entre dois candidatos, o
orador da turma. Sabe-se que o eleito obteve 15
votos a mais que o seu concorrente e que houve 15
votos nulos. O aluno eleito obteve:
a) 72 votos.
b) 68 votos.
c) 65 votos.
d) 62 votos.
e) 55 votos.
3) Henrique, Boris e Bob jogaram várias partidas
de xadrez entre si. Boris ganhou 5 partidas e perdeu
3. Bob ganhou 2 partidas e perdeu 2. Henrique
ganhou 4 partidas. Não houve empates. Assinale a
opção que indica o número de partidas que Henrique
perdeu.
a) 2.
b) 3.
c) 4.
d) 5.
e) 6.
4) Marcela e Júlia fizeram depósitos mensais em
suas respectivas poupanças durante o ano de 2017.
Cada uma fez 12 depósitos iguais. Marcela depositou
R$ 120,00 mensais a menos do que Júlia. As duas
depositaram ao todo R$ 9120,00. Conclui-se que:
https://matematicabasica.net/adicao/
https://matematicabasica.net/subtracao/
https://matematicabasica.net/multiplicacao/
https://matematicabasica.net/divisao/
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a) Marcela depositou R$ 300,00 mensais;
b) Marcela depositou R$ 340,00 mensais;
c) Marcela depositou R$ 360,00 mensais;
d) Júlia depositou R$ 420,00 mensais;
e) Júlia depositou R$ 440,00 mensais.
5) O chefe de uma seção passou a um de seus
funcionários uma tarefa que consistia em ler,
registrar e arquivar um determinado número de
processos. O funcionário, depois de ter lido,
registrado e arquivado um quarto do número total de
processos, notou que se lesse, registrasse e
arquivasse mais três processos, teria completado um
terço da tarefa. O número total de processos que
compõem a tarefa completa passada, ao funcionário,
pelo chefe é de:
a) 36. b) 12. c) 24. d) 48. e) 60.
6) A soma de três números pares, positivos e
consecutivos é 330. O maior número dessa sequência
é o número a) 116. b) 108. c) 100. d) 112. e) 110.
GABARITO
1 - B
2 - D
3 - E
4 - E
5 - A
6 - D
Equação do 2º grau
A equação do segundo grau recebe esse nome por-
que é uma equação polinomial cujo termo de maior
grau está elevado ao quadrado. Também chamada de
equação quadrática, é representada por:
ax2 + bx + c = 0
Numa equação do 2º grau, o x é a incógnita e repre-
senta um valor desconhecido. Já as letras a, b e c são
chamadas de coeficientes da equação.
Os coeficientes são números reais e o coeficiente a
tem que ser diferente de zero, pois do contrário pas-
sa a ser uma equação do 1º grau.
A equação de 2º grau pode ser representada por
ax²+bx+c=0, em que os coeficientes a, b e c são nú-
meros reais, com a ≠ 0.
→ Exemplos
a) 2x2 +4x – 6 = 0 → a = 2; b =4 e c = – 6
b) x2 – 5x + 2 = 0 → a =1; b= – 5 e c = 2
c) 0,5x2 + x –1 = 0 → a = 0,5; b = 1 e c = –1
A equação do 2º grau é classificada como completa
quando todos os coeficientes são diferentes de 0, ou
seja, a ≠ 0, b ≠ 0 e c ≠ 0.
A equação do 2º grau é classificada como incompleta
quando o valor dos coeficientes b ou c são iguais a 0,
isto é, b = 0 ou c = 0.
→ Exemplos
a) 2x2 – 4 = 0 → a = 2; b = 0 e c= – 4
b) -x2 + 3x = 0 → a = – 1; b = 3 e c = 0
c) x2 = 0 → a = 1; b =0 e c =0
Atenção: o valor do coeficiente a nunca é igual a 0,
caso isso ocorra, a equação deixa de ser do 2º grau.
Como resolver equações de 2º grau?
A solução de uma equação do 2º grau ocorre, quando
as raízes são encontradas, ou seja, os valores atribuí-
dos a x . Esses valores de x devem tornar a igualdade
verdadeira, isto é, ao substituir o valor de x na ex-
pressão, o resultado deve ser igual a 0.
→ Exemplo
Considerando a equação x2 – 1 = 0 temos que x’ = 1 e
x’’ = – 1 são soluções da equação, pois substituindo
esses valores na expressão, temos uma igualdade
verdadeira. Veja:
x2 – 1 = 0
(1)2 – 1 = 0 e (–1)2 – 1 = 0
Para encontrar a solução de uma equação, é preciso
analisar se a equação é completa e incompleta e se-
lecionar qual método será utilizado.
Método de solução para equações do tipo ax²+ c = 0
O método para determinar a solução de equações
incompletas que possuem b=0 consiste em isolar a
incógnita x, assim:
https://brasilescola.uol.com.br/matematica/equacao.htm
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→ Exemplo
Encontre as raízes da equação 3x2 – 27 = 0.
Se quiser saber mais sobre esse método, acesse:
equação incompleta do 2º grau com coeficiente b
nulo.
Método de solução para equações do tipo
ax2 + bx = 0
O método para determinar as possíveis soluções de
uma equação com c =0, consiste em utilizar a fatora-
ção por evidência. Veja:
ax2 + bx = 0
x·(ax + b) = 0
Ao observar a última igualdade, é notável que há uma
multiplicação e que para o resultado ser 0, é necessá-
rio que, pelo menos, um dos fatores seja igual a 0.
x·(ax + b) = 0
x = 0 ou ax + b = 0
Assim, a solução da equação é dada por:
→ Exemplo
Determine a solução da equação 5x2 – 45x = 0
Se quiser saber mais sobre esse método, acesse:
equação incompleta do 2º grau com coeficiente c
nulo.
Método de solução para equações
completas
O método conhecido como método de Bhaskara ou
fórmula de Bhaskara aponta que as raízes de uma
equação do 2º grau do tipo ax2 + bx + c = 0 é dada
pela seguinte relação:
→ Exemplo
Determine a solução da equação x2 – x – 12 = 0.
Note que os coeficientes da equação são: a = 1; b= –
1 e c = – 12. Substituindo esses valores na fórmula de
Bhaskara, temos:
O delta (Δ) recebe o nome de discriminante e note
que ele está dentro de uma raiz quadrada e, confor-
me sabemos, levando em conta os números reais,
não é possível extrair raizquadrada de um número
negativo.
Conhecendo o valor do discriminante, podemos reali-
zar algumas afirmações a respeito da solução da
equação do 2º grau:
→ discriminante positivo (Δ > 0): duas soluções para
a equação;
https://brasilescola.uol.com.br/matematica/equacao-incompleta-segundo-grau-com-coeficiente-b-nulo.htm
https://brasilescola.uol.com.br/matematica/equacao-incompleta-segundo-grau-com-coeficiente-b-nulo.htm
https://brasilescola.uol.com.br/matematica/fator-comum.htm
https://brasilescola.uol.com.br/matematica/fator-comum.htm
https://brasilescola.uol.com.br/matematica/equacoes-incompletas-segundo-grau-com-coeficiente-c-nulo.htm
https://brasilescola.uol.com.br/matematica/equacoes-incompletas-segundo-grau-com-coeficiente-c-nulo.htm
https://brasilescola.uol.com.br/matematica/formula-bhaskara.htm
https://brasilescola.uol.com.br/matematica/calculo-raiz-quadrada.htm
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38
→ discriminante igual a zero (Δ = 0): as soluções da
equação são repetidas;
→ discriminante negativo (Δ < 0): não admite solu-
ção real.
Sistemas de equações do segundo grau
Quando consideramos simultaneamente duas ou
mais equações, temos um sistema de equações. A
solução de um sistema de 2 variáveis é o conjunto de
pares ordenados que satisfaz simultaneamente todas
as equações envolvidas.
→ Exemplo
Considere o sistema:
Com os valores: x’ = 2, x’’ = – 2 e y’ = 2, y’’ = – 2 po-
demos montar pares ordenados que satisfazem as
equações do sistema simultaneamente. Veja: (2, 2),
(2, – 2), (– 2, 2), (– 2, – 2).
Lembre-se de que um par ordenado é escrito da for-
ma (x, y).
Os métodos para encontrar a solução de um sistema
de equações são semelhantes ao de sistemas linea-
res.
→ Exemplo
Considere o sistema:
Da equação x – y = 0, vamos isolar a incógnita x, as-
sim:
x – y = 0
x = y
Agora devemos substituir o valor isolado na outra
equação, assim:
x2 – x –12 = 0
y2 – y –12 = 0
Utilizando método de Bhaskara, temos que:
Como x = y, teremos que x’ = y’ e x’’ = y’’. Ou seja:
x’ = 4
x’’ = -3
Assim, os pares ordenados são soluções do sistema
(4, 4) e (– 3,– 3).
EXERCÍCIOS
1) As raízes de uma equação da forma ax² + bx + c = 0
são x’ = 1 e x’’ = –5/2. Sabe-se que o discriminante da
equação é 49 e que o coeficiente “a” é positivo. O
coeficiente “c” dessa equação é:
a)2 b) 3 c)4 d)5
2) Sabe-se que uma equação do 2° grau tem raízes
reais se e somente se:
a) Δ ≥ 0 b) Δ > 0 c) Δ ≤ 0 d) Δ = 0 e) Δ < 0
3) Ao resolver a equação do segundo grau abaixo:
3x² - 9x + 6 = 0
Assinale a alternativa que representa, respectivamen-
te, as raízes x1 e x2 desta equação.
a) x1 = 7 e x² = 2. b) x1 = -2 e x² = -3 c) x1 = 3 e x² = -
5 d) x1 = 2 e x² = 1.
4) Sergio está projetando um arco num prédio sob a
equação y = x² + 2x - 3. Qual a soma das raízes da
equação?
a) -3 b) -2 c) -1 d)1
5) Um agente administrativo procede a conferência
de documentos que necessitavam de autenticação
em cartório. Considerando que o número de docu-
mentos conferidos, em uma hora de trabalho, cor-
https://brasilescola.uol.com.br/matematica/sistemas-lineares.htm
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responde ao produto das raízes reais da equação x² –
11x + 28=0, esse número é igual a:
a) 11 b) 13 c) 18 d)28
6) Sabendo que x = -8 é raiz da equação x2+6x-8k-8,
onde k pertence ao conjunto dos número reais. Então
podemos afirmar que valor de k que satisfaz a equa-
ção será de:
a) 0 b) 1 c) 2 d) 3
7) As quantidades de professores de matemática e
português em certa escola correspondem às raízes da
equação abaixo. Sabe-se que há mais professores de
matemática do que de português. Sendo assim, assi-
nalar a alternativa que apresenta a quantidade de
professores de matemática dessa escola: x² - 20x + 96
= 0
a) 8 b) 10 c) 12 d) 14
8) Considere a equação 8x² + 2x – 3 = 0. A metade da
diferença entre a maior e a menor raiz é:
a) 5/8 b) 1/8 c) 3/8 d)-5/8 e) -3/8
GABARITO
1 - D
2 - A
3 - D
4 - C
5 - D
6 - B
7 - C
8 - A
AULA 11
Inequação do 1º e 2º Grau
Inequação do 1º grau é diferente de uma equação do
primeiro grau. Enquanto uma equação expressa uma
igualdade, a inequação expressa uma desigualdade.
Definição de uma inequação do 1º grau
Chamamos de inequação do 1º grau uma desigualda-
de na variável x que pode ser reduzida em uma das
formas: ax + b > 0 ou ax + b ≥ 0 ou ax + b < 0 ou ax +
b ≤ 0, em que a, b ∈ R e a ≠ 0.
Na inequação utilizaremos os símbolos:
> (Leia-se: Maior que)
< (Leia-se: Menor que)
≥ (Leia-se: Maior ou igual)
≤ (Leia-se: Menor ou igual)
Esses sinais servem para comparar. A própria defini-
ção de inequação é clara, devemos descobrir núme-
ros que satisfazem essa comparação.
Exemplo: x – 1 > 3
Qual o número que podemos substituir a incógnita x
para que satisfaça essa inequação? É fácil perceber
que qualquer valor maior que 4 é verdade.
Como resolver uma inequação do 1º grau?
Para resolver uma inequação do 1º grau, o que faze-
mos é determinar um conjunto com todos os valores
para a variável x que torna a sentença verdadeira.
Propriedades da inequação do 1º grau
Resolvemos problemas de inequação isolando a vari-
ável x na sentença. Então as seguintes propriedades
são utilizadas. Considerando x, y e a números reais:
x < y ⇔ x + a < y + a, ∀a ∈ R
x < y ⇔ ax < ay, se a > 0
x < y ⇔ ax > ay, se a < 0
Vejamos agora como resolvermos uma inequação.
Também faremos uma representação gráfica para
que você possa entender melhor.
Exercícios resolvidos
Considere as seguintes inequações:
2x + 2 > 0
x – 2 < 0
5x – 10 ≥ 0
3x + 3 ≤ 0
Exemplo 1: 2x + 2 > 0
Para achar o conjunto solução desse problema, ou
seja, quais valores podemos substituir em x tal que
satisfaça esse problema.
2x + 2 > 0
2x > -2
x > –2⁄2
x > -1
Dessa forma qualquer valor maior que -1 satisfaz o
problema.
Analisando o gráfico acima temos que todos os valo-
res maiores que -1 resolvem a inequação. No gráfico
https://matematicabasica.net/equacao-do-1-grau-primeiro-grau/
https://matematicabasica.net/equacao-do-1-grau-primeiro-grau/
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a bola sem preenchimento indica que somente valo-
res maiores que -1, ou seja, a parte indicada pela
parte em vermelho formam o conjunto solução que
pode ser representado assim: S = {x ∈ R; x > -1}.
Exemplo 2: x – 2 < 0
x – 2 < 0
x < 2
Neste exemplo qualquer valor menor que 2 satisfaz a
inequação.
A parte vermelha do gráfico mostra que somente os
valores menores que 2 resolvem a inequação. Dessa
forma, o conjunto solução para esse problema é: S =
{x ∈ R; x < 2}.
Exemplo 3: 5x – 10 ≥ 0
5x – 10 ≥ 0
5x ≥ 10
x ≥ 10⁄5
x ≥ 2
Para este problema qualquer valor maior ou igual a 2
resolve o problema.
Esse gráfico é um pouco diferente do primeiro. Aqui
temos uma representação com a bola no gráfico to-
talmente preenchida. Isso quer dizer que todos os
valores maiores que 2, e também o número 2, fazem
parte do conjunto solução desse problema. Assim: S =
{x ∈ R; x ≥ 2}.
Exemplo 4: 3x + 3 ≤ 0
3x + 3 ≤ 0
3x ≤ -3
x ≤ –3⁄3
x ≤ -1
Assim, qualquer valor menor ou igual a -1 satisfaz
esse problema.
O gráfico mostra que todos os valores menores que -
1, e também o -1, resolvem a inequação. Assim: S = {x
∈ R; x ≤ -1}.
Sistema de inequações do 1º grau
Assim como temos os sistemas lineares que envol-
vem equações do 1º grau, também temos os sistemas
de inequações do 1º grau.
Considere o sistema com as seguintes inequações:
Para resolver esse sistema devemos resolver cada
inequação separadamente, e depois analisar os con-
juntos soluçõesencontrados para cada uma das desi-
gualdades.
Então, vamos resolver o primeiro problema:
2x + 6 ≥ 2
2x ≥ 2 – 6
2x ≥ -4
x ≥ –4⁄2
x ≥ -2
Portanto, para qualquer valor maior ou igual a -2
satisfaz essa inequação.
Agora vamos resolver o segundo problema:
x + 3 < 2
x < 2 – 3
x < -1
Portanto, neste problema temos que qualquer valor
menor que -1 satisfaz o problema.
Então, temos o seguinte gráfico para o sistema:
Em um sistema de inequações precisamos analisar e
responder cada inequação separadamente e depois
comparar os gráficos lado a lado para encontrar o
conjunto solução que resolve as inequações do sis-
tema.
Dessa forma, resolvemos o primeiro problema e en-
contramos que qualquer valor maior ou igual a -2 faz
parte do conjunto solução e está representado pelo
primeiro gráfico. Na segunda inequação encontramos
que qualquer valor menor que -1 resolve o segundo
problema, veja o gráfico do meio.
https://matematicabasica.net/conjuntos/
https://matematicabasica.net/sistemas-lineares/
https://matematicabasica.net/equacao-do-1-grau-primeiro-grau/
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Mas para encontrar o conjunto solução do sistema
devemos colocar os gráficos paralelamente na hori-
zontal, construir um novo gráfico e analisar.
Assim, para esse sistema qualquer valor menor que -
1 e qualquer valor maior ou igual a -2 resolve esse
sistema, como pode ser visto no gráfico de baixo.
Portanto, o conjunto solução do sistema é: S = {x ∈ R;
x < -1 ou x ≥ -2}.
Veja alguns exemplos de sistema de inequação do 1º
grau:
Vamos achar a solução de cada inequação.
4x + 4 ≤ 0
4x ≤ - 4
x ≤ - 4 : 4
x ≤ - 1
S1 = {x R | x ≤ - 1}
Fazendo o cálculo da segunda inequação temos:
x + 1 ≤ 0
x ≤ - 1
A “bolinha” é fechada, pois o sinal da inequação é
igual.
S2 = { x R | x ≤ - 1}
Calculando agora o CONJUTO SOLUÇÃO da inequação
temos:
S = S1 ∩ S2
Portanto:
S = { x R | x ≤ - 1} ou S = ] - ∞ ; -1]
Em primeiro lugar devemos calcular o conjunto solu-
ção de cada inequação.
3x + 1 > 0
3x > -1
x > -1
3
A “bolinha” é aberta, pois o sinal da inequação não é
igual.
Calculamos agora o conjunto solução da outra solu-
ção.
5x – 4 ≤ 0
5x ≤ 4
x ≤ 4
5
Agora podemos calcular o CONJUNTO SOLUÇÃO da
inequação, assim temos:
S = S1 ∩ S2
Portanto:
S = { x R | -1 < x ≤ 4} ou S = ] -1 ; 4]
3 5 3 5
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Devemos organizar o sistema antes de resolvê-lo,
veja como fica:
Calculando o conjunto solução de cada inequação
temos:
10x – 2 ≥ 4
10x ≥ 4 + 2
10x ≥ 6
x ≥ 6
10
x ≥ 3
5
6x + 8 < 2x + 10
6x -2x < 10 – 8
4x < 2
x < 2
4
x < 1
2
Podemos calcular o CONJUNTO SOLUÇÃO da inequa-
ção, assim temos:
S = S1 ∩ S2
Observando a solução veremos que não há intersec-
ção, então o conjunto solução desse sistema inequa-
ção, será:
S =
Inequação do 2º grau
Uma inequação do 2º grau é uma desigualdade pare-
cida com uma equação do 2º grau, porém as inequa-
ções apresentam um desigualdade, enquanto as
equações uma igualdade entre os termos.
Definição de uma inequação do 2º grau
Chamamos de inequação do 2º grau uma desigualda-
de na variável x que apresenta um grau 2 e pode ser
reduzida em uma das formas: ax² + bx + c > 0 ou ax² +
bx + c ≥ 0 ou ax² + bx + c < 0 ou ax² + bx + c ≤ 0, com
a, b, c ∈ R e a ≠ 0.
Exemplos:
2x² + 2x + 2 ≤ 0
x² + x – 1 < 0
3x² – 2x + 2 ≥ 0
5x² – x + 1 > 0
Como resolver uma inequação do 2º grau?
Resolvemos uma inequação encontrando um conjun-
to solução com todos os valores que se substituído na
variável x tornam a sentença verdadeira.
Método de resolução
Considerando y = f(x) = ax² + bx + c, com a ≠ 0, anali-
saremos a variação de sinais nessa função para con-
seguirmos chegar a solução desta maneira:
1. Vamos encontrar as raízes reais para a função
f assinalando os valores no eixo x das abscissas.
2. Desenhar o gráfico que representa a função f
definida por uma parábola passando pelos valores
das raízes do item anterior.
https://matematicabasica.net/equacao-do-2-grau-segundo-grau/
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3. Marcar no eixo x os valores que satisfazem a
sentença. Caso a função não admitir raízes reais,
então f(x) > 0 ∀x ∈ R, para a > 0 ou f(x) < 0 ∀x ∈ R
para a < 0.
Exemplo 1: x² + x – 2 > 0
Da mesma forma como resolveríamos uma equação
de 2° grau igual a x² + x – 2 = 0, utilizaremos a fórmu-
la de Bhaskara para resolver essa inequação:
Δ = b² – 4.a.c
Δ = 1² – 4.1.(– 2)
Δ = 1 + 8
Δ = 9
x = – b ± √Δ
2.a
x = – 1 ± √9
2.1
x = – 1 ± 3
2
x1 = – 1 + 3 = 2 = 1
2 2
x2 = – 1 – 3 = – 4 = – 2
2 2
As soluções encontradas, x1 = 1 e x2 = – 2, são valo-
res para os quais a inequação é igual a zero. Mas
olhando atentamente, a inequação x² + x – 2 > 0 pro-
cura valores que sejam maiores que zero. Nesse caso
vamos analisar a variação do sinal de x² + x – 2 > 0,
lembrando que seu gráfico é uma concavidade volta-
da para cima. Veja o estudo do sinal dessa inequação:
Estudo do sinal da inequação x² + x – 2 > 0
Nesse caso, a solução é .
Exemplo 2: x² – 4x ≤ 0
Esse exemplo oferece uma inequação incompleta.
Assim como podemos resolver uma equação do 2°
grau incompleta sem a utilização da fórmula de
Bhaskara, resolveremos a inequação de forma mais
simples. Primeiramente vamos colocar o x em evi-
dência:
x² – 4x = 0
x.(x – 4) = 0
x1 = 0
x2 – 4 = 0
x2 = 4
Há duas soluções: x1 = 0 e x2 = 4. Observe que a ine-
quação procura valores menores ou iguais a zero,
então x1 = 0 e x2 = 4 farão parte da solução. Veja o
estudo do sinal dessa inequação:
Estudo do sinal da inequação x² – 4x ≤ 0
Dessa forma, a solução é .
AULA 12
SISTEMAS
Sistema de equações
Um sistema de equações é constituído por um con-
junto de equações que apresentam mais de uma
incógnita. Para resolver um sistema é necessário en-
contrar os valores que satisfaçam simultaneamente
todas as equações.
Consideramos um sistema de equações quando va-
mos resolver problemas que envolvem quantidades
numéricas e que, geralmente, recorremos ao uso de
equações para representar tais situações. Na maioria
dos problemas reais, devemos considerar mais de
uma equação simultaneamente, o que depende, des-
sa forma, da elaboração de sistemas.
Um sistema é chamado do 1º grau, quando o maior
expoente das incógnitas, que integram as equações,
é igual a 1 e não existe multiplicação entre essas in-
cógnitas.
https://brasilescola.uol.com.br/matematica/demonstracao-formula-bhaskara.htm
https://brasilescola.uol.com.br/matematica/demonstracao-formula-bhaskara.htm
https://brasilescola.uol.com.br/matematica/equacao-2-grau-incompleta.htm
https://brasilescola.uol.com.br/matematica/equacao-2-grau-incompleta.htm
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Problemas, como a modelagem de tráfego, podem
ser solucionados utilizando sistemas lineares, para
isso, devemos entender os elementos de um sistema
linear, quais métodos utilizar e como determinar sua
solução.
Exemplo
Considere o sistema:
O par ordenado (6; -2) satisfaz ambas equações, as-
sim, ele é solução do sistema. O conjunto formado
pelas soluções do sistema é chamado de conjunto
solução. Do exemplo acima, temos:
S = {( 6; -2)}
A forma de escrever com chaves e parênteses indica
um conjunto solução (sempre entrechaves) formado
por um par ordenado (sempre entre parênteses).
Observação: Se dois ou mais sistemas possuem o
mesmo conjunto solução, esses sistemas são chama-
dos de sistemas equivalentes.
Exemplo
Resolva o seguinte sistema de equações:
Classificação dos sistemas lineares
Podemos classificar um sistema linear quanto ao
número de soluções. Um sistema linear pode ser
classificado em possível e determinado, possível e
indeterminado e impossível.
→ Sistema é possível e determinado (SPD): solução
única
→ Sistema possível e indeterminado (SPI): mais de
uma solução
→ Sistema impossível: não admite solução
Exercícios:
1) Pedro gosta muito de animais de estimação e de
enigmas. Certo dia um amigo perguntou-lhe quantos
bois e quantas cabras haviam na fazenda de seu avô.
Prontamente Pedro respondeu com o seguinte enig-
ma: “A soma do dobro do número de bois e do triplo
do número de cabras é igual a 17. E a diferença entre
o número de bois e de cabras é apenas 1”. Será que
você consegue desvendar esse enigma e descobrir
quantos bois e quantas cabras Pedro possui?
2) Em um campeonato de futsal, se um time vence,
marca 3 pontos; se empata, marca 1 ponto e se perde
não marca nenhum ponto. Admita que, nesse cam-
peonato, o time A tenha participado de 16 jogos e
perdido apenas dois jogos. Se o time A, nesses jogos,
obteve 24 pontos, então a diferença entre o número
de jogos que o time A venceu e o número de jogos
que empatou, nessa ordem, é
a) 8.
b) 4.
c) 0.
d) – 4.
e) – 8.
3) Um supermercado adquiriu detergentes nos aro-
mas limão e coco. A compra foi entregue, embalada
em 10 caixas, com 24 frascos em cada caixa. Saben-
do-se que cada caixa continha 2 frascos de detergen-
tes a mais no aroma limão do que no aroma coco, o
número de frascos entregues, no aroma limão, foi:
a) 110
b) 120
c) 130
d) 140
e) 150
4) Uma prova de múltipla escolha com 60 questões
foi corrigida da seguinte forma: o aluno ganhava 5
pontos por questão que acertava e perdia 1 ponto
por questão que errava ou deixava em branco. Se um
aluno totalizou 210 pontos, qual o número de ques-
tões que ele acertou?
5) Em um escritório de advocacia trabalham apenas
dois advogados e uma secretária. Como o Dr. André e
o Dr. Carlos sempre advogam em causas diferentes, a
secretaria Cláudia coloca 1 grampo em cada processo
do Dr. André e 2 grampos em cada processo do Dr.
Carlos, para diferenciá-los facilmente no arquivo.
Sabendo-se que , ao todo, são 78 processos nos
quais foram usados 110 grampos. Calcule o número
de processos do Dr. Carlos.
a)46 b)36 c)32 d)30
6) Um pacote tem 48 balas: algumas de hortelã e as
demais de laranja. Se a terça parte correspondente
ao dobro do número de balas de hortelã excede a
https://brasilescola.uol.com.br/matematica/equivalencia-entre-sistemas-lineares.htm
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metade do de laranjas em 4 unidades, determine o
número de balas de hortelã e laranja.
a)24, 20 b)20, 24 c) 24, 24 d) 30, 42
7) Uma empresa deseja contratar técnicos e para isso
aplicou uma prova com 50 perguntas a todos os can-
didatos. Cada candidato ganhou 4 pontos para cada
resposta certa e perdeu um ponto para cada resposta
errada. Se Marcelo fez 130 pontos quantas perguntas
ele acertou?
a)14 b)24 c) 26 d)36
GABARITO
1 - 3 CABRAS
2- d
3 - c
4 - 45 questões
5 - c
6 - c
7 - d
AULA 13
FUNÇÕES
Função polinomial do primeiro grau
Função do 1º grau
A formação de uma função do 1º grau é expressa da
seguinte forma: y = ax + b, onde a e b são números
reais e a é diferente de 0.
Onde a= coeficiente angula e b= coeficiente linear;
Ela é do primeiro grau, pois o polinômio que a des-
creve é de primeiro grau.
Consideremos x e y duas variáveis, sendo uma de-
pendente da outra, isto é, para cada valor atribuído a
x corresponde um valor para y. Definimos essa de-
pendência como função, nesse caso, y está em fun-
ção de x. O conjunto de valores conferidos a x deve
ser chamado de domínio da função e os valores de y
são a imagem da função.
Toda função é definida por uma lei de formação, no
caso de uma função do 1º grau a lei de formação será
a seguinte: y = ax + b, onde a e b são números reais e
a ≠ 0.
Esse tipo de função deve ser dos Reais para os Reais.
A representação gráfica de uma função do 1º grau é
uma reta. Analisando a lei de formação, y = ax + b,
notamos a dependência entre x e y, e identificamos
dois números: a e b. Eles são os coeficientes da fun-
ção, o valor de a indica se a função é crescente ou
decrescente e o valor de b indica o ponto de intersec-
ção da função com o eixo y no plano cartesiano. Ob-
serve:
Função crescente Função decrescente
Função crescente: à medida que os valores de x au-
mentam, os valores correspondentes em y também
aumentam.
Função decrescente: à medida que os valores de x
aumentam, os valores correspondentes de y diminu-
em.
Raiz da Função, você lembra o que é?
É o valor de x que zera a função. Podemos
utilizar a seguinte demonstração:
Ponto que intercepta o eixo y
Temos como valor que intercepta o eixo y
(eixo das ordenadas) o coeficiente b. Pois:
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Gráfico de Função Polinomial do 1º Grau
O gráfico de uma função polinomial do 1º
grau é uma reta, com isso precisamos encontrar dois
pontos, pois por dois pontos distintos passa uma
única reta.
função polinomial do 1º Grau
No gráfico acima temos uma função afim, escrita na
forma
Exercícios:
1) Em certa cidade, acontece anualmente uma corri-
da, como parte dos eventos comemorativos pela sua
emancipação política. Em 2000, o comitê organizador
da corrida permitiu a participação de 1500 pessoas;
e, em 2005, a participação de 1800 pessoas. Devido
às condições de infraestrutura da cidade, o comitê
decidiu limitar o número de participantes na corrida.
Nesse sentido, estudos feitos concluíram que o nú-
mero máximo n(t) de participantes, no ano t, seria
dado pela função afim n(t) = at + b, onde a e b são
constantes.
Com base nessas informações, conclui-se que, no ano
de 2010, o número máximo de participantes na corri-
da será de:
2) Em uma loja são vendidos relógios, cujo preço de
venda é igual a R$ 40,00. O valor da receita total da
venda desses relógios é obtida multiplicando-se o
preço de cada unidade pela quantidade vendida.
Considerando x a quantidade vendida, determine:
a) uma função que represente a situação descrita.
b) o tipo de função encontrada.
c) o valor da receita quando forem vendidos 350 re-
lógios.
3) Sabendo que a função f(x)=mx+n admite 5 como
raiz e f(-2)=-63, calcule o valor de f(16).
GABARITO
1 – 2100
2 – a) f(x)= 40.x
b) primeiro grau
C)40 x 350
Solução
a) O valor da receita total em função da quantidade
vendida pode ser representada por: f(x) = 40.x
b) A função encontrada é uma função do 1º grau,
sendo o valor de b = 0. Desta forma, é uma função
linear.
c) Para encontrar a receita correspondente a venda
de 350 relógios, basta substituir este valor na expres-
são encontrada.
3 - 99
FUNÇÃO DO 2º GRAU
Uma função para ser do 2º grau precisa assumir al-
gumas características, pois ela deve ser dos reais para
os reais, definida pela fórmula f(x) = ax2 + bx + c, sen-
do que a, b e c são números reais com a diferente de
zero. Concluímos que a condição para que uma fun-
ção seja do 2º grau é que o valor de a, da forma geral,
não pode ser igual a zero.
Este tipo de função é encontrada em diversas aplica-
ções, como por exemplo, na equação que descreve o
movimento de queda livre, o lançamento de um pro-
jétil e o Índice de Massa Corpórea (IMC). Ela é encon-
trada também em algumas aplicações da engenharia
civil, na economia, entre outras áreas de estudo.
Definição:
Uma funçãoé chamada de função 2º
grau quando existem números reais , e com
, tais que
para todo .
Numa função do segundo grau, os valores de b e c
podem ser iguais a zero, quando isso ocorrer, a
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equação do segundo grau será considerada
incompleta.
Exemplo
A função do 2º grau f(x) = – x2 + x – 2, pode ser
representada por y = – x2 + x – 2. Para acharmos o
seu domínio e contradomínio, devemos primeiro
estipular alguns valores para x. Vamos dizer que x = –
3; –2; –1; 0; 1; 2. Para cada valor de x teremos um
valor em y, veja:
x = – 3 y = – (–3)2 + (–3) – 2
y = –9 – 3 – 2 y = – 12 – 2 y = – 14
x = – 2 y = –( – 2)2 + (– 2) – 2
y = – 4 – 2 – 2 y = – 8
x = –1 y = – (–1)2 + (–1) – 2
y = – 1 – 1 – 2 y = – 2 – 2 y = – 4
x = 0 y = 02 + 0 – 2 y = – 2
x = 1 y = –(+ 1)2 + 1 – 2
y = - (+1) + 1 – 2 y = – 1 + 1 – 2 y = – 2
x = 2 y = – (+ 22) + 2 – 2
y = – (+ 4) + 2 – 2 Y = – 4 + 0 y = – 4
Coeficiente a:
O coeficiente a é aquele que dá a principal caracterís-
tica das funções quadráticas que é a concavidade da
parábola.
Se a>0 então a concavidade é voltada para cima.
Se a<0 então a concavidade é voltada para baixo.
Veja o exemplo a baixo.
Outro aspecto é que o coeficiente a representa a
abertura da concavidade, quando maior for o valor
em modulo de a, maior será a abertura.
Coeficiente b:
O sinal deste coeficiente representa o comportamen-
to do gráfico ao interceptar o eixo y:
se b>0 então o gráfico é crescente ao interceptar o
eixo y.
se b<0 então o gráfico é decrescente ao interceptar o
eixo y.
Observe no exemplo acima.
Coeficiente c:
O valor do coeficiente c representa o valor de y=f(x)
no ponto onde o gráfico intercepta o eixo y, assim
temos o ponto (0,c).
Vértice da função:
O vértice de uma função do 2 grau representa o pon-
to de máximo, se a<0, ou o ponto de mínimo, se a>0,
do gráfico da função. Este ponto é dado por:
Raízes da função:
As raízes das funções do segundo grau são os pontos
onde a função intercepta o eixo x, mas cuidado, isto
ocorre somente se as raízes possuírem valores reais.
Caso contrário o gráfico não intercepta o eixo x.
Deste modo, como as raízes são pontos onde o gráfi-
co corta o eixo x, então seus respectivos valores em
y=f(x) são iguais a zero. Assim os valores em x podem
ser encontradas por diversas formas, talvez a mais
conhecida seja a Fórmula de Bhaskara, mas podemos
usar também Método da Soma e Produto ou outra
forma que preferir.
Usando a Fórmula de Bhaskara temos as raízes e
:
.
Gráfico
O gráfico de uma função polinomial do 2º grau será
uma parábola, como você pode observar no exemplo
abaixo:
http://www.dicasdecalculo.com.br/formula-de-bhaskara/
http://www.dicasdecalculo.com.br/soma-e-produto/
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Valor mínimo para uma função
Para , não teremos valor mínimo, pois a fun-
ção tende a menos infinito.
Para , o valor mínimo será o
Para , teremos valor mínimo, pois a função
tende a menos infinito.
Exercício resolvido:
O lucro de uma empresa em um período de 15 meses
foi modelado matematicamente por meio da seguin-
te função f (x) = ax2 + bx + c, em que a variável x indi-
ca o mês e f (x) o lucro, em milhões de reais, obtido
no mês x. Sabe-se que no início desse período, diga-
mos mês zero, a empresa tinha um lucro de 2 milhões
de reais; no primeiro mês, o lucro foi de 3 milhões de
reais; e, no décimo quinto mês, o lucro foi de 7 mi-
lhões de reais. Com base nessas informações, assina-
le o que for correto.
a) O lucro obtido no décimo quarto mês foi igual ao
lucro obtido no oitavo mês.
b) O lucro máximo foi obtido no décimo mês.
c) O lucro máximo obtido foi superior a 7,5 milhões
de reais.
d) O lucro da empresa nesse período de 15 meses
oscilou de 2 a 7 milhões de reais.
e) O gráfico da função que modela o lucro é uma
parábola com concavidade para baixo.
Gabarito: [a , c , e]
Dados Iniciais
Resolvendo o sistema:
Portanto, a função é dada por
(a) Verdadeiro.
(b) Falso.
Portanto, décimo primeiro mês.
(c) Verdadeiro. O lucro máximo obtido é dado por:
Portanto, superior a 7,5 milhões de reais.
(d) Falso. O lucro da empresa para x = 11 foi de 7,77
milhões de reais.
(e) Verdadeiro.
A função é uma parábola
com concavidade para baixo, pois o coeficiente de x2
é negativo.
Exercícios:
1) Na equação 3x2 + 8x + a = 0, a incógnita é x, e a é
um número inteiro. Sabendo-se que o número (– 3) é
raiz da equação, a outra raiz dessa equação é:
2) A soma das raízes da seguinte equação de segundo
grau x² +3x -10=0 é:
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49
3) Em um teste de artilharia do Exército Nacional,
foram usadas novas armas cuja potência de alcance
máximo vertical é dado pelo ponto máximo da se-
guinte função de segundo grau: -x² + 4x +10=0. A
altura máxima verificada no teste, em km, foi de:
4) Quais a soma das raízes da função a seguir? 3x² =
9x .
5) Um automóvel tem seu consumo de combustível
para percorrer 100 km estimado pela função C(x) =
0,02x²-1,6 x + 42 , com velocidade de x km/h. Sendo
assim, qual deve ser a velocidade para que se tenha
um consumo mínimo de combustível?
6) Dada a função quadrática f(x) = x² + 2x − 15, quais
os valores em que f(x) = 0 ?
7) O valor mínimo da função f(x) = x² - 5x + 6 é:
8) Dada a função quadrática, F(x) = x² - 6x + 8. A dife-
rença, do maior para o menor, entre os zeros da fun-
ção, será igual á:
9) Uma função é utilizada para estabelecer uma rela-
ção entre dois conjuntos distintos. Para uma função f
(x) = x² – 3x + 2, o valor de f (0) + f (2) é igual a:
10) Sobre a função F(x) = - 2x2 + 6x -10 podemos con-
siderar como verdadeiras as seguintes afirmações:
a) não possui raiz real e seu gráfico é uma parábola
com concavidade voltada para baixo;
b) possui uma única raiz real e o seu gráfico é uma
parábola com concavidade voltada para cima;
c) possui duas raízes reais distintas e o seu gráfico é
uma parábola com concavidade voltada para baixo;
d) possui duas raízes reais diferentes de zero e o seu
gráfico é uma parábola com concavidade voltada
para cima.
GABARITO
1 - ⅓
2 - S = -3
3 - 14 km
4 - X = 3
5 - 40 km
6 - -5 + 3 = 2
-5 X 3 = -15
7 - Yv = -¼
8 - 4 - 2 = 2
9 - 2
10 - A
GEOMETRIA
AULA 14
Ângulos
Denomina-se ângulo a região compreendida entre
duas semirretas que partem de uma mesma origem.
Podemos dizer, ainda que um ângulo é a medida da
abertura de duas semirretas que partem da mesma
origem.
Indica-se: ∠AOB, ∠BOA, AÔB, BÔA ou Ô.
O ponto O é o vértice do ângulo e as semirretas over-
lineOA e overlineOB são os lados do ângulo.
A medição: é realizada com um instrumento chama-
do de transferidor, objetos em formatos circulares
que podem ser encontrados em modelos de 90°, 180°
e 360°, e são utilizados internacionalmente para me-
di-los com exatidão. Assim como nas réguas, que são
divididas em centímetros, os transferidores são divi-
didos de 1° em 1°.
As medidas dos ângulos fazem parte do Sistema
Internacional de Medidas, norma métrica desenvol-
vida no ano de 1960. O sistema é seguido por quase
todos os países do mundo, com poucas exceções,
como os Estados Unidos.
Recebe o nome de radiano a unidade de medidas dos
ângulos, e são representados pelo símbolo “rad”.
Essa medida é o comprimento que vai até o raio,
partindo do arco. Na matemática, os ângulos são
objetos de estudo em geometria. Recebe o nome de
bissetriz a semirreta que divide o ângulo partindo do
seu ponto de origem, ou seja, a vértice.
https://www.infoescola.com/matematica/angulos/
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/matematica/geometriahttps://www.educamaisbrasil.com.br/enem/matematica/bissetriz
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O principal ramo da matemática em que são realiza-
dos os estudos dos ângulos é a trigonometria, princi-
palmente em estudos de triângulos. É possível vê-los
ainda em operações matemáticas como soma, sub-
tração, multiplicação ou divisão.
Exemplos dos ângulos
Os ângulos recebem nomes de acordo com as carac-
terísticas e suas aberturas em grau.
Chamamos de ângulo agudo quando a sua abertura
em grau é maior do que 0° e menor que 90°.
Já o ângulo reto é a medida exata em abertura de
90°.
O ângulo obtuso é a abertura maior que 90° e menor
que 180°.
Já o ângulo raso é a quando a medida tem exatamen-
te 180°.
Outros modelos de ângulos são os complementares e
suplementares, que são o resultado da soma de dois
ângulos que resultem em 90° ou 180°.
Ângulo complementar é a soma que resulta em 90°.
Por exemplo, a soma de um ângulo de 40° a um nú-
mero X. Nesse caso diminuímos o valor do ângulo
completo que é 90° pelo grau da abertura do ângulo
descrito, ou seja, os 40°. O resultado de X então é
50°. A conta ficaria com o seguinte modelo:
X + 40 = 90 .: X = 90 - 40 .: X = 50
Já o ângulo suplementar é a soma de dois ângulos
que resulta em 180°.
Por exemplo, se temos uma abertura de 110°, dimi-
nuiremos o valor total, de 180°, pelo valor descrito.
Nesse caso o valor de X é de 70°. A operação ficaria
com a seguinte estrutura:
X + 110 = 180 .: X = 180 – 110 .: X = 70
Ainda existem os ângulos côncavos, completos, nulos
e adjacentes.
Ângulo côncavo é a abertura maior que 180° e menor
que 360°.
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/matematica/trigonometria
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/matematica/operacoes-matematicas
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Já o ângulo completo ou ângulo de uma volta faz
uma volta completa, ou seja, possui abertura de 360°.
O ângulo nulo, por sua vez, não possui abertura, ou
seja, tem 0°.
Ângulo adjacente é definido por semirretas e medi-
das iguais, porém com marcações em pontos diferen-
tes.
Ângulos complementares, suplementares e adjacen-
tes
Os ângulos são regiões do plano limitadas por duas
semirretas que partem do vértice. Existem ângulos
complementares, suplementares e adjacentes.
Podemos dizer que um ângulo é a região do plano
limitada por duas semirretas de mesma origem. Ob-
serve:
Ângulos complementares
Ângulos complementares são dois ângulos em que
sua soma resulta em 90º, isto é, um é o complemen-
to do outro.
Ângulos cuja soma é igual a 90°
Na ilustração, temos que: α + β = 90º α = 90º – β β
= 90º – α
Ângulos suplementares
Ângulos suplementares são dois ângulos que, soma-
dos, são iguais a 180º, assim, um é o suplemento do
outro.
Ângulos cuja soma é igual a 180°
Na ilustração, temos que:
α + β = 180º α = 180º – β β = 180º – α
Ângulos adjacentes
Ângulos adjacentes são aqueles que possuem um
lado em comum, mas as regiões determinadas não
possuem pontos em comum. Observe a ilustração:
https://brasilescola.uol.com.br/matematica/angulos.htm
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/matematica/o-que-e-reta.htm
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Ângulos que possuem lado em comum
Os ângulos AÔB e BÔC são adjacentes, pois possuem
o lado OB em comum, mas suas regiões determina-
das não possuem pontos em comum.
Os ângulos AÔC e AÔB não são adjacentes, embora
possuam um lado em comum, pois suas regiões de-
terminadas possuem pontos em comum. A região
AÔB pertence à região AÔC.
Ângulos adjacentes e suplementares
De acordo com a ilustração acima, os ângulos AÔB e
BÔC são adjacentes, pois possuem o lado OB em
comum e suas áreas determinadas não possuem du-
plicidade de pontos. São também suplementares,
pois a soma dos ângulos α e β totaliza 180º.
Ângulos opostos pelo vértice
O que são ângulos opostos pelo vértice? São aqueles
que estão em duas retas concorrentes, mas não são
adjacentes.
Duas retas concorrentes formam quatro ângulos.
Analisados dois a dois, é possível notar que esses
ângulos ou estão lado a lado ou só possuem um único
ponto em comum, que também é o ponto de encon-
tro das duas retas. Quando dois ângulos possuem
essa última característica, eles são chamados de ân-
gulos opostos pelo vértice.
Os outros dois ângulos, que estão lado a lado, são
chamados de ângulos adjacentes.
Ângulos opostos pelo vértice e ângulos adjacentes
em retas concorrentes.
Propriedades
Ângulos adjacentes são suplementares;
Ângulos opostos pelo vértice são
congruentes, isto é, possuem medidas iguais.
Observe os ângulos a seguir:
Se α, β e θ são as medidas dos ângulos em questão,
as somas α + β e β + θ são iguais a 180° porque os
respectivos ângulos são adjacentes. Assim, podemos
escrever:
α + β = 180 e β + θ = 180
A partir das duas igualdades acima, podemos escre-
ver o seguinte:
180 = 180 α + β = β + θ α = β – β + θ α = θ
Logo, os ângulos opostos pelo vértice são congruen-
tes.
Exemplos
1º) Qual é a medida do ângulo α na figura a seguir?
Solução:
Observe que o ângulo de 50° é oposto pelo vértice ao
ângulo α, logo, α = 50°.
2º) Calcule a medida de cada ângulo na figura a se-
guir.
https://brasilescola.uol.com.br/matematica/retas-concorrentes.htm
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/matematica/o-que-e-angulo.htm
https://brasilescola.uol.com.br/matematica/angulos-complementares-angulos-suplementares-angulos-.htm
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Solução:
Sabendo que ângulos opostos pelo vértice são con-
gruentes, basta observar a seguinte equação:
10x + 50 = 4x + 110 10x – 4x = 110 – 50 6x = 60
x = 60
6
x = 10
Para descobrir a medida de cada ângulo, basta substi-
tuir o valor de x em uma das expressões:
10x + 50 = 10·10 + 50 = 100 + 50 = 150°
Como os ângulos são opostos pelo vértice, o outro
ângulo também mede 150°.
Retas paralelas
Duas retas distintas são paralelas quando possuem a
mesma inclinação, ou seja, possuem o mesmo coefi-
ciente angular. Além disso, a distância entre elas é
sempre a mesma e não possuem pontos em comum.
Retas paralelas, concorrentes e perpendiculares
As retas paralelas não se cruzam. Na figura abaixo
representamos as retas paralelas r e s.
Retas paralelas (r // s)
Diferente das retas paralelas, as retas concorrentes
se cruzam em um único ponto.
Retas concorrentes
Se duas retas se cruzam em um único ponto e o ângu-
lo formado entre elas no cruzamento for igual a 90º
as retas são chamadas de perpendiculares.
Retas perpen-
diculares
Retas paralelas cortadas por uma transversal
Uma reta é transversal a uma outra se possuem ape-
nas um ponto em comum.
Duas retas paralelas r e s, se forem cortadas por uma
reta t, transversal a ambas, formará ângulos como
representados na imagem abaixo.
Na figura, os ângulos que apresentam a mesma cor
são congruentes, ou seja possuem mesma medida.
Dois ângulos de cores diferentes são suplementares,
ou seja, somam 180º.
Por exemplo, os ângulos a e c apresentam mesma
medida e a soma dos ângulos f e g é igual a 180º.
Os pares de ângulos recebem nomes de acordo com
a posição que ocupam em relação as retas paralelas e
a reta transversal. Sendo assim, os ângulos podem
ser:
Correspondentes
Alternos
Colaterais
https://www.todamateria.com.br/angulos/
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54
Ângulos correspondentes
Dois ângulos que ocupam a mesma posição nas retas
retas paralelas são chamados de correspondentes.
Eles apresentam a mesma medida (ângulos congru-
entes).
Os pares de ângulos com a mesmacor representados
abaixo são correspondentes.
Na figura, os ângulos correspondentes são:
a e e
b e f
c e g
d e h
Ângulos Alternos
Os pares de ângulos que estão em lados opostos da
reta transversal são chamados de alternos. Esses
ângulos também são congruentes.
Os ângulos alternos podem ser internos, quando es-
tão entre as retas paralelas e externos, quando estão
fora das retas paralelas.
Na figura, os ângulos alternos internos são:
c e e
d e f
Os ângulos alternos externos são:
a e g
b e h
Ângulos colaterais
São os pares de ângulos que estão do mesmo lado da
reta transversal. Os ângulos colaterais são suplemen-
tares (somam 180º).Também podem ser internos ou
externos.
Na figura, os ângulos colaterais internos são:
d e e
c e f
Os ângulos colaterais externos são:
a e h
b e g
Questões:
1) Suponha que agora um relógio de ponteiros indi-
que 3h exatamente e que o relógio esteja funcionan-
do normalmente. Depois de certo tempo, se o pon-
teiro das horas (o menor) avançar 75° (setenta e cin-
co graus), então, o novo horário que o relógio irá
marcar será:
2) A soma dos ângulos internos de um triângulo qual-
quer é igual a 180°. Observe os ângulos internos do
triângulo dados na figura abaixo.
Diante do exposto, é correto afirmar que o valor de
x,é:
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55
3) Se a, b, c são retas paralelas e d uma reta transver-
sal, então podemos afirmar que o valor de x, é um
número divisível por 625?
4) Sabendo-se que em certo triângulo dois dos seus
ângulos medem 30° e 45°, qual o valor do terceiro
ângulo desse triângulo?
5) Um arquiteto, em um de seus projetos, fez algu-
mas medições e dentre elas mediu dois ângulos com-
plementares. Um desses ângulos mediu 65º e o ou-
tro,
(A) 115º.
(B) 90º.
(C) 180º.
(D) 25º.
(E) 60º.
6) Analise a figura abaixo, classifique o ângulo indica-
do e assinale a alternativa CORRETA:
a) Ângulo obtuso.
b) Ângulo agudo
c) Ângulo reto.
d) Nenhuma das alternativas.
7) Dois ângulos suplementares medem respectiva-
mente 3x − 40º e 2x + 60º. O menor desses ângulos
mede:
a) 108º
b) 132º
c) 124º
d) N.D.A
GABARITO
1 - 5 H 30´ 15´´
2 - X = 15
3 - CERTO
4 - X = 105
5 - D
6 - A OBTUSO
7 - D
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56
PROJETO NIVELAMENTO
LÍNGUA PORTUGUESA
Professor Márcio Santos
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1) Fonologia: sons e encontros
2) Acentuação gráfica
3) Novo Acordo Ortográfico: principais altera-
ções
4) Homônimos e Parônimos
5) Estrutura e Formação das Palavras
6) Classes Gramaticais: substantivo / adjetivo /
advérbio
7) Classes Gramaticais: pronome
8) Classes Gramaticais: conjunção / preposição
9) Classes Gramaticais: verbo
10) Análise Sintática: frase / oração / período /
predicação
11) Análise Sintática: sujeito / predicado
12) Análise Sintática: complementos / adjuntos
13) Análise Sintática: aposto / vocativo
14) Orações Coordenadas
15) Orações Subordinadas Adverbiais
16) Orações Subordinadas Adjetivas
17) Orações Subordinadas Substantivas
18) Concordância Nominal e Verbal
19) Regência Nominal e Verbal
20) Crase
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57
AULA 01
FONOLOGIA: SONS E ENCONTROS
A linguagem verbal possui como base necessária o uso de
sons e letras. A justificativa disso é a inexistência de fala
sem os sons e a inexistência de escrita sem as letras. Con-
siderando que a unidade básica da comunicação verbal é a
palavra, estudaremos, num primeiro momento, sua consti-
tuição gráfica e sonora, isto é, as letras e seus respectivos
sons (fonemas).
LETRA versus FONEMA
As letras são representações gráficas utilizadas na lingua-
gem escrita de qualquer idioma. Uma determinada letra
pode apresentar diferentes sons (simbolizados entre bar-
ras inclinadas) em diferentes idiomas. Um exemplo fácil
disso ocorre com a letra “h”, que não possui som em por-
tuguês, mas, em algumas palavras inglesas, como “hori-
zon”, apresenta o som da consoante R.
Uma letra pode apresentar mais de uma possibilidade
sonora, mesmo dentro de uma mesma língua. Vejamos
essa propriedade em três situações da língua portuguesa:
SITUAÇÃO 1: Em “anexo”, “xícara” e “exame”, a
letra “x” apresenta três realizações sonoras distintas: na
primeira palavra apresenta os sons /ks/, na segunda, apre-
senta um som chiado e na terceira, o som /z/.
SITUAÇÃO 2: Em “seda”, “ceda” e “exceda”, as
letras “s” e “c”, bem como o grupamento “xc”, apresentam
uma mesma sonoridade: /s/.
SITUAÇÃO 3: Em “história” e “bem”, a realização
dos sons não corresponde necessariamente ao que se
representa graficamente: na primeira palavra, a letra “h”
não é pronunciada, e na segunda, a letra “m” está nasali-
zando a vogal anterior numa combinação de ditongo nasal:
/ẽy/.
A partir desse exemplário de situações, concluímos que é
impossível existir uma ortografia ideal, pois as letras nem
sempre espelham apenas um som.
SÍLABA: GRUPOS VOCÁLICOS E CONSONANTAIS
Vários são os critérios que podem ser empregados para
classificar e combinar letras e fonemas, porém seremos
bem simples quanto à análise desse conteúdo.
Quando pronunciamos as palavras em português, elas
podem ser divididas de acordo com o(s) bloco(s) sonoro(s)
produzido(s). Cada bloco pronunciado equivalente a uma
emissão é chamado de sílaba. Em cada sílaba, os sons
vocálicos e consonantais podem ocorrer de forma inde-
pendente ou nos chamados grupamentos, cujas combina-
ções são variadas.
Vejamos os tipos de combinações sonoras existentes na
língua portuguesa:
1. ENCONTRO VOCÁLICO: sequência de sons de
base vocálica, que podem ocorrer dentro de uma mesma
sílaba ou não. Existem três tipos de encontro vocálico:
a. Hiato: sequência de duas vogais pronunciadas
em sílabas diferentes.
Ex.: ca-a-tin-ga / ru-í-do / en-sa-bo-ar
b. Ditongo: sequência de dois sons vocálicos pro-
nunciados numa mesma sílaba. Desses sons vocálicos, o
mais forte é chamado de vogal, e o mais fraco, semivogal.
Ex.: por-tão / cai-xa / cen-tau-ro
Os ditongos podem ser classificados em dois subtipos,
dependendo da ordem de ocorrência e da participação do
nariz na produção dos sons vocálicos:
crescentes: quando pronunciamos primeiro a
semivogal (som mais fraco) e depois a vogal (som mais
forte): pá-tria = semivogal /y/ + vogal /a/
decrescentes: quando pronunciamos primeiro a
vogal (som mais forte) e depois a semivogal (som mais
fraco): tou-ro = vogal /o/ + semivogal /w/
oral: o ar sai totalmente pela boca quando a
vogal é pronunciada: lei-te = na pronúncia da vogal /e/, o
ar sai pela boca.
nasal: o ar sai parcialmente pelo nariz quando a
vogal é pronunciada: mui-to = na pronúncia da vogal / ũ /,
parte do ar sai pelo nariz.
c. Tritongo: sequência de uma semivogal + uma
vogal + uma semivogal, sempre nesta ordem. Por conter
uma única vogal, o tritongo é indivisível.
Ex.: sa-guão / quais-quer / U-ru-guai
2. ENCONTRO CONSONANTAL: sequência de duas
consoantes pronunciadas num mesmo vocábulo. Os en-
contros consonantais podem ser classificados em dois
subtipos, a depender da separação ou não desses sons
consonantais em sílabas. Eis os mais comuns:
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NATURAIS DISJUNTOS
BL – blo-
co
GR – grá-tis
BD – ab-di-
car
DV – ad-ver-
tir
BR – Bra-
sil
PL – ple-beu
BL – sub-lin-
gual
FT – naf-ta-li-
na
CL – clo-
ne
PR – pri-mo
BN – ab-ne-
gar
LG – fol-ga
CR – cruz
PS – psi-co-
se
BS – sub-so-lo LS – sal-sa
CZ – czar PN –pneu BT – ob-tu-so
PT – ap-ti-
dão
DR – dro-
ne
TL – a-tlas CÇ – fac-ção RT – for-te
FL – flau-
ta
TR – tra-tor CS – fúc-sia ST – cons-tar
FR – fru-
ta
VL – Vla-di-
mir
CT – cac-to TM – rit-mo
GL – glí-
ter
VR – pa-la-
vra
DM – ad-mi-
rar
TN – et-ni-a
3. DÍGRAFO: emprego de duas letras para a repre-
sentação gráfica de um só fonema
Ex.: chá / malha / banha / posso / quero / guerra / piscina /
cresça / exceto / exsicar
OBS: Não haverá dígrafo nas sequências gu e qu se a letra
“u” for pronunciada. Neste caso, existe uma sílaba com
ditongo crescente: á-gua (a letra “u” forma ditongo com a
vogal “a”) / cin-quen-ta (a letra “u” forma ditongo com a
vogal “e”).
OBS: Além dos dígrafos consonantais (cujo som resultante
de duas letras é consonantal), existem os chamados dígra-
fos vocálicos, aqueles em que o único som resultante da
sequência de letras é vocálico nasal. Isso ocorre, por
exemplo, em: cantar (duas letras que originam o som
vocálico nasal / ã /), tempo (duas letras que originam o
som vocálico nasal / ẽ /), limpo (duas letras que originam o
som vocálico nasal / ĩ /), compacto (duas letras que origi-
nam o som vocálico nasal / õ /) e nunca (duas letras que
originam o som vocálico nasal / ũ /).
4. DÍFONO: corresponde ao som duplo /ks/ às vezes
produzido para a letra “x” em algumas palavras.
Ex.: fax, táxi, axila, mixar, tóxico
QUESTÕES PROPOSTAS
1. Marque com um ☑ somente as palavras que apresen-
tam ditongo crescente.
a. ⬜ ameixa
b. ⬜ amêndoa
c. ⬜ árduo
d. ⬜ aulão
e. ⬜ biscoito
f. ⬜ couro
g. ⬜ deixar
h. ⬜ dúzia
i. ⬜ égua
j. ⬜ mais
k. ⬜ pastéis
l. ⬜ perdão
m. ⬜ piscais
n. ⬜ quarenta
o. ⬜ seiva
2. Marque com um ☑ somente as palavras que apresen-
tam tritongo.
a. ⬜ aguentar
b. ⬜ baiano
c. ⬜ cheguei
d. ⬜ contraiu
e. ⬜ desiguais
f. ⬜ fogueira
g. ⬜ gueixa
h. ⬜ Guiana
i. ⬜ iguais
j. ⬜ isqueiro
k. ⬜ paraguaio
l. ⬜ quaisquer
m. ⬜ queijada
n. ⬜ queixume
o. ⬜ saguão
3. Marque com um ☑ somente as palavras que apresen-
tam hiato.
a. ⬜ alienígena
b. ⬜ caimento
c. ⬜ caindo
d. ⬜ faísca
e. ⬜ loucura
f. ⬜ luar
g. ⬜ oriente
h. ⬜ patroa
i. ⬜ quinze
j. ⬜ rainha
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k. ⬜ ruim
l. ⬜ sabedoria
m. ⬜ seiscentos
n. ⬜ tríade
o. ⬜ viajante
4. Marque com um ☑ somente as palavras que apresen-
tam dígrafo.
a. ⬜ aparelho
b. ⬜ cabeçalho
c. ⬜ caboclo
d. ⬜ cachecol
e. ⬜ carretel
f. ⬜ cruzados
g. ⬜ drágea
h. ⬜ escarlate
i. ⬜ estratosfera
j. ⬜ extrato
k. ⬜ flacidez
l. ⬜ história
m. ⬜ moleque
n. ⬜ nostalgia
o. ⬜ sessão
5. Escreva, entre os colchetes, a quantidade de fonemas
existente em cada palavra.
[ ] cachorro
a. [ ] chuvarada
b. [ ] disciplinar
c. [ ] estresse
d. [ ] excessivo
e. [ ] extrato
f. [ ] fixação
g. [ ] fundamentais
h. [ ] hexacampeão
i. [ ] ianques
j. [ ] ignorante
k. [ ] intoxicação
l. [ ] passarinho
m. [ ] quaisquer
n. [ ] quibe
QUESTÕES COMENTADAS
6. Indique a opção cuja sequência de vocábulos apresenta,
respectivamente: hiato / ditongo / hiato.
A. caída / criaram / outros
B. duas / faixa / enjoar
C. Uruguai / países / redução
D. ambiente / quaisquer / canção
E. feriado / aonde / chegou
7. Indique a opção em que todas as palavras apresentam
dígrafo.
A. questionam / pai / plácidas
B. intensivo / engenheiro / erradicar
C. ganhasse / criaturas / rainha
D. assalariado / filhote / pátria
E. prático / manchete / lixo
8. Assinale a opção em que todos os vocábulos apresen-
tam dígrafo.
A. glutão / digno / malho
B. querer / velho / sopro
C. carro / pérsico / rubro
D. chave / morro / ninho
E. passo / unha / tribo
9. A sequência em que a letra “x” corresponde ao mesmo
fonema em todas as palavras é:
A. exonerar / expelir / extinto.
B. sexo / afixar / inexequível.
C. exuberante / excitar / exótico.
D. máximo / sintaxe / tórax.
E. exuberante / exumar / exonerar.
10. Leia atentamente a tirinha abaixo.
I II
Assinale a afirmativa incorreta.
A. Há vocábulos com hiato no quadro I.
B. Não há encontro consonantal no quadro I.
C. No quadro II, há ditongo e encontro consonantal.
D. Há ditongos decrescentes orais em “ei” e “dois”.
E. Há dígrafos em “acho”, “que” e “combinação”.
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RESPOSTAS:
1. Marcar com ☑ somente: amêndoa, árduo, dúzia, égua e
quarenta.
2. Marcar com ☑ somente: desiguais, iguais, paraguaio,
quaisquer e saguão.
3. Marcar com ☑ somente: alienígena, caindo, faísca, luar,
oriente, patroa, rainha, ruim, sabedoria, tríade e viajante.
4. Marcar com ☑ somente: aparelho, cabeçalho, cachecol,
carretel, moleque e sessão.
5.
a. [ 6 ]
b. [ 8 ]
c. [ 10 ]
d. [ 7 ]
e. [ 7 ]
f. [ 7 ]
g. [ 8 ]
h. [ 10 ]
i. [ 10 ]
j. [ 5 ]
k. [ 8 ]
l. [ 11 ]
m. [ 8 ]
n. [ 8 ]
o. [ 4 ]
6. (B)
7. (B)
8. (D)
9. (E)
10. (B)
AULA 02
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
SÍLABA: TONICIDADE
Em uma palavra, nem todas as sílabas são pronunciadas
com a mesma intensidade. A sílaba pronunciada com mais
intensidade, isto é, com mais “força” que as demais da
mesma palavra, é chamada sílaba tônica. Já a(s) sílaba(s)
pronunciada(s) com baixa intensidade é/são chamada(s)
de sílaba(s) átona(s).
Às vezes, a sílaba tônica é acentuada graficamente; às
vezes, não. Em palavras com mais de uma sílaba, a tonici-
dade pode recair sobre a última, a penúltima ou a antepe-
núltima sílaba. Observe, nos exemplos a seguir, que as
sílabas em negrito são mais fortes que as demais de cada
palavra:
in-for-má-ti-ca ci-da-de si-ri
sílaba tônica
Dependendo da posição da tônica, as palavras recebem
determinadas classificações:
POSIÇÃO DA
TÔNICA
CLASSIFICAÇÃO EXEMPLOS
última oxítona
já / ser / grão /
Belém / angu /
paiol
penúltima paroxítona
cafezinho /
acordo / repór-
ter / indigno
antepenúltima proparoxítona
cheiíssimo /
simpático /
lâmina / ótimo
OBS: O Acordo Ortográfico não mais considera os monos-
sílabos como um grupo específico de tonicidade. Isso quer
dizer que tanto os monossílabos átonos (ex.: me, mas, e,
de, se, lo, lhe, por...) como os monossílabos tônicos (ex.:
eu, é, mar, céu, seis, nós, vi, bar, sei, Deus, mês...) são con-
siderados vocábulos oxítonos. Repare isso no exemplário
de oxítonas acima.
É muito importante identificar a sílaba tônica numa pala-
vra, pois isso ajudará no uso correto dos acentos agudo e
circunflexo na maioria das regras de acentuação a serem
estudadas a seguir.
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
1ª REGRA – Acentuação das palavras proparoxí-
tonas
TODAS AS PROPAROXÍTONAS SÃO ACENTUADAS
Exemplos: típico / lâmpada / códigos / relêssemos / polí-
gono / esplêndido
2ª REGRA – Acentuação das palavras oxítonas
ACENTUAM-SE AS OXÍTONAS
TERMINADAS EM
EXEMPLOS
A(s) chá / gás / guará / dá-
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61
lo / criticá-las
E(s)
crê / mês / você / vê-lo
/ vendê-las
O(s)
pó / nós / bisavô / pô-lo
/ expô-la
EM / ENS [com mais de 1 síla-
ba]
vintém / parabéns /
alguém
OBS: O Acordo Ortográfico não faz mais referência a mo-
nossílabos tônicos com relação a uma regra específica de
acentuação gráfica. Ou seja, os monossílabos tônicos, que
antigamente possuíam uma regra própria de acentuação
gráfica, passaram a compor o grupodas palavras oxítonas.
Para evitar que monossílabos terminados em -em (bem,
nem, sem, cem) sejam acentuados, foi anotado no quadro
acima que somente as palavras oxítonas com mais de uma
sílaba terminadas em -em/-ens devem receber acento.
OBS: Os pronomes oblíquos átonos “lo”, “la”, “los” e “las”
não devem ser considerados como sílaba. Note isso nos
exemplos: dá-lo, vê-lo, pô-lo, criticá-las, vendê-las e expô-
la.
3ª REGRA – Acentuação das palavras paroxítonas
ACENTUAM-SE AS PAROXÍTONAS
TERMINADAS EM
EXEMPLOS
I(s) / U(s)
biquíni / tênis / jiu-
jítsu / vírus
L / N / R / X
notável / hífen /
fêmur / tórax
UM / UNS / OM / ON(s)
álbum / fóruns /
iândom / íons
Ã(s) / PS
órfã / ímãs / bíceps /
fórceps
DITONGO +(s)
falência / órfãos /
pônei / áreas
OBS: As paroxítonas com terminação em/ens não recebem
acento. Exemplos: jovem / itens / hifens / polens.
4ª REGRA – Acentuação dos verbos TER / VIR /
VER e derivados no Presente do Indicativo
TE
R
DET
ER
MAN
TER
VI
R
CON
VIR
PRO
VIR
VE
R
REV
ER
EL
E
te
m
de-
tém
man-
tém
ve
m
con-
vém
pro-
vém
vê revê
EL
ES
tê
m
de-
têm
man-
têm
vê
m
con-
vêm
pro-
vêm
ve
em
reve
ve-
em
OBS: Segundo o Acordo Ortográfico, não se utiliza acento
circunflexo nas formas verbais paroxítonas que contêm a
vogal “e” tônica oral fechada em hiato com a terminação
“em” da 3ª pessoa do plural do presente do indicativo ou
do subjuntivo. Eis alguns exemplos: creem, deem, reveem,
entreveem, leem, releem e tresleem. O acento circunflexo
também deixa de ser utilizado na vogal tônica do grupa-
mento “oo”: voo, enjoo e coo.
5ª REGRA – Acentuação dos ditongos orais aber-
tos ÉIS e ÓI(s)
ACENTUAM-SE OS DITONGOS
ORAIS ABERTOS
(somente em oxítonas)
EXEMPLOS
ÉIS / ÓI(s)
méis / dói / coronéis /
constróis
OBS: Segundo o Acordo Ortográfico, não mais se acentuam
graficamente os ditongos abertos ÉI e ÓI quando recaírem
nas sílabas tônicas de palavras paroxítonas. Eis alguns
exemplos: assembleia, boia, colmeia, Coreia, heroico,
ideia, jiboia e paranoia. Caso esses dois ditongos recaiam
nas sílabas tônicas das palavras oxítonas, continuam sendo
acentuados, como em anéis e anzóis, por exemplo.
6ª REGRA – Hiato formado por vogal I ou U
As vogais “i” e “u” dos hiatos são acentuadas
desde que satisfaçam todas as seguintes condições:
sejam a 2ª vogal do hiato (vogal da direita): ta-
tu-í / ba-ú
sejam a única letra da sílaba (ou acompanhadas
de s): sa-í-da / ba-la-ús-tre
não sejam repetidas: xi-i-ta
não estejam seguidas de nh: ra-i-nha
não sejam precedidas de ditongo decrescente em
vocábulo paroxítono: fei-u-ra
7ª REGRA – Acento diferencial
Segundo o Acordo Ortográfico, existem somente
dois casos obrigatórios de vocábulos que, embora não se
enquadrem em nenhuma das regras anteriores, recebem
acento gráfico. Trata-se do chamado acento diferencial.
COM ACENTO SEM ACENTO
pôr (verbo) por (preposição)
pôde (passado do verbo
poder)
pode (presente do verbo
poder)
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62
QUESTÕES PROPOSTAS
1. Classifique as palavras abaixo segundo os códigos: [ 1 ]
oxítona ou [ 2 ] paroxítona.
a. [ ] atribuir
b. [ ] azaleia
c. [ ] caatinga
d. [ ] cabeleireiro
e. [ ] estandarte
f. [ ] genealogia
g. [ ] gratuito
h. [ ] harmonia
i. [ ] impopular
j. [ ] iogurte
k. [ ] meteorito
l. [ ] meteorologia
m. [ ] perspicaz
n. [ ] pressentir
o. [ ] ureter
2. Classifique as palavras abaixo segundo os códigos: [ 1 ]
oxítona, [ 2 ] paroxítona ou [ 3 ] proparoxítona.
a. [ ] atraídos
b. [ ] brasileiro
c. [ ] casamento
d. [ ] chapéu
e. [ ] cinema
f. [ ] círculo
g. [ ] daí
h. [ ] degrau
i. [ ] diâmetro
j. [ ] egípcios
k. [ ] eternidade
l. [ ] gramática
m. [ ] mitologia
n. [ ] orquestra
o. [ ] teoria
3. Em cada série de palavras abaixo, apenas uma delas
não deve ser acentuada. Sublinhe-a:
a. caracois / cedula / terreo / estatua / hifens
b. Grecia / Canada / Peru / Bolivia / Colombia
c. chapeus / jesuita / giria / patriota / habil
d. geleia / pasteis / papeis / incendios / Itau
e. Italia / Lisboa / Jundiai / Parana / Amazonia
f. otimo / tambem / pericia / maresia / onibus
g. tecnico / penultimo / juiz / portatil / higienico
h. Suiça / Suecia / Africa / Asia / Turquia
4. Em cada série de palavras abaixo, apenas uma delas
deve ser acentuada. Sublinhe-a:
a. caju / ruim / heroina / funil
b. rainha / tatu / porão / patria
c. patio / lagoa / jovem / coroa
d. ali / moinho / ruido / pastel
e. cedo / biologia / velozes / bau
f. campainha / toda / bolo / dificil
g. dicionario / companhia / editora / rua
h. anel / trovão / tenis / poço
5. Assinale com um ☑ apenas as palavras cujos hiatos
devem receber acento gráfico:
a. ⬜ bau
b. ⬜ caida
c. ⬜ cair
d. ⬜ escoar
e. ⬜ faisca
f. ⬜ feiura
g. ⬜ guru
h. ⬜ ucuuba
i. ⬜ miudo
j. ⬜ moinho
k. ⬜ mundau
l. ⬜ Raul
m. ⬜ ruim
n. ⬜ traidor
o. ⬜ xiita
QUESTÕES COMENTADAS
6. A única palavra que deve ser acentuada é:
A. abacaxi.
B. jovens.
C. ruim.
D. album.
E. tabu.
7. Assinale a opção em que a palavra, quando na forma
singular, não deve ser acentuada graficamente.
A. reféns
B. juízes
C. revólveres
D. troféus
E. incríveis
8. Marque a opção em que as palavras não obedecem à
mesma regra de acentuação gráfica.
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63
A. caráter / açúcar / ímpar
B. autônomo / psíquico / fenômeno
C. dói / aliás / também
D. existência / incríveis / necessário
E. saída / países / açaí
9. Marque a opção cujas palavras completam correta e
respectivamente as lacunas em: “Aqueles que _______ do
interior ________ a cidade como o mundo que lhes
__________”.
A. vêem / vêm / convêm
B. vêm / veem / convém
C. veem / vêm / convem
D. vêem / vêem / convém
E. vêm / vem / convêm
10. Assinale a frase que necessita de apenas um acento
gráfico segundo a norma culta.
A. Tecnico mantem o mesmo time para o jogo de
domingo.
B. Policia intervem na greve dos metalurgicos.
C. Aposentados mantem a esperança do reajuste.
D. Policiais detem tres suspeitos de assalto a banco.
E. Este produto não contem gluten em sua compo-
sição.
RESPOSTAS:
1.
a. [ 1 ]
b. [ 2 ]
c. [ 2 ]
d. [ 2 ]
e. [ 2 ]
f. [ 2 ]
g. [ 2 ]
h. [ 2 ]
i. [ 1 ]
j. [ 2 ]
k. [ 2 ]
l. [ 2 ]
m. [ 1 ]
n. [ 1 ]
o. [ 1 ]
2.
a. [ 2 ]
b. [ 2 ]
c. [ 2 ]
d. [ 1 ]
e. [ 2 ]
f. [ 3 ]
g. [ 1 ]
h. [ 1 ]
i. [ 3 ]
j. [ 2 ]
k. [ 2 ]
l. [ 3 ]
m. [ 2 ]
n. [ 2 ]
o. [ 2 ]
3. Sublinhar:
a. hifens
b. Peru
c. patriota
d. geleia
e. Lisboa
f. maresia
g. juiz
h. Turquia
4. Sublinhar:
a. heroina
b. patria
c. patio
d. ruido
e. bau
f. dificil
g. dicionario
h. tenis
5. Assinalar com ☑ apenas: baú, caída, faísca, miúdo e
mundaú.
6. (D)
7. (B)
8. (C)
9. (B)
10. (C)
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AULA 03
NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO
As normas ortográficas de um idioma objetivam sistemati-
zar e uniformizar a escrita para que ela se preserve. Com
isso, conseguimos ler textos escritos há séculos ou mesmo
em países onde se fala o mesmo idioma.
A última modificação ortográfica na língua portuguesa
ocorreu em 1990, quando da assinatura do Acordo Orto-
gráfico pelos representantes dos oito países lusófonos. Eis
as principais alterações do documento, válidas obrigatori-
amente a partir de 1º de janeiro de 2016, quepodem gerar
dúvidas em nosso dia a dia:
ALFABETO: as letras k, w e y compõem oficial-
mente o alfabeto e são utilizadas em símbolos, siglas, no-
mes estrangeiros e seus derivados.
Ex.: watt, km, Byron, byroniano.
TREMA: o trema é definitivamente eliminado da
língua portuguesa, porém permanece apenas em nomes
próprios estrangeiros e seus derivados.
Ex.: consequência, cinquenta, linguiça, tranquilo, Müller,
mülleriano, hübneriano.
DITONGOS ORAIS ABERTOS “ÉI” / “ÓI”: os diton-
gos orais abertos “ÉI” e “ÓI” não são mais acentuados em
palavras paroxítonas; somente em monossílabos e oxíto-
nas.
Ex.: assembleia, boia, heroico, ideia, paranoia, méis, anéis,
anzóis, constrói, dói.
HIATOS “OO” / “EE”: os hiatos “OO” e “EE” (nos
verbos “dar”, “crer”, “ler”, “ver” e seus derivados na ter-
ceira pessoa do plural) não são mais acentuados.
Ex.: abençoo, enjoo, magoo, perdoo, creem, deem, leem,
releem, veem, reveem.
ACENTO DIFERENCIAL: dos antigos casos obriga-
tórios de acento diferencial, apenas dois se mantiveram:
não posição entre “pode” (terceira pes-
soa do singular no presente do indicativo) e “pôde” (ter-
ceira pessoa do singular no pretérito perfeito do indicati-
vo) e
não posição entre a forma verbal “pôr”
(verbo) e a preposição “por”.
PAROXÍTONAS COM DITONGO DECRESCENTE
ÁTONO + “I” / “U” TÔNICO: não mais se acentuam o “u” e
o “i” tônicos das palavras paroxítonas quando precedidos
de ditongo decrescente.
Ex.: baiuca (bai-u-ca), boiuna (boi-u-na), feiura (fei-u-ra),
Sauipe (Sau-i-pe).
HÍFEN: o Acordo Ortográfico alterou significati-
vamente o uso do hífen, principalmente em palavras que
apresentam prefixos greco-latinos (auto-, anti-, ante-,
ultra-, infra-, entre outros) e pseudoprefixos.
Isso ocorreu porque os critérios até então utiliza-
dos para o (não) uso de hífen em palavras prefixadas não
eram razoáveis ou mesmo convincentes. Daí a enorme
dificuldade e a reclamação que os usuários de língua por-
tuguesa sempre tiveram acerca do hífen nesses casos.
A fim de facilitar o estudo do hífen, particular-
mente em palavras derivadas por prefixação, propõe-se,
na página seguinte, uma divisão didática com os nove
casos fundamentais de hifenização. Com o entendimento
deles, chegamos à montagem do quadro geral de hifeniza-
ção de prefixos e pseudoprefixos em língua portuguesa.
1º CASO
PREFIXO +
vocábu-
lo inici-
ado
por H
=
HIFENIZ
A
⮊
anti-higiênico
neo-helênico
super-homem
OBS.: Por motivo fonético, com os prefixos des- e in-,
retira-se a letra H da palavra original: habitável ⮊ inabitá-
vel / honesto ⮊ desonesto.
2º CASO
PREFIXO +
vocábu-
lo inici-
ado por
letra
igual à
última
do
prefixo
=
HIFENIZ
A
⮊
anti-
inflamatório
micro-ondas
inter-racial
EXCEÇÃO: Com os prefixos co-e re-, não se usa o hífen
quando o vocábulo seguinte inicia pelas vogais “o” e “e”,
respectivamente: cooperativa / coordenação / reeducação
/ reescrita.
3º CASO
PREFIXO +
vocábu-
lo inici-
ado por
letra
dife-
rente
da
última
do
=
NÃO
HIFENIZ
A
⮊
autoescola
supersofisti-
cado
semiárido
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prefixo
4º CASO
PREFIXO
termi-
nado
em vo-
gal
+
vocábu-
lo inici-
ado
por R /
S
=
NÃO
HIFENIZ
A
e
DOBRA
o R / S
⮊
autorretrato
extrasseco
minissaia
5º CASO
PRÉ
PRÓ
PÓS
+
vocábu-
lo com
“vida
pró-
pria”
=
HIFENIZ
A
⮊
pré-natal
pró-
desarmamen-
to
pós-graduado
6º CASO
EX /
SOTO
VICE /
VIZO
+
qual-
quer
vocábu-
lo
=
HIFENIZ
A
⮊
ex-marido
vice-diretor
7º CASO
CIRCUM
PAN
+
vocábu-
lo inici-
ado
por
vogal /
M / N
=
HIFENIZ
A
⮊
circum-
navegação
pan-
americano
8º CASO
PREFIXO
termi-
nado
em B
+
vocábu-
lo inici-
ado
por B /
R
=
HIFENIZ
A
⮊
abjunção
sob-roda
sub-base
9º CASO
AD +
vocábu-
lo inici-
ado
por D /
R
=
HIFENIZ
A
⮊
adnumeração
ad-rogar
QUESTÕES PROPOSTAS
1. Marque com um ☑ as palavras corretamente acentua-
das segundo o Novo Acordo Ortográfico.
a. ⬜ Este plano de pagamento não nos convêm.
b. ⬜ Esta aluna têm feito grande progressão.
c. ⬜ Poucas pessoas aqui detém o poder.
d. ⬜ Esta caixa contém alguns doces.
e. ⬜ Os professores sempre revêem as provas.
f. ⬜ Você ainda crê nessa lenda?
g. ⬜ Ela ainda vém à reunião.
h. ⬜ Eles relêem esta obra todos os anos.
i. ⬜ Seu depoimento convém ao advogado.
j. ⬜ Aquela festa provêm de tempos antigos.
2. Marque com um ☑ as palavras corretamente grafadas
segundo o Novo Acordo Ortográfico.
a. ⬜ antessala
b. ⬜ anti-nacional
c. ⬜ antirrábico
d. ⬜ auto-suficiente
e. ⬜ coautoria
f. ⬜ contra-almirante
g. ⬜ contra-produção
h. ⬜ extra-oficial
i. ⬜ hipoalergênico
j. ⬜ infra-assinado
k. ⬜ intra-ocular
l. ⬜ neo-republicano
m. ⬜ panamericano
n. ⬜ pré-escolar
o. ⬜ semiárido
p. ⬜ super-sensível
q. ⬜ suprarrenal
r. ⬜ ultra-radical
3. No trecho “... os demais fazem autocultivo e/ou fre-
quentam clubes cannábicos...”, a palavra destacada é escri-
ta sem hífen. Assinale a opção em que seja necessário o
hífen para a combinação dos elementos.
A. pan + americano
B. extra + conjugal
C. agro + indústria
D. hidro + elétrica
E. mega + evento
4. Segundo o Novo Acordo Ortográfico, assinale a opção
incorreta.
A. Eu abençoo todos os fiéis desta igreja, disse o
padre.
B. A ideia principal deste curso é proporcionar atua-
lização sobre a matéria.
C. Os cientistas estavam presentes na expedição no
momento em que a jóia foi encontrada no fundo do mar.
D. Todos os torcedores creem na recuperação do
time nesta etapa final.
E. Ele não pôde sair fim de semana passado, pois
prestou concurso público sábado e domingo.
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5. Indique a opção em que todas as palavras estão grafa-
das de acordo com as novas regras ortográficas.
A. antiinflamatório / antiácido / antioxidante / anti-
colonial / antirradiação / antissocial
B. anti-inflamatório / antiácido / antioxidante /
anticolonial / antiradiação / anti-social
C. anti-inflamatório / antiácido / antioxidante /
anticolonial / antirradiação / antissocial
D. anti-inflamatório / anti-ácido / anti-oxidante /
anticolonial / antirradiação / antissocial
E. anti-inflamatório / anti-ácido / anti-oxidante /
anti-colonial / antirradiação / antissocial
QUESTÕES COMENTADAS
6. Em qual opção as palavras tiveram a acentuação altera-
da em função do Acordo Ortográfico vigente?
A. têm / vêm
B. heroico / saúde
C. colmeia / herói
D. veem / descreem
E. pôr / feiura
7. Assinale a opção cujas palavras completam correta e
respectivamente as lacunas do fragmento: “O pronuncia-
mento do parlamentar na _______________ da peça de
teatro teve repercussão na imprensa, de modo que o outro
deputado, ao desembarcar do seu __________ rumo ao
Piauí também falou do assunto: ‘Os que __________ jor-
nais saberão do que estou falando.’”.
A. estréia / vôo / lêem
B. estreia / vôo / lêem
C. estreia / voo / leem
D. estréia / voo / leem
E. estreia / voo / lêem
8. Assinale a opção em que seja necessário o hífen para a
combinação dos elementos.
A. aero + espacial
B. auto + defesa
C. extra + conjugal
D. micro + cirurgia
E. vice + reitor
9. Assinale a opção em que pelo menos uma palavra apre-
senta erro de grafia.
A. hipermercado / intermunicipal / superproteção
B. anti-higiênico / coerdeiro / sobre-humano
C. super-homem / autoescola / infra-estrutura
D. extraclasse / anteontem / autoestrada
E. semiaberto / anteontem / hipoglicemia
10. Marque a opção em que o (não) emprego do hífen,
segundo o Acordo Ortográfico, está incorreto.
A. Vamos comprar um anti-inflamatórioporque ela
está superresfriada.
B. O quadro foi protegido com vidro antirreflexo.
C. Ele era corréu na acusação de ter assassinado o
contrarregra.
D. O grupo antissequestro já participa da investiga-
ção.
E. Trata-se de uma informação semioficial.
RESPOSTAS:
1. Marque com um ☑ as letras: d / f / i.
2. Marque com um ☑ as letras: a / c / e / f / j / n / o / q.
3. (A)
4. (C)
5. (C)
6. (D)
7. (C)
8. (E)
9. (C)
10. (A)
AULA 04
ORTOGRAFIA / HOMÔNIMOS / PARÔNIMOS
Na primeira aula, vimos que o sistema alfabético
não prevê a representação de todos os sons existentes na
língua portuguesa. Comentamos também que a escrita
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alfabética não prevê a representação de um mesmo fone-
ma sempre com a mesma letra. Além de dúvidas pontuais
com o uso de uma determinada letra, existem algumas
palavras ou expressões cujo emprego gera dúvidas devido
a alguma semelhança gráfica ou sonora. Vejamos seis
casos que intrigam muitas pessoas no dia a dia:
1. AO ENCONTRO DE / DE ENCONTRO A
a. Ao encontro de: significa “estar a favor de”.
Ex.: Nossos pensamentos vão ao encontro do sucesso.
b. De encontro a: significa “ser contra”, “em sentido
oposto a”.
Ex.: Jamais Leo vai de encontro ao que lhe digo.
2. ACERCA DE / CERCA DE
a. Acerca de: locução prepositiva que equivale a
“sobre”, “a respeito de”.
Ex.: Estudarei algo acerca de ortografia.
b. Cerca de: expressão que significa “aproximada-
mente”.
Ex.: Existem cerca de trinta alunos em sala.
3. HÁ / A
a. Há: forma do verbo “haver” utilizada na indicação
de tempo passado; equivale a “faz”.
Ex.: Não vejo Leo há quase quinze dias!
b. A: preposição utilização na indicação de tempo
futuro e de distâncias.
Ex.: Encontrarei Leo daqui a poucas horas. / Estou a cem
metros de casa!
4. MAL / MAU
a. Mal: pode ser substantivo ou advérbio.
Ex.: Esse é um mal provocado pela radiação. (substantivo
antônimo de “bem”)
Mal acabou o exame, o paciente desmaiou. (advérbio
de tempo)
b. Mau: pode ser substantivo ou adjetivo e é antô-
nimo de “bom”.
Ex.: É certo que os bons sobrepujarão os maus. (substanti-
vo)
Leo não é mau perdedor, mas consegue ser um bom
jogador! (adjetivo)
5. ONDE / AONDE
a. Onde: indica posicionamento, permanência.
Ex.: Não sei onde está o livro.
b. Aonde: indica destino, movimento para algum
lugar; geralmente utilizado com os verbos “ir” e “chegar”.
Ex.: Não sei aonde ela foi nem aonde ela quer chegar com
essa atitude.
6. EM VEZ DE / AO INVÉS DE
a. Ao invés de: significa “ao contrário de”.
Ex.: Ao invés de aceitar a proposta, o diretor a recusou.
b. Em vez de: significa “no lugar de”.
Ex.: Em vez de usar a caneta azul para assinar o documen-
to, usou a preta.
HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS
Outros casos que geram dúvida quanto à ortografia estão
relacionados com o uso de parônimos e homônimos. Pa-
rônimos são vocábulos que se parecem tanto na grafia
quanto na pronúncia. Já homônimos são vocábulos que
apresentam som e/ou grafia idênticos. Estes se dividem
em três tipos: os que apresentam apenas sons idênticos
(homônimos homófonos); os que apresentam apenas
grafias idênticas (homônimos homógrafos) e os que apre-
sentam grafia e de sons idênticos (homônimos perfeitos).
Eis, a seguir, uma breve listagem de alguns homônimos
homófonos e parônimos para consulta:
HOMÔNIMOS HOMÓFONOS
ACENDER: dar luz / pôr
fogo
ASCENDER: elevar / subir
ACENTO: inflexão de voz /
sinal gráfico
ASSENTO: lugar onde se
senta
BROCHA: prego curto /
tacha
BROXA: pincel usado em
caiação de paredes
CAÇAR: capturar / pren-
der animais
CASSAR: anular / tornar
sem efeito
CALÇÃO: calças curtas CAUÇÃO: fiança / garantia
CEGAR: tornar cego SEGAR: ceifar / cortar
CELA: pequeno compar- SELA: arreio / verbo “selar”
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timento (colocar selo)
CENSO: recenseamento /
contagem
SENSO: entendimento /
juízo
CÉPTICO: descrente
SÉPTICO: que causa infec-
ção
CERRAÇÃO: nevoeiro
denso
SERRAÇÃO: ato de cortar
com serra
CERRAR: fechar SERRAR: cortar com serra
CESSAR: interromper SESSAR: peneirar
CHÁ: bebida
XÁ: antigo título nobre usa-
do no Irã
CHEQUE: ordem de pa-
gamento
XEQUE: lance no jogo de
xadrez
CIDRA: fruto SIDRA: vinho de maçã
CONCELHO: município CONSELHO: aviso / parecer
CONCERTO: sessão musi-
cal
CONSERTO: reparo / corre-
ção
COSER: costurar COZER: cozinhar
ESPECTADOR: quem assis-
te a algo
EXPECTADOR: quem espera
ESPERTO: inteligente /
perspicaz
EXPERTO: perito / experien-
te
ESPIAR: espreitar / obser-
var / espionar
EXPIAR: sofrer castigo
ESPIRAR: respirar / soprar
EXPIRAR: morrer / acabar
vencimento
ESTRATO: camada / tipo
de nuvem
EXTRATO: fragmento / es-
sência / resumo
INCIPIENTE: iniciante /
principiante
INSIPIENTE: ignorante
INTERCESSÃO: ato de
interceder
INTERSEÇÃO: ato de cortar
TACHA: defeito / pequeno
prego
TAXA: imposto / tributo
PARÔNIMOS
ABSOLVER: perdoar /
inocentar
ABSORVER: sorver / aspirar
ACURADO: feito com
muito cuidado
APURADO: fino / refinado /
seleto
AFERIR: conferir / compa-
rar
AUFERIR: colher / obter
AMOSTRA: modelo /
porção
MOSTRA: exposição
ARREAR: pôr arreios /
enfeitar
ARRIAR: abaixar / descer
CAVALEIRO: aquele que
sabe cavalgar
CAVALHEIRO: homem cor-
tês / educado
CHALÉ: casa campestre
em estilo suíço
XALE: cobertura para os
ombros
COMPRIMENTO: extensão
CUMPRIMENTO: saudação /
ato de cumprir
DEFERIR: conceder DIFERIR: adiar / divergir
DELATAR: denunciar
DILATAR: alargar / ampliar /
expandir
DESCRIÇÃO: ato de des-
crever
DISCRIÇÃO: postura reser-
vada
DESCRIMINAÇÃO: absol-
vição de crime
DISCRIMINAÇÃO: separação
/ especificação
DESPENSA: lugar de man-
timentos
DISPENSA: licença
DESPERCEBIDO: não per-
cebido
DESAPERCEBIDO: desprepa-
rado
DOCENTE: relativo a pro-
fessores
DISCENTE: relativo a alunos
EMERGIR: vir à tona
IMERGIR: afundar / mergu-
lhar
EMIGRAR: sair do país de
origem
IMIGRAR: entrar num país
estrangeiro
ESTADA: permanência de
pessoas
ESTADIA: permanência de
veículos
FLAGRANTE: evidente
FRAGRANTE: aromatizado /
perfumado
FUSÍVEL: o que funde /
interruptor
FUZIL: arma de fogo
INCIDENTE: episódio
ACIDENTE: acontecimento
grave casual
INFLAÇÃO: alta de preços
INFRAÇÃO: violação / trans-
gressão
INFLIGIR: aplicar pena INFRINGIR: desrespeitar
MANDADO: ordem judici-
al
MANDATO: procuração
ÓTICO: relativo à orelha ÓPTICO: relativo à visão
PEÃO: de estância; que
anda a pé
PIÃO: brinquedo
PEQUENEZ: qualidade de
pequeno
PEQUINÊS: raça de cães / de
Pequim
PRECEDENTE: anteceden-
te
PROCEDENTE: oriundo /
proveniente
RATIFICAR: confirmar RETIFICAR: corrigir
SOAR: emitir som (eu soo,
tu soas...)
SUAR: transpirar (eu suo, tu
suas, ele sua...)
SORTIR: abastecer
SURTIR: resultar / produzir
efeito
TRÁFEGO: trânsito TRÁFICO: comércio ilegal
VULTOSO: volumoso
VULTUOSO: atacado de
congestão na face
QUESTÕES PROPOSTAS
1. Sublinhe o termo entre colchetes que deve ser corre-
tamente utilizado de acordo com cada contexto apresen-
tado.
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a. Há [ acerca │ cerca ] de quinze pessoas comen-
tando [ acerca │ cerca ] da prova.
b. Pretendia [ imergir │ emergir ] o submarino logo
que deixasse o porto.
c. Pretendia [ consertar │ concertar ] o forro do [
acento │ assento ].
d. Alguns [ mandatos │ mandados ] parlamentares
foram [ cassados │ caçados ].
e. O quarto tinha nove metros de [cumprimento │
comprimento ].
f. Contávamos com a [ descrição │ discrição ] de
todos para evitar o escândalo.
g. O revisor [ retificou │ ratificou ] os erros do texto
anterior.
h. A justiça [ infligiu │ infringiu ] a pena daqueles que
haviam [ infligido │ infringido ] a lei.
i. Quando as explicações passam [ desapercebidas │
despercebidas ], alguns alunos infelizmente acabam fican-
do [ desapercebidos │ despercebidos ] para a prova.
j. O [ cavaleiro │ cavalheiro ] da Idade Média era [
cavaleiro │ cavalheiro ] com o povo.
2. Reescreva as frases seguintes, ajustando todos os erros
ortográficos nelas existentes.
a. Na feira, fui à sessão de artesanato para ver como
as rendeiras cozem os panos.
________________________________________________
__________________
b. Até agora, ninguém sabe por que ratificaram o
motor em vez de jogá-lo fora.
________________________________________________
__________________
c. Existem pessoas que fazem mal juízo dos outros,
mesmo quando mau os conhecem.
________________________________________________
__________________
d. Não precisa cozer as batatas porque eu já fritei
algumas agora a pouco.
________________________________________________
__________________
e. Não sei onde você quer chegar com tantas per-
guntas há cerca do resultado!
________________________________________________
__________________
3. Complete corretamente as frases abaixo com o par de
termos proposto.
a) CONCERTO / CONSERTO
1. O _________________ do carro custou caro.
2. Já comprei os ingressos para o
_________________.
b) EMIGRANTE / IMIGRANTE
1. O brasileiro que vai morar no exterior é
___________________.
2. O europeu que vem morar no Brasil é
___________________.
c) AO INVÉS DE / EM VEZ DE
1. ____________________ estudar para a prova, foi
para a balada!
2. ____________________ levar a echarpe, deixou-o
em casa.
d) A PRINCÍPIO / EM PRINCÍPIO
1. ____________________, não se deve mentir!
2. ____________________, eu trabalhava de segun-
da a sábado.
e) DE ENCONTRO A / AO ENCONTRO DE
1. Essa ideia absurda vai ______________________
toda a filosofia da empresa!
2. Finalmente ele viajou milhas para ir
______________________ sua querida mãe.
4. Assinale com um ☑ os itens que apresentam uma afir-
mação correta.
a. ⬜ No período “É melhor mudar, senão o relacio-
namento acabará mal.”, o sentido e a correção seriam
mantidos caso o vocábulo “senão” fosse substituído por se
não.
b. ⬜ No período “Em lugar das sete horas diárias,
passaremos a trabalhar seis!”, a expressão “em lugar”
poderia ser substituída por em vez, sem prejuízo para o
sentido e a clareza do fragmento.
c. ⬜ O sentido da expressão informal “mal das
pernas” seria prejudicado caso se substituísse “mal” por
mau.
d. ⬜ No trecho “A Pastoral da Criança monitora
atualmente cerca de 2 milhões de crianças de até 6
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70
anos...”, mantém-se a correção gramatical ao se substituir
“cerca de” por acerca de.
e. ⬜ No fragmento “Há alguns anos, o INMETRO
analisou aspectos dimensionais de bandeiras nacionais...”,
a expressão “Há alguns anos” pode ser corretamente subs-
tituída por A anos atrás.
5. Assinale a opção em que o vocábulo “aonde” está cor-
retamente empregado.
A. Aonde você colocou o telefone sem fio?
B. Este é o bairro aonde nasci e fui criado.
C. Gostaria de saber aonde você está agora.
D. O pedido será enviado à direção do curso, aonde
será analisado.
E. Para manter o público informado, a imprensa
deve ir aonde a notícia está.
QUESTÕES COMENTADAS
6. Assinale a frase inteiramente correta quanto à ortogra-
fia.
A. Há cerca de dez cartas que esperam resposta.
B. Declaro impostos em dia, se não pago multa.
C. Mau comecei a usar o computador, faltou luz.
D. Não mexo no fax se não ele faz um barulho es-
tranho.
E. Daqui há pouco pesquisaremos sobre o tema.
7. Assinale o item que está mal redigido porque houve
emprego indevido de um vocábulo.
A. O criminoso foi preso em flagrante.
B. Os criminosos expiam suas culpas na prisão.
C. O acusado pediu despensa do depoimento.
D. O prisioneiro decidiu delatar o cúmplice.
E. Era iminente a prisão do grupo.
8. Marque a opção que apresenta uma troca indevida de
parônimos.
A. Algumas doações passam despercebidas.
B. Nem todos os ladrões são presos em flagrante.
C. Devia-se infligir penas duras aos estelionatários.
D. As leis não devem sortir o efeito desejado.
E. Deve-se atuar sempre com muita discrição.
9. Marque a frase que se completa corretamente com a
primeira das palavras entre colchetes.
A. Por praticar o esporte em área protegida, sua
licença foi _________. [ cassada │ caçada ]
B. A _______ dos guarás foi feita pelos turistas. [
discrição │ descrição ]
C. O turista ocupou o último ________ disponível
no barco. [ acento │ assento ]
D. No acampamento, alguém ________ alimentos. [
cosia │ cozia ]
E. Logo que o barco foi ________, partimos. [ con-
certado │ consertado ]
10. Assinale a opção correta quanto ao emprego de parô-
nimos.
A. O juiz agiu com descrição, para não tornar evi-
dente a sua dúvida.
B. O réu se disse inocente, e foi fragrante a dúvida
do juiz.
C. O réu foi descriminado da acusação pelo habili-
doso juiz.
D. O réu teve sua pena de oito anos proferida pelo
iminente juiz.
E. O réu ficou feliz: o juiz diferiu sentença favorável
a sua absolvição.
RESPOSTAS:
1.
a. Há cerca de quinze pessoas comentando acerca
da prova.
b. Pretendia imergir o submarino logo que deixasse
o porto.
c. Pretendia consertar o forro do assento.
d. Alguns mandatos parlamentares foram cassados.
e. O quarto tinha nove metros de comprimento.
f. Contávamos com a discrição de todos para evitar
o escândalo.
g. O revisor retificou os erros do texto anterior.
h. A justiça infligiu a pena daqueles que haviam
infringido a lei.
i. Quando as explicações passam despercebidas,
alguns alunos infelizmente acabam ficando desapercebidos
para a prova.
j. O cavaleiro da Idade Média era cavalheiro com o
povo.
2.
a. Na feira, fui à sessão de artesanato para ver como
as rendeiras cosem os panos.
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71
b. Até agora, ninguém sabe por que retificaram o
motor ao invés de jogá-lo fora.
c. Existem pessoas que fazem mau juízo dos outros,
mesmo quando mal os conhecem.
d. Não precisa cozer as batatas porque eu já fritei
algumas agora há pouco.
e. Não sei aonde você quer chegar com tantas per-
guntas acerca do resultado!
3.
a)
1. O conserto do carro custou caro.
2. Já comprei os ingressos para o concerto.
b)
1. O brasileiro que vai morar no exterior é emigran-
te.
2. O europeu que vem morar no Brasil é imigrante.
c)
1. Em vez de estudar para a prova, foi para a balada!
2. Ao invés de levar a echarpe, deixou-o em casa.
d)
1. Em princípio, não se deve mentir!
2. A princípio, eu trabalhava de segunda a sábado.
e)
1. Essa ideia absurda vai de encontro a toda a filoso-
fia da empresa!
2. Finalmente ele viajou milhas para ir ao encontro
de sua querida mãe.
4. Assinale com um ☑ somente o item b.
5. (E)
6. (A)
7. (C)
8. (D)
9. (A)
10. (C)
AULA 05
ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS
Quando lemos qualquer texto, é possível encontrar nele
palavras que nunca havíamos visto ou ouvido antes. No
entanto, muitas vezes conseguimos entender seus senti-
dos, pois são palavras derivadas de outras ou compostas
cujos elementos formadores já conhecemos. Quando
formamos uma palavra nova, normalmente aproveitamos
palavras já existentes e a elas acrescentamos “pedaços”
(prefixos e sufixos) também já conhecidos.
Nesta aula, conheceremos, num primeiro instante, os ele-
mentosmórficos existentes na estruturação interna das
palavras. Após isso, estudaremos os principais processos
de formação vocabular em nossa língua.
ESTRUTURA DAS PALAVRAS
As palavras são formadas de elementos mórficos ou mor-
femas. Em português, existem os seguintes morfemas:
radical, tema, vogal temática, desinências e afixos (prefi-
xos e sufixos). Estudemos cada um a seguir.
RADICAL: elemento mórfico básico que fornece a
significação do vocábulo. Nos verbos, o radical é obtido
por meio da retirada das terminações de infinitivo (-ar / -er
/ -ir / -or). Em relação aos nomes, o radical é a parte “ma-
triz” da palavra a que se ligam os demais morfemas.
Ex.: mistificar = mistific- (radical) + -ar (desinência de infi-
nitivo)
porteiro = port- (radical) + -eiro (sufixo)
VOGAL TEMÁTICA: elemento mórfico que se
junta ao radical para que ele possa receber outros morfe-
mas. As vogais temáticas podem ser:
nominais ⮊ são as vogais átonas “a”, “e”
e “o” em final de substantivos e adjetivos: mala / trigo /
triste.
OBS.: As palavras que terminam em consoante (cor, raiz,
mal, lápis...) ou vogal tônica (cajá, café, tupi, jiló, angu...)
são consideradas atemáticas, isto é, não apresentam vogal
temática. Tais palavras são indivisíveis e possuem desi-
nência zero (∅) de gênero e de número.
verbais ⮊ são as vogais “a”, “e”, “o” e
“i”, que indicam as três conjugações (1ª, para os verbos
terminados em -ar; 2ª, para os terminados em -er / -or e
3ª, para os terminados em -ir): falar / beber / pôr / fugir.
TEMA: equivale ao somatório de radical e vogal
temática. Nos nomes atemáticos, isto é, naqueles em que
não há vogal temática, o tema coincide com o radical.
DESINÊNCIAS: são morfemas que identificam as
flexões das palavras, que podem ser de gênero (feminino
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versus masculino), número (singular versus plural), tempo
(presente / pretérito / futuro), pessoa (1ª / 2ª / 3ª) ou
modo (indicativo / subjuntivo / imperativo). As desinên-
cias classificam-se em:
nominais ⮊ indicam gênero e número
nos nomes. As vogais “o” e “a” são as típicas marcas de
gênero. A ausência (∅) ou a presença de “s” são, respecti-
vamente, marcas de singular e plural.
Ex.: felina = felin- (radical) + -a (des. de gênero) + ∅ (des.
de número)
felinos = felin- (radical) + -o (des. de gênero) + -s (des. de
número)
verbais ⮊ as quatro principais categorias
gramaticais dos verbos (tempo, modo, número e pessoa)
apresentam-se na forma de duas desinências: uma para
tempo e modo (desinência modo-temporal) e outra para
número e pessoa (desinência número-pessoal).
Ex.: estudávamos = estud- (radical) + -a (vogal temática) +
-va (desinência que indica o tempo; pretérito imperfeito
do modo) + -mos (desinência que indica a 1ª pessoa do
plural: “nós”)
AFIXOS: são morfemas agregados ao radical para
formar novas palavras, derivadas desse radical. Os afixos
subdividem-se em sufixos (quando pospostos ao radical) e
prefixos (quando antepostos ao radical).
Ex.: infeliz = in- (prefixo) + feliz- (radical)
felizmente = feliz- (radical) + -mente (sufixo)
PROCESSOS DE FORMAÇÃO VOCABULAR
Na língua portuguesa, existem diversos processos por meio
dos quais surgem novas palavras, a maioria delas a partir
de outras originais, chamadas de primitivas. Embora al-
guns linguistas discordem de alguns procedimentos, se-
guem os processos de formação vocabular mais frequentes
na língua portuguesa:
PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS
NOME DO PROCESSO CONCEITO EXEMPLOS
COMPOSIÇ
ÃO
POR
JUSTAPOSIÇÃ
O
Junção de
dois ou mais
vocábulos
sem ocor-
rência de
perda foné-
tica nos
elementos
originais.
alto-
falante /
bem-te-vi
girassol /
malme-
quer
mapa-
múndi /
paraque-
das
passatem-
po / pon-
tapé
vaga-lume
/ verde-
oliva
POR
AGLUTINAÇÃ
O
Junção de
dois ou mais
vocábulos
com um
único acento
tônico a
partir da
perda foné-
tica em al-
gum dos
elementos
originais.
água +
ardente ⮊
aguarden-
te
em + boa +
hora ⮊
embora
filho + de
+algo ⮊
fidalgo
vinho +
acre ⮊
vinagre
DERIVAÇÃ
O
PREFIXAL
Adição de
um prefixo
ao radical de
uma palavra
primitiva.
infeliz
desleal
SUFIXAL
Adição de
um sufixo ao
radical de
uma palavra
primitiva.
felizmente
lealdade
PREFIXAL E
SUFIXAL
Adição de
um prefixo e
de um sufi-
xo, ambos
independen-
tes, ao radi-
cal de uma
palavra pri-
mitiva.
infelizmen-
te
deslealda-
de
PARASSINTÉTI
CA
ou
PARASSÍNTES
E
Adição si-
multânea e
obrigatória
de um prefi-
xo e de um
sufixo ao
radical de
uma palavra
primitiva.
esclarecer
achocola-
tado
IMPRÓPRIA
ou
CONVERSÃO
Mudança de
classe gra-
matical de
um vocábu-
lo, sem alte-
ração na
Esse verde
me aluci-
na.
(⮊ de
adjetivo a
substanti-
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forma origi-
nal, a partir
de um con-
texto especí-
fico de apli-
cação.
vo)
Seu saber
parecia
infinito.
(⮊ de
verbo a
substanti-
vo)
Pisei forte
sobre o
assoalho.
(⮊ de
adjetivo a
advérbio)
REGRESSIVA
ou
REGRESSÃO
Supressão
de elemento
final de
palavra pri-
mitiva.
Ocorre em
substantivos
abstratos
que, em
geral, pro-
vêm de ver-
bos de ação
ou movi-
mento.
ajudar ⮊
ajuda
consumir
⮊ consu-
mo
desajustar
⮊ desa-
juste
destacar
⮊ desta-
que
errar ⮊
erro
pescar ⮊
pesca
HIBRIDISMO
Junção, por
derivação ou
composição,
de dois ele-
mentos
(radicais e
afixos) origi-
nários de
línguas dife-
rentes.
alcoô +
metro ⮊
árabe +
grego
auto +
móvel ⮊
grego +
latim
buro +
cracia ⮊
francês +
grego
sócio +
logia ⮊
latim +
grego
ONOMATOPEIA
Reprodução
escrita de
sons e ruí-
dos.
pingue-
pongue /
plim-plim
reco-reco /
tique-
taque
ABREVIAÇÃO (ou REDUÇÃO)
Diminuição
da extensão
da palavra,
geralmente
com a reti-
rada de
sílabas, por
motivo de
economia ou
afetividade.
motocicle-
ta ⮊
moto
pneumáti-
co ⮊
pneu
fotografia
⮊ foto
pornogra-
fia ⮊
pornô
SIGLA
Emprego de
letras ou das
sílabas inici-
ais de pala-
vras forma-
doras de um
nome.
UFRJ / CPF
SENAC /
Petrobras
QUESTÕES PROPOSTAS
1. Assinale a opção que apresenta o processo de formação
do vocábulo sublinhado em “O canto das sereias é sur-
real”.
A. composição por justaposição
B. derivação imprópria
C. derivação prefixal
D. derivação sufixal
E. hibridismo
2. O substantivo “resgate” é formado por derivação:
A. prefixal.
B. parassintética.
C. sufixal.
D. imprópria.
E. regressiva.
3. A sequência cujos termos não apresentam o mesmo
radical é:
A. local / localidades / localizar.
B. terra / aterrar / aterrorizar.
C. povo / despovoado / povoação.
D. fumo / esfumaçar / defumar.
E. fluir / confluente / fluido.
4. A única palavra formada por derivação regressiva é:
A. enriquecimento
B. expedição
C. correspondente
D. ordenança
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E. abandono
5. Assinale a opção correta quanto à formação das pala-
vras “girassol”, “destampado”, “vinagre” e “irreal”, respec-
tivamente.
A. sufixação / parassíntese / aglutinação / prefixa-
ção
B. justaposição / prefixação e sufixação / aglutina-
ção / prefixação
C. justaposição / prefixação e sufixação / sufixação /
parassíntese
D. sufixação / parassíntese / derivação regressiva /
sufixação
E. aglutinação / prefixação / aglutinação / justapo-
sição
QUESTÕES COMENTADAS
6. Marque a opção em que ambos os vocábulos são for-
mados por parassíntese.
A. indisciplinado / desperdiçar
B. incineração / indescritível
C. despedaçar / compostagem
D. endeusado / envergonhar
E. descamisado / desonestidade
7. Assinale a opçãoem que o prefixo auto- apresenta
sentido diferente daquele que possui em “autoestima”.
A. autodidata
B. autopeça
C. autossuficiente
D. autobiografia
E. autoavaliação
8. Assinale a palavra que apresenta seu processo de for-
mação indicado de forma incorreta.
A. arvoredo ⮊ derivação parassintética
B. consumo ⮊ derivação regressiva
C. girassol ⮊ composição por justaposição
D. fidalgo ⮊ composição por aglutinação
E. rapidez ⮊ derivação sufixal
9. Os elementos sublinhados em “formoso”, “moça” e
“perco” são, respectivamente:
A. sufixo / vogal temática / vogal temática
B. desinência nominal / desinência nominal / desi-
nência número-pessoal
C. sufixo / desinência nominal / desinência número-
pessoal
D. desinência número-pessoal / vogal temática /
desinência número-pessoal
E. sufixo / sufixo / vogal temática
10. As palavras “envelhecer”, “honrosa”, “recompensar”
e “debate” são formadas, respectivamente, por derivação:
A. prefixal e sufixal / sufixal / prefixal / regressiva
B. parassintética / regressiva / prefixal e sufixal /
prefixal
C. parassintética / sufixal / prefixal e sufixal / paras-
sintética
D. parassintética / sufixal / prefixal / regressiva
E. prefixal e sufixal / regressiva / prefixal / regressi-
va
RESPOSTAS:
1. (B)
2. (E)
3. (B)
4. (E)
5. (B)
6. (D)
7. (B)
8. (A)
9. (C)
10. (D)
AULA 06
CLASSES GRAMATICAIS: SUBSTANTIVO / ADJETIVO
/ ADVÉRBIO
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As classes gramaticais, também chamadas de classes de
palavras, são grupos em que os vocábulos se enquadram
de acordo com as especificidades que possuem em um
contexto. Eles são classificados com base na forma em que
se apresentam e na função que assumem.
Um vocábulo fora de um contexto pertence a
determinada classe gramatical de acordo com as caracte-
rísticas que lhe são peculiares. Tal classe vem apontada
nos verbetes de dicionários antes da apresentação dos
possíveis significados das palavras.
No entanto, apontar a classe gramatical de uma
palavra não significa apenas memorizar uma listagem de
vocábulos isolados pelo dicionário. O que faz, de fato, com
que um vocábulo pertença a uma determinada classe tam-
bém é a relação que ele estabelece com outros vocábulos.
Veja, por exemplo, o que ocorre com a palavra “meio”:
Ex.: O aniversariante bebeu meio copo de uísque. (“meio”
⮊ numeral)
O meio acadêmico não lhe parecia agradável. (“meio” ⮊
substantivo)
O contribuinte está meio preocupado com a alta dos juros.
(“meio” ⮊ advérbio)
Na língua portuguesa existem dez classes de palavras divi-
didas em variáveis e invariáveis.
PALAVRAS VARIÁVEIS: são aquelas que alteram
sua forma para expressar mudança de gênero (masculino
ou feminino), de número (singular ou plural), de grau (au-
mentativo ou diminutivo), de pessoa (1ª, 2ª ou 3ª), de
tempo (presente, passado ou futuro) ou de modo (indicati-
vo, subjuntivo ou imperativo).
1. Substantivo: é a palavra que designa os seres de
modo geral, os quais podem ser animados ou inanimados,
concretos ou abstratos, reais ou imaginários, os objetos ou
apenas parte deles, os estados de espírito, as atividades
humanas, os fenômenos naturais, as sensações e os senti-
mentos.
Ex.: jacaré / planeta / falsidade / parachoque / natação /
chuva / alegria
2. Adjetivo: é a palavra que atribui característica a
um substantivo. Essas características podem ser qualida-
des, defeitos, estado material ou psicológico, aparência,
textura, cor ou tamanho.
Ex.: estudioso / invejosa / quebrado / liso / morena / mar-
rom / grande
3. Artigo: é a palavra que antecede um substantivo
para indicar seu gênero e número. O artigo também gene-
raliza (indefinido) ou particulariza (definido) um substanti-
vo. Eis todos os artigos:
Ex.: o / a / os / as (definidos) - um / uma / uns / umas
(indefinidos)
4. Pronome: é a palavra que substitui ou acompa-
nha um substantivo. Alguns pronomes também podem
indicar uma pessoa gramatical (1ª, 2ª ou 3ª).
Ex.: eu / mim / aquela / nosso / qualquer / qual / cujo / lo /
lhes / conosco
5. Numeral: é a palavra que indica quantidade,
posição numa série, múltiplos e frações de números.
Ex.: três / centésimo / quádruplo / um décimo
6. Verbo: é a palavra que expressa estado, ação,
movimento ou acontecimento. As formas verbais, depen-
dendo do contexto, podem conotar atitude, procedimento,
duração ou aspecto.
Ex.: cantar / cantando / cantado / venha / vieram / virão /
recebeu / recebido / receberá
PALAVRAS INVARIÁVEIS: são aquelas que não
alteram sua forma para expressar qualquer tipo de mu-
dança conjuntural, ou seja, elas não apresentam flexões.
7. Advérbio: é a palavra que modifica um adjetivo,
um verbo ou mesmo outro advérbio, atribuindo-lhes uma
circunstância.
Ex.: certamente / de fome / com uns amigos / no Irã / aos
gritos / nunca
8. Conjunção: é a palavra ou expressão que une
duas orações ou termos de uma oração.
Ex.: entretanto / a fim de que / por isso / e / embora / pois
/ conforme
9. Preposição: é a palavra que estabelece um elo de
dependência entre duas palavras.
Ex.: a / ante / após / até / com / de / em / para / por / sem
/ sob / sobre / trás
10. Interjeição: é a palavra ou expressão que expres-
sa emoções, desejos, avisos e saudações. Normalmente
sentido da interjeição depende do contexto discursivo.
Ex.: Xô! / Oba! / Silêncio! / Tomara! / Cuidado! / Olá! / Ei!
/ Alô!
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Após essa breve apresentação das dez classes
gramaticais e da possibilidade de variação de algumas
delas, faremos o estudo das mais importantes nos estudos
de língua portuguesa. Nesta aula, trataremos dos substan-
tivos, adjetivos e advérbios.
SUBSTANTIVO
O substantivo é a palavra que nomeia animais, atos, fenô-
menos, lugares, objetos, pessoas, sensações, sentimentos,
substâncias, vegetais, enfim, tudo que pode apresentar
uma “existência” própria, ainda que apenas imaginada,
como, por exemplo, “anjo”, “duende” e “fada”. Vejamos
algumas classificações dos substantivos.
CLASSIFICAÇÃO DO SUBSTANTIVO
QUANTO
À
FORMA
SIMPLES
É aquele cons-
tituído de
apenas um
radical.
água / sol
COMPOSTO
É aquele cons-
tituído de mais
de um radical.
aguardente
girassol
PRIMITIVO
É aquele que
não se origina
de nenhum
outro radical
da língua e
pode dar ori-
gem a outras
palavras.
flor / livro /
rato
DERIVADO
É aquele for-
mado a partir
de outros
radicais da
língua.
florista /
livraria
ratoeira
QUANTO
AO
SENTIDO
PRÓPRIO
É aquele que
faz referência
a um ser parti-
cular, único,
dentre aque-
les da mesma
espécie.
Amazonas
Aracaju /
Saturno
Maria /
Turquia
COMUM
É aquele que
faz referência
a todos os
seres de uma
mesma espé-
cie a partir de
suas proprie-
dades essenci-
ais.
água / casa
computador
/ carro livro
/ mesa / rio
CONCRETO
É aquele que
designa o ser
de existência
independente
(real ou ima-
ginária).
alma / carro
/ Deus flor /
Lua / dra-
gão
ABSTRATO
É aquele que
nomeia con-
ceitos como
ações, esta-
dos, qualida-
des, sentimen-
tos, sensa-
ções, os quais
não possuem
existência
independente.
amor /
beleza
calor / do-
ença felici-
dade / ódio
QUANTO
AO
CONTEÚDO
COLETIVO
É aquele que,
embora apre-
sente uma
forma singu-
lar, designa
um conjunto
de seres de
uma mesma
espécie, ou de
corporações
agrupadas
para determi-
nado propósi-
to.
assembleia
/ bando
biblioteca /
júri cardu-
me / legião
rebanho /
tropa
VARIAÇÃO DE GRAU DO SUBSTANTIVO
A classe dos substantivos permite variação quanto à signi-
ficação, que, além do “grau normal”, pode ser representa-
da pelos graus diminutivo(ideia de diminuição ou atenua-
ção) e aumentativo (ideia de aumento ou intensidade).
Vejamos um quadro com os dois processos de estrutura-
ção para ambos os graus de substantivos:
GRAU TIPO ESTRUTURA EXEMPLOS
DIMINUTIVO ANALÍTICO
acréscimo de
um adjetivo
indicador de
diminuição
ou de vocá-
bulo
com essa
proposta de
sentido
casa pe-
quena
sala mi-
núscula
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SINTÉTICO
acréscimo de
sufixo indi-
cador
de diminuti-
vo ao radical
casinha
saleta
AUMENTATIVO
ANALÍTICO
acréscimo de
um adjetivo
indicador de
aumento ou
de vocábulo
com essa
proposta
semântica
cabeça
enorme
parede
colossal
SINTÉTICO
acréscimo de
sufixo indi-
cador
de aumenta-
tivo ao radi-
cal
cabeçorra
paredão
OBS.: Os sufixos definidores dos graus dos substantivos,
além de veicular ideia de tamanho, podem traduzir, às
vezes, valores discursivos de afetividade, depreciação ou
ironia. Naturalmente o valor expressivo desses sufixos
será reconhecido com o contexto.
Ex.: Ele será sempre o filhinho do meu coração! (valor
afetivo)
Não perca tempo com a leitura desse livrinho. (sentido
pejorativo)
Que engraçadinho esse homem sentado na gangorra!
(valor irônico)
OBS.: Há substantivos cujos sufixos, ao longo do tempo,
perderam a ideia de diminutivo e aumentativo. Hoje, es-
ses vocábulos apresentam novas significações e são toma-
dos como em grau normal. Exemplos: armarinho / carti-
lha / cavalete / folhinha (calendário) / lingueta / músculo /
papelão / versículo...
ADJETIVO
O adjetivo é a palavra que atribui alguma característica ao
substantivo a que se refere. Sua finalidade principal é
chamar a atenção para determinada propriedade, modifi-
cando a extensão ou a abrangência de sentido do substan-
tivo. Desse modo, o adjetivo destaca uma determinada
propriedade do substantivo, ao limitar ou restringir seu
sentido.
POSIÇÃO DO AJETIVO E ALTERAÇÃO SEMÂNTICA
Geralmente o adjetivo é posicionado após o subs-
tantivo a que se refere. Contudo, algumas vezes, pode
haver uma anteposição, com consequente diferença de
sentido para o contexto. Veja alguns exemplos:
ADJETIVO POSPOSTO ADJETIVO ANTEPOSTO
amigo velho (= amigo idoso)
velho amigo (= amigo
antigo)
carro novo (= carro fabrica-
do recentemente)
novo carro (= carro dife-
rente do anterior)
homem pobre (= homem
sem recursos)
pobre homem (= homem
coitado)
professor grande (= profes-
sor alto)
grande professor (= exce-
lente professor)
LOCUÇÃO ADJETIVA
A locução adjetiva corresponde a uma expressão
formada por [preposição + substantivo] que apresenta
valor e função adjetiva: homem de negócio, navio a vapor,
café com leite... Muitas dessas locuções apresentam um
adjetivo como correspondente. Algumas são formas erudi-
tas, de uso praticamente restrito a textos literários. Veja
algumas delas:
de chumbo:
plúmbeo
de inverno:
hibernal
de prata:
argênteo
do fígado:
hepático
de chuva:
pluvial
de lago:
lacustre
de rio:
fluvial
do rim:
renal
de criança:
pueril; infantil
de leite:
lácteo
de vento:
eólio
sem cheiro:
inodor
de dinheiro:
pecuniário
de noite:
noturno
de verão:
estival
sem gosto:
insípido
de ilha: insu-
lar
de ouro:
áureo
de voz:
vocal
sem sal:
insosso
VARIAÇÃO DE GRAU DO ADJETIVO
Os adjetivos apresentam dois graus: o comparativo e o
superlativo. No caso do comparativo, confronta-se a
mesma qualidade entre os dois seres. Já no caso do super-
lativo, a qualidade é expressa em grau elevado, qualidade
de um substantivo não comparado com outro. Vejamos
um quadro com os processos de estruturação dos graus de
adjetivos:
GRAU TIPO EXEMPLOS
COMPARATIV
O
de superioridade
Ruth é mais
bonita (do)
que Leila.
de igualdade
Ruth é tão
bonita co-
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mo/quanto
Leila.
de inferioridade
Ruth é menos
bonita (do)
que Leila.
SUPERLATIVO
absolu-
to
analítico
Ralph é muito
inteligente.
sintético
Ralph é inteli-
gentíssimo.
relativo
de superio-
ridade
Leo é o mais
medroso do
pelotão.
de inferiori-
dade
Leo é o menos
pontual do
pelotão.
COMPARATIVO: comparam-se dois substantivos
para uma mesma característica.
SUPERLATIVO ABSOLUTO: expressa-se a caracte-
rística em seu grau mais elevado referente a um substanti-
vo. O superlativo absoluto analítico é expresso por meio
de advérbios (muito, extremamente, extraordinariamente,
bastante, entre outros): O caso é extraordinariamente
inédito. Já o superlativo absoluto sintético se forma com o
acréscimo dos sufixos -íssimo, -imo ou -rimo ao radical do
adjetivo: utilíssimo / boníssimo / dificílimo / fragílimo /
paupérrimo.
SUPERLATIVO RELATIVO: ressalta-se a caracterís-
tica de um substantivo em relação a outros que a possu-
am. O superlativo relativo se forma com a intercalação do
adjetivo nas fórmulas [o mais + adjetivo + de], correspon-
dente ao superlativo relativo de superioridade, e [o menos
+ adjetivo + de], correspondente ao superlativo relativo de
inferioridade.
OBS.: Existem seis adjetivos que são dignos de nota quanto
à variação de grau, pois apresentam peculiaridades estru-
turais. Veja-os no seguinte quadro:
ADJETIVO
COMPARATIVO DE
SUPERIORIDADE
SUPERLATIVO
ABSOLUTO
Analítico Sintético Analítico Sintético
BOM mais bom melhor
muito
bom
ótimo
MAU mais mau pior
muito
mau
péssimo
GRANDE
mais
grande
maior
muito
grande
máximo
PEQUENO
mais
pequeno
menor
muito
pequeno
mínimo
ALTO mais alto superior
muito
alto
supremo
/ sumo
BAIXO
mais
baixo
inferior
muito
baixo
ínfimo
ADVÉRBIO
O advérbio é a palavra que modifica um verbo, um adjetivo
ou outro advérbio, atribuindo-lhes uma circunstância de
significação. Vejamos um exemplo para cada modificação
mencionada:
Ex.: Anderson chegou tarde. (“tarde” modifica o verbo
“chegou”, indicando tempo)
Os alunos são muito atentos. (“muito” modifica o adjetivo
“atentos”, indicando intensidade)
Wallace cozinha muito mal. (“muito” modifica o advérbio
“mal”, indicando intensidade)
LOCUÇÃO ADVERBIAL
A locução adverbial corresponde a uma expressão
formada por [preposição + substantivo] ou [preposição +
advérbio] que apresenta valor e emprego de advérbio. Eis
alguns exemplos: Todos ficaram sem jeito. / Eles consegui-
ram entrar de graça. / Ela sempre me tratou com carinho. /
Os alunos saíram às pressas. / Via-se um transatlântico ao
longe.
VALORES SEMÂNTICOS DOS ADVÉRBIOS E DAS
LOCUÇÕES ADVERBIAIS
Os advérbios e as locuções adverbiais podem ser
de diversos tipos, de acordo com o sentido que assumem
nos contextos em que se encontram. Portanto, a classifi-
cação dos advérbios sempre deve considerar o recorte
discursivo. Veja as classificações mais comuns dos advér-
bios e das locuções adverbiais:
CLASSIFICAÇÃO DE ALGUNS ADVÉRBIOS
SEGUNDO AS CIRCUNSTÂNCIAS EXPRESSAS
DE
TEMPO
agora, hoje, amanhã, depois, já, ontem,
nunca, jamais, antes, cedo, brevemente,
raramente, de vez em quando, às vezes,
hoje em dia, em breve, à noite, de ma-
nhã...
DE
LUGAR
abaixo, acima, acolá, cá, lá, aqui, ali,
além, aquém, algures, alhures, nenhures,
atrás, dentro, perto, fora, longe, à es-
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querda, de longe, por perto...
DE
INTENSIDADE
muito, mui, assaz, pouco, bastante, quão,
mais, menos, tão, demasiado, meio,
completamente, excessivamente, demais,
em demasia, por completo, em excesso...
DE
MODO
bem, mal, assim, de cor, ao léu, melhor (=
mais bem), pior (= mais mal), calmamen-
te, em vão, passo a passo, debalde, de-
pressa, a pé, à vontade, às pressas, à
toa...
DEAFIRMAÇÃO
sim, certamente, deveras, realmente, com
certeza, sem dúvida, de fato, por certo...
DE
DÚVIDA
talvez, quiçá, provavelmente, porventura,
decerto, acaso...
DE
NEGAÇÃO
não, tampouco, de forma alguma, de
jeito / modo algum, de jeito nenhum...
O GRAU DO ADVÉRBIO
Muito embora a classe dos advérbios seja invariá-
vel (não apresentam variação de gênero e de número),
alguns advérbios admitem variação de grau em comparati-
vo e superlativo, de maneira parecida como a classe dos
adjetivos. Veja o quadro seguinte com ambas as possibili-
dades de estruturação:
GRAU TIPO EXEMPLOS
COMPARATIVO
de superioridade
Leo falava mais
alto (do) que o
pai.
de igualdade
Leo falava tão
baixo quanto o
pai.
de inferioridade
Leo falava menos
baixo (do) que o
pai.
SUPERLATIVO absoluto
analítico
O rapaz falava
muito baixo.
sintético
O rapaz falava
baixíssimo.
OBS.: Na linguagem coloquial, alguns advérbios se apre-
sentam no DIMINUTIVO (com valor de intensidade). Ex.: O
animal se move devegarinho (= muito devagar) / Ralph
acordava cedinho(= muito cedo) / A diretora mora pertinho
daqui (= muito perto).
OBS.: É possível um adjetivo ser empregado com valor de
advérbio. Essa mudança de classe gramatical a partir do
contexto é chamada de conversão ou derivação imprópria.
Ex.: vender caro / falar alto / comprar barato...
QUESTÕES PROPOSTAS
1. Assinale a opção em que o termo sublinhado apresenta
classificação morfológica diferente dos demais.
A. O coitado está se queixando dela com toda a
razão.
B. É uma palavra assustadora.
C. Num joguinho aceita-se até cheque frio.
D. Ele é meu braço direito, doutor.
E. Entre ter um caso e um casinho, a diferença, às
vezes, é passional.
2. Assinale a afirmativa em que a palavra “meio” não é
advérbio de modo.
A. A advogada não usou meio termo para se dirigir
ao acusado.
B. João parecia meio confuso durante a entrevista.
C. Ele ficou meio aborrecido, porém ficou calado.
D. Ninguém pode ser meio feliz.
E. A secretária está meio confusa quanto ao proce-
dimento burocrático.
3. Na frase “Todos estamos nos tornando, hoje, mais des-
confiados...”, a palavra sublinhada expressa intensidade.
Assinale o item em que o vocábulo “mais” não expressa
ideia de “aumento” ou “intensidade”.
A. Hoje estamos mais céticos que antes.
B. Não queremos mais saber de negativismos.
C. Treino e ganhou mais esperanças de jogar.
D. Eu me sinto mais o menos.
E. A controvérsia entre filósofos é mais acirrada.
4. Assinale a opção em que não há superlativo absoluto.
A. Meu paletó ficou tremendamente ridículo!
B. Seus cabelos eram negros, negros...
C. Este estrogonofe está além de gostoso.
D. Aquela poesia estava infantil à beça.
E. O pezão dela lembrava a Anastácia da história.
5. Leia o fragmento: “O atual governo, no entanto, entre
tantos erros e acertos, fez com que os pobres se vissem
como portadores de direitos sociais e protagonistas da
política.”
No trecho acima, o termo “pobres” está empre-
gado como ______________________ e, por isso, trata-se
de um emprego _______________ ao que ele assume na
frase: “As pessoas pobres têm ganhado a atenção do atual
governo.”
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Os espaços acima devem ser preenchidos, correta
e respectivamente, com:
A. advérbio – igual.
B. adjetivo – igual.
C. substantivo – igual.
D. adjetivo – diferente.
E. substantivo – diferente.
QUESTÕES COMENTADAS
6. Assinale a opção em que o termo destacado não possui
papel adjetivo.
A. Essa mercadoria veio da China.
B. A medida do governo não agradou a alguns seg-
mentos da sociedade.
C. Nunca ouvi esses sons de tambores.
D. Essa atitude denegriu a imagem da corporação.
E. Toque de caixa na venda dos produtos, pessoal!
7. Marque a opção que contenha o advérbio presente na
frase “Eu me apertava lá no final durante toda a viagem.”.
A. me
B. lá
C. viagem
D. toda
E. final
8. Assinale a opção em que a locução adverbial sublinhada
apresenta sentido diferente das demais.
A. Não trabalhe excessivamente durante o Natal.
B. Talvez eu não volte hoje para o hotel.
C. Você não dormiu na sala ontem à noite?
D. A taxa de desemprego aumenta a cada dia!
E. Os descontos são válidos de segunda a quinta.
9. Marque a opção que não contém termo adjetivo.
A. Gosto daquela rua asfaltada e arborizada.
B. Comprei um café expresso e dois pastéis.
C. Essa loja deve vender artigos para crianças.
D. As pessoas se preocupam pouco com os juros.
E. Quero uma blusa para adulto que seja barata!
10. Assinale o fragmento em que o vocábulo sublinhado
foi substantivado.
A. Sua imagem foi literalmente apagada de fotogra-
fias dos líderes da revolução.
B. Eis a técnica usada para eliminar o Trotsky.
C. Existe até uma técnica para retocar a imagem em
movimento.
D. Se a prova fotográfica não vale mais nada, a assi-
natura muito menos.
E. E se eu estiver lendo o relato de um eu hipócrita?
RESPOSTAS:
1. (A)
2. (A)
3. (B)
4. (E)
5. (E)
6. (A)
7. (B)
8. (B)
9. (D)
10. (E)
AULA 07
CLASSES GRAMATICAIS: PRONOME
Nesta aula, abordaremos exclusivamente a classe dos
pronomes, com suas propriedades e usos específicos.
Convém esclarecer que o estudo das posições dos prono-
mes oblíquos átonos será tratado ao final da parte grama-
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tical, pois pressupõe conhecimentos de assuntos aborda-
dos em aulas posteriores.
PRONOME
O pronome é a palavra que substitui ou acompanha os
substantivos. Eles podem também se remeter a palavras,
frases, orações e segmentos expressos anteriormente no
discurso. Vejamos os seis tipos de pronomes existentes e
seus usos.
PRONOMES PESSOAIS: indicam as três pessoas
do discurso: quem fala (1ª pessoa), com quem se fala (2ª
pessoa) e do que/de quem se fala (3ª pessoa). Os prono-
mes pessoais classificam-se em retos (quando assumirem
função de sujeito na oração) e oblíquos (quando assumi-
rem função de complemento na oração).
Ex.: Eu não li nada a respeito. / O distribuidor nada en-
tregou a mim.
Ele ainda não chegou. / A diretora não disse nada a ele.
PRONOMES PESSOAIS
Número Pessoa Retos
Oblíquos
Átonos
(usados sem
preposição)
Tônicos
(usados com
preposição)
Singular
1ª eu me
mim / comi-
go
2ª tu te ti / contigo
3ª
ele /
ela
o / a / lhe /
se
si / ele / ela /
consigo
Plural
1ª nós nos
nós / conos-
co
2ª vós vos
vós / con-
vosco
3ª
eles /
elas
os / as / lhes
/ se
si / eles /
elas / consi-
go
USOS DOS PRONOMES PESSOAIS
O domínio dos pronomes pessoais apenas pela
memorização do quadro acima não é suficiente. É necessá-
rio conhecer algumas peculiaridades e restrições de uso de
alguns pronomes. Vejamos as mais importantes:
O uso do pronome “eu” após uma preposição
dependerá exclusivamente da existência de uma forma
verbal posterior a ele: [preposição + EU + verbo]. Isso
significa que essa forma verbal precisa ter como sujeito o
pronome pessoal “eu”.
Ex.: Este bolo é para eu comer. / Não saia daqui sem eu
autorizar.
Se, em vez de verbo, existir na sequência um vocábulo de
outra classe gramatical ou qualquer sinal de pontuação,
não se pode utilizar “eu”, e sim “mim”: [preposição +
MIM + vocábulo ≠ verbo / sinal de pontuação].
Ex.: Ela quer sair sem mim. / Não existe amor entre mim
e você!
Os pronomes oblíquos “o”, “a”, “os” e “as” são
substituídos por “lo”, “la”, “los” e “las”, respectivamente,
quando forem complementos de formas verbais transitivas
diretas terminadas em -r, -s e -z, as quais perdem essas
letras:
Ex.: Vou convencer o diretor. Vou convencer-lo. Vou convencê-lo.
Fez as questões? Fez-las? Fê-las?
Oferecemos os serviços. Oferecemos-los. Ofere-
cemo-los.
Note que, além da eliminação das letras “r”, “s” e “z”,
deve-se atentar para a possibilidade de acentuação da
forma verbal resultante. Nem sempre haverá acentuação,
como em “oferecemo”, pois é vocábulo paroxítono termi-
nado em “o”
Os pronomes oblíquos “no”, “na”, “nos” e “nas”
são usados com formas verbais transitivas diretas termina-
das em som nasal, desde que não correspondam a futuro
do presente ou futuro do pretérito:
Ex.: Receberam a carga? Receberam-na?
O policial supõe os suspeitos culpados. O policial su-
põe-nos culpados.
Os policiais dão a carga como perdida. Os policiais
dão-na como perdida.
Note que, além da eliminação das letras “r”, “s” e “z”,
deve-se atentar para a possibilidade de acentuação da
forma verbal resultante. Nem sempre haverá acentuação,
como em “oferecemo”, pois é vocábulo paroxítono termi-
nado em “o”
Pronomes do caso
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OBS.: As terminações nasais de verbos conjugados no
futuro do presente e no futuro do pretérito não admitem o
pronome oblíquo “no” e flexões. Nessas duas situações,
ocorrerá a chamada mesóclise, que será estudada especifi-
camente no capítulo de Colocação Pronominal.
O pronome oblíquo “lhe(s)” deve ser usado como
objeto indireto, independentemente da terminação da
forma verbal transitiva:
Ex.: Entregaram o livro a eles? Entregaram-lhes o livro?
Note que a terminação nasal da forma nasal em nada in-
fluencia na escolha do pronome oblíquo “lhes” para substi-
tuir o objeto indireto “a eles”. Caso fosse solicitada a subs-
tituição do objeto direto “o livro”, a terminação nasal seria
levada em consideração para o uso do pronome “no”:
Entregaram-no a eles?
PRONOMES INDEFINIDOS: são aqueles que se
referem de uma forma vaga ou genérica a substantivos.
PRONOMES INDEFINIDOS
Variáveis Invariáveis
algum / bastante / certo / muito
nenhum / outro / qualquer / tanto
/ todo / vário
algo / alguém / cada
/ mais / menos /
nada / ninguém /
quem / tudo
Existem grupos de palavras que veiculam sentido indefini-
do, chamados de locuções pronominais indefinidas: cada
qual, cada um, o que quer que, qualquer um, quem quer
que, seja qual/quem for, todo aquele que, um ou outro...
USOS DOS PRONOMES INDEFINIDOS
Alguns dos pronomes indefinidos acima merecem
destaque quanto ao uso, não somente pela aplicação cor-
reta no cotidiano, como pela cobrança em algumas provas.
Vejamos algumas peculiaridades de três pronomes indefi-
nidos:
Algum(a): apresenta valor positivo, se colocado
antes do substantivo; quando posposto ao substantivo,
assume valor negativo, e equivale a “nenhum(a)”.
Ex.: Parlamentar algum comentou acerca do projeto de lei.
(= Nenhum parlamentar)
De forma alguma se pode desconsiderar a taxa de juros.
(= De nenhuma forma)
Certo(a):é pronome indefinido somente quando
anteposto ao substantivo; se estiver posposto, muda de
classe: é um adjetivo.
Ex.: Certa pessoa abriu solicitação de revisão.
(pronome indefinido = Determinada pessoa)
Ele é a pessoa certa para solucionar o caso.
(adjetivo = pessoa adequada)
Todo(a): apenas no singular e sem o artigo, signi-
fica “qualquer”; com o artigo, significa “inteiro”.
Ex.: Toda nação possui autonomia política. ⮊ (= Qualquer
nação)
Toda a nação pede justiça e paz. (= A nação inteira)
PRONOMES INTERROGATIVOS: são aqueles em-
pregados na formulação de interrogativas diretas ou indi-
retas.
PRONOMES INTERROGATIVOS
Variáveis Invariáveis
qual / quanto que / quem
Ex.: Quem arrotou durante o almoço? (interrogativa dire-
ta)
Quero saber quem arrotou durante o almoço. (interroga-
tiva indireta)
PRONOMES POSSESSIVOS: são aqueles que indi-
cam relação de posse entre os possuidores e as coisas
possuídas.
PRONOMES POSSESSIVOS
Singular Plural
Nú-
mero
Pes-
soa
Mascu-
lino
Femi-
nino
Mascu-
lino
Femi-
nino
Singu-
lar
1ª meu minha meus minhas
2ª teu tua teus tuas
3ª seu sua seus suas
Plural
1ª nosso nossa nossos nossas
2ª vosso vossa vossos vossas
3ª seu sua seus suas
PRONOMES DEMONSTRATIVOS: são aqueles que
situam pessoas ou objetos em relação às três pessoas do
discurso. Essas referências podem ocorrer no tempo, no
espaço ou no próprio texto.
PRONOMES DEMONSTRATIVOS
Pesso- Variáveis Invariá-
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as Masculino Feminino veis
Singu-
lar
Plural
Singu-
lar
Plural
1ª este estes esta estas isto
2ª esse esses essa essas isso
3ª aquele
aque-
les
aquela
aque-
las
aquilo
USOS DOS PRONOMES DEMONSTRATIVOS
Para empregar os pronomes demonstrativos ade-
quadamente, é necessário considerar as pessoas do discur-
so e aquilo de que se trata. Veja:
Em relação ao espaço
Este(s), esta(s) e isto indicam o que está perto da
pessoa que fala.
Ex.: Este cordão de prata que estou usando é do meu ir-
mão.
Esse(s), essa(s) e isso indicam o que está perto da
pessoa com quem se fala.
Ex.: Irmão, pode passar esse vidro de azeite que está perto
de você?
Aquele(s), aquela(s) e aquilo indicam o que está
distante tanto da pessoa que fala como da pessoa com
quem se fala.
Ex.: Vejam aquele palacete no alto da colina!
Em relação ao tempo
Este(s), esta(s) e isto indicam o tempo presente
ou futuro em relação à pessoa que fala.
Ex.: Irei ao shopping ainda esta tarde para ver o filme.
Esse(s), essa(s) e isso indicam tempo passado,
porém próximo à época em que se situa a pessoa que fala.
Ex.: Não consegui dormir muito bem essa noite...
Aquele(s), aquela(s) e aquilo indicam um afasta-
mento no tempo, de modo vago ou como tempo remoto.
Ex.: Naquele tempo, as formas de tratamento pouco vari-
avam no cotidiano...
Em relação ao escrito / falado ou ao que se vai
escrever / falar
Este(s), esta(s) e isto são empregados ao se fazer
referência a algo sobre a qual ainda se vai falar.
Ex.: São estes os meus materiais: chave de fenda, lima,
broca, martelo e serrote.
Esse(s), essa(s) e isso são empregados ao se fazer
referência a algo sobre o qual já se falou.
Ex.: Seu sucesso no concurso, isso é que mais importa para
mim.
Aquele(s), aquela(s) e aquilo são empregados
quando se faz referência a termos mencionados; aquele(s)
/ aquela(s) / aquilo para o referido em primeiro lugar e
este(s) / esta(s) / isto para o referido por último.
Ex.: Drummond e Machado são autores meus favoritos:
este na prosa; aquele na poesia.
OBS.: São também pronomes demonstrativos o, a, os, as,
quando equivalem a isto, isso, aquele, aquela, aqueles,
aquelas.
Ex.: Comprei exatamente o que ela me pediu. (o = aquilo)
PRONOMES RELATIVOS: são aqueles que ligam
duas orações, substituindo, na segunda oração, um termo
já expresso na primeira, chamado de antecedente.
Ex.: O açaí que comprei estava bem cremoso.
Aquela é a casa onde morei por três anos.
Recebi o arquivo cujos textos não foram revisados.
O modo como dormi foi horrível.
PRONOMES RELATIVOS
Variáveis
Invariáveis Masculino Feminino
Singular Plural Singular Plural
o qual os quais a qual as quais que
cujo cujos cuja cujas onde
quanto quantos –––– quantas quando
como
quem
USOS DOS PRONOMES RELATIVOS
Os pronomes relativos acima listados possuem
peculiaridades de uso. Vejamos como cada um deve ser
utilizado a partir da união de duas orações independentes.
Que: pronome relativo invariável mais utilizado
em nosso cotidiano para se referir a coisa ou pessoa.
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Ex.: Comprei o perfume. + O perfume é importado.
Comprei o perfume que é importado.
O pronome relativo “que” une a primeira oração à segunda
de modo que o termo “o perfume” não se repita. Portan-
to, dizemos que o pronome relativo “que” se refere ou
tem como antecedente o termo “o perfume”.
O qual (e flexões): pronome relativo variável que
substitui naturalmente o invariável “que”.
Ex.: Vendi o livro. + O livro é antigo.
Vendi o livro o qual é antigo.
O pronome relativo “o qual” une as orações a fim de evitar
a repetição do termo “o livro”. Portanto, dizemos que o
pronome relativo “o qual” se refere ou tem como antece-
dente o termo “o livro”.
Quem: pronome relativo invariável utilizado para
se referir especificamente a pessoa e sempre antecedido
de preposição exigida por um termo da segunda oração.
Ex.: Aquele é o professor. + Eu gosto do professor.
Aquele é o professor de quem eu gosto.
O pronome relativo “quem” une as orações a fim de evitar
a repetição do termo antecedente “o professor”. Uma vez
que o verbo “gostar” exige complemento iniciado pela
preposição “de”, esta deve ser obrigatoriamente posicio-
nada antes do pronome relativo “quem”.
Cujo (e flexões): pronome relativo utilizado espe-
cificamente para veicular ideia de posse entre o antece-
dente e o substantivo posterior que especifica.
Ex.: A aluna foi dispensada. + O uniforme da aluna está
rasgado.
A aluna cujo uniforme está rasgado foi dispensada.
Ao unir as duas orações, o pronome relativo “cujo” veicula
a ideia de posse (do qual / de quem / de que) entre o subs-
tantivo posterior “uniforme” e seu termo antecedente
“aluna”.
É muito importante destacar outras duas propriedades do
pronome “cujo”: [1] ele sempre concorda com o elemento
posterior, ainda que se refira a um anterior (note, no
exemplo, que “cujo” foi utilizado para concordar no mas-
culino singular com o substantivo “uniforme”) e [2] ele não
pode ser antecedido de artigo definido (note que o artigo
definido “o” original da segunda frase a ser somada foi
eliminado após o uso do pronome relativo “cujo”).
Onde: pronome relativo invariável específico
usado para indicar lugar. Pode ser substituído pelos equi-
valentes “em que” e “no qual”, estes com as respectivas
flexões.
Ex.: Morei numa casa grande. + A casa grande está à ven-
da.
A casa grande onde / em que / na qual morei está à
venda.
É importante ressaltar que o pronome relativo “onde”
somente deve ser empregado para indicar “posição em um
lugar”. Se a ideia do contexto for de “movimento para um
lugar”, devemos utilizar “aonde”. Veja a diferença no par
de frases a seguir:
Ex.: O mercado onde compro bebidas fica longe daqui.
(eu compro em um lugar > posição)
O mercado aonde vou semanalmente fica longe daqui.
(eu vou a um lugar > movimento)
Quando: pronome relativo que retoma termo
indicador de tempo.
Ex.: Aquele foi o instante. + Ele decidiu ir embora naquele
instante.
Aquele foi o instante quando ele decidiu ir embora.
Como: pronome relativo que retoma termo indi-
cador de modo.
Ex.: Veja a maneira. + O vídeo pode ser editado de uma
maneira.
Veja a maneira como um vídeo pode ser editado.
QUESTÕES PROPOSTAS
1. Para reconhecer o vocábulo “que” como pronome rela-
tivo, conseguimos substituí-lo por o qual, a qual, os quais,
as quais. Faça essas substituições abaixo, realizando al-
guma adaptação necessária.
a. Há pessoas que não pensam nos sentimentos
alheios.
________________________________________________
__________________
b. O seriado a que me refiro saiu do ar semana pas-
sada.
________________________________________________
__________________
c. Este é um ideal por que todos devem lutar.
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________________________________________________
__________________
d. Existem ideias em que não acreditamos.
________________________________________________
__________________
2. Faça a conexão das frases a seguir por meio de um dos
seguintes relativos: que, quem, onde. Inicie sempre com
a primeira frase oferecida do par.
a. Emprestei o livro. O livro é chamado “O sol tam-
bém se levanta”.
________________________________________________
__________________
b. A casa era grande e antiga. Morei na casa.
________________________________________________
__________________
c. Esta é a pessoa. Devo eterna gratidão a ela.
________________________________________________
__________________
3. Una as orações com o pronome relativo cujo ou uma de
suas flexões. Veja o exemplo:
a. A aluna foi para casa. O uniforme da aluna ras-
gou.
________________________________________________
_________________
b. O rapaz foi visitar a tia no hospital. A tia do rapaz
está internada.
________________________________________________
__________________
c. Os idosos devem receber cuidados intensivos.
Essas pessoas têm a saúde mais debilitada.
________________________________________________
__________________
________________________________________________
__________________
4. Assinale a opção que completa, correta e respectiva-
mente, a lacuna das frases.
I. Entre _______ e os funcionários deste setor, não há
pontos discordantes.
II. Para _______ aceitar essa oferta, é preciso haver au-
mento substancial de salário.
III. As informações referentes aos novos funcionários não
chegam até _______.
IV. Para ______, não foi motivo para demissão.
A. eu / mim / mim / mim
B. mim / eu / eu / mim
C. eu / mim / eu / eu
D. mim / eu / mim / mim
E. mim / mim / eu / mim
5. No segmento “Dos dois criminosos, digamo-lo já, quem
veio a suportar a carga pior foi ela e as que depois dela
vieram...”, a classificação dos pronomes sublinhados, pela
ordem de ocorrência, é:
A. pessoal / relativo / pessoal / demonstrativo /
relativo / possessivo.
B. pessoal / indefinido / pessoal / demonstrativo /
relativo / pessoal.
C. demonstrativo / relativo / pessoal / demonstrati-
vo / relativo / pessoal.
D. demonstrativo / indefinido / pessoal / demons-
trativo / relativo / pessoal.
E. pessoal / indefinido / pessoal / indefinido / relati-
vo / pessoal.
QUESTÕES COMENTADAS
6. Assinale a frase incorreta quanto ao emprego do pro-
nome relativo em destaque.
A. Conversei com os operários os quais construíram
o mausoléu.
B. Existem coisas em que não acreditamos.
C. A aluna cujo o uniforme rasgou foi para casa.
D. A casa em que morei era grande e antiga.
E. Devemos respeitar as pessoas com quem convi-
vemos.
7. A palavra sublinhada apresenta sua classe gramatical
corretamente indicada em:
A. “mais desconfiado que no passado” ⮊ pronome
indefinido.
B. “somos todos bastante divididos interiormente”
⮊ pronome indefinido.
C. “ninguém pode assegurar que são inteiramente
dignas” ⮊ pronome relativo.
D. “mais acirrada será a controvérsia entre eles” ⮊
pronome pessoal reto.
E. “Só acredite no que seus olhos veem” ⮊ prono-
me demonstrativo.
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8. Assinale a opção em que o pronome oblíquo átono foi
usado corretamente.
A. O funcionário comprou os equipamentos de pes-
ca. ⮊ O funcionário comprou-los.
B. Paguei ao síndico todas as taxas prediais. ⮊ Pa-
guei-o todas as taxas prediais.
C. O técnico queria conservar o material no labora-
tório. ⮊ O técnico queria conservar-lo no laboratório.
D. Planto as mudas de algodão neste jardim. ⮊
Planto-las neste jardim.
E. Entreguei todos os malotes a elas. ⮊ Entreguei-
lhes todos os malotes.
9. Assinale a opção em que há uso indevido do termo
destacado.
A. Não conheci a síndica de cujas ideias você discor-
dava.
B. O diretor trabalha num edifício cujos escritórios
ocupamdois terços de cada pavimento.
C. Trabalhamos numa empresa renomada onde
todos os funcionários são cooperadores.
D. O livro pelo qual estou entusiasmado é um ro-
mance policial.
E. O gabinete situa-se no primeiro andar onde envi-
aram o equipamento.
10. Marque a opção em que os termos destacados foram
corretamente substituídos por um pronome oblíquo áto-
no.
I. Nunca mais há de ver as terras.
II. Deixaram o homem sonhar com suas estrelas.
III. Acompanhamos sua agonia até o fim.
IV. O pastor aspirava com alegria o ar da montanha.
A. vê-las / deixaram-no / acompanhamo-la / aspira-
va-o
B. vê-las / deixaram-lhe / acompanhamos-lhes /
aspirava-o
C. ver-lhes / deixaram-no / acompanhamo-la / aspi-
rava-lhe
D. vê-lhes / deixaram-lhe / acompanhamos-lhe /
aspirava a ele
E. vê-las / deixaram-no / acompanhamos-la / aspi-
rava-o
RESPOSTAS:
1.
a. Há pessoas as quais não pensam nos sentimentos
alheios.
b. O seriado ao qual me refiro saiu do ar semana
passada.
c. Este é um ideal pelo qual todos devem lutar.
d. Existem ideias nas quais não acreditamos.
2.
a. Emprestei o livro que é chamado “O sol também
se levanta”.
b. A casa onde morei era grande e antiga.
c. Esta é a pessoa a quem devo eterna gratidão.
3.
a. A aluna cujo uniforme rasgou foi para casa.
b. O rapaz cuja tia está internada foi visitá-la no
hospital.
c. Os idosos cuja saúde é mais debilitada devem
receber cuidados intensivos.
4. (D)
5. (B)
6. (C)
7. (E)
8. (E)
9. (E)
10. (A)
AULA 08
CLASSES GRAMATICAIS: VERBO
O estudo dos verbos é bastante extenso e complexo,
o que poderia ser feito em várias aulas. No entanto,
esse não é o nosso propósito. Portanto, nesta aula,
abordaremos os conceitos essenciais relativos aos
estudos verbais, os quadros flexionais de verbos re-
gulares, a formação dos imperativos e a correlação
de tempos e modos verbais.
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87
VERBO
O verbo é a palavra que exprime ação, acontecimen-
to, estado, mudança de estado e fenômenos meteo-
rológicos, situando-os sempre em relação a determi-
nado tempo cronológico. Além disso, o verbo é a
única classe gramatical que admite flexão de tempo,
modo, número, pessoa e voz.
Vejamos agora os conceitos essenciais referentes aos
verbos.
FORMA NOMINAL: são formas estruturais
dos verbos que podem desempenhar funções equiva-
lentes às exercidas pelos nomes (substantivos / adje-
tivos / advérbios). Existem três formas nominais, a
depender da desinência acrescida ao tema verbal:
FORMA
NOMINAL
PROPRIEDADE EXEMPLOS
INFINITIVO desinência -r
falar / nevar / es-
tender / partir
GERÚNDIO
desinência -
ndo
falando / nevando /
estendendo / par-
tindo
PARTICÍPIO desinência -do
falado / bebido /
estendido / partido
OBS.: O particípio –do é chamado particípio regular.
Alguns verbos o chamado particípio irregular, cuja
terminação não é fixa, ou seja, convém conhecê-las
por experiência de vida. Exemplos: “feito” (particípio
irregular do verbo “fazer”) / “reposto” (particípio
irregular do verbo “repor”).
CONJUGAÇÃO: é o grupo ao qual um verbo
pertence de acordo com a sua terminação de infiniti-
vo. Existem três conjugações verbais em língua por-
tuguesa:
CONJUGAÇÃO PROPRIEDADE EXEMPLOS
1ª
infinitivo termi-
nado em -ar
alegrar / falar /
gostar / relaxar
2ª
infinitivo termi-
nado em -er / -or
beber / ter / pôr
/ repor / supor
3ª
infinitivo termi-
nado em -ir
explodir / falir /
partir / sentir /
sumir
OBS.: O verbo “pôr” e seus derivados (“repor”, “su-
por”, “compor”, “entrepor”...) pertencem à segunda
conjugação por uma razão histórica: em latim, o
verbo “pôr” apresentava a vogal temática “e”, de
segunda conjugação (“poer”). Na evolução linguística
até o português atual, essa vogal da forma original
caiu. No entanto, adotou-se essa estrutura clássica
para alocar o verbo “pôr” e seus derivados no grupo
de segunda conjugação.
LOCUÇÃO VERBAL: é o conjunto com dois,
três ou quatro verbos que funcionam como se fosse
uma forma verbal simples. As locuções mais comuns
em prova são aquelas formadas por dois verbos: o
primeiro é chamado de auxiliar, e o segundo, princi-
pal.
LOCUÇÃO VERBAL
PAPEL
VERBAL
DENIFIÇÃO EXEMPLOS
VERBO
PRINCIPAL
aquele que, nas ora-
ções, mantém seu
sentido próprio na
locução
estou estu-
dando / tenho
vendido
VERBO
AUXILIAR
aquele que se junta
ao verbo principal
para formar estrutu-
ras compostas
estou estu-
dando / tenho
vendido
OBS.: Os verbos auxiliares mais frequentes são:
“ser”, “estar”, “ir”, “ter” e “haver”. Nas locuções ver-
bais, apenas o verbo auxiliar é flexionado (em tempo,
modo, número e pessoa); os verbos principais cor-
respondem sempre a uma das três formas nominais.
MODO: os modos verbais são padrões espe-
cíficos de conjugação organizados a partir da modali-
dade verbal, ou seja, da intenção ou postura psicoló-
gica da pessoa que fala em relação ao que se anuncia.
Existem três modos verbais.
MODOS VERBAIS
MODO DENIFIÇÃO EXEMPLOS
INDICATIVO
apresenta o enunciado
como certeza em refe-
rência ao presente,
passado ou futuro
falo / rece-
beu / parti-
rão
SUBJUNTIVO
apresenta o enunciado
como incerto ou possí-
vel em referência ao
tivesse /
pareça /
souber
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88
presente, passado ou
futuro
IMPERATIVO
apresenta o enunciado
como ordem, pedido
ou conselho, sem
qualquer relação tem-
poral, situando-o no
exato momento da
enunciação
traga / não
desça /
venha
OBS.: Os quadros flexionais dos verbos nesses mo-
dos serão apresentados, bem como a formação dos
imperativos afirmativo e negativo serão tratados em
outra seção ainda nesta aula.
TEMPO: os tempos verbais servem para situ-
ar o enunciado em relação ao momento em que se
expressa. Com isso, evidencia-se uma importante
distinção: o momento em que ocorre um fato não é
necessariamente o mesmo em que esse fato é narra-
do. Vejamos a seguir os tempos simples dos modos
indicativo e subjuntivo com seus usos mais comuns.
TEMPOS VERBAIS NO MODO INDICATIVO
TEMPO USO(S) EXEMPLOS
PRESENTE
indica o momento
em que se anun-
cia algo (presente
pontual)
Eu estou cansa-
do.
refere-se a ações /
situações habitu-
ais
Dormimos cedo
todos os dias.
refere-se a um
momento passado
(muito utilizado
em textos jorna-
lísticos)
Desemprego
cresce no fim de
2018.
refere-se a fatos
imutáveis, esta-
dos, opiniões e
sentimentos
A água congela
a zero grau.
Não gosto de
ameixa.
PRETÉRITO
PERFEITO
indica a conclusão
e/ou a localização
de um fato/ideia
pontual no passa-
do
O Brasil gastou
bilhões com
remédios de alto
custo em um
ano.
PRETÉRITO
IMPERFEITO
indica a frequên-
cia ou repetição
de um fato encer-
Eu jogava bola
de gude no re-
creio.
rado, ou seja,
indica o que no
passado era habi-
tual ou contínuo
expressa uma
ação em aconte-
cimento quando
outra ocorreu
(esta no pretérito
perfeito)
Eu estudava
verbos quando o
telefone tocou.
expressa uma
ideia pretendida,
porém não reali-
zada
O time desejava
a vitória, mas
não conseguiu.
PRETÉRITO
MAIS-QUE-
PERFEITO
indica um fato
terminado antes
de outro no pas-
sado
O avião decolara
quando cheguei
ao aeroporto.
FUTURO DO
PRESENTE
indica um fa-
to/ideia posterior
ao momento da
enunciação
O avião chegará
antes do anoite-
cer.
FUTURO DO
PRETÉRITO
indica uma ideia
futura condicio-
nada a outra hipo-
tética no passado
O governo anun-
ciou que chama-
ria mais de mil
aprovados no
concurso.
expressa dúvida
ou incerteza
Seríamos mais
saudáveis com
uma alimenta-
ção vegana.
expressa desejo
num tom mais
educado, polido
Eu gostaria de
saber o horário
de funcionamen-
to no recesso.TEMPOS VERBAIS NO MODO SUBJUNTIVO
TEMPO USOS EXEMPLO
PRESENTE
exprime um desejo
ou uma ideia poten-
cial no presente ou
no futuro
Acredito que
ele esteja
doente.
Tomara que
tudo seja
recuperado!
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PRETÉRITO
IMPERFEITO
exprime uma ideia
potencial, imprová-
vel ou um fato que
poderia ter ocorrido
mediante determi-
nada condição
Ela pediu que
você trouxes-
se o livro.
Eu iria à Itália
se estivesse
em férias.
FUTURO
exprime uma possí-
vel ideia no futuro
Se ela quiser,
algo poderá
ser feito.
VOZ: as vozes verbais indicam o tipo de rela-
ção que o sujeito mantém com o verbo. Eis as três
vozes verbais, cujas estruturas específicas e trans-
formações possíveis serão estudadas em capítulo
posterior:
VOZES VERBAIS
ATIVA
o sujeito, em geral,
pratica a ação ver-
bal, ou seja, é o
agente verbal
Ralf resol-
veu a ques-
tão.
PASSIVA
ANALÍTICA
o sujeito sofre a
ação verbal, ou seja,
é o paciente verbal
em estrutura forma-
da por verbo auxiliar
“ser” / “estar” +
verbo principal no
particípio
A questão
foi resolvi-
da por
Ralf.
PASSIVA
SNTÉTICA ou
PRONOMINAL
o sujeito sofre a
ação verbal, ou seja
é o paciente verbal
em estrutura forma-
da por acréscimo do
pronome “se”
Resolveu-
se a ques-
tão.
REFLEXIVA
o sujeito pratica a
ação em si mesmo,
ou seja, é agente e
paciente
Ralf se
perfuma
para sair.
CLASSIFICAÇÃO: baseia-se em propriedades
flexionais de acordo com as estruturas de tempos e
modos ou com a forma nominal de particípio:
CLASSIFICAÇÃO PROPRIEDADE EXEMPLO
REGULAR
não apresenta modifi-
cações no radical
quando conjugado no
presente ou no preté-
rito perfeito do indica-
fal-o / fal-
as
fal-a / fal-
amos
fal-ais /
tivo e segue um mode-
lo flexional
fal-am
IRREGULAR
apresenta modifica-
ções no radical quan-
do conjugado no pre-
sente ou no pretérito
perfeito do indicativo
e não segue um mode-
lo flexional
poss-o /
pod-e
pud-e /
pôd-e
ANÔMALO
apresenta uma pro-
funda irregularidade
entre seus quadros
flexionais (verbos
“ser” e “ir”)
sou / era /
fui
vou / ia /
fui
DEFECTIVO
não é conjugado com-
pletamente em todos
os tempos, modos ou
pessoas
abolir /
falir
reaver /
precaver
ABUNDANTE
apresenta mais de
uma forma, em geral
de particípio, para
uma mesma pessoa
gramatical
hemos /
havemos
prendido
/ preso
OBS.: Normalmente a abundância verbal ocorre com
as formas de particípio: uma regular, terminada por –
ado ou –ido, e outra irregular. Eis os verbos abun-
dantes mais utilizados no cotidiano:
INFINITIVO
FORMA
REGULAR
FORMA
IRREGULAR
ACEITAR aceitado aceito / aceite
ACENDER acendido aceso
CONCLUIR concluído concluso
CORRIGIR corrigido correto
DEFENDER defendido defeso
ELEGER elegido eleito
ENCHER enchido cheio
ENTREGAR entregado entregue
ENXUGAR enxugado enxuto
EXPULSAR expulsado expulso
GANHAR ganhado ganho
GASTAR gastado gasto
IMPRIMIR imprimir impresso
INCLUIR incluído incluso
INSERIR inserido inserto
ISENTAR isentado isento
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LIMPAR limpado limpo
MATAR matado morto
MORRER morrido morto
OMITIR omitido omisso
PAGAR pagado pago
PRENDER prendido preso
SECAR secado seco
SOLTAR soltado solto
SUSPENDER suspendido suspenso
VAGAR vagado vago
OBS.: Quanto ao uso dos particípios, devemos em-
pregar as formas regulares em tempos compostos
cujos verbos auxiliares sejam necessariamente ter ou
haver. As formas irregulares, por sua vez, são utiliza-
das em locuções verbais cujos verbos auxiliares sejam
ser, estar, ficar e andar. Veja os exemplos:
Ex.: Ninguém havia / tinha acendido o lampião
quando cheguei.
O lampião foi aceso cedo hoje.
O lampião está/anda aceso sem necessidade!
O lampião ficou aceso quase a noite toda.
FLEXÃO DE VERBOS REGULARES: a fim de
ilustrar o modelo flexional, seguem três quadros,
cada qual com flexões de verbos de cada conjugação
somente nos modos indicativo e subjuntivo:
JOGAR (Indicativo)
FUTURO DO PRESENTE FUTURO DO PRETÉRITO
Eu jogarei Eu jogaria
Tu jogarás Tu jogarias
Ele jogará Ele jogaria
Nós jogaremos Nós jogaríamos
Vós jogarei Vós jogaríeis
Eles jogarão Eles jogariam
BEBER (Indicativo)
PRESENTE
PRETÉRITO
PERFEITO
PRETÉRITO
IMPERFEITO
PRETÉRITO
MAIS-QUE-
PERFEITO
Eu bebo Eu bebi Eu bebia Eu bebera
Tu bebes Tu bebeste Tu bebias Tu beberas
Ele bebe Ele bebeu Ele bebia Ele bebera
Nós be-
bemos
Nós bebe-
mos
Nós bebía-
mos
Nós bebê-
ramos
Vós be-
beis
Vós bebes-
tes
Vós bebíeis
Vós bebê-
reis
Eles be-
bem
Eles bebe-
ram
Eles bebiam
Eles bebe-
ram
CURTIR (Subjuntivo)
PRESENTE
PRETÉRITO
IMPERFEITO
FUTURO
Que eu curta Se eu curtisse
Quando eu
curtir
Que tu curtas Se tu curtisses
Quando tu cur-
tires
Que ele curta Se ele curtisse
Quando ele
curtir
Que nós cur-
tamos
Se nós curtísse-
mos
Quando nós
curtirmos
Que vós cur-
tais
Se vós curtísseis
Quando vós
curtirdes
Que eles cur-
tam
Se eles curtissem
Quando eles
curtirem
OBS.: O pretérito imperfeito do subjuntivo também
ocorre com o vocábulo “que” assim como o futuro do
subjuntivo pode ocorrer com a palavra “se”: “Ela
queria que eu curtisse o evento.” / “Se eu curtir o
evento, eu retornarei na próxima edição.”
FORMAÇÃO DOS IMPERATIVOS
AFIRMATIVO E NEGATIVO: o modo imperativo apre-
senta duas formas: o afirmativo e o negativo. Nele
não existe a primeira pessoa do singular por um mo-
tivo evidente: não se pode dar, por exemplo, uma
ordem para si próprio(a). O imperativo afirmativo
provém do presente do indicativo nas segundas pes-
soas (tu / vós) com a retirada da terminação –s e do
presente do subjuntivo nas demais pessoas (você /
nós / vocês) sem qualquer alteração flexional. O im-
perativo negativo, por sua vez, é cópia fiel do presen-
te do subjuntivo, cujas flexões são antecedidas de
termo semanticamente negativo: não, jamais, nunca,
de forma alguma, de jeito nenhum...
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VERBO REGULAR DE 1ª CONJUGAÇÃO: ESTUDAR
PRESENTE DO
INDICATIVO
IMPERATIVO
AFIRMATIVO
PRESENTE DO SUBJUNTIVO
IMPERATIVO
NEGATIVO
EU estudo ∅ estude ∅
TU estudas estuda
estudes
não estudes
VOCÊ estuda estude estude não estude
NÓS estudamos estudemos estudemos
não estude-
mos
VÓS estudais estudai estudeis não estudeis
VOCÊS estudam estudam estudem não estudem
VERBO REGULAR DE 2ª CONJUGAÇÃO: RECOLHER
PRESENTE DO
INDICATIVO
IMPERATIVO
AFIRMATIVO
PRESENTE DO SUBJUNTIVO
IMPERATIVO
NEGATIVO
EU recolho ∅ recolha ∅
TU recolhes recolhe
recolhas
não recolhas
VOCÊ recolhe recolha recolha não recolha
NÓS recolhemos recolhamos recolhamos
não recolha-
mos
VÓS recolheis recolhei recolhais não recolhais
VOCÊS recolhem recolham recolham não recolham
VERBO REGULAR DE 3ª CONJUGAÇÃO: INVESTIR
PRESENTE DO
INDICATIVO
IMPERATIVO
AFIRMATIVO
PRESENTE DO
SUBJUNTIVO
IMPERATIVO
NEGATIVO
EU invisto ∅ invista ∅
TU investes Investe invistas
não invistas
VOCÊ investe invista invista não invista
NÓS investimos invistamos invistamos não invistamos
VÓS investis investi invistais não invistais
VOCÊS investem invistam invistam não invistam
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CORRELAÇÃO DE TEMPOS E MODOS
VERBAIS: a correlação de tempos e modos corres-
ponde a uma harmonização lógica quanto ao uso das
formas verbais que constituem os períodos compos-
tos. O estudo dessa correlação é de suma importân-
cia, pois determina processos de organização de sen-
tido nos enunciados. Vejamos dois exemplos:
“É essa a decisão quedeixou o juiz incomodado!” >
correlação incorreta
(não existe harmonia do verbo “ser” no presente do
indicativo com o verbo “deixar” no pretérito perfeito)
“Foi essa a decisão que deixou o juiz incomodado!” >
correlação correta
(ambos os verbos encontram-se logicamente harmo-
nizados no pretérito perfeito)
É importante esclarecer que as regras de correlação
de tempos e modos não são fixas. Nem sempre as
formas verbais devem ficar nos mesmos tempos ou
modos, pois, muitas vezes, a intenção discursiva pode
exigir que elas estejam flexionadas em tempos e mo-
dos distintos. Em outras palavras, a correlação entre
tempos e modos verbais parte da intenção de comu-
nicar um sentido, factual ou potencial. Eis as três
correlações mais comuns entre tempos e modos ver-
bais em língua portuguesa:
Presente do Indicativo + Presente do Sub-
juntivo:
Ex.: Eu desejo que eles sejam vencedores.
Futuro do Presente do Indicativo + Futuro do
Subjuntivo:
Ex.: Irei ao Caribe, se tiver dinheiro em Novembro.
Futuro do Pretérito do Indicativo + Pretérito
Imperfeito do Subjuntivo:
Ex.: Eu iria ao Caribe, se tivesse dinheiro em novem-
bro.
QUESTÕES PROPOSTAS
1. Considerando-se o contexto “... de que a atividade
humana contribuíra significativamente para esse
aumento...”, o emprego da forma verbal grifada de-
nota:
A. ação real, a ser obtida no futuro, em relação
a outra, no presente.
B. condição passível de ser realizada, até mes-
mo no presente.
C. incerteza da realização de uma ação num
futuro próximo.
D. possibilidade futura, que depende de uma
condição anterior.
E. fato passado em relação a outro, também
passado.
2. Assinale a opção em que se tenha a correta passa-
gem para a negativa da forma verbal do trecho grifa-
do em “‘Mudar para vencer! Muda, Brasil!’, grita
entusiasmado.”.
A. Não mudas, Brasil!
B. Não mudeis, Brasil!
C. Não mudais, Brasil!
D. Não mudes, Brasil!
E. Não mudai, Brasil!
3. O primeiro período do fragmento “Um dia, todos
os computadores do mundo estarão ligados num
único e definitivo sistema, cujo centro será nos Esta-
dos Unidos” tem como tempo verbal o futuro do pre-
sente do indicativo. O emprego desse tempo se justi-
fica no contexto porque ele indica:
A. uma ação que se realizará no futuro, na de-
pendência de certa condição.
B. um estado futuro, previsto como inevitável.
C. um fato previsível, mas de que não se tem
certeza.
D. uma dúvida, que se procura transmitir como
certeza.
E. uma condição futura vista como extensão de
algo no presente.
4. No segmento “Um subproduto do notável progres-
so da medicina em prolongar as vidas é a explosão do
mercado de trabalho para a profissão de atendente.
Outro é a redobrada atividade das fábricas de fraldas
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geriátricas”, as formas verbais flexionadas no presen-
te do indicativo expressam:
A. um fato atual.
B. um fato que ocorrerá num futuro próximo.
C. um fato passado como se fosse atual.
D. um fato rotineiro, habitual.
E. verdades científicas, leis, normas etc.
5. Passando os verbos sublinhados em “Aceitemos o
labéu e corrompamos de cabeça erguida o idioma
luso...” para a segunda pessoa do plural e mantendo
o mesmo modo e tempo, a opção correta é:
A. aceitais / corrompais.
B. aceite / corrompa.
C. aceitai / corrompa.
D. aceites / corrompeis.
E. aceitai / corrompei.
QUESTÕES COMENTADAS
6. Assinale a opção em que o verbo sublinhado apre-
senta flexão idêntica à do grifado na frase “Deixando
de lado o debate técnico sobre tal conceito, tomemos
uma definição mínima.”
A. Pretendemos visitar as dependências do
clube ainda antes das reformas.
B. Queremos que alguns troféus conquistados
pelo clube fiquem expostos ao público.
C. Reconhecemos que os jogadores não fizeram
hoje uma boa partida.
D. Sabemos que a decisão final do campeonato
se transformará em uma grande festa.
E. Esperemos que nossos jogadores se consa-
grem campeões nesta temporada.
7. No trecho “Recuse o convite e não troque o Brasil
pela Itália.”, se em lugar da terceira pessoa, o autor
empregasse a segunda pessoa do singular, as formas
convenientes dos verbos seriam:
A. recusa / não troca.
B. recuse / não troca.
C. recusas / não trocas.
D. recuses / não trocas.
E. recusa / não troques.
8. Todas as frases apresentam o verbo no imperati-
vo, exceto uma. Assinale-a.
A. Aprendamos a economizar água.
B. Mudamos nossos hábitos.
C. Convençamos nossos vizinhos.
D. Acreditemos em nossa modesta colabora-
ção.
E. Convivamos bem com a natureza.
9. Marque a opção na qual o verbo esteja flexionado
nos mesmos tempo e modo em que se encontra o
verbo grifado na frase “A segunda novidade eram os
pesticidas e herbicidas químicos...”.
A. Mas Ehrlich errou.
B. ... não existia terra suficiente para alimentar
todas elas.
C. ... com o que cresce em 2 mil metros qua-
drados...
D. As algas se multiplicam a rodo...
E. Diante disso, muitos consumidores partiram
para uma alternativa...
10. Assinale a opção em que a relação dos tempos
verbais está errada, mantendo-se a coerência da
frase “A empresa é constituída de pessoas que possu-
em a mesma experiência”.
A. A empresa era constituída de pessoas que
possuíam a mesma experiência.
B. A empresa será constituída de pessoas que
vão possuir a mesma experiência.
C. A empresa tem sido constituída por pessoas
que possuem a mesma experiência.
D. A empresa tinha sido constituída por pessoas
que possuíam a mesma experiência.
E. A empresa foi constituída por pessoas que
possuirão a mesma experiência.
RESPOSTAS:
1. (E)
2. (D)
3. (E)
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4. (A)
5. (E)
6. (E)
7. (E)
8. (B)
9. (B)
10. (E)
AULA 09
CLASSES GRAMATICAIS: CONJUNÇÃO / PREPOSIÇÃO
As duas classes gramaticais que são consideradas conecti-
vos por definição são a conjunção e a preposição.
CONJUNÇÃO
As conjunções e as locuções conjuntivas essencialmente
ligam orações em um período composto. Dessa forma, as
conjunções, exceto as integrantes, estabelecem entre as
orações uma relação de sentido. Observe:
Ele estudava bastante para que fosse aprovado no
teste. relação de finalidade
Ele será aprovado no teste se estudar bastante.
relação de condição
Ele estudou bastante, portanto foi aprovado no
teste. relação de conclusão
Ele estudou tanto que foi aprovado no teste. relação de
consequência
Ele foi aprovado no teste, pois estudou bastante.
relação de causa
Ele não foi aprovado no teste embora tenha estu-
dado bastante. relação de concessão
É fundamental conhecer as relações semânticas possíveis
no período, bem como as conjunções ou locuções conjun-
tivas que exprimem essas relações. Veja o quadro a seguir
com alguns dos conectores conjuntivos mais comuns no
estabelecimento de relações semânticas entre orações e
períodos:
RELAÇÃO
CONJUNÇÕES / LOCUÇÕES
CONJUNTIVAS e CORRELATIVOS
Adição
e, nem [= e não], não só... mas / como
também, não só...mas ainda
Causa porque, pois / visto que, uma vez que, já
que, porquanto, como [=porque], na
medida em que
Comparação
(do) que [após tão, mais, menos, melhor,
pior, maior, menos], como, assim como,
tal qual
Concessão
embora, ainda que, conquanto, mesmo
que, apesar de que, posto que
Conclusão
logo, pois [colocada após o verbo], por-
tanto, por isso, assim, por conseguinte,
então, destarte
Condição
se, caso, salvo se, desde que, contanto
que, sem que, a menos que, a não ser
que, no caso de
Conformidade conforme, como, segundo, consoante
Consequência
(tão / tanto / tal / tamanho)... que, de tal
forma / modo que, de sorte / forma que,tanto que
Explicação
pois [colocada antes do verbo], porque,
que
Finalidade
para que, a fim de que, que / porque [=
para que], com o propósito de que
Oposição
mas, porém, todavia, contudo, no entan-
to, entretanto, não obstante
Proporção
à proporção / medida que, ao passo que,
(quanto mais) ...mais, (quanto menos) ...
menos
Tempo
quando, enquanto, assim / logo que,
antes / depois que, desde que, até que,
mal, sempre que
PREPOSIÇÃO
As preposições essencialmente conectam dois vocábulos,
de modo a estabelecer entre eles uma relação sintática e,
às vezes, semântica. Ao estabelecer essa conexão, a se-
gunda palavra torna-se subordinada à primeira.
LOCUÇÃO PREPOSITIVA
Existem preposições “simples” e as chamadas locuções
prepositivas, que correspondem a duas ou mais palavras
que, juntas, apresentam o comportamento de uma prepo-
sição. Veja esses dois grupos no quadro a seguir:
PREPOSIÇÕES LOCUÇÕES PREPOSITIVAS
a / ante / após / até /
com / contra
de / desde / em / entre /
para
perante / por / sem / sob
/ sobre / trás
abaixo de / acerca de / além
de / ao lado de
apesar de / a respeito de / de
acordo com
dentro de / diante de / embai-
xo de / em cima de
em frente a / em vez de /
graças a
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95
Note que a última palavra da locução prepositiva é sempre
uma preposição, o que não ocorre, por exemplo, com as
locuções adverbiais. O acréscimo de uma preposição a um
advérbio ou uma locução adverbial forma uma locução
prepositiva. Veja: “perto” (advérbio) ⮊ “por perto” (locu-
ção adverbial) ⮊ “perto de” / “por perto de” (locuções
prepositivas).
COMBINAÇÃO versus CONTRAÇÃO
As preposições a, de, em, por, para e com podem ligar-se a
outras palavras (artigo, pronome ou advérbio), formando
combinações e contrações.
A combinação ocorre quando não há perda de fonema na
ligação entre a preposição e o artigo ou entre a preposição
e o advérbio. Observe:
Ex.: Entregamos a documentação ao setor de pagamento.
(a [prep.] + o [artigo] = ao)
Não sei aonde vocês pretendem chegar com isso!
(a [prep.] + onde [advérbio] = aonde)
A contração ocorre quando há perda de fonema na ligação
entre a preposição e o artigo, entre a preposição e o pro-
nome pessoal, entre a preposição e o pronome demons-
trativo ou entre a preposição e o advérbio. Observe:
Ex.: A moto nova do meu primo veio com defeito de fábri-
ca! (de + o = do)
Meu material está nesse baú. (em + esse = nesse)
Não paramos de pensar nele... (em + ele = nele)
É que daqui em diante não se pode fazer barulho. (de
+ aqui = daqui)
OBS.: Quando a preposição “a” se une ao artigo “a” ou aos
pronomes demonstrativos “a(s)”, “aquele(s)”, “aquela(s)”
e “aquilo”, ocorre um fenômeno de contração chamado
crase, indicado com o acento grave. Esse fenômeno será
estudado em uma aula específica.
VALORES SEMÂNTICOS DAS PREPOSIÇÕES
Conforme já mencionado na frase de definição, além de
estabelecerem uma relação sintática entre vocábulos ou
termos de uma oração, as preposições podem veicular
ideias para a compreensão dos enunciados. Assim, depen-
dendo dos contextos de aplicação, inúmeros são os valores
semânticos que elas podem exprimir. Veja os mais fre-
quentes:
Assunto: Ainda não falamos do desconto para ex-
alunos!
Causa: Os filhotes estavam trêmulos de frio.
Finalidade: Voltamos para pegar o brinde.
Instrumento: Nenhuma questão deve ser respon-
dida a lápis.
Lugar: O livro está sobre a mesa!
Matéria: Ganhei um pingente de ouro.
Meio: Eles vieram de Kombi, infelizmente!
Modo: Neste local, lava-se carro a seco.
Origem: As tulipas vêm da Holanda.
Posse: Esse era o carro de meu falecido primo.
Tempo: A festa de confraternização ocorreu de
manhã.
QUESTÕES PROPOSTAS
1. Qual palavra pode substituir a destacada em “Portanto,
para aumentar a nossa sabedoria...”, sem que haja altera-
ção de sentido, quanto à argumentação original?
A. Assim
B. Contudo
C. Conquanto
D. Entretanto
E. Porquanto
2. No trecho “Segundo pesquisa israelense, o risco de
morrer é 2,4 vezes maior entre os que não têm amigos no
emprego.”, a palavra em destaque pode ser substituída,
sem alterar o sentido do trecho, por:
A. De acordo com.
B. Assim como.
C. Apesar de.
D. Contudo.
E. Ainda que.
3. Marque a opção que apresenta, correta e respectiva-
mente, os valores dos conectivos “se” e “ou” no fragmen-
to: “É por isso, talvez, que, se vemos uma criança bem
vestida chorando sozinha num shopping center ou no su-
permercado...”.
A. tempo e lugar
B. causa e adição
C. concessão e modo
D. proporção e oposição
E. condição e alternância
4. Leia a crônica “Escrever as entrelinhas”, de Clarice Lis-
pector, a seguir:
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Então escrever é o modo de quem tem a palavra como isca:
a palavra pescando o que não é palavra. Quando essa
não-palavra — a entrelinha — morde a isca, alguma coisa
se escreveu. Uma vez que se pescou a entrelinha, poder-
se-ia com alívio jogar a palavra fora. Mas aí cessa a ana-
logia: a não-palavra, ao morder a isca, incorporou-a. O
que salva então é escrever distraidamente.
(LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo. Rio de Janei-
ro: Rocco, 1999.)
Os conectivos “então”, “quando”, “uma vez que”
e “mas”, destacados na crônica nessa ordem, iniciam qual
encadeamento de ideias?
A. tempo / conclusão / consequência / adversidade
B. conclusão / tempo / causa / adversidade
C. tempo / tempo / causa / concessão
D. conclusão / tempo / consequência / concessão
E. explicação / tempo / consequência / adversidade
5. Assinale a opção que apresenta o conectivo que equiva-
le semanticamente à expressão em destaque no segmento
“... a não ser que você queira que o rompimento seja defi-
nitivo.”
A. a menos que
B. embora
C. por menos que
D. posto que
E. se bem que
QUESTÕES COMENTADAS
6. No segmento “Para Walter Mendes, embora haja limi-
tações metodológicas ao explorar os resultados...”, o co-
nectivo “embora” só não equivale semanticamente a:
A. mesmo que.
B. ainda que.
C. conquanto.
D. se bem que.
E. assim que.
7. Leia os seguintes fragmentos:
I. Não cito seu nome, pois é réu num processo aber-
to ano passado.
II. Se todos tivessem esse aparelho, talvez não have-
ria dificuldade para ouvir.
III. Estamos descobrindo novos medicamentos, mas o
mundo ainda não está salvo da doença.
Os termos em destaque podem ser substituídos, correta,
respectivamente e sem alteração de sentido, por:
A. visto que / ainda que / entretanto.
B. portanto / caso / já que.
C. porque / caso / todavia.
D. portanto / uma vez que / já que.
E. porque / ainda que / todavia.
8. Observe o fragmento a seguir, extraído do jornal O
Estado de São Paulo:
“O presidente do Banco Central passou o fim de
semana em São Paulo. Irritado com especulações sobre
sua demissão, só saiu de casa para caminhar. Ao perceber
que estava sendo seguido, xingou os jornalistas.”
As preposições destacadas no fragmento indicam, respec-
tivamente, as relações de:
A. modo / assunto / definição / consequência
B. oposição / direção / lugar / finalidade
C. referência / lugar / meio / lugar
D. instrumento / assunto / lugar / finalidade
E. causa / assunto / lugar / finalidade
9. No trecho “... inventado para redimir os agiotas na
outra vida, desde que nessa doassem parte dos juros aufe-
ridos à Igreja”, a locução conjuntiva em destaque veicula
ideia de:
A. consequência.
B. comparação.
C. concessão.
D. condição.
E. causa.
10. Marque a opção em que a relação lógica estabelecida
entre as ideias do período composto, por meio do termo
sublinhado, está explicitada adequadamenteentre colche-
tes:
A. Para mim, não há verdades indiscutíveis, embora
eu acredite em determinados valores. [condição]
B. Quando os valores religiosos se impunham à
quase todos, poucos eram os que questionavam. [causali-
dade]
C. Essas pessoas acreditavam em milagres porque
se consideravam conhecedores das leis. [finalidade]
D. Ocorre, porém, que essa certeza pode levar a
outros erros. [temporalidade]
E. A mudança é inerente à realidade; portanto, a
imutabilidade é destituída de fundamento. [conclusão]
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RESPOSTAS:
1. (A)
2. (A)
3. (E)
4. (B)
5. (A)
6. (E)
7. (C)
8. (E)
9. (D)
10. (E)
AULA 10
FRASE / ORAÇÃO / PERÍODO / PREDICAÇÃO VERBAL
Ao utilizarmos a língua portuguesa para nos comunicar-
mos, selecionamos e combinamos vocábulos de diversas
classes gramaticais nas frases para veicularmos ideias e
sentidos. Cada combinação de vocábulos mostra papéis
específicos a partir de relacionamentos existentes dentro
das frases. Isso significa que cada relacionamento de pala-
vras equivale a uma função específica, ou seja, uma função
sintática.
Nesta aula, analisaremos esses vocábulos do pon-
to de vista sintático, isto é, o papel ou a função que esses
vocábulos assumem ao se combinarem e relacionarem
dentro das frases e contextos. Como exemplo, vejamos os
dois pontos de vista de análise (morfológico e sintático)
dos vocábulos dentro de uma frase simples:
CONTEXTO TERMO
CLASSE
GRAMATICAL
FUNÇÃO
SINTÁTICA
Ele estudará
este assunto
hoje.
“Ele” substantivo
sujeito
simples
“estudará” verbo
núcleo do
predicado
verbal
“este” pronome
adjunto
adnominal
“assunto” substantivo
núcleo do
objeto dire-
to
“hoje” advérbio
adjunto
adverbial
Existem outras combinações e relações mais
complexas, em que dois ou mais termos estão associados
para exercer uma única função sintática, as quais serão
tratadas ao longo deste capítulo. Ainda assim, antes mes-
mo de iniciarmos a explanação de cada função sintática,
precisamos entender dois grupos de conceitos importan-
tes:
FRASE / ORAÇÃO / PERÍODO
FRASE: é todo enunciado linguístico que apresen-
ta sentido completo. As frases podem conter um núcleo
verbal (forma verbal simples ou composta) ou não quando
da transmissão de uma ideia.
Ex.: Eis uma nova matéria. (frase nomi-
nal: não contém núcleo verbal)
Estudo essa teoria. (frase verbal: contém o núcleo verbal
“estudei”)
Estou lendo a carta. (frase verbal: contém o núcleo verbal
“Estou lendo”)
ORAÇÃO: é todo segmento de enunciado que
contenha um núcleo verbal (forma verbal simples ou com-
posta).
Ex.: Estudei essa teoria. (oração, pois contém o núcleo
verbal simples “Estudei”)
Estou lendo a carta. (oração, pois contém o núcleo verbal
composto “Estou lendo”)
OBS.: Nem toda frase é necessariamente uma oração e
vice-versa. Em “Eis uma nova matéria”, há um sentido
completo, o que determina uma frase, mas não existe um
núcleo verbal. Assim não podemos afirmar que essa frase
corresponde a uma oração.
PERÍODO: é o conjunto de uma ou mais orações,
delimitado por ponto final, ponto de exclamação ou inter-
rogação. Se o período é formado por uma oração, ele é
chamado de período simples, e essa única oração é cha-
mada de absoluta. Já o período que apresenta mais de
uma oração é chamado de período composto.
Ex.: Entendi o assunto. (período simples)
Entendi o assunto, mas ainda tenho medo dele. (período
composto)
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PREDICAÇÃO VERBAL
VERBO DE LIGAÇÃO (VL): é aquele que une um
sujeito à sua característica, localizada no predicado. Além
desse papel de união, os verbos de ligação indicam um
estado do sujeito. Veja um quadro com os cinco estados
do sujeito e os principais verbos de ligação:
ESTADO VERBO EXEMPLOS
permanente SER
A situação financeira do
país é crítica!
temporário
ESTAR
A população está des-
contente com os juros.
ANDAR
Os empresários andam
preocupados com a
economia.
transitório
FICAR
Muitas pessoas não
ficaram satisfeitas com a
reforma.
TORNAR-SE
Muitos cidadãos torna-
ram-se devedores recen-
temente
de aparência PARECER
A alta do dólar parece
interminável!
de continui-
dade
PERMANECER
As ações da Petrobras
permanecem desvalori-
zadas.
CONTINUAR
O governo continua
esperançoso...
VERBO TRANSITIVO DIRETO (VTD): é aquele que
exige complemento não preposicionado para que seu
sentido seja completo no discurso.
Ex.: Recebemos o novo material hoje.
(“recebemos” algo = “o novo material”)
O professor corrigirá a revisão. (“corrigirá” algo = “a revi-
são”)
VERBO TRANSITIVO INDIRETO (VTI): é aquele
que exige complemento preposicionado para que seu
sentido seja completo no discurso.
Ex.: Não precisei de muito dinheiro.
(“precisei” DE algo = “DE muito dinheiro”)
O professor acreditou em nós. (“acreditou” EM algo = “EM
nós”)
VERBO TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO (VTDI):
é aquele que exige os dois tipos de complemento para que
seu sentido seja completo no discurso, não importando a
ordem deles na oração.
Ex.: Distribuí os brindes aos clientes. (“distribuí” algo A
alguém = “os brindes” “AOS clientes”)
Ele expôs ao gerente suas ideias. (“expôs” algo A
alguém = “suas ideias” “AO gerente”)
VERBO INTRANSITIVO (VI): é aquele que não
exige complemento preposicionado para que seu sentido
seja completo ou apresenta em sua sequência um termo
acessório de natureza adverbial:
Ex.: O professor ainda não chegou. (“chegou”: sentido
completo sem exigência de complemento)
O cantor faleceu de câncer. (“faleceu” sentido completo +
“de câncer” = termo acessório adverbial)
OBS.: Um mesmo verbo pode apresentar diferentes predi-
cações de acordo com o contexto em que é empregado.
Por isso, é necessário ter cuidado ao classificar o tipo de
verbo, já que a análise do predicado depende dessa classi-
ficação. Como exemplo, veja as diferentes predicações
contextuais para o verbo “virar”:
FRASE PREDICAÇÃO VERBAL
A moça virou freira. “virou” é verbo de ligação
O barco virou em alto mar.
“virou” é verbo intransiti-
vo
O cozinheiro virou o frango na
travessa.
“virou” é verbo transitivo
direto
QUESTÕES PROPOSTAS
1. Classifique os verbos sublinhados dos períodos em:
transitivo direto [ VTD ], transitivo indireto [ VTI ], intransi-
tivo [ VI ], transitivo direto e indireto [ VTDI ] ou de ligação
[ VL ].
a. [ ] O ônibus partiu cedo.
b. [ ] Não olhe para mim.
c. [ ] Já chegaram todos?
d. [ ] O carteiro entregou-me as cartas hoje.
e. [ ] Todos anseiam por justiça.
f. [ ] Os fãs só gritavam em frente ao hotel.
g. [ ] Esse fato criou um trauma em mim.
h. [ ] Precisamos repensar certas atitudes.
i. [ ] Nunca lhe deram qualquer prêmio.
j. [ ] O evento virou uma balbúrdia!
2. Indique a quantidade de orações existentes em cada
período a seguir:
a. [ ] Ele não conseguiu terminar os exercícios.
b. [ ] O trem parou na estação, as portas abriram
e os passageiros desembarcaram.
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c. [ ] Meus irmãos e eu vamos viajar nas férias.
d. [ ] Se a chuva parar, o juiz poderá reiniciar o
jogo.
e. [ ] Assim que acabou o jogo, a torcida aplaudiu
de pé os dois times.
f. [ ] Quando tocou o sinal, os alunos guardaram
o material, levantaram-se e saíram rapidamente da sala.
3. Assinale a opção em que não há verbo intransitivo.
A. Os passageiros do avião já desembarcaram.
B. Os turistas caminharam pela trilha florestal.
C.Voltamos ontem da expedição.
D. Apesar de tudo, houve algum avanço na econo-
mia do país.
E. Na próxima semana, termina o horário de verão.
4. A análise da transitividade verbal está incorreta em:
A. Na ponte, perto do rio, conversavam alguns pes-
cadores. (VI)
B. Amanhã faremos um belo passeio. (VTD)
C. Gostei desse livro de contos. (VTI)
D. O navio chegou ao porto ao meio-dia. (VI)
E. Eles cuidam bem dos animais abandonados.
(VTD)
5. Em todas as opções, o verbo “dar” é transitivo, exceto
em:
A. Lúcia Helena dava jantares com mesinhas.
B. O radar não nos dava sinal da aeronave.
C. Aceitei, mas dei-lhe o troco merecido!
D. Já deu por hoje infelizmente.
E. Pediram a Helena que me desse satisfação.
QUESTÕES COMENTADAS
6. Leia o fragmento: “Anoitece rapidamente. Começam a
surgir as primeiras estrelas. As sombras invadem o bosque
e, em pouco tempo, tudo fica escuro”.
Assinale a opção incorreta:
A. O fragmento é constituído de três períodos sim-
ples.
B. O fragmento apresenta um período composto e
dois períodos simples.
C. O fragmento apresenta apenas um verbo transi-
tivo direto.
D. O fragmento apresenta um verbo de ligação.
E. O fragmento apresenta uma locução verbal.
7. Nas opções abaixo, o verbo principal das locuções ver-
bais é transitivo, exceto em uma. Assinale-a.
A. Quem vai aplicar o teste na próxima semana?
B. O governo vai precisar da ajuda dos deputados e
senadores.
C. Daqui a pouco vai partir um trem com destino a
Santa Cruz.
D. Nenhum empresário quer comprar produtos
desnecessários.
E. O funcionário conseguiu abrir o processo antes
do feriado.
8. Assinale a opção em que o segundo dos dois verbos
sublinhados seja de ligação.
A. A professora recebeu as flores e colocou-as sobre
a mesa.
B. Gostei muito do filme, pois ele era engraçado.
C. Tomás é um excelente funcionário, pois sempre
ajuda seus companheiros.
D. Todos levaram um susto quando o coelho saiu de
trás da cortina.
E. Todos estavam prontos para o passeio, mas a
chuva estragou os planos.
9. Assinale a opção em que o verbo “pegar” é intransitivo.
A. Para chegar ao palácio, você precisa pegar essa
rua à direita.
B. Ele pegou na mão do filho para atravessar a rua.
C. Pegamos muita chuva na saída do cinema.
D. Essa nova moda não pegou na minha cidade.
E. Não peguei bem a explicação da professora.
10. Em: “E quando o brotinho lhe telefonou, dias depois,
comunicando que estudava o modernismo, e dentro do
modernismo sua obra, para que o professor sugerira conta-
to pessoal com o autor, ficou assanhado e paternal por um
tempo”, os verbos destacados são, respectivamente:
A. transitivo direto / transitivo indireto / de ligação /
transitivo direto e indireto.
B. transitivo direto e indireto / transitivo direto /
transitivo indireto / de ligação.
C. transitivo indireto / transitivo direto e indireto /
transitivo direto / de ligação.
D. transitivo indireto / transitivo direto / transitivo
direto e indireto / de ligação.
E. transitivo indireto / transitivo direto e indireto /
de ligação / transitivo direto.
RESPOSTAS:
1.
a. [ VI ]
b. [ VTI ]
c. [ VI ]
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d. [ VTDI ]
e. [ VTI ]
f. [ VI ]
g. [ VTDI ]
h. [ VTD ]
i. [ VTDI ]
j. [ VL ]
2.
a. [ 1 ]
b. [ 3 ]
c. [ 1 ]
d. [ 2 ]
e. [ 2 ]
f. [ 4 ]
3. (D)
4. (E)
5. (D)
6. (A)
7. (C)
8. (B)
9. (D)
10. (D)
AULA 11
SUJEITO / PREDICADO
Vamos iniciar nosso estudo dos termos sintáticos
pelos dois mais conhecidos e famosos: o sujeito e o predi-
cado.
SUJEITO: é o termo da oração acerca do qual se
declara algo e com o qual o núcleo verbal da oração con-
corda. Eis os tipos de sujeito existentes na língua portu-
guesa:
SIMPLES: apresenta apenas um núcleo (palavra
mais importante semanticamente).
Ex.: O meu sonho não vai mor-
rer!
(O sujeito “o meu sonho” é simples, pois nele há somente
um núcleo: “sonho”)
COMPOSTO: apresenta mais de um núcleo.
Ex.: O meu sonho e a minha
vontade são muito fortes!
(O sujeito “o meu sonho e a minha vontade” é composto,
pois nele há mais de um núcleo: “sonho” e “vontade”)
DESINENCIAL: é identificado por meio da termi-
nação do verbo, chamada de desinência.
Ex.: Não desistirei do meu so-
nho.
(O sujeito desinencial “eu” é identificado
pela desinência verbal “-ei”)
INDETERMINADO: é aquele que não pode ser
identificado exclusivamente dentro da oração. Há duas
formas de se indeterminar o sujeito na língua portuguesa.
Com o verbo flexionado na terceira pessoa do
plural, sem que nos refiramos necessariamente a uma
ideia plural.
Ex.: Ligaram para você há pouco! (Não conse-
guimos determinar se só uma pessoa ligou)
Só levaram o dinheiro da vítima. (Não conseguimos de-
terminar quem só levou o dinheiro da vítima)
Com o pronome “se” articulado a um verbo que
não possua transitividade direta.
Ex.: Precisa-se de paz. (pronome “se” articulado ao VTI
“Precisa”)
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Vive-se bem aqui. (pronome “se” articulado ao VI “Vive”)
De repente ficou-se feliz! (pronome “se” articulado ao VL
“ficou”)
INEXISTENTE ou ORAÇÃO SEM SUJEITO: há três
casos em que não existe sujeito numa oração. Vejamo-los:
Com verbos / expressões que indicam fenômenos
naturais (ventar, anoitecer, nevar, trovejar...):
Ex.: Choveu muito ontem à noite. / Está
frio hoje!
Com os verbos “fazer”, “estar” e “ser” na indica-
ção de tempo cronológico.
Ex.: Faz tempo que me mudei. / São
cinco e meia. / Já está tarde!
Com o verbo “haver” na indicação de existência
ou tempo transcorrido.
Ex.: Há trinta alunos na sala. / As aulas
começaram há quatro meses.
PREDICADO: é o termo da oração que expressa
algo a respeito do sujeito (quando este existe, obviamen-
te). Eis os tipos de predicado existentes na língua portu-
guesa:
NOMINAL (PN): apresenta um verbo de estado
(VL), que liga um sujeito a uma característica dele, chama-
da de predicativo do sujeito. O núcleo deste tipo de pre-
dicado é sempre o predicativo do sujeito.
Ex.: Muitos brasileiros continu-
am desempregados.
(O VL “continuam” liga o sujeito “Muitos brasilei-
ros” ao núcleo predicativo “desempregados”)
VERBAL (PV): apresenta um verbo de ação, acon-
tecimento ou movimento (VTD, VTI, VTDI ou VI), que será o
núcleo deste predicado. Sendo assim, todas as informa-
ções no predicado verbal estão ligadas a esse verbo.
Ex.: Eu revisarei o conteúdo deste material.
(PV formado pelo núcleo verbal “revisarei” = VTD)
Preciso de tempo para os estudos. (PV formado
pelo núcleo verbal “Preciso” = VTI)
O relógio parou! (PV for-
mado pelo núcleo verbal “parou” = VI)
VERBO-NOMINAL (PVN): corresponde à junção
das bases nucleares dos predicados verbal e nominal, ou
seja, neste tipo de predicado há dois núcleos: um verbo de
ação, acontecimento ou movimento (VTD, VTI, VTDI ou VI)
seguido de uma característica, que pode se referir ao sujei-
to (predicativo do sujeito) ou ao objeto (predicativo do
objeto).
Ex.: O professor trabalhou muito cansado. (VI: “traba-
lhou” + predicativo do sujeito: “cansado”)
Eu mantive meus olhos abertos. (VTD: “mantive” + predi-
cativo do objeto direto: “abertos”)
QUESTÕES PROPOSTAS
1. Classifique os sujeitos das orações segundo os códigos:
[ 1 ] simples; [ 2 ] composto; [ 3 ] desinencial (oculto); [ 4 ]
indeterminado ou [ 5 ] inexistente (oração sem sujeito).
a. [ ] Ainda não choveu no sertão.
b. [ ] Alguém almoçou hoje?
c. [ ] Amanheceu doente o rapaz.
d. [ ] Anoiteceurápido demais.
e. [ ] Apareceu um mágico por lá.
f. [ ] Chegamos somente ela e eu.
g. [ ] Come-se muito mal aqui!
h. [ ] Completamente feliz ninguém é.
i. [ ] Crê-se em Deus.
j. [ ] Enganaram o Luís.
k. [ ] Está frio o dia.
l. [ ] Estava nublado em Londres?
m. [ ] Estou esperando um presente.
n. [ ] Existia um lápis ali na mesa.
o. [ ] Haveria desejado ela isso?
p. [ ] Haveria solução para isso?
q. [ ] Não é habitada a Lua.
r. [ ] Não encontraram o corpo dele!
s. [ ] Ninguém resolve nada aqui?
t. [ ] Recomeçaram as aulas!
u. [ ] São seis horas da manhã.
v. [ ] Todos nós acordamos cedo.
w. [ ] Um dia lhe telefonarei.
x. [ ] Vim só eu.
2. Veja como se transforma sujeito simples em sujeito
indeterminado:
SUJEITO SIMPLES
SUJEITO
INDETERMINADO
A cozinheira bateu no
cachorro.
⮊ Bateram no cachorro.
O povo pesca nesse rio
poluído?
⮊
Pesca-se nesse rio poluí-
do?
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Agora, faça o mesmo com as seguintes orações. Use am-
bos os processos, quando possível. Lembre-se de que, se o
verbo apresentar transitividade direta, a indeterminação
de sujeito não pode ocorrer com o pronome “se”.
a. A gente chora também de alegria. ⮊
____________________________________
b. A Prefeitura asfaltou minha rua. ⮊
______________________________________
c. Alguém quis comprar os siris? ⮊
_______________________________________
d. Ele acabou com as brigas. ⮊
___________________________________________
e. Ninguém quis pagar as taxas. ⮊
________________________________________
f. O casal vaiou os atores. ⮊
___________________________________________
g. Os pobres precisam de auxílio. ⮊
_______________________________________
h. Eles protestam por justiça e paz. ⮊
______________________________________
i. Rodolfo deu um susto em Charles. ⮊
___________________________________
j. O menino levou um estilete para a escola. ⮊
______________________________
3. Nas orações abaixo, o núcleo do sujeito foi corretamen-
te sublinhado, exceto em:
A. Passou logo o período de crise financeira.
B. Os últimos convidados acabaram de sair.
C. Os socorristas não conseguiram salvar as onças.
D. Quem vai se responsabilizar pelo fato?
E. Saíram rapidamente todas as pessoas.
4. Na oração “As jovens passeavam, conversavam e sorri-
am”, o predicado é:
A. verbo-nominal.
B. nominal.
C. verbal.
D. indeterminado.
E. oculto.
5. Assinale a opção em que ocorre indeterminação de
sujeito.
A. Na prova, havia, pelo menos, quatro questões
difíceis.
B. Revelou-se a necessidade de auxílio aos desabri-
gados.
C. Aconteceram, naquela casa, fenômenos inexplicá-
veis.
D. Come-se bem naquele restaurante.
E. Resolvemos não apoiar o candidato.
QUESTÕES COMENTADAS
6. Assinale a única oração sem sujeito:
A. Uma ensolarada manhã iluminou a praia.
B. Existem muitas espécies de animais nesta reserva
ambiental.
C. Uma chuvinha leve refrescou a tarde quente em
Cuiabá.
D. Havia um belo pomar naquela fazenda.
E. Comenta-se muito esse caso na cidade.
7. Entre as frases abaixo, somente uma apresenta sujeito
indeterminado. Assinale-a.
A. Há a marca da vida nas pessoas.
B. Não se necessita de lavadeira.
C. Vai um sujeito pela rua.
D. Não se engomou seu paletó.
E. Pede-se um pouco de paciência.
8. Assinale a opção que apresenta predicado verbal.
A. Você parecia muito abatido com a situação.
B. Alguns alunos voltaram exaustos do passeio ao
sítio.
C. Ontem, alguns servidores fizeram protesto em
frente à prefeitura.
D. O suspeito ficou calado durante todo o interroga-
tório.
E. Estamos esperando confiantes o resultado da
prova.
9. Na frase “Não há nenhum motivo aparente para que se
mantenha o foro privilegiado”, o verbo haver é:
A. transitivo direto e seu sujeito é a expressão “ne-
nhum motivo”.
B. transitivo indireto e o seu sujeito é a expressão
“nenhum motivo”.
C. intransitivo e a expressão “nenhum motivo” é
seu sujeito posposto.
D. intransitivo e não possui sujeito, pois significa
“existir”.
E. transitivo direto e não possui sujeito, pois signifi-
ca “existir”.
10. Assinale a opção correta a respeito do período “Saí-
mos apressados daquela reunião”.
A. Há predicado verbal, já que o núcleo do predica-
do é “saímos”: verbo intransitivo.
B. Há predicado nominal, já que o núcleo do predi-
cado é “apressados”: predicativo do sujeito.
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103
C. Há predicado verbal, já que “saímos” é núcleo do
predicado e “apressados” é complemento nominal.
D. Há predicado verbo-nominal, já que “saímos” e
“apressados” constituem núcleos do predicado.
E. Há predicado verbo-nominal, já que apresenta
dois núcleos: “saímos” e “reunião”.
RESPOSTAS:
1.
a. [ 5 ]
b. [ 1 ]
c. [ 1 ]
d. [ 5 ]
e. [ 1 ]
f. [ 2 ]
g. [ 4 ]
h. [ 1 ]
i. [ 4 ]
j. [ 4 ]
k. [ 1 ]
l. [ 5 ]
m. [ 3 ]
n. [ 1 ]
o. [ 1 ]
p. [ 5 ]
q. [ 1 ]
r. [ 4 ]
s. [ 1 ]
t. [ 1 ]
u. [ 5 ]
v. [ 1 ]
w. [ 3 ]
x. [ 1 ]
2.
a. Chora-se também de alegria.
b. Asfaltaram minha rua.
c. Quiseram comprar os siris?
d. Acabou-se / Acabaram com as brigas.
e. Não quiseram pagar as taxas.
f. Vaiaram os atores.
g. Precisa-se de auxílio.
h. Protestou-se / Protestaram por justiça e paz.
i. Deram um susto em Charles.
j. Levaram um estilete para a escola.
3. (A)
4. (C)
5. (D)
6. (D)
7. (B)
8. (C)
9. (E)
10. (D)
AULA 12
COMPLEMENTOS / ADJUNTOS / APOSTO / VOCATIVO
Continuemos nossa sequência de termos sintáticos iniciada
na aula anterior:
OBJETO DIRETO (OD): é o complemento que se
liga sem preposição e um verbo transitivo. Em outras
palavras, chama-se objeto direto o complemento de um
verbo que apresente transitividade direta.
Ex.: Alguém recebeu o telefonema?
(O termo “o telefonema” é complemento do VTD
“recebeu”; portanto, “o telefonema” é OD)
OBJETO INDIRETO (OI): é o complemento que se
liga indiretamente a um verbo transitivo. Em outras pala-
vras, chama-se objeto indireto o complemento preposici-
onado de um verbo que apresente transitividade indireta.
Ex.: Luiz gosta de chocolate.
(O verbo “gosta” exige a preposição “de” em seu
complemento; logo, “de chocolate” é OI do VTI “gosta”)
COMPLEMENTO NOMINAL (CN): é o comple-
mento preposicionado que completa o sentido de um
nome (substantivo abstrato, adjetivo ou advérbio).
Ex.: Temos respeito aos mais velhos. (a preposição “a” é
exigida pelo substantivo “respeito”)
A paz é necessária a todos. (a preposição “a” é exigida
pelo adjetivo “necessária”)
Votei contrariamente ao projeto. (a preposição “a”
é exigida pelo advérbio “contrariamente”)
ADJUNTO ADNOMINAL (A. Adn.): é um termo
acessório que se articula a um núcleo substantivo de qual-
quer função sintática. O adjunto adnominal pode ser re-
presentado morfologicamente por adjetivo, locução adjeti-
va, artigo, numeral ou pronome adjetivo.
Ex.: O meu filho caçula leu aquele novo livro de aventu-
ras.
No exemplo acima, os termos “O”, “meu” e “caçula” funci-
onam como adjuntos adnominais do núcleo do sujeito
simples “filho” assim como os termos “aquele”, “novo” e
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“de aventuras” são adjuntos adnominais do núcleo do
objeto direto “livro”.
OBS.: Em geral, o adjunto adnominal preposicionado arti-
cula-se a um substantivo concreto. No entanto, pode
acontecer de haver articulação com um substantivo abs-
trato, o que causa dificuldade na diferenciação de um
adjunto adnominal para um complemento nominal. Veja-
mos como resolveressa situação e estabelecer a diferença
entre adjunto adnominal e complemento nominal:
O complemento nominal é sempre o paciente da
ação contida no substantivo abstrato.
Ex.: A resposta aos grevistas não foi satisfató-
ria.
Na frase acima, interpretamos que os grevistas receberam
a resposta, ou seja, eles são o paciente ou o alvo da ação
de responder. Portanto, o termo “aos grevistas” é um
complemento nominal.
Já o adjunto adnominal é sempre o agente dessa
ação.
Ex.: A resposta dos grevistas foi imediata.
Nesta segunda frase, interpretamos que os grevistas de-
ram a resposta, ou seja, eles são o agente da ação de res-
ponder. Portanto, o termo “dos grevistas” é um adjunto
adnominal.
ADJUNTO ADVERBIAL (A. Adv.): é um termo
acessório articulado a um núcleo verbal, adverbial ou adje-
tival. O adjunto adverbial pode ser representado morfolo-
gicamente por um advérbio ou locução adverbial.
Ex.: Hoje à noite, irei de táxi com meu amor a um restau-
rante.
Na frase acima, os cinco termos sublinhados são
adjuntos adverbiais do núcleo predicado: “irei”.
APOSTO (Ap.): é o termo sintático esclarecedor
do conteúdo de um outro termo, que pode exercer qual-
quer função sintática. O aposto pode ser classificado, de
acordo com seu valor na oração, em:
Explicativo: O Japão, terra do sol nascente, está
preparado para as Olimpíadas.
Especificativo: As festas ocorrerão na cidade de
Tóquio.
Enumerativo: A população reivindica três coisas:
saúde, educação e segurança.
Resumitivo: Saúde, educação, segurança, tudo é
questionado pelos cariocas.
VOCATIVO (Voc.): é todo termo ou expressão
que representa um chamamento. O vocativo é sempre
isolado por vírgula ou mesmo por travessão, independen-
temente de sua posição na oração (início, meio ou fim).
Ex.: Professor, haverá aula sábado? / Haverá aula sába-
do, professor?
QUESTÕES PROPOSTAS
1. Na frase “Muitos neurocientistas estavam se referindo
ao livre arbítrio”, o termo sublinhado funciona como:
A. complemento nominal.
B. objeto direto.
C. predicativo do sujeito.
D. objeto indireto.
E. predicativo do objeto.
2. Assinale a função sintática do termo sublinhado em
“Fiquei triste de saber por terceiros que Lívia, minha namo-
rada, não era mais minha namorada”.
A. vocativo
B. aposto
C. adjunto adnominal
D. adjunto adverbial
E. predicativo do sujeito
3. O termo destacado no trecho “Professor, o sistema está
marcando 26 faltas, mas eu juro que só faltei 3 vezes.” é
classificado sintaticamente como:
A. aposto.
B. vocativo.
C. predicativo do sujeito.
D. adjunto adnominal.
E. complemento nominal.
4. Assinale a opção correta quanto à classificação e à fun-
ção dos vocábulos destacados em “Março é por nossa
conta”.
A. “Março” é substantivo com função de sujeito;
“nossa” é pronome com função de adjunto adverbial.
B. “Março” é substantivo com função de objeto
direto; “nossa” é pronome com função de adjunto adno-
minal.
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C. “Março” é substantivo com função de sujeito;
“nossa” é pronome com função de complemento nominal.
D. “Março” é substantivo com função de sujeito;
“nossa” é pronome com função de adjunto adnominal.
E. “Março” é adjetivo com função de sujeito; “nos-
sa” é pronome com função de adjunto adnominal.
5. Assinale a opção em que o vocábulo “nada” funciona
como sujeito.
A. Nada vi.
B. Nada somos.
C. Nada me perturba.
D. Nada quer.
E. Nada tenho a perder.
QUESTÕES COMENTADAS
6. Em “O outro está ligado às realizações pessoais”, a
função sintática desempenhada pela expressão sublinhada
também é encontrada em:
A. João concedeu entrevista à jornalista.
B. Sérgio foi à sede do clube ontem.
C. Mário foi leal à esposa até morrer.
D. José pediu demissão à chefia.
E. Sílvia solicitou dispensa à patroa.
7. Marque a opção que apresenta correta e respectiva-
mente as funções sintáticas das palavras sublinhadas na
frase “Quando percebi que o doente expirava, recuei ater-
rado e dei um grito, mas ninguém me ouviu.”.
A. sujeito / objeto direto / objeto direto / objeto
indireto
B. objeto direto / sujeito / objeto direto / sujeito
C. sujeito / objeto indireto / sujeito / objeto direto
D. objeto indireto / objeto direto / sujeito / objeto
direto
E. sujeito / objeto direto / sujeito / objeto direto
8. Marque a opção cujo termo destacado não teve sua
função sintática analisada corretamente.
A. Evitemos que o drama financeiro dos gregos vire
uma tragédia continental. ⮊ objeto direto
B. A maior parte dessa conta caberia à Alemanha. ⮊
objeto indireto
C. Ficará difícil para a chanceler alemã, Angela Mer-
kel, justificar o socorro financeiro. ⮊ aposto
D. Os alemães, mesmo nos piores dias de crise,
mantiveram o déficit público sob controle. ⮊ adjunto ad-
verbial
E. Será necessária uma boia para evitar o colapso.
⮊ sujeito
9. Assinale a opção cuja expressão destacada não funciona
como adjunto adverbial.
A. A esta hora você já o encontrará no escritório.
B. Há uma ligação da Espanha urgente para você.
C. Os exames vestibulares serão adiados para o
próximo mês.
D. Depois de certo tempo, a mulher abriu a porta
muito lentamente.
E. Essas notícias políticas chegaram da Espanha
hoje.
10. Em “O porte de armas não parece inibir a abordagem
dos ladrões”, a expressão destacada:
A. expande o sentido do nome “porte”, que se en-
contra incompleto.
B. introduz um complemento para o nome “armas”,
que está incompleto.
C. expande o sentido da expressão “porte de ar-
mas”, que está sem sentido.
D. expande o sentido do verbo “parecer”, que é
transitivo direto.
E. expande o sentido do nome “abordagem”, que a
antecede.
RESPOSTAS:
1. (D)
2. (B)
3. (B)
4. (D)
5. (C)
6. (C)
7. (E)
8. (A)
9. (B)
10. (E)
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AULA 13
PERÍODO COMPOSTO: ORAÇÕES COORDENADAS
Já foi comentado, em aula anterior, que um período pode
conter uma oração ou mais. Portanto, a análise inicial de
qualquer período leva em consideração a quantidade de
bases verbais existente nele. O período que é constituído
por uma única forma verbal (simples ou composta) chama-
se período simples. Se um período apresenta mais de uma
forma verbal (simples ou composta), recebe o nome de
período composto. Leia os três períodos a seguir:
I. Hoje acordei tarde demais!
II. De repente um carro começa a buzinar em frente
à janela do meu quarto.
III. Alguns amigos desceram do carro e chamaram-
me para uma festa.
Note que os períodos I e II devem ser classificados como
simples, pois ambos apresentam uma única forma verbal:
o primeiro apresenta uma forma verbal simples (“acordei”)
e o segundo, uma forma verbal composta (“começa a bu-
zinar”). Diferentemente desses, o período III é classificado
como composto, uma vez que apresenta duas formas ver-
bais independentes: “desceram” e “chamaram”.
Agora estudaremos o período composto, ou seja, aquele
formado por mais de uma oração. Iniciaremos com a dife-
rença entre coordenação e subordinação e passaremos ao
estudo detalhado desses dois processos, levando em conta
uma análise que vai do critério sintático ao semântico.
COORDENAÇÃO versus SUBORDINAÇÃO
Num período composto por coordenação, as orações po-
dem ser totalmente interpretadas, sem que haja entre elas
uma dependência sintática ou estrutural. As orações co-
ordenadas que não são ligadas por conjunção chamam-se
assindéticas; já aquelas que apresentam conectivos são
chamadas de sindéticas.
No caso das orações coordenadas por meio de um conecti-
vo, quando o retiramos e isolamos uma oração da outra,
percebemos que cada uma possui sentidocompleto. Isso
quer dizer que a estrutura de uma oração não depende da
outra; elas são simplesmente alinhadas e explicitamente
ligadas por uma conjunção, chamada de coordenativa.
Veja um exemplo:
Ex.: Pare de falar, e escute a minha ideia.
Note que tanto a primeira oração (“Pare de falar boba-
gem”) quanto a segunda (“escute a minha ideia”) apresen-
tam estrutura e sentido completos. Isso significa que, se
retirarmos a conjunção “e”, o entendimento isolado de
cada oração não fica comprometido.
Já num período composto por subordinação, uma
oração, chamada de subordinada, apresenta um vínculo de
dependência em relação à outra, chamada de principal.
Isso significa que não é possível o entendimento completo
de ambas as orações isoladamente. Veja um exemplo:
Ex.: É necessário que você escute a minha ideia.
Note que é impossível desconectar uma oração de
outra, pois o sentido do contexto fica comprometido. Se
não subordinarmos a segunda oração (“você escute a mi-
nha ideia”) à primeira (“É necessário”), é impossível en-
tender o que se pretende comunicar de fato.
PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO
Retomemos o período III, citado no início desta aula: “Al-
guns amigos desceram do carro e chamaram-me para uma
festa”. É possível notar que a segunda oração é sintatica-
mente independente da primeira e a esta vincula-se por
meio de uma conjunção coordenativa que denota adição.
Todas as orações ligadas por conectores coordenativos
chamam-se orações coordenadas.
Veja outro exemplo: “O guarda de trânsito deteve o veícu-
lo, aplicou uma severa multa ao motorista, mas não apre-
endeu sua carteira de habilitação.”
1ª ORAÇÃO: O guarda de trânsito deteve o veículo
2ª ORAÇÃO: aplicou uma severa multa ao motorista
3ª ORAÇÃO: mas não apreendeu sua carteira de habilita-
ção
Todas as três orações do período composto acima
são independentes ou de sentido completo; não há uma
dependência sintática entre elas. A 2ª oração não se liga à
1ª por meio de conjunção; apenas por pontuação (ambas
são chamadas de assindéticas). A 3ª oração liga-se à 2ª
por meio da conjunção coordenativa adversativa “mas”,
que expressa ideia de oposição.
Portanto, no período composto por coordenação,
a estrutura de uma oração não interfere na estrutura da
outra, ou seja, as orações são sintaticamente independen-
tes. A oração do período composto por coordenação que
apresenta o conector coordenativo é chamada de coorde-
nada sindética.
Os conectores coordenativos são classificados de
acordo com as ideias que expressam nas orações. Portan-
to, as orações coordenadas serão classificadas de acordo
com o sentido expresso pelos seus conectores coordenati-
vos. Veja os cinco tipos de orações coordenadas:
Oração Coordenada Sindética Aditiva: expressa
adição ou acréscimo de informações em relação à primeira
oração.
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Ex.: Cheguei cedo e preparei tudo antes do almo-
ço. / Não só teve prejuízo, como precisou vender a casa.
Conectores aditivos: e, nem (= e não), tampouco,
não apenas/só... mas/senão (também)/como e tanto...
como.
Oração Coordenada Sindética Adversativa: ex-
pressa oposição, contraste ou adversidade em relação ao
que se declara na primeira oração.
Ex.: Ele saiu cedo de casa, contudo chegou atra-
sado ao curso. / Fiz dieta, e não consegui emagrecer.
Conectores adversativos: mas, e (= mas), porém, todavia,
contudo, entretanto, no entanto, nada obstante e não
obstante (seguido de forma verbal flexionada no modo
indicativo).
Oração Coordenada Sindética Alternativa: ex-
pressa exclusão ou escolha entre o conteúdo expresso em
uma das orações coordenadas.
Ex.: Irei de carro ou pegarei um táxi. / Ora vou
de trem, ora vou de Uber.
Conectores alternativos: ou, ou ... ou, já ... já, ora
... ora, quer ... quer e seja ... seja.
OBS.: No segundo exemplo acima, ambas as orações são
classificadas como coordenadas sindéticas alternativas,
pois o conectivo “ora...ora” necessariamente é distribuído
nas duas orações.
Oração Coordenada Sindética Conclusiva: ex-
pressa uma conclusão ou consequência lógica baseada no
conteúdo da primeira oração.
Ex.: A noiva desistiu, logo não haverá casamento.
/ A noiva desistiu; não haverá casamento, pois.
Conectores conclusivos: logo, então, portanto,
por conseguinte, assim e pois (posterior ao verbo da ora-
ção em que se encontra).
OBS.: A conjunção “e” também pode exprimir ideia con-
clusiva. Exemplo: Aplicamos em renda fixa e obtivemos
muito lucro!
Oração Coordenada Sindética Explicativa: ex-
pressa uma explicação para o que se afirma na primeira
oração.
Ex.: Ele é bem sucedido, pois empenhou-se muito
ao longo da vida. / Relaxe, que tudo vai se resolver.
Conectores explicativos: que, porque e pois (anterior ao
verbo da oração em que se encontra).
OBS.: Sempre que, num período composto por coordena-
ção, o verbo da oração coordenada assindética estiver
flexionado no imperativo (afirmativo ou negativo), a ora-
ção coordenada sindética deve ser classificada como expli-
cativa. Note isso no segundo exemplo acima.
QUESTÕES PROPOSTAS
1. Complete as lacunas dos períodos seguintes, usando
uma conjunção coordenativa adequada aos contextos.
a. Vocês podem se reunir na biblioteca, __________
não falem alto.
b. Leo não quis ouvir meus conselhos; __________,
agora aguentará as consequências.
c. Não falte à reunião, __________ preciso falar com
você.
d. Entrou na sala __________ sentou-se num canto,
sem conversar com ninguém.
e. Por mim, você fica nessa escola, __________ os
professores são excelentes.
2. Leia o seguinte período: “Ari saiu cedo, encontrou a
namorada e deu-lhe uma flor”.
Classifique as seguintes orações:
a. “Ari saiu cedo”:
____________________________
b. “encontrou a namorada”:
____________________________
c. “e deu-lhe uma flor”:
____________________________
3. Assinale a opção que apresenta uma oração coordena-
da sindética aditiva.
A. Vou até o colégio, mas volto logo.
B. Você não me ouviu bem; logo, não me entendeu.
C. O sofá era usado, mas estava em perfeito estado.
D. Ana cantará na festa ou só dançará?
E. O rapaz chegou e cumprimentou a aniversarian-
te.
4. Assinale a opção em que o período é classificado como
composto.
A. A direção da escola está preparando um evento
online.
B. Pretendo, ainda hoje, ir ao mercado central.
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C. A funcionária chegou cansada e foi dormir rapi-
damente.
D. Hoje não posso perder o jogo do meu time do
coração.
E. Os entregadores acabaram por deixar a enco-
menda na portaria.
5. Assinale a frase em que não foi usada uma conjunção
adversativa.
A. Tentei chegar cedo, e não consegui.
B. Ele sabia a resposta, contudo preferiu não res-
ponder.
C. Lancharam bastante, mas ainda sentiam fome.
D. Preparou-se para ir à praia, entretanto o mau
tempo atrapalhou seu plano.
E. O juiz não só anulou o gol, mas também expulsou
o jogador.
QUESTÕES COMENTADAS
6. Assinale a opção em que o período é composto por
coordenação.
A. Se chover mais tarde, não sairemos.
B. Saia primeiro para que eu possa entrar.
C. Já estou sabendo que haverá prova amanhã.
D. Esse é o ator que admiro.
E. O cão ladra; a vaca muge.
7. Assinale o item em que a oração coordenada sindética
destacada foi classificada incorretamente.
A. Levante-se e leia esse texto. (aditiva)
B. Entregue a prova, que o tempo já se esgotou.
(explicativa)
C. Enviei duas mensagens, mas ele não me respon-
deu. (adversativa)
D. Na reunião, os condôminos não reclamavam nem
discutiam. (conclusiva)
E. Estamos eufóricos, porque as férias estão che-
gando. (explicativa)
8. Identifique o item que contenhauma oração coordena-
da conclusiva.
A. O orador falou pouco, todavia disse muitas ver-
dades.
B. Trate de trabalhar, que o trabalho dignifica!
C. Aproveitemos, vivamos, pois somos jovens!
D. Era noite, e a lua brilhava no céu sereno.
E. As árvores são preciosas à vida humana, por
conseguinte preservemo-las!
9. “Ele garantiu que seu ministério foi ignorado em todas
as discussões, não só sobre desocupação das terras, mas
também sobre trabalho no campo e agricultura comercial.”
Assinale a relação semântica do conectivo sublinhado no
período acima.
A. adição
B. adversidade
C. explicação
D. conclusão
E. alternância
10. Assinale a opção em que ocorre uma oração coorde-
nada sindética explicativa.
A. O figurino estava amarrotado, mas era bonito.
B. Ambos se amavam, contudo não se viam há bas-
tante tempo.
C. Todos estavam trabalhando: ou varrendo o pátio
ou lavando o vestiário.
D. Chore, que as lágrimas lavam a dor!
E. O time ora atacava, ora defendia, e o placar não
apresentava resultado favorável.
RESPOSTAS:
1. Sugestões de respostas (outras conjunções de mesmo
valor podem ser usadas):
a. mas
b. portanto
c. pois
d. e / mas
e. que / pois
2.
a. oração coordenada assindética
b. oração coordenada assindética
c. oração coordenada sindética aditiva
3. (E)
4. (C)
5. (E)
6. (E)
7. (D)
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109
8. (E)
9. (A)
10. (D)
AULA 14
PERÍODO COMPOSTO: ORAÇÕES SUBORDINADAS
ADVERBIAIS
As orações subordinadas adverbiais funcionam como ad-
junto adverbial de outras orações e vêm, geralmente,
introduzidas por um dos conectores subordinativos (exceto
os integrantes). Vejamos um exemplo:
A cada sete segundos uma criança morre de fome .
Período simples adjunto adverbial de causa
Período composto A cada sete segundos uma criança
morre porque está faminta.
oração principal oração subordinada adverbial causal
Oração Subordinada Adverbial Condicional:
expressa uma condição (real ou hipotética) necessária para
que se realize ou se deixe de realizar o fato expresso na
oração principal.
Ex.: Nosso país será uma potência se lutarmos
juntos. / Não entrem em casa sem que limpem os pés.
Conectores condicionais: se, caso, salvo (se),
desde que, contanto que, exceto se, sem que, a menos que,
a não ser que e uma vez que (seguido de verbo flexionado
no subjuntivo).
Oração Subordinada Adverbial Final: expressa a
intenção, a finalidade, o objetivo do fato declarado na
oração principal.
Ex.: A campeã brasileira treinou bastante para
que pudesse vencer a maratona internacional.
Conectores finais: para que, a fim de que e que /
porque (= para que).
Oração Subordinada Adverbial Causal: expressa
a causa, o motivo do fato indicado na oração principal.
Ex.: O barraco cedeu porque choveu muito. /
Como ia morrer, fazia tudo que lhe viesse à mente.
Conectores causais: porque, uma vez que, pois
que, visto que, já que, na medida em que, porquanto e
como (em orações subordinadas sempre antepostas à
principal).
Oração Subordinada Adverbial Consecutiva:
expressa uma consequência, um efeito daquilo que se
declara na oração principal.
Ex.: O rapaz digitou tanto, que teve tendinite.
Conectores consecutivos: (tão / tanto / tama-
nho)...que, de (tal) forma que, de maneira que, de modo
que, de sorte que e tanto que.
Oração Subordinada Adverbial Comparativa:
apresenta o fato ou ser com que se compara o elemento
presente na oração principal. Essa comparação evidencia a
semelhança ou dessemelhança entre seres e fatos.
Ex.: Trinta por cento da população da Mongólia
vive como nômade.
O verbo da oração adverbial comparativa é ge-
ralmente omisso. Note como ficaria o exemplo acima se o
verbo da oração principal fosse repetido na oração subor-
dinada: Trinta por cento da população da Mongólia vive
como (um) nômade vive.
Conectores comparativos: que / do que (precedi-
dos de tão, tanto, mais, menos, melhor, pior, maior, me-
nos, na oração principal), como, assim como, assim e tal
qual.
Oração Subordinada Adverbial Conformativa:
expressa um fato que está de acordo com o que se declara
na oração principal.
Ex.: Todos os alunos agiram como o professor
mandou.
Conectores conformativos: conforme, como,
consoante e segundo.
Oração Subordinada Adverbial Concessiva: ex-
pressa um fato que parece interferir na realização daquilo
que é declarado na oração principal, porém não possui
força para essa interferência.
Ex.: Consegui o ingresso, embora tivesse chegado
tarde. / Por mais que eu busque, nunca acharei o bilhete!
Conectores concessivos: embora, ainda que, a
menos que, se bem que, conquanto, mesmo que, nem que,
apesar de que, posto que, (por mais) que e (por muito)
que.
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Oração Subordinada Adverbial Proporcional:
expressa um fato que aumenta ou diminui em relação ao
que se declara na oração principal.
Ex.: Quanto mais açúcar puser, melhor ficará o
recheio. / Ele fica mais chato à medida que o tempo pas-
sa.
Conectores proporcionais: à proporção que, à
medida que, ao passo que, quanto mais ... mais, quanto
menos ... menos, quanto menos ... mais, quanto mais ...
menos, quanto maior ... maior, quanto menor ... menor e
outros.
Oração Subordinada Adverbial Temporal: ex-
pressa fatos simultâneos, anteriores ou posteriores ao que
se declara na oração principal.
Ex.: O tenista conquistou a vitória assim que fez a
última jogada. / Mal chegou ao hotel, jogou-se na cama.
Conectores temporais: quando, enquanto, assim
que, logo que, até que, depois que, desde que, que, apenas,
mal, sempre que, cada vez que e antes que.
QUESTÕES PROPOSTAS
1. Indique se a oração subordinada adverbial destacada
expressa causa, consequência ou finalidade em relação à
oração principal.
a. Não viajamos porque perdemos as passagens.
_____________
b. O atleta correu tanto que cegou a desmaiar.
_____________
c. Como gostava muito do artista, foi o primeiro a
comprar o ingresso. _____________
d. Elas se maquiaram, pois queriam impressionar na
festa. _____________
e. Compre os livros para que consigam fazer as tare-
fas propostas. _____________
f. Ele não pôde ficar mais, visto que tinha um com-
promisso. _____________
2. Classifique as orações subordinadas adverbiais em des-
taque.
a. A colheita será péssima caso a estiagem persista.
________________
b. Ainda que farejasse aqui e ali, o cão acompanhava
o dono. ________________
c. Aquele jovem prosperou, pois se esforçou bastan-
te. ________________
d. Assim que saciaram a fome, todos voltaram às
salas. ________________
e. Não fui ao espetáculo, embora tivesse ganhado o
ingresso especial. ___________
f. Já que o documento é falso, a vítima deve fazer
denúncia na polícia. __________
g. Eu não soube da paralisação, pois não acompa-
nhei o noticiário. _____________
h. Mesmo que eles tomem cuidado, o número de
mortes só aumenta. ____________
i. O chefe não age como os especialistas em saúde
recomendam. ______________
3. Assinale o item em que a oração subordinada adverbial
destacada não foi corretamente classificada entre colche-
tes.
A. Irei com você desde que não chova. [condicional]
B. Não saí ontem porque estava chovendo muito.
[causal]
C. Tranque a porta assim que eu sair. [temporal]
D. Ela ficou tão feliz que chegou a chorar. [final]
E. Embora tenha saído cedo, não conseguiu chegar
a tempo. [concessiva]
4. Assinale o período que apresente uma oração subordi-
nada adverbial consecutiva.
A. Enquanto eu estudava, ele lia o jornal.
B. Caso haja algum problema, telefone-me.
C. Assim que inicioua reunião, ele pediu a palavra.
D. Venha cedo, se quiser um bom lugar no cinema.
E. Ela ficou tão alegre com a notícia que começou a
dançar.
5. Marque a frase cuja oração sublinhada não é classifica-
da como adverbial temporal.
A. Assim que chegarem ao posto, procurem o fiscal.
B. Faremos um piquenique no sábado, desde que
não chova.
C. Abra a garagem enquanto eu pego a chave do
carro.
D. Quando avistou o juiz, as mãos começaram a
suar.
E. Estou sentindo dor de cabeça desde que acordei.
QUESTÕES COMENTADAS
6. Em “Esqueça o problema, nem que seja só por poucos
segundos”, a oração destacada expressa:
A. concessão.
B. comparação.
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C. conformidade.
D. finalidade.
E. causa.
7. Em “Nossa meta é vender 3,3 milhões de entradas. Se
conseguirmos, vai ser o maior número de ingressos vendi-
dos de toda a história da Paralimpíada”, a oração em des-
taque:
A. não remete ao período anterior.
B. remete à realização dos Jogos Paralímpicos.
C. expressa condição.
D. expressa finalidade.
E. expressa causa.
8. Leia com atenção os períodos abaixo:
I. Caso haja justiça social, haverá paz.
II. Embora a televisão ofereça imagens concretas, ela não
fornece uma reprodução fiel da realidade.
III. Como todas as pessoas estavam concentradas, não se
escutou um ruído.
Assinale a opção que apresenta, respectivamente, as cir-
cunstâncias indicadas pelas orações sublinhadas.
A. condição / causa / conformidade
B. consequência / oposição / conformidade
C. condição / consequência / comparação
D. conformidade / concessão / conformidade
E. condição / concessão / causa
9. No período “Veja que, ainda que o fotógrafo não qui-
sesse, as cortinas dão impressão de caras impressionantes
por detrás da gravura.”, a oração destacada classifica-se
como adverbial:
A. condicional.
B. concessiva.
C. causal.
D. consecutiva.
E. conformativa.
10. Assinale a opção que estabeleça o mesmo tipo de
relação existente na oração destacada em: “Visto que
estavam enfraquecidos pela contraofensiva aliada, austrí-
acos e turcos renderam-se em outubro de 1918”.
A. À medida que se aproximavam do rio, mais mos-
quitos apareciam.
B. Medidas urgentes precisam ser tomadas a fim de
que a falência da empresa possa ser evitada.
C. Como dormira muito pouco naquela manhã,
ficou muito dispersivo durante o treinamento.
D. Ainda que estivesse muito cansado, decidiu pros-
seguir a viagem.
E. Acredito que virá, apesar de ter me avisado que
não viria.
RESPOSTAS:
1.
a. causa
b. consequência
c. causa
d. causa
e. finalidade
f. causa
2.
a. condicional
b. concessiva
c. causal
d. temporal
e. concessiva
f. causal
g. causal
h. concessiva
i. conformativa
3. (D)
4. (E)
5. (B)
6. (A)
7. (C)
8. (E)
9. (B)
10. (C)
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AULA 15
PERÍODO COMPOSTO: ORAÇÕES SUBORDINADAS
SUBSTANTIVAS
As orações subordinadas substantivas são iniciadas, geral-
mente, por uma conjunção integrante (que ou se), a qual
literalmente integrará um termo sintático que está em
falta na estrutura da primeira oração (principal). Em ou-
tras palavras, as orações subordinadas substantivas com-
pletam sempre o sentido da oração principal, de modo a
exercer uma função sintática própria de base substantiva:
sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento no-
minal, aposto e predicativo.
Vejamos os cinco tipos de oração substantiva a partir de
uma comparação entre a função sintática no período sim-
ples e sua transformação numa estrutura equivalente
oracional.
Oração Subordinada Substantiva Apositiva: tem
a função de aposto da oração principal.
Período simples Exijo uma coisa: a sua colaboração.
VTD aposto
Período composto Exijo uma coisa: que você colabore.
oração principal oração subordinada
substantiva apositiva
Da mesma maneira que o aposto, a oração aposi-
tiva vem separada por algum sinal de pontuação. Nor-
malmente, ela vem depois da oração principal, sendo se-
parada por dois-pontos (:).
Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta: funcio-
na como objeto direto do verbo da oração principal.
VTD
Período simples Quero a ajuda dele.
OD
Período composto Quero que ele me ajude.
oração principal oração subordinada
substantiva objetiva direta
Note que a oração principal possui um verbo transitivo
direto (“quero”), cujo objeto direto é a oração subordinada
“que ele me ajude” (2ª oração).
OBS.: Além das conjunções integrantes “que” e “se”, um
pronome indefinido, um pronome / advérbio interrogativo
ou exclamativo também podem introduzir uma oração
subordinada substantiva. Nesse caso, alguns autores cha-
mam essas orações substantivas atípicas de orações justa-
postas. Veja: Ainda não sabemos (quem / por que / por
quanto / como / quando / onde) alugou as coberturas.
Independentemente dos diferentes tipos de introdução,
note que a oração subordinada cumpre o papel sintático
de objeto direto da oração principal “Ainda não sabemos”.
Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indire-
ta: funciona como objeto indireto do verbo da oração
principal.
VTI
Período simples Preciso de um favor seu.
OI
Período composto Preciso de que você me faça
um favor.
oração subordinada
principal substantiva objetiva indireta
Nesse período composto, a oração principal possui um
verbo transitivo indireto (“precisar”), complementado por
um objeto indireto na oração subordinada “de que você
me faça um favor”.
Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal:
atua como complemento nominal de um termo da oração
principal.
VTD complemento
Período simples Tenho certeza de seu sucesso.
OD
Oraçã principal
Período composto Tenho certeza de que você terá
sucesso.
oração subordinada
substantiva completiva nominal
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Perceba como, no período composto, a oração
“de que você terá sucesso” funciona como complemento
nominal de um termo da oração principal.
Oração Subordinada Substantiva Predicativa:
funciona como predicativo da oração principal.
sujeito predicativo do sujeito
Período simples Ela parece muito estressada.
VL
oração principal
Período composto Ela parece que está muito es-
tressada.
oração subordinada
substantiva predicativa
No caso acima, a oração “que está muito estressada” pos-
sui a função de predicativo da oração principal. Note co-
mo a oração principal é constituída de sujeito e verbo de
ligação. Nela, falta-lhe apenas o predicativo (segunda
oração) para que seu sentido seja completo.
Oração Subordinada Substantiva Subjetiva:
funciona como sujeito da oração principal.
sujeito
Período simples A imposição de limites é fundamental.
predicado
Período composto É fundamental que limi-
tes sejam impostos.
oração principal oração subordinada
substantiva subjetiva
Note que está faltando um sujeito dentro da es-
trutura da oração principal. Esse sujeito aparece justa-
mente depois da oração principal em forma de oração.
Então, “que limites sejam impostos” recebe o nome de
oração subordinada substantiva subjetiva porque funcio-
na como sujeito da oração principal.
Além de estruturas como “é bom”, “é possível”, “é certo”,
“é claro”, “seria conveniente”, “será necessário”, “era
evidente” ou “ficou provado”, por exemplo, existem for-
mas verbais (sempre na terceira pessoa do singular) que,
normalmente, possuem como sujeito uma oração substan-
tiva subjetiva. Dentre tantas, alguns exemplos são: pare-
ce, consta, acontece, ocorre, convém, importa, nota-se,
sabe-se, comenta-se e percebe-se.Parece que ninguém viajou.
oração principal oração subordinada substantiva
subjetiva
Nota-se que tudo mudou.
QUESTÕES PROPOSTAS
1. Transforme os períodos simples em compostos e classi-
fique as orações subordinadas substantivas. Veja o mode-
lo:
a. Período Simples: A educação precisa do empe-
nho dos professores.
Período Composto:
Classificação da Oração Substantiva:
b. Período Simples: É conveniente o compareci-
mento de todos.
Período Composto:
Classificação da Oração Substantiva:
c. Período Simples: Ele fez questão de nosso com-
parecimento à formatura.
Período Composto:
Classificação da Oração Substantiva: _
Período Simples: Necessitávamos do auxílio de nossos
familiares.
Período Composto:
Classificação da Oração Substantiva:
e. Período Simples: O adiamento da sua viagem é
urgente.
Período Composto:
Classificação da Oração Substantiva:
2. Assinale a opção que apresenta a correta classificação
da oração substantiva destacada no quadrinho.
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3. Classifique as orações subordinadas substantivas se-
gundo a legenda:
[ 1 ] subjetiva
[ 2 ] objetiva direta
[ 3 ] objetiva indireta
[ 4 ] completiva nominal
[ 5 ] apositiva
[ 6 ] predicativa
a. [ ] A direção impediu-nos de que tomássemos
qualquer providência imediata.
b. [ ] Acontece que ainda te amo muito!
c. [ ] Comenta-se que muitos foram reprovados
somente em Língua Portuguesa.
d. [ ] Convém que você fuja imediatamente des-
te local.
e. [ ] Convenci meu filho de que “junk food” não
faz bem a ninguém.
f. [ ] É evidente que manobras políticas aconte-
cerão em breve.
g. [ ] É possível que todos compreendam nossas
dificuldades financeiras.
h. [ ] Ela perguntou-lhe se queria voltar para a
cidade de origem.
i. [ ] Informei os pais de que as normas foram
fixadas no quadro geral de avisos.
j. [ ] Insisto em que os fatos se esclareçam rapi-
damente.
k. [ ] Já sabemos como ele se comportou duran-
te a visita ao Museu Imperial.
l. [ ] Lembre-se de que a fé transporta a mente.
m. [ ] Meu desejo é que todos compareçam à
cerimônia de formatura dos oficiais.
n. [ ] Não duvide de que seja capaz de matá-lo
com apenas um golpe!
o. [ ] Não sei por que Laura tão vaidosa com as
pernas.
p. [ ] O caso é este: que todos se foram sem
mais nem menos.
q. [ ] O curioso é que ninguém percebeu qual-
quer movimento no saguão.
r. [ ] O governo ainda não declarou se aumenta-
rá a alíquota em 2021.
s. [ ] Ocorre que ele não mudou nadinha desde
o ano passado.
4. Assinale o comentário correto acerca do período
“Quem sempre procura a verdade diz a verdade”.
A. O sujeito da segunda oração é a oração anterior.
B. O sujeito da primeira oração é a segunda oração.
C. O objeto direto da primeira oração é a segunda
oração.
D. O objeto direto da segunda oração é a primeira
oração.
E. O período é formado por uma oração absoluta.
5. A palavra “se” é conjunção subordinativa integrante
(por introduzir oração subordinada substantiva objetiva
direta) em qual das opções seguintes?
A. Ele se consumia de ciúmes pelo patrão.
B. A federação arroga-se o direito de cancelar o
jogo.
C. O aluno fez-se passar por médico.
D. Precisa-se de pedreiros.
E. Não sei se o vizinho está em casa.
QUESTÕES COMENTADAS
6. Em “Estou seguro de que a sabedoria dos legisladores
saberá encontrar soluções para que medida semelhante
seja tomada”, a oração em destaque é:
A. objetiva indireta.
B. completiva nominal.
C. objetiva direta.
D. subjetiva.
E. apositiva.
7. Assinale a opção cuja oração sublinhada não funciona
como complemento do verbo.
A. A direção impediu-nos de sair cedo.
B. Informei aos pais que tudo foi resolvido.
C. Já sabemos como a população reagirá à decisão.
D. Não convém que os servidores trabalhem duran-
te o recesso.
E. Disseram que haverá outra greve.
8. Marque a opção cuja oração destacada apresenta clas-
sificação diferente das demais.
A. Urge que você volte ao país o quanto antes.
B. Conta-se que uma bruxa habita a torre.
C. Parece pouco provável que haja reajuste salarial
este ano.
D. Não me importa que ela tenha viajado sozinha.
E. Ela nem percebeu que já é tarde demais!
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9. As palavras abaixo destacadas foram utilizadas para
introduzir orações subordinadas substantivas. Entretanto,
em somente uma opção essa relação sintática foi estabele-
cida por uma conjunção integrante própria. Assinale-a.
A. Não sabemos, até o momento, se haverá com-
pensação dos cheques.
B. Impressionou-me como aquelas formações ro-
chosas são tão imponentes.
C. Parece haver uma disputa para saber quem dá
mais notícias em tempo real.
D. Estou sem paciência para assistir a tantos noticiá-
rios previsíveis.
E. Não se sabe informar quanto será pago de inde-
nização ao servidor.
10. Há oração subordinada substantiva apositiva em:
A. Na rua perguntou-lhe com medo: onde podemos
conversar à vontade?
B. Ninguém reparou em Olívia: todos estavam as-
sustados com a notícia.
C. As estrelas que vemos parecem dois grandes
olhos curiosos.
D. Eu tinha tudo o que queria: amigos, dinheiro,
bens e saúde.
E. Sempre desejava a mesma coisa: que a sua pre-
sença fosse notada.
RESPOSTAS:
1.
a. Período Composto: A educação precisa / de que
os professores se empenhem.
Classificação da Oração Substantiva: oração substantiva
objetiva indireta
b. Período Composto: É conveniente / que todos
compareçam.
Classificação da Oração Substantiva: oração substantiva
subjetiva
c. Período Composto: Ele fez questão / de que nós
comparecêssemos à formatura.
Classificação da Oração Substantiva: oração substantiva
completiva nominal
d. Período Composto: Necessitávamos / de que
nossos familiares nos auxiliassem.
Classificação da Oração Substantiva: oração substantiva
objetiva indireta
e. Período Composto: É urgente / que adie sua
viagem.
Classificação da Oração Substantiva: oração substantiva
subjetiva
2. (D)
3.
a. [ 3 ]
b. [ 1 ]
c. [ 1 ]
d. [ 1 ]
e. [ 3 ]
f. [ 1 ]
g. [ 1 ]
h. [ 2 ]
i. [ 3 ]
j. [ 3 ]
k. [ 2 ]
l. [ 3 ]
m. [ 6 ]
n. [ 3 ]
o. [ 2 ]
p. [ 5 ]
q. [ 6 ]
r. [ 2 ]
s. [1]
4. (A)
5. (E)
6. (B)
7. (D)
8. (E)
9. (A)
10. (E)
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AULA 16
PERÍODO COMPOSTO: ORAÇÕES SUBORDINADAS
ADJETIVAS
As orações subordinadas adjetivas são assim chamadas por
apresentarem valor de um adjetivo acessório que modifica
um termo da oração principal. Elas funcionam, portanto,
como adjunto adnominal e são sempre introduzidas por
pronome relativo: que, quem, o qual, a qual, os quais, as
quais, onde, cujo, cuja... Vejamos um exemplo:
Período simples Este é um problema insolúvel.
adjetivo
Período composto Este é um problema que
não pode ser resolvido.
oração principal oração subordinada adjetiva
Note que a segunda oração vem introduzida por
um pronome relativo. Ele faz referência a um termo ante-
rior no período, chamado de termo antecedente. Assim,
no período “Este é um problema que não pode ser resolvi-
do”, o antecedente do pronome relativo “que” é o subs-
tantivo “problema”. Como a oração introduzida pelo pro-
nome relativo “que” adjetiva o substantivo “problema”,
ela é chamada de oração subordinada adjetiva.
Dependendo do sentido que se queira veicular, as
orações subordinadas adjetivas classificam-se em:
Oração Subordinada Adjetiva Restritiva: restrin-
ge, limitaa significação do seu termo antecedente (subs-
tantivo ou pronome), indicando um subconjunto desse
antecedente. A oração adjetiva restritiva altera o sentido
do período e não é separada da oração principal por vírgu-
la(s).
Ex.: Os professores que estão em greve
não serão apenados.
Observe que a oração “que estão em greve” está
restringindo o sentido do termo “professores”, pois nem
todos os professores estão em greve, mas apenas um sub-
conjunto deles.
Oração Subordinada Adjetiva Explicativa: explica
o sentido do termo antecedente. Toda oração adjetiva
explicativa acrescenta uma informação sem delimitar a
extensão de seu antecedente. Além disso, ela é sempre
separada da oração principal por vírgula(s) ou mesmo
travessão(ões).
Ex.: Os professores, que estão em greve,
não serão apenados.
Note que a oração explicativa “que estão em gre-
ve” acrescenta uma informação ao seu termo antecedente
sem delimitá-lo, podendo até mesmo ser suprimida sem
que o sentido básico do período fique prejudicado.
Comparando os dois exemplos, observamos que, no pri-
meiro caso, supõe-se a existência de professores que estão
em greve e de outros que não estão. Já no segundo, todos
os professores estão em greve e, consequentemente, ne-
nhum deles será apenado. Enfatiza-se que aqueles que
estão em greve não serão apenados.
QUESTÕES PROPOSTAS
1. Sublinhe as orações adjetivas presentes nos períodos e
classifique-as em restritivas ou explicativas.
a. Quem fez o mundo em que vivemos?
b. O homem, que se julga livre, ainda luta pela liber-
dade.
c. Sujaram o tapete novo que comprei com sacrifí-
cio.
d. Era pouco confortável o ônibus no qual viajamos.
e. A casa a qual foi alugada é de um antigo fazendei-
ro.
f. O local onde jogaram o lixo pertence à prefeitura.
2. Reescreva os períodos seguintes, transformando os
adjetivos sublinhados em orações subordinadas adjetivas
específicas equivalentes.
a. Alguém conhece aquela garota sorridente?
b. A criança chorosa irritou a babá.
c. Meu amor, estou vendo algo flutuante no mar.
d. Esse ruído irritante não cessa nunca?
3. Assinale a opção em que o vocábulo “que” inicia uma
oração subordinada adjetiva.
A. Eu lhe disse que choveria hoje?
B. Esqueci o modelo do telefone que comprei.
C. O diretor exigiu rapidamente que fosse marcada
uma reunião.
D. Espero que ele retorne logo do hospital.
E. João fez tanto mistério, que acabou irritando a
esposa.
4. Assinale o período em que há uma oração subordinada
adjetiva.
A. Ele me falou que compraria aquele carro.
B. Não fale alto, que ela pode ouvir.
C. Vamos embora, que o dia já está amanhecendo.
D. Em time que ganha não se mexe.
E. Parece que a prova não está difícil.
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5. A segunda oração do período “Não sei no que pensa” é
classificada como:
A. substantiva objetiva direta.
B. substantiva completiva nominal.
C. adjetiva restritiva.
D. adjetiva explicativa.
E. coordenada explicativa.
QUESTÕES COMENTADAS
6. Assinale a opção cuja oração subordinada não é classifi-
cada como adjetiva.
A. A moça cujo pai mora em Brasília é muito simpá-
tica.
B. Essa é a jovem de quem lhe falei.
C. Já picharam o muro que pintamos ontem.
D. Ainda tenho o caderno que usei na escola.
E. O rapaz riu tanto que caiu da cadeira.
7. A oração destacada em “Não compreendi a razão por
que o ladrão não pulou o muro” é:
A. substantiva completiva nominal.
B. substantiva objetiva indireta.
C. adjetiva restritiva.
D. adjetiva explicativa.
E. adverbial causal.
8. Assinale a opção que apresenta uma oração adjetiva
restritiva.
A. A lista que me enviaram estava com erros.
B. Não sabia que ela era filha do diretor.
C. Bebi tanto que passei mal na festa.
D. Parecia que o diretor estava indeciso.
E. Venha rápido, que o jogo vai começar.
9. A palavra destacada está corretamente interpretada,
exceto em:
A. Todos os livros que gostava de ler ficaram para
trás. (que = os livros)
B. Nesta igreja se adora um Deus em que ela não
acredita. (que = um Deus)
C. Ainda existem os hieróglifos que ele procura
decifrar. (que = os hieróglifos)
D. Reconstituí os momentos de que se lembrava
com saudade. (que = momentos)
E. Ela deve saber o que está pedindo a ele. (que =
ela)
10. Assinale a opção em que o termo sublinhado não in-
troduz uma oração subordinada adjetiva.
A. Não há coisa proibida que nunca tenha tentado
algum ser humano.
B. Um perigo para quem acessa a Internet são os
vírus que podem danificar o computador.
C. Meu amigo mantém, pela Internet, contato com
pessoas que moram em diversos países.
D. Estou convencido de que a gente inventa a fala a
cada momento.
E. Há pessoas que temem que a influência do inglês
no português seja negativa.
RESPOSTAS:
1.
a. Quem fez o mundo em que vivemos? restritiva
b. O homem, que se julga livre, ainda luta pela liber-
dade. explicativa
c. Sujaram o tapete novo que comprei com sacrifí-
cio. restritiva
d. Era pouco confortável o ônibus no qual viajamos.
restritiva
e. A casa a qual foi alugada é de um antigo fazendei-
ro. restritiva
f. O local onde jogaram o lixo pertence à prefeitura.
restritiva
2. Reescreva os períodos seguintes, transformando os
adjetivos sublinhados em orações subordinadas adjetivas
específicas equivalentes.
a. Alguém conhece aquela garota que sorri?
b. A criança que chora irritou a babá.
c. Meu amor, estou vendo algo que flutua no mar.
d. Esse ruído que irrita não cessa nunca?
3. (B)
4. (D)
5. (C)
6. (E)
7. (C)
8. (A)
9. (E)
10. (D)
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AULA 17
SINTAXE DE CONCORDÂNCIA
Em uma frase, pode haver várias palavras flexionadas,
como verbos, substantivos, pronomes, adjetivos, artigos e
numerais. Essas ocorrências flexionais não são aleatórias.
Tanto as flexões de gênero (masculino e feminino) quanto
as de número (singular e plural) baseiam-se na chamada
concordância, que nada mais é que uma espécie de “acor-
do” existente entre palavras variáveis que se relacionam
sintaticamente. Quando esse “acordo” ocorre entre subs-
tantivos, artigos, adjetivos, pronomes, numerais e particí-
pios, dizemos que se trata de concordância nominal. Já
quando uma forma verbal faz parte desse “acordo” com
outra classe, tratamos de um caso de concordância verbal.
CONCORDÂNCIA NOMINAL
O princípio-base de concordância nominal é: o adjetivo, o
pronome, o numeral, o particípio e o artigo concordam em
gênero e número com o substantivo ao qual se referem.
Observe isso na frase seguinte:
Ex.: As minhas duas calças pretas estão rasgadas!
Note que as cinco palavras que se referem ao núcleo subs-
tantivo “calças” devem concordar com ele. Isso significa
que o artigo “As”, o pronome “minhas”, o numeral “duas”,
o adjetivo “pretas” e o particípio “rasgadas” estão flexio-
nados no feminino plural para concordar com o substanti-
vo “calças”, também flexionado no feminino plural.
A partir desse princípio geral, existem casos especiais de
concordância nominal. Vejamos alguns deles abaixo:
1. Quando o adjetivo estiver antes de substantivos
de gêneros diferentes, ele é flexionado no masculino plural
ou concorda com o substantivo mais próximo.
Ex.: Alunos e alunas dedicados leem diariamente.
Alunos e alunas dedicadas leem diariamente.
2. Quando o adjetivo estiver depois de substantivos
de gêneros diferentes, concorda com o mais próximo.
Ex.: Dedicadas alunas e alunos estudam este material.
3. Quando as palavras “bastante”, “meio” se referi-
rem a um substantivo, concordarão com ele. Caso contrá-
rio, serão sempre invariáveis.
Ex.: Tenho bastantes processos para análise. ⮊ pronome
concorda com “processos”Como ele comeu meia melancia sozinho? ⮊
numeral concorda com “melancia”
4. As palavras “mesmo”, “próprio”, “obrigado”,
“agradecido”, “leso”, “quite”, “grato”, “anexo” e “incluso”
concordam com o termo a que se referem.
Ex.: Elas mesmas entraram com processo para requerer
auxílio-moradia.
A posse exige que os classificados estejam qui-
tes com a Justiça Eleitoral.
Segue anexa a documentação. / Seguem anexos
todos os arquivos.
Vai inclusa a documentação. / Vão inclusos
todos os arquivos.
A menina disse “muito obrigada” ao senhor.
5. Quando preposicionado, o termo “anexo” é inva-
riável.
Ex.: Segue em anexo a documentação.
6. As expressões “é preciso”, “é necessário”, “é
bom” e “é proibido” são invariáveis quando não acompa-
nhadas de artigo ou pronome.
Ex.: Só não é proibido apostas permitidas por lei.
Só não são proibidas as apostas permitidas por lei.
7. Os termos “alerta”, “haja vista” e “menos” são
sempre invariáveis.
Ex.: Eu tinha menos moedas que você.
Todas as sentinelas estão sempre alerta.
8. Quando dois ou mais adjetivos se referirem a um
único substantivo determinado, há duas possibilidades: [1]
o substantivo fica no singular e põe-se o artigo também
antes do segundo adjetivo ou [2] o substantivo fica no
plural e omite-se o artigo antes do segundo adjetivo.
Ex.: Houve reajustes na esfera federal e na estadual.
Houve reajustes nas esferas federal e estadual.
CONCORDÂNCIA VERBAL
O princípio-base de concordância verbal é: o verbo con-
corda em número e pessoa com o núcleo do sujeito a que
se articula. A partir desse princípio, existem casos especi-
ais da variedade padrão da língua quem precisam ser co-
mentados. Vejamos os dez mais frequentes a seguir:
1. Quando o sujeito equivale a uma expressão quan-
titativa indefinida (“grande número”, “uma série”, “uma
porção”...) seguida da preposição “de” + um substantivo
plural, o verbo pode concordar tanto com esse substantivo
plural quanto com o núcleo da referida expressão.
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Ex.: Grande número de garotas saiu. / Grande número de
garotas saíram.
Uma porção de garotas saiu. / Uma porção de
garotas saíram.
Uma série de fatos levou à demissão. / Uma série de
fatos levaram à demissão.
2. Os verbos “fazer” não admite pluralização quando
indica um período de tempo. Quando o verbo “fazer” for
principal em uma locução, o verbo auxiliar também não
admite pluralização.
Ex.: Faz quatro anos que Leo deixou de fumar. / Já fazia
dois meses que não chovia.
Aqui deve fazer belos dias de sol. / Deve fazer quatro
anos que Leo foi embora.
3. O verbo “existir” é pessoal, ou seja, admite plura-
lização para concordar com seu sujeito. Já o verbo “ha-
ver”, utilizado com ideia de existência, é impessoal, ou
seja, nunca se pluraliza.
Ex.: Existiam muitas pessoas na fila. / Havia muitas pes-
soas na fila.
4. Nas locuções verbais, com ou sem preposição, o
verbo principal transmite sua pessoalidade (ou impessoali-
dade) para o auxiliar. Isso também se aplica a locuções
constituídas de verbo + gerúndio / particípio.
Ex.: Vai haver aborrecimentos. / Vão existir aborrecimen-
tos.
Há de haver melhores projetos. / Hão de existir me-
lhores projetos.
Tinha havido alunos desistentes. / Tinham existido
alunos desistentes.
Está havendo coisas estranhas ali. / Estão existindo
coisas estranhas ali.
5. O verbo deve concordar com o núcleo do sujeito
na voz passiva sintética.
Ex.: Aluga-se apartamento. / Alugam-se apartamentos.
6. O sujeito indeterminado pela palavra “se” exige
que o verbo esteja flexionado na terceira pessoa do singu-
lar.
Ex.: Necessita-se de faxineiras.
7. Com as expressões “um dos...que” e “uma
das...que”, o verbo pode concordar com o termo “um” ou
com o nome plural intermediário da expressão.
Ex.: Esse é um dos alunos que passou no exame.
Esse é um dos alunos que passaram no exame.
8. Quando o pronome relativo “quem” funcionar
como sujeito, o verbo ficará na 3
a
pessoa do singular ou
concordará com a pessoa do antecedente do pronome. Já
quando o pronome relativo “que” funcionar como sujeito,
o verbo concordará com o antecedente pronominal.
Ex.: Fui eu quem embalou o produto.
Fui eu quem embalei o produto.
Fui eu que embalei o produto.
9. Quando o sujeito apresenta expressão numérica
de uma porcentagem seguida de termo preposicionado, o
verbo poderá concordar com o valor da porcentagem ou
com o núcleo do termo preposicionado.
Ex.: Noventa e cinco por cento do Parlamento foram / foi a
favor da lei.
10. O verbo “ser” concorda com o predicativo em
orações indicativas de tempo e distância.
Ex.: Já são três horas? / Daqui à praia, são cem metros.
Hoje são dez de maio. / Ainda é meio-dia.
QUESTÕES PROPOSTAS
1. Assinale a opção que completa corretamente a frase:
“____________ trabalhadores ociosos porque
___________ a produção e a exportação, e ___________
funcionários treinados em setores nos quais a empresa
possa crescer”.
A. Existem / caiu / falta
B. Existe / caiu / faltam
C. Existem / caíram / falta
D. Existem / caíram / faltam
E. Existe / caíram / faltam
2. Assinale a opção que obedece às regras de concordân-
cia nominal.
A. Ficou silencioso todos da cidade.
B. Alan dedicava todo seu tempo ao cultivo de ver-
duras e raízes bons para a saúde.
C. Veja as verdades anexa aos documentos históri-
cos.
D. A aldeia dos sete caçadores possuía bastantes
moradores.
E. A cidade abrigava mulheres e homens preocupa-
do.
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120
3. Substituindo-se a forma verbal destacada em “Segundo
Darwin, existiriam seis emoções...” por outra ou por uma
locução verbal, a concordância estará correta caso se use:
A. haveria.
B. haveria de existir.
C. poderiam haver.
D. haveriam.
E. deveria existir.
4. Marque a frase em que a concordância nominal foi feita
corretamente.
A. Havia bastante processos em cima da mesa.
B. Estamos quites com as nossas obrigações.
C. A situação ficou meia constrangedora.
D. Anexos à página oito, estão as propostas.
E. É necessário a tua denúncia no tribunal.
5. De acordo com o trecho “Como praticamente não exis-
tem estímulos para procurar essa carreira...”, assinale a
opção que não poderia substituir a forma verbal “exis-
tem”, sob pena de se incorrer em inadequação gramatical.
A. há de haver
B. hão de existir
C. haverá
D. devem haver
E. houve
QUESTÕES COMENTADAS
6. Das opções abaixo, assinale a que apresenta concor-
dância verbal correta.
A. Devem haver soluções para salvar o gato.
B. Existia ainda soluções para salvar o gato.
C. Não haviam mais esperanças de salvar o gato.
D. Há de haver meios de salvar o gato.
E. Não pode existir meios de salvar o gato.
7. Assinale a opção em que qualquer das duas formas
entre parênteses pode completar corretamente a frase,
por atender à concordância nominal (de acordo com a
língua padrão).
A. Boatos e notícias _________________ agitaram a
família. (desencontrados / desencontradas)
B. É _______ ter esta atitude acolhedora. (bom /
boa)
C. Eles ___________ guardavam algum segredo.
(próprio / próprios)
D. Ainda que fosse ________ preguiçosa, fez o traba-
lho rapidamente. (meio / meia)
E. Já organizou ____________ eventos esportivos.
(bastante / bastantes)
8. Assinale a opção que segue a norma culta da língua no
que diz respeito à concordância verbal.
A. Se surgir mais fatos duvidosos, não haverá dúvi-
das sobre o comportamento desleal do seu colega.
B. O desespero das pessoas se baseavam no número
de vagas que poderiam serpreenchidas.
C. Fui eu mesmo que guardou as pastas dos alunos
do novo curso de informática.
D. Tratam-se de dois casos: o dos pais que costu-
mam vir à escola e dos que nunca comparecem.
E. Analisaram-se todos os projetos enviados pelos
professores da disciplina.
9. Qual frase está correta, quanto à concordância, de
acordo com a norma culta da língua?
A. Ele achava estranha as manias das pessoas.
B. Havia na casa varanda e cozinha espaçosa.
C. Mantinha o alpendre e a sala muito limpas.
D. Ornavam a parede bastante quadros.
E. Seu Tião e Dona Isolina sentiam-se só.
10. Marque a opção em que a redação atende à norma
culta da língua.
A. Nessas publicações devem haver informações
manipuladas e falseadas.
B. Está isento de responsabilidade, nesta situação
específica, todos os revisores do primeiro caderno.
C. Sobra-lhe motivos para poder considerar-se uma
pessoa capaz.
D. Poderá haver novas reuniões daqui há alguns dias
e todos deverão estar presentes.
E. Uma vez que trabalharemos juntos, entre mim e
você não poderá haver divergências.
RESPOSTAS:
1. (D)
2. (D)
3. (A)
4. (B)
5. (D)
6. (D)
7. (A)
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121
8. (E)
9. (B)
10. (E)
AULA 18
SINTAXE DE REGÊNCIA
Dá-se o nome de regência à relação de subordinação que
se estabelece entre um verbo ou um nome (substantivo,
adjetivo ou advérbio) e seus complementos. O nome ou o
verbo que exige complemento é chamado de termo regen-
te e o complemento é chamado de termo regido. Veja
dois exemplos:
Ele é fanático por natação. ⮊ (“fanático” é o termo re-
gente e “por natação” é o termo regido)
Todos necessidade de paz. ⮊ (“necessidade” é o termo
regente e “de paz” é o termo regido)
Votei contrariamente ao projeto. ⮊ (“contrariamente”
é o termo regente e “ao projeto” é o termo regido)
REGÊNCIA NOMINAL: é o estudo das relações
entre os nomes e seus complementos. Eis alguns substan-
tivos e adjetivos que podem suscitar dúvidas quanto às
suas regências mais usuais:
ACOSTUMADO – a / com
AFÁVEL – a / com / para com
AFLITO – com / para / por
ALHEIO – a / de
AMOR – a / de
ANSIOSO – de / por
ANTIPATIA – a / com / contra / por
APEGADO – a
APTO – a / para
ASSÍDUO – a / em
ATENÇÃO – a / com / para / sobre
ATENTO – a / em
AVERSÃO – a / para / por
AVESSO – a
BOM – a / com / de / em / para / para com
CAPACIDADE – de / para
CAPAZ – de
CEGO – a / para / por
CERTO – de
COMPAIXÃO – de / para / para com / por
CONFIANÇA – em / com
CONFORMIDADE – com
CONSIDERAÇÃO – a / com / por / sobre
CONTENTE – com / em / de / por
CONTRÁRIO – a
CRUEL – com / para / para com
CURIOSO – de / por
DESPREZO – a / de / para / para com / por
DEVOTO – a / de
EMPENHO – de / em / por
EQUIVALENTE – a / de
ESTIMA – a / de / por
FÁCIL – a / de / em / para
FAVORÁVEL – a
FÉRTIL – de / em
FIEL – a / em / para com
HABITUADO – a / com
HORROR – a / de / com
HOSTIL – a / contra / para com
IDÊNTICO – a / em
IMPRÓPRIO – para
IMUNE – a / de
INCLINAÇÃO – a / para / por
INGRATO – a / com / para / para com
INSENSÍVEL – a
INTRANSIGENTE – com / em
INVEJA – a / de
MEDO – a / de
ÓDIO – a / contra / entre / para com
OJERIZA – a / com / contra / por
ORGULHOSO – com / de / em / por
PREFERÊNCIA – por / sobre
PREFERÍVEL – a
PRONTO – a / em / para
PROPÍCIO – a
PRÓXIMO – a / de
RELACIONADO – com
RESPEITO – a / de / para com / por
SATISFEITO – com / de / em / por
SUSPEITO – a / de
UNIÃO – a / com / de / entre
VIZINHO – a / com / de
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122
REGÊNCIA VERBAL: é o estudo das relações entre
os verbos e seus complementos, que ora podem vir dire-
tamente ligados a eles, sem o auxílio de uma preposição,
ora indiretamente, com uma preposição intermediária. Eis
alguns verbos clássicos que suscitam dúvidas:
VERBO
SENTIDO /
TRANSITIVIDADE
EXEMPLOS
ASPIRAR
= respirar / sorver:
VTD
Adoro aspirar o
aroma das flo-
res!
= desejar / almejar:
VTI ⮊ prep. A
Alguns aspiram
ao cargo de
chefe.
ASSISTIR
= ver / presenciar:
VTI ⮊ prep. A
Muitos assisti-
ram ao jogo pelo
telão.
= ajudar / dar assis-
tência: VTD
Os bombeiros
assistiram o
afogado.
= morar / residir:
VI ⮊ prep. EM
Muitas pessoas
assistem em
Éden.
= caber / ser de
direito: VTI ⮊
prep. A
Este direito não
assiste a você.
IMPLICAR
= chatear: VTI ⮊
prep. COM
O diretor impli-
cava com o pro-
fessor.
= acarretar / ocasi-
onar: VTD
Isso implica o
cancelamento da
conta.
ESQUECER /
LEMBRAR
sem pronome oblí-
quo: VTD
Esqueci o núme-
ro secreto!
com pronome oblí-
quo: VTI ⮊ prep.
DE
Esqueci-me do
número secreto!
(DES)OBEDECER
ambos são sempre
VTI ⮊ prep. A
O técnico
(des)obedeceu
ao regimento.
CHEGAR / IR
= destino temporá-
rio: VI ⮊ prep. A
Cheguei / Fui ao
curso bem cedo.
PREFERIR
Fórmula: preferir X
a Y
Prefiro cereja a
morango!
As formas “preferir X (do) que Y”, “an-
tes prefiro X...” ou “prefiro (muito) mais
X...”são coloquiais!
AVISAR /
INFORMAR
OD (coisa) e OI
(pessoa) ⮊ prep. A
Informei o resul-
tado ao diretor
geral.
OD (pessoa) e OI Informei o dire-
(coisa) ⮊ prep. DE tor geral do
resultado.
PAGAR /
PERDOAR
complemento de
coisa: VTD
Eu sempre per-
doo seus equívo-
cos!
complemento de
pessoa: VTI ⮊
prep. A
Cristo perdoou a
seus flagelado-
res.
OD (coisa) e OI
(pessoa): VTDI
Eu perdoo a eles
todas as ofen-
sas!
VISAR
= mirar: VTD
O policial visou o
bandido.
= dar visto / rubri-
car: VTD
As autoridades
visaram o pas-
saporte.
= objetivar / alme-
jar: VTI ⮊ prep. A
Muitos visam a
um cargo públi-
co.
REGÊNCIA E PRONOMES RELATIVOS: quando um
pronome relativo funciona como complemento verbal ou
nominal, ele deverá obedecer à regência desse verbo ou
nome. Portanto, se o termo regente exigir preposição no
termo regido, ela deve ser antecedida ao pronome relati-
vo. Eis quatro exemplos, sendo dois com regência verbal e
dois com regência nominal:
Ex.: Este é o dinheiro DE que PRECISO.
(A preposição “de” é antecipada ao pronome
relativo por conta da regência de “precisar”.)
São pessoas EM quem CONFIO.
(A preposição “em” é antecipada ao pronome
relativo por conta da regência de “confiar”.)
Este é o artista POR cujo trabalho tenho SIMPATIA.
(A preposição “por” é antecipada ao pronome
relativo por conta da regência de “simpatia”.)
Essas não são as reformas A que somos
FAVORÁVEIS.
(A preposição “a” é antecipada ao pronome
relativo por conta da regência de “favoráveis”.)
QUESTÕES PROPOSTAS
1. Marque a opção que completa corretamente a frase
seguinte por atender à regência do verbo: “O ser humano
precisa trabalhar para integrar-se ao contexto da socie-
dade ____________ vive.”
A. que
B. com que
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123
C. a que
D. por que
E. em que
2. Marque a opção que completa corretamente a frase “A
situação _____________ se deparou o surpreendeu.”.
A. a que
B. com que
C. de que
D. para que
E. sobre a qual
3. Marque a opção incorreta quanto à regência verbal.
A. Na verdade, não simpatizo com as suas ideias
inovadoras.
B. Para trabalhar, muitos preferem a empresa pri-
vada ao serviço público.
C. Lamentavelmente, não conheço a lei que eles se
referem.
D. Existem muitos meios a que podemos recorrer
neste caso.
E. Se todos chegaram a essa conclusão, devem estar
certos.
4. Identifique a frase com erro de regência.
A. Voltou aflito de resolver os problemas penden-
tes.
B. A equipe está constituída pornotáveis cientistas.
C. A transação foi benéfica para o Brasil.
D. Notamos sua antipatia por todos os presentes.
E. Considerou sua aversão a ela apenas um disfarce.
5. Assinale a opção em que o emprego do pronome relati-
vo está em desacordo com a norma culta.
A. Tenho amigos por cujas dicas de informática me
oriento.
B. O amigo a quem enviei mensagens é colombiano.
C. Ele esqueceu a senha onde costumamos entrar
na rede.
D. É um fenômeno cujos efeitos só conheceremos
no futuro.
E. Não deixo de atualizar a página que você sempre
acessa.
QUESTÕES COMENTADAS
6. Assinale a frase correta quanto às regras de regência
nominal/verbal.
A. A pressão exercida pela mídia acarretou no
pedido de demissão do secretário.
B. A nova proposta mostrou-se aceitável de todas
as partes interessadas.
C. O jornalista se predispôs em trabalhar em con-
junto com seus colegas.
D. O homem não parecia hesitante em falar do
assunto diante das câmeras.
E. Não podemos negar que, no tocante da nova lei,
nossas opiniões são divergentes.
7. Analise as frases seguintes.
I. Desejavam saber o preço ____________ venderi-
am o camarão.
II. Com cenário iluminado, a pesca na lagoa foi a
mais bonita ____________ assistiu.
III. O barco ____________ estavam os que se dirigi-
am ao porto passava distante dos pescadores.
Tendo em vista a regência verbal, as
frases acima se completam com:
A. de que / em que / com que.
B. de que / em que / do qual.
C. pelo qual / a que / em que.
D. pelo qual / que / de que.
E. com o qual / com que / em que.
8. Marque a opção em que a forma entre parênteses
infringe a norma culta ao se completar a frase.
A. O computador ____________ aspirava era de
última geração. (a que)
B. A máquina de escrever, ____________ ele tanto
ansiou, ficou esquecida. (por que)
C. Emprestou o computador a um colega
____________ não simpatizava. (com quem)
D. A época ____________ me refiro é anterior a
1944. (em que)
E. As informações ____________ dispomos foram
pesquisadas na internet. (de que)
9. Assinale a única opção que completa corretamente as
lacunas das frases abaixo.
I. A arma _________ lutei era uma espada velha.
II. A planta _________ frutos são venenosos será
derrubada.
III. Há uma figueira _________ galhos descem raízes.
IV. O noticiário _________ assistimos divulgou a
queda da inflação.
V. O empresário _________ trabalhamos não nos
conhece.
A. que / cujos os / de cujos / que / para o qual
B. com que / cujos / de cujos / a que / para o qual
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C. que / cujos / cujos / com quem / que
D. com que / cujos os / de cujos / que / para cujo
E. que / em cujos / cujos / a que / com quem
10. Assinale a opção em que a preposição utilizada antes
de “cuja” está incorreta.
A. Ele é o cronista sobre cuja prosa escrevi alguns
artigos.
B. Ele é o cronista em cuja prosa já me pronunciei.
C. Ele é o cronista com cuja prosa mais me entrete-
nho.
D. Ele é o cronista a cuja prosa já fiz comentários.
E. Ele é o cronista por cuja prosa mais me interesso.
RESPOSTAS:
1. (E)
2. (B)
3. (C)
4. (A)
5. (C)
6. (D)
7. (C)
8. (D)
9. (B)
10. (B)
AULA 19
CRASE
A palavra “crase” provém da língua grega e signi-
fica “fusão” ou “contração”. Essa contração é um fenôme-
no fonético imperceptível quando falamos. No entanto,
quando escrevemos, a crase é indicada pelo acento grave.
Na língua portuguesa, a crase é frequentemente identifi-
cada na fusão da preposição “a” com o artigo definido
feminino “a(s)”. Esse é o caso considerado geral, porém
existem outras situações que correspondem a complemen-
tos dele. Vejamos os casos obrigatórios, proibitivos e fa-
cultativos de crase.
Casos obrigatórios de crase:
Como regra geral, para verificar a ocorrência da
crase, é preciso verificar se a palavra que antecede o “a”
exige a preposição “a” e se a palavra seguinte a ele é femi-
nina, ou seja, se admite o artigo definido feminino. Veja:
Ex.: A sentença foi favorável a + o réu. ⮊ A sentença foi
favorável ao réu.
A sentença foi favorável a + a ré. ⮊ A sentença foi
favorável à ré.
Diante dos pronomes demonstrativos “aquele(s)”,
“aquela(s)” e “aquilo” e dos pronomes relativos “a qual” e
“as quais”, sempre que precedidos de palavras que exijam
a preposição “a”:
Ex.: O livro é igual a + aquele usado no curso. ⮊ O livro é
igual àquele usado no curso.
Esta é a matéria a + a qual me referi. ⮊ Esta é a maté-
ria à qual me referi. (referir-se a + a qual)
Com locuções femininas (adverbiais / adjetivas /
conjuntivas / prepositivas):
Ex.: O cliente sustenta o descumprimento do contrato à
época.
Só há desconto para pagamentos à vista.
Algumas pessoas vivem à espera de um milagre.
Os candidatos saíam à medida que eram autorizados.
Com a locução feminina “à moda de”, ainda que
subentendida:
Ex.: A vítima alega que o agressor estava vestido à Napo-
leão Bonaparte no evento temático.
Com as palavras “distância”, “casa” e “terra”,
somente se vierem determinadas:
Ex.: A encomenda chegou à casa do consultor ontem.
Os piratas voltaram à terra desconhecida.
Os policiais permaneceram à distância de cinquenta
metros.
Casos proibitivos de crase:
Diante de palavras masculinas:
Ex.: Os trâmites foram realizadas a contento.
Como pagaria a pensão se fosse levado a juízo?
Diante de verbo:
Ex.: “Ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a
permanecer associado.”. (Art. 5º, XX, CF)
Diante de pronomes em geral, excetuando os
demonstrativos e relativos acima citados:
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125
Ex.: A obrigação de pagar indenização diz respeito a ela.
Refiro-me a alguma pessoa que tenha parentesco com
ele.
“A assistência social será prestada a quem dela neces-
sitar [...]”. (Art. 203, CF)
Entre palavras repetidas (ainda que femininas),
pois nesses casos o “a” é simplesmente preposição:
Ex.: A acusada ficou frente a frente com os depoentes.
Quando a preposição “a” estiver no singular se-
guida de um substantivo feminino no plural:
Ex.: Não vou a festas de pessoas desconhecidas.
Diante de nomes de lugar que não admitem artigo
“a”:
Ex.: Eu irei a Curitiba para ministrar um curso.
Somente em agosto voltarei a Nova Iorque.
Casos opcionais de crase:
Antes de pronomes possessivos femininos e no-
mes próprios femininos:
Ex.: Fiz referência a + (a) sua alegação. ⮊ Fiz referência a
/ à sua alegação.
Paguei o valor reajustado a + (a) Lia. ⮊ Paguei o
valor reajustado a / à Lia.
Após a preposição “até”:
Ex.: Os delatados foram até a / à delegacia para prestar
depoimentos.
PARALELISMO E CRASE: no cotidiano brasileiro, a
construção “de... a...”, utilizada para ligar substantivos e
numerais, muitas vezes é mal empregada. Nessa estrutu-
ra, deve haver um paralelismo entre os dois termos prepo-
sicionados que a compõem. Em outras palavras, se a pri-
meira preposição – no caso: “de” – estiver contraída com
artigo ou pronome, a segunda preposição deverá ser acen-
tuada – no caso: “à”. Caso contrário, ambas as preposições
ficam “puras”, ou seja, sem determinação dos substantivos
ou numerais. Veja:
Ex.: A exposição ficará aberta ao público de terça a sexta.
(“DE”: prep. pura ⮊ “A”: prep. pura)
O horário de visita é de 14 a 17 horas.
(“DE”: prep. pura ⮊ “A”: prep. pura)
O jantar estava ótimo da entrada à sobremesa!
(“DA”: prep. misturada ⮊ “À”: prep. misturada)
Li o manual da primeira à última página!(“DA”: prep. misturada ⮊ “À”: prep. mistu-
rada)
QUESTÕES PROPOSTAS
1. Aponte a frase em que não deve ocorrer crase.
A. Àquela hora, todos já tinham dormido.
B. Fiz referência àquele rapaz que conheci.
C. Costumo dirigir-me àquela banca do outro lado.
D. Fui para aquela rua, mas não à encontrei.
E. Agradeço àquele médico as orientações.
2. Assinale a opção em que o fenômeno da crase esteja
corretamente identificado.
A. Refiro-me àquilo. Entretanto, não posso esclare-
cer o quê.
B. Chegaremos à tempo no aeroporto, não se preo-
cupe.
C. As condições miseráveis do povo levaram-no à
ferozes denúncias.
D. Semana passada, nós assistimos à espetáculos
surpreendentes.
E. Respondi à todas as correspondências recebidas.
3. Assinale a que opção em que o acento grave ocorre
pelo mesmo motivo encontrado em “(...) a nos prevenir
contra os riscos da estima e da ternura devotada às pesso-
as (...)”.
A. Dedicou-se às criaturas que lhe tinham amizade.
B. À beira do precipício, foi salvo pelos amigos.
C. Tinha amor às amigas queridas e mais próximas.
D. Não se referiu às amizades que tivera na infância.
E. Sempre convidava à noite as amigas para dançar.
4. Assinale a opção que completa, correta e respectiva-
mente, as lacunas da frase “____ muitos anos esperam-se
____ novas regras referentes ___ ortografia da língua
portuguesa.”.
A. Há / às / a
B. À / as / à
C. À / às / a
D. A / às / à
E. Há / as / à
5. No segmento “Quanto ao aquecimento da Terra e à
elevação do nível do mar...”, a presença das formas ao e à
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126
traz algumas informações sobre o acento grave. Qual a
única informação que não pode ser deduzida dessas for-
mas?
A. Só se emprega o acento grave antes de palavras
femininas.
B. O acento grave é resultante da união da preposi-
ção “a” com o artigo definido feminino “a”.
C. O acento grave mostra a união de duas vogais.
D. Não se emprega o acento grave antes de palavras
desacompanhadas de artigos.
E. Só se emprega o acento grave antes de palavras
masculinas se estas vierem sem o artigo correspondente.
QUESTÕES COMENTADAS
6. Assinale a opção em que, de acordo com a norma culta
da língua portuguesa, deve ser empregado o acento indica-
tivo de crase.
A. Os pais, inseguros na sua tarefa de educar, não
percebem que a falta de limites e a superproteção muitas
vezes comprometem a formação dos filhos.
B. A indisciplina nas salas de aula aumentou a partir
do momento em que as mídias divulgaram a necessidade
de dar maior liberdade aos estudantes.
C. A atenção e a motivação são condições que le-
vam a pessoa a pensar e agir de forma satisfatória para
desenvolver o processo de aprendizagem.
D. As famílias e as escolas encontram-se, na atuali-
dade, frente a jovens com quem não conseguem estabele-
cer um diálogo produtivo.
E. As escolas chegaram a etapa em que os professo-
res estão cada vez com mais dificuldade para exercer o seu
importante papel de ensinar.
7. Marque a opção que completa, correta e respectiva-
mente, as lacunas da frase “Como ____ tarde parecia tran-
quila, antes que ____ sessão terminasse, o coordenador
convocou ____ secretárias para ____ última revisão no
texto da carta que seria enviada ___ diretoria no dia se-
guinte”.
A. à / a / as / a / à
B. à / a / às / a / a
C. a / a / as / a / à
D. à / à / as / a / a
E. a / a / às / à / a
8. A frase em que o acento grave está empregado incorre-
tamente é:
A. A dívida nacional está à beira do caos.
B. O Brasil foi à ONU para negociar a dívida.
C. A maior parte da dívida é atribuída à má gestão
do governo atual.
D. A referência à arrecadação de impostos incomo-
da os cidadãos.
E. Os entrevistadores foram à localidades distantes.
9. O caso do acento indicativo da crase em “relacionadas à
água” repete-se em:
A. Alguns deputados levaram o caso à presidência
da casa.
B. Os rios secavam à medida que o verão chegava.
C. Serviram comida à população carente.
D. Alguns convidados saíram às escondidas.
E. O nível da água aumentou devido à intensa chu-
va.
10. Indique a opção que completa corretamente os espa-
ços do período “_____ algum tempo, rolam no Congresso
Nacional mais de 200 diferentes projetos de lei destinados,
na visão de seus autores, ____ fazer o bem; todos eles
estabelecem algum tipo de proibição ou de limitação ____
publicidade de produtos ou serviços”.
A. À / a / a
B. Há / a / à
C. A / a / à
D. A / à / a
E. Há / a / a
RESPOSTAS:
1. (D)
2. (A)
3. (C)
4. (E)
5. (E)
6. (E)
7. (C)
8. (E)
9. (E)
10. (B)
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AULA 20
PONTUAÇÃO (ALGUNS CASOS)
A pontuação é empregada a fim de representar,
na escrita, o relacionamento sintático de alguns termos e a
dinâmica da fala, marcando, às vezes, a entoação, as pau-
sas respiratórias e enfáticas. Uma vez que o modo de se
expressar oralmente pode variar de acordo com a emoção,
com as intenções ou com o fôlego, usamos os sinais de
pontuação para indicar pausas, entonação e o ritmo de
leitura de um texto. A ausência ou o emprego inadequado
desses sinais pode comprometer o entendimento de um
texto. Vejamos os usos principais de três sinais de pontua-
ção:
Usos da vírgula:
1. Separa termos de uma enumeração com mesma
função sintática, quando não estão ligados por e / nem /
ou:
Ex.: Ele arrumou as roupas, os calçados, os materiais, os
acessórios e os presentes.
2. Separa orações ligadas por e quando elas apre-
sentam sujeitos diferentes:
Ex.: Pedro redigiu o relatório, e o gerente o encaminhou à
diretoria.
3. Isola aposto explicativo e termos explicativos
(“isto é”, “ou seja”, “por exemplo”, “aliás”...):
Ex.: Vi o Miranda, o diretor, que só falará sobre o caso
quando tiver certeza.
Eu vi o Carlos, aliás, o Miguel.
O debate deve ater-se à realidade, isto é, aos
fatos comprovados.
4. Isola termo que indica chamamento (vocativo):
Ex.: Venha cá, Ralf! / Ralf, venha cá!
5. Separa termo / oração de valor adverbial no início
do período ou com intercalação entre partes da oração:
Ex.: Marquem, neste caso, apenas as afirmativas falsas.
Quando terminarem, voltem logo.
A realidade, como sabemos, é outra.
6. Indica elipse ou omissão de palavras (em geral, de
verbo):
Ex.: Ele é estudioso de leis, e ela, de artes.
7. Separa orações subordinadas adjetivas de valor
explicativo:
Ex.: O documento, que é imprescindível, foi deixado no
escritório.
8. Isola predicativo do sujeito, sobretudo quando
deseja enfatizá-lo em predicado verbo-nominal:
Ex.: Completamente desolado, o rapaz saiu do Fórum
Regional.
OBS.: Existem sete situações em que o uso da vírgula é
proibido:
1. Entre o sujeito e o predicado.
2. Entre o verbo e seu complemento (OD / OI).
3. Entre o núcleo substantivo e seus adjuntos adno-
minais.
4. Entre o complemento nominal o núcleo a que ele
se articula.
5. Entre o verbo de ligação e o predicativo.
6. Entre a oração principal e a oração subordinada
substantiva.
7. Entre a oração principal e a oração subordinada
adjetiva restritiva.
Usos dos dois-pontos:
1. Indicam a fala ou o pensamento de alguém:
Ex.: Pelo telefone alguém me saúda: “Bom dia, querido
professor!”
2. Introduzem um aposto explicativo, enumerativo
ou oracional (oração substantiva apositiva):
Ex.: Decidiu que atitude tomar: resolver as questões que
havia errado.
Os objetivos eram: educação e saúde.
Só tenho certeza de coisa: que todos nós vamos mor-
rer.
Usos do ponto-e-vírgula:
1. Separa orações coordenadas para se fazer uma
marcação mais forte que a vírgula, sem terminar a frase:Ex.: O detetive chegou ao local; analisou a fachada; pen-
sou acerca do ambiente; não titubeou e lá entrou.
2. Isolar orações coordenadas que já apresentem
algum termo separado por vírgula internamente:
Ex.: Vários fatores afetam o equilíbrio ecológico; entre
eles, está a desenfreada devastação de florestas.
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3. Separar orações coordenadas assindéticas que se
opõem quanto ao sentido:
Ex.: Uma palavra não é nada; a ação é tudo.
4. Separa termos de uma enumeração quando dis-
postos em itens, listas ou tópicos:
Ex.: Ele arrumou:
as roupas;
os calçados;
os acessórios;
os materiais e
os presentes.
QUESTÕES PROPOSTAS
1. Assinale a opção em que, alterando-se a ordem dos
termos do período “Fala-se muito em transparência hoje
no Brasil.”, não se tenha mantido correção quanto à pon-
tuação.
A. Hoje, fala-se muito, no Brasil, em transparência.
B. Hoje, fala-se muito em transparência no Brasil.
C. Hoje, no Brasil, fala-se muito em transparência.
D. No Brasil, hoje, fala-se muito, em transparência.
E. Fala-se muito, hoje, em transparência no Brasil.
2. A frase em que a vírgula está empregada de acordo com
a norma padrão é:
A. Os jogadores, consideram que, o jogo estava fácil.
B. Os jogadores estavam tranquilos, confiantes e
com garra.
C. Quando foram, os jogos da Copa das Confedera-
ções?
D. Os craques, fortes e simpáticos, têm habilidades e
otimismo.
E. Os jogos da Copa das Confederações foram, tran-
quilos, emocionantes e alegres.
3. No período “Outro dia, veio um turista e separou um
monte de artesanato”, o uso da vírgula justifica-se porque:
A. as orações separam sujeitos diferentes.
B. há outra sequência temporal no período.
C. existe a intenção de enfatizar uma oração.
D. apresenta estrutura adverbial antecipada.
E. é necessário manter o ritmo do texto.
4. No trecho “Ele insiste, e entendo: o escuro assombra.”,
o uso da vírgula justifica-se pelo(a):
A. fato de haver sujeitos diferentes para as orações
que compõem o período.
B. fato de o sujeito da primeira oração ser um pro-
nome pessoal.
C. destaque que se quer dar ao sujeito da primeira
oração.
D. desejo do autor de expressar ênfase discursiva.
E. ideia de indeterminação contida na segunda ora-
ção.
5. Assinale a opção em que a pontuação empregada res-
peita as normas da língua portuguesa.
A. A expectativa é que, na primeira semana de ju-
nho, as vendas alavanquem.
B. A expectativa é que as vendas na primeira semana
de junho, alavanquem.
C. A expectativa, é que alavanquem as vendas na
primeira semana de junho.
D. A expectativa é que as vendas, na primeira sema-
na de junho alavanquem.
E. A expectativa é: que alavanquem na primeira
semana de junho, as vendas.
QUESTÕES COMENTADAS
6. Assinale a opção em que as vírgulas estão empregadas
corretamente.
A. Durante as férias, em casa de campo, os piores
inimigos são os insetos que constantemente, atacam as
comidas preparadas para o churrasco, ou picam os veranis-
tas causando até mesmo reações alérgicas.
B. Durante as férias em casa de campo, os piores
inimigos são os insetos que, constantemente, atacam as
comidas preparadas para o almoço ao ar livre ou picam os
veranistas, causando até mesmo reações alérgicas.
C. Durante as férias em casa de campo os piores
inimigos, são os insetos que constantemente atacam as
comidas preparadas para o churrasco, ou picam os veranis-
tas causando, até mesmo, reações alérgicas.
D. Durante as férias, em casa de campo os piores
inimigos são os insetos, que constantemente atacam as
comidas, preparadas para o churrasco ou picam os veranis-
tas causando até mesmo reações alérgicas.
E. Durante as férias em casa de campo os piores
inimigos são os insetos que constantemente, atacam as
comidas preparadas, para o churrasco, ou picam os vera-
nistas causando, até mesmo reações alérgicas.
7. As frases a seguir receberam diferentes tratamentos no
que se refere à pontuação. Assinale a opção que corres-
ponde ao período em que o emprego, ou não, da vírgula se
fez acertadamente.
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A. Cada ave, tem o canto e a plumagem que a Natu-
reza, lhe deu.
B. Cada ave tem o canto e a plumagem, que a Natu-
reza, lhe deu.
C. Cada ave tem, o canto, e a plumagem que a Natu-
reza lhe deu.
D. Cada ave tem, o canto, e a plumagem, que Natu-
reza lhe deu.
E. Cada ave tem o canto e a plumagem que a Natu-
reza lhe deu.
8. Assinale a opção em que a vírgula é empregada pelo
mesmo motivo por que é utilizada na frase: “Os versos do
samba ‘Ave-Maria no Morro’, composto em 1942 por Heri-
velto Martins, revela uma época...”.
A. A primeira favela carioca foi a do Morro da Provi-
dência, antigo Morro da Favela.
B. Ninguém chora, não há tristeza, ninguém sente
dissabor.
C. Lá não existe felicidade de arranha-céu, pois
quem mora lá no morro...
D. Por isso, em 1893, os pobres que viviam em corti-
ços...
E. O sol colorido é tão lindo, é tão lindo...
9. Na frase “Temos presenciado, neste país, um aumento
considerado de loucos.”, as vírgulas são empregadas para
isolar um termo deslocado, como na opção:
A. O louco nada percebe, nada reclama, nada sente.
B. Há loucos, de uma loucura mansa, perambulando
pelas ruas.
C. A loucura existe, meus amigos, embora seja muito
difícil de percebê-la.
D. Deve haver uma saída, isto é, uma solução para o
problema da loucura.
E. Não tem havido, nos últimos anos, um trabalho
social voltado para os loucos.
10. Identifique a opção em que está corretamente indica-
da a ordem dos sinais de pontuação que devem substituir
os asteriscos do período: “Quando se trata de trabalho
científico* duas coisas devem ser consideradas* uma é a
contribuição teórica que o trabalho oferece* a outra é o
valor prático que possa ter.”
A. dois-pontos / ponto-e-vírgula / ponto-e-vírgula.
B. dois-pontos / vírgula / ponto-e-vírgula.
C. vírgula / dois-pontos / ponto-e-vírgula.
D. ponto-e-vírgula / dois-pontos / ponto-e-vírgula.
E. ponto-e-vírgula / vírgula / vírgula.
RESPOSTAS:
1. (D)
2. (B)
3. (D)
4. (A)
5. (A)
6. (B)
7. (E)
8. (A)
9. (E)
10. (C)