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1
PAISAGISMO III
TÓPICO 15
Profª Mª Keler Resende
2
PROJETO PAISAGÍSTICO
TÓPICO 15 – VERIFICAÇÃO
Apresentado a primeira proposta de solução do problema, passa-se para a
última fase: a Verificação. Nesta fase elabora-se detalhes mais técnicos do
projeto. Abordaremos o Anteprojeto e as várias partes do Projeto Executivo.
Lembrando que estas divisões podem acontecer de maneiras diferentes
dependendo de vários fatores, já citados anteriormente.
Assim como nos dois primeiros tópicos deste módulo, será apresentada a
revisão, que será complementada e focalizada com conteúdo do Manuel de
Espaços Públicos.
Para finalizar e relaxar um pouco, será apresentado um pequeno conteúdo
sobre Mobiliário Urbano com muitas ilustrações.
ANTEPROJETO
O Anteprojeto é o Estudo Preliminar já discutido com o cliente e aprimorado
com o aumento da escala. Apresenta-se soluções técnicas em cortes, vistas ou
fachadas, e os principais detalhes. Define-se os materiais, as técnicas e a
vegetação. Então, deve ser submetido mais uma vez à aprovação do cliente.
3
Após a aprovação do cliente acontece a compatibilização do anteprojeto geral
com outros anteprojetos, se houver, como: estrutural, elétrico, luminotécnico,
de irrigação e drenagem, etc.
Perceba que apenas olhando não é fácil discernir entre o Estudo Preliminar e o
Anteprojeto. Exemplos de supostos anteprojetos:
Forma bem ilustrativa
de apresentar o
Anteprojeto (ou
Estudo Preliminar) ao
cliente: planta baixa
ao centro, legendas à
direita com a própria
representação das
espécies na planta
baixa e as fotos das
espécies utilizadas.
Fonte: http://www.oquintalpaisagismo.com.br/?pag=Quintal-Paisagismo-Curitiba-Jardim-
Plantas-Projetos&projeto=10
http://www.oquintalpaisagismo.com.br/?pag=Quintal-Paisagismo-Curitiba-Jardim-Plantas-Projetos&projeto=10
http://www.oquintalpaisagismo.com.br/?pag=Quintal-Paisagismo-Curitiba-Jardim-Plantas-Projetos&projeto=10
4
Fonte: ABBUD, 2006
Fonte: http://blogterrapreta.blogspot.com/2016/03/projetos-de-paisagismo-jardins.html
PROJETO EXECUTIVO
O Projeto Definitivo ou Executivo refere-se à apresentação dos desenhos, dos
cortes, do detalhamento e dos memoriais desenvolvidos com base no
anteprojeto aprovado. É composto de diversas pranchas, elaboradas de acordo
com as necessidades da área trabalhada. Deve ser claro e objetivo para
reproduzir no campo, com toda a fidelidade, o que foi projetado no papel, por
qualquer profissional da área. Esse projeto consta, pelo menos, da planta
executiva de arquitetura e de engenharia civil, do projeto botânico e do
memorial descritivo, os quais serão descritos a seguir. Dependendo da
necessidade, haverá outros.
PROJETO EXECUTIVO DE ARQUITETURA
Consta da apresentação de uma ou várias pranchas com ilustrações claras dos
elementos arquitetônicos e construtivos, contendo cotas e medidas que
http://blogterrapreta.blogspot.com/2016/03/projetos-de-paisagismo-jardins.html
5
orientarão a locação dos canteiros, dos equipamentos, das edificações e do
sistema de circulação. As edificações podem ser representadas e detalhadas
em pranchas a parte. Deve-se apresentar os pontos hidráulicos e escoamento
das águas e os pontos de iluminação.
Cortes
Fonte: https://projetosdearquitetura.blog.br/arquitetura-para-escolas/
Implantação com cotas dos caminhos, jardineiras, decks, etc.
https://projetosdearquitetura.blog.br/arquitetura-para-escolas/
6
Fonte: http://www.acaodecor.com.br/projetos/
Fonte: ABBUD, 2006
PROJETO EXECUTIVO DE ENGENHARIA CIVIL
Consta da apresentação de uma ou várias pranchas contendo os cálculos
matemáticos para a execução planejada pela arquitetura. São detalhados todos
os itens referentes às fundações, às estruturas e às coberturas das edificações
e demais construções. Por meio destas pranchas, o engenheiro da obra
orientará a execução e o dimensionamento das ferragens e da concretagem.
Os exemplos a seguir são de projeto de impermeabilização, com detalhamento:
http://www.acaodecor.com.br/projetos/
7
Projeto de impermeabilização
Fonte: http://www.concrete.eng.br/projeto-de-impermeabilizacao.html
Detalhamento
Fonte: http://www.concrete.eng.br/projeto-de-impermeabilizacao.html
http://www.concrete.eng.br/projeto-de-impermeabilizacao.html
http://www.concrete.eng.br/projeto-de-impermeabilizacao.html
8
Fonte: http://www.milengenharia.eng.br/monta.asp?link=servicos&qual=2
PROJETO BOTÂNICO
O Projeto Botânico consta de desenhos, representados em folhas de papel
apropriado, com a locação das espécies vegetais devidamente identificadas,
representadas em escala adequada e simbolizadas em seu tamanho adulto.
O nome científico da espécie, a quantidade a ser utilidade, o porte das plantas,
a distância de plantio entre elas e linhas de chamada complementares auxiliam
na boa execução do projeto.
http://www.milengenharia.eng.br/monta.asp?link=servicos&qual=2
9
Fonte: ABBUD, 2006
Fonte: http://www.acaodecor.com.br/projetos/
http://www.acaodecor.com.br/projetos/
10
Fonte: http://mariana-projetista.blogspot.com/2011/08/portifolio-curso-de-paisagismo.html
Fonte: http://blogterrapreta.blogspot.com/2016/03/projetos-de-paisagismo-jardins.html
http://mariana-projetista.blogspot.com/2011/08/portifolio-curso-de-paisagismo.html
http://blogterrapreta.blogspot.com/2016/03/projetos-de-paisagismo-jardins.html
11
O Memorial Botânico refere-se à relação da quantidade e da qualidade das
espécies vegetais a serem usadas no projeto, orientando no processo de
aquisição e de distribuição das mudas no ato do plantio. Poderá ser feito sob a
forma de tabela ou sob a forma descritiva. Quando elaborado sob a forma de
tabela, essa poderá estar apresentada no Projeto Botânico, ou no Memorial
Descritivo, conforme a maneira de trabalhar do paisagista.
Contudo, quando elaborado sob a forma descritiva, essa somente poderá ser
apresentada no Memorial Descritivo. O Memorial Botânico deve conter:
 Nomes científicos e comuns das plantas planejadas;
 Área (m2) ocupada por cada espécie;
 Área total ocupada pelo conjunto de cada espécie (no caso de canteiros,
grupos);
 Espaçamento de plantio da espécie;
 Quantidade, porte (m), embalagem de comercialização e coloração das
mudas;
 Outras informações a respeito das mudas usadas no projeto, com o
objetivo de facilitar a compra e a identificação das plantas.
12
Fonte: ABBUD, 2006
DETALHAMENTO
O Detalhamento consiste na complementação do projeto executivo, para
auxiliar a execução da obra da melhor forma possível. Nestes desenhos são
apresentados os revestimentos e camadas dos equipamentos; as formas de
fixação, inclinações necessárias em pisos, escadas e etc.
13
Fonte: https://br.pinterest.com/pin/466755948852783006/
Detalhe de impermeabilização e detalhe de borda de uma piscina, tanque ou espelho dágua.
https://br.pinterest.com/pin/466755948852783006/
14
Fonte:
https://arqvanessadorneles.files.wordpress.com/2011/02/apostila_paisagismovanessad.pdf
https://arqvanessadorneles.files.wordpress.com/2011/02/apostila_paisagismovanessad.pdf
15
Fonte: ABBUD, 2006
MEMORIAL DESCRITIVO
O Memorial Descritivo é um documento muito importante e que deve ser
apresentado ao cliente, sendo útil durante a execução e a manutenção do
jardim. Consiste em um texto explicativo com o objetivo de dar uma ideia geral
sobre a concepção do jardim. O que não for possível colocar sob a forma de
desenhos, o paisagista deverá colocar sob a forma descritiva nesse memorial.
O Memorial Descritivo refere-se a um relatório contendo a descrição das
informações de ordem natural e social, bem como as especificações técnicas
dos materiais e dos vegetais usados.
Deve ser claro, sem perdas de detalhes, contendo:
 Capa;
 Cabeçalho: com as informações do carimbo das pranchas:
 Nome do cliente; Endereço do local de execução; Tipo do projeto; Nome
e CAU ou CREA do projetista; Escala utilizada e Data de realização do
projeto.
 Apresentação: relato do tipo de projeto e suas características, os
problemas a serem solucionados,os objetivos e justificativas do
projetista. Os critérios usados para a elaboração do projeto também são
mencionados, correlacionando o estilo, o ambiente (paisagem e clima),
as necessidades e os desejos dos proprietários;
 Caracterização da área:
- Localização: endereço, cidade, estado, coordenadas geográficas;
16
- Dimensões: área do terreno a ser ajardinado;
- Clima: definição das características climáticas do local de implantação do
projeto;
- Tipo de solo: definido a partir de análises químicas e físicas;
- Características do terreno: referem-se, principalmente, à topografia, definida
de acordo com o levantamento topográfico da área;
- Outras características que o paisagista achar relevante.
 Características vegetais: discriminação da paisagem da região e das
espécies vegetais existentes na área (quando for o caso), por
observação do local ou com base em documentos, textos ou ainda
informações verbais. Outros elementos existentes também deverão ser
levantados e descritos;
 Informações sobre a construção de estruturas físicas: elaboradas por um
profissional especializado, discriminando detalhes da construção da
estrutura planejada, descrevendo com justificativas quando for
necessário. A relação de materiais, bem como as instruções para a
implantação, também devem ser apresentados neste memorial;
 Memorial botânico ou Lista de espécies: esse item constitui o Memorial
Botânico, constando da lista e da caracterização das espécies utilizadas.
Contudo, esse memorial poderá ser apresentado na forma de tabela no
Projeto Botânico, e não aqui no Memorial Descritivo;
 Orçamentos e Cronograma de Atividades: da mesma maneira que o
memorial botânico, as tabelas dos orçamentos e o cronograma de
atividades também poderão estar anexadas nesse documento;
 Referências bibliográficas: material técnico usado para a elaboração do
projeto poderá estar listado nesse Relatório.
 O Cronograma de Atividades fornece a época e a sequência adequada
de execução de cada etapa do projeto, assim como da fase de
manutenção do jardim. É fundamental para o acompanhamento dos
serviços e de desembolso dos recursos financeiros em tempo hábil, a
fim de que não atropele o bom andamento da obra.
17
Resumo das partes gráficas das etapas segundo Abbud, 2006
Zoneamento estudo preliminar
Fonte: ABBUD, 2006
anteprojeto projeto executivo projeto botânico
Fonte: ABBUD, 2006
PAISAGISMO EM ESPAÇOS PÚBLICOS
Com a intenção de complementar a revisão e focar mais em grandes espaços
será apresentado mais um conteúdo do Manual de Espaços Públicos, como foi
feito nos tópicos 1 e 2.
18
PROJETOS ESPECÍFICOS E COMPLEMENTARES
Terraplenagem: cortes e aterros
O projeto de terraplenagem, originado do levantamento topográfico e da
remodelação topográfica, geralmente é desenvolvido por engenheiro
agrimensor e deverá apresentar o cálculo dos volumes de corte e aterro
necessários, realinhados através de seções transversais no terreno.
Drenagem
O projeto de drenagem necessário é identificado com a análise do terreno e
com o projeto da remodelação topográfica. Para a escolha da solução
adequada faz-se necessário o cálculo de vazão das águas pluviais. Poderá ser
utilizado apenas um tipo de drenagem ou a combinação de dois ou mais tipos,
tais como drenagem superficial, drenagem subterrânea e drenagem como
elemento da paisagem - infraestrutura verde.
Estruturas
A necessidade de projeto estrutural dependerá do projeto desenvolvido e do
grau de complexidade das estruturas propostas. Contudo, alguns elementos
requerem obrigatoriamente um projeto estrutural específico, com
dimensionamento e cálculo das cargas sofridas e das armações necessárias,
tais como:
 Muros de arrimo e contenção
Os muros de arrimo são estruturas necessárias para conter vãos em altura,
utilizados quando não há inclinação necessária para o uso de taludes ou para
segmentar platôs.
 Escadas
O projeto estrutural de uma escada varia de acordo com o porte e o tipo de
escada que se pretende executar. Contudo, o cálculo e o dimensionamento da
sua estrutura são fundamentais para o seu bom desempenho, sobretudo
quando é necessário vencer grandes vãos. Dependendo da complexidade do
19
projeto e do terreno é necessário realizar uma sondagem do solo para o
perfeito dimensionamento da estrutura.
A escada pode ainda apresentar outras funções, como ser transformada em
espaço de convívio, auxiliar na drenagem ou possibilitar o deslocamento de
bicicletas.
 Edificações
Toda edificação a ser introduzida no espaço público precisa de um projeto
estrutural específico. É importante ressaltar que existem inúmeras
possibilidades de criar estruturas físicas além da fórmula laje/viga/pilar.
Paisagismo e dimensionamento das espécies
As etapas de dimensionamento de canteiros e plano de massas já são parte
integrante do projeto paisagístico, contudo estão inteiramente ligadas ao
projeto arquitetônico e urbanístico como um todo. Já o projeto executivo de
paisagismo consiste na escolha das espécies (forrações, arbustivas e arbóreas)
e no dimensionamento das mudas, da terra e da adubação necessária.
A escolha das espécies deve levar em consideração o clima e o solo local, bem
como os impactos aos quais o terreno e a área envoltória estão sujeitos, e
ainda a vegetação já existente na área de projeto. Indica-se sempre o plantio
de espécies nativas, para garantir seu bom desenvolvimento e a atração da
fauna local, e a escolha de espécies de fácil manutenção e com bom
desempenho em todas as estações do ano, à medida que os espaços públicos
brasileiros muitas vezes carecem de manutenção adequada ou estão sujeitos à
ação depredatória do homem.
Mobiliário urbano
A implantação do mobiliário urbano em um espaço público tem como função a
melhoria do conforto das pessoas, mas também marca a identidade dos
espaços. O mobiliário urbano, quando é projetado especificamente para
20
determinada localidade e não são utilizados itens de mercado, deve receber
projeto específico com detalhamento.
O projeto de mobiliário pode incluir bancos, conjuntos de mesas e cadeiras,
lixeiras, paraciclos, luminárias, brinquedos infantis, corrimãos, guarda-corpos
etc.
O desenho e a implantação dos diversos elementos não devem atuar como
barreira para as áreas de circulação, devem apresentar facilidade de
manutenção e execução, bem como garantir o conforto e a adequação
bioclimática, dando-se preferência para materiais resistentes e com inércia
térmica.
Ao final deste tópico, haverá um espaço dedicado apenas ao mobiliário urbano.
Iluminação
A iluminação adequada de um espaço público pode fornecer segurança para a
realização de atividades em diferentes horários e ainda substituir soluções
remediadoras de segurança, como o uso de grades ou a presença de
policiamento. Para isto, deve-se planejar os diferentes tipos de iluminação que
compõem o espaço:
 Iluminação das vias adjacentes ao terreno: a iluminação pública deverá
ser complementada, caso necessário.
 Iluminação dos ambientes internos: com posteamento mais baixo, de
modo a ficar abaixo das copas das árvores.
 Iluminação direcionada: pelo uso de embutidos, balizadores e projetores
sobre o paisagismo, a arquitetura e para a demarcação de acessos nos
pisos, caso necessário.
O projeto executivo de iluminação deve conter a localização dos pontos de luz
e seus raios de abrangência, o descritivo de cada tipo de iluminação, a
listagem de materiais necessários (eletrodutos, caixas e fiação) e o respectivo
quadro de forças.
21
Sinalização e comunicação visual: horizontal e vertical
O projeto executivo de sinalização e comunicação visual é fundamental para a
criação de uma identidade do espaço público projetado e para garantir uma
boa orientação ao usuário e um bom uso dos espaços. Sua necessidade vai
depender da escala do projeto, do tamanho da área e da complexidade do
programa implantado. Nos parques públicos, por exemplo, é imprescindível o
uso de placas de sinalizaçãoe indicativas. Muitas das sinalizações necessárias
são as sinalizações já definidas pelo Código Brasileiro de Trânsito, mas que
precisam ser previstas no projeto, para que sejam propostas as sinalizações
complementares:
 Sinalização para o pedestre: deverá levar em conta o trajeto da
caminhada, que difere do trajeto dos demais veículos, e ter cor e altura
adequadas para a visualização de uma pessoa em pé.
 Sinalização para o ciclista: deverá levar em conta o trajeto da bicicleta,
de forma a não entrar em conflito com os demais modais, e ter cor e
altura adequadas para a visualização de um ciclista em movimento.
 Sinalização para o automóvel: na maioria das vezes, basta a sinalização
viária, mas em casos de estacionamento ou acessos de veículos será
necessária uma sinalização complementar, de modo a evitar o conflito
com pedestres e ciclistas.
 Sinalização turística e cultural: apresentará a orientação dos principais
locais de interesse, bem como informações sobre lugares específicos,
apresentadas sob a forma de totens ou placas.
DETALHAMENTOS NECESSÁRIOS PARA EXECUÇÃO
Além dos detalhes específicos de cada projeto complementar, deverão ser
detalhados, em escala adequada para a execução, todos os itens que são
específicos do projeto, bem como os equipamentos que não estão disponíveis
no mercado e foram criados especialmente para o espaço público projetado,
tais como:
22
 Assentamento e junções de pisos
 Escadas e rampas
 Mobiliário específico
 Corrimãos e deques
MEMORIAL DESCRITIVO DE OBRA
O memorial descritivo de obra irá descrever todas as etapas necessárias para
a execução do projeto elaborado, desde a limpeza inicial do terreno até a
instalação de mobiliário urbano e comunicação visual.
O objetivo do memorial descritivo de obra é estabelecer padrões mínimos de
qualidade à obra e orientar questões específicas ao projeto e ao uso dos
materiais escolhidos.
PLANILHA ORÇAMENTÁRIA: quantitativos e custos
A planilha orçamentária é usualmente elaborada sobre base de preços
existente, desenvolvida anualmente pelas próprias prefeituras, onde são
identificados os itens que correspondem ao projeto e inseridas as respectivas
quantidades, que irão gerar o cálculo dos valores totais.
TABELA DE PREÇOS COMPOSTOS E IDENTIFICAÇÃO DA CADEIA
PRODUTIVA LOCAL
Quando são utilizados itens que não constam da tabela base das prefeituras,
deverá ser desenvolvida uma planilha específica, denominada Tabela de
Preços Compostos, onde são apresentados três orçamentos de diferentes
fornecedores que gerarão um valor médio de cada item cotado. Este
procedimento confere transparência ao processo licitatório de obras e uma
visão clara dos valores executados pelo mercado.
A escolha dos fornecedores deve priorizar a identificação da cadeia produtiva
local, a fim de otimizar o desenvolvimento econômico da região, bem como
minimizar gastos com transporte e logística das obras. A identificação da
23
cadeia produtiva local contribuirá ainda para o uso de materiais adaptados ao
clima local e às condições econômicas e culturais de cada região.
MANUAL DE DIRETRIZES PÓS-OCUPAÇÃO
Alguns itens do projeto necessitarão de manutenção adequada para sua boa
conservação ao longo dos anos, mesmo quando utilizados materiais de alta
durabilidade e baixa manutenção.
O uso de mobiliário de madeira, por exemplo, requer manutenção periódica
para que resista melhor às intempéries.
O paisagismo também requer manutenção adequada, seja no início do plantio,
para que se garanta uma boa “pega” da vegetação ao solo, ou com o passar do
tempo, com intervenções como podas, remoções de pragas e adubação.
Um pequeno Manual de Diretrizes Pós-ocupação, elaborado pelos profissionais
que conceberam o projeto, pode ser inserido na documentação do projeto ou
direcionado para os órgãos de manutenção responsáveis, contribuindo para a
conservação adequada do espaço público implantado.
REFERÊNCIAS:
ABBUD, Benedito. Criando Paisagens. São Paulo: Senac, 2006
DORNELES, V.G. Apostila de Projeto de Paisagismo. Curso de Arquitetura e
Urbanismo, UFSC. Disponível em:
https://arqvanessadorneles.files.wordpress.com/2011/02/apostila_paisagismova
nessad.pdf Acesso em: 18/01/2018
GATTI, Simone (org). Espaços Públicos. Diagnóstico e metodologia de
projeto. Coordenação do Programa Soluções para Cidades. São Paulo: ABCP,
2013.
ABNT- Associação brasileira de Normas Técnicas. NBR 9283. Mobiliário
Urbano: classificação. ABNT, 1986. Disponível em:
https://pt.slideshare.net/sheyqueiroz/nbr-928386-mobilirio-urbano
Acesso em: 16/09/2018
https://arqvanessadorneles.files.wordpress.com/2011/02/apostila_paisagismovanessad.pdf
https://arqvanessadorneles.files.wordpress.com/2011/02/apostila_paisagismovanessad.pdf
https://pt.slideshare.net/sheyqueiroz/nbr-928386-mobilirio-urbano

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