Logo Passei Direto
Buscar

PDF da Aula 04

User badge image
César Torres

em

Ferramentas de estudo

Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

Geração, adoção e difusão de inovações: 
processos e condicionantes
APRESENTAÇÃO
A atividade agropecuária está em constante transformação com o emprego de tecnologia para 
auxiliar a produtividade agrícola e pecuária. A tecnificação empregada no setor levou o Brasil a 
uma posição de destaque tanto na produção quanto no emprego de inovações.
Caracterizado como um setor competitivo, a agropecuária brasileira tem, no emprego de 
tecnologia, um aliado para seu crescimento e desenvolvimento, que ocorre desde o início de sua 
modernização, nos anos de 1930, com o maior uso de maquinário e produtos fitossanitários. 
Atualmente, as tecnologias empregadas vão além, incluem biotecnologia, sistemas de 
informação, comunicação entre outras.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai aprender sobre a geração, a adoção e a difusão de 
inovações na agropecuária brasileira, bem como sua importância para o desenvolvimento do 
setor. Também aprenderá sobre a agricultura contemporânea (agricultura 4.0) e a verticalização 
da produção.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Reconhecer a importância da tecnologia para o desenvolvimento do setor.•
Analisar o sistema de produção contemporânea (agricultura 4.0).•
Discriminar as práticas de verticalização sustentável da produção.•
DESAFIO
A modernização da agropecuária brasileira forneceu tecnologia e condições mercadológicas 
para o produtor rural se especializar e dominar técnicas de produção, permitindo maior controle 
e padronização da atividade agropecuária. A difusão e a adoção de novas tecnologias 
culminaram em um aumento da produção e da produtividade agrícola e pecuária, contribuindo 
com o desenvolvimento desses setores.
Devido ao uso de técnicas de produção modernas com enfoque em tecnologia, alguns produtores 
rurais se sentiram incentivados a adotar a estratégia de verticalizar sua produção. Isso representa 
um domínio maior sobre sua produção e as técnicas necessárias para isso, tendo em vista que 
parte, ou em alguns casos a totalidade de insumos e serviços necessários para sua produção, é 
feita dentro da porteira.
A seguir, confira o caso do senhor Alaor. Em um trecho de conversa com seu consultor, o 
cafeicultor planeja melhorar sua produção de café, mas ainda não está seguro de sua decisão.
Neste Desafio, como você, consultor desse cafeicultor, ajudaria na verticalização? Exponha as 
principais vantagens e desvantagens que a verticalização da produção de café pode trazer, 
assessorando o cafeicultor a decidir o melhor para sua produção.
INFOGRÁFICO
A agricultura contemporânea, chamada também de agricultura 4.0, é caracterizada pelo emprego 
de tecnologia e pela conexão na produção, adotando novos padrões para produção agropecuária.
O emprego da tecnologia e da conectividade na produção agropecuária visa ao aumento da 
competitividade do setor. Esse aumento da produtividade é fator determinante para a 
sustentabilidade econômica da atividade agrícola e pecuária.
Neste Infográfico, você vai ver a aplicação da agricultura 4.0 em um modelo de fazenda 
inteligente (smart farm) e suas principais características.
CONTEÚDO DO LIVRO
O uso da tecnologia e da inovação na agricultura e na pecuária brasileiras está se difundindo ao 
ponto de o Brasil atingir a vanguarda do conhecimento aplicado à produção agropecuária, 
auxiliando no aumento da produção e na produtividade do setor. 
O emprego dessa tecnologia na produção engloba áreas como tecnologia de informação, 
comunicação, agronomia, matemática, estatística, geografia e economia.
No capítulo Geração, adoção e difusão de inovações: processos e condicionantes, da obra 
Assistência técnica e extensão rural, você vai conhecer a importância da tecnologia para o 
desenvolvimento do setor agropecuário, analisar o sistema de produção contemporâneo e 
verificar as práticas de verticalização da produção.
Boa leitura.
ASSISTÊNCIA 
TÉCNICA E 
EXTENSÃO RURAL
Guilherme Augusto Asai
Geração, adoção e difusão 
de inovações: processos 
e condicionantes
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 Reconhecer a importância da tecnologia para o desenvolvimento
do setor.
 Analisar o sistema de produção contemporânea: agricultura 4.0.
 Discriminar as práticas de verticalização sustentável da produção.
Introdução
Neste capítulo, você estudará sobre a geração, adoção e difusão das 
inovações no setor agropecuário, com a compreensão do tema a partir 
da importância do uso da tecnologia para o crescimento e o desenvol-
vimento da agropecuária brasileira.
Graças ao processo de modernização da agropecuária, intensificado 
nos anos 1930, houve aumento da produção agrícola e pecuária no Brasil, 
resultado do emprego de tecnologia, levando à geração, adoção e difusão 
de inovações no campo. Desse modo, torna-se relevante reconhecer a 
importância da tecnologia para o desenvolvimento do setor, analisar 
o modo de produção contemporânea e verificar a discriminação das
práticas de verticalização para uma produção sustentável.
Importância da tecnologia para a agropecuária
Através das constantes transformações ocorridas na agropecuária nas últimas 
décadas, o emprego da tecnologia tornou-se comum e, em geral, primordial 
para o aumento da produção. Este aspecto proporcionou o desenvolvimento da 
agropecuária brasileira, alçando o país ao nível de um dos maiores produtores 
e exportadores de grãos e alimentos do mundo.
Este posto foi alcançado pela intensificação da modernização: maior uso 
de tecnologia, emprego de mecanização, aplicação intensiva de produtos 
fitossanitários e pesquisas. Logo, estabeleceu-se um novo padrão tecnológico 
que integrou novas formas de produção, melhorou o bem-estar das populações 
rurais e alterou o processo produtivo na agricultura e na pecuária (NAVARRO, 
2001; KAGEYAMA; SILVA, 1983).
O uso intensificado da tecnologia ocorreu, segundo Almeida (1997) e 
Schneider (2010), na difusão e adoção de novas tecnologias em substituição às 
antigas, defasadas, permitindo o emprego de técnicas que contribuíram para 
a produção agropecuária em termos de quantidade e qualidade.
A elevação da produtividade pelo emprego de tecnologia pode ser refe-
rendada com o aumento da mecanização, uma forma evidente de observar o 
uso da tecnologia no campo. A mecanização, todavia, não é a única maneira 
de usar a tecnologia no campo; outras maneiras de se observar a tecnologia 
no campo são: aplicação de biotecnologia, como melhoramento genético; 
utilização de insumos e produtos fitossanitários eficientes; e, até mesmo, a 
computação em nuvem.
Com isso, o aumento da produção agropecuária cresceu ao ponto de se 
tornar o destaque que representa à economia brasileira atual. O valor bruto da 
produção agropecuária aumentou mais de 39% em 10 anos, de 2008 a 2018, 
ultrapassando 570 bilhões de reais em 2018 (BRASIL, 2019). A respeito disso, 
veja a Figura 1.
Figura 1. Valor bruto da produção agropecuária de 1989 a 2018.
Fonte: Adaptada de Brasil (2019).
Geração, adoção e difusão de inovações: processos e condicionantes2
A tecnologia na agropecuária possibilitou ganhos de produtividade e lucro 
com o uso de insumos, máquinas e equipamentos modernos. Além do cresci-
mento da produção, houve uma combinação entre agricultura diversificada, 
pecuária e agroindústria que dinamizou o desenvolvimento rural partindo do 
pressuposto da união entre econômico, social e institucional (GEHLEN, 2001).
Para saber mais sobre os números atuais da agropecuária no Brasil, como os do valor 
da produção individualizado por estados ou por tipo de atividade, acesse o link a 
seguir (BRASIL, 2019).
https://qrgo.page.link/tkbwn
O desenvolvimento da agropecuária com a utilização de tecnologia não 
teve somente características de fomentar o sistema produtivo, mas também 
de aliar viabilidade econômica e melhora socioambiental. A preocupação 
socioeconômica e ambientalse marcou presente nas tendências tecnológicas 
do campo, sendo pauta de pesquisas e criação de tecnologias capazes de suprir 
as necessidades de desenvolvimento econômico, social e ambiental.
Kageyama e Silva (1983) e Gehlen (2001) descrevem a importância tec-
nológica na agropecuária como tecnificada e dependente, seja de insumos, 
mão de obra qualificada, pesquisas ou conhecimentos técnicos que fazem 
a agricultura moderna superar a convencional. Entretanto, essa agricultura 
moderna carrega um perfil de competitividade, em que se relaciona a questão 
de sustentabilidade econômica oriunda do aumento da produtividade.
Assim, o padrão tecnológico da agropecuária está relacionado ao aumento 
da produtividade, levado pelo aumento da competitividade no meio rural; ou 
seja, a sobrevivência dos produtores na atividade depende de sua competi-
tividade e capacidade de produção. Alia-se a isto o processo de gestão que, 
igualmente, é derivado do padrão tecnológico imposto atualmente.
De acordo com Gehlen (2001), o modelo tecnológico cuja competitividade 
assegura condições socioculturais, econômicas e ambientais nos sistemas pro-
dutivos é fator de desenvolvimento com ganhos de produtividade e valorização 
dos recursos existentes, construindo capital social para ampliar e difundir 
novas tecnologias que potencializam o sistema produtivo.
3Geração, adoção e difusão de inovações: processos e condicionantes
Ganhos de produtividade da agropecuária se relacionam à incorporação 
da mecanização no campo, que permitiu obter uma produção maior sem ne-
cessidade de aumentar em demasia o uso de insumos. A redução do trabalho 
reflete o maior emprego de tecnologia, uma vez que as máquinas substituem 
a força humana, sendo mais eficientes operacionalmente. Na pecuária houve 
redução das áreas de criação, aumentando a produtividade, e na agricultura, 
o uso de novas técnicas de cultivo como plantio direto, inoculação com bac-
térias, manejo de pragas e criação de espécies com capacidade de adaptação 
culminam em produtividades maiores dos fatores via aplicação tecnológica 
(GASQUES et al., 2004; GASQUES et al., 2010).
A tecnologia tornou-se, assim, importante para o setor agropecuário, con-
tribuindo para o crescimento econômico do país e o desenvolvimento regional, 
através da ampliação de uma nova base de produção que privilegia o aumento 
da produtividade e os ganhos socioambientais, com a formação de um produtor 
rural competitivo em relação às demandas do mercado.
Agricultura contemporânea
A agricultura contemporânea é conhecida como agricultura moderna, feita na 
era digital. Dentre os diversos nomes que se pode receber, estão: “agricultura 
4.0”, “nova agricultura”, “agricultura conectada”, “agricultura globalizada”, 
entre outros. Embora a denominação possa variar, os princípios se mantêm, 
com alteração no sistema produtivo capaz de trazer um apanhado de tecnologias 
digitais e inovações para a otimização da produção agropecuária.
Considerado como parte integrante da quarta revolução industrial, a agri-
cultura 4.0 é aquela que alia um padrão de produção com conectividade, capaz 
de usar dados e soluções digitais para extrair maior produtividade com menos 
recursos, redução de custos de produção, agilidade na tomada de decisão, 
segurança alimentar e do alimento.
A conectividade por meio de um conjunto tecnológico de soluções inte-
gradas (hardware e software) é parte da agricultura 4.0, sendo um meio de 
contribuir com o sistema de produção agropecuária sob forma de monito-
ramento das atividades relacionadas ao campo. Tais soluções tecnológicas 
são alimentadas por uma base de dados que reúne informações úteis para o 
gerenciamento da produção.
Com este padrão de agricultura moderna, a inovação do setor é cada vez 
mais presente. Vieira Filho (2010) destaca que a inovação na agricultura 
depende da geração de conhecimento público, oportunidades tecnológicas e 
Geração, adoção e difusão de inovações: processos e condicionantes4
capacidade de acumular conhecimento, sendo o Brasil um exemplo na produção 
de conhecimento aplicado à produção agropecuária.
O uso da tecnologia para a produção colabora para o crescimento da produ-
ção agropecuária, impactando no desenvolvimento socioeconômico e ambiental 
do Brasil. A formação da agroindústria pós-modernização agropecuária se 
aproveita dos preceitos da agricultura 4.0 para sua consolidação, tornando-se 
uma das mais representativas para a economia do país.
O elevado emprego de tecnologia no campo caminha em paralelo às tecnolo-
gias modernas usadas na indústria. Armazenamento em nuvem, monitoramento 
por sistemas, uso extensivo da internet, sistemas de gestão e conectividade 
são exemplos de uma agricultura moderna e de quebra do paradigma de atraso 
no campo. Além destas características, pode-se citar o uso de tecnologias 
voltadas para o campo:
  Biotecnologia: no manuseio de organismos vivos capazes de otimizar 
recursos para o aumento da produtividade, realizar melhoramento 
genético, diminuir o impacto ambiental e garantir segurança alimentar.
  Sistema de informação geográfica: coleta, análise, planejamento e 
gestão de informações georreferencias para geoprocessamento, capaz 
de auxiliar na gestão da produção e na tomada de decisão.
  Software de gestão: coleta, armazenamento e análise de dados e esta-
tísticas para o auxílio no gerenciamento da produção, comercialização, 
risco e financeiro. Trata-se de uma ferramenta para gestão do negócio 
agropecuário e tomada de decisão útil com o aumento da competiti-
vidade do setor.
  Global positioning system (GPS): se utiliza de um sistema georre-
ferenciado para precisão no campo, seja no plantio, na irrigação, na 
aplicação de defensivos ou na colheita. O uso de GPS em máquinas 
garante maior eficiência.
  Monitoramento: o uso de sensores para monitorar o clima, a incidência 
de pragas e de doenças contribui para o melhor aproveitamento da área 
cultivada.
  Monitoramento por imagens de satélite: as imagens identificam falhas no 
stand de plantio e possibilitam a correção ou a adequação da produção 
ao longo da safra.
  Drone: gerido por GPS, garante um monitoramento em tempo real da 
produção, fornecendo dados para gestão e tomada de decisão.
A Figura 2, a seguir, mostra um exemplo de aplicação da robótica no campo.
5Geração, adoção e difusão de inovações: processos e condicionantes
Figura 2. Uso da robótica no campo: braços mecânicos auxiliam na produção de hortaliças.
Fonte: FeelGoodLuck/Shutterstock.com.
De acordo com Massruhá e Leite (2016), a agricultura digital é responsável 
por avanços na tecnologia de informação e comunicação como estratégia 
política, impactando em diversas áreas de conhecimento que possibilitaram 
o armazenamento e o processamento de grandes volumes de dados, a auto-
matização de processos e o intercâmbio de informações e conhecimento, 
especialmente nas áreas de agroinformática e bioinformática.
Geração, adoção e difusão de inovações: processos e condicionantes6
A agricultura contemporânea não se restringe ao aumento da produtividade agro-
pecuária, mas está atenta a outras questões ligadas ao meio rural. A importância de 
garantir uma segurança alimentar e do alimento são questões discutidas frequente-
mente e ligadas à agricultura moderna. O embate entre a segurança do alimento e a 
segurança alimentar atrai a atenção por se tratar de um assunto atual e de importância 
socioeconômica.
Na segurança do alimento (food safety, em inglês), o cerne da questão envolve boas 
práticas de produção que não coloquem em risco a integridade de quem produz ou 
consome o alimento, garantindo um alimento de qualidade e livre de contaminações.
Na segurança alimentar (food security, em inglês), a preocupação está no fornecimento 
do alimento à população necessitada, atestando condições nutricionais adequadas 
para que a população tenha uma vida saudável.
Observa-se que a tecnologia na agricultura 4.0 fornece dados para fomentar 
e incrementar o sistemaprodutivo, com aumento da produtividade, do bem-
-estar e do lucro, e a diminuição de impactos ambientais. A interpretação e 
uso desses dados, no entanto, é de responsabilidade do produtor rural, que 
deve estar preparado e qualificado. Abre-se, portanto, uma oportunidade aos 
profissionais qualificados na agricultura moderna em diversas áreas: agrô-
nomos, engenheiros, estatísticos, matemáticos, meteorologistas, geógrafos e 
economistas.
Dado o aumento da competitividade do meio rural brasileiro, e tendo a 
sustentabilidade do produtor rural condicionado o aumento da produtividade, 
a agricultura 4.0 auxilia na formação de um produtor competitivo, seja por 
fornecer técnicas modernas voltadas para o sistema de produção visando ao 
aumento de produtividade, seja pelas ferramentas gerenciais, que tornam a 
propriedade rural mais eficiente em suas atividades.
Dessa forma, a produção da agricultura 4.0 é altamente tecnológica e 
permite conectar áreas como tecnologia de informação, comunicação, ges-
tão, economia e agronomia, a fim de melhorar a produtividade do setor e o 
desenvolvimento territorial.
7Geração, adoção e difusão de inovações: processos e condicionantes
Verticalização da produção agropecuária
O processo de verticalização da produção tomou forma nos anos de 1980 
com a modernização da agropecuária e a expansão comercial. Mueller (1992) 
observa que a verticalização da produção atingiu uma parcela considerável da 
agropecuária brasileira, e a adoção de tecnologias modernas provocou condi-
ções de mercado para ampliação da verticalização no setor. A verticalização 
da produção indica que um produtor rural ou agroindústria pretende ter o 
domínio dos elos de produção, parcialmente ou totalmente, ou seja, pretende-se 
produzir de forma interna todos os insumos necessários para sua atividade.
Em termos gerais, Krajewski e Ritzman (2002) e Vasconcellos (2002) des-
crevem a verticalização como um processo em que se pretende desempenhar 
as funções e atividades que sejam mais importantes para o negócio. Neste 
sentido, os autores indicam que a verticalização pode ocorrer a montante 
(quando a estratégia está focada na direção da produção de matérias-primas, 
peças e serviços) ou a jusante (quando a empresa tem o domínio dos canais 
de distribuição). A relação estabelecida, tanto a montante quanto a jusante, 
faz com que a estratégia busque melhor qualidade, respostas rápidas e entrega 
adequada, aproveitando melhor os recursos, os equipamentos e o espaço da 
empresa ou indústria (KRAJEWSKI; RITZMAN, 2002).
Porter (1986), assim como Krajewski e Ritzman (2002), cita a existência 
de pontos fortes para adoção da verticalização, como por exemplo: a diferen-
ciação dos produtos e da forma de produção, o acesso ao mercado, a elevação 
de preço e lucro e, algumas vezes, a possibilidade de patente.
No setor agropecuário, trata-se, portanto, de uma estratégia que bene-
ficia o domínio total ou parcial da produção agropecuária pelo produtor ou 
agroindústria dentre todos os elos da cadeia produtiva. Isto possibilita um 
controle rígido sobre o processo produtivo, garantido a qualidade esperada. 
Este domínio de produção de forma verticalizada é possível com o emprego 
de tecnologia e informações capazes de gerenciar as atividades ligadas ao 
processo produtivo com uma tendência de maior controle da atividade, ganhos 
de eficiência e menores custos de produção.
Apesar disso, existem vantagens e desvantagens, para o produtor rural ou 
para a agroindústria, que devem ser ponderadas na análise do custo-benefício 
da verticalização. Veja o Quadro 1 a seguir.
Geração, adoção e difusão de inovações: processos e condicionantes8
 Fonte: Adaptado de Vasconcellos (2002). 
Vantagens Desvantagens
  Segurança de fornecimento
  Redução de custos (processo e 
distribuição)
  Proteção de atividades específicas 
(autonomia e uso da tecnologia 
proprietária)
  Crescimento de tamanho
  Aproximação com o cliente
  Investimento maior
  Perda de eficiência devido à 
ausência de escala
  Menor flexibilidade (setorial e 
tecnológica)
  Necessidade de aumento na 
estrutura
  Barreira de aprendizado com 
fornecedores
 Quadro 1. Vantagens e desvantagens da verticalização da produção 
Todas as vantagens e desvantagens podem ser aplicadas ao setor agropecu-
ário, buscando a verticalização sustentável da produção através da segurança 
no fornecimento de insumos e matéria-prima para a agroindústria, com redução 
de custos.
Como parte da transformação da agricultura moderna, Rosa (1999) inclui, 
no processo de verticalização da produção, sistemas integrados e modelos 
de transferência de tecnologia para desenvolvimento de produtos, como o 
acesso a informações, tecnologias apropriadas e o controle de custos. Todos 
esses meios devem ser disponibilizados para qualquer produtor (familiar ou 
latifúndio), independentemente do tamanho.
A verticalização propicia uma produção sustentável, em especial para 
pequenos produtos e para a agricultura familiar. Ao verticalizar a produção 
os pequenos produtores ganham competitividade em comparação aos grandes, 
podendo buscar as mesmas tecnologias que levem ao aumento da produtividade 
e, assim, assegurar sua continuidade na atividade (CRIBB, 2008).
Wesz Junior (2008), Cribb (2008) e Perondi e Schneider (2011) justificam 
que o uso da verticalização em cooperativas, pequenas propriedades e na 
agricultura familiar pode ser uma estratégia que garanta sustentabilidade 
econômica, através da produção, secagem, armazenagem, gestão e comer-
cialização dos produtos agropecuários, a fim de viabilizar a atividade deste 
grupo de produtores e evitando interferência de terceiros.
A capacidade do produtor rural de se especializar em uma atividade que 
tenha economia de escala, ou até mesmo a exploração de nichos de mercado, 
institui estratégias para a criação de valor e inserção dinâmica nos mercados 
que se aliam à verticalização (WILKINSON, 1999). As estratégias da vertica-
9Geração, adoção e difusão de inovações: processos e condicionantes
lização estão diretamente ligadas às suas vantagens de domínio da produção 
independente de terceiros, aumentos dos lucros, maior autonomia de gestão 
e o uso de tecnologia própria.
Por se trata de uma estratégia que independe do tamanho da propriedade, 
as agroindústrias verticalizam sua atividade, em especial na produção agro-
pecuária, para ter o controle sobre a qualidade e o padrão de produção. Um 
exemplo disso está na indústria de aves, cuja produção é regida sob forma 
de parceria com o produtor rural, mas com supervisão e assistência técnica 
fornecida pela empresa, onde todo o processo de cria e engorda segue padrões 
preestabelecidos.
A verticalização da produção agropecuária busca conciliar o desenvolvimento rural, o 
crescimento da produtividade e o bem-estar econômico e social. Assim como todas 
as práticas voltadas à melhoria da agricultura e da pecuária brasileiras, a verticalização 
é uma forma adicional de trazer melhorias para o campo.
O domínio das novas técnicas de agricultura moderna permite a inserção em padrões 
de produção que possibilitam aumento nos rendimentos (lucro), sustentabilidade da 
atividade, crescimento da produtividade, melhoria do bem-estar da população do 
campo e segurança alimentar e do alimento.
Ao optar por uma verticalização da produção agrícola e pecuária, deve-
-se ter consciência do maior nível de investimento necessário para garantir o 
entendimento da tecnologia e a necessidade de aumento na estrutura, ou seja, 
mais profissionais trabalhando na concepção da verticalização. Mas apesar de 
maiores aportes financeiros, o custo de produção pode ter impacto contrário, 
pois a melhora do sistema produtivo e o uso eficiente dos recursos disponíveis 
podem resultar em um custo de produção menor.
Outra forma de compensar os maiores investimentos está no aperfeiçoa-
mento do processo de gestão e nos ganhos de eficiência e agilidade na tomada 
de decisão. Por englobar todo ou grandeparte do processo de produção, a 
verticalização, aliada às ferramentas adequadas de gestão, pode colaborar 
para minimizar os riscos da atividade e oferecer soluções rápidas em caso 
de necessidade.
Dessa forma, o domínio do sistema produtivo como um todo, ou ao menos 
parte dele, pode criar uma vantagem competitiva que sustente o agricultor 
Geração, adoção e difusão de inovações: processos e condicionantes10
em sua atividade por meio do uso da tecnologia e consequente aumento da 
produtividade, que, por sua vez, se liga à verticalização pela não dependência 
de fatores externos ao próprio produtor ou de atividades terceirizadas.
ALMEIDA, J. A problemática do desenvolvimento sustentável. In: BECKER, D. F. (org.). 
Desenvolvimento sustentável: necessidade e/ou possibilidade? Santa Cruz do Sul: EDU-
NISC, 1997. p. 17-26.
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Agropecuária brasileira 
em números. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Brasília, DF, 22 fev. 2019. 
Disponível em: http://www.agricultura.gov.br/assuntos/politica-agricola/agropecuaria-
-brasileira-em-numeros. Acesso em: 10 nov. 2019.
CRIBB, A. Y. Verticalização agroindustrial e gestão cooperativista: em busca de subsídios 
para estratégias produtivas e comerciais na agricultura familiar. In: CONGRESSO DA 
SOCIEDADE BRASILEIRA DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E SOCIOLOGIA RURAL, 46., 
2008, Rio Branco. Anais [...]. Brasília, DF: SOBER, 2008. p. 1-20. Disponível em: https://www.
alice.cnptia.embrapa.br/alice/bitstream/doc/416884/1/966.pdf. Acesso em: 10 nov. 2019.
GASQUES, J. G. et al. Desempenho e crescimento do agronegócio no Brasil. Brasília, DF: 
Ipea, 2004. (Texto para discussão, nº 1009). Disponível em: http://www.ipea.gov.br/
portal/images/stories/PDFs/TDs/td_1009.pdf. Acesso em: 10 nov. 2019.
GASQUES, J. G. et al. Produtividade total dos fatores e transformações da agricultura 
brasileira: análise dos dados dos censos agropecuários. In: GASQUES, J. G.; VIEIRA FILHO, 
J. E. R.; NAVARRO, Z. (org.). A agricultura brasileira: desempenho, desafios e perspectivas. 
Brasília, DF: Ipea, 2010. cap. 1. Disponível em: http://www.ipea.gov.br/portal/images/
stories/PDFs/livros/livros/Livro_agriculturabrasileira.pdf. Acesso em: 10 nov. 2019.
GEHLEN, I. Pesquisa, tecnologia e competitividade na agropecuária brasileira. Sociologias, 
Porto Alegre, ano 3, n. 6, p. 70–93, jul./dez. 2001. Disponível em: http://www.scielo.br/
pdf/soc/n6/a05n6.pdf. Acesso em: 10 nov. 2019.
KAGEYAMA, A. A.; SILVA, J. G. da. Os resultados da modernização agrícola dos anos 70. 
Estudos Econômicos (São Paulo), São Paulo, v. 13, n. 3, p. 537–559, set./dez. 1983. Disponível 
em: http://www.revistas.usp.br/ee/article/view/156899/152341. Acesso em: 10 nov. 2019.
KRAJEWSKI, L. J.; RITZMAN, L. P. Operations management: strategy and analysis. 6th ed. 
Upper Saddle River: Prentice-Hall, 2002.
MASSRUHÁ, S. M. F. S.; LEITE, M. A. de A. Agricultura digital. Revista Eletrônica Competên-
cias Digitais para Agricultura Familiar, Tupã, v. 2, n. 1, p. 72–88, jan./jun. 2016. Disponível 
em: http://codaf.tupa.unesp.br:8082/index.php/recodaf/article/view/18/42. Acesso 
em: 10 nov. 2019.
11Geração, adoção e difusão de inovações: processos e condicionantes
MUELLER, C. C. Dinâmica, condicionantes e impactos socioambientais da evolução da 
fronteira agrícola no Brasil. Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro, v. 26, n. 3, p. 
64–87, jul./set. 1992. Disponível em: https://acervo.socioambiental.org/sites/default/
files/documents/T1D00043.pdf. Acesso em: 10 nov. 2019.
NAVARRO, Z. Desenvolvimento rural no Brasil: os limites do passado e os caminhos do 
futuro. Estudos Avançados, São Paulo, v. 15, n. 43, p. 83–100, set./dez. 2001. DOI: http://
dx.doi.org/10.1590/S0103-40142001000300009. Disponível em: http://www.scielo.br/
pdf/ea/v15n43/v15n43a09.pdf. Acesso em: 10 nov. 2019.
PERONDI, M. A.; SCHNEIDER, S. Diversificação agrícola e não agrícola da agricultura 
familiar. In: SCHNEIDER, S.; GAZOLLA, M. (org.). Os atores do desenvolvimento rural: pers-
pectivas teóricas e práticas sociais. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2011. p. 205–220. Dis-
ponível em: http://www.ufrgs.br/pgdr/publicacoes/producaotextual/sergio-schneider/
perondi-miguel-a-schneider-s-diversificacao-agricola-e-nao-agricola-da-agricultura-
-familiar-in-sergio-schneider-marcio-gazolla-org-os-atores-do-desenvolvimento-rural-
-perspectivas-teoricas-e-praticas-sociais-porto-alegre-editora-da-ufrgs-2011-p-205-220. 
Acesso em: 10 nov. 2019.
PORTER, M. E. (ed.). Competition in global industries. Boston: Harvard Business School 
Press, 1986.
ROSA, S. L. C. Agricultura familiar e desenvolvimento local sustentável. In: CONGRESSO 
BRASILEIRO DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL, 37., 1999, Foz do Iguaçu. Anais [...]. 
Brasília, DF: Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural, 1999. p. 1–11. Dispo-
nível em: http://www.incra.gov.br/sites/default/files/uploads/servicos/publicacoes/
outras-publicacoes/agricfamiliardesenvolvlocalsustentavel.pdf. Acesso em: 10 nov. 2019.
SCHNEIDER, S. Situando o desenvolvimento rural no Brasil: o contexto e as questões 
em debate. Revista de Economia Política, São Paulo, v. 30, n. 3, p. 511–531, jul./set. 2010. 
DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0101-31572010000300009. Disponível em: http://www.
scielo.br/pdf/rep/v30n3/a09v30n3.pdf. Acesso em: 10 nov. 2019.
VASCONCELLOS, M. A. S. de. Fundamentos de economia. São Paulo: Saraiva, 2002.
VIEIRA FILHO, J. E. R. Trajetória tecnológica e aprendizado no setor agropecuário. In: 
GASQUES, J. G.; VIEIRA FILHO, J. E. R.; NAVARRO, Z. (org.). A agricultura brasileira: desem-
penho, desafios e perspectivas. Brasília, DF: Ipea, 2010. cap. 3. Disponível em: http://
www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/livros/livros/Livro_agriculturabrasileira.
pdf. Acesso em: 10 nov. 2019.
WESZ JUNIOR, V. J. Agricultura familiar brasileira frente as transformações do sistema 
agroalimentar contemporâneo: a estratégia de verticalização da produção. Revista 
Cadernos de Economia, Chapecó, v. 12, n. 23, p. 35–54, jul./dez. 2008. Disponível em: 
https://bell.unochapeco.edu.br/revistas/index.php/rce/article/view/567/349. Acesso 
em: 10 nov. 2019.
WILKINSON, J. Cadeias produtivas para agricultura familiar. Organizações Rurais & Agroin-
dustriais, Lavras, MG, v. 1, n. 1, p. 34–41, jan./jun. 1999. Disponível em: http://revista.dae.
ufla.br/index.php/ora/article/view/299/296. Acesso em: 10 nov. 2019.
Geração, adoção e difusão de inovações: processos e condicionantes12
Os links para sites da Web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun-
cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a 
rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de 
local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade 
sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
13Geração, adoção e difusão de inovações: processos e condicionantes
 
DICA DO PROFESSOR
Para atingir os níveis de produção e produtividade agropecuária que levaram o Brasil a um dos 
maiores produtores e exportadores de commodities agrícolas, o emprego da tecnologia no campo 
foi característica marcante, alterando o padrão de produção para um mais moderno e eficiente.
Esse uso intensificado da tecnologia substituiu técnicas antigas e defasadas, propiciando o 
emprego daquelas que fizeram aumentar a produção agropecuária em termos de quantidade e 
qualidade.
Nesta Dica do Professor, você vai entender como o uso da tecnologia na agropecuária brasileira 
interferiu no desenvolvimento do setor ao longo dos anos.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
EXERCÍCIOS
1) O emprego da tecnologia na produção agropecuária iniciou-se com a modernização e 
alteração de padrões de produção de base tecnológica.
O novo padrão tecnológico teve como preceito:
A) a formação de latifúndios de monocultura para exportação.
B) políticas agrícolas de fomentopara agricultura e pecuária.
C) o desenvolvimento rural e o crescimento econômico.
D) a adoção de novas tecnologias em substituição das antigas e defasadas.
E) a melhora nas condições de vida e bem-estar da população rural.
2) Na agricultura contemporânea, o uso da tecnologia da informação contribui para 
desenvolver o sistema produtivo, com aumento da produtividade, redução de custos 
de produção e agilidade na tomada de decisão. 
Assim, a tecnologia de informação atua na agricultura contemporânea:
A) aumentando a oferta de empregos no setor.
B) no desenvolvimento socioeconômico e ambiental.
C) em pesquisas sobre os diferentes sistemas de produção.
D) na viabilidade econômica da produção agrícola e pecuária.
E) na gestão, no planejamento e no controle da produção.
3) A tecnologia na agropecuária contribuiu para formação de um novo padrão 
produtivo, que implantou na agropecuária inovações importantes do ponto de vista 
socioeconômico e ambiental.
Com relação à questão ambiental, é correto afirmar que:
A) a expansão das áreas de agropecuária foi facilitada pelo uso de técnicas modernas de 
desmate sem prejuízo excessivo ao ambiente.
B) houve aumento de produtividade sem necessidade de aumentar o uso de insumos que 
possam prejudicar o meio ambiente.
C) novas políticas públicas excluem a atividade agropecuária de multas quando há o emprego 
de inovações e tecnologia na produção.
houve substituição da força humana pela mecanização de forma mais eficiente, além de D) 
redução da jornada de trabalho e aumento do bem-estar.
E) permitiu a preservação do meio ambiente por meio do reflorestamento das áreas ociosas 
destinadas à agropecuária.
4) A agricultura contemporânea, ou agricultura 4.0, é considerada uma agricultura 
conectada e globalizada que alia o padrão de produção à conectividade.
Essa denominação leva em consideração as características:
A) de produção voltada para a exportação.
B) do uso da internet na comercialização dos produtos.
C) do emprego de inovações e tecnologias digitais.
D) de economia globalizada e aumento da produção.
E) de modernização da agropecuária.
5) O processo de verticalização da produção é uma estratégia que pode ser empregada 
pela agroindústria ou pelo produtor rural, independentemente do seu tamanho ou 
atividade. 
Em algumas atividades, como cooperativa de grãos, a verticalização pode ser 
observada quando:
A) se tem adoção e difusão de tecnologias modernas.
B) existe a preocupação com a interferência de terceiros no sistema produtivo.
C) há produção, secagem, armazenagem, gestão e comercialização.
D) o emprego de tecnologia auxilia no gerenciamento da produção.
E) os insumos para produção são adquiridos de forma separada.
NA PRÁTICA
A verticalização da produção agropecuária representa um maior controle sobre toda a atividade 
produtiva na qual a agroindústria está inserida, tendo maior gestão e padronização da própria 
produção. Esse domínio das técnicas e controle da produção podem indicar a sustentabilidade do 
sistema a médio e longo prazos, permitindo adaptações ao mercado, controle do fluxo produtivo 
e diminuição de riscos.
Uma usina de açúcar e álcool, no interior de São Paulo, passou por sérias dificuldades de 
desabastecimento de cana-de-açúcar para moagem, o que causou sérios prejuízos, com a 
paralisação de quase todos os seus setores, comprometendo o processo produtivo. Para não mais 
passar por essa situação, o responsável pela usina decidiu produzir a própria cana de que 
precisava, como uma alternativa à compra dessa matéria-prima de outros produtores.
A seguir, você verá como ocorreu a aplicação da verticalização da produção agrícola nesse 
estabelecimento do setor sucroalcooleiro brasileiro e como isso representa um ganho para o 
setor, uma vez que há controle sobre a matéria-prima de que a usina necessita para 
funcionamento. Acompanhe Na Prática.
SAIBA +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Agricultura 4.0 - Conheça a tecnologia que soma conectividade e produtividade para 
ganhos no campo
A agricultura moderna está aliando conceitos e padrões tecnológicos de conectividade no 
campo. A seguir, confira uma reportagem que mostra um exemplo da agricultura conectada.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Aumento de produtividade com a agricultura 4.0
O aumento da produtividade é uma das características da agricultura 4.0. Confira um pouco 
mais sobre essa característica na reportagem.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Verticalizar a produção vale à pena?
A verticalização da produção é uma tendência que abrange empresas do campo, uma vez que se 
tem domínio das técnicas de produção. No link a seguir, veja como se dá a verticalização na 
produção de leite. Boa leitura.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Produção de alimentos no mundo precisa passar por uma nova revolução
A sustentabilidade buscada na produção agropecuária é uma discussão atual que engloba 
diferentes países. Nesta reportagem, você verá alguns princípios e opiniões que são postos sobre 
produção de alimentos e sustentabilidade.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!

Mais conteúdos dessa disciplina