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DIREITO HUMANO AO MEIO AMBIENTE SADIO: A SITUAÇÃO DO DIREITO AO MEIO AMBIENTE SADIO NO DIREITO BRASILEIRO Vivânia Sampaio da Silva1 Resumo: O presente artigo apresenta uma visão aproximada do Direito Ambiental como uma dimensão nos direitos humanos, pois o objetivo da preservação ambiental é deixar sano um bem essencial: a vida. Abordando as origens desse “Direito Novo” e mostrando os efeitos da Conferência de Estocolmo nos Estados e no Direito Internacional. Partindo para um estudo da internacionalização dos instrumentos de proteção dos direitos humanos no mundo e sua correlação com o direito de proteção ao meio ambiente, bem como o reconhecimento desses direitos interdependentes como direito fundamental no direito brasileiro. Palavras chave: Direito à proteção ao meio ambiente. Declaração de Estocolmo. Direito Humano ao meio ambiente sadio. O direito ao meio ambiente como direito fundamental no Brasil. Abstract: This article presents a rough overview of environmental law as a human rights dimension, because the goal of environmental preservation is an essential stop sano: life. Addressing the origins of this "New Right" and showing the effects of the Stockholm Conference in the States and international law. Leaving for a study of the internationalization of the instruments of human rights protection in the world and its correlation with the right to protect the environment and the recognition of human rights as interdependent fundamental right under Brazilian law. Keywords: Right to environmental protection. Stockholm Declaration. Human Right to healthy environment. The right to environment as a fundamental right in Brazil. 1 Graduada em Química pela Universidade Estadual do Ceará -‐ 2002; Graduando no Curso de Direito da Faculdade Sete de Setembro, 3º Semestre -‐2011. Contato: vivaniasampaio@gmail.com 1. Introdução Durante muito tempo o meio ambiente foi visto como uma fonte inesgotável de recursos naturais que apesar de necessários a nossa sobrevivência são usados de forma desordenada e desequilibrada, sem nenhuma preocupação com o futuro. Com o acelerado avanço populacional global e a iminente escassez de recursos naturais, surgiu a necessidade de uma nova postura sobre o meio ambiente onde vivemos. Mais recentemente o direito a proteção ambiental foi configurado em nova dimensão, há de um direito humano, direito este ao meio ambiente sadio e adequado a sobrevivência de todos. “A proteção internacional dos direitos humanos e o Direito Internacional do meio ambiente são, dentro do contexto do moderno Direito Internacional público, os dois primeiros grandes temas da globalidade.” 2 Contudo tanto estamos tratando de temas nascentes como há controversas sobre a inter-relação desses temas no âmbito do direito internacional. Há uma predominância na doutrina, em relatar que o direito internacional não só elevou o indivíduo na qualidade de sujeito de direito internacional, como possibilitou que este tenha acesso aos tribunais internacionais através de instrumento jurídico para que reivindique de forma plena seus direitos fundamentais violados3. Se um direito humano for negligenciado o próprio ofendido pode reivindicá-lo no tribunal internacional. Outra teoria afirmada pela doutrina é que dois ramos do direito internacional se relacionam dando um as causas aos efeitos do outro. Que são: Direito Internacional do meio ambiente e a proteção internacional dos direitos humanos. Esses temas são resultados das novas necessidades globais do século XXI, o desenvolvimento do mundo globalizado vem causando muitos desequilíbrios ambientais, a exploração em massa de recursos naturais para atender as demandas populacionais paralela ao interesse das nações desenvolvidas em elevar seu crescimento científico e tecnológico, está degradando o meio ambiente e isso atinge os direitos humanos à vida saudável. Há um elo entre os direitos humanos e o direito ao meio ambiente; entre outros, Antônio Augusto Cançado Trindade, foi um dos autores que afirmam essa relação para ele 2 MAZZUOLI, Valerio de Oliveira. A proteção Internacional dos Direitos Humanos e o Direito Internacional dos Direitos Humanos e o Direito Internacional do Meio Ambiente. Revista Amazônia Legal de estudos sócio- jurídico-ambientais, Cuiabá, Ano 1, n. 1, p. 169-196 jan.-jun. 2007. 3 Vide, sobre o assunto, MAZZUOLI, Valerio de Oliveira, Direitos humanos, constituição e os tratados internacionais: estudo analítico da situação e aplicação do tratado na ordem jurídica brasileira, São Paulo: Juarez de Oliveira, 2002, p. 212-219. “embora tenham os domínios da proteção do ser humano e da proteção ambiental sido tratados até o presente separadamente, é necessário buscar maior aproximação entre eles, porquanto correspondem aos principais desafios de nosso tempo, a afetarem em última análise os rumos e destinos do gênero humano” 4. Destarte, conclui-se, sempre que houver uma violação ao meio ambiente, haverá uma violação aos direitos humanos, considerando, o direito ao meio ambiente equilibrado, um direito fundamental do ser humano, com isso o indivíduo poderia ir a um tribunal internacional reclamar uma infração ambiental, pois, com esta infração um direito humano também foi atingido; Há divergências quanto à interdependência desses dois direitos. Na conferência de Estocolmo nos anos setenta foi o marco para o reconhecimento ao direito ao meio ambiente sadio, seus princípios classificam o meio ambiente como um patrimônio do homem, e conseqüentemente, um patrimônio do Estado; sendo assim, é dever de cada nação, preservá-lo e renová-lo. A relatada declaração responsabiliza o Poder Público por danos causados a natureza, mas as causas desse dano, inevitavelmente, prejudicam os seres humanos, ou seja, os Estados também têm que assegurar a qualidade de vida de seus cidadãos com bases nos pilares internacionais de direitos humanos, a declaração de Estocolmo é fonte principal desse novo direto humano, como uma verdadeira carta magna do “Ecologismo Jurídico Internacional” 5 A conseqüência da Declaração de Estocolmo foi o reconhecimento de diversos princípios em âmbito internacional, a proliferação de Tratados, Convenções e Protocolos multilaterais e bilaterais voltados para a preservação ambiental e a codificação de normas em diversas Constituições dos Estados regidos por tais princípios. A referida declaração influenciou a elaboração de diversas constituições no mundo inteiro, dentre elas a Constituição Federal da República Federativa do Brasil de 1988. Uma das conferências derivadas da declaração de Estocolmo, a conferência das nações unidas sobre meio ambiente e desenvolvimento realizada no Rio de Janeiro, foi de suma importância para internalização do direito humano ao meio ambiente equilibrado no Brasil, ocorreu em junho de 1992 e ficou conhecida como Rio-92, tendo a ela comparecido delegações nacionais de 175 países. A reunião não foi apenas conseqüência de um intenso 4 Cf. Doc. ONU E/CN.4/Sub. 2/1994/9, Human rights and the environment: final report, § 1.º,6 July 1994, p.03. 5 BERTOLDI, Márcia Rodrigues. Revista Jus Navigandi. O Direito Humano a um meio ambiente equilibrado. http://jus.uol.com.br/revista/texto/1685/o-direito-humano-a-um-meio-ambiente-equilibrado. pág: 2, ano: 2000. processo de negociações internacionais acerca de questões ligadas à proteção do meio ambiente e ao desenvolvimento. Foi à reafirmação de princípios internacionais de direitos humanos como os da indivisibilidade e interdependência, agora conectados com as regras internacionais de proteção ao meio ambiente e aos seus princípios instituidores.6 Não é recente a existência de normas para tutelar o meio ambiente; porém, hoje se sabe que o interesse internacional por essas normas é mais amplo e tem recebido uma maior atenção nas discussões entre Estados. Todas as Nações, cada vez mais, devem se posicionar para elaborar suas legislações, baseados em princípios internacionais de proteção ao meio ambiente como um direito fundamental do homem. 2. Origem e Reconhecimento do Direito Humano ao Meio Ambiente Sadio no Âmbito Internacional A preocupação com a proteção dos direitos humanos são acontecimentos pós Segunda Guerra e estão contemplados na Carta Internacional de Direitos Humanos formada pela Declaração Universal dos Direitos do Homem de 1948 e reafirmada pelos Pactos Internacionais de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais de 1966 (direitos coletivos) e de Direitos Civis e Políticos de 1966 (direitos individuais) e Protocolos Facultativos. A respectiva declaração aprovada pelas as nações unidas em 1948 foi que trouxe o reconhecimento em âmbito internacional dos direitos humanos. Nela é assegurada a dignidade da pessoa humana, como um direito inalienável e igual para todos. A doutrina moderna denomina os direitos humanos de acordo com o seu reconhecimento ao longo do tempo, como os de primeira dimensão (direitos civis e políticos), os de segunda dimensão (econômicos, sociais e culturais) e os de terceira dimensão ou de solidariedade onde se inclui o direito ao meio ambiente, se fala até em uma quarta dimensão a dos direitos ambientais.7 Nos direitos de solidariedade também incluem o direito ao desenvolvimento levando em conta o patrimônio comum da humanidade, à paz e o meio ambiente. 6 Vide, sobre o tema, MAZZUOLI, Valerio de Oliveira. A proteção Internacional dos Direitos Humanos e o Direito Internacional dos Direitos Humanos e o Direito Internacional do Meio Ambiente. Revista Amazônia Legal de estudos sócio-jurídico-ambientais, Cuiabá, Ano 1, n. 1, p. 169-196 jan.-jun. 2007. 6 Vide, sobre o assunto, BERTOLDI, Márcia Rodrigues. Revista Jus Navigandi. O Direito Humano a um meio ambiente equilibrado. http://jus.uol.com.br/revista/texto/1685/o-direito-humano-a-um-meio-ambiente- equilibrado. pág: 2, ano: 2000. A consciência ambiental e o retorno político e jurídico sobre o tema surgiu então paralelo aos direitos supracitados acima, como exemplo, a Convenção de Londres para a prevenção da contaminação do mar, em 1954, é o primeiro instrumento jurídico internacional que passou a regular as contaminações causadas pelo o transporte marítimo. Com a intensa industrialização a poluição da água, solo e ar se tornaram enormes problemas, não só dentro de cada Estado, como também nas suas fronteiras, atingindo os países vizinhos, exigindo uma regulamentação jurídica internacional a esse respeito. Foi então convocada à reunião internacional sobre o meio ambiente: a Conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente humano, reunida em Estocolmo de 5 a 16 de junho de 1972, mais conhecida como Conferência de Estocolmo, onde abriu caminho para o reconhecimento do meio ambiente como um direito fundamental entre os direitos sociais do homem. O resultado imediato desta Conferência foi a aprovação de uma Declaração de princípios sobre o meio humano, denominada Declaração de Estocolmo; com um preâmbulo e 26 princípios, nestes são apresentados as principais questões que problematizavam a questão ambiental global da época e recomenda critérios programáticos para sua salvaguarda, o Princípio 1 proporciona uma idéia mais clara e parece reconhecer de maneira explícita e por primeira vez, o direito humano ao meio ambiente adequado. A Declaração de Estocolmo é de caráter meramente declarativo o de ‘Soft Law’, instituiu os princípios básicos do Direito a proteção ambiental, constituindo referência para orientação dos inumeráveis tratados ambientais, multilaterais e bilaterais sobre o meio ambiente que foram firmados a partir do final da década de 70, paralelamente grande parte das Constituições passaram a contemplar aspectos ambientais originados da interpretação da citada declaração. No fim da década de oitenta a situação ambiental foi agravada com a globalização, o desenvolvimento econômico versus o direito ao meu ambiente sadio necessita de tutela jurídica mais específica e de políticas públicas internas ‘dos Estados’ para se evitar a degradação ambiental, através do desenvolvimento sustentável ou “ecodesenvolvimento” 8. Em 1987, ocorreu o Informe Brundtland (Nosso Futuro comum), a partir dessa reunião a declaração de Estocolmo foi interpretada de forma a inspirar a idéia de conciliar o 7 Vide, sobre o assunto, BERTOLDI, Márcia Rodrigues. Revista Jus Navigandi. O Direito Humano a um meio ambiente equilibrado. http://jus.uol.com.br/revista/texto/1685/o-direito-humano-a-um-meio-ambiente- equilibrado. pág: 2, ano: 2000. desenvolvimento econômico dos povos com salvaguarda nos valores ambientais, sem comprometer as gerações futuras e dando as mesmas condições de suprir suas próprias necessidades. Depois desse informe citado acima, a ONU promove a conferência sobre o meio ambiente e desenvolvimento Rio 92, no Rio de Janeiro, onde se ratifica a necessidade de adotar modelo econômico, fundamental e político fundado no desenvolvimento sustentável, nessa conferência foi criada a Agenda 21 (planejamento e sustentabilidade), o convênio sobre a diversidade biológica e a convenção sobre a mudança climática. A conferência de Estocolmo e a do Rio estabeleceram diretrizes fundadas nas condutas dos Estados, mas estas diretrizes estão dentro de uma ordem jurídica flexível (sem caráter obrigatório) um “dever ser” eticamente idôneo. “Na Conferência do Rio de Janeiro, ao contrário do que ocorrera em Estocolmo, os conflitos de entendimentos foram deixados de lado para dar lugar à cooperação, na medida em que foi aberto o diálogo para um universo mais amplo daquilo que originalmente fora pretendido, a proteção internacional do meio ambiente é uma conquista da humanidade, que deve vencer os antagonismos ideológicos, em prol do bem-estar de todos e da efetiva proteção do planeta.” 9. Como resultado de todo esse processo normativo internacional no campo ambiental é refletido, portanto, no âmbito da proteção internacional dos direitos humanos, ainda mais quando se leva em consideração o direito ao meio ambiente equilibrado, apesar desse “novo direito” não está expressamente escrito na Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948 (onde somente constam direitos civis e políticos e direitos econômicos, sociais e culturais) pertence aos textos constitucionais contemporâneos dos Estados, dentre eles, o texto constitucional brasileiro de 1988.9 MAZZUOLI, Valerio de Oliveira. A proteção Internacional dos Direitos Humanos e o Direito Internacional dos Direitos Humanos e o Direito Internacional do Meio Ambiente. Revista Amazônia Legal de estudos sócio- jurídico-ambientais, Cuiabá, Ano 1, n. 1, p. 169-196 jan.-jun. 2007. 2.1. Conteúdo da Declaração de Estocolmo A declaração de Estocolmo destaca os princípios da liberdade, igualdade do homem para que possa viver em condições adequadas de sobrevivência, no meio ambiente equilibrado ecologicamente. No Principio 1: "O homem tem o direito fundamental à liberdade, à igualdade e a desfrutar de condições de vida adequadas em um meio ambiente de qualidade tal que lhe permita ter uma vida digna e gozar de bem estar, e tem a solene obrigação de proteger e melhorar o meio para as presentes e futuras gerações (...)".10 Tem como principal foco a correlação de dois direitos fundamentais, são eles: Direito ao desenvolvimento humano e o direito a uma visa saudável. Para tal precisa usar seus avanços tecnológicos e científicos para transformar o mundo que o cerca (se usado de forma adequada), para aprimorar a qualidade de vida e dar benefícios ao desenvolvimento. O crescimento acelerado da população necessita de políticas públicas adequadas; devemos moldar nossas ações, a educação ambiental é fundamental para sabermos solucionar problemas, com a realização de trabalho ordenado para preservar o ambiente em que vivemos para nossa geração, bem como as futuras. Com a política ecocolonialista, assim chamada pela doutrina, onde os países desenvolvidos sugam a matéria dos países em desenvolvimento, sem o devido valor que deveria ser dado a estes recursos, é necessário valorizá-los para que esses países “subdesenvolvidos ou em desenvolvimento” tenham condições de manter o meio ambiente sustentável, sem sofrer uma severa crise econômica. Os países desenvolvidos do hemisfério norte, onde seus recursos naturais são escassos devem transferir recursos financeiros para os países do hemisfério sul, subdesenvolvidos, onde há “abundância em matéria prima”, para que estes últimos possam investir na manutenção do meio ambiente e a matéria prima, que está em crise de desgaste acelerado, possa ser renovada e não se esgote, além de tudo, há de se preservar o ambiente sadio necessário a vida de todos. Dentro dos Estados deve ser contida a acelerada urbanização, sem uma planificação, ou seja, esta deve ser feita de forma planejada para que não degrade ainda mais a fauna com as demandas populacionais urbanas, evitando dominações racistas e colonialistas. Os Estados têm o direito soberano de explorar seus próprios recursos dentro de sua jurisdição, respeitando a política ambiental regional, não podem prejudicar o meio ambiente de regiões limítrofes, caso isso aconteça terá que se responsabilizar pelo dano causado. 10 Vide, DECLARAÇÃO DE ESTOCOLMO, http://www.silex.com.br/leis/normas/estocolmo.htm. Considerar o grau de desenvolvimento de cada região para estabelecer limites mínimos e máximos de investimento na proteção e preservação ambiental, para que assim não bloqueie o crescimento econômico da região. Os tratados internacionais em matéria de meio ambiente, tiveram sua importância reconhecida pelo Princípio 24 da Declaração de Estocolmo de 1972, segundo o qual “a cooperação através de convênios multilaterais ou bilaterais, ou de outros meios apropriados, é essencial para efetivamente controlar, prevenir, reduzir e eliminar os efeitos desfavoráveis ao meio ambiente, resultantes de atividades conduzidas em todas as esferas, levando-se em conta a soberania e interesses de todos os Estados”. Dentre outros princípios a declaração de Estocolmo focaliza o ecodesenvolvimento ou desenvolvimento sustentável, mas que só foi assim interpretada nos anos oitenta, no Informe Brundtland, onde surgiram as preocupações derivadas da globalização. 2.2. O Reconhecimento no Âmbito Internacional e nos Estados: Uma Síntese dos Instrumentos mais Relevantes A Repercussão da declaração de Estocolmo na década de setenta trouxe favoráveis conseqüências no mundo inteiro. Vejamos algumas delas. A Declaração Universal dos povos de Argel de 1976, na Seção V, a dos Direito ao meio ambiente e aos recursos comuns, ressaltando o direito à cultura, ao meio ambiente, aos recursos e os direitos das minorias, reza no seu artigo 16, que "todo povo têm o direito à conservação, à proteção e ao melhoramento de seu meio ambiente". Na década de oitenta, destaca-se a Carta Africana dos Direitos do Homem e dos Povos de 1981, a carta traz expressamente o direito humano ao meio ambiente ao proclamar no artigo 22 que "todos os povos têm o direito a um meio ambiente satisfatório e global, favorável a seu desenvolvimento". “Cabe observar que nesta Carta, o meio ambiente se encontra conectado com o desenvolvimento, o que pressupõe que as medidas de proteção ambiental - por exemplo, prevenção de erosões, contaminação da água, extinção de espécies, etc. Têm por objetivo permitir o desenvolvimento econômico e humano coletivos.” 11 Mencionando novamente o conceito de desenvolvimento sustentável proposto pelo Informe Brundtland de 1987 - "o desenvolvimento que satisfaz as necessidades da presente geração sem comprometer a capacidade das futuras gerações para satisfazer suas próprias 11 BERTOLDI, Márcia Rodrigues. Revista Jus Navigandi. O Direito Humano a um meio ambiente equilibrado. http://jus.uol.com.br/revista/texto/1685/o-direito-humano-a-um-meio-ambiente-equilibrado. pág: 2, ano: 2000. necessidades" 12- uma análise feita por Mercedes Franco Del Pozo sobre esse informe é a de que "este conceito representa o enlace que une, em íntima conexão, o meio ambiente e o desenvolvimento, o direito ao meio ambiente e o direito ao desenvolvimento, estabelecendo uma ponte entre a doutrina ambiental e a doutrina dos direitos humanos” 13. No continente americano, o artigo 11 do Protocolo adicional de 1988, à Convenção Americana de Direitos Humanos (1969) relata que "toda pessoa têm o direito a viver em um meio ambiente sadio e ter acesso aos serviços públicos, incumbindo aos Estados parte ou dever de promover, proteger e melhorar o meio ambiente". A doutrina considera que este protocolo adicional torna o tratado em questão, o primeiro a reconhecer um direito individual a um meio ambiente sadio. A declaração da Conferência das Nações Unidas no Rio de Janeiro, Rio 92, enfatiza a necessidade de se criar um modelo de desenvolvimento sustentável. Este é o marco brasileiro para adoção do direito ao meio ambiente sadio, como um direito social, conseqüentemente direito humano. Por último enfatiza-se “a intenção de um reconhecimento internacional explícito está proclamada na Declaração de Viscaia, fruto do Seminário Internacional sobre Direito Ambiental, celebrado em Bilbao - Espanha de 10 a 13 de fevereiro de 1999, sobre os auspícios da UNESCO e do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. Esta declaração propõe à comunidade internacional o reconhecimento do direito humano ao meio ambiente, em um instrumento de alcance universal. O artigo 13 da referida Declaração reza: "O direito ao meio ambiente deverá ser exercido de forma compatível com os demais direitos humanos, incluído o direito ao desenvolvimento".” 14 A inter-relação da proteção ambiental com o efetivo gozo dos direitos humanos foi reconhecida pela Organizaçãodos Estados Americanos, por meio do Relatório decorrente da “AG/Res. 1819 (XXXI-O/01), Direitos Humanos e Meio Ambiente (OEA/Ser. G, CP/CAJP- 1898/02), de 4 abril de 2002.” 15 12 COMISIÓN MUNDIAL DEL MEDIO AMBIENTE Y DEL DESARROLLO: Nuestro Futuro Común, Alianza Editorial, Madrid, 1992, pág. 67. 13 FRANCO DEL POZO, M: El derecho..., cit., pág. 37. Vide, sobre o assunto, Bertoldi, Márcia Rodrigues. Revista Jus Navigandi. O Direito Humano a um meio ambiente equilibrado. pág: 2, ano: 2000. 14 Vide, sobre o assunto, BERTOLDI, Márcia Rodrigues. Revista Jus Navigandi. O Direito Humano a um meio ambiente equilibrado. pág: 2, ano: 2000. 15 Cf. Doc. Conselho Permanente da OEA, Comissão de Assuntos Jurídicos e Políticos. Relatório da Secretaria- Geral sobre o Cumprimento da AG/Res. 1819 (XXXI-O/01), Direitos Humanos e Meio Ambiente, por Peter Tais posicionamentos são reafirmados pelos grandes textos de Direito Internacional do meio ambiente, entre outros, com os princípios de proteção ao meio ambiente, a Declaração de Estocolmo, como já foi citado acima, onde se encontram várias referências ao direito à vida e à saúde. Como exemplo, no Brasil, pode ser novamente citado a Declaração do Rio de Janeiro sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, em 92, que faz referência à “vida saudável” no seu Princípio 1.16 3. A Situação do Direito Humano a um Meio Ambiente no Direito Brasileiro O meio ambiente é um assunto de grande importância nas Constituições atuais do mundo inteiro, pois tem sido consagrado como direito fundamental do ser humano. No Brasil, até a publicação da Lei de Política Nacional do Meio Ambiente, não havia definição no ordenamento jurídico pátrio sobre o meio ambiente, lei nº 6.938, de 31 de outubro de 1981, reza definindo meio ambiente, no art. 3º, inc. I: "O conjunto de condições, leis, influencias e interações de ordem físicas, química e biológica, que permite, que abrigue e rege a vida em todas as suas formas." sendo que esta lei passou a considerá-lo como patrimônio público, que deve ser assegurado e protegido por todos, pois o mesmo é de uso coletivo. A Constituição Federal de 1988 foi pioneira ao tratar expressamente sobre questões ambientais, no seu art. 225, "Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.”17 Há menção sobre o direito fundamental ao meio ambiente, em outras normas Quilter, Assessor do Secretário-Geral, Gabinete do Secretário-Geral. OEA/Ser.G, CP/CAJP-1898/02, 4 abril 2002, p. 1-2. 16 MAZZUOLI, Valerio de Oliveira. A proteção Internacional dos Direitos Humanos e o Direito Internacional dos Direitos Humanos e o Direito Internacional do Meio Ambiente. Revista Amazônia Legal de estudos sócio- jurídico-ambientais, Cuiabá, Ano 1, n. 1, p. 169-196 jan.-jun. 2007. 17"Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. § 1º. Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao poder público: I – preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas; II – preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético; III – definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justificam sua proteção; IV – exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade constitucionais, seja de forma escrita ou implícita. Destarte, pela interpretação das normas, conclui-se que o Direito Ambiental é um dos direitos fundamentais da pessoa humana, o que confirma a posição de que estes são também direitos humanos. Com isso a Constituição brasileira de 1988 tem como bem jurídico o meio ambiente como um todo, uno e não como um recurso natural individual, pois o meio ambiente é um bem comum do povo, patrimônio coletivo e indivisível. No Brasil, as Constituições anteriores à de 1988, não traziam regras específicas sobre o meio ambiente. “A Constituição Federal de 1946 foi a única que trouxe menção sobre o direito ambiental, estabelecendo a competência para a União legislar sobre a proteção da água, das florestas, da caça e pesca. Contudo, foi a Constituição Federal de 1988, a primeira a tutelar a questão do meio ambiente, em termos específicos e atuais, destinando um significante capítulo ao mesmo, além de outras menções no corpo do texto constitucional.” 18 No título denominado “Ordem Social” se encontra a norma principal sobre direito ambiental, no artigo 225 da Carta Magna, conclui-se então que o meio ambiente é um direito social do homem. Se o direito ao meio ambiente é direito social do homem, significa que é direito fundamental, um direito humano, ter uma vida saudável em um meio ambiente equilibrado. Além disso, esse direito consta no art. 5º, inc. LXXIII19, que é um artigo que se refere aos direitos e garantias fundamentais, faz concluir que a ação constitucional visando à defesa do meio ambiente, reforçando a teoria que este é um direito fundamental do ser humano. Esse direito foi reconhecido a nível internacional, como já fio citado, na Declaração do Meio Ambiente, adotada na Conferência das Nações Unidas, em Estocolmo, em 1972. Ressalta-se a existência de outros direitos fundamentais, como o direito de propriedade e o direito ao desenvolvimento dos países, estes direitos não impendem o reconhecimento e aplicação do direito humano a um meio ambiente saudável, pois, devem priorizar os direitos fundamentais do ser humano que esteja ligado com o direito à vida. É potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental,a que se dará publicidade; V – controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; VI – promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente; VII – proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade. (...)" 18 FACIN, Andréia Minussi. Meio Ambiente e os direitos humanos. Revista Jus Navigandi, Ano: 2000. 19Art. 5º, LXXIII: "qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;" unanime o pensamento, “que a vida somente será assegurada, se existir a qualidade do meio ambiente, pois este, além de protegê-la, é responsável pela qualidade de vida.” 20 Contudo, a função social da propriedade passa a ter de respeitar os valores ambientais, se estes direitos ambientais forem descumpridos, estará automaticamente descumprindo a função social, que é intrínseco nos direitos dos seres humanos. A Iternalização do direito ao meio ambiente no Brasil é verificada em outros instrumentos internacionais em matéria de meio ambiente, “ratificados pelo Brasil, e merece destaque algumas convenções internacionais recentes, dentre as quais podem ser citadas: a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, adotada pelas Nações Unidas, em Nova York, em 09.05.1992, aprovada no Brasil pelo Decreto Legislativo n. 1, de 03.02.1994, e promulgada pelo Decreto n. 2.652, de 01.07.1998; o Protocolo de Quioto à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, adotado em Quioto, Japão, em 14.12.1997, por ocasião da Terceira Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, tendo sido aprovado no Brasil pelo Decreto Legislativo n.º 144, de 20.06.2002, e ratificado em 23.08.2002 e; a Convenção sobre Diversidade Biológica, adotada na cidade do Rio de Janeiro, em 05.06.1992, aprovada no Brasil pelo Decreto Legislativo n.º 2, de 03.02.1994, e promulgada pelo Decreto n.º 2.519, de 16.03.1998,14 tendo entrado em vigor internacional em 29 de dezembro de 1993. Estes instrumentos internacionais, assim como todos os outros tratados internacionais solenes sobre quaisquer matérias celebrados pelo Brasil, antes de serem integrados ao nosso direito interno têm que passar pelos trâmites próprios do Direito Internacional e do direito constitucional brasileiro, no que diz respeito ao processo normativo, para somente depois adquirirem eficácia jurídica e executoriedade internas.” 21 Todavia, os tratados internacionais de proteção dos direitos humanos, bem como os de proteção ou direito ao meio ambiente, dispensam a formalidade de sua incorporação por terem aplicação imediata a partir de suas respectivas ratificações, nos termos do art. 5.º, § 1.º da Constituição de 1988. “Os instrumentos internacionais de proteção ao meio ambiente, pelas regras da nossa Constituição (art. 5.º, §§ 1.º e 2.º), têm uma forma própria de incorporação no ordenamento jurídico brasileiro, pelo fato de eles fazerem parte do rol dos chamados tratados internacionais de proteção dos direitos humanos lato sensu, em relação ao 20 FACIN, Andréia Minussi. Meio Ambiente e os direitos humanos. Revista Jus Navigandi, Ano: 2000. 21 MAZZUOLI, Valerio de Oliveira. A proteção Internacional dos Direitos Humanos e o Direito Internacional dos Direitos Humanos e o Direito Internacional do Meio Ambiente. Revista Amazônia Legal de estudos sócio- jurídico-ambientais, Cuiabá, Ano 1, n. 1, p. 169-196 jan.-jun. 2007. qual a Constituição atribui uma forma própria de incorporação e uma hierarquia diferenciada dos demais tratados (considerados comuns ou tradicionais) ratificados pelo Brasil.” 22 Tais instrumentos internacionais, portanto, integram e complementam a regra de proteção ao meio ambiente elencada no art. 225, caput, da Constituição de 1988, incorporando-se ao direito interno brasileiro com um status diferenciado das demais normas internacionais tradicionais, ou seja, status de um direito fundamental ao ser humano. 22 MAZZUOLI, Valerio de Oliveira. A proteção Internacional dos Direitos Humanos e o Direito Internacional dos Direitos Humanos e o Direito Internacional do Meio Ambiente. Revista Amazônia Legal de estudos sócio- jurídico-ambientais, Cuiabá, Ano 1, n. 1, p. 169-196 jan.-jun. 2007. Para um estudo detalhado das fases de celebração de tratados no Brasil, vide Mazzuoli, Valerio de Oliveira, Tratados internacionais: com comentários à Convenção de Viena de 1969, 2.ª ed. São Paulo: Juarez de Oliveira, 2004. 4. Conclusão O Direito Internacional ao Meio Ambiente equilibrado é um “novo direito”, surgiu após a Segunda Guerra Mundial, sendo a maior conquista da humanidade nos últimos tempos, qual seja o direito ao meio ambiente saudável como um direito humano. O direito à vida, visto como um direito universal do ser humano visa estabelecer a segurança e igualdade a todos os povos. Isto significa dizer, que se todas as Nações preservarem e contribuírem para um ambiente sadio, todos os povos estarão protegidos, independente de se considerar a classe econômica de cada Estado. Os direitos de proteção ao meio ambiente e os direitos humanos à vida saudável são interdependentes. Todavia há problemas na normatização desses direitos como um direito humano, apesar do reconhecimento internacional, há prática de utilitarismo e antropocentrismo nas demandas judiciais relativos à proteção ambiental, levando ao fracasso à tentativa de se equiparar o direito à proteção ambiental a um direito humano, no quis diz respeito à aplicação de sanções mais severas que a simples multa, por exemplo. Não há pleno interesse por parte dos países desenvolvidos (a elite governamental) em reconhecer que toda vez que um dano ambiental for causado se estará também desrespeitando um direito humano, levando a comunidade internacional a ter sérias divergências a respeito da relação dependente desses dois direitos. “Além disso, nos encontramos frente a um obstáculo: como concretizar a responsabilidade de um Estado frente a uma demanda particular ou coletiva com base em um dano ambiental? Poderia um determinado Estado ser responsabilizado pelos efeitos da mudança climática que constitui um problema ambiental global?” 23 O Tribunal Europeu de Direitos Humanos, por exemplo, acabou por considerar o direito ao meio ambiente como um direito humano através do que se denomina como “proteção de rebote” (protection par ricochet). O Tribunal permitiu que um atentado contra o meio ambiente fosse submetido a este órgão não por si mesmo, mas como causa de violação de outros direitos protegidos pelo Convênio Europeu para Proteção de Direitos Humanos.24 Diante das controversas, no que tange a responsabilidade dos Estados diante o descumprimento desse “direito novo” não se considera cada Estado individualmente, nem os23 FACIN, Andréia Minussi. Meio Ambiente e os direitos humanos. Revista Jus Navigandi, Ano: 2000. 24 Vide, sobre o assunto, BERTOLDI, Márcia Rodrigues. Revista Jus Navigandi. O Direito Humano a um meio ambiente equilibrado. pág.: 2, ano: 2000. membros desta separadamente, pois o prejuízo que um deles possa causar, certamente, acarretará também prejuízo para outros. E a preservação do ambiente, faz com que seja preservado o princípio da igualdade, que também é um direito universal do homem. O meio ambiente como direito reconhecido no âmbito internacional, através da Declaração de Estocolmo e consagrado no direito pátrio, no art. 225 da Constituição Federal, foi compreendido como direito fundamental e, por via de conseqüência, também um dos Direitos Humanos relacionados diretamente à qualidade de vida do ser humano. Dessa forma logo se vislumbra o nexo entre Direitos Humanos e Meio Ambiente, posto que este último é previsto expressamente no texto constitucional constitui-se como direito fundamental e inerente a toda uma coletividade. Ao falar de direitos fundamentais falamos em progresso da humanidade e de civilidade. “Contudo ainda é longo o caminho que a humanidade terá que percorrer para cumprir seu objetivo de assegurar a todos os homens, mulheres e crianças, de todas as partes do mundo, de todas as raças e credos, os direitos fundamentais que visam assegurar a vida com dignidade.” 25 De certo que o direito ao meio ambiente sadio é um direito humano de cunho supraestatal, não prescinde de positivação para ser reconhecido, está implicitamente codificado, pois este direito faz parte dos direitos sociais do homem, e estando esses direitos dentro da Declaração Universal dos Direitos do homem de 1948, através do Pacto Internacional de direitos Econômicos, Sociais e Culturais, são automaticamente direitos humanos. 25 MALTA, Cynthia Guimarães Tostes. A evolução dos direitos fundamentais – Disponível no site: http://br.geocities.com/cynthiamalta/dirfund.htm. Acessado em 05 de março de 2009. 5. Bibliografia MAZZUOLI, Valerio de Oliveira. A proteção Internacional dos Direitos Humanos e o Direito Internacional dos Direitos Humanos e o Direito Internacional do Meio Ambiente. Revista Amazônia Legal de estudos sócio-jurídico-ambientais MAZZUOLI, Valerio de Oliveira, Direitos humanos, constituição e os tratados internacionais: estudo analítico da situação e aplicação do tratado na ordem jurídica brasileira, São Paulo: Juarez de Oliveira, 2002 Cf. Doc. ONU E/CN.4/Sub. 2/1994/9, Human rights and the environment: final report, § 1.º,6 July 1994 BERTOLDI, Márcia Rodrigues. Revista Jus Navigandi. O Direito Humano a um meio ambiente equilibrado. http://jus.uol.com.br/revista/texto/1685/o-direito-humano-a-um-meio- ambiente-equilibrado., ano: 2000 COMISIÓN MUNDIAL DEL MEDIO AMBIENTE Y DEL DESARROLLO: Nuestro Futuro Común, Alianza Editorial, Madrid, 1992 Cf. Doc. Conselho Permanente da OEA, Comissão de Assuntos Jurídicos e Políticos. Relatório da Secretaria-Geral sobre o Cumprimento da AG/Res. 1819 (XXXI-O/01), Direitos Humanos e Meio Ambiente, por Peter Quilter, Assessor do Secretário-Geral, Gabinete do Secretário-Geral. OEA/Ser.G, CP/CAJP-1898/02, 4 abril 2002 MAZZUOLI, Valerio de Oliveira, Tratados internacionais: com comentários à Convenção de Viena de 1969, 2.ª ed. São Paulo: Juarez de Oliveira, 2004 MALTA, Cynthia Guimarães Tostes. A evolução dos direitos fundamentais. 2009 MAZZUOLI, Valério de Oliveira. Curso de Direito Internacional Público. 3ª edição, São Paulo, Editora revista dos tribunais, 2008 MILARÉ, Edis. Direito do Ambiente. Doutrina- jurisprudência-glossário. 4ª edição, São Paulo, Editora Revista dos Tribunais, 2005. DECLARAÇÃO DE ESTOCOLMO, http://www.silex.com.br/leis/normas/estocolmo.htm. FACULDADE SETE DE SETEMBRO ARTIGO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO DIREITO HUMANO AO MEIO AMBIENTE SADIO: A SITUAÇÃO DO DIREITO AO MEIO AMBIENTE SADIO NO DIREITO BRASILEIRO VIVÂNIA SAMPAIO DA SILVA PROF. ª ORIENTADORA: DÉBORA BARRETO 2011