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Avaliação Clínica Estética Facial Profa. Dra. Sabrina Fonseca Ingênito Moreira Dantas Pré - Consulta Recepção do Paciente Cadastro Escutar necessidade do paciente Perguntar como ele conheceu a clínica Perguntar se ele já fez algum procedimento estético Encaminhar o paciente para avaliação estética Verificar o perfil do paciente Etapas da Avaliação Clínica na Estética Facial Anamnese Avaliação facial Avaliação corporal (antropométrica) Avaliação bioquímica Escolha de tratamento Documentação fotográfica Termos de consentimentos Implicações jurídicas nos procedimentos estéticos Anamnese Anamnese Uma anamnese é um tipo de entrevista, possui formas ou técnicas corretas de serem aplicadas. Ao seguir as técnicas pode-se aproveitar ao m á x i m o o t e m p o d i s p o n í v e l p a ra o atendimento, o que produz um diagnóstico seguro da disfunção estética e a indicação do tratamento correto. Disfunções Estéticas S ã o a l t e ra ç õ e s o r g â n i c a s d e d i v e r s a s etiopatogenias que podem se apresentar na face ou pelo corpo. O não tratamento de determinadas disfunções estéticas pode provocar o mau funcionamento do organismo, levando uma complicação maior e podendo comprometer o organismo como um todo. O seu tratamento tem como objetivo a prevenção de algumas doenças e a melhoria do f u n c i o n a m e n t o m e t a b ó l i co, te c id u a l e psicológico no orga nismo do paciente, proporcionando a ele bem-estar, qualidade de vida e longevidade. O não tratamento das disfunções estéticas, não significa que que o paciente esteja correndo risco de morte. O tratamento das disfunções es t é t i ca s p o s s u i ba i x o s r i s co s q u a n d o controlado por um profissional qualificado. Anamnese Estética Elaborar uma fixa de anamnese adequada para demanda do profissional, com a finalidade de detectar quais são as disfunções estéticas apresentadas pelo paciente. COMO? Fixa de Anamnese Dados pessoais do paciente Data da consulta Queixa principal Dados clínicos Tipo e Fototipo de pele Dados Pessoais do Paciente Nome: CPF: E-mail: Data de nascimento: Endereço: Telefone: Dados específicos Data da consulta: Queixa principal do paciente: Tratamentos estéticos em andamento: Cosméticos em uso: Exposição Extrínseca Avaliação do paciente quanto: Exposição solar, Tabagismo, Etilismo, Radiação Ionizante, Estresse, Prática de Atividade Física, Alimentação Saudável, Qualidade do Sono e Ingestão de Água. Dados Clínicos Perguntar se o paciente possui algum tipo de d o e n ç a c r ô n i c a, E x : C â n ce r, d i a be t e s, cardiopatia, trombose, alergia, etc... Gravidez e data a ultima menstruação (DUM) Uso de medicamento Prótese metálica Tipo de Pele Avaliação quanto a hidratação Mista, oleosa, normal, seca, acneica ou sensível Avaliação quanto a produção de óleo Equilibrado, aumentado ou excessivo Pele Normal Tem textura suave, delicada e saudável. Apresenta tônus adequado quanto à elasticidade e a gordura natural é produzida na quantidade certa. Os óstios deste tipo de pele são pequenos. Pouco propícia a desenvolver manchas e espinhas. Apresenta secreção sebácea e sudorípara equilibrada. Aspecto suave, coloração e textura normais. Superfície discretamente brilhante e óstios finos. Suporta razoavelmente o contato com sabões e detergentes. Suporta razoavelmente a exposição solar. Resistentes a fatores climáticos externos. Pele Seca Pode ter deficiência de produção sebácea. Pode ter deficiência de teor de água na camada córnea. Pouco comum em climas tropicais. Pele opaca, fina, sensível, aparência áspera, sem brilho, pouca elasticidade, aspecto ressecado e com tendência a se descamar, mais propensa a rugas e linhas de expressão, sensível ao contato com sabões, detergente e a radiação solar. Causas: pouca atividade das glândulas sebáceas, condições ambientais e envelhecimento. Pele oleosa Produz maior quantidade de secreção sebácea . Apresenta uma característica mais espessa, brilhante e úmida. Pode ser: Oleosa normal; Oleosa desidratada; Oleosa Seborréica Causas: é um fator hereditário, alterações hormonais, excesso de sol, variações climáticas, estresse e alimentação inadequada. Oleosa Normal Aparentemente espessa, brilhante, óstios profundos e visíveis, untuosa ao tato, exibindo comedões. Secreção sebácea e sudorípara abundante, sobretudo na região médio frontal, nasal e mentoniana. Freqüente nos jovens. Suporta agente agressores externos (variações climáticas) bem como contato com sabões e detergentes. Bronzeia com facilidade. Oleosa Desidratada Pele aparentemente espessa, brilhante, com óstios profundos e abertos, com superfície untuosa ao tato. Secreção sebácea aumentada, apresentando, no entanto, lipídeos pouco hidrófilos enquanto que a secreção sudorípara encontra-se diminuída. Tendência fácil de descamação e formação de rugas. Pele Oleosa Seborreica Secreção sebácea extraordinariamente aumentada. Brilho opaco e tato rugoso devido a presença de micro cistos. Presença de comedões e tendência ao estado acneico. Retenção de substâncias lipídicas na epiderme. Sensível a variações climáticas e à exposição solar, embora bronzeie com alguma dificuldade. Pele Mista Possui oleosidade na região médio frontal, nasal e mentoniana, nesta região os óstios se apresentam maior dilatação. No restante da face a pele apresenta características de desidratação. Desequilíbrio na hidratação e secreção sebácea . Espessura fina, cor rosada, com tendência a descamação e rugas precoces. Textura, espessura e coloração semelhante a pele normal. Níveis de hidratação aparentemente normal e uniforme. Secreção sebácea - sudorípara normal, excetuando na zona T, onde apresenta aspecto nitidamente gorduroso e brilhante, alternando com zonas secas ou normais, nas demais regiões da face. Pele Sensível Uma pele que exige cuidados redobrados, pois é fina, frágil e delicada. Tem pouca oleosidade e, por isso, adquire aparência áspera e com tendência a formação de rugas. Pele facilmente irritável, sensíveis a mudanças climáticas e ao uso de cosméticos. Normalmente desenvolvem vermelhidão, ardor, prurido e manchas, além de serem muito propensas à descamação. Usar cosméticos específicos para peles sensíveis a fim de evitar que ocorra alergia ou intolerância aos cosméticos. As peles claras tem maiores tendências a apresentar sensibilidade. Pele Acneica Tendência hereditária, transmitida por genes autossomicos dominantes. Queratinização anômala folicular. Hiperplasia sebacea com hiperseborreia. Alteração da microbiota da pele, com a colonização do Propioniobacterium acnes. Surgimento de mediadores inflamatórios ao redor da derme e no folículo. Propionibacterium acnes Propionibacterium acnes é uma espécie de bactéria que se alimenta de sebo que quando em contato com o poros epiteliais promove a inflamação dos folículos pilosos, causando lesões vulgarmente conhecidas como acne. Fundamentos Hormonais O folículo piloso e a pele apresentam receptores hormonais androgênicos e estrogênicos. As glândulas sebáceas apresentam apenas receptores androgênicos (testosterona). Síndrome do ovário policístico Formas Clínicas A - Comedões abertos (Cravo preto): a gordura oxidada misturada com melanina, e células mortas descamadas adquire uma cor escura. B - Comedões fechados (Cravo branco). C - Pápula D - Pústula Aspecto dos óstios Imperceptíveis ou dilatados Raça Caucasiano, negroide, índio, mongolóide Textura da pele Lisa, saturada, grossa, áspera e fina Manchas Hipocromica (A), efélides (B), melasma (C), lentigos(D) A B C D VascularizaçãoTelangiectasias, Rosácea, Couperose, Tendência a Herpes. Tricose Hipertricose, foliculite, hirsutismo e queda de cabelo Fototipo Fototipo I, Fototipo II, Fototipo III, Fototipo IV, Fototipo V, Fototipo VI Esta classificação é útil na determinação de quais pacientes irão responder bem aos peelings químicos, laser e luz intensa pulsada. Regra geral: Peles com fototipo de I a III tem menos risco de desenvolver hiperpigmentação pós inflamatórias. Peles com fototipo IV a VI tem maior chance de desenvolver hiperpigmentação pós inflamatória, este pacientes deverão ser submetidos com muita cautela a alguns procedimentos, em virtude do alto risco de hiperpigmentação. Teste para identificação do fototipo Pontuações: I - 0 pontos II - 1 ponto III - 2 pontos IV - 3 pontos V - 4 pontos Pontos 0 - 7: Fototipo I 8 - 16: Fototipo II 17 - 25: Fototipo III 26 -30: Fototipo IV Acima de 30 - 32: Fototipo V 33-36: Fototipo VI Grau de envelhecimento Sulco, perda de contorno facial, perda de volume, rugas, manchas, flacidez, ptose, olheiras, desvitalização e ceratose actinica. Sistema de Classificação de Mark Rubin Nível 1 - os sinais clínicos são devido à alteração da epiderme. As maiores normalidades decorrem de alterações pigmentares e de textura. Nível 2 - os sinais clínicos são devido à alteração da epiderme e da derme papilar e geralmente são relacionados a alterações pigmentares, presença de rugas periorbiculares e lateral ao sulco nasolabial, onde mostra atrofia. Nível 3 - os sinais clínicos são devido à alteração da epiderme, derme papilar e derme reticular. Paciente com enrugamento intenso e freqüentes comedões abertos. A conduta adotada tem que atingir a mesma profundidade que o nível apresentado pela lesão. Exames Luz de Wood - Dermaview Luz ambiente Análise de tecidos Exames de sangue Luz de Wood Emite luz UV de 365 nm; Combina com luz branca especial e evita a incidência de luz externa, permitindo assim a visualização de alterações de cor e a presença de fluorescência. Significado das cores: Azul: pontos normais e sudáveis. Branco: camada grossa de células epiteliais mortas (ceratoses actinicas). Roxo fluorescente: desidratação. Marrom: pigmentação. Laranja: oleosidade. Amarelo - claro: acne ou comedões (porfirina). Branco amarelado/cobre alaranjado - Pitiríase Versicolor e Malassezia Furfur. Verde Fluorescente - Pseudomonas. Vermelho coral - Eritrasma. Roxo escuro em grandes áreas - maquiagem ou bloqueador solar.