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Copyright © 1982, ABNT–Associação Brasileira de Normas Técnicas Printed in Brazil/ Impresso no Brasil Todos os direitos reservados Sede: Rio de Janeiro Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro - RJ Tel.: PABX (021) 210 -3122 Telex: (021) 34333 ABNT - BR Endereço Telegráfico: NORMATÉCNICA ABNT-Associação Brasileira de Normas Técnicas Palavra-chave: Zincagem NBR 7414 JUL 1982 Zincagem por imersão a quente 4 páginas Origem: ABNT 01:009.05-001/1982 CB-01 - Comitê Brasileiro de Mineração e Metalurgia CE-01:009.05 - Comissão de Estudo de Revestimentos Metálicos NBR 7414 - Hot-dip zinc coating - Terminology Descriptor: Zinc coating Terminologia 1 Objetivo Esta Norma define os termos empregados na zincagem por imersão a quente. 2 Definições Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições de 2.1 a 2.84. 2.1 Abaulamento Protuberância localizada na superfície de um material, normalmente chapas finas, decorrente do processo de zincagem por imersão a quente, devido ao aquecimento acima de 400°C, que provoca tensões localizadas defor- mando plasticamente o material naquela área. 2.2 Aderência Interação entre o revestimento e o metal-base. 2.3 Anelado Saliência na camada de zinco de arames, na forma de anéis, com razoável uniformidade, distribuidos ao longo do comprimento. 2.4 Banho de zinco Zinco fundido dentro da cuba de zincagem no qual são imersos os produtos a serem zincados. 2.5 Bolhas Vazios sob o revestimento que se manifestam através de pequenas elevações da superfície, separadamente ou em grupos. 2.6 Camadas de liga Camadas formadas sobre a superfície do metal-base e que adquirem estrutura estratificada em decorrência do processo de reação química e de difusão. De dentro para fora são denominadas gama, delta e zeta. 2.7 Camadas do revestimento Diferentes camadas que se formam a partir da reação entre o metal-base e o zinco fundido por imersão a quente. 2.8 Camada delta Fase intermediária do revestimento de zinco, de estrutura cristalina hexagonal e que possui 7 a 12% de ferro. 2.9 Camada de zinco Ver 2.10. 2.10 Camada eta Fase exterior do revestimento, constituida de zinco de composição química aproximadamente igual à do banho. NBR7414/19822 2.11 Camada gama Primeira camada de liga sobre o metal-base, de estrutura cristalina cúbica e a que possui de 21 a 28% de ferro. 2.12 Camada leve Tipo de revestimento de fios de aço, por imersão a quente, onde o excesso de zinco é retido em buchas de amianto colocadas em torno dos mesmos. 2.13 Camada pesada Tipo de revestimento de fios de aço, por imersão a quente, onde a regularização da espessura da camada é efetua- da através da saída vertical dos mesmos através de uma camada de carvão misturada com óleo, assegurando uma atmosfera redutora. 2.14 Camada zeta Fase intermediária do revestimento de zinco, de estrutura cristalina monoclínica e que possui até 6% de ferro. 2.15 Carocas Saliência na superfície zincada de arames, devido à pre- sença de impurezas incrustadas de chumbo, carvão, óxido de zinco etc. 2.16 Colagem de camada Ocorrência provocada por peças encostadas umas às outras ou aos dispositivos de suporte e que foram sepa- radas após a extração do banho de zinco. 2.17 Coloração marrom Alteração do aspecto visual do revestimento de zinco em que o mesmo apresenta uma coloração marrom ferrugi- nosa depois de exposto a determinadas condições ambi- entais. 2.18 Cordão de zinco Escorrimento superficial do revestimento de zinco, no qual aparecem linhas localizadas longitudinalmente com dife- rentes comprimentos e larguras. 2.19 Corrosão branca Oxidação do revestimento de zinco na forma de depósito de coloração branca ou levemente acinzentada, pela transformação do zinco em óxido, hidróxido e/ou carbo- neto básico de zinco. 2.20 Cristais minimizados Revestimento com ausência praticamente total de flores de zinco (ver 2.40). 2.21 Cristais normais Acabamento superficial caracterizado por apresentar-se em forma de cristais, que resultam do crescimento dos cristais de zinco durante a solidificação do metal. 2.22 Cromatização Operação posterior à zincagem que visa a formação de uma camada passivadora de cromato de zinco. 2.23 Cuba de zinco Recipiente onde o zinco é fundido para realização da zincagem por imersão à quente. 2.24 Decapagem ácida Operação de limpeza superficial prévia do produto à zincar, através da imersão em solução ácida, visando a remoção de óxido e outras impurezas solúveis em ácidos minerais. 2.25 Decapagem mecânica Ver 2.55. 2.26 Defeitos de zincagem Aspectos e propriedades do revestimento que compro- metem a utilização do produto zincado. 2.27 Deformação Alteração da forma e/ou dimensões do produto por ação da zincagem por imersão a quente. 2.28 Dentes de serra Saliências regularmente distribuídas ao longo de uma geratriz de arame zincado, formadas quando dois fios entram em contato na saída do banho de zinco. 2.29 Desengraxamento Operação de pré-tratamento que visa a retirada de produ- tos gordurosos da peça a ser zincada. 2.30 Eletrogalvanização Ver 2.80. 2.31 Empenamento Deformação, normalmente longitudinal, sofrida por um material decorrente de um aquecimento ou resfriamento desigual entre as várias áreas da peça devido ao processo de zincagem por imersão a quente. 2.32 Enganchamento Operação que consiste na colocação do produto em gan- cheiras. 2.33 Ensaio de Preece Método de controle da uniformidade do revestimento atra- vés da determinação das regiões de espessura mínima. 2.34 Escamação Aspecto superficial em que toda a espessura do reves- timento de zinco incluindo as camadas de liga, separam- se do metal-base. NBR 7414/1982 3 2.35 Esfoliação Aspecto superficial em que parte do revestimento de zinco se desprende em camadas ou lâminas. 2.36 Espinhas Pequenas pontas salientes que aparecem na superfície do revestimento isoladamente ou em grupos. 2.37 Estriamento em faixas Marcas paralelas de diferentes comprimentos e larguras, orientadas no sentido do maior alongamento dos grãos, modificados em conseqüencia do trabalho mecânico de deformação plástica a que foi submetida a peça antes de ser zincada. 2.38 Excesso de zinco Aspecto superficial do revestimento que se caracteriza por haver regiões localizadas, com visível diferença de espessura de revestimento. 2.39 Exsudação de fluxo Mancha escura, que com o decorrer do tempo se torna marrom avermelhada. Aparece usualmente devido à imperfeições no metal base (trincas, poros etc.), através da reação do fluxo retido nestas imperfeições. 2.40 Flor de zinco Aspecto superficial do revestimento onde a camada exte- rior se apresenta em forma de flores. 2.41 Fluxo Produto no qual o material a zincar é imerso, a fim de pro- mover molhabilidade do metal-base pelo zinco. 2.42 Fragilização Diminuição da ductilidade do metal-base. 2.43 Fragilização pelo hidrogênio Perda de ductilidade causada pela difusão de hidrogênio no metal. 2.44 Fragilização pelo zinco Perda da ductilidade de produtos zincados causada por trincas originadas pela reação a quente do zinco fundido com o metal-base. 2.45 Galvanização Ver 2.79. 2.46 Gancheira Dispositivo utilizado para realizar a imersão e a retirada do material a zincar. 2.47 Grumos Ver 2.49. 2.48 Impressão de camada Redução localizada da espessura da camada de zinco, causada por deformação ou compressão. 2.49 Inclusão de chumbo flotado Partículas de tamanhos e formas variáveis, que se depositam no revestimento, originadas por chumbo flota- do no banho de zinco. 2.50 Inclusão de cinza e fluxo Depósitos não metálicos de coloração cinza ou amarela, na parte exterior do revestimento, consistindo basicamente de óxido ou cloreto de zinco. 2.51 Inibidor do banho de decapagem Substância adicionada ao tanque de decapagem ácida, visando o ataque do ácido somente às impurezas superfi- ciais e não ao metal-base, reduzindo a possibilidade de fragilização pelo hidrogênio. 2.52 Lágrimas Gotas ou pingos de zinco fundidosobre o revestimento e que se solidificam nesta forma. 2.53 Lavagem Operação sobre o produto a zincar que consiste na imer- são do mesmo em água corrente. 2.54 Liga zinco-alumínio Material adicionado ao banho de zinco, com composição química de zinco e alumínio, visando regular o teor de alumínio para as condições desejadas. 2.55 Limpeza mecânica Operação de pré-tratamento do produto a zincar, realizada por meios exclusivamente mecânicos. 2.56 Mancha-preta Área(s) em forma(s) irregular(es) não coberta(s) pelo revestimento de zinco. 2.57 Marcas de contato Ver 2.16. 2.58 Metal-base Material que recebe o revestimento de zinco. 2.59 Metalização Ver 2.81. NBR7414/19824 2.60 Mossas Ver 2.48. 2.61 Movimentação no banho de zinco Operação executada durante a imersão do produto no banho de zinco, visando melhorar a uniformidade do re- vestimento. 2.62 Obstrução da rosca Deposição de excesso de zinco em partes roscadas de produtos zincados, que comprometem a utilização do produto. 2.63 Passivação Ação que confere a um material a diminuição de sua velocidade de corrosão, através de transformação quími- ca da camada superficial do mesmo. 2.64 Peça recuperada Peça que ao ser zincada apresentou defeitos passíveis de rejeição e foi recuperada por processo que não a zinca- gem por imersão a quente. 2.65 Porosidades do revestimento de zinco Pequenas descontinuidades, em forma de vazios, em superfície do revestimento de zinco. 2.66 Reforço de banho Quantidade de material adicionada aos tanques de pré- tratamento visando manter a concentração à níveis aceitá- veis de utilização. 2.67 Rendimento do zinco Relação entre a massa de zinco incorporada aos produtos zincados e a total consumida pelo processo de zincagem por imersão a quente. 2.68 Resfriamento Operação que consiste em retirar o produto zincado, visan- do acelerar a solidificação do revestimento. 2.69 Resíduos de zincagem Subprodutos formados durante a zincagem por imersão a quente e que não fazem parte do revestimento do produ- to zincado. P.ex.: borra, cinza etc. 2.70 Revestimento de zinco Conjunto das diferentes camadas formadas sobre o metal-base pelo processo de zincagem. 2.71 Revestimento diferencial Tipo de revestimento de chapas que se caracteriza por apresentar um valor específico de espessura em uma das faces e um valor sensivelmente menor na outra face. 2.72 Revestimento fosco Aspecto superficial em que o revestimento de zinco apre- senta ausência de brilho metálico por condições de proces- so ou por passivação. 2.73 Revestimento rugoso Irregularidade da superfície do revestimento de zinco, perceptível visualmente e/ou ao tato. 2.74 Superfície extra-lisa Revestimento de chapas zincadas com cristais minimi- zados, com uma passagem em laminador de encrua- mento para dar à superfície um acabamento especial- mente liso. 2.75 Tempo de imersão Período em que o produto fica imerso no banho de zinco. 2.76 Umectante Produtos adicionados aos banhos de pré-tratamento visando aumentar o poder de molhabilidade do ácido, fluxo, desengraxante etc. 2.77 Velocidade de remoção Variável do processo de zincagem por imersão a quente diretamente ligada ao tempo de retirada da peça do banho de zinco. 2.78 Vibração Operação realizada após retirada do produto zincado do banho de zinco, com o objetivo de eliminar o excesso de zinco antes de sua solidificação. 2.79 Zincagem Aplicação de revestimento de zinco, visando proteção anticorrosiva de materiais metálicos. 2.80 Zincagem eletrolítica Processo de zincagem em que o zinco é aplicado por eletrodeposição. 2.81 Zincagem por imersão térmica Processo de zincagem em que o revestimento é aplicado por projeção de partículas de zinco fundido. 2.82 Zincagem por imersão a quente Processo de zincagem em que o revestimento de zinco é aplicado mediante imersão do produto, previamente pre- parado, em banho de zinco fundido. 2.83 Zincagem (processo a seco) Processo de zincagem por imersão a quente em que os materiais, após limpeza prévia, são imersos em uma solu- ção de fluxo, secos e posteriormente imersos no banho de zinco. 2.84 Zincagem (processo úmido) Processo de zincagem por imersão a quente em que os materiais, após limpeza prévia, atravessam uma camada de fluxo que sobrenada o banho de zinco, imediatamente antes de sua imersão neste. licenca: Licença de uso exclusivo para Petrobrás S/A Cópia impressa pelo Sistema Target CENWeb