T6 Bactérias Anaeróbias

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Bactérias anaeróbias 
ASPECTOS GERAIS 
• Principais requerimentos para a vida: água e 
oxigênio (?) → resposta incorreta 
• Microrganismos diferem quanto ao 
requerimento por O2 
• Início da vida na terra: ambiente anaeróbio 
• Introdução do O2 
• Propriedades oxidativas das espécies reativas 
de oxigênio/ROS: íons e moléculas altamente 
instáveis, derivados da redução parcial do O2, 
que podem danificar virtualmente qualquer 
macromolécula ou estrutura 
BACTÉRIAS ANAERÓBIAS - DEFINIÇÃO 
• Anaeróbias obrigatórias 
• Não utilizam O2 (grau variado de tolerância ao 
O2) 
• O2 é tóxico (ROS – radicais reativos do O2) 
• Não se multiplicam na presença de O2 (apenas 
concentrações residuais); são mortas em 
ambiente aeróbio 
• Obtém energia por fermentação ou por 
respiração anaeróbia (aceptor final de e- que 
não o oxigênio) 
• Baixo Eh (potencial de oxirredução) 
CONCEITOS BÁSICOS 
• Microaerófilo: requer [O2] baixas ( [CO2]) 
• Anaeróbio aerotolerante: indiferente à 
presença de O2 (não usam O2) 
• Aeróbio obrigatório: requer altas [O2] 
• Anaeróbio facultativo: metabolismo aeróbio 
e anaeróbio 
• Capnofílico: requer [CO2] mais elevadas do 
que a concentração atmosférica ( [O2]) 
ATMOSFERAS – [O2] 
 
CALDO TIOGLICOLATO 
 
• O caldo tioglicolato é um meio líquido que 
apresenta uma pequena concentração de ágar 
(substância que solidifica o meio de cultura); 
nesse caldo, como a [ágar] é baixa, o meio 
torna-se semifluido 
• A presença do ágar dificulta a penetração do 
O2 para as camadas mais inferiores do meio 
• Além disso, há duas substâncias redutoras no 
caldo tioglicolato: o tioglicolato de sódio e a L-
Cisteína. A presença deles diminui a [O2] no 
meio 
• Assim, nesse meio de cultura, é possível haver 
a multiplicação de bactérias que apresentam 
os mais variados tipos de relação com o O2 
DETOXIFICAÇÃO DE ROS 
• Peroxidase 
• Superóxido dismutase 
• Catalase 
RADICAIS REATIVOS DO OXIGÊNIO 
 
 
BACTÉRIAS ANAERÓBIAS E MICROBIOTA 
INDÍGENA 
• Ubíquos (ambiente: água, solo, esgoto, etc.) e 
apresentam hospedeiros animais, inclusive o 
ser humano (trato intestinal, cavidade oral, 
pele e trato geniturinário) 
• Como membros da microbiota indígena, estão 
associadas à etiopatogenia de doenças 
infecciosas (anfibiônticas → podem conviver 
bem ou causar doenças no hospedeiro) 
FATORES PREDISPONENTES A INFECÇÕES 
POR ANAERÓBIOS 
• Rompimento de barreiras mucocutâneas: 
trauma com injúria tecidual 
• Abaixamento do potencial redox ( [O2]): 
suprimento sanguíneo inadequado, necrose 
tecidual e multiplicação de bactérias 
facultativas, microaerófilas ou aeróbias 
INDÍCIOS DE INFECÇÕES POR ANAERÓBIOS 
• Detecção de infecção polimicrobiana 
• Presença de pus ou secreção com odor fétido 
• Necrose tecidual 
• Formação de gás nos tecidos 
• Infecção em sítio próximo de mucosa 
• Ausência de multiplicação microbiana em 
cultura de rotina incubada em aerobiose (pus 
estéril) 
• Mordidas de gatos e cães 
COLETA E TRANSPORTE DO ESPÉCIME 
CLÍNICO 
• Coleta: 
o Aspirado (seringa e agulha) 
o Biópsia 
o Cone de papel absorvente 
• Transporte: 
o Solução de Ringer pré-reduzida 
(PRAS) 
o Meio de cultura pré-reduzido (PRAS) 
CULTIVO DE BACTÉRIAS ANAERÓBIAS 
• Equipamentos especiais 
• Câmara anaeróbica (mais caro, menos 
disponível e de melhor resultado → bactéria 
completamente isolada do ambiente) 
 
• Jarra de anaerobiose e sistema gerador de 
atmosfera anaeróbia [envelopes (O2 → CO2) 
ou mistura gasosa] 
 
DOENÇAS INFECCIOSAS ASSOCIADAS A 
BACTÉRIAS ANAERÓBIAS 
• Origem: 
o Endógena (mais frequente) 
o Exógena 
• Natureza: 
o Infecciosa (mais frequente) 
o Não infecciosa 
• Etiologia: 
o Polimicrobiana (mais frequente) 
o Monomicrobiana 
PRINCIPAIS GRUPOS DE ANAERÓBIOS DE 
RELEVÂNCIA CLÍNICA 
• Formadores de esporos: 
o Bastonetes Gram-positivos: 
▪ Clostridium 
▪ Clostridioides 
• Não formadores de esporos: 
o Bastonetes Gram-negativos 
o Bastonetes Gram-positivos 
o Cocos Gram-negativos 
o Cocos Gram-positivos