Vamos analisar cada uma das hipóteses apresentadas: I. A grande quantidade de ações previdenciárias que tramitam nos juizados especiais federais comprovam que deixar de exigir o prévio requerimento administrativo acarreta para essa justiça especial o ônus de resolver, judicialmente, o que deveria ser resolvido nas vias administrativas. Verdadeiro, essa afirmativa reflete a realidade de que a falta de exigência do requerimento administrativo pode sobrecarregar o Judiciário. II. Na prática, a falta de ingresso na via administrativa transfere para o Poder Judiciário o exercício de uma função que, na realidade, não lhe é típica. Por essa razão, o entendimento atual é que o interesse de agir só surge quando o requerimento administrativo é indeferido, ou em caso de omissão do INSS. Verdadeiro, essa afirmativa está correta, pois o interesse de agir realmente surge após a negativa ou omissão do INSS. III. O interesse de agir ocorre com a apreciação do requerimento, que sendo indeferido ou deferido estará o requerente após 45 dias de buscar a via judicial, estando o pedido inerte também poderá buscar a via judicial. Falso, essa afirmativa é confusa. O interesse de agir não ocorre apenas com a apreciação do requerimento, e a questão do prazo de 45 dias não é uma regra geral para todos os casos. IV. Não é necessário que o interessado esgote as vias administrativas, interpondo todos os recursos cabíveis, para depois, então, ingressar com a ação na via judicial. Verdadeiro, essa afirmativa está correta, pois a jurisprudência tem admitido que não é necessário esgotar todas as vias administrativas antes de buscar a via judicial. Com base na análise, as afirmativas verdadeiras são I, II e IV. Portanto, a alternativa correta é: DI, II, III e IV.