Vamos analisar cada alternativa: a. O reconhecimento de relação empregatícia do apontador de jogo do bicho é possível, uma vez que não se trata de objeto ilícito, mas sim de um vício que gera nulidade relativa. Falso, a relação de emprego com atividades ilícitas, como o jogo do bicho, é considerada nula, pois o objeto do contrato é ilícito. b. A contratação do serviço suplementar do trabalhador bancário, seja na admissão ou no curso do contrato, não é considerada nula, logo, não gera efeito pecuniário em razão do princípio da livre autonomia da vontade contratual que determina que as relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas. Falso, a contratação de serviços suplementares deve respeitar a legislação específica e não pode ser considerada livremente. c. O reconhecimento de relação empregatícia entre o traficante e seu fornecedor é possível, uma vez que não se trata de objeto ilícito. Falso, a relação entre traficantes e fornecedores é considerada ilícita, portanto, não pode haver reconhecimento de relação empregatícia. d. Se convalidam os efeitos do contrato de trabalho que, considerado nulo por ausência de concurso público, quando celebrado originalmente com ente da Administração pública indireta, continua a existir após a sua privatização. Falso, contratos nulos por ausência de concurso público não se convalidam automaticamente. e. A contratação de servidor público, sem prévia aprovação em concurso público, encontra óbice no art. 37, II e § 2°, da Constituição Federal, sendo afastada a teoria trabalhista das nulidades e restando negada qualquer repercussão justrabalhista, porque o valor protegido é a realização da ordem pública. Verdadeiro, essa afirmativa está correta, pois a Constituição estabelece a necessidade de concurso público para a contratação de servidores. Portanto, a alternativa correta que contém todos os itens verdadeiros é: e) a contratação de servidor público, sem prévia aprovação em concurso público, encontra óbice no art. 37, II e § 2°, da Constituição Federal, sendo afastada a teoria trabalhista das nulidades e restando negada qualquer repercussão justrabalhista, porque o valor protegido é a realização da ordem pública.