O incentivo à prática regular de exercícios físicos por parte da população idosa tem sido tema recorrente nas políticas públicas de saúde. Todavia, mesmo com o avanço no conhecimento sobre os benefícios da atividade física para a longevidade e qualidade de vida, dados revelam uma baixa adesão dos idosos aos programas oferecidos, especialmente em contextos comunitários. Muitos relatam ausência de orientação profissional adequada, dificuldade de acesso, medo de lesões, e desconhecimento sobre os tipos de atividades mais apropriadas para sua condição física. Adicionalmente, o aconselhamento genérico sobre “fazer exercícios” sem considerar as especificidades fisiológicas, emocionais e sociais dessa população acaba reforçando barreiras em vez de promover mudanças efetivas de comportamento. Isso indica a necessidade de intervenções mais humanizadas e dirigidas à escuta ativa e ao empoderamento individual.