Ler em voz alta Durante a elaboração do currículo escolar de uma escola municipal, o corpo docente propôs a inclusão de conteúdos que abordassem criticamente as desigualdades sociais, com foco em questões de classe, raça, gênero e território. Essa proposta, fundamentada em princípios de justiça social e equidade, gerou resistência por parte de alguns membros da comunidade escolar, que alegaram que tais temas seriam “ideológicos” e poderiam “dividir os alunos”. No entanto, a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 206, inciso III, estabelece como princípio do ensino a pluralidade de ideias e de concepções pedagógicas. Além disso, a Lei nº 10.639/2003 determina a obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira e africana em todas as escolas do país. Diante desse cenário, é essencial refletir sobre o papel docente na mediação de conflitos e na construção de um currículo que respeite a diversidade e contribua para a formação cidadã. A partir dos dados fornecidos, a postura adequada diante da resistência à inclusão de temas relacionados à diversidade e às desigualdades sociais no currículo escolar é: A A) Recuar diante da resistência da comunidade, priorizando a manutenção da harmonia escolar e evitando conflitos. B B) Substituir os temas propostos por conteúdos neutros e universais, que não gerem polêmicas entre os diferentes grupos sociais. C C) Dialogar com a comunidade escolar, esclarecendo os fundamentos legais e pedagógicos da proposta curricular e promovendo a escuta ativa. D D) Manter os conteúdos propostos independente do diálogo com a comunidade, pois a legislação já garante sua obrigatoriedade.