Para analisar a situação apresentada, é importante considerar os princípios éticos da Fonoaudiologia e os estudos da Sociolinguística, que valorizam a diversidade linguística e a adequação da comunicação ao contexto social da criança. Vamos analisar as alternativas: A) Corrigir a fala da criança com base na norma-padrão, garantindo que ela se adeque ao ambiente escolar. - Essa abordagem ignora a diversidade linguística e pode desvalorizar a forma de comunicação da criança. B) Iniciar terapia para eliminar traços regionais e sociais da fala, promovendo neutralidade linguística. - Essa opção também desconsidera a riqueza da variação linguística e pode ser prejudicial à identidade da criança. C) Avaliar se há prejuízo funcional na comunicação e considerar a adequação linguística ao contexto da criança. - Esta alternativa é a mais alinhada aos princípios éticos, pois considera a funcionalidade da comunicação e respeita a forma como a criança se expressa em seu ambiente familiar. D) Reforçar o uso da norma-padrão como única forma legítima de expressão, conforme exigência escolar. - Essa abordagem é restritiva e não considera a diversidade linguística. E) Encaminhar a criança para avaliação neurológica, pois o uso de “nóis vai” pode indicar atraso de linguagem. - Essa opção não é adequada, pois o uso de expressões regionais não indica necessariamente um atraso de linguagem. Diante dessa análise, a alternativa correta é: C) Avaliar se há prejuízo funcional na comunicação e considerar a adequação linguística ao contexto da criança.