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FACULDADE DE TECNOLOGIA DO IPIRANGA 
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM EVENTOS 
KAROLINE ADRIENE CEZARIO DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
NO RITMO DE SÃO PAULO: O FESTIVAL LOLLAPALOOZA 
E OS SEUS IMPACTOS NA ECONOMIA LOCAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2015 
 
 
KAROLINE ADRIENE CEZARIO DA SILVA 
 
 
 
 
 
NO RITMO DE SÃO PAULO: O FESTIVAL LOLLAPALOOZA 
E OS SEUS IMPACTOS NA ECONOMIA LOCAL 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso 
apresentado à Faculdade de tecnologia 
do Ipiranga como requisito parcial para a 
obtenção de grau em Tecnologia em 
Eventos 
Orientadora: Profª Ma. Aline Correia de 
Sousa Colantuono 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2015 
KAROLINE ADRIENE CEZARIO DA SILVA 
 
NO RITMO DE SÃO PAULO: O FESTIVAL LOLLAPALOOZA 
E OS SEUS IMPACTOS NA ECONOMIA LOCAL 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentando à Faculdade de Tecnologia 
do Ipiranga como requisito parcial para a 
obtenção de grau em Tecnologia em 
Eventos 
Data de aprovação: 
 
Trabalho de Conclusão de Curso defendido e aprovado em ___/___/____ 
Banca examinadora 
 
____________________________________ 
Professor 
 
____________________________________ 
Professor 
 
____________________________________ 
Professor 
 
 
SÃO PAULO 
2015 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Primeiramente, dedico este trabalho à minha maravilhosa mãe, Adriana, que sempre 
esteve comigo me apoiando, e também, a todos os profissionais de eventos. 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
Eu, Karoline Adriene Cezario da Silva, agradeço a todos aqueles que me apoiaram 
nessa jornada. 
 
Agradeço aos meus familiares e amigos. 
 
Agradeço aos meus professores e, especialmente, à minha orientadora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Você pode sonhar, criar, desenhar e construir o lugar mais maravilhoso do mundo, mas é necessário ter 
pessoas para transformar seu sonho em realidade.” 
Walt Disney 
RESUMO 
 
Essa monografia apresenta um breve estudo do mercado de shows internacionais, 
utilizando como objeto o Festival Lollapalooza. Serão sondados os impactos que o 
megaevento traz para a Cidade de São Paulo conforme as movimentações 
econômicas, analisando as redes hoteleiras e aeroportos. Observa-se o 
comportamento do consumidor brasileiro conforme as alterações na renda e as 
mudanças necessárias para que o evento mantenha-se no mercado de shows 
internacionais. 
 
Palavras-chave: Economia; Impactos; Lollapalooza; São Paulo; Shows 
Internacionais; 
ABSTRACT 
 
This monograph presents a succint study of the brazilian market for International 
Music Festivals, focusing on the Lollapalooza Festival as the main subject. I’ll show 
what kind of economic impacts a city like Sao Paulo can suffer from hosting an event 
like that, the city’s hotel chains, businesses and airports. By watching the behavior of 
the brazilian customer and how their income changes due to the economic crisis, it 
can be pointed out what kind of adjust must be made to ensure the survival of the 
market sector of internacional shows. 
 
Keywords: Economics; Impacts; Lollapalooza, Sao Paulo; Music Festivals 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
Figura 1 – Fases, fluxos e processos da gestão de eventos I.................................. 28 
Figura 2 – Fases, fluxos e processos da gestão de eventos II................................. 29 
Figura 3 – O mercado de shows internacionais em São Paulo – 2012.................... 40 
Figura 4 – O mercado de shows internacionais em São Paulo – 2013.................... 41 
Figura 5 – O mercado de shows internacionais em São Paulo – 2014.................... 42 
Figura 6 – Primeiro cartaz do Lollapalooza em 1991................................................ 43 
Figura 7 – Palco principal da edição de 1996 do festival Lollapalooza..................... 44 
Figura 8 – Mapa do Jockey Club - Lollapalooza Brasil 2012.................................... 45 
Figura 9 – Dados da montagem do Festival – Lollapalooza 2012............................ 47 
Figura 10 – Mapa do Autódromo de Interlagos - Lollapalooza Brasil 2014.............. 49 
Figura 11 – Balanço Final – Lollapalooza 2014........................................................ 50 
Figura 12 – Montanha russa e vista de fora da Pista de Patinação no Lollapalooza 
2015........................................................................................................................... 51 
Figura 13 – Vista Panorâmica do Lollapalooza 2015................................................ 51 
Figura 14 – Ciclo econômico..................................................................................... 67 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1 – Práticas culturais – São Paulo ................................................................ 17 
Tabela 2 – Classes econômicas definidas pela renda domiciliar total – Brasil ........ 19 
Tabela 3 – Comportamento de consumo em determinadas situações – por Classe: 
Brasil, 2013 .............................................................................................................. 19 
Tabela 4 – Principais gastos dos brasileiros, conforme nível de renda - 2013 ........ 20 
Tabela 6 – Dados resumidos – Lollapalooza 2012, 2013, 2014, 2015 e 2016......... 52 
Tabela 7 – Estado e cidade de residência do público – Lollapalooza 2015............. 55 
Tabela 8 – Local de hospedagem do público – Lollapalooza 2015.......................... 56 
Tabela 9 – Desempenho 2001/2015 – Hotéis........................................................... 57 
Tabela 10 – Desempenho 2001/2015 – Hostels....................................................... 58 
Tabela 11 – Resumo da demanda hoteleira nos meses do Lollapalooza Brasil 2012, 
2013, 2014 e 2015..................................................................................................... 58 
Tabela 12 – Aproveitamento dos Turistas na vida noturna na cidade de São Paulo – 
Lollapalooza 2015..................................................................................................... 59 
Tabela 13 – Avaliação dos Turistas na Cidade de São Paulo – Lollapalooza 2015. 59 
Tabela 14 – Ocupação do público – Lollapalooza 2015........................................... 60 
Tabela 15 – Meio de Tansporte Utilizado para chegar à cidade de São Paulo – 
Lollapalooza 2015..................................................................................................... 61 
Tabela 16 – Passageiros nos Aeroportos em 2012.................................................. 62 
Tabela 17 – Passageiros nos Aeroportos em 2013.................................................. 62 
Tabela 18 – Passageiros nos Aeroportos em 2014.................................................. 63 
Tabela 19 – Resumo da demanda aérea nos meses correspondentes ao 
Lollapalooza Brasil 2012, 2013 e 2014..................................................................... 63 
Tabela 20 – Resumo do perfil do público do Lollapalooza 2013 e 2015................... 65 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
Gráfico 1 – Previsão de consumo até 2019 - Brasil ................................................. 21 
Gráfico 2 – Tipologia dos eventos - 2001................................................................. 36 
Gráfico 3 – Tipologia dos eventos realizados pelas empresas organizadoras – 2013 
...................................................................................................................................36 
Gráfico 4 – Número de eventos por ano, segundo as regiões brasileiras - 2001..... 38 
Gráfico 5 – Número de eventos, segundo as regiões brasileiras – 2013.................. 38 
Gráfico 6 – Âmbito dos eventos realizados nos espaços para eventos no Brasil – 
2013 .......................................................................................................................... 39 
Gráfico 7 – Origem do Público – Lollapalooza 2013................................................. 54 
Gráfico 8 – Cidade de Origem do Público – Lollapalooza 2013................................ 54 
Gráfico 9 – Meios de Hospedagem preferidos pelos turistas – Lollapalooza 2013 
................................................................................................................................... 56 
Gráfico 10 – Faixa etário do público – Lollapalooza 2015........................................ 60 
Gráfico 11 – Principais meios de transporte para São Paulo – Lollapalooza 2013.. 61 
Gráfico 12 – Renda Familiar do público – Lollapalooza 2015................................... 64 
Gráfico 13 – Cronologia Trimestral dos Ciclos de Negócios Brasileiros................... 68 
Gráfico 14 – PIB do Brasil de 1995 a 2014 em US$................................................. 69 
Gráfico 15 – Variação da cotação do dólar de 1995 a 2015..................................... 70 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
ABEOC – Associação Brasileira de Empresas de Eventos 
B2B – Business-to-Business 
CNI - Confederação Nacional da Indústria 
CODACE - Comitê de Datação de Ciclos Econômicos 
IBOPE - Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística 
OIT – Organização Internacional do Trabalho 
PIB – Produto Interno Bruto 
PNAD – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 
POF – Pesquisa de Orçamentos Familiares 
PwC – PricewaterhouseCoopers 
SP Turis – São Paulo Turismo 
SPC – Serviço de Proteção ao Crédito 
TF4 – Time For Fun 
UNCTAD - Programa de Economia Criativa da Conferência das Nações Unidas 
sobre Comércio e Desenvolvimento 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 13 
1. LAZER, ENTRETENIMENTO E CULTURA ........................................................ 14 
1.1. A Influência da Cultura na Economia ................................................................ 15 
1.1.1. A Cultura Brasileira e o Consumo .............................................................. 18 
1.2. A Economia Criativa .......................................................................................... 22 
2. O CONCEITO DE EVENTOS .............................................................................. 25 
2.1. Os Eventos Culturais ......................................................................................... 35 
2.2. Os Eventos Musicais Internacionais .................................................................. 37 
3. O FESTIVAL LOLLAPALOOZA .......................................................................... 43 
3.1. Lollapalooza e Impactos do Festival na Economia ........................................... 53 
3.2. Os Ciclos Econômicos e a Influência no Festival .............................................. 65 
CONCLUSÃO........................................................................................................... 72 
REFERÊNCIAS........................................................................................................ 73 
13 
INTRODUÇÃO 
 
O mercado de eventos além de atribuir valores socioculturais à sociedade e 
permitir ao público o acesso a uma gama de eventos sociais, coorporativos ou de 
entretenimento, contribui para a economia de um país, uma vez que estimula o 
emprego e a renda em vários setores de atividade interrelacionados, o que promove 
o crescimento econômico. Esses ciclos econômicos influenciam diretamente o setor 
de eventos, visto que os ciclos de crescimento estimulam o segmento e os ciclos de 
recessão inibem a economia, causando mudanças de comportamento internas e 
externas entre os agentes, obrigando o setor a se adaptar ao novo cenário. 
O festival musical Lollapalooza trouxe um impacto econômico de R$93 
milhões, em 2015, à cidade de São Paulo, segundo dados levantados pela São 
Paulo Turismo (2015), após o evento no mesmo ano. Em contrapartida, Maria (2015) 
e Rodrigues (2015) divulgaram a notícia de que o festival Lollapalooza sofreu com a 
menor quantidade de público pagante, comparada com as edições anteriores, desde 
2012 no Brasil. 
 De acordo com uma pesquisa do Sebrae Nacional e da Associação Brasileira 
de Empresas de Eventos (Abeoc) apud Crescimento (2014), o mercado de eventos 
movimentou R$59 bilhões no ano de 2013 e gerou um impacto de R$209,2 bilhões 
na economia brasileira, considerando os gastos indiretos. Dados do IBGE, 
referentes ao mesmo ano, enfatizaram o crescimento de 2,3% do PIB do país. 
Porém, esse cenário sofreu modificações no último ano e a economia brasileira vem 
sofrendo uma intensa crise. No ano de 2014, o PIB ficou estagnado em 0,1%, pior 
resultado desde 2009 (ECONOMIA, 2014; SOARES, 2015). 
Diante disso, esta pesquisa será realizada a fim de compreender o mercado 
de shows internacionais em seus aspectos econômicos, através de um estudo do 
festival Lollapalooza, proporcionando conhecimentos devido a sua importância na 
economia brasileira, permitindo a preparação intelectual do profissional de eventos 
para enfrentar o mercado cíclico de shows internacionais, identificando o 
comportamento da organização para contornar situações de adversidade econômica 
no país, além de também serem apresentados o conceito de lazer, entretenimento e 
cultura e suas relações com o ambiente econômico. 
14 
 
1 LAZER, ENTRETENIMENTO E CULTURA 
 
Muito se tem confundido os conceitos de lazer e de entretenimento, bem 
como a relação que eles possuem com a cultura popular. Nota-se que essas 
definições influenciam também a economia comportamental1, visto que vem se 
tornando alvo de estudos devido à curiosidade vinculada ao comportamento humano 
no âmbito econômico. 
Ao tentar traduzir, isoladamente, o significado da palavra lazer, o francês 
Dumazedier (2004, p.34) a define como “[...] um conjunto de ocupações às quais o 
indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, divertir-se, recrear-
se e entreter-se [...] após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, 
familiares e sociais”. Já para Marcellino (2000), o lazer ultrapassa a definição como 
atividade e se torna uma manifestação humana, atuando de forma não isolada, mas 
sim, em outras esferas, como trabalho, escola ou família. 
Para a definição de entretenimento, Trigo (2008, p.32) ressalva que: 
 
A etimologia da palavra entretenimento, de origem latina, vem de inter 
(entre) e tenere (ter). Em inglês a evolução da palavra entertainment 
significa „aquilo que diverte com distração ou recreação‟ e „um espetáculo 
público ou mostra destinada a interessar e divertir‟. Os conceitos referem-se 
sempre às origens latinas da palavra e incorporam a ideia de „ter entre‟. O 
entretenimento nos leva cada vez mais para dentro dele e de nós mesmos. 
Se a arte nos oferecia o ékstasis, que em grego significa „deixar que 
saiamos de nós mesmos‟, talvez para nos dar uma perspectiva, o 
entretenimento, ao nos puxar para dentro, oferece o seu oposto que é a 
negação da perspectiva. Finalmente, segundo os elitistas, enquanto a arte 
trata cada espectador, ouvinte ou leitor, como um indivíduo, provocando 
uma resposta individual à obra, o entretenimento trata as suas plateias 
como massa. 
 
Por sua vez, a cultura,de caráter mais complexo, definida por Edward Tylor, 
no século XIX, dizia que 
 
 
1
 Área de estudo relacionada às finanças comportamentais que usa fatores sociais, cognitivos e 
emocionais para explicar a tomada de decisões econômicas de indivíduos e instituições (CASTILHO, 
2015). 
15 
 
O significado mais simples desse termo afirma que cultura abrange todas as 
realizações materiais e os aspectos espirituais de um povo. Ou seja, em 
outras palavras, cultura é tudo aquilo produzido pela humanidade, seja no 
plano concreto ou no plano imaterial, desde artefatos e objetos até ideais e 
crenças. Cultura é todo complexo de conhecimentos e toda habilidade 
humana empregada socialmente. Além disso, é também todo 
comportamento aprendido, de modo independente da questão biológica. 
(apud SILVA; SILVA, 2006, p.85) 
 
Apesar das palavras lazer e entretenimento, normalmente, serem 
contextualizadas juntas, nota-se, conforme definiram Dumazedier (2004) e Trigo 
(2008), que se tratam de objetos diferentes. Ambas, porém, não só se 
contextualizam com a cultura, como também tem grande importância quando se 
referem à economia, como será demonstrado nos tópicos a seguir. 
 
1.1 A Influência da Cultura na Economia 
 
Como foi apresentado, lazer, entretenimento e cultura juntos tornam-se 
transformadores sociais, mas não apenas isso; eles também são transformadores 
econômicos e exercem influência direta no consumo. 
Durante muito tempo o setor cultural foi ignorado pela teoria econômica. Para 
Smith e Ricardo apud Tolila (2007), os gastos nas artes abarcavam apenas os 
lazeres e não poderiam contribuir para a riqueza das nações, assim, foi preciso 
esperar transformações sociológicas massivas (como o aumento do tempo livre e de 
lazer) para que a cultura tivesse atenção nesse âmbito. 
Bens culturais possuem uma característica curiosa, pois são difíceis de serem 
mensurados, pois o que constitui sua definição, a qualidade artística, se resume a 
uma avaliação subjetiva. O conteúdo artístico de um bem em relação a outro não 
pode ser objeto de uma classificação objetiva nem de uma hierarquização universal. 
“O consumo durante o tempo de lazer pode vir a estar direcionado menos a produtos 
tangíveis e, mais e mais, ao consumo de sensações” (TASCHNER, 2000, p.46). 
O surgimento da indústria cultural movimenta um novo processo de criação 
artística e cultural. As indústrias culturais são caracterizadas por Adorno e 
Horkheimer (1985 apud COSTA et al, 2003, p.2) como 
16 
 
[...] o conjunto de meios de comunicação como, o cinema, o rádio, a 
televisão, os jornais e as revistas, que formam um sistema poderoso para 
gerar lucros e por serem mais acessíveis às massas, exercem um tipo de 
manipulação e controle social, ou seja, ela não só edifica a mercantilização 
da cultura, como também é legitimada pela demanda desses produtos. 
 
Para uma análise mais tangível de lazer, entretenimento e cultura, a Tabela 1 
traz uma amostra de práticas culturais na cidade de São Paulo. 
De acordo com a tabela, ouvir música é a maior prática cultural na cidade, 
dominando 49% da pesquisa, diversamente das aulas de educação adulta, com 
apenas 1,7%. Ouvir música é uma prática que não possui gastos diretos, e nem 
esforços, tornando mais fácil o lazer. Atividades como Ir a shows/concertos musicais 
pagos em casa de espetáculos ficam com 4,6% da pesquisa, pois demandam 
esforço para o público deslocar-se e também é necessária a adesão de ingressos, 
tornando a prática menos frequente. 
A partir da tabela, podemos caracterizar essas atividades das seguintes 
formas apresentadas no Quadro 1: 
 
Quadro 1- Atividades de Lazer e Entretenimento 
LAZER 
Ouvir música; reunir-se com amigos; ler livros; 
praticar algum esporte; ir à praia; fazer palavras 
cruzadas; pintar/desenhar; jogos de mesa/baralho; 
cozinhar; ir a parques; passear fora da cidade; fazer 
crochê; ir a clubes; fazer artesanato; fazer 
jardinagem; aulas de educação adulta; decorar a 
casa; fotografia; tocar algum instrumento musical; 
brincar de karaokê em casa; 
ENTRETENIMENTO 
Ir a shoppings centers; jogar videogames; sair para 
dançar; ir ao cinema; sair para beber/ir a bares; ir a 
restaurantes/sair para jantar; ir à academia de 
ginástica; ir a shows em casas de espetáculos; 
assistir a eventos culturais; ir a shows gratuitos; ir 
as shows pagos ao ar livre; 
Fonte: Elaboração própria a partir de IBOPE (2005-2006) apud Cultura em Números – 
Ministério da Cultura, 2010, p.154 
17 
 
Dessa forma, verificamos que da amostra total das atividades culturais 
comumente praticadas na cidade de São Paulo, 62,5% são atividades de lazer e 
37,5% são atividades de entretenimento. 
A cultura pode ser utilizada para incentivar o desenvolvimento econômico. 
Pesquisas da Organização Internacional do Trabalho (OIT) apresentadas pelo Portal 
Brasil (2013), indicaram uma participação de 7% de bens e serviços culturais no 
Produto Interno Bruto2 (PIB) mundial em 2012. 
 
Tabela 1 – Práticas culturais – São Paulo (em porcentagem) 
 
 
 
Fonte: IBOPE (2005-2006) apud Cultura em Números – Ministério da Cultura, 2010, p.154 
 
2
 PIB: Representa a soma de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região, 
durante um período determinado (DETRAN, 2014) 
18 
 
1.1.1. A cultura brasileira e o consumo 
 
Segundo Costa Filho (2005, p.1) consumir é “[...] a atividade pregada como o 
que pode trazer as satisfações e realizações [...]” ao cliente, e é de extrema 
importância para manter o crescimento econômico no país, tendo em vista todo o 
ciclo econômico que promove, ou seja: antes de ser um consumidor, o indivíduo 
deve ser produtor ou prestador de serviços, e em troca do produto vendido ou 
serviço prestado, ele receberá um pagamento. Após receber o seu pagamento, o 
trabalhador poderá consumir. Logo, 
 
O ato de consumir, por definição, retira de uma economia determinado bem. 
Esse ato não agrega valor, portanto, ao processo de produção: ele é o que 
finaliza esse processo. Se quisermos um crescimento econômico sólido e 
sustentável, cada um de nós deve descobrir as formas mais valiosas de 
servir ao outro e contribuir para o processo de adição de valor e de criação 
de riqueza, antes que possamos tirar ou consumir algo desse processo. O 
consumo é o objetivo, mas é a produção que é o meio. (COELHO, 2013) 
 
Barbosa e Campbell (2006) salientam que nem todos os membros da 
sociedade têm um papel no processo produtivo, ou seja, não produzem qualquer 
tipo de riqueza do ponto de vista econômico, como desempregados, estudantes em 
tempo integral, crianças, adolescentes, aposentados, doentes, entre outros, porém, 
ainda assim, consomem os mais diversos tipos de bens e serviços. 
Para uma análise do perfil do consumidor brasileiro, é importante definir quais 
são as classes presentes no país. Conforme a Tabela 2, elas são divididas entre as 
classes A, B, C, D, e E, sendo a classe A aquela que engloba as pessoas de renda 
mensal mais elevada, ou seja, acima de R$ 11.262,00 e a classe E é aquela que 
considera as pessoas de nível de renda mais baixo, isto é, entre 0 e R$ 1.254,00. 
Entre esses níveis de renda, encontram-se as classes de renda intermediária. 
 
 
 
 
19 
 
Tabela 2 – Classes econômicas definidas pela renda domiciliar total (R$) 
(calculadas com rendimentos familiares per capita): Brasil 
 
* R$, preços de janeiro de 2014 
Fonte: microdados da PNAD e POF/IBGE apud Secretaria de Assuntos Estratégicos (2014, p. 21) 
 
Tabela 3 – Comportamento de consumo em determinadas situações – 
por Classe: Brasil -2013 
 
Fonte: SPC Brasil (2013, p.8) 
 
A Tabela 3 apresenta o comportamento de consumo dos brasileiros em 
determinadas situações, por classe de renda. Ela demonstra a impulsividade de 
consumo, especialmente, das classes C, D e E no ano de 2013. Antes mesmo de 
receber o salário, 69% dos consumidores das classes mencionadas já pensam nos 
gastos para o mês, agindo em muitos casos, sem uma base lógica econômica. Além 
disso, 62% dos brasileiros de rendas C/D/E permaneceram no vermelho por conta 
20 
 
de compras e de gastos com lazer que não precisavam, contra 54% dos 
consumidores das classes A/B. 
Dentro dos principais tipos de gastos efetuados pelos brasileiros em 2013, 
conforme se observa na Tabela 4, as despesas com bens essenciais, como 
alimentação e moradia, são prioridades em todas as classes econômicas. No âmbito 
cultural, como shows, teatros, cinema e outros eventos, a prioridade se assemelha 
entre as classes, sendo 3% para as classes A/B e 4% para as C/D/E. No que se 
refere ao lazer, as classes A/B despendem mais com viagens turísticas nacionais 
(7%) e internacionais (4%) do que as classes C/D/E, cuja gasto é de 2% para 
ambas. 
 
Tabela 4 – Principais gastos dos brasileiros, conforme o nível de renda - 2013 
(respostas múltiplas) 
 
Fonte: SPC Brasil (2013, p.10) 
 
O atual cenário do brasileiro mostra mudanças nos seus hábitos de consumo, 
como aponta uma matéria escrita por Oms e Pupo (2015), em uma pesquisa da 
Confederação Nacional da Indústria (CNI), com uma amostragem de 2.002 
consumidores, distribuídas em 141 municípios do país, mostrando que os brasileiros 
vêm alterando o seu consumo e o seu planejamento financeiro, sendo que 57% dos 
21 
 
entrevistados afirmam já terem mudado de hábitos e outros 21% pretendem muda-
los. 
Essa mudança é mostrada em estudo apresentado por Florsz (2014), a partir 
da pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito3 (SPC) e pelo portal de 
educação financeira “Meu Bolso Feliz”, mostrando que os brasileiros, sendo 47% 
composto por homens (58% das classes A e B e 41% das classes C, D e E) e 53% 
por mulheres (42% das classes A e B e 59% das C, D e E), gastam, em média, 
R$104 por mês com conta de celular e de internet; esse valor supera os gastos com 
moda (R$71), com shows, teatro e cinema (R$96) e com produtos de beleza (R$82). 
Essa pesquisa mostra também que fatores socioeconômicos diferenciam os gastos, 
sendo que as classes A e B costumam gastar mais com lazer e produtos mais caros, 
enquanto as classes C, D e E concentram seus gastos em itens com menor valor, 
como calçados e brinquedos. 
No Gráfico 1 é apresentada uma previsão de consumo até 2019, para o 
Brasil. Enquanto os setores mais prioritários crescerão mais, tais como os produtos 
farmacêuticos (36%) e a alimentação fora de casa (32%), os gastos com férias 
(28%) e com lazer e entretenimento (20%) serão menores. 
 
Gráfico 1 – Previsão de consumo até 2019 - Brasil 
 
Fonte: Mintel
4
 apud G1 ECONOMIA (2015) 
 
3
 SPC: Pertencente à Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) 
4
 Mintel: Fornecedora global e premiada de pesquisa de mercado. 
22 
 
1.2 A economia criativa 
 
A economia criativa e as indústrias criativas são termos, relativamente, 
recentes que vem tomando espaço, nos últimos anos, devido aos novos 
comportamentos sociais. Entretanto, os termos são provenientes das chamadas 
Indústrias Culturais, ou seja, 
 
São uma das raízes da „economia criativa‟ de hoje, mas a origem da 
economia criativa, como se chama normalmente, se deu quando as antigas 
tradições do trabalho cultural e industrial – design, produção, decoração e 
representação – começaram a ter vínculos com uma gama mais ampla de 
atividades produtivas modernas – a publicidade, o design de roupa, o 
desenho gráfico e a mídia de imagens em movimento – e, mais importante 
ainda, quando começaram a ter maior abrangência pelo poder da tecnologia 
digital (NEWBIGIN, 2010, p.13) 
 
A economia criativa mistura valores econômicos e valores culturais, porém, a 
atividade cultural não esteve incluída como um componente da economia durante 
uma parte da história, pois era caracterizada apenas em atividades realizadas após 
o trabalho. 
As indústrias criativas se caracterizam por possuir no seu produto, além do 
valor de troca (preço de venda estabelecido no final, quando chega ao mercado) e 
do valor funcional (forma como será utilizado o produto), a essência cultural que 
pouco ou nada tem a ver com os custos da sua produção ou das suas utilidades, 
como, por exemplo, uma bolsa da moda ou um novo design conceitual. Esse valor 
agregado nem sempre tem valor a longo prazo em virtude da renovação criativa, 
assim como disse o economista Will Hutton apud Newbigin (2010, p.14): “As ideias 
com valor expressivo [...] geram novos pontos de vista, prazeres, experiências; 
constroem conhecimentos, estimulam as emoções e enriquecem nossas vidas.” 
Uma das características da economia criativa é a lei de propriedade 
intelectual, isto é, agente catalisador que converte a atividade criativa em indústria 
criativa e protege o direito de propriedade dos donos sobre as suas ideias. Assim, o 
governo do Reino Unido apud Newbigin (2010, p.15) definiu, no ano 1998, o termo 
propriedade intelectual como “[...] aquelas atividades que têm sua origem na 
23 
 
criatividade, na habilidade e no talento individual, e que potencializam a criação de 
emprego e riqueza através da geração e exploração da propriedade intelectual”. 
Com a internet, a lei de propriedade intelectual se tornou uma preocupação 
devido à facilidade de difusão de ideias, logo, novas estratégias são pensadas a fim 
de que essas ideias tenham sua autoria devidamente reconhecidas. 
Por boa parte da história da humanidade o ingrediente fundamental das 
economias era o suor; na era industrial, tornou-se o capital; agora, na era da 
informação do século XXI, é o talento, a imaginação, a habilidade e o conhecimento, 
ou seja, a criatividade. A qualidade do pensamento criativo é mais importante que o 
custo da mão de obra, tendo em vista que obter bons resultados no processo criativo 
é relativamente difícil. Em seu livro The Creative Economy5, o autor John Howkins 
apud Newbigin (2010, p.16) escreve que “[...] as pessoas possuidoras de ideias são 
mais poderosas do que as pessoas que trabalham com as máquinas e, em muitos 
casos, mais poderosas do que pessoas que são as donas das máquinas”. Segundo 
Newbigin (2010), essas ideias impulsionam a transformação, pois levam a pensar 
além dos limites, tornando-se catalisadoras de mudanças, ou seja, a criatividade 
impulsiona a inovação e a inovação impulsiona as mudanças. 
Nota-se uma mudança de comportamento nas relações de emprego quando 
se trata de processos de manufatura, os quais vem tornando-se mais dependentes 
da tecnologia, por um lado, e cada vez menos dependente de trabalho físico 
humano, por outro lado. Isso faz com que uma proporção crescente da população 
tenha interesse em migrar da mão de obra para empregos de serviços e de 
gerência. Quanto mais as economias crescem e as sociedades se urbanizam, mais 
pessoas se tornam consumidores na economia formal dominante. 
Edna dos Santos, chefe do Programa de Economia Criativa da Conferência 
das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), escreveu: 
Todos os indivíduos do mundo, onde quer que estejam, consomem 
produtos criativos diariamente nos âmbitos da educação, do trabalho, do 
lazer e do entretenimento. Acordamos de manhã e nos vestimos, ouvimos 
música, lemos jornais, assistimos TV e ouvimos a rádio, consumimos 
serviçosdigitais, vamos ao cinema e ao teatro. (apud Newbigin, 2010, p. 17) 
 
 
5
 A Economia Criativa 
24 
 
Ao analisar a questão do consumo na presente sociedade, quanto mais 
pessoas sejam capazes de elevar suas ambições econômicas para além das 
necessidades básicas de alimentação e moradia, mais desejarão consumir bens 
criativos. O novo perfil estimula também a produção de bens e a criatividade fornece 
meios de expressão individual e em grupo de amigos, dissolvendo a ideia tradicional 
de outros setores da economia onde se dividem os profissionais dos amadores. 
Newbigin (2010) cita um estudo recente realizado no Reino Unido que revelou que 
30% dos jovens querem fazer uma universidade no setor criativo, embora só 11% 
consigam, de fato, fazê-lo. 
Muitas indústrias criativas são voltadas para o consumidor, como o cinema, 
as músicas e os jogos, mas, cada vez mais, vem promovendo a inovação e o 
crescimento em outros segmentos da economia das indústrias B2B6, ou seja, do 
comércio de empresas para empresas, satisfazendo suas necessidades por design, 
publicidade e software. 
Segundo a Secretaria da Economia Criativa (apud PORTAL BRASIL, 2013), 
no Ministério da Cultura, o Brasil tem cinco setores criativos: 
 Patrimônio (materiais e imateriais, museus e arquivos); 
 Expressões culturais (artesanato, artes visuais, culturas afro, indígena e 
populares); 
 Artes e espetáculo (dança, música, circo e teatro); 
 Audiovisual, livro e literatura (cinema, vídeo e publicações); 
 Criações funcionais (moda, arquitetura, design e arte digital). 
O valor da criatividade vem crescendo, tornando-se aos poucos, crucial na 
atividade econômica para nos adaptarmos e sobrevivermos como espécie, tendo em 
vista, por exemplo, que recursos naturais do planeta vão se esgotando ao longo dos 
anos. Em contrapartida, algumas indústrias criativas têm impacto no ambiente, 
quando observado, por exemplo, um design excessivo de moda geral e níveis 
desnecessários e de desperdícios de consumo. 
 
6
 B2B: Business-to-Business 
25 
 
2 O CONCEITO DE EVENTOS 
 
O mercado de eventos no Brasil vem ganhando visibilidade e crescendo de 
forma expressiva nos últimos anos, aumentando a sua relevância econômica no que 
se refere à geração de negócios, emprego, renda e impostos. 
A palavra eventos possui diversos sentidos, principalmente, por poder 
exprimir em outras áreas profissionais significados diferentes quanto a sua 
utilização, como se observa a seguir: 
Se iniciarmos a definição pela origem da palavra esta tem seu radical em 
eventum de e-evenire, sendo o resultado de retorno, um movimento, uma 
dinâmica na qual exprime a manifestação de algum tipo de acontecimento 
público ou privado, que para Argano et al (2005) “esta manifestação requer 
uma integração entre sujeito e objeto”, ou seja, o target (público-alvo, 
patrocinadores, apoiadores, fornecedores e outros) é os sujeitos, sendo o 
evento o objeto de ação. (CAMPOS, 2011, p. 9) 
 
Isto é, um evento, como manifestação ou acontecimento, possibilita a 
aproximação entre sujeito e objeto, com base em um objetivo pré-estabelecido, bem 
como relata Zitta (2012, p.23), a qual define eventos como “[...] um acontecimento 
onde se reúnem diversas pessoas com os mesmos objetivos e propósitos sobre uma 
atividade, tema ou assunto”. 
Antes de iniciar o planejamento de qualquer evento, deve-se escolher a 
tipologia que melhor se encaixa com seu objetivo. Dentro das classificações 
existentes por área de interesse, Campos (2011) pontua as seguintes: 
o Sociais: buscam satisfazer os desejos e as necessidades dos 
encontros interpessoais, das celebrações e dos acontecimentos familiares 
nas comemorações de datas temáticas, festivas ou representativas; 
o Culturais: têm por foco o desenvolvimento de ações que 
envolvam os sentimentos, as sensações e as emoções, nas quais grande 
parte das suas manifestações está vinculada às manifestações artísticas; 
o Profissionais: são eventos destinados ao desenvolvimento de 
competências técnicas e comportamentais voltadas à capacitação e à 
formação de pessoas em uma organização ou fora dela, mas podem ser 
26 
 
desenvolvidos também com foco no mercado, gerando visibilidade às 
empresas ou aos produtos; 
o Esportivos: são acontecimentos que envolvem competições 
esportivas no âmbito do rendimento esportivo, em níveis regionais, nacionais 
e internacionais; 
o Gastronomia: eventos que possibilitam o desenvolvimento do 
mercado de alimentos e bebidas, bem como a capacitação de mão-de-obra 
especializada, ou mesmo para interessados na degustação de novos 
sabores, entre outros; 
o Religioso: eventos que acontecem por intermédio da fé, das 
crenças e da religiosidade, podendo estar relacionados às datas religiosas 
específicas, às peregrinações, aos retiros espirituais, às canonizações, entre 
outros; 
o Educacional: são eventos destinados aos públicos estudantis, 
nos quais seus objetivos estão na capacitação e formação profissional futura, 
sendo geradores de informações técnicas-científicas e mercadológicas, 
humanas e filosóficas visando ao desenvolvimento integral do educando; 
o Promocional: eventos que buscam apresentar um produto, 
serviço ou empresa para a sociedade em geral ou a determinados segmentos 
de públicos, nos quais a preocupação está na disseminação de informações, 
na geração de receita por intermédio de vendas, no posicionamento de 
mercado, possibilitando o conhecimento da marca; 
o Político: são ações que se realizam no foco das ideologias 
políticas partidárias por intermédios de comícios, passeatas, carreatas, visitas 
a empreendimentos e pronunciamentos. Também têm relação com eventos 
governamentais de caráter institucional como cerimônias, condecorações, 
premiações, comendas, honras, visitas, protocolos e outros; 
o Network: eventos sociais de relacionamento que se 
desenvolvem em âmbito empresarial, nos quais são proferidos coquetéis, 
rodadas de negócios, brunchs, roadshows, gerando uma rede de contatos; 
27 
 
o Entretenimento: possuem o foco do divertimento, da satisfação, 
do bem-estar e da recreação. 
 
Outras classificações também são importantes na hora de definir um evento, 
como aquelas que envolvem os seguintes itens: 
o Abrangência: eventos internacionais com sede fixa; eventos 
internacionais itinerantes; eventos nacionais com sede fixa; eventos nacionais 
itinerantes; eventos regionais; eventos locais ou eventos virtuais; 
o Data: data fixa; data variável ou data única; 
o Periodicidade: anuais; poli-anuais; semestrais; trimestrais ou 
mensais; 
o Forma de adesão: públicos; privados ou fechados; 
o Porte: pequeno porte; médio porte; grande porte ou mega 
evento; 
o Público-Alvo: público em geral (atende qualquer tipo de público, 
independente de faixa etária, classe social, etnia, etc.); público dirigido 
(específico para um determinado perfil, o qual a especificidade e o interesse 
determinarão a participação), ou público específico (foco em determinada 
área de atuação profissional); 
o Formato: assembleia; brainstorming; brunch; colóquio; concílio; 
conclave; concurso; conferência; congresso; convenção; coquetel; debate; 
desfile; encontro; entrevista coletiva; exposição; feiras; fórum; happy hour; 
jornada; megaevento; mesa-redonda; mostra; oficina/workshop; painel; 
palestra; rodada de negócios; roadshow; salão; semana; showcasing; 
simpósio; vídeo ou teleconferência; visita ou open day; inaugurações; shows; 
lançamentos; sorteios; rodeios; leilões; comícios; jantares, entre outros. 
 
Segundo Matias (2004, p.111 apud COUTINHO, 2010, p. 26), as fases do 
processo de planejamento e organização de eventos são: a) concepção; b) pré-
28 
 
evento; c) trans-evento; e d) pós-evento. Campos (2010 apud Campos, 2011) 
detalha essas fases conforme as Figuras 1 e 2. 
 
Figura 1: Fases, fluxos e processos da gestão de eventos I 
 
Fonte: CAMPOS, 2011, p. 26. 
 
Figura 2: Fases, fluxos e processos da gestão de eventos II 
 
Fonte: CAMPOS, 2011, p. 32 
29 
 
A) Concepção: 
 
O Quadro 1 inicia o processo com a Fase de Concepção e Dimensionamento, 
permitindo identificar as necessidades do evento através de ações como 
brainstorming, gerando como resultado a tipologia do evento. Mapas de recursos 
como briefings fornecem ao gestor a dimensão ou o escopo do evento. A 
determinação do target8 deve mensurar e dimensionar o público-alvo a ser atingido, 
seja ele público em geral, dirigido ou específico. 
 
Quadro 1: Fase de Concepção e Dimensionamento do Evento 
 
Fonte: CAMPOS, 2011, p. 28. 
 
O segundo momento é a Fase de Criação do Produto Evento. Para o 
desenvolvimento do projeto, deve-se refletir sobre o passado, o presente e o futuro, 
pois essa reflexão auxiliará os organizadores e os clientes na compreensão das 
variáveis e das etapas que o evento terá. “Os mapeamentos das necessidades, 
desejos, expectativas, recursos e target são fundamentais para a composição textual 
e para o desenvolvimento orçamentário e financeiro do projeto do evento” 
(CAMPOS, 2011, p. 28). Dessa forma, será apresentado um levantamento de custos 
e uma proposta comercial no Quadro 2, a fim de conquistar o cliente e realizar o 
acordo entre as partes. 
 
 
8
 Alvo, meta ou objetivo. 
30 
 
Quadro 2: Fase de Criação do Produto Evento 
 
 
Fonte: CAMPOS, 2011, p. 29. 
 
B) Pré-Evento: 
Iniciando o pré-evento, a fase de comercialização do evento é o momento de 
captação de recursos para que o evento possa ser alavancado. Essa captação pode 
ser realizada através de patrocínios ou apoios, realizando projetos elaborados e 
adequados às políticas institucionais de marketing, a fim de alcançar os objetivos do 
evento e também das empresas participantes. O Quadro 3 apresenta o passo a 
passo que auxilia esse processo de captação. 
. 
Quadro 3: Fase de Comercialização 
 
Fonte: CAMPOS, 2011, p. 32. 
 
A Fase de Adesão trata-se do reflexo das ações de marketing que 
possibilitam a relação comercial entre o proponente e seu target, seja através de 
31 
 
inscrições, convites, compra direta, entre outros. Essa fase divide-se em duas 
partes, conforme observado no Quadro 4, dada a necessidade de realizar a 
aproximação com seu target, em um primeiro momento, para que se possa realizar a 
fase de inscrições em seguida. 
 
Quadro 4: Fase de Adesão 
 
Fonte: CAMPOS, 2011, p. 32. 
 
A fase pré-produção, apresentada no Quadro 5, é o momento de realizar 
detalhadamente os planos de ações previstos para o evento, que devem conter 
informações referentes aos contratos, às logísticas, ao local do evento, assim como 
às informações úteis da cidade para que sirvam como dados de orientação para a 
equipe de trabalho. Além disso, equipes e materiais devem ser preparados antes da 
montagem do espaço onde o evento será realizado e garantir a execução de todas 
as providências preparatórias necessárias, assegurando as melhores condições 
para a sua realização 
 
 
 
 
32 
 
Quadro 5: Fase de Pré-Produção 
 
Fonte: CAMPOS, 2011, p. 38. 
 
C) Trans-Evento: 
 
O trans-evento é marcado pelo início da execução do evento no local onde 
será realizado. É o momento em que inicia sua alocação ou montagem, que pode 
ser dividida em infraestrutura do evento (espaço, ambientação, som, entre outros) e 
infraestrutura de suporte (transporte, segurança, alimentos e bebidas, entre outros), 
conforme o Quadro 6. 
 
33 
 
Quadro 6: Fase de Produção – Infra estrutura 
 
Fonte: CAMPOS, 2011, p. 40. 
 
A fase seguinte, de serviços profissionais, é quando todos os serviços e 
fornecedores devem estar alinhados aos objetivos, de acordo com a tipologia do 
evento. O Quadro 7 dá uma dimensão das ferramentas necessárias para as 
atividades artísticas, enquanto o Quadro 8 apresenta a mesma dimensão, porém 
para eventos técnico-científicos. 
 
 
 
 
 
 
34 
 
Quadro 7: Fase de Produção – Atividades Artísticas 
 
Fonte: CAMPOS, 2011, p. 41. 
 
Quadro 8: Fase de Produção – Atividades Técnico-Científicas 
 
Fonte: CAMPOS, 2011, p. 42. 
 
35 
 
Durante todo o trans-evento é executado o processo de supervisão e controle, 
a fim de preservar uma plena comunicação entre as equipes e manter todos 
alinhados aos objetivos, às tarefas e aos prazos. 
O processo final de produção do evento é a desmontagem. Nessa fase, todas 
as áreas envolvidas são responsáveis, sendo supervisionada pela equipe de 
produção para que sigam o plano de desmontagem que deve ser previamente 
detalhado no plano de ações. 
 
D) Pós-evento: 
 
Sendo essa uma das fases mais importantes, o pós-evento conta com medidas 
finais e necessárias que servirão de base para relatórios e outras avaliações que 
serão uteis para outras edições do evento. Pendências financeiras também são 
realizadas nessa fase. A etapa de avaliação traz o feedback9 do dia do evento, com 
avaliações de participantes, equipes e análise das expectativas no pré-evento. 
 
2.1 Os eventos Culturais 
 
Além de manifestações artísticas tradicionais, como cinema e teatro, cresce a 
oferta de eventos de cunho cultural. Os Gráficos 2 e 3 dão uma visão desse 
crescimento. Em 2001, os eventos socioculturais correspondiam a 18,6% de todos 
os eventos no país, já em 2013, essa mesma tipologia passou a corresponder a 
40,3% dos eventos. 
 
 
 
 
 
 
9
 Reenvio à origem de informação sobre o resultado de um trabalho efetuado. 
36 
 
Gráfico 2: Tipologia dos eventos - 2001 
 
Fonte: Pesquisa FBC&VB/SEBRAE/CTI – Novembro, 2001 apud II Dimensionamento Econômico da 
Indústria de Eventos no Brasil, 2002, p. 13 
 
Gráfico 3: Tipologia dos eventos realizados pelas empresas organizadoras - 2013 
 
 
Fonte: ABEOC Brasil/Sebrae/Observatório do Turismo-FTH-UFF, 2014 apud II Dimensionamento 
Econômico da Indústria de Eventos no Brasil, 2014, p. 22 
 
 
37 
 
De acordo com Sá e Sá (apud CAMPOS, 2011), os eventos não só exercem 
impacto sobre o meio, como sua dimensão pode interferir na proporção do impacto, 
principalmente em âmbito social, cultural, ambiental, político e econômico. Os 
eventos socioculturais apresentam impactos positivos e negativos, conforme indica o 
Quadro 9. 
 
Quadro 9: Impacto dos eventos no âmbio social e cultural 
 
Fonte: CAMPOS, 2011, p. 14 
 
2.2 Os eventos musicais internacionais 
 
O mercado de eventos se consolida mais a cada ano, conforme a distribuição 
de eventos nas regiões do país demonstrada nos Gráficos 4 e 5. Em 2001, bem 
como em 2013, a região sudeste demandou a maior parte deles visto que tomou a 
primeira posição, com 52% dos eventos, ou seja, no primeiro ano de pesquisa, 
apresentou 168.963 eventos e, em 2013, esse número cresceu para 305.720 
eventos, um considerável aumento de, aproximadamente, 80% em 12 anos. 
 
 
38 
 
Gráfico 4: Número de eventos por ano, segundo as regiões brasileiras - 2001 
 
Fonte: Pesquisa FBC&VB/SEBRAE/CTI - Novembro, 2001 apud I Dimensionamento Econômico da 
Indústria de Eventos no Brasil, 2002,p. 8 
 
Gráfico 5: Número de eventos, segundo as regiões brasileiras - 2013 
 
Fonte: ABEOC Brasil/Sebrae/Observatório do Turismo-FTH-UFF, 2014 apud II Dimensionamento 
Econômico da Indústria de Eventos no Brasil, 2014, p. 7 
 
Ao analisar os eventos internacionais, o Gráfico 6 mostra a sua frequência em 
todo o país. Em 2013, essa modalidade de evento representou apenas 4,4% do total 
de evento realizados no Brasil. 
 
39 
 
Gráfico 6: Âmbito dos eventos realizados nos espaços para eventos no Brasil - 2013 
 
Fonte: ABEOC Brasil/Sebrae/Obsertório do Turismo-FTH-UFF, 2014 apud II Dimensionamento 
Econômico da Indústria de Eventos no Brasil, 2014, p. 19 
 
Entretanto, ao analisar as Figuras 3, 4 e 5 a seguir, observa-se que o número 
de shows internacionais promovidos recentemente na cidade de São Paulo cresceu. 
Em 2012, ocorreram 585 shows agendados e 18 festivais. Em 2013, o número de 
shows reduziu para 580, ao passo que os festivais somaram 19. Já em 2014, o total 
de shows foi de 695, enquanto ocorreram mais 25 festivais. Nos dois últimos anos, 
houve aproximadamente um aumento de 19% na quantidade de shows 
internacionais promovidos na cidade de São Paulo. Em todos os anos, o gênero 
predominante foi o rock e a média do valor dos ingressos caiu de R$196 para 
R$123,73. 
É importante ressaltar que a queda no preço dos ingressos para os eventos 
internacionais observada entre 2012 e 2014, provavelmente, foi motivada pelo 
aumento da oferta de shows externos na capital paulistana no período, uma vez que 
a taxa de câmbio entre o Real e o Dólar subiu de uma média anual de R$1,95 para 
R$ 2,35 nesse intervalo de tempo, conforme o Banco Central (2015). Assim, como a 
desvalorização da taxa de câmbio promove o aumento no custo dos eventos 
internacionais, esse custo adicional não foi repassado para o preço dos ingressos, 
plausivelmente, em virtude do aumento da concorrência interna. A expansão da 
demanda por essa modalidade de eventos também deve ter contribuído para a 
redução do preço dos ingressos. 
40 
 
Figura 3: O mercado de shows internacionais em São Paulo - 2012 
 
Fonte: Rock’in Chair, 2013 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
Figura 4: O mercado de shows internacionais em São Paulo - 2013 
 
Fonte: Rock’in Chair, 2014 
42 
 
Figura 5: O mercado de shows internacionais em São Paulo - 2014 
 
Fonte: Rock’in Chair, 2015 
43 
 
3 O FESTIVAL LOLLAPALOOZA 
 
Fundado por Perry Farrell, nome artístico de Peretz Bernstein, um músico 
norte-americano, o Festival Lollapalooza teve sua primeira edição realizada em 1991 
como parte da turnê de despedida da banda do cantor, chamada Jane’s Addiction. 
O nome Lollapalooza vem de uma frase do século XIX, que significa uma 
extraordinária ou incomum coisa, pessoa, ou evento; um exemplo excepcional 
ou circunstância. Muito tempo depois, o termo passou também a ser o nome de 
um grande pirulito (em inglês lollipop). Farrel gostou do duplo sentido [após ouvi-
la no humorístico “Os três patetas”] e batizou o festival assim. (FERREIRA, 
2013, p.1) 
 
Na Figura 6 a seguir, encontra-se o primeiro cartaz de divulgação do Festival 
Lollapalooza ocorrido em no início dos anos 1991. 
 
Figura 6: Primeiro cartaz do Lollapalooza em 1991. 
 
Fonte: EGO – Portal Globo, 2015 
44 
 
De 1991 a 1997, o festival percorreu várias cidades da América do Norte, 
ajudando a dar visibilidade a grandes bandas da época. Após esse último ano, os 
organizadores decidiram encerrar as atividades. Especulava-se, na época, que um dos 
motivos seria o fato de não se encontrarem mais nomes que representassem a ideia de 
paz e de harmonia musical do festival. A Figura 7 apresenta o palco da edição de 1996 
do Lollapalooza. 
 
Figura 7: Palco principal da edição de 1996 do festival Lollapalooza 
 
Fonte: Lolla News, 2013, p.1 
 
Anos mais tarde, em 2003, Perry Farrel e o Jane´s Addiction voltaram a se 
apresentar em uma turnê no Lollapalooza. Ambos passaram por 30 cidades pela 
América do Norte entre julho e agosto daquele ano, porém com um público menor, o que 
provocou o aumento no valor dos ingressos, a fim de cobrir os custos do evento e 
proporcionar rentabilidade aos organizadores. No ano seguinte, o festival havia 
planejado permanecer dois dias de permanência nas cidades em que faria show, porém 
a turnê foi novamente cancelada devido à baixa venda de ingressos para aquela edição 
(FERREIRA, 2013). 
Após esses fatos negativos, Farrel consolidou uma parceria com a Capital Sports 
& Entertainment (atual C3 Presents) para produzir o evento. Em 2005, o Lollapalooza se 
45 
 
fixou no Grant Park, em Chicago. Com um fim de semana de atração e uma maior 
variedade de artistas, o evento tornou-se um sucesso. (FERREIRA, 2013) 
Em 2011, foi anunciada a estreia internacional do festival na América do Sul 
(Chile) e, no ano seguinte, o evento se estabeleceu no Brasil, por meio da organização 
Geo Eventos. O local escolhido para o Lollapalooza 2012 foi o Jockey Club, em São 
Paulo. Apesar de uma boa escolha, devido à proximidade com o centro da cidade e ao 
fato do espaço apresentar áreas com muita grama, o local excedeu sua capacidade 
máxima de lotação (de 60 mil pessoas) já no primeiro dia de festival, alcançando um 
público de cerca de 75 mil pessoas. Os dois dias do evento somaram 135 mil 
pessoas. (LEE; TAVARES, 2012). A Figura 8 apresenta o mapa do Jockey Club, 
onde ocorreu a edição de 2012 do festival no Brasil. 
 
Figura 8: Mapa do Jockey Club - Lollapalooza Brasil 2012 
 
Fonte: G1 POP & ARTE, 2011, p.1 
46 
 
A primeira edição do festival no Brasil, realizada nos dias 7 e 8 de abril de 
2012, acertou em muitos pontos, como o horário: todos os shows 
terminaram pontualmente; mas perdeu no quesito de serviços correlacionados ao 
festival, tais como: a variedade da comida vendida no espaço, o número de 
banheiros, a disponibilidade de transporte para o evento, o trânsito para se chegar 
ao festival, a qualidade do som e o preço dos ingressos, por exemplo. (JABUR, 
2012). O preço do ingressos variou entre R$150 (meia-entrada) e R$500, valor para 
os dois dias de evento. 
A expectativa da estreia do Lollapalooza no Brasil veio com a 
responsabilidade de se fazer jus aos seus 20 anos de história, visto que é um dos 
principais festivais de música do mundo. A Feeling Eventos (2012), empresa 
montadora de infraestruturas para eventos de entretenimento, disponibilizou os 
dados referentes à montagem do festival, como são mostrados na Figura 9. 
Levaram-se, em média, 40 dias para se finalizar a montagem dos palcos: 
 Cidade Jardim: recebeu o Foo Fighters e o Arctic Monkeys e intercalou 
suas atrações com os shows do palco Butantã; 
 Alternativo: reuniu apenas artistas nacionais; 
 Perry: recebeu atrações eletrônicas e de hip-hop; e 
 Kidzpalooza: espaço para atrações infantis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
Figura 9: Dados da montagem do Festival – Lollapalooza 2012 
 
Fonte: Feeliing Eventos, 2012, p.1 
48 
 
O Lollapalooza 2013, ainda sob organização da Geo Eventos, foi realizado 
em três dias, 29, 30 e 31 de março, também no Jockey Club, com um total de mais 
de 85 horas de música e cerca de 80 atrações. Os destaques da edição foram: Pearl 
Jam, Franz Ferdinand e The Killers. 
A edição de 2013 não conseguiu esgotar os ingressos disponibilizados para 
venda, porém alcançou a marca de 167 mil pessoas nos três dias de evento (VEJA 
SÃO PAULO, 2014). O ticket na modalidade Lolla Day saía por R$350 ou por R$175 
a meia-entrada, já o Lolla Pass chegava a R$990 a inteirae a R$495 a meia-entrada 
(FERREIRA; BIANCA, 2013). No entanto, o Lollapalooza se consolidou como um 
evento de potencial turístico para a cidade de São Paulo, apesar do custo elevado 
para a entrada no festival. 
O planejamento do Lollapalooza 2014 iniciou-se com a empresa Time For 
Fun (T4F), assumindo sua produção. Segundo o portal da Veja Entretenimento 
(2013), a Geo Eventos passou a se dedicar mais aos eventos ligados à Rede Globo, 
entregando assim, a gestão do festival à Time For Fun, que assinou um contrato de 
5 anos para comandar o evento no Brasil. Com a mudança de gestão, o festival 
passou a ser realizado no Autódromo de Interlagos. Na Figura 10, encontra-se o 
mapa do Lollapalooza realizado no Autódromo de Interlagos em 2014. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
 
Figura 10: Mapa do Autódromo de Interlagos - Lollapalooza Brasil 2014 
 
Fonte: Lollpalooza Brasil, 2013, p.1 
Essa mudança de espaço para a realização do festival visava sanar o 
problema de vazamento de som entre os palcos que ocorria no Jockey Club, além 
disso, buscava-se expandir a área de 120 mil para 600 mil metros quadrados, 
aumentando a expectativa de atrair um público de 70 mil pessoas ao evento em 
cada dia. Entretanto, a partir dessa mudança, surgiu um novo problema: a distância 
entre os palcos levava o participante a realizar uma caminha de 20 a 30 minutos, 
dificuldade que ainda não foi solucionada pelos seus organizadores. (TOLEDO, 
2014) 
Realizado nos dias 5 e 6 de abril de 2014, o valor dos ingressos variaram de 
R$150 a R$540 a inteira e R$270 a meia-entrada de (G1 MUSICA, 2013). O evento 
contou com mais de 54 horas ininterruptas de música sendo mais de 50 atrações 
musicais. A expectativa do evento que era de atingir 140 mil pessoas nos dois dias do 
evento foi superada e alcançou cerca de 150 mil, conforme mostra o balanço final na 
Figura 11. 
A montagem do evento e desmontagem durou cerca de 30 dias e necessitou de 
uma mão-de-obra de mais de 1.5 mil pessoas. Além dessas, mais 5 mil pessoas 
50 
 
trabalharam na produção, com serviços em geral (bares, ambulantes, seguranças, entre 
outros). 
Figura 11: Balanço Final – Lollapalooza 2014 
 
Fonte: Lollapalooza Brasil, 2014, p.1 
 
Outra grande movimentação financeira foi medida através do número de 
produtos que consolidaram a marca Lollapalooza no Brasil, cujo volume atingiu mais 
de 11 mil itens vendidos. 
Referente ao quesito de sustentabilidade, a edição de 2014 arrecadou cerca 
de 12 toneladas de lixo reciclável. Houve também uma maior preocupação com os 
transportes públicos que dão acesso ao evento, tendo em vista que mais de 48 mil 
pessoas chegaram ao Autódromo de Interlagos de trem, enquanto mais de 54 mil 
pessoas retornaram para as suas casas pelo mesmo modal. 
O Lollapalooza 2015, realizado nos dias 12 e 13 de setembro no Autódromo 
de Interlagos, não só contou com um público de mais de 65 mil pessoas em cada dia 
do evento, como ofereceu mais de 50 atrações. Além dos shows, o conceito de 
parque de diversões, ao poucos, está sendo adotado pelo festival para cativar, ainda 
mais, os visitantes do festival, visto que uma micro montanha russa e uma pista de 
51 
 
patinação coberta foram instaladas para entreter o público, como se observa na 
Figura 12. 
Figura 12: Montanha russa e vista de fora da Pista de Patinação 
no Lollapalooza 2015 
 
Fonte: O Estado de São Paulo, 2015, p.1 
 
De acordo com a São Paulo Turismo (2015, p.1), outro dado relevante sobre o 
Lollapalooza foi a aprovação de 85,3% do público em relação ao local do evento. "O 
sucesso de organização do Lollapalooza se dá, em parte, porque o Autódromo se 
mostrou o lugar ideal: tem espaço amplo e facilidade de acesso, com uma estação 
de trem a poucos metros dali", disse o ex-presidente da São Paulo Turismo (SP 
Turis), Wilson Poit. A Figura 13 mostra a vista panorâmica do público do festival na 
edição de 2015. 
 
Figura 13: Vista Panorâmica do Lollapalooza 2015 
 
Fonte: MENEZES, 2015, p1. 
52 
 
A T4F, empresa organizadora do evento, manteve o Autódromo de Interlagos 
para sediar o Lollapalooza 2016. O evento, que será realizado nos dias 12 e 13 de 
março, possui uma programação que não traz somente rock, mas também bandas 
dos demais gêneros musicais, tais como o rap e o hip-hop. Cada ingresso para um 
dia de festival custa R$420 a inteira, enquanto os convites Lolla Pass, que já estão 
no terceiro lote de vendas, custam R$800 o valor inteiro. 
A Tabela 6 apresenta a síntese das edições de 2012 a 2016 do Lollapalooza 
no Brasil, a fim de apresentar a evolução do evento. 
 
Tabela 6: Dados resumidos – Lollapalooza 2012, 2013, 2014, 2015 e 2016 
 
Lollapalooza Brasil 2012 Lollapalooza Brasil 2013 
Data 7 e 8 de Abril 29, 30 e 31 de Março 
Valor do ingresso* 
Lolla Day: R$150/R$300 Lolla Day: R$175/R$350 
Lolla Pass: R$500 Lolla Pass: R$495/R$900 
Público 135 mil pessoas 167 mil pessoas 
Local Jockey Club Jockey Club 
Realização Geo Eventos Geo Eventos 
 
 
Lollapalooza Brasil 2014 Lollapalooza Brasil 2015 
Data 5 e 6 de abril 28 e 29 de Março 
Valor do ingresso* 
Lolla Day: R$175/R$350 Lolla Day: R$190/R$380 
Lolla Pass: R$270/R$540 Lolla Pass: R$330/R$660 
Público 150 mil pessoas 136 mil pessoas 
Local Autódromo de Interlagos Autódromo de Interlagos 
Realização Time For Fun Time For Fun 
 
 
Lollapalooza Brasil 2016 
 Data 12 e 13 de março 
 
Valor do ingresso* 
Lolla Day: R$ 210/R$ 420 
 Lolla Pass: R$ 400/R$ 800 
 Público 
 Local Autódromo de Interlagos 
 Realização Time For Fun 
 
*Valores referentes ao segundo ou terceiro lote 
Fonte: Elaboração própria a partir LEE; TAVARES, 2012; JABUR, 2012; FERREIRA; BIANCA, 2013; 
MENEZES, 2015; G1 MUSICA, 2013; VEJA SÃO PAULO, 2014 
53 
 
3.1 Lollapalooza e os impactos na economia 
 
O Brasil tornou-se o segundo maior país no ranking de mercado de shows, na 
América Latina, que sediam eventos nacionais e internacionais. Segundo Gardênia 
Rogatto, especialista em entretenimento da consultoria PwC Brasil10 (apud LAVOR, 
2014) existe uma estimativa que o mercado de shows, que em 2013 gerou R$ 357 
milhões no país, pode passar para R$ 496 milhões em 2018. 
A cada grande evento musical promovido no mercado interno, brasileiros se 
deslocam pelo país e movimentam hotéis e pousadas, bares e restaurantes, além do 
serviço de transporte aéreo ou rodoviário das cidades que os recebem. O Gráfico 7 
indica que o maior público do Lollapalooza provém da região sudeste, com 76,2% do 
total, sendo 57,3% oriundos do estado de São Paulo. Em comparação com Tabela 
7, nota-se que houve um aumento do público paulista no evento, cujo número de 
ouvintes passou a corresponder a 70,9% das pessoas presentes no festival. 
Ademais, ao analisar o público turista, na edição de 2013, as demais cidades do 
Brasil somavam 58% (Gráfico 8), enquanto, em 2015, os visitantes de outras 
localidades do país passaram a corresponder 52% do público. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10
 O termo “PwC” refere-se à rede (network) de firmas membro da PricewaterhouseCoopers (PWC, 
2015) 
54 
 
Gráfico 7: Origem do Público – Lollapalooza 2013 
 
Fonte: Geo Eventos/São Paulo Turismo, 2013, p.1 
 
Gráfico 8: Cidade de Origem do Público – Lollapalooza 2013 
 
Fonte: Geo Eventos/São Paulo Turismo, 2013,p.1 
 
 
 
55 
 
Tabela 7: Estado e cidade de residência do público – Lollapalooza 2015 
 
Fonte: Observatório do Turismo e Eventos da Cidade de São Paulo, 2015, p.2 
 
Apesar da queda de 6pontos percentuais de turistas advindos de outras 
cidades do Brasil, no período de 2013 para 2015 para o Lollapalooza, segundo a SP 
Turis (2014), enquanto o turismo gerado com o evento movimentou mais de R$58 
milhões em 2013, esse público foi responsável por R$93 milhões em movimentação 
econômica no festival no ano de 2015. 
Esse crescimento na movimentação financeira se deve ao novo perfil do 
turista frequentador do evento, que está disposto a gastar e a aproveitar mais 
durante o evento. Em 2013, o gasto médio do turista era de R$600, incluindo 
hospedagem, alimentação, transporte e compras pessoais em uma permanência 
média de 2,3 dias na cidade de São Paulo. Em 2015, manteve-se o mesmo período 
médio de permanência, porém o gasto médio subiu para R$1.659. 
A SP Turis (2013) diz que houve um impacto de 60,2% na hotelaria por conta 
da realização do evento, sendo 132 hotéis consultados nas regiões de Pinheiros, 
Morumbi, Itaim, Jardim Paulista, Bela Vista e Moema. Os principais meios de 
hospedagem escolhidos pelos turistas foram Hotel ou Flat, dado que se mantém 
semelhante quando se compara a região metropolitana de São Paulo em 2013 
(33,8%) e a cidade de São Paulo em 2015 (32,2%). Entretanto, o número de 
56 
 
pessoas que fizeram “bate-volta” subiu 6,2% no período analisado. O Gráfico 9 e a 
Tabela 8 mostram as informações sobre a hospedagem do público que freqüentou 
as edições de 2013 e de 2015 do Lollapalooza no Brasil. 
 
Gráfico 9: Meios de Hospedagem preferidos pelos turistas – Lollapalooza 2013 
 
Fonte: Geo Evento/São Paulo Turismo, 2013, p.1. 
 
Tabela 8: Local de hospedagem do público – Lollapalooza 2015 
 
Fonte: Observatório do Turismo e Eventos da Cidade de São Paulo, 2015, p.3 
57 
 
Na Tabela 9 e na Tabela 10 estão circulados, em vermelho, os meses 
correspondentes ao evento Lollapalooza. Na categoria hotéis, notam-se aumentos 
significativos da ocupação na rede hoteleira nos meses que correspondem aos 
eventos em comparação mês anterior. Na edição de 2013, o mês de abril teve um 
aumento de 20,55% com relação ao mês de março; em 2014, o mês de março teve 
um aumento de 4,9% com relação a fevereiro; e no ano de 2015 o aumento foi de 
25,54% a mais de ocupação com relação ao mês anterior. Na rede de hostels, por 
sua vez, verifica-se, através do Gráfico 13 e da Tabela 8, uma menor porcentagem 
de pessoas ocupadas. Considerando os meses do evento, nas Tabelas 9 e 10 pode 
ser visto que esse tipo de hospedagem só iniciou um aumento a partir do ano de 
2014, com 12,25% em abril em relação ao mês de março do mesmo ano, em 
seguida, em 2015, houve um aumento de 32,89% no mês de março com relação ao 
mês de fevereiro. Essas informações podem ser vistas com mais clareza na Tabela 
11. 
 
Tabela 9: Desempenho 2005/2015 - Hotéis 
 
Fonte: Observatório do Turismo da Cidade São Paulo – Desempenho dos Meios de 
Hospedagem de São Paulo, 2015, p.1 
 
 
 
58 
 
Tabela 10: Desempenho 2011/2015 – Hostels 
 
Fonte: Observatório do Turismo da Cidade de São Paulo – Desempenho dos Meios de 
Hospedagem de São Paulo, 2015, p.3 
 
Tabela 11: Resumo da demanda hoteleira nos meses 
do Lollapalooza Brasil 2012, 2013, 2014 e 2015 
 
Fonte: Elaboração própria a partir do Observatório do Turismo da Cidade São Paulo – Desempenho 
dos Meios de Hospedagem de São Paulo, 2015, p.1 
 
Além da procura de hotéis para estadia durante o período do festival, pelo 
público do Lollapalooza que não é do município de São Paulo, muitos turistas 
aproveitaram que estavam fora de suas cidades de origem para aproveitar outras 
formas de entretenimento na capital paulista. A Tabela 12 apresenta que 73,2% do 
público do Lollapalooza de 2015 aproveitaram a vida noturna na cidade de São 
Paulo. A partir dessa informação, a capital do estado foi avaliada pelos turistas do 
festival em três categorias, de acordo com a Tabela 13. Assim, nota-se que 86,4% 
59 
 
dos entrevistados consideraram a cidade de São Paulo como um local onde há boas 
opções de baladas, enquanto 74,8% a reconheceram como um lugar onde se pode 
fazer turismo. 
 
Tabela 12: Aproveitamento dos Turistas na vida noturna na 
cidade de São Paulo – Lollapalooza 2015 
 
Fonte: Observatório do Turismo e Eventos da Cidade de São Paulo, 2015, p.3 
 
Tabela 13: Avaliação dos Turistas na Cidade de São Paulo – Lollapalooza 2015 
 
Fonte: Observatório do Turismo e Eventos da Cidade de São Paulo, 2015, p.3 
 
Esses números positivos se devem, principalmente, pelo perfil do público do 
evento, uma vez que o Lollapalooza possui um forte apelo com o público jovem, 
como se observa no Gráfico 10, onde é exposto o resultado da pesquisa realizada 
no evento de 2015. Nota-se que os jovens de 18 a 21 eram a maioria, ao 
representarem 40% do público do festival, enquanto as pessoas com 45 anos ou 
mais preencheram apenas 4,7% do evento. Em relação à ocupação, apresentada na 
Tabela 14, 36,9% possuíam curso superior incompleto, ao passo que 36% já 
possuíam graduação completa. 
60 
 
Gráfico 10: Faixa etário do público – Lollapalooza 2015 
 
Fonte: Observatório do Turismo e Eventos da Cidade de São Paulo, 2015, p.1 
 
Tabela 14: Ocupação do público – Lollapalooza 2015 
 
Fonte: Observatório do Turismo e Eventos da Cidade de São Paulo, 2015, p.2 
 
Sobre os principais meios de transporte utilizados pelo público de fora para se 
deslocar para São Paulo, nota-se tanto no evento de 2013 quanto no festival de 
2015, conforme o Gráfico 11 e a Tabela 15, que foi dada prioridade para o transporte 
aéreo, cujo peso relativo correspondeu a 45,5% e a 42,6%, respectivamente, dos 
modais usados no período. Em segundo lugar, o carro teve preferência na escolha 
do transporte do público, cujo aumento foi de 27,08% entre 2013 e 2015. 
61 
 
Gráfico 11: Principais meios de transporte para São Paulo – Lollapalooza 2013 
 
Fonte: Geo Evento/São Paulo Turismo, 2013, p.1. 
 
Tabela 15: Meio de Tansporte Utilizado para chegar 
à cidade de São Paulo – Lollapalooza 2015 
 
Fonte: Observatório do Turismo e Eventos da Cidade de São Paulo, 2015, p.3 
 
Analisando isoladamente o setor de transporte aéreo, as Tabelas 16, 17 e 18 
apresentam uma marcação no mês em que o Lollapalooza foi realizado no 
respectivo ano. Em todos os anos do festival, a demanda por transporte aéreo, 
dentro do mês correspondente ao evento, aumentou nos aeroportos de Congonhas 
e de Guarulhos, em relação aos meses precedentes. 
 
62 
 
Tabela 16: Passageiros nos Aeroportos em 2012 
 
Fonte: Observatório do Turismo da Cidade de São Paulo – Anuário Estatístico 2013, p. 5 
 
Tabela 17: Passageiros nos Aeroportos em 2013 
 
Fonte: Observatório do Turismo da Cidade de São Paulo – Anuário Estatístico, 2014, p. 5 
 
 
 
 
 
 
 
63 
 
Tabela 18: Passageiros nos Aeroportos em 2014 
 
Fonte: Observatório do Turismo da Cidade de São Paulo – Anuário Estatístico, 2015, p. 7 
 
A tabela 19 apresenta a relação do aumento do movimento de passageiros, 
nos aeroportos de São Paulo, nos meses em que ocorreu o festival Lollapalooza 
entre 2012 e 2014. Assim, acredita-se que o Lollapalooza é importante para diminuir 
a sazonalidade nos aeroportos da capital. 
 
Tabela 19: Resumo da demanda aérea nos meses correspondentes ao 
Lollapalooza Brasil 2012, 2013 e 2014 
 
Fonte: Elaboração própria a partir do Observatório do Turismo da Cidade de São Paulo – Anuário 
Estatístico, 2015, p. 7; Anuário Estatístico, 2014, p. 5; Anuário Estatístico, 2013, p. 5 
 
Vale observar que o ano de 2013 teve um dos maiores aumentos na 
demanda aérea dentrodas datas do evento, bem como houve uma expansão de 
20,55% na procura por hotéis no mesmo período de 2013. Neste ano, 
64 
 
especificamente, o Lollapalooza teve uma duração de 3 dias e atingiu o seu maior 
público, com 167 mil pessoas. 
. 
Grafico 12: Renda Familiar do público – Lollapalooza 2015 
 
Fonte: Observatório do Turismo e Eventos da Cidade de São Paulo, 2015, p.2 
 
O Gráfico 12 aponta a renda familiar predominante do público do Lollapaloza 
Brasil: enquanto verifica-se uma maior participação na faixa de 5 a 10 salários 
mínimos (R$3.941 a R$7.880) em 2015; a predominância foi de 10 a 15 salários 
mínimos (R$6.501 a R$9.750) em 2013. Devido ao alto preço dos ingressos para 
entrada no festival, como foi apresentado anteriormente, as classes D e E são as 
menos presentes no evento, já que a prioridade delas é o suprimento das 
necessidades básicas, em primeiro lugar, deixando o entretenimento em segundo 
plano. Dessa forma, as classes C e B somam 42,9% do público do evento, bem 
como estudantes universitários, devido à disponibilidade de meia-entrada. 
 
 
 
 
 
65 
 
Tabela 20: Resumo do perfil do público do Lollapalooza 2013 e 2015 
 
Lollapalooza Brasil 2013 Lollapalooza Brasil 2015 
Questionários 1.601 1.011 
Gênero 5,7% Masculino 55,3% Masculino 
Ocupação 40,5% Superior Incompleto 36,9% Superior Incompleto 
Faixa Etária 36,1% 20 a 24 anos 40% 18 a 21 anos 
Renda Mensal Média 22,9% de 10 a 15 SM* 23,5% 5 a 10 SM** 
Hotel/Flat 33,80% 32,20% 
Casa de Amigos/Parentes 29,70% 22,90% 
Gasto Médio na Viagem R$ 600 R$ 1.659 
Pernoite 2,3 dias 2,3 dias 
Visitantes 64,30% 52% 
Residentes 35,70% 48% 
Gastos no Evento R$ 109 R$ 136 
* SM – Salário Mínimo Vigente em 2013: R$650 ** SM – Salário Mínimo Vigente em 2015: R$788 
Fonte: Elaboração própria a partir de Lollapalloza Brasil 2013: Perfil do Público do Evento, 2013 e de 
Lollapalloza Brasil 2015: Perfil do Público do Evento 
 
A Tabela 20 apresenta um resumo do perfil do público do Lollapalooza Brasil 
nas edições de 2013 e 2015. Comparando as duas edições, nota-se um aumento 
dos valores dos ingressos, desprivilegiando os grupos detentores de menos renda. 
Dessa maneira, o número de expectadores também vem diminuindo. Entretanto, o 
público turista tornou-se o mais assíduo no consumo, tornando-se um dos maiores 
responsáveis pela em movimentação econômica com gastos na cidade. 
 
3.2 Os ciclos econômicos e a influência no festival 
 
Ciclos econômicos são momentos pelos quais uma economia passa e que 
surgem no processo de desenvolvimento do mercado. O crescimento ou o declínio 
econômico acompanham as flutuações periódicas da atividade econômica, como 
uma onda, que apresentam uma alternância entre a prosperidade e a recessão nos 
volumes de produção, investimentos, níveis de renda, preços, taxa de desemprego, 
taxas de juros, cotização de títulos financeiros e outras variáveis econômicas. 
66 
 
(ROBOFOREX, 2015). Como pode ser visto na Figura 14, há momentos de alta e de 
baixa durante os ciclos econômicos. Esses movimentos alternados são divididos da 
seguinte forma, conforme Neto (2012): 
 
 Recessão: é um período contínuo de declínio do produto (Contração), do 
rendimento e do emprego gerados na economia; normalmente ele ocorre, no 
mínimo, em 6 meses. Este é o período em que se diminui o volume da 
produção e da atividade empresarial; 
 Depressão ou Contração: é uma recessão importante, isto é, o ponto baixo ao 
qual caem a produção e a percentagem de pessoas empregadas; 
 Expansão: é a fase que compreende o período de Baixa até o Pico da 
atividade econômica de um país; 
 Recuperação ou Retomada: ocorre após se chegar ao ponto mais baixo da 
depressão e se caracteriza pelo aumento da produção e da diminuição da 
taxa de desemprego; 
 Pico ou Boom: ponto máximo do ciclo, onde marca o final da expansão e o 
início da recessão. Nele, a taxa de desemprego atinge o nível mínimo, a 
economia opera potencialmente e todos os recursos de trabalho e de capital 
disponíveis no país estão alinhados com a produção; 
 Baixa ou Trough, ponto mínimo do ciclo, marca o final da recessão e o início 
da expansão. 
 
 
 
 
 
 
 
67 
 
Figura 14: Ciclo econômico 
 
Fonte: NETO, 2012, p.1 
 
A economia brasileira passou por diversas fases, no nível de atividade 
econômica, desde a sua colonização. Foram momentos de dificuldades, como a 
crise de 192910, afetando diretamente a economia cafeeira; também ocorreram 
momentos de novidades, como as ações realizadas pelo ex-presidente Getúlio 
Vargas, introduzindo as leis trabalhistas, organizando a estrutura dos sindicatos e 
aumentando a participação da indústria na composição do PIB brasileiro. [SILVA, 
201?] 
Atualmente, o Brasil vem enfrentando um momento de “recessão técnica” 
devido ao recuo de 1,9% do PIB no 2º trimestre de 2015. O que contribuiu para esse 
desempenho negativo da economia nacional foi a queda dos investimentos (-8,1%) e 
do consumo das famílias (-2,1%), o que promoveu a contração dos setores industrial 
(-4,3%), agropecuário (-2,7%) e de serviços (-0,7%). Em contrapartida, o consumo 
do governo registrou alta de 0,7%. (G1 ECONOMIA, 2015). 
 
10
 Crise da economia norte-americana com a quebra da Bolsa de Valores de Nova York (DOURADO, 
2008) 
68 
 
O Gráfico 13 apresenta a evolução do PIB Trimestral dos ciclos de negócios 
realizados no Brasil, entre 1980 e 2015, que se refere às flutuações no nível de 
produção, de investimento e de emprego. 
 
Gráfico 13: Cronologia Trimestral dos Ciclos de Negócios Brasileiros* 
 
Fonte: Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (CODACE), 2015, p..2 
 
Nota-se que a duração da expansão de 2009-2014 foi semelhante à anterior, 
ocorrida entre o primeiro trimestre de 2003 e o primeiro trimestre de 2008, porém em 
um nível mais elevado no volume dos ciclos de negócios. Ademais, foi no primeiro 
trimestre de 2014 em que se manifestaram os primeiros indícios do atual período 
recessivo. “Eventos recessivos podem ter extensões e amplitudes diferentes em 
cada ciclo, a depender de suas motivações e das condições macroeconômicas 
internas e externas ao país, que possibilitem a retomada de uma fase de expansão” 
(CODACE, 2015, p.2) 
Já o Gráfico 14 apresenta a evolução do PIB brasileiro de 1995 a 2014. Nota-
se um período de recessão no país desde 2011. 
 
69 
 
Gráfico 14: PIB do Brasil de 1995 a 2014 em US$ 
 
Fonte: Banco Mundial, 2015, p.1 
 
Vale ressaltar que a Petrobrás tem efeito direto sobre o PIB brasileiro. Em 
2008, a estatal enfrentou uma crise que promoveu a redução do valor de suas ações 
em 68,8% em 132 dias. Em 2014, esse número foi de 67,7% em 90 dias (BARRA, 
2015). Nesses dois períodos de contração do valor das ações da Petrobrás, o Brasil 
enfrentou, ao menos, uma recessão técnica. Desse modo, verifica-se a importância 
das atividades de petróleo e gás para o país, uma vez que elas movimentam uma 
extensão cadeia de valor no mercado interno e externo. Em compensação, de 
acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Eventos - ABEOC (2014), o 
mercado de eventos não só movimentou cerca de R$ 209,2 bilhões em 2013, bem 
como contribuiu com 4,32% do PIB da economia brasileira no mesmo ano. 
Para eventos de cunho internacional, como o Lollapalooza, o cenário não é 
tão agradável. Na transição de 2012 para 2013, os produtores de shows no Brasil 
sofreram para custear as despesas de trazer artistas internacionais ao país. Um dos 
fatores que influenciam o mercado de eventos e causam flutuações econômicas é a 
altado dólar, ou seja, a desvalorização da moeda nacional. Essa alta também afeta 
a vida das pessoas comuns porque eleva inflação11, visto que muitos dos produtos 
que consumimos ou são importados, ou têm matéria prima comprada no mercado 
 
11
 Conceito econômico que representa o aumento persistente e generalizado do preço de produtos 
em um país ou região durante um período definido de tempo (O ECONOMISTA, 2009). 
70 
 
externo. Além disso, importar um produto torna-se caro, logo, os produtos nacionais 
acabam também sofrendo um reajuste. Assim, os aumentos de custos na economia 
são invariavelmente repassados para o consumidor, reduzindo seu poder de 
compra. (CAMARGO, 2015). O Gráfico 15 mostra a variação do dólar em 20 anos. 
Em 1995, o dólar podia ser comprado a R$1, a preços da época. “Em termos reais, 
esse R$1 de 1995 equivale a R$4 de 2015. Isso quer dizer que o dólar valia em 
1995 o mesmo que R$4 valem em 2015” (VENTURA, 2015, p.1) 
 
Gráfico 15: Variação da cotação do dólar de 1995 a 2015 
 
Fonte: VENTURA, 2015, p.1 
 
A concorrência no setor de eventos também é afetada pelas oscilações da 
taxa de câmbio. Conforme visto no Gráfico 6, presente no capítulo 2.1 que trata dos 
eventos musicais internacionais, os eventos de cunho internacional realizadas no 
Brasil representam apenas 4,4% dos eventos. Um dos motivos para a pouca 
concorrência desses eventos musicais com artistas internacionais – em comparação 
ao mercado de eventos nacionais – é a variação da relação do dólar com o real. 
Esse número pode ser justificado pela dificuldade de se trabalhar com os 
orçamentos mensurados em moeda estrangeira, tendo em vista que, principalmente 
no mercado de shows, não só o valor aplicado na realização dos eventos, como os 
gastos com os produtos, os serviços e os artistas tornam-se cada vez mais caros, 
por se tratar de atrações estrangeiras e serem pagas, especialmente, em dólar. 
71 
 
No final do ano de 2013, os ingressos de entrada em shows internacionais, 
devido a baixa adesão, tiveram de ser vendidos por até metade do preço para 
apresentações de grandes nomes da música pop, como Madonna e Lady Gaga, 
como forma de aplacar prejuízo tomado pela T4F (NOGUEIRA; KUSUMOTO, 2013). 
O Lollapalooza, festival que depende de relações internacionais, também 
sofre diretamente com as mudanças econômicas no país, pois a organização do 
evento lida com despesas que vão desde passagens aéreas até o transporte de 
cargas, gastos que são diretamente ligados ao dólar. Alexandre Wesley, diretor 
artístico da T4F, em uma entrevista para a Radio Estadão (apud PACHECO, 2015), 
relatou que a questão do dólar sempre atrapalha, mas que evitam repassar para os 
ingressos, pois nem sempre o publico está disposto a pagar por mais. Uma das 
soluções é a negociação com os artistas, explicando a real situação do país. 
Mais uma vez a agência organizadora entra como um importante aliado das 
empresas e marcas, pois seu papel hoje vai muito mais além do que apenas 
operacionalizar um evento, ela tem o dever de pensar e agir 
estrategicamente para que se extraia o melhor resultado alinhado ao plano 
anual da empresa. E em contrapartida é necessário que o cliente seja 
aberto e exponha realmente suas necessidades e seus limites, pois 
somente dessa forma a relação cliente/agência será a mais produtiva 
possível e as dificuldades com a crise e aumento do dólar poderão ser 
vencidas. (NOGUEIRA, 2015, p1) 
 
De acordo com o ciclo de negócios apresentado no Gráfico 13, a partir do 
primeiro trimestre de 2014 houve um período de recessão. Nesse mesmo momento 
o dólar aumentava rapidamente. Esse aumento brusco influenciou a queda do 
público do festival Lollapalooza entre os anos de 2014 e 2015, que o reduziu de 150 
mil para 136 mil pessoas. O PIB brasileiro decrescendo desde 2011 indica a 
dificuldade do país de lidar com a desvalorização do real, bem como mostra queda 
na renda nacional, o que leva à contração de consumo, tais como a compra de 
ingressos para shows internacionais. 
Os produtores de eventos atuantes nesse mercado devem estudar bem as 
negociações, trabalhar com cautela e se adaptar aos novos momentos buscando 
alternativas para as adversidades do âmbito econômico, pois são essas alternativas 
que definem se um evento será bem ou mal sucedido. 
72 
CONCLUSÃO 
 
O setor de entretenimento, que possui como objetivo o divertimento, 
satisfação, bem-estar e recreação, enfrenta dificuldades para se relacionar com o 
novo público. Durante o planejamento do evento, quando se está na fase de criação 
do produto, são necessárias análises do passado, presente e futuro, a fim de 
compreender o atual momento e criar sua proposta comercial. 
O Festival Lollapalooza, megaevento de entretenimento, vem enfrentando um 
declínio de público ao longo das suas edições. Isso ocorre devido o novo perfil do 
consumidor brasileiro, que necessita se adaptar as alterações econômicas para 
manter-se estável. 
Devido a diminuição do poder de compra do consumidor e a sua preferência 
para bens de consumo essenciais, e alta nos valores do câmbio, que encarecem a 
produção, a organização do evento viu-se obrigada a repassar os gastos para o 
valor dos ingressos, diferente de eventos de menor porte, que não repassam 
diretamente seus gastos devido a ampla concorrência. Este repasse ofertado afeta 
diretamente a relação entre a demanda e transforma o seu público-alvo. Dessa 
forma, diminui-se a quantidade de público do Lollapalooza entre os anos de 2014 e 
2015, porém estes são detentores de mais renda, que, por sua vez, gastam mais. 
Este público, em sua maioria turistas, impactam a economia da cidade de São 
Paulo, aumentando claramente a movimentação da demanda da rede hoteleira e de 
serviços aéreos. 
A redução do número de participantes na última edição de 2015 não significa 
que o evento está perdendo força, mas sim que se trata de uma manobra para 
concentrar seu público nos detentores de mais renda para suportar os momentos de 
oscilações econômicas. O Lollapalooza, bem como outros megaeventos, tornaram-
se essenciais para a cidade, pois trazem para São Paulo turistas que estão 
dispostos a gastar não apenas com o evento, mas com outras atrações disponíveis 
na cidade, que trazem maiores aproveitamentos e mantém a economia girando. 
Pode-se também concluir que o cenário atual não favorece ao Festival Lollapalooza 
e a sua tendência é que seu público diminua ainda mais e, se o país mantiver o 
mesmo ritmo econômico, o festival se tornará inviável. 
73 
 
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