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Características básicas do SFI

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Características básicas do SFI 
 
CRI - Certificado de Recebíveis Imobiliários 
São títulos de crédito nominativos que devem obedecer às regras da CVM 
- Comissão de Valores Mobiliários, devendo ser negociado com terceiros, 
ampliando a capacidade de captação de recursos. Esses certificados 
permitem maior liquidez ao sistema através da capitalização das 
construtoras / incorporadoras. 
Securitização 
Consiste na operação pela qual os créditos imobiliários são expressamente 
vinculados à emissão de uma série de títulos de crédito. Os créditos 
concedidos aos financiamentos teriam como lastro a própria construção, 
podendo ser eles transacionados mantendo a mesma garantia de 
pagamento, ou seja, os valores devidos por aqueles que compram o 
imóvel em financiamento. Essa modalidade também permite maior 
liquidez à construtora / incorporadora ao negociar os créditos oriundos 
das unidades negociadas. 
Alienação fiduciária 
Ocorre quando o fiduciante contrata a transferência ao credor, ou 
fiduciário, da propriedade resolúvel de coisa imóvel. Com isso, a pessoa 
que financiou o imóvel somente terá pleno direito sobre ele quando pagar 
o financiamento de forma integral. Durante o financiamento do imóvel, 
sua propriedade pertence ao agente financeiro que a transferirá assim 
sejam quitadas todas as parcelas contratadas. 
 
 
 
 
Patrimônio de afetação 
Conforme já discutido anteriormente, existe uma diferenciação entre o 
patrimônio da construtora/incorporadora e o imóvel objeto de 
financiamento, não podendo este servir de garantia para a organização 
em caso de dificuldade, em pagamento de outras dívidas que não aquelas 
do empreendimento. Portanto, o patrimônio de afetação não se comunica 
com os demais bens, direitos e obrigações do patrimônio geral do 
incorporador ou de outros patrimônios de afetação por ele constituídos e 
só responde por dívidas e obrigações vinculadas à incorporação 
respectiva. 
 
Diante dessas características, podemos concluir que o modelo atual se 
mostra mais promissor ao refletir as realidades do mercado financeiro. A 
possibilidade de retorno do investimento é fundamental para a captação 
de recursos em um mercado competitivo. No entanto, ainda existe 
carência de recursos de longo prazo no país. Em função do descontrole 
monetário em épocas anteriores, os aplicadores ainda são relutantes em 
realizar aplicações de longo prazo. Isso torna o SFI dependente de 
recursos oriundos da caderneta de poupança e do Fundo de Garantia do 
Tempo de Serviço – FGTS. 
A Lei nº 12.810/2013 incluiu na Lei 9514/97 o refinanciamento com 
transferência de credor. Segundo o art. 33-A, a transferência de dívida de 
financiamento imobiliário com garantia real, de um credor para outro, 
inclusive sob a forma de sub-rogação, obriga o credor original a emitir 
documento que ateste, para todos os fins de direito, inclusive para efeito 
de averbação, a validade da transferência. Mais adiante, no art. 33-B, 
 
 
fica estabelecido que a nova instituição credora deverá informar à 
instituição credora original, por documento escrito ou, quando solicitado, 
eletrônico, as condições de financiamento oferecidas ao mutuário, 
inclusive as seguintes: a taxa de juros do financiamento; o custo efetivo 
total; o prazo da operação; o sistema de pagamento utilizado; e o valor 
das prestações. 
A possibilidade de refinanciamento com transferência de credor permite 
maior flexibilidade ao sistema, tornando mais líquido o sistema financeiro. 
Para o sucesso do SFI, é importante que o mercado financeiro esteja 
saudável e que não tenhamos desconfiança quanto à saúde das 
instituições financeiras. A crise imobiliária norte-americana de 2008 
mostrou que é importante um equilíbrio entre as variáveis 
macroeconômicas e a solidez do mercado financeiro.