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19 47. (FUVEST/2020) Ao primeiro brilho da alvorada che- gou do horizonte uma nuvem negra, que era conduzida [pelo] senhor da tempestade (...). Surgiram então os deuses do abismo; Nergal destruiu as barragens que represavam as águas do inferno; Ninurta, o deus da guerra, pôs abaixo os diques (...). Por seis dias e seis noites os ventos sopraram; enxurradas, inundações e torrentes assolaram o mundo; a tempestade e o dilúvio explodiam em fúria como dois exércitos em guerra. Na alvorada do sétimo dia o temporal (...) amainou (...) o dilúvio serenou (...) toda a humanidade havia virado ar- gila (...). Na montanha de Nisir o barco ficou preso (...). Na alvorada do sétimo dia eu soltei uma pomba e deixei que se fosse. Ela voou para longe, mas, não encon- trando um lugar para pousar, retornou. Então soltei um corvo. A ave viu que as águas haviam abaixado; ela co- meu, (...) grasnou e não mais voltou para o barco. Eu então abri todas as portas e janelas, expondo a nave aos quatro ventos. Preparei um sacrifício e derramei vi- nho sobre o topo da montanha em oferenda aos deuses (...). A Epopeia de Gilgamesh, São Paulo: Martins Fontes, 2001. Com base no texto, registrado aproximadamente no sé- culo VII a.C. e que se refere a um antigo mito da Meso- potâmia, bem como em seus conhecimentos, é possível dizer que a sociedade descrita era a) mercantil, pacífica, politeísta e centralizada. b) agrária, militarizada, monoteísta e democrática. c) manufatureira, naval, monoteísta e federalizada. d) mercantil, guerreira, monoteísta e federalizada. e) agrária, guerreira, politeísta e centralizada. 48. (ETEC SP/2019) Em 1929, o arqueólogo alemão Ju- lius Jordan desenterrou uma vasta biblioteca de tábuas de argila com um tipo de escrita conhecida como “cu- neiforme”, com cinco mil anos de idade, mais antigas que exemplares semelhantes encontrados na China, no Egito e na América. As tábuas estavam em Uruk, uma cidade mesopotâmica – e uma das primeiras do mundo – às margens do rio Eufrates, onde hoje fica o Iraque. As tábuas não haviam sido usadas para escrever poe- sia ou enviar mensagens a lugares remotos. Foram em- pregadas para fazer contas – e também para elaborar os primeiros contratos. Acesso em: 26.10.2018. Adaptado. O texto faz referência a um período muito conhecido da história da Humanidade, no qual surgiram os primeiros registros escritos. Assinale a alternativa que, corretamente, descreve o contexto em que surgiu a escrita na Mesopotâmia. a) Os mesopotâmicos criaram a escrita como forma de se comunicar com os deuses, entalhando placas de argila que eram cuidadosamente depositadas no interior dos templos religiosos. b) O surgimento da escrita foi vinculado à criação de um sistema de educação segundo o qual todas as crianças de- veriam dominar o conhecimento das letras e dos cálculos. c) As cidades da Mesopotâmia eram separadas por longas distâncias, percorridas a pé por mensageiros que levavam cartas e ofícios trocados entre os governantes. d) A evolução da literatura oral gerou a necessidade de re- gistrar os textos poéticos declamados pelos grandes orado- res da Antiguidade clássica. e) O desenvolvimento do comércio levou à criação da es- crita, utilizada, inicialmente, para realizar registros contá- beis e firmar contratos. 49. (FATEC SP/2017) No século V a.C., Heródoto, histo- riador grego, afirmou que “O Egito é uma dádiva do Nilo”. Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a principal razão de se atribuir ao rio Nilo uma importân- cia tão grande para o desenvolvimento do Egito Antigo. a) Nos períodos de cheias, as águas desse rio fertilizavam as margens, o que possibilitou a agricultura. b) Os faraós construíram barragens para obter eletricidade, aumentando a produção de itens de exportação. c) A navegação pelo grande rio permitiu que os egípcios conquistassem o sul da Europa, formando um grande impé- rio. d) Das margens do rio se retirava o barro com que eram fabricados os tijolos utilizados na construção das grandes pirâmides. e) Atravessando a África de norte a sul, o Nilo possibilitou a integração cultural e econômica da área entre o Saara e o deserto da Namíbia. 50. (Centro Universitário de Franca SP/2016) As águas dos rios Tigre e Eufrates permitiram o desenvolvimento de uma rica cultura agrícola e o surgimento das primei- ras cidades na Mesopotâmia. Todavia, a agricultura só começou a progredir quando os povos da região desen- volveram estruturas complexas. (Fausto Henrique Gomes Nogueira e Marcos Alexandre Capellari. Ser protagonista, 2010. Adaptado.) As estruturas complexas referidas no texto relacionam- se, diretamente, a) ao desenvolvimento dos centros urbanos e à exploração comercial de bens manufaturados. b) ao estabelecimento de uma rede de estradas que unifi- cava as cidades em um só império. c) à unificação das leis, dos impostos e da moeda para or- ganizar a administração de um grande império. d) ao aperfeiçoamento técnico que propiciou a realização de obras para controlar os recursos hídricos. e) às inovações na contabilidade dos recursos naturais por meio da criação de um alfabeto fonético mais prático do que a escrita cuneiforme. 51. (Fac. Direito de São Bernardo do Campo SP/2020) Muitos vasos estão decorados com cenas relativas às cerimônias do casamento. No entanto, estas cenas são variadas e diferem entre si; certos elementos repetem- se de umas imagens para outras, mas parece não exis- tir uma iconografia canônica do casamento (...) as infor- mações textuais que possuímos, elas próprias incom- pletas, subjetivas e por vezes incertas, deixam entrever um cerimonial que se decompõe em diversos momen- tos. O casamento assenta num acordo formal, engye, entre o noivo e o pai da noiva, acordo em que está as- sociada a entrega de um dote por parte desse último. A