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C A S O E S C H E R E O U T R O S V E R S U S B R A S I L 3° CASO ANALISADO PELA CORTE INTARMERICANA DE DIREITOS HUMANOS (CIDH) S u m á r i o A s s u n t o s a b o r d a d o s n e s t a a p r e s e n t a ç ã o 01 INTRODUÇÃO 03 PROCEDIMENTO ATÉ A CORTE 02 VÍTIMAS PERANTE A CORTE 07 PONTOS RESOLUTIVOS DA SENTENÇA 05 SUPOSTAS VIOLAÇÕES ANALISADAS PELA CORTE 89 COMENTÁRIO CRÍTICO SOBRE O CASO 04 EXCEÇÕES DE PRELIMINARES 06 DEFESA APRESENTADAS PELO BRASIL I N I C I O E N T R E M A I O E J U N H O D E 1 9 9 9 N A C I D A D E D E L O A N D A - P A R A N Á . A S V Í T I M A S F A Z I A M P A R T E D E D U A S O R G A N I Z Õ E S S O C I A I S Q U E E S T A V A M S E N D O M O N I T O R A D A S P O R E N V O L V I M E N T O C O M O M S T ( M O V I M E N T O D O S T R A B A L H A D O R E S R U R A I S S E M T E R R A : INTRODUÇÃO (ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE TRABALHADORES RURAIS) (COOPERATIVA AGRÍCOLA DE CONCILIAÇÃO AVANTE)2.COANA ADECON1. P O L Í C I A M I L I T A R D O P A R A N Á R E Q U E R E U I N T E R C E P T A Ç Ã O T E L E F Ô N I C A . E M 0 5 D E M A I O D E 1 9 9 9 A J U Í Z A A U T O R I Z O U ( S E M F U N D A M E N T A Ç Ã O ) . 4 9 D I A S D E E S C U T A , A P Ó S I S S O A S G R A V A Ç Õ E S F O R A M V A Z A D A S P E L A M Í D I A . V Í T I M A S E N V O L V I D A S S U P O S T A S V Í T I M A S Arlei José Escher Dalton Luciano de Vargas Delfino José Becker Pedro Alves Cabral Celso Aghinoni aLÉM DESTES, os representantes apresentaram uma lista de 34 PESSOAS, que a seu critério seriam as supostas vítimas deste caso. Corte levou em consideração que corresponde à Comissão, e não ao Tribuna, identificar as supostas vítimas. Por conta disso, não incluiu os demais nomes apresentados pelos representantes P R O C E D I M E N T O A T É A C O R T E 08/06/200702/03/200626/12/2000 PETIÇÃO DE DENUNCIA RELATÓRIO DE MÉRITORELATÓRIO DE ADMISSIBILIDADE NA CIDH: 19/06/201206/07/200920/12/2007 SUBMISSÃO PELA CIDH SUPERVISÃO DO CUMPRIMENTO CONCLUÍDA SENTENÇA NA CORTE: EXCEÇÕES DE PRELIMINARES Na fase de contestação do processo, o Estado brasileiro interpôs três exceções preliminares DESCUMPRIMENTO PELOS REPRESENTANTES DOS PRAZOS PREVISTOS NO REGULAMENTO PARA APRESENTAR O ESCRITO DE PETIÇÕES E ARGUMENTOS E SEUS ANEXOS Os representantes foram notificados no dia 30 de janeiro e seu escrito só foi recebido pela Corte no dia 7 de abril, uma semana após o prazo final. /1 I M P O S S I B I L I D A D E D E A P O N T A R V I O L A Ç Ã O N Ã O A P O N T A D A D U R A N T E O P E R Í O D O D A C O M I S S Ã O A violação do art. 28 da Convenção Americana não foi alegada durante o procedimento perante a Comissão, pois foi incluída na demanda somente na fase de cumprimento das recomendações do caso na CIDH. /2 F A L T A D E E S G O T A M E N T O D O S R E C U R S O S J U D I C I A I S I N T E R N O S Estado alegou, em termos gerais, que os representantes descumpriram o requisito de prévio esgotamento dos recursos internos antes de recorrer ao Sistema Interamericano /3 S U P O S T A S V I O L A Ç Õ E S A N A L I S A D A S P E L A C O R T E A R T I G O 1 1 E M R E L A Ç Ã O C O M O A R T I G O 1 . 1 A comissão alegou violação do direito à vida privada, à honra e à reputação das supostas vítimas. A R T I G O 1 6 , E M R E L A Ç Ã O C O M A R T I G O 1 . 1 A CIDH considerou que as intervenções, o monitoramento e a publicação das informações configuraram “um modo de restrição velada à liberdade de associação”. A R T I G O S 8 . 1 E 2 5 , E M R E L A Ç Ã O C O M A R T I G O 1 . 1 Na visão da Comissão, “os resultados dos recursos tentados no âmbito interno mostram uma série de intromissões na vida privada das vítimas e no seu direito de associar-se, e que o Estado não respondeu com a devida diligência” A R T I G O 2 8 , E M R E L A Ç Ã O C O M A R T I G O 1 . 1 E 2 Comissão considerou que o Brasil incorreu nesta violação ao alegar, dificuldades em “estabelecer contato com as autoridades do Paraná, e por isso, não seria possível trazer informações sobre o cumprimento das recomendações”. D E F E S A S A P R E S E N T A D A S P E L O B R A S I L D A N Ã O V I O L A Ç Ã O A O A R T I G O 1 1 A lei 9.296/96 confere ao juíz a possibilidade de autorizar quebra de sigilo de ofício e isso supre eventual nulidade. O artigo 30 da convenção dispõe que o direito a privacidade não é absoluto. D A N Ã O V I O L A Ç Ã O A O A R T I G O 1 6 O pedido de interceptação fundamentou-se em uma investigação em curso sobre desvios nas associações e a morte de um membro. Cumpre ressaltar que o alvo das interceptações eram os dirigentes e não todos os membros. D A N Ã O V I O L A Ç Ã O D O S A R T I G O S 8 . 1 E 2 5 As vítimas poderiam ter usado o habeas corpus, pois a jurisprudência é pacífica no sentido de que é cabível quando há a ameaça indireta ou reflexa a liberdade de locomoção. Demora de 4 meses para impetrar o mandado de segurança. A R T I G O 2 8 , E M R E L A Ç Ã O C O M A R T I G O 1 . 1 E 2 Estado nunca se recusou de cumprir as recomendações feitas pela CIDH e, em 11 de setembro de 2007, apresentou relatório de cumprimento parcial das obrigações. Princípais pontos alegados na contestação apresentada pelo Estado. C O R T E D E C I D E , P O R U N A N I M I D A D E : Rechaçar as exceções preliminares interpostas pelo Estado. C O R T E D E C L A R A , P O R U N A N I M I D A D E : QUE O ESTADO VIOLOU OS SEGUINTES DIREITOS: 1- O direito à vida privada e o direito à honra e à reputação reconhecidos no artigo 11 da Convenção Americana 2- O direito à liberdade de associação reconhecido no artigo 16 da Convenção Americana 3- Os direitos às garantias judiciais e à proteção judicial reconhecidos nos artigos 8.1 e 25 da Convenção Americana 4- Não descumpriu a cláusula federal estabelecida no artigo 28 da Convenção Americana P O N T O S R E S O L U T I V O S D A S E N T E N Ç A C O R T E D I S P Õ E , P O R U N A N I M I D A D E : Condenação a pagar aos senhores Arlei José Escher, Dalton Luciano de Vargas, Delfino José Becker, Pedro Alves Cabral e Celso Aghinoni, US$ 20.000,00 (vinte mil dólares dos Estados Unidos da América) para cada vítima a título de dano imaterial.P O N T O S R E S O L U T I V O S D A S E N T E N Ç A Publicação no Diário Oficial, em outro jornal de ampla circulação nacional, e em um jornal de ampla circulação no Estado do Paraná, uma única vez, a página de rosto, os Capítulos I, VI a XI, sem as notas de rodapé, e a parte resolutiva da Sentença, bem como deve publicar de forma íntegra a Decisão em um sítio web oficial da União Federal e do Estado do Paraná. A Corte ficou responsável de supervisionar o cumprimento desta Sentença. FOI DADO O PRAZO DE UM ANO CONTADO A PARTIR DA NOTIFICAÇÃO SENTENÇA O Estado deve investigar os fatos que geraram as violações do presente caso. Estado deve pagar US $10.000,00 (dez mil dólares dos Estados Unidos da América) às vítimas, pelo conceito de custas e gastos, dentro do prazo de um ano contado a partir da notificação da mesma. C O M E N T Á R I O C R Í T I C O S O B R E O C A S O ÁNALISE SOBRE O TRÂMITE PROCESSUAL E PROCEDIMENTO PERANTE CORTE, ATÉ A EFETIVIDADE DA SENTENÇA. D E M O R A D O T R T A T A M E N T O D O C A S O E M T E L A P E R A N T E A J U S T I Ç A B R A S I L E I R A D I R E I T O S H U M A N O S V I O L A D O S E R E L A T I V I Z A D O S P O R Q U E S T Õ E S P O L Í T I C A S A N Á L I S E D A S E N T E N Ç A : H O U V E J U S T A C O N D E N A Ç Ã O ? V A L O R D E I N D E N I Z A Ç Ã O F O I P O U C O ? O B R I G A D A