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OrthoPlace - CNPJ 03.977.288/0001-47 
 Clinica Integrada de Odontologia - CNPJ 01.282.149/0001-73 
 Portaria 1.730 do D.O.U. – 14 de junho de 2002 
 
Rua 144, n°77 - Setor Marista - Goiânia (GO) - CEP 74170-030 - PABX: (62) 278-4123 
 
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FECHAMENTO 
DE 
ESPAÇOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 OrthoPlace - CNPJ 03.977.288/0001-47 
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Introdução 
 
 Podemos definir essa etapa do tratamento ortodôntico como aquela 
onde o principal objetivo é o de fechar os espaços remanescentes das 
extrações. 
 A preocupação com o sistema de ancoragem a ser aplicado durante o 
tratamento é importante para o sucesso de qualquer tratamento ortodôntico, 
especialmente nos casos onde se decide extrair. 
 A necessidade de uma ou mais exodontias no plano de tratamento 
ortodôntico é rotineira, embora outras opções menos mutilantes devam ser 
avaliadas antes. 
 
Por Que Extrair? 
 
 1. Falta de espaço de médio ou grande porte freqüentemente 
requerem exodontias para sua resolução. De forma geral, a determinação da 
discrepância de modelos, quando se compara o volume dentário com o 
espaço presente na arcada, irá auxiliar na indicação das extrações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 2. Casos onde existe protrusão do perfil envolvendo maxila e/ou 
mandíbula em pacientes adultos, onde não existe mais a possibilidade de 
restrição do crescimento por meio de dispositivos ortopédicos, que só 
apresentam potencial durante a fase de crescimento facial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quantos e Quais Dentes Extrair? 
 
Normalmente, os dentes eleitos para serem removidos são os 1os pré-
molares, devido ao seu posicionamento na arcada, pois esses elementos 
 
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dentários encontram-se aproximadamente no meio de cada um dos hemi-
arcos. Podem ser removidos os quatro pré-molares, nos pacientes Classe I 
ou apenas os pré-molares superiores, nos Classe II, ou os inferiores, nos 
Classe III. É importante frisar que a retração dos incisivos inferiores é mais 
limitada que a dos superiores, devido à proximidade da raiz destes dentes 
com a cortical lingual da sínfise, o que não ocorre com tanta intensidade nos 
incisivos superiores. Isso faz com que a retração dos incisivos inferiores seja 
feita muito mais como um movimento de inclinação lingual do que de 
translação. 
 Alternativamente, a indicação de outros dentes, que não os 1os pré-
molares, pode ocorrer. 
 Os 2os pré-molares podem ser removidos quando existe a intenção de 
facilitar a perda de ancoragem dos molares para o fechamento dos espaços 
remanescentes. 
 A extração de um incisivo inferior está indicada nos pacientes Classe I 
com severo apinhamento inferior, sem que isso ocorra na arcada superior. 
 Os 1os molares podem também ser extraídos quando está indicada 
significativa diminuição da altura facial. 
 Situações de destruição exagerada da estrutura de algum dente ou 
presença de tratamento endodôntico podem fazer com que o ortodontista 
altere o que seria a indicação normal de exodontia dentária com finalidade 
ortodôntica. 
 Exodontias unilaterais podem ainda ser indicadas para correção de 
desvios das linhas medianas. 
 
Quando Extrair? 
 
 Pacientes com apinhamentos severos e que 
justificam a indicações de exodontias devem ter sua 
indicação no início do tratamento, pois o espaço será 
utilizado imediatamente já durante a fase inicial do 
tratamento, para a correção do próprio apinhamento. 
Sugere-se que o ortodontista preceda a instalação do 
sistema de ancoragem para então indicar as exodontias, 
a fim de não correr risco de perda de ancoragem nesse 
momento. 
 Em contrapartida, casos que apresentam bom alinhamento dentário 
inicial, onde as exodontias tenham 
sido indicadas com a finalidade de 
retração anterior e conseqüente 
redução do perfil, devem ter a 
indicação das extrações feitas ao 
final da fase inicial de posicionamento 
dentário, previamente a realização do 
fechamento dos espaços remanescentes. 
 
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 É importante observar que embora os dois tipos distintos de casos 
tenham a indicação das exodontias em épocas diferentes, ambos 
apresentam uma semelhança essencial: o início do fechamento dos espaços 
remanescentes deve ocorrer imediatamente após a realização das 
exodontias, pois, caso contrário, haverá a tendência de estreitamento do 
rebordo alveolar na região recém-edentada, o que poderá inviabilizar o 
fechamento dos espaços no futuro. Recessões gengivais e a formação de 
bolsas periodontais nas faces dentárias proximais envolvidas, que indicam a 
ausência de osso alveolar suficiente, seriam as seqüelas possivelmente 
presentes caso não se observe esse cuidado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como Fechar os Espaços? 
 
 No momento de fechar os espaços remanescentes às extrações, o 
ortodontista já deve ter planejado de que forma esses serão fechados, o que 
pode significar retração dos dentes anteriores, mesialização dos posteriores 
ou uma combinação de ambos. 
 A retração dos anteriores estará indicada quando se deseja uma 
redução do perfil do paciente, que, nesse caso, deve apresentar protrusão. 
Para isso, deve-se, após a rotação distopalatina dos molares e pré-molares 
durante a fase de movimentação inicial, fazer o reforço da ancoragem 
previamente à retração com dispositivos para esse fim, sendo os mais 
utilizados a barra transpalatina (BTP) para a maxila e o arco lingual (AL) para 
a mandíbula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A mesialização dos dentes posteriores (perda de ancoragem) fica 
indicada quando, após a correção do apinhamento, o paciente apresenta um 
perfil equilibrado (harmônico), não sendo recomendada a retração anterior. 
Para esses casos, normalmente não há necessidade da instalação de 
dispositivos auxiliares de ancoragem durante o tratamento. 
 
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 Existem ainda aqueles casos onde o fechamento dos espaços 
remanescentes deve ser feito de forma mista, ou seja, tanto pela retração dos 
dentes anteriores quanto por perda de ancoragem. Recomenda-se, após a 
fase inicial, fazer o reforço da ancoragem, a retração anterior necessária, a 
remoção posterior dos dispositivos de ancoragem, e, finalmente, a 
mesialização dos posteriores. 
 
Mecânica para o Fechamento dos Espaços 
 
 Para o fechamento dos espaços remanescentes, serão utilizados os 
arcos de retração, que podem ser construídos com ou sem a utilização de 
alças com essa finalidade. 
 
 1. Arcos com alças. 
 Nos arcos para fechamento de espaços com alças, a força necessária 
para a movimentação será desenvolvida após a abertura das alças, que 
podem ter diferentes desenhos. Após sua abertura, as alças devem ser 
mantidas ativadas por meio de dobras distais. 
 
 1.1 - Alças Dupla-Chave. 
 Também denominadas de “double-key loop” (DKL), esse tipo de alça 
demonstra bastante 
eficiência tanto no 
desenvolvimento de força 
de forma bem distribuída 
quanto no controle vertical 
da extrusão dos incisivos 
durante o fechamento dos 
espaços. 
 O arcodeve conter duas alças bilaterais, ficando o canino entre 
ambas. 
 Há disponibilidade de “kits” de arcos com alças DKL, onde a distância 
intercanina deve ser obtida nos modelos para a seleção do tamanho do arco. 
 
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 1.2 - Alças de Bull. 
 Esse tipo de alça tem como vantagem a facilidade de confecção 
quando comparada às alças DKL, mas apresenta menor controle vertical, 
além de, devido ao arco possuir apenas duas alças, essas tendem a 
concentrar mais força durante sua ativação, transferindo, principalmente aos 
caninos, uma magnitude muitas vezes exagerada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 2. Arcos sem alças. 
 Nesse método, os arcos para fechamento de espaço normalmente 
recebem ganchos soldados na região anterior, onde será fixado algum 
dispositivo de ação elástica. 
 A não utilização das alças confere ao arco para fechamento dos 
espaços a característica da movimentação por deslizamento, e não pela 
abertura de alças. Apesar disso parecer vantajoso, devido à facilidade 
operacional, atenção deve ser dada à maior dificuldade para o controle 
vertical da extrusão dos incisivos. 
 Na verdade, quando da utilização dos arcos com alças, o rompimento 
do atrito será feito durante a ativação das mesmas, o que não ocorre na 
mecânica de deslizamento, utilizada quando da não utilização das alças. 
Caso o atrito seja um pouco maior, poderá haver ineficiência no desempenho 
do arco para o fechamento dos espaços remanescentes. 
 
 2.1 - Molas fechadas de NiTi. 
 Comercializadas em diversos 
tamanhos, as molas de NiTi apresentam 
boa aplicação para a mecânica de 
deslizamento, pois desenvolvem forças 
moderadas e são mais higiênicas do 
que as ligaduras elásticas. 
 
 2.2 - Ligadura elástica em cadeia. 
 Apesar da facilidade operacional e 
de menor custo, as ligaduras, para a 
mecânica de deslizamento, muitas vezes 
mostram-se ineficientes, pois, devido à 
sua deterioração, perdem magnitude de 
força muito rapidamente. 
 
 
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 2.3 - Ligadura elástica e metálica. 
 Também conhecida como “peixinho”, a 
combinação de uma ligadura elástica 
individual com um amarrilho metálico pode ser 
utilizado, porém, com as mesmas 
desvantagens da utilização das ligaduras 
elásticas em cadeia. 
 
Controle Vertical 
 
 Para o sucesso da etapa de 
fechamento de espaços, principalmente 
quando da retração dos dentes 
anteriores, é importante saber que existe 
grande tendência de extrusão dos 
incisivos durante esse movimento, o que 
justifica a necessidade de procedimentos 
que resistam a esse tipo de movimento. 
 Várias medidas podem ser tomadas, isolada ou conjuntamente, 
dependendo do caso. 
 
 1. Amarrilho fixados às alças. 
 Um fio de amarrilho com diâmetro de 0,25 mm pode ser amarrado na 
porção distal da alça (alça distal quando do uso de alças DKL) até o gancho 
do tubo do 1o ou 2o molar, criando um momento de força na alça, que terá a 
tendência de inclinar-se para distal, desenvolvendo uma componente de 
força intrusiva nos incisivos, contra sua tendência de extrusão quando da 
ativação das alças. 
 2. Amarrilho entre as alças (“Suzuki tié”). 
 Exclusivamente quando da utilização das alças DKL, esse segundo 
amarrilho adiciona maior controle vertical, pois cria uma componente 
extrusiva extra na alça mesial, potencializando o efeito total do controle 
vertical. 
 
 
 
 
 
 
 
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 3. Efeito Gable. 
 Consiste em dobras de cerca de 
15o feitas nas extremidades mesial e 
distal das alças (apenas nas alças 
distais quando do uso de alças DKL), no 
sentido gengival, com a finalidade de 
criar uma componente intrusiva nos 
segmentos anterior e posterior, 
prevenindo o efeito extrusivo durante o 
fechamento dos espaços. 
 Esse recurso só pode ser utilizado nos arcos com alças. 
 
 4. Curvas de Spee. 
 Assim como na fase inicial de movimentação 
dentária, as curvas de Spee podem ser confeccionadas de 
forma a participar do controle vertical. Nesse caso, a curva 
superior deve ser acentuada e a inferior revertida. Isso 
pode ser feito tanto nos arcos com alças como na 
mecânica de deslizamento. 
 
Retração Inicial de Caninos 
 
 Nos casos de apinhamento severo dos incisivos, pode ser 
recomendável realizar primeiramente a retração (distalização) dos caninos, a 
fim de minimizar a possibilidade de labioversão dos incisivos nos estágios 
iniciais do tratamento. 
 Dessa forma, deve-se iniciar o tratamento com o que se costuma 
chamar de “mecânica segmentada”, onde será instalada a aparatologia fixa 
nos molares, pré-molares e caninos, protelando-se a colagem de bráquetes 
nos incisivos. Após a melhora no posicionamento dos dentes posteriores e 
caninos, distalizam-se os caninos o suficiente para desapinhar os incisivos, 
momento em que os bráquetes dos incisivos devem ser colados e o 
tratamento deve ter sua seqüência normalmente.