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1 
 
Liturgia das horas 
O que é “Ofício Divino”? 
Nesta aula estaremos estudando a Liturgia das Horas, mediante a qual a Igreja 
tenciona santificar muito particularmente o dia e a noite dos cristãos. A liturgia também 
é chamada “Ofício Divino” (OD). 
O Ofício Divino consta de Horas Canônicas. Cada Hora Canônica contém um 
modelo de oração, que compreende um hino, salmos e cânticos, leituras bíblicas, 
versículos e uma coleta final. O conteúdo desse modelo é adaptado às sucessivas horas 
do dia e da noite, a fim de facilitar a elevação da mente do cristão a Deus em todos os 
momentos da sua vida. 
O Ofício Divino, portanto, traduz a consciência que a Igreja tem, de que todos os 
instantes da história são santos, ou são o cenário no qual Cristo desenvolve a obra da 
Redenção; por conseguinte, devem ser pela Igreja consagrados na medida em que vão 
ocorrendo. Eis o que ensina a Constituição Sacrosanctum Concilium: 
“Por antiga tradição cristã o Ofício Divino está constituído de tal modo que todo 
o curso do dia e da noite seja consagrado pelo louvor de Deus. Quando, pois, os 
sacerdotes e as outras pessoas delegadas por vontade da Igreja para esse fim, ou os fiéis 
em união com o sacerdote executam religiosamente aquele admirável cântico de louvor, 
rezando em forma aprovada, então verdadeiramente é a voz da própria Esposa que fala 
com o Esposo ou, melhor, é a oração de Cristo com seu Corpo dirigida ao Pai...A 
santificação do dia é a finalidade do Ofício” (nº 84-88). 
Retomando estes conceitos, a Instrução Geral sobre a Liturgia das Horas 
esclarece: 
“Tendo Cristo estabelecido que é preciso orar em todo tempo e não desfalecer 
(cf. Lc 18,1), a Igreja, atendendo fielmente a esta exortação, nunca cessa de elevar suas 
preces e nos exorta com estas palavras: ‘Por meio dele [Jesus] ofereçamos 
continuamente a Deus o sacrifício de louvor’ (Hb 13,15). Este preceito se cumpre não 
apenas pela celebração da Eucaristia, mas também por outros modos, entre os quais 
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sobressai a Liturgia das Horas, que, segundo a antiga tradição cristã, se caracteriza, entre 
as demais ações litúrgicas, porque por ela se consagra todo o curso do dia e da noite” 
(nº10). 
Valorizando de tal maneira o Ofício Divino, a Igreja não tenciona depreciar as 
demais formas de oração, derivadas da ação do Espírito Santo em comunidades ou nos 
indivíduos; ao contrário, recomenda-as, mas sempre ressaltando a oração oficial. 
Os exercícios piedosos como o Rosário, a Via Sacra, as devoções marianas e ao 
Sagrado Coração de Jesus, as ladainhas, as procissões, novenários...são válidos alimento 
para a piedade popular, mas nunca devem criar conflito com a Santa Liturgia (Ladainha 
durante a Missa, terço durante a Hora de Vésperas, entre outros). 
Em nossos dias, todos os fiéis são exortados a rezarem diariamente o Ofício 
Divino, ao menos em parte, de acordo com suas possibilidades pessoais. E, para que 
nunca venha a desfalecer essa voz oficial da Igreja os sacerdotes e diáconos são 
obrigados a rezar diariamente a Liturgia das Horas e devem convidar os fiéis a 
participarem desta oração conforme suas possibilidades. 
As Horas Canônicas 
As Horas do Ofício Divino são ditas “canônicas” porque estão no cânon ou no 
padrão dos livros oficiais da Igreja. Os judeus costumavam rezar três vezes por dia: de 
manhã, ao meio dia, no fim do dia (cf. Sl 55,18). Os cristãos herdaram esta prática; 
todavia não lhes era estranho a oração noturna, da qual Jesus e os Apóstolos deixaram 
precioso testemunho. 
No séc. III Tertuliano mencionava cinco momentos de oração: aurora, terça, 
sexta, nona e vésperas. Esta prática se expandiu e recebeu dois acréscimos: o da hora 
primeira (Prima, 7h) e o de Completas (oração antes do sono da noite). Além disso, os 
cristãos estimavam também a oração durante a noite. Foram principalmente os monges 
que, dedicando-se especialmente à oração e ao trabalho manual, contribuíram para a 
formação do Ofício Divino com as suas oito Horas Canônicas: Laudes, Prima, Terça, 
Sexta, Noa, Vésperas, Completas, além das Vigílias noturnas. Tal número foi observado 
durante séculos até o Concílio Vaticano II, que suprimiu oficialmente o Ofício de Prima, 
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por fazer duplicata, de certo modo, com o Ofício de Laudes; além disso, o Concílio não 
suprimiu que se celebre uma só, escolhendo-se aquela mais adequada ao momento em 
que se reza (a Terça, durante a manhã; a Sexta, por volta do meio-dia; a Noa, no decorrer 
da tarde). 
Cada uma dessas Horas Canônicas tem sua motivação e sua ambientação 
espirituais, como passamos a ver: 
As Laudes (Louvores) têm por motivo inspirador o renascer da luz do dia após as 
trevas da noite. Esta hora celebra a Ressurreição de Jesus, “luz verdadeira que ilumina 
todo homem” (Jo 1,9); por isto uma das tônicas dessa oração é a glorificação do Senhor, 
que obteve a vitória sobre a morte. As Laudes, em resposta ao dom de Deus, objetivam 
consagrar ao Senhor o dia do cristão, dia de trabalho e esperanças. 
As Vésperas tiram seu nome de Véspero (=Vênus), o astro luminoso que começa 
a brilhar logo que caem as trevas da noite. É a oração que conclui o dia e dá início à 
noite. Entre as suas finalidades, está a de dar graças a Deus pelos benefícios recebidos 
pelo cristão durante o dia; além disso, as Vésperas comemoram a última Ceia do Senhor 
e a sua morte na Cruz, ambas ocorridas em hora vespertina. Elas devem avivar no orante 
a esperança da vinda consumada do Reino de Deus, que se dará no fim da jornada deste 
mundo, trazendo a luz sem ocaso. 
Os cristãos rezam as Vésperas como os operários da vinha da Igreja, que, no fim 
do seu dia de trabalho, se encontram com o Divino Patrão para receber o dom do seu 
amor como recompensa da labuta prestada (cf. Mt 20,1-16). Ou ainda: o cristão, ao fim 
da caminhada de um dia, diz ao Senhor como os discípulos de Emaús: “Fica conosco, 
Senhor, porque o dia vai declinando” (Lc 24,29). 
Consciente destes elementos, o orante procurará colocar o Ofício de Vésperas 
precisamente naquele horário que mais lhe possibilite conceber em si tais atitudes 
interiores. 
Ofício das leituras é o nome que tem atualmente o antigo Ofício de Vigílias. Pode 
ser celebrado a qualquer hora desde o anoitecer até o fim do dia seguinte; quando é 
recitado no coro deve conservar a índole de louvor noturno. Este Ofício tenciona propor 
ao povo de Deus um contato substancioso com a Sagrada Escritura e com as mais belas 
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páginas dos autores de espiritualidade antigos e modernos. Os textos bíblicos são 
selecionados de modo que se leem no Ofício Divino as seções que não são lidas na 
liturgia Eucarística; assim o cristão encontra na celebração da liturgia o alimento 
correspondente ao calendário litúrgico vivenciado. 
Terça, Sexta, Noa. Situadas às 9h, às 12h, às 15h, estas três Horas Canônicas 
colocam-se ao longo do dia de trabalho para santificá-lo. Cada qual evoca algum 
acontecimento do Evangelho ou Atos dos Apóstolos. 
Terça: recorda a vinda do Espírito Santo sobre Maria e os discípulos, reunidos no 
Cenáculo “à hora terceira do dia" (At 2,15). Por isto o hino de Terça comemora o dom 
do Espírito e pede-o a Igreja contemporânea. A mesma hora terceira está associada à 
crucificação de Jesus (Cf. Mc 15,25). 
Sexta: é a hora em que Pedro rezava no terraço de uma casa e teve importante 
visão que o levaria a batizar o centurião Cornélio sem lhe impor a circuncisão (At 10,9). 
É também a hora da agonia de Cristo na cruz (cf. Mt 27,45). 
Noa: lembra a oração de Pedro e João no Templo, onde Pedro curou o paralítico 
(At 3,1); evoca também a morte de Jesus na cruz (Mt 27,46). 
Completas é a oração que se deve dizer antes do repouso da noite, mesmo que 
este comece após a meia-noite. Tem um caráter penitencial, pois se inicia com um 
exame de consciência; faz-se um ato penitencial pelas faltas do dia. A salmodia costuma 
exprimir confiança no Senhor; o sono da noite, na tradiçãodos povos antigos, lembra o 
sono da morte; por isto o cristão faz um ato de entrega e abandono ao Senhor antes de 
se entregar ao repouso noturno. Após a salmodia, recita-se o cântico de Simeão, hino 
que ele entoou no fim de sua vida. Assim se exprimem a alegria e a gratidão por 
havermos usufruído da luz e da misericórdia de Cristo durante a jornada de trabalho 
completada. Encerra-se esta hora com uma antífona dirigida a Santíssima Virgem. No 
Tempo pascal, é sempre a antífona “Rainha do céu”. 
As rubricas permitem que, em circunstâncias especiais na celebração 
comunitária, se faça a inserção de Laudes, Vésperas ou outra Hora canônica dentro da 
Santa Missa. 
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Estrutura do Ofício Divino 
O Ofício todo é introduzido normalmente pelo Invitatório, que consta do verso: 
“Abri meus lábios, ó Senhor. E minha boca anunciará vosso louvor”, com o salmo 94(95). 
Com este Invitatório os fiéis são convidados cada dia a cantar os louvores de Deus e a 
escutar sua voz. 
Laudes e Vésperas 
As Laudes e as Vésperas começam com o versículo introdutório: “Vinde, ó Deus, 
em meu auxílio. Socorrei-me sem demora”, ao qual segue “Glória ao Pai” com Aleluia 
(este se omite no tempo da quaresma). Tudo isso, porém, se suprime nas Laudes quando 
precedida do Invitatório. 
Imediatamente depois, se diz o hino correspondente, que foi disposto de 
maneira a dar colorido próprio a cada Hora, fazendo com que a oração comece com 
mais facilidade e encanto. 
Depois do hino, segue-se a salmodia. A salmodia das Laudes consta de um salmo 
matutino, seguido de um cântico do AT, e de outro salmo de louvor. A salmodia das a 
esta Hora e à sua celebração com o povo, e de um cântico tirado das Cartas dos 
Apóstolos ou do Apocalipse. Terminada a salmodia, faz-se a leitura, breve ou longa. A 
leitura breve muda de acordo com o dia, o tempo ou a festa. Deve ser lida e ouvida como 
verdadeira proclamação da Palavra. Na celebração com o povo, se parecer oportuno, 
poderá ser acrescentada breve homilia para explicar a leitura. 
Como resposta à Palavra de Deus, se oferece um canto responsorial ou 
responsório breve. Em seguida, solenemente, com sua antífona, diz o cântico 
evangélico, a saber: para as Laudes, o cântico de Zacarias (Benedictus); e para as 
Vésperas, o cântico da Virgem Maria (Magnificat). Esses cânticos expressam louvor e 
ação de graças pela redenção. A antífona do Benedictus e do Magnificat é indicada 
conforme o dia, o tempo ou a festa. 
Nas Laudes, terminado o cântico, seguem-se preces para consagrar a Deus o dia 
e o trabalho. Nas Vésperas, seguem-se as intercessões. Depois destas orações reza-se o 
Pai-nosso e encerra-se com a oração conclusiva. 
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Horas Médias 
A Hora Média começa com o versículo introdutório: “Vinde, ó Deus”. Depois se 
diz o hino correspondente a cada hora. Em continuação, seguem-se a salmodia, a leitura 
breve, e depois desta, o versículo. Conclui-se a Hora com a oração e, ao menos na 
recitação em comum, com a aclamação: “Bendigamos ao Senhor. Graças a Deus”. 
Completas 
As Completas começam, como as demais Horas, com o versículo “Vinde, ó Deus”. 
Em seguida, é louvável a prática do exame de consciência, que na celebração 
comunitária se faz em silêncio. A seguir diz o hino correspondente. Reza-se a salmodia 
e depois a leitura breve, seguido do responsório “Senhor, em vossas mãos”. Logo após, 
recita-se com sua antífona o cântico de Simeão. Reza-se a oração conclusiva e depois da 
bênção reza-se a antífona da Virgem Maria.

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