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Gestão de Custos
1ª edição
2018
Gestão de Custos
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Unidade 2
Sistemas/métodos de custeio
Para iniciar seus estudos
Bem-vindo(a) à segunda unidade da disciplina Gestão de Custos! 
Preparado(a) para começar? Nesta unidade, veremos sobre os custos 
diretos e indiretos e sua aplicação. Você perceberá que, para escolher o 
sistema de custeio adequado para a empresa, é preciso conhecer a ter-
minologia de custos e, principalmente, classificar corretamente os gastos. 
Veremos, também, sobre o rateio dos custos indiretos e a influência do 
cálculo na produção da empresa e as vantagens e desvantagens do cus-
teio na empresa, e as consequências da falta de controle nos sistemas e 
métodos de custos. Vamos em frente?
Objetivos de Aprendizagem
• Identificar problemas relacionados aos custos fixos no método de 
custeio por absorção, como suporte de informações gerenciais.
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Gestão de Custos | Unidade 2 - Sistemas / métodos de custeio
2.1 Introdução
Iniciaremos o conteúdo deste tópico apresentando um exemplo abordado por Ribeiro (2013). Suponha que uma 
senhora faz doces de abóbora. Obviamente, ela segue uma receita que diz quais os ingredientes utilizados, o 
modo de fazer, o tempo de preparo e o rendimento da receita. Juntando os ingredientes, e com algum tempo de 
preparo, a receita estará pronta e o doce de abóbora estará no ponto para ser degustado. Mas o que será preciso 
para sabermos qual é o custo deste doce? 
Primeiramente, precisaremos saber quanto custaram os ingredientes necessários para o preparo. Imagine que 
foram os seguintes ingredientes:
Tabela 2.1: Custo dos ingredientes
8 kg de abóbora R$ 8,40
1,5 kg de açúcar R$ 1,95
150 gramas de coco ralado R$ 3,70
6 gramas de cravo-da-índia R$ 0,80
Total R$ 14,85
Fonte: Adaptada de Ribeiro (2013).
Na Tabela 2.1, podemos observar que o total de ingredientes utilizados para a receita de doce de abóbora custou 
R$ 14,85, que corresponde à soma dos custos de todos os ingredientes. Esses são os custos que chamamos de 
diretos, ou seja, custos que estão diretamente ligados com a fabricação do doce.
Mas, além dos ingredientes, foram utilizados também o espaço da cozinha, a mesa, faca, panelas, fogão, colhe-
res, água, gás e energia elétrica. Sendo assim, podemos dizer que tanto os ingredientes citados anteriormente 
quanto os demais itens, aqui mencionados, compõem o custo do doce de abóbora. 
Trazendo esse exemplo para a parte técnica, podemos classificar os custos da seguinte maneira:
Parte direta – composta pelos gastos com aquisição dos ingredientes utilizados integralmente 
na fabricação (tecnicamente conhecidos por materiais) mais o custo das horas de trabalho (tec-
nicamente conhecido por mão de obra). A soma desses gastos é também denominada custo 
direto de fabricação, pois suas quantidades e seus valores são facilmente identificados em rela-
ção ao produto.
Parte indireta – composta pelos gastos com outros elementos que concorreram indiretamente 
na fabricação do doce, como: aluguel, depreciação, gás e energia elétrica (tecnicamente conhe-
cidos por gastos gerais de fabricação). (RIBEIRO, 2013, p. 11)
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Gestão de Custos | Unidade 2 - Sistemas / métodos de custeio
Figura 2.1: Análise dos custos de fabricação
Legenda: A figura apresenta uma pessoa analisando os gastos gerais da fabricação.
Fonte: Plataforma Deduca (2018).
Geralmente, os custos diretos de fabricação são facilmente identificados em relação ao produto, pois se tratam 
dos materiais utilizados (matérias-primas) e da mão de obra direta, ou seja, das pessoas que trabalharam direta-
mente na produção. Para os custos indiretos de fabricação, é necessário efetuar cálculos que permitam distribuir 
seu valor de forma adequada para cada unidade produzida. De acordo com Perez Jr., Oliveira e Costa (2012, p. 17), 
os custos indiretos são “[...] os custos que, por não serem perfeitamente identificados nos produtos ou serviços, 
não podem ser apropriados de forma direta para as unidades específicas”. Em nosso exemplo, o custo de gás (que 
é um custo indireto) terá um valor total, sendo que deverá ser feito um cálculo para que esse valor total possa ser 
distribuído para cada unidade de doce produzido. 
A distribuição do custo indireto total para as unidades produzidas chama-se rateio. A forma ou critério que será 
adotado para essa distribuição se chama base de rateio. 
Dando sequência ao nosso exemplo, se quisermos atribuir o custo dos utensílios (mesa, panela, fogão etc.), uti-
lizados na fabricação dos doces, para cada unidade produzida, deveremos levar em consideração o custo da 
depreciação desses produtos. Depreciação refere-se ao desgaste natural dos bens durante o tempo. Por meio 
dela, considera-se uma parcela do valor pago por um bem como sendo o custo do período de duração desse 
bem. 
 No exemplo da fabricação do doce de abóbora, quando consideramos a depreciação dos 
utensílios, estamos supondo que eles serão utilizados para a fabricação de muitas receitas 
de doces, e cada uma delas receberá uma parcela de seus custos de depreciação.
A partir dessa ideia, vamos acompanhar o cálculo do rateio dos custos indiretos no próximo tópico.
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2.2 Cálculo do rateio dos custos indiretos
Para o cálculo do rateio dos custos indiretos, devemos considerar alguns gastos como os utensílios, energia elé-
trica, gás e aluguel, se houver. Vamos entender um pouco mais sobre esses gastos.
A) Utensílios (depreciação)
No exemplo da fabricação do doce de abóbora, Ribeiro (2013) apresenta a hipótese de que o custo de deprecia-
ção do fogão, da mesa e dos demais utensílios utilizados seja de R$ 1.080,00 por ano, o que corresponde a R$ 
90,00 mensais (R$ 1.080,00/12 meses = R$ 90,00 por mês). Nesse exemplo, utilizaremos as horas de trabalho 
como critério de rateio. 
Figura 2.2: Tempo destinado à produção
Legenda: A figura apresenta sobreposição de calculadora, relógio e agenda para demons-
trar o fato de se levar em consideração as horas trabalhadas como critério de rateio.
Fonte: Plataforma Deduca (2018).
Então, supondo que foram gastas quatro horas para fazer o doce, temos que realizar as seguintes etapas para 
encontrar o valor da depreciação proporcional às horas gastas: 
1. Primeiro, devemos encontrar o custo da depreciação por dia, por meio da fórmula. Portanto, temos que 
dividir o custo mensal da depreciação pelo número de dias no mês: 
R$ 90,00/30 = R$ 3,00 por dia 
2. Depois, temos que encontrar o custo das horas necessárias na fabricação, por meio do cálculo dado pelo 
custo da depreciação diária, dividido pelas horas de trabalho diárias (8 horas), multiplicado pelas horas 
necessárias para a fabricação (4 horas), ou seja: 
(R$ 3,00/8) x 4 = R$ 1,50
Dessa forma, vemos que o custo equivalente aos utensílios, para essa receita, será de R$ 1,50. 
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B) Aluguel
Supondo que o local onde o doce de abóbora é fabricado seja alugado, teríamos também o custo do aluguel. 
Este é, igualmente, um custo indireto de fabricação e precisa ser rateado para distribuição correta dos valores no 
que se refere à fabricação do doce de abóbora. Levando-se em consideração que o custo de aluguel mensal seja 
de R$ 600,00, e utilizando o mesmo critério de rateio (horas de trabalho), devemos fazer os seguintes cálculos:
1. Dividir o custo de aluguel pela quantidade de dias no mês: 
R$ 600,00/30 dias = R$ 20,00 por dia
2. Lembrar que o tempo necessário para o preparo do doce é de 4 horas, ou meio dia de trabalho. Portanto, 
o custo de aluguel para a receita de doce de abóbora é de R$ 10,00, que corresponde ao custo de aluguel 
diário dividido por dois. Sendo assim, temos: 
R$ 20,00/2 = R$ 10,00
C) Gás – critério de rateio = horas de trabalho
Também temos que calcular o custo do gás para atribuir ao doce de abóbora. Assim: 
1. Imagine que o custo de um botijão de gás seja de R$ 13,00. Todo o gás do botijão é consumido em 130 
horas detrabalho. Logo, cada hora de gás consumido é obtida pelo cálculo do custo do botijão dividido 
pela quantidade de horas para seu consumo total, ou seja: 
R$ 13,00/130 = R$ 0,10 
2. Considerando que para produzir o doce são necessárias duas horas e meia com o fogão ligado, teremos 
que multiplicar o custo da hora de gás pela quantidade de horas necessárias para a produção do doce. 
Vejamos: 
2,5 horas x R$ 0,10 = R$ 0,25
Dessa forma, para uma receita de doce de abóbora, o custo com gás será de R$ 0,25.
D) Energia elétrica
Na casa onde o doce de abóbora foi produzido, é gasto um valor mensal de R$ 30,00 de energia elétrica. Consi-
derando que a casa possui dez cômodos, temos que:
1. A cozinha (onde é feita a produção) consome R$ 3,00 de energia elétrica. Se fizermos uma distribuição 
proporcional, teremos:
R$ 30,00/10 cômodos = R$ 3,00 mensais por cômodo
2. Então, para chegarmos ao consumo de energia diário da cozinha, basta dividir o valor mensal por 30 dias:
R$ 3,00/30 dias = R$ 0,10 por dia
3. Como sabemos, o tempo necessário para o preparo do doce é de meio dia (quatro horas), logo, o custo 
de energia elétrica para uma receita de doce de abóbora é de R$ 0,05, obtido pela divisão do custo diário 
de energia elétrica por dois: 
R$ 0,10/2 = R$ 0,05
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Figura 2.3: Conceito de energia eficiente
Legenda: A figura apresenta o conceito de energia eficiente, das letras de A 
a G, em que a letra A é a mais e a G é a menos eficiente.
Fonte: Plataforma Deduca (2018).
Assim, para fechar o custo do doce de abóbora, temos que fazer o cálculo de todos os custos indiretos necessá-
rios, tais como: gás, energia elétrica etc. Depois de efetuados todos os rateios de custos indiretos, basta somar 
todos os valores obtidos (de custos indiretos) com os custos diretos.
Tabela 2.2: Custos do doce de abóbora
Materiais R$ 14,85
Mão de obra R$ 8,00
Aluguel R$ 10,00
Depreciação R$ 1,50
Gás R$ 0,25
Energia elétrica R$ 0,05
Total R$ 34,65
Fonte: Elaborada pelo autor (2018).
Observe que o custo total da receita de doce de abóbora é de R$ 34,65, visto que o critério de rateio, utilizado 
nesse exemplo (horas de trabalho), é um dos muitos critérios utilizados pelas empresas. 
Cada empresa adotará o critério que melhor se adequar à sua realidade. De acordo com Perez Jr., Oliveira e Costa 
(2012), são exemplos de critérios de rateio: 
• a quantidade produzida; 
• o custo de materiais diretos; 
• o tempo de utilização de mão de obra direta; e
• a energia consumida por máquinas e equipamentos. 
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Os custos indiretos de fabricação englobam: 
• materiais indiretos;
• gastos gerais indiretos; 
• mão de obra indireta.
Resumidamente, podemos dizer que o cálculo de custos é a soma de três elementos (RIBEIRO, 2013), ou seja: 
Cálculo de Custos = Materiais + Mão de Obra + Gastos Gerais de Fabricação.
É importante observarmos que, quanto mais simples for o processo produtivo, mais fácil será o cálculo dos custos.
No nosso exemplo da receita de doce de abóbora, bastou identificar os três elementos da fórmula e calcular os 
custos indiretos. Mas, à medida que a empresa cresce e diversifica seus produtos, mais complexos também ficam 
os cálculos de custos. 
Figura 2.4: Planilha de custos
Legenda: A figura apresenta uma pessoa analisando custos indiretos.
Fonte: Plataforma Deduca (2018).
Para compreender melhor, reflita: se uma panificadora não faz somente doces de abóbora, mas também bolos 
e outros tipos de doces para comercializar, como apropriar os custos correspondentes a cada tipo de produto, 
sendo que ela utiliza a mesma estrutura, como cozinha, fogões etc.? Nessas situações, é preciso diversificar os 
critérios de rateio a serem utilizados para chegar o mais próximo possível da realidade de custos de cada produto. 
Por mais complexo que seja o cálculo, sempre será composto pelos três elementos básicos: materiais, mão de 
obra e gastos gerais de fabricação. O que mudará serão os critérios de rateio utilizados por cada empresa para 
apurar os gastos gerais de fabricação.
Cada situação específica requer atenção no momento de calcular os custos. Para enten-
der melhor sobre esse assunto, veja modelos com gráficos do SEBRAE, disponibilizados em 
<https://endeavor.org.br/contabilidade-custos/>, e confira os exemplos de custos diretos e 
indiretos.
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2.3 Conceito de contabilidade de custos
Segundo Perez Jr., Oliveira e Costa (2012), a empresa industrial é aquela que adquire determinada matéria-prima 
e a transforma em um novo produto acabado por meio de um processo que conta com o auxílio de máquinas, 
equipamentos e mão de obra especializada. De acordo com Ribeiro (2011), quando falamos em Custo Industrial 
estamos nos referindo aos procedimentos contábeis e extracontábeis necessários para se conhecer quanto cus-
tou para a empresa industrial a fabricação dos seus produtos, por meio do processo industrial.
Portanto, todos os gastos necessários para o processo de transformação de um produto deverão compor o seu 
custo.
 Nas empresas industriais, a preocupação com custos é constante, pois, em meio a todo o 
processo produtivo, é necessário buscar alternativas viáveis para maximizar o resultado da 
organização. Mas será que é somente nas indústrias que se calculam os custos?
Nas empresas industriais, e em qualquer organização, gastos são efetuados para a realização das tarefas do dia a 
dia. Esses gastos são registrados, analisados e codificados pela Controladoria, nos setores de Contabilidade Geral 
e de Custos (PEREZ JR.; OLIVEIRA; COSTA, 2012). Dessa forma, a função desse setor é separar os gastos em três 
grandes grupos: 
1. investimento: é todo gasto que a empresa faz com o intuito de obter alguma receita ou rendimento no 
futuro, por exemplo: a construção de uma nova unidade fabril. A empresa está desembolsando um valor 
no presente, mas, futuramente, obterá novas receitas e aumentará sua lucratividade;
2. despesas: são os gastos necessários para manter a fábrica em funcionamento, porém não estão liga-
dos ao processo produtivo. Exemplo: salário do pessoal do departamento administrativo. É necessário 
manter o controle administrativo, pois é preciso organizar as finanças, efetuando cobranças de clientes, 
pagando os fornecedores, emitindo notas fiscais, enfim, inúmeras atividades desempenhadas por esse 
setor. No entanto, essas atividades não estão diretamente relacionadas com a fabricação do produto, 
servem somente para a manutenção das atividades;
3. custos: são os gastos que estão diretamente ligados à produção. Por exemplo: matéria-prima, mão de 
obra direta e custos indiretos de fabricação. De acordo com Perez Jr., Oliveira e Costa (2012), os custos 
de produção são os gastos necessários para a produção de bens e serviços e as despesas são os gastos 
necessários para a geração de receitas. Portanto, o que compõe o custo do produto é o que será classifi-
cado pela contabilidade no grupo de custos. 
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Figura 2.5: Controle de Custo
Legenda: A figura apresenta uma pessoa verificando a necessidade de analisar as despesas e os custos.
Fonte: Plataforma Deduca (2018).
É importante notarmos que os investimentos serão levados ao custo dos produtos por meio da depreciação 
mensal. Ou seja, a cada mês, será distribuída uma parcela do valor investido para os produtos, os custos. Já as 
despesas serão levadas ao resultado da empresa, diminuindo o seu lucro. De forma bem resumida, será feito o 
seguinte cálculo:
Lucro = Receitas – Custos – Despesas 
Caso essa operação seja negativa, diz-se que a empresa teve prejuízo, do contrário, sendo positiva, obteve lucro. 
(-) Custos
(-) Despesas
(-) Lucro ou Prejuízo
O relatório que evidencia esse cálculo é o Demonstrativo de Resultado Econômico (ou do Exercício) – DRE. 
Essa demonstraçãotambém é de responsabilidade do setor de contabilidade.
Podemos dizer que essa separação dos gastos é necessária para que o resultado final da 
empresa seja apurado corretamente. Em (-) Custo, verificamos somente o custo dos pro-
dutos que foram efetivamente vendidos, sendo que o custo dos produtos que ficaram em 
estoque não será deduzido das receitas. 
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É importante que o resultado (lucro ou prejuízo) esteja corretamente calculado, pois é a partir desse valor que se 
determina (PEREZ JR.; OLIVEIRA; COSTA, 2012, p. 4):
• a participação da diretoria e dos demais executivos nos resultados da empresa;
• a remuneração dos acionistas, em forma de dividendos;
• a distribuição de lucros para os sócios;
• o Imposto de Renda e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido;
• os índices de lucratividade para fins de análise das demonstrações contábeis, visando à participação da 
empresa em processos de concorrência ou captação de recursos na rede bancária.
2.4 Campo de aplicação
A Contabilidade de Custos abrange todos os tipos de empresa, seja ela comercial, industrial ou prestadora de 
serviços. Nas empresas industriais, essa área exige mais atenção, pois todos os detalhes do processo devem ser 
levados em consideração.
Figura 2.6: Análise dos Custos
Legenda: A figura representa um gráfico de análise dos custos.
Fonte: Plataforma Deduca (2018).
Logo, essa é a principal característica que diferencia a empresa industrial dos demais tipos de empresas: as ativi-
dades operacionais de produção, responsáveis pelo processo de transformação de matérias-primas em produtos 
acabados (RIBEIRO, 2013). Porém, a produção industrial caracteriza-se não somente pela transformação, mas 
também pelo beneficiamento, montagem de peças e restauração. 
Vamos conhecer, com mais detalhes, cada tipo de indústria.
• Indústrias de transformação – transformam matéria-prima em produtos acabados. Pode ocorrer a 
transformação por processo mecânico, térmico ou químico. Exemplo: empresas que, a partir da madeira, 
produzem mesas, dormitórios, cadeiras etc. Elas são as chamadas indústrias de móveis de madeira. Além 
destas, temos também as indústrias siderúrgicas, petrolíferas etc.
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• Indústrias de beneficiamento – nesse caso, não há transformação, mas uma modificação ou aperfei-
çoamento do estado inicial do produto. Exemplo: empresas beneficiadoras de arroz, que apenas tiram as 
cascas e impurezas do produto. Também existem empresas que fazem o beneficiamento de peças para 
outras indústrias, como polimento, limagens etc.
• Indústrias de montagem de peças – como o próprio nome diz, essas indústrias montam as peças pro-
duzidas pelas indústrias de transformação. Por exemplo: indústrias automobilísticas, de rádios, de apare-
lhos de televisão, de relógios etc.
• Indústrias de restauração ou recondicionamento – essas indústrias recuperam produtos usados ou 
deteriorados. Exemplo: recondicionar um motor, reparar uma peça de um eletrodoméstico ou outro 
objeto, deixando-o pronto para o uso.
Dentro das categorias de indústria apresentadas anteriormente, pode-se encontrar diversos tipos de indústrias, 
de acordo com a natureza dos produtos que fabricam, tais como (RIBEIRO, 2013, p. 18):
• Indústrias de produtos metalúrgicos
- ferro e aço;
- produtos metalúrgicos não ferrosos;
- estruturas metálicas;
- utensílios domésticos.
• Indústrias de produtos mecânicos
- motores de combustão interna;
- rolamentos;
- câmaras e balcões frigoríficos;
- exaustores, aspiradores e ventiladores industriais;
- máquinas, aparelhos industriais.
• Indústrias de material elétrico e de comunicações
- motores, geradores e transformadores;
- lâmpadas;
- pilhas elétricas.
• Indústrias de produtos de madeira
- móveis;
- tacos para assoalho.
• Indústrias de móveis de aço.
• Indústrias de alimentos e congelados.
• Indústrias automobilísticas.
• Indústrias de papéis e derivados.
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• Indústrias de vidro.
• Indústrias de materiais plásticos.
• Indústrias farmacêuticas.
• Indústrias de cimento.
• Indústrias têxteis.
Veremos que, em todas essas indústrias, teremos um grande campo de aplicação da contabilidade e da gestão 
de custos. 
Figura 2.7: Fechamento do preço competitivo
Legenda: A figura apresenta uma pessoa analisando o fechamento do preço com-
petitivo, verificando o que foi positivo ou negativo.
Fonte: Plataforma Deduca (2018).
Nas indústrias, o controle de custos deve ser visto e entendido como uma ferramenta que complementa os pro-
cessos produtivos e gerenciais, pois cada detalhe do processo é importante e poderá ser determinante para o 
fechamento de um preço competitivo.
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Considerações finais
Vimos, nesta unidade, que o controle de custos deve ser entendido como 
uma ferramenta que complementa os processos produtivos e gerenciais. 
Verificamos alguns problemas relacionados aos custos fixos no método 
de custeio por absorção, como suporte de informações, por meio de 
exemplos práticos. Conhecemos o sistema de custeio existentes para 
adequarem à sua companhia. A empresa precisa entender das termino-
logias de custos e, especialmente, saber classificar claramente os custos 
e despesas. 
Vimos, também, que o rateio dos custos indiretos altera o cálculo na 
produção da empresa com as vantagens e desvantagens do custeio na 
empresa, sendo que as consequências são a falta de controle nos méto-
dos e sistema de custeio.
Referências
16
PEREZ JR., J. H.; OLIVEIRA, L. M.; COSTA, R. G. G. Gestão estratégica de 
custos. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
RIBEIRO, O. M. Contabilidade de Custos Fácil. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 
2013.

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