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Prévia do material em texto

Brasília-DF. 
Métodos e Medidas de PosicionaMento 
Geodésico Gnss
Elaboração
Prof. Ms. Márcio Felisberto da Silva
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
Sumário
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................. 5
ORGANIZAÇÃO DO CADERNO DE ESTUDOS E PESQUISA .................................................................... 6
UNIDADE I
CONSTELAÇÃO DE SATÉLITES ................................................................................................................. 9
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE POSICIONAMENTO GNSS ........................................................ 9
UNIDADE II
REDES DE REFERÊNCIAS ...................................................................................................................... 25
CAPÍTULO 1
NORMA TÉCNICA PARA GEORREFERENCIAMENTO DE IMÓVEIS RURAIS (3A EDIÇÃO 
INCRA/2014) ................................................................................................................... 25
CAPÍTULO 2
REDES DE MONITORAMENTO .................................................................................................. 37
CAPÍTULO 3
REDES ATIVAS DE MONITORAMENTO RBMC (IBGE) E RIBAC (INCRA) ......................................... 43
CAPÍTULO 4
RBMC-IP – REDE BRASILEIRA DE MONITORAMENTO CONTÍNUO DOS SISTEMAS GNSS EM TEMPO 
REAL ...................................................................................................................................... 51
CAPÍTULO 5
RIBAC – INCRA ...................................................................................................................... 55
CAPÍTULO 6
INTRODUÇÃO AO PROGRID, PROCESSAMENTO PPP E AJUSTAMENTO DE REDE GNSS ................ 58
UNIDADE III
PROCESSAMENTO DOS DADOS ........................................................................................................... 62
CAPÍTULO 1
PROCESSAMENTO PPP ........................................................................................................... 62
UNIDADE IV
POSICIONAMENTO GNSS .................................................................................................................... 74
CAPITULO 1
MÉTODOS DE POSICIONAMENTO GNSS .................................................................................. 74
4
CAPÍTULO 2
FONTES DE ERROS E PROCESSAMENTO DE SINAL .................................................................... 78
PARA (NÃO) FINALIZAR ..................................................................................................................... 89
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 96
5
Apresentação
Caro aluno
A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se 
entendem necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. 
Caracteriza-se pela atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela 
interatividade e modernidade de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da 
Educação a Distância – EaD.
Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade dos 
conhecimentos a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos específicos da 
área e atuar de forma competente e conscienciosa, como convém ao profissional que 
busca a formação continuada para vencer os desafios que a evolução científico-tecnológica 
impõe ao mundo contemporâneo.
Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo 
a facilitar sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na 
profissional. Utilize-a como instrumento para seu sucesso na carreira.
Conselho Editorial
6
Organização do Caderno 
de Estudos e Pesquisa
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em 
capítulos, de forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos 
básicos, com questões para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam a tornar 
sua leitura mais agradável. Ao final, serão indicadas, também, fontes de consulta, para 
aprofundar os estudos com leituras e pesquisas complementares.
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de 
Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes 
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor 
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita 
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante 
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As 
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Sugestão de estudo complementar
Sugestões de leituras adicionais, filmes e sites para aprofundamento do estudo, 
discussões em fóruns ou encontros presenciais quando for o caso.
Atenção
Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam para a 
síntese/conclusão do assunto abordado.
7
Saiba mais
Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/conclusões 
sobre o assunto abordado.
Sintetizando
Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando o 
entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.
Para (não) finalizar
Texto integrador, ao final do módulo, que motiva o aluno a continuar a aprendizagem 
ou estimula ponderações complementares sobre o módulo estudado.
8
9
UNIDADE ICONSTELAÇÃO DE 
SATÉLITES
CAPÍTULO 1
Introdução aos sistemas de 
posicionamento GNSS
Aos olhos de um simples observador, que se pega contemplando as constelações do 
firmamento, é possível que este consiga ver e imaginar apenas os astros luminosos, e 
certamente não terá uma visão integral do que mais existe no espaço que nos rodeia.
Dentre os diversos elementos presentes no espaço 24 horas por dia, estão algumas 
constelações de satélites artificiais orbitando a terra, a serviço de nos fornecer dados 
das mais diversas ordens e para as mais variadas finalidades, tais como a de uso 
militar, agricultura, monitoramento ambiental, clima, localização, navegação, aviação, 
comunicação, posicionamento diversos entre outros fins.
A esta constelação de satélites damos o nome de GNSS (Sistema Global de Navegação 
via Satélite), o qual é composto pelos sistemas GPS, GALILEO, GLONASS, BEIDOU/
COMPASS e NNSS-TRANSIT estando este último já desativado.
O sistema GNSS é utilizado para determinar a posição de um receptor em algum lugar 
na terra, no mar ou no espaço por meio de constelação de vários satélites artificiais, 
conforme pontuado anteriormente. 
Determinar a posição do receptor (ou seja, latitude, longitude e altura) baseia-se na 
distância calculada a partir de vários satélites. Cada satélite transmite continuamente 
uma mensagem de navegação, sendo que, normalmente três satélites são suficientes 
para determinar a longitude, latitude e a altura, embora o convencional sejam quatro 
satélites.
A formação desse conjunto de satélites iniciou-se a partir do lançamento do 
satélite Russo Sputnik I no ano de 1957 e que posteriormente se desencadeou no 
desenvolvimento e operacionalização do sistema GLONASS. 
10
UNIDADE I │ CONSTELAÇÃO DE SATÉLITES
Logo após, em 1958, os Estados Unidos da América lançou o satélite Vanguard e a partir 
desse momento deu-se inicio ao desenvolvimento do sistema NAVSTAR (Navigation 
Satellite whith Timing and Ranging).
Nove anos após o lançamento do Vanguard, um sistema de navegação que até então 
era utilizado apenas pela marinha americana, foi disponibilizado para uso civil, o qual 
era denominado de NNSS (Navy Navigation Satellite System) e também era conhecido 
pelo nome de Transit.
Entre os anos 1973 e1988 desenvolveram estudos, desenho e a construção do primeiro 
bloco de satélites do sistema GPS – Global Positioning System. Esse sistema foi 
desenvolvido pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos com a precisão de obter 
a posição, velocidade e horário de um determinado ponto sobre a superfície da Terra.
O sistema GALILEO por sua vez, surgiu a partir das restrições impostas pelos Estados 
Unidos aos demais países quanto a participação no desenvolvimento do sistema GPS. 
Dessa forma, em 1999 a União Europeia sugeriu que fosse desenvolvido um sistema 
próprio e independente, aberto a participação de demais países, compatível com o 
sistema GPS e com o sistema GLONASS, independente e controlado por civis.
Em setembro de 2015, dois novos satélites foram lançados, o Alba e o Oriana. 
Atualmente, o GALILEO possui 10 satélites em órbitas, um terço de sua constelação, 
mas até 2020 pretende estar com uma rede completa de 30 satélites em órbita.
O sistema BEIDOU que também é conhecido como COMPASS, começou a ser 
desenvolvido em 1983, tendo seu primeiro satélite lançado no ano de 2000. O ultimo 
lançamento foi em março de 2015.
Figura 1. Lançamento satélite em março de 2015.
Fonte: <www.beidou.gov.cn>.
11
CONSTELAÇÃO DE SATÉLITES │ UNIDADE I
O sistema BEIDOU de navegação por satélite é um sistema de navegação global por 
satélite da China, que foi desenvolvido com o intuito de manter a independência e 
manter a iniciativa e o poder de decisão nas próprias mãos. Objetiva-se equacionar o 
sistema de forma a ser aberto, compatível, estável e com uma tecnologia de confiança 
a fim de oferecer um serviço global, acelerando o desenvolvimento da indústria de 
navegação por satélite, ampliando o leque de possibilidades dentro do setor econômico 
e social do país.
Assim como o GPS, o sistema BEIDOU é composto de três segmentos: o espacial, de 
controle e o de usuário. O segmento espacial contém 5 satélites geoestacionários e 30 
satélites de órbita não geoestacionários. O segmento de controle é composto de uma 
série de estações. E o segmento usuário inclui terminais de sistema BEIDOU, bem como 
outros compatíveis com os outros sistemas de navegação por satélite.
Sistema GLONASS
O desenvolvimento do sistema GLONASS originou-se na União Soviética no ano 
de 1976. Os lançamentos de foguetes iniciaram em 12 de outubro de 1982 até que a 
constelação foi concluída em 1995. 
Durante a década de 1990, o sistema passou por um declínio até que em 2001, no 
governo de Vladimir Putin, o sistema foi restaurado e declarado como prioridade tendo 
o financiamento do programa espacial aumentado de forma bastante considerável. 
Segundo informações oficiais da Rússia, o sistema GLONASS é o programa mais caro 
da Agência Espacial Federal Russa, consumindo um terço do seu orçamento em 2010.
Até o no de 2010, o sistema GLONASS já tinha alcançado uma cobertura de 100% 
do território da Rússia e em outubro de 2011, a constelação orbital de 24 satélites foi 
ampliada, permitindo uma cobertura global completa. 
A arquitetura dos satélites GLONASS foi submetida a várias atualizações e redesenhamentos 
desenvolvendo dessa forma a versão mais recente conhecida como o GLONASS-K.
O programa GLONASS, como já mencionado, está entre as prioridades da política 
do Governo russo, cabe ressaltar que as metas para 2002-2011 foram alcançadas, 
demonstrando um desempenho de avanços semelhante ao sistema GPS.
Um novo programa GLONASS para os anos de 2012 a 2020 já foi aprovado em março 
de 2012. Dentre as suas principais metas estão a continuidade, modernização e 
ampliação do uso nas mais diversas finalidades, bem como tornar o sistema GLONASS 
um elemento essencial ao GNSS.
https://en.wikipedia.org/wiki/Satellite_constellation
https://en.wikipedia.org/wiki/Russian_Federal_Space_Agency
https://en.wikipedia.org/wiki/Geography_of_Russia
12
UNIDADE I │ CONSTELAÇÃO DE SATÉLITES
Figura 2. Símbolo do sistema GLONASS.
Fonte: <www.glonass-iac.ru>.
O programa conta atualmente com 28 satélites em órbita, sendo 26 GLONAS-M e 2 
GLONAS-K.
As várias versões do GLONASS são:
GLONASS - lançado em 1982, esses satélites tinham a intenção de trabalhar com o 
posicionamento, distância, tempo e medição de velocidade em qualquer lugar do mundo, 
sob o controle de militares e organizações oficiais.
GLONASS-M - lançado em 2003 com o intuito de adicionar o segundo código para 
uso civil.
Figura 3. Satélite modelo GLONASS-M.
Fonte: <www.glonass-iac.ru>.
GLONASS-K - começou em 2011 possuindo mais três tipos: K1, K2 e KM para pesquisa. 
Adicionando nessa fase, a terceira frequência para uso civil.
Figura 4. Satélite modelo GLONASS-K.
Fonte: <www.glonass-iac.ru>.
http://www.glonass-iac.ru
http://www.glonass-iac.ru
http://www.glonass-iac.ru
13
CONSTELAÇÃO DE SATÉLITES │ UNIDADE I
GLONASS-K2 - será lançado depois de 2015 (atualmente em fase de projeto).
GLONASS-KM - será lançado depois de 2025 (atualmente em fase de investigação).
A estrutura do sistema GLONASS é composta por:
 » Uma constelação de satélites distribuídos em três planos orbitais.
 » O Centro de Sistema de Controle (SSC) localizado na Krasnoznamensk.
 » Duas estações de uplink.
 » Um Relógio Central localizado no Schelkovo (próximo a cidade de Moscou).
 » Uma rede de monitoramento e quatro estações de medição (MS).
 » Cinco Telemetria, Rastreamento e Controle de estações (TT & C).
A infraestrutura do sistema GLONASS está organizado em dois segmentos, sendo eles: 
o segmento espacial e o segmento terrestre, complementando o terceiro segmento a 
partir dos receptores dos usuários, que compõem o segmento de usuário.
Segmento Espacial
As principais funções do segmento espacial são transmitir os sinais de radionavegação, 
armazenar e retransmitir a mensagem de navegação enviada pelo Segmento de Controle. 
O segmento espacial do sistema GLONASS é composto de um numero de 28 satélites 
operacionais, distribuídos em três planos orbitais. Os satélites operam em uma órbita 
circular com uma altitude de 19.100 km e uma inclinação de 64,8 graus, onde cada 
satélite completa a órbita em aproximadamente 11 horas e 15 minutos.
Segmento de Controle
O Segmento de Controle, ou Sistema de Controle Operacional, é o responsável pelo 
bom funcionamento do sistema GLONASS. Ele é composto por: 
 » Um Centro de Sistema de Controle (SSC). 
 » Uma rede de cinco Telemetrias. 
 » Centros de Rastreamento e Comando (TT & C). 
 » Um Relógio Central. 
 » Três estações de upload (UL). 
http://www.navipedia.net/index.php/GLONASS_General_Introduction
http://www.navipedia.net/index.php/GLONASS_Space_Segment
http://www.navipedia.net/index.php/GLONASS_Ground_Segment
http://www.navipedia.net/index.php/GLONASS_User_Segment
http://www.navipedia.net/index.php/GLONASS_Space_Segment
http://www.navipedia.net/index.php/GLONASS_General_Introduction
http://www.navipedia.net/index.php/GLONASS_General_Introduction
14
UNIDADE I │ CONSTELAÇÃO DE SATÉLITES
 » Duas Estações Variando de laser do satélite (SLR). 
 » Uma rede de monitoração e medição de Estações (MS). 
Além de toda essa estruturação distribuída ao logo do território Russo, outras seis 
estações de monitoramento e medição adicionais estão previstas para começar a operar 
em breve. 
O segmento conta ainda com um sistema de sincronização de todos os processos do 
sistema GLONASS, funcionando a partir de um relógio atômico de hidrogênio de alta 
precisão. Esse sistema é muito importante para a operacionalidade do sistema de 
forma apropriada.
Segmento de Usuário
O Segmento de Usuário representa os equipamentos receptores localizados na superfície 
terrestre que permitem rastrear os satélites do sistema GLONASS. É convencionado 
que para receber um posicionamento da forma mais adequado, é necessário que um 
receptor receba o sinal de quatro satélites: três para obter as coordenadas da posição e 
o quarto para determinar o tempo.
Embora a constelação do sistema GLONASS esteja se aproximando de uma cobertura 
global, sua comercializaçãoe especialmente o desenvolvimento do segmento de 
usuários, deixa um pouco a desejar se comparando com o sistema norte-americano 
GPS. Dessa forma, para melhorar a situação, o governo Russo tem promovido de forma 
ativa o uso e abertura do sistema GLONASS para o uso civil. 
O governo tem forçado todos os fabricantes de automóveis na Rússia a produzir carros 
equipados com o sistema GLONASS, bem como desde fevereiro de 2011, todos os 
automóveis de passageiros, veículos de transporte e os veículos que transportam materiais 
perigosos são obrigados a usar navegadores equipada com o sistema GLONASS.
Além disso, os esforços da Rússia para melhorar a precisão do sistema GLONASS já 
surte resultados, haja vista várias empresas de eletrônicos já anunciarem o lançamento 
de novos receptores com suporte total às inovações do GLONASS.
Sistema GALILEO
GALILEO é um sistema de navegação global por satélite desenvolvido pela Europa, o 
qual visa oferecer um serviço de posicionamento global altamente preciso sob o controle 
civil. Ele é compatível com o sistema GPS e o sistema GLONASS. 
http://www.navipedia.net/index.php/GLONASS_General_Introduction
http://www.navipedia.net/index.php/GLONASS_General_Introduction
http://www.navipedia.net/index.php/GLONASS_General_Introduction
http://www.navipedia.net/index.php/GLONASS_General_Introduction
15
CONSTELAÇÃO DE SATÉLITES │ UNIDADE I
Em 21 de outubro de 2011 foram lançados os primeiros dois dos quatro satélites 
operacionais. No ano seguinte, outros dois satélites foram lançados, em 12 de Outubro 
de 2012. E após ocorreu uma sucessão de lançamentos até o último ocorrido no dia 11 
de setembro de 2015, que na ocasião foram lançados mais dois satélites.
 » Segmento Espacial: O Segmento Espacial do sistema GALILEO, 
pretende concluir uma constelação total de 30 satélites em uma Órbita 
Média (MEO).
 » Segmento de Controle: Este segmento conta com um conjunto 
de diversas estações distribuídas globalmente, afim de dar apoio a 
determinação de órbitas e sincronização de tempo. Essas estações 
irão proporcionar dados para outras duas estações, uma responsável 
pelos dados de navegação e outro pela manutenção física do sistema. É 
importante ressaltar que esse segmento é considerado o coração de todo o 
sistema GALILEO.
Quadro 1. Status da Constelação do Sistema GALILEO.
Satélites
Nome 
Missão
Data
Lançamento
Nome 
Satélite
Status
Sat – 14 ------------------- ------------------- -------------------
Em curso
Sat – 13 ------------------- ------------------- -------------------
Sat – 12 ------------------- ------------------- -------------------
Sat – 11 ------------------- ------------------- -------------------
Sat – 10 Galileo Sat
9 e 10
11.09.2015
GSAT0206 Lançamento
RecenteSat – 09 GSAT0205
Sat – 08 Galileo Sat
7 e 8
28.03.2015
GSAT-204
Em Operação
Sat – 07 GSAT-203
Sat – 06 Galileo Sat
5 e 6
22.08.2014
GSAT-202
Em Operação
Sat – 05 GSAT-201
Sat – 04
IOV – 2 12.10.2012
GSAT-104
Sat – 03 GSAT-103
Sat – 02
IOV – 1 21.10.2011
GSAT-102
Sat – 01 GSAT-101
GIOV-B ------------------- 27.04.2008 ------------------- Desativado
GIOV-A ------------------- 28.12.2005 ------------------- Desativado
Fonte: <www.esa.int>.
 » Segmento de Usuário: Conforme observado nas características dos 
segmentos de usuário dos demais sistemas que já estudamos, notamos 
que é comum a definição apontada para uma diversidade de equipamentos 
receptores civis e militares que recebem o sinal emitido pela constelação de 
16
UNIDADE I │ CONSTELAÇÃO DE SATÉLITES
Satélites. Para o sistema GALILEO, não é diferente, haja vista o segmento 
de usuário abranger o uso do produto final a partir das mais variadas 
especificações de receptores. 
Sistema GPS
O Sistema de Posicionamento Global (GPS) é um sistema de navegação dos Estados 
Unidos da América, com base no espaço, fornecendo confiável serviço de posicionamento, 
navegação e cronometria aos usuários civis, de forma livre e desimpedida para todo 
o mundo. 
A partir de um receptor GPS, o sistema irá fornecer a localização e a hora exata em 
qualquer tempo, do dia ou da noite, em qualquer lugar do mundo sem limites para um 
número de usuários simultâneos.
O sistema GPS consiste em três segmentos: os satélites que orbitam a Terra (espacial), 
monitoramento (controle) de solo e das estações de controle e dos receptores (usuários) 
de GPS pertencentes a usuários. 
A partir do espaço, os satélites do sistema GPS transmitem sinais que são recebidos 
e identificados por receptores GPS em superfície. Estes por sua vez, recebem as 
coordenadas tridimensionais de latitude, longitude e altitude, e o tempo preciso local.
O sistema GPS está agora disponível para todos no mercado de pequenos receptores 
GPS portáteis. Com estes receptores, os usuários podem determinar com precisão a 
sua localização e facilmente navegar para o local onde se deseja ir, seja a pé, dirigindo, 
voando ou navegando. 
O sistema GPS é essencial em todos os sistemas de transporte do mundo, o qual oferece 
suporte para a navegação por ar, terra e mar, conforme já mencionado. 
Os serviços de emergência e assistência em catástrofes, também são bastante 
dependentes do sistema GPS para localização e determinação do tempo de coordenação 
das missões para salvar vidas.
Atividades cotidianas, como serviços de banco, telefonia celular e até mesmo redes de 
distribuição de energia, ganham no quesito de eficiência, haja vista à precisão fornecida 
pelo GPS. 
Os agricultores, topógrafos, geógrafos, geólogos, cartógrafos, geodésicos entre outros 
inúmeros usuários passam a trabalhar com mais eficiência, segurança, com mais 
economia e com mais precisão, graças aos sinais de GPS acessíveis de forma gratuita.
17
CONSTELAÇÃO DE SATÉLITES │ UNIDADE I
Os satélites GPS voam em órbita terrestre média (MEO) a uma altitude de cerca de 
20,200 km (12.550 milhas). Cada satélite orbita a Terra duas vezes por dia.
Figura 5. Modelo esquemático dos planos de órbitas do sistema GPS.
Fonte: <www.gps.gov>.
Quanto ao arranjo dos satélites da constelação GPS, estes são dispostos em seis planos 
orbitais igualmente espaçados em torno da Terra. 
A constelação de GPS é uma mistura de antigos e novos satélites composta por 
GPS do Bloco IIA (2a geração, Advanced), do Bloco IIR (Reposição), do Bloco IIR 
(M) (modernizada), do Bloco IIF (Siga-on ) e do BLOCO GPS III, conforme figuras 
a seguir.
Para simplificar nosso entendimento acerca dos blocos de satélites, é importante 
salientar o quanto o projeto de satélites GPS evoluiu com o tempo. Cada geração de 
satélites com características semelhantes é chamada de bloco. Dessa forma, vamos 
observar uma breve descrição dos diferentes blocos de GPS:
 » Bloco I: Onze satélites deste tipo foram lançados entre 1978 e 1985. A 
Disponibilidade Seletiva (S/A) não foi implementada e seu peso médio 
era de 845 kg. A vida média prevista era de 4,5 anos, embora alguns 
deles tenham durado até 10. Eles foram capazes de dar serviço de 
posicionamento por 3 ou 4 dias sem nenhum contato com o centro de 
controle.
 » Bloco II e IIA: São satélites operacionais que consistem em 28 satélites 
no total, lançados a partir de 1989 e muitos estão ainda em operação. 
Eles pesam cerca de 1.500 kg e tem uma vida média prevista de 7,5 anos. 
Desde 1990, uma versão melhorada foi usada, denominado Bloco IIA 
18
UNIDADE I │ CONSTELAÇÃO DE SATÉLITES
(avançado), com capacidade de comunicação mútua. Eles são capazes de 
fornecer o serviço de posicionamento por 180 dias sem nenhum contato 
com o segmento de controle. No entanto, no modo de funcionamento 
normal, eles se comunicam diariamente.
 » Bloco IIR: São satélites operacionais em substituição aos anteriores, 
a partir de 1997. Estes satélites estão sendo utilizados como peças de 
reposição para o Bloco II. Esse Bloco IIR é formado por um conjunto 
de 20 satélites, embora possa ser aumentada para mais 6 unidades. 
Eles pesam aproximadamente 2.000 kg e têm uma vida útil média de 
10 anos.Estes satélites podem determinar suas órbitas e calcular a sua 
própria mensagem de navegação autônoma. Eles têm a capacidade de 
medir distâncias entre si e transmitir dados para outros satélites ou para 
o segmento de controle. Esses satélites são capazes de operar cerca de 
meio ano sem qualquer apoio do Segmento de Controle e sem degradação 
na precisão das efemérides.
 » Bloco IIR-M: São satélites modernizados, onde incluem um novo sinal 
militar e o mais robusto sinal L2C civil. O primeiro satélite deste bloco foi 
lançado no dia 26 de setembro de 2005.
 » Bloco IIF: O primeiro satélite (SVN62) foi lançado no dia 28 de maio de 
2010. Estes satélites incluem o terceiro sinal civil na banda L5. Sua vida 
útil média é de cerca de 10 anos.
 » Bloco III: A nova geração de satélites GPS introduz melhorias significativas 
nas capacidades de navegação. Eles fornecem o quarto sinal civil na banda 
L1 (L1C). O primeiro lançamento está previsto a partir de 2017.
Figura 6: Satélites Bloco II e IIA.
Fonte: <www.gps.gov>.
19
CONSTELAÇÃO DE SATÉLITES │ UNIDADE I
Figura 7: Satélites Bloco II R.
Fonte: <www.gps.gov>.
Figura 8: Satélites Bloco II R-M.
Fonte: <www.gps.gov>.
Figura 9: Satélites Bloco II F.
Fonte: <www.gps.gov>.
20
UNIDADE I │ CONSTELAÇÃO DE SATÉLITES
Figura 10: Satélites Bloco III.
Fonte: <www.gps.gov>.
A política dos Estados Unidos para manter a liderança no serviço de sistemas de 
navegação por satélite possui metas para atender a crescente demanda por melhoria 
do desempenho dos serviços de GPS, bem como para manter a competitividade com os 
sistemas de navegação por satélites internacionais.
Figura 11. Metas para desenvolvimento e modernização do sistema GPS.
Fonte: <www.gps.gov>.
Segmentos do Sistema GPS
Como já fora visto, o Sistema de Posicionamento Global (GPS) é um sistema de 
propriedade norte-americana, disponibilizado a uma gama de usuários. Este sistema é 
composto por três segmentos: o segmento espacial, o segmento de controle e o segmento 
do usuário. 
Espacial
Neste segmento inclui os satélites e os foguetes Delta que lançam satélites a partir de 
Cabo Canaveral, na Flórida. 
21
CONSTELAÇÃO DE SATÉLITES │ UNIDADE I
Os satélites GPS (mínimo de vinte e quatro satélites) voam em órbitas circulares (seis 
planos orbitais) a uma altitude de 10.900 milhas náuticas ou 20.200 km e com um 
período de 12 horas. 
As órbitas são inclinadas em relação a linha do equador, em 55º para garantir a cobertura 
das regiões polares.
Alimentado por células solares, os satélites mantém uma orientação constante a fim de 
apontar os seus painéis solares em direção ao sol e sua antena para a Terra. Cada um 
dos satélites, posicionados seus planos orbitais, circula a Terra duas vezes por dia.
Os satélites são compostos por:
 » Painéis solares - Cada satélite está equipado com painéis solares. 
Estes painéis captam a energia do sol, que fornece energia para o satélite 
durante toda a sua vida.
 » Componentes externos – Esses componentes tais como antenas. O 
exterior de um satélite GPS tem uma variedade de antenas. Os sinais 
gerados pelo transmissor de rádio são enviados para os receptores GPS 
por meio da antena G-banda. Outro componente é o transmissor de 
rádio, o que gera o sinal. Cada um dos satélites 32 transmite o seu próprio 
código único no sinal.
 » Componentes internos - Compreende os relógios atômicos e os 
transmissores de rádio. Cada satélite contém quatro relógios atômicos. 
Estes relógios são precisos, pelo menos, um bilionésimo de um segundo 
ou um nanossegundo. Uma imprecisão relógio atômico de 1 / 100th de 
um segundo se traduziria em uma medida (ou que varia) de erro de 1.860 
milhas para o receptor GPS.
Controle
É o segmento responsável por controlar o todo sistema, incluindo a implantação 
e manutenção do mesmo, rastreamento dos satélites em suas órbitas, bem como os 
parâmetros do relógio. Monitoramento de dados auxiliares e envio de mensagem de 
dados para os satélites. 
O segmento de controle também é responsável pela criptografia de dados e proteção 
contra o serviço de usuários não autorizados e está estruturado em uma estação principal 
(mestre/master), estação de monitoramento e um grupo de antenas terrestres.
22
UNIDADE I │ CONSTELAÇÃO DE SATÉLITES
Figura 12. Estruturação do Segmento de Controle do sistema.
Fonte: <www.gps.gov>.
A estação de controle mestre, localizado na Base Aérea de Schriever no Colorado, é 
responsável pela gestão global dos sítios de monitoramento e de transmissão remotas, 
calculando não só posição, mas também a velocidade, ascensão direita e parâmetros de 
declinação para eventual envio de satélites GPS.
As estações de monitoramento consistem em seis estações localizadas na Base de Dados 
de Schriever Força Aérea no Colorado, em Cabo Canaveral na Flórida, no Havaí, na Ilha 
de Ascensão no Oceano Atlântico, em Diego Garcia no Oceano Índico e em Kwajalein 
Ilha no Pacífico Sul. 
Outras seis estações de monitoramento adicionais foram adicionados a partir de 2005, 
sendo elas na Argentina, no Bahrein, no Reino Unido, no Equador, em Washington e na 
Austrália. Cada uma das estações de monitoramento verifica a altitude exata, a posição, 
a velocidade e a integridade geral dos satélites em órbita. 
O segmento de controle utiliza medições recolhidas pelas estações de monitoramento 
para predizer o comportamento da órbita de cada satélite e seu respectivo relógio. 
Este segmento também assegura que as órbitas dos satélites GPS e seus relógios 
permaneçam dentro de limites aceitáveis. 
Uma estação pode localizar até 11 satélites de cada vez. Este check-up é realizado duas 
vezes por dia, por cada estação, quando os satélites completam as suas viagens em 
torno da Terra. 
As variações observadas, como as causadas pela gravidade da lua, do sol e da pressão da 
radiação solar, são passadas junto à estação de controle mestre.
As antenas terrestres desempenham o papel de monitorar e rastrear os satélites de 
horizonte a horizonte. Eles também transmitem informações corretivas aos satélites de 
forma individualizada.
23
CONSTELAÇÃO DE SATÉLITES │ UNIDADE I
Usuário
No que diz respeito ao segmento de usuário inclui equipamentos militares e civis que 
recebem os sinais GPS. Os equipamentos militares receptores do sinal GPS são os 
integrados em equipamentos de caças, bombardeiros, tanques, helicópteros, navios, 
submarinos, tanques, jipes e soldados. 
Além das atividades básicas de navegação, aplicações militares, o sistema GPS possibilita 
a designação de alvos, o apoio aéreo aproximado e as armas “inteligentes”.
Com o aumento da popularidade de receptores GPS ao longo dos últimos anos, a 
comunidade civil passou a utilizar o sistema GPS de forma ampla e diversificada.
Os sistemas de rastreamento GPS são usados para encaminhar e monitorar entrega por 
vans e veículos de emergência. 
Na agricultura de precisão, o GPS é usado para orientar com precisão máquinas agrícolas 
empregadas na lavoura, no plantio, adubação e a colheita. 
Nos smartphones com o recurso de mapa de navegação GPS ou aplicações similares. 
As previsões para a aviação prometem ser revolucionárias. Como as viagens aéreas 
quase dobrou no século XXI, o GPS pode representar uma pedra angular do futuro 
sistema de gestão do tráfego aéreo (ATM) que irá manter elevados níveis de segurança, 
além de reduzir os atrasos e aumentar a capacidade das vias aéreas. 
Para promover este futuro sistema de ATM, o objetivo é estabelecer e manter uma 
capacidade de navegação baseada em satélite para todas as fases do voo.
Estrutura do Sinal no Sistema GPS
 » Este código L1 do GPS (1575,42 MHz) voltou a ser a banda mais importante 
para fins de navegação. A maioria das aplicações no mundo hoje em 
dia é baseada nos sinais transmitidos nessa frequência. Três sinais são 
transmitidos no momento por GPS em L1: Código C / A, o código P (Y) e 
M-Code. No futuro, um novo sinal civil adicional, conhecido como L1C, 
também será transmitido. 
O sinalde código C / A foi pensado principalmente para aquisição do código P (ou Y) e 
tornou-se hoje o sinal mais importante para aplicações. O código P é o sinal de precisão 
e é codificado pelo código de precisão. 
Além disso, o código Y é usado em lugar do código P sempre que o modo de funcionamento 
do Antifalsificação (A / S) é ativado.
24
UNIDADE I │ CONSTELAÇÃO DE SATÉLITES
O sinal militar modernizado (M-Code) é projetado exclusivamente para uso de fins 
militares e destina-se na eventual substituição do código P (Y). Esse sinal (M-Code) 
fornece melhor resistência do que o sinal P (Y), com um poder bem maior sem 
interferência com código C / A ou P (Y). Além disso, o M-Code prevê a aquisição de 
sinal mais robusto do que é conseguido hoje, além de oferecer uma melhor segurança 
em termos de exclusividade, autenticação e de confidencialidade, juntamente com a 
distribuição de chaves aerodinâmicas. Em outros aspectos, o sinal M-Code, é possível 
explicar que, fornece um desempenho com mais flexibilidade e bem melhor que o 
código P (Y). 
O sinal de L1 Civil (L1C), é constituído por dois componentes principais; um denominado 
L1 Cp, para representar o sinal piloto e outro L1 Cd, para os canais de dados. Este sinal 
é espalhado por um código que varia e é modulado por uma mensagem de dados.
 » O código L2 do GPS está transmitindo na banda L2 (1227,60 MHz) um 
sinal civil modernizado conhecido como L2C juntamente com o P (Y) e 
o Código M-Code. Como podemos observar, o código P (Y) e o M-código 
já foram explanados nos parágrafos anteriores e as propriedades e 
parâmetros são semelhantes às da banda L1. Além disso, para o Bloco 
IIR-M, IIF, e blocos subsequentes, existem dois códigos adicionais que 
vão ser transmitidos. Eles são o L2 moderado (L2 CM) e o código L2 
Longa Civil (L2 CL).
 » O código L5 do GPS (1176,45 MHz) foi transmitido pela primeira vez a 
bordo de satélites IIF e seu desenvolvimento busca sobretudo atender a 
demanda do segmento aéreo. Em comparação com L1 C/A e L2, estas são 
algumas das mudanças em L5:
 » Melhoria da estrutura do sinal para um melhor desempenho;
 » Maior potência transmitida do sinal L1 / L2 (~ 3 dB, ou 2 × tão poderoso);
 » Maior largura de banda, onde oferece 10 × ganho de processamento, 
fornece mais nítida autocorrelação (em termos absolutos, não em relação 
ao tempo de duração) e requer uma taxa de amostragem maior no receptor;
 » Códigos mais de espalhamento (10 × maiores do que C / A);
 » Usa a banda Aeronáutica Radionavigation Serviços.
https://en.wikipedia.org/wiki/Processing_gain
25
UNIDADE IIREDES DE REFERÊNCIAS
CAPÍTULO 1
Norma Técnica para 
Georreferenciamento de Imóveis Rurais 
(3a Edição INCRA/2014)
O Georreferenciamento é a descrição dos limites de um imóvel rural por um profissional 
credenciado contendo as coordenadas dos vértices definidores dos limites dos imóveis 
rurais georreferenciados ao Sistema Geodésico Brasileiro e com precisão posicional 
fixada pelo Incra e apresentadas neste capítulo. 
A Norma Técnica para Georreferenciamento de Imóveis Rurais que já está em sua 
terceira edição publicada em 2013, traz em seu conteúdo todas as condições que se 
exigem para a execução dos serviços de georreferenciamento de imóveis rurais.
De início, a referida Norma já fixa de forma pontual a necessidade de se seguir o que 
dispõe a Lei no 6.015, de 31 de dezembro de 1973, em seus artigos 176 e 225, os quais 
trazem os seguintes textos:
Art. 176...
§ 3o Nos casos de desmembramento, parcelamento ou remembramento 
de imóveis rurais, a identificação prevista na alínea a do item 3 do inciso 
II do § 1o será obtida a partir de memorial descritivo, assinado por 
profissional habilitado e com a devida Anotação de Responsabilidade 
Técnica - ART, contendo as coordenadas dos vértices definidores dos 
limites dos imóveis rurais, georreferenciadas ao Sistema Geodésico 
Brasileiro e com precisão posicional a ser fixada pelo INCRA, garantida 
a isenção de custos financeiros aos proprietários de imóveis rurais cuja 
somatória da área não exceda a quatro módulos fiscais. (Parágrafo 
acrescido pela Lei no 10.267, de 28/8/2001) 
26
UNIDADE II │ REDES DE REFERÊNCIAS
§ 4o A identificação de que trata o § 3o tornar-se-á obrigatória para 
efetivação de registro, em qualquer situação de transferência de imóvel 
rural, nos prazos fixados por ato do Poder Executivo. (Parágrafo 
acrescido pela Lei no 10.267, de 28/8/2001).
Art. 225...
§ 3o Nos autos judiciais que versem sobre imóveis rurais, a localização, 
os limites e as confrontações serão obtidos a partir de memorial 
descritivo assinado por profissional habilitado e com a devida Anotação 
de Responsabilidade Técnica - ART, contendo as coordenadas dos 
vértices definidores dos limites dos imóveis rurais, georreferenciadas 
ao Sistema Geodésico Brasileiro e com precisão posicional a ser fixada 
pelo INCRA, garantida a isenção de custos financeiros aos proprietários 
de imóveis rurais cuja somatória da área não exceda a quatro módulos 
fiscais. (Parágrafo acrescido pela Lei no 10.267, de 28/8/2001)”.
A lei foi elaborada em substituição a um decreto de 1969 que foi revogado e dessa forma, 
quatro anos depois, foi publicado o novo texto legal em questão Lei no 6.015 que, como 
já mencionado, versa sobre o registro de imóveis.
No ano de 2001, uma nova lei foi criada para alterar alguns temas da Lei no 6.015. Essa 
lei é a no 10.267/2001, a qual representa grande importância pelo fato de atuar, entre 
outras coisas, como elemento unificador do Cadastro Nacional de Imóveis Rurais e o 
Registro de Imóveis.
Além da legislação na qual foi apresentada, a Norma Técnica para Georreferenciamento 
de Imóveis Rurais ainda determina que tanto as terras públicas quanto privadas 
devem seguir esta normativa de forma indistinta e sua aplicação está condicionada às 
especificações dos seguintes documentos: 
 » Manual Técnico de Limites e Confrontações, publicado pelo INCRA. 
 » Manual Técnico de Posicionamento, publicado pelo INCRA. 
Durante toda a rotina de trabalho do profissional que está realizando o georreferenciamento 
de imóveis rurais, deve se levar em consideração de forma determinante, a aplicação 
das informações contidas nos manuais acima colocados, no que consta quando citados 
nessa Norma.
Quando aos procedimentos referentes ao trabalho com GNSS, é imprescindível que se 
atente aos conteúdos do manual técnico de Posicionamento.
27
REDES DE REFERÊNCIAS │ UNIDADE II
Normas e resoluções do IBGE sobre o Sistema 
Geodésico Brasileiro - SGB
O desenvolvimento do Sistema Geodésico Brasileiro - SGB, composto pelas redes 
altimétrica, planimétrica e gravimétrica pode ser dividido em duas fases distintas: uma 
anterior e outra posterior ao advento da tecnologia de observação de satélites artificiais 
com fins de posicionamento. No Brasil, essa tecnologia possibilitou, por exemplo, a 
expansão do SGB na região amazônica, permitindo o estabelecimento do arcabouço de 
apoio ao mapeamento sistemático daquela área.
Inicialmente, na década de 70, eram observados os satélites do Sistema TRANSIT. Em 
fins da década de 80, o IBGE, por meio do seu Departamento de Geodésia, criou o 
projeto GPS com o intuito de estabelecer metodologias que possibilitassem o uso pleno 
da tecnologia do Sistema NAVSTAR/GPS, que se apresentava como uma evolução dos 
métodos de posicionamento geodésico até então usados, mostrando-se amplamente 
superior nos quesitos rapidez e economia de recursos humanos e financeiros.
Rede Planimétrica
O início dos primeiros levantamentos geodésicos no Brasil foram realizados em 
outubro de 1939 pelo então Conselho Nacional de Geografia (CNG). O objetivo desses 
levantamentos era determinar coordenadas astronômicas em cidades e vilas para a 
atualização da Carta do Brasil ao Milionésimo de 1922. Em 1944, foi medida a primeira 
base geodésica nas proximidades de Goiânia, iniciava-se o estabelecimento sistemático 
do Sistema Geodésico Brasileiro (SGB) em sua componenteplanimétrica, pelas 
medições de latitudes e longitudes materializados por um conjunto de pontos (pilares, 
marcos ou chapas) situados sobre a superfície terrestre pelo método da triangulação e 
densificado pelo método de poligonação. Tais métodos, denominados de “clássicos”, 
foram aplicados até meados da década de 90 e os equipamentos utilizados eram os 
teodolitos e medidores eletrônicos de distâncias.
Concomitantemente, na década de 70, iniciaram-se as operações de rastreio de satélites 
artificiais do sistema Navy Navigation Satellite System (NNSS) da Marinha Americana, 
também conhecido por sistema TRANSIT. Esta metodologia foi inicialmente aplicada 
no estabelecimento de estações geodésicas na Amazônia, nos quais os métodos clássicos 
eram impraticáveis devido às dificuldades impostas pelas características da região.
No ano de 1991, o IBGE adquiriu quatro receptores do Global Positioning System 
(GPS) e começou a utilizar a tecnologia GPS na densificação dos marcos planimétricos 
do Sistema Geodésico Brasileiro. Teve início, assim, a era GPS no IBGE, que prevalece 
28
UNIDADE II │ REDES DE REFERÊNCIAS
até os dias de hoje. A primeira campanha ocorreu no início de 1991, inserida em um 
projeto de âmbito mundial conhecido como GPS for IERS and Geodinamics (GIG91).
A operacionalização da RBMC (Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo do Sistema 
GPS) em 1996 implantou o conceito de redes ‹ativas› por meio do monitoramento 
(rastreio) contínuo de satélites do Sistema GPS. Diariamente, todos os dados coletados 
nas estações da RBMC são transferidos automaticamente e disponibilizados aos 
usuários em formato RINEX.
O Projeto Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas (SIRGAS) tem a 
participação de países da América Latina e Caribe. No contexto deste projeto foram 
estabelecidas 2 redes de referência para o continente, uma estabelecida em 1995 e outra 
em 2000. A partir destas redes, de precisão científica, serão apoiadas as redes nacionais 
americanas.
No Workshop do Grupo de Trabalho I - Sistema de Referência, realizado em agosto 
de 2006, foram estabelecidos 5 «Centros de Análises» com o objetivo de processar, 
comparar e combinar os dados GPS das estações permanentes localizadas nos países 
da América Latina e Caribe. O trabalho realizado por estes centros visa à manutenção 
da Rede de Referência SIRGAS e a integração desta com a Rede Global do International 
GNSS Service (IGS).
Rede Altimétrica
Em 13 de Outubro de 1945, a Seção de Nivelamento (SNi) iniciava os trabalhos de 
Nivelamento Geométrico de Alta Precisão, dando início ao estabelecimento da Rede 
Altimétrica do Sistema Geodésico Brasileiro (SGB). No Distrito de Cocal, Município de 
Urussanga, Santa Catarina, onde está localizada a Referência de Nível RN 1-A, a equipe 
integrada pelos Engenheiros Honório Beserra - Chefe da SNi -, José Clóvis Mota de 
Alencar, Péricles Sales Freire e Guarany Cabral de Lavôr efetuou a operação inicial de 
nivelamento geométrico no IBGE.
No mês de dezembro de 1946, foi efetuada a conexão com a Estação Maregráfica de Torres, 
Rio Grande do Sul, permitindo, assim, o cálculo das altitudes das Referências de Nível já 
implantadas. Concretizava-se, assim, o objetivo do Professor Allyrio de Mattos de dotar 
o Brasil de uma estrutura altimétrica fundamental, destinada a apoiar o mapeamento 
e servir de suporte às grandes obras de engenharia, sendo de vital importância para 
projetos de saneamento básico, irrigação, estradas e telecomunicações.
Em 1958, quando a Rede Altimétrica contava com mais de 30.000 quilômetros de linhas 
de nivelamento, o Datum de Torres foi substituído pelo Datum de Imbituba, definido 
29
REDES DE REFERÊNCIAS │ UNIDADE II
pela estação maregráfica do porto da cidade de mesmo nome, em Santa Catarina. Tal 
substituição ensejou uma sensível melhoria de definição do sistema de altitudes, uma 
vez que a estação de Imbituba contava na época com nove anos de observações, bem 
mais que o alcançado pela estação de Torres.
Ajustamentos da RAAP
A Rede Altimétrica de Alta Precisão (RAAP) do Sistema Geodésico Brasileiro (SGB) 
passou por diversos processos de ajustamento manuais das observações de nivelamento 
(1948, 1952, 1959, 1962, 1963, 1966, 1970 e 1975), conforme seu desenvolvimento e as 
ferramentas de cálculos disponíveis a cada época. O último ajustamento, denominado 
Ajustamento Altimétrico Global Preliminar (AAGP), foi finalizado em 1993 e corrigiu 
alguns problemas dos ajustamentos anteriores, como a aplicação da redução 
pseudo-ortométrica, que trata apenas do efeito do não paralelismo das superfícies 
equipotenciais do campo da gravidade normal. Contudo, devido à limitação dos 
programas, o AAGP foi realizado de forma a particionar a RAAP em vários macrocircuitos 
(MMCC) e ajustamentos independentes.
Somente no início de 2005, foi possível iniciar o processo que levou ao ajustamento 
simultâneo, concluído em maio e disponibilizado em 20 de junho deste ano. 
A organização e a preparação de todos os dados da RAAP, observações e memoriais 
descritivos, demandaram a geração de programas específicos de crítica dos dados, 
no qual foram identificadas e corrigidas as inconsistências encontradas. Assim, foi 
possível incluir estações que anteriormente receberam valores preliminares e cerca 
de 12.000 que ainda não haviam sido calculadas. Também foram identificadas áreas 
que precisam de novas medições, confirmada a necessidade de manutenção de várias 
estações geodésicas existentes e construção de novas.
Para o cálculo do ajustamento foi utilizado o software canadense denominado GHOST 
(Geodetic adjustment using Helmert blocking Of Space and Terrestrial data), que 
permite o ajustamento simultâneo de grandes redes geodésicas. Neste ajustamento 
foram incluídas todas as RRNN medidas e não calculadas, antes e depois do AAGP, e 
as RRNN pertencentes aos “ramais” das linhas de nivelamento. Como resultado, foram 
disponibilizadas altitudes ajustadas de aproximadamente 69000 RRNN, juntamente 
com seus respectivos desvios-padrão, propagados desde a origem da Rede, no marégrafo 
de Imbituba/SC.
Com a impossibilidade de estabelecimento de Referências de Nível no entorno do baixo 
Rio Amazonas, a pequena porção da Rede Altimétrica existente no estado do Amapá 
não pode ser conectada a Imbituba, levando a utilização do nível médio do mar no 
Porto de Santana entre 1957 e 1958, originando o Datum Santana.
30
UNIDADE II │ REDES DE REFERÊNCIAS
É importante ressaltar que a introdução de novas observações, a metodologia utilizada e 
as inconsistências corrigidas ocasionaram mudanças nas altitudes das antigas estações.
Rede Gravimétrica xz
A informação gravimétrica reveste-se de primordial importância em diversas áreas 
das ciências da Terra, como, por exemplo, na Geodésia (estudo da forma -geoide- e 
dimensões da Terra), na geologia (investigação de estruturas geológicas) e na geofísica 
(prospecção mineral).
Em 1956, o IBGE iniciou um programa visando o estabelecimento do datum (sistema 
geodésico de referência) horizontal para o Brasil. Durante o projeto, foram determinadas 
mais de 2.000 estações gravimétricas em torno do VT Chuá, ponto origem, situado 
em Minas Gerais. Com o término dos trabalhos, o IBGE executou diversos outros 
levantamentos gravimétricos em conjunto com universidades e institutos de pesquisa.
Contudo, a gravimetria somente adquiriu um caráter sistemático a partir de 1990, 
quando o IBGE estabeleceu estações gravimétricas visando recobrir os grandes vazios 
de informação de aceleração da gravidade que existem, especialmente nas regiões 
norte, centro-oeste e nordeste do Brasil. Desde então, mais de 26.000 estações foram 
estabelecidas nestas regiões.
Com a tecnologia GPS, a determinação do geoide reveste-se de grande importância no 
posicionamento vertical. Apesar do GPS ser um sistema tridimensional, as altitudes 
fornecidas por ele estão em um sistema altimétrico diferente daquele em que estão 
as obtidas pelos métodos clássicos de nivelamento(geométrico, trigonométrico e 
barométrico). Isso faz com que as altitudes GPS não possam ser diretamente comparadas 
com as altitudes e mapas fornecidos pelo IBGE e outros institutos brasileiros. O mapa 
geoidal representa a conversão entre os dois sistemas de altitude. Para que essa 
tecnologia GPS seja plenamente aproveitada, proporcionando economia de tempo e 
recursos, necessita-se de um mapa geoidal cada vez mais preciso, já que a precisão da 
transformação é função da precisão na determinação do geoide.
O IBGE, em convênio de cooperação científica com a Escola Politécnica da USP, 
mantém um projeto cujo objetivo é a determinação e o constante refinamento do mapa 
de ondulações geoidais brasileiro. Neste sentido, tem disponibilizado versões cada vez 
mais precisas e atualizadas do mapa geoidal, sendo a última versão o MAPGEO2004.
A determinação de altitudes científicas (ortométricas, normais etc), requer de 
informação gravimétrica para sua determinação. Assim sendo, desde 2006 campanhas 
de levantamentos gravimétricos vêm sendo executadas sobre as linhas principais de 
31
REDES DE REFERÊNCIAS │ UNIDADE II
nivelamento, com a finalidade de auxiliar no cálculo destas altitudes e facilitar a conexão 
da Rede Altimétrica Brasileira com as Redes dos países vizinhos.
Redes Estaduais GPS
Com as demandas cada vez maiores da sociedade para a utilização do GPS como 
ferramenta, as redes GPS estaduais procuram suprir essas demandas atuais que tendem 
a crescer cada vez mais ampliadas devido à utilização das técnicas de posicionamento 
por satélites artificiais. Como exemplo dessas necessidades da sociedade, podemos 
citar a Lei no 10.267/2001 estabelecida pelo INCRA, visando georreferenciar todas as 
propriedades rurais existentes no país, tendo como referência o Sistema Geodésico 
Brasileiro - SGB.
Pretende-se, ao estabelecê-las, que todas as Unidades da Federação possuam uma rede 
altamente precisa e conectada entre si, tendo como referência a Rede Brasileira de 
Monitoramento Contínuo (RBMC) como mostra a figura a seguir, a qual é a principal 
estrutura geodésica no território nacional.
Figura 13. Rede RBMC.
Fonte: <www.ibge.gov.br>.
32
UNIDADE II │ REDES DE REFERÊNCIAS
Até dezembro de 2006 foram estabelecidas 13 redes GPS estaduais (abrangendo 18 
estados) são eles: São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, 
Santa Catarina, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Acre e 
a rede Nordeste. A rede Nordeste foi um caso a parte, pois foi estabelecida em uma única 
campanha de medição contemplando os estados de Alagoas, Sergipe, Pernambuco, 
Paraíba e Rio Grande do Norte.
A localização de cada marco é previamente escolhida juntamente com representantes 
de instituições federais, estaduais e municipais de forma a zelar pela integridade física 
do marco, isto é, evitar abalos que possam interferir nas coordenadas ou até mesmo a 
sua destruição. Em muitos casos, os marcos ficam em instituições de ensino.
A implantação de uma rede geodésica estadual vem a colaborar na elaboração dos 
seguintes produtos e informações:
 » Confecção de mapas e cartas;
 » Referência para obras de engenharia tais como: construção e pavimentação 
de rodovias e estradas, construção de pontes, viadutos e túneis;
 » Demarcação de unidades estaduais, unidades municipais, áreas indígenas, 
áreas de proteção ambiental;
 » Regulamentação fundiária;
 » Transmissão de energia;
 » Abastecimento de água etc.
Portanto, o IBGE de 1939 até a presente data, tem acompanhado todo o desenvolvimento 
das instalações das redes de monitoramento, no sentido de dotar o país de uma estrutura 
planimétrica compatível com o nível de precisão proporcionado pela tecnologia atual.
Banco de Dados Geodésicos
O BDG reúne informações formando assim um conjunto que é composto de estações 
geodésicas, na qual a sua posição tem como a finalidade de ser referência das atividades 
de mapeamento em todo o território nacional. Além disso, esse Banco de Dados agrega 
a rede altimétrica, com o início das atividades em 1945, tinha o objetivo de proporcionar 
aos usuários altimetria com alta precisão e com abrangência nacional. Atualmente, no 
território nacional estão disponíveis, aproximadamente, 65 mil referências de níveis 
espalhadas principalmente ao longo das rodovias.
33
REDES DE REFERÊNCIAS │ UNIDADE II
Informações disponíveis no BDG
Estão disponíveis as seguintes informações no BDG nos sistemas SAD69 e SIRGAS2000, 
no qual destacamos as seguintes: 
 » Coordenadas geodésicas de alta precisão.
 » Coordenadas geodésicas de precisão.
 » Coordenadas UTM.
 » Altitude de precisão.
 » Altitude de alta precisão.
 » Descritivo de localização e acesso.
 » Informações sobre a situação física dos marcos.
 » Informações de municípios.
 » Valor da aceleração da gravidade, anomalias etc.
Reúne informações de estações de referência, com os seus respectivos valores de 
coordenadas e dados auxiliares, que constituem o Sistema Geodésico Brasileiro – SGB.
A sua materialização se efetiva por meio dos conjuntos de estações, que constituem 
as redes:
 » Altimétrica: Referência de Nível – RN.
 » Planimétrica: Estação de satélite GPS e DOPPLER.
 » Estação de Poligonal – EP.
 » Vértice de Triangulação – VT.
 » Gravimétrica: Estação Gravimétrica – EG.
Para ter acesso ao banco de dados geodésico
Acesso: Banco de Dados Geodésicos/Banco de Dados Geodésicos – Modo Textual/
Opções de consulta:
1ª Passo: Informe o número da estação (ou estações, separadas por vírgula) e clique 
no botão “OK”. 
34
UNIDADE II │ REDES DE REFERÊNCIAS
Figura 14. Consulta BDG. Parte superior do formulário.
Fonte: <www.ibge.gov.br>.
2ª Passo: Selecione o tipo de estação e UF desejada;
Figura 15. Consulta BDG. Parte média do formulário.
Fonte: <www.ibge.gov.br>.
3ª Passo: Área de interesse (enquadramento geográfico).
 » Selecione o tipo de estação;
 » Insira o formato e valores das coordenadas manualmente, ou clique em 
dois pontos da área do mapa;
 » Clique em OK.
Figura 16. Consulta BDG. Parte inferior do formulário.
Fonte: <www.ibge.gov.br>.
35
REDES DE REFERÊNCIAS │ UNIDADE II
No formato grau, minuto e segundo, informar latitude e longitude separados 
por espaço e com sinal.
Modelo de Ondulação Geoidal
Com o uso cada vez maior do Sistemas de Navegação Global por Satélite (GNSS) para o 
posicionamento, principalmente na obtenção de altitudes, associado às novas informações 
geodésicas e modelos de geopotencial e de terreno disponíveis recentemente, identificou-se 
a necessidade de atualização do modelo de ondulações geoidais, possibilitando a conversão 
de altitudes geométricas ou elipsoidais (referidas ao elipsoide) em ortométricas (referidas 
ao nível médio do mar - NMM) com uma melhor confiabilidade. É com este objetivo que 
o MAPGEO2010, assim como os modelos anteriores (MAPGEO92 e MAPGEO2004), foi 
concebido e produzido conjuntamente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(IBGE), pela Coordenação de Geodésia (CGED), e pela Escola Politécnica da Universidade 
de São Paulo – EPUSP. O modelo MAPGEO2010 foi calculado com uma resolução de 
5’ de arco, e o Sistema de Interpolação de Ondulações Geoidais foi atualizado. Através 
deste sistema, os usuários podem obter a ondulação geoidal em um ponto, ou conjunto 
de pontos, em coordenadas SIRGAS2000.
Figura 17. O Modelo MAPGEO2010 em SIRGAS2000.
Fonte: IBGE.
36
UNIDADE II │ REDES DE REFERÊNCIAS
Para converter a altitude geométrica ou elipsoidal (h), obtida pela GNSS, em altitude 
ortométrica (H), utiliza-se a equação:
H = h – N.
Onde N é a ondulação geoidal fornecida pelo programa, dentro da convenção que 
considera o geoide acima do elipsoide se a altura geoidal tiver valor positivo e abaixo 
em caso contrário.
Figura 18. Equação para conversão.
Fonte: IBGE.
37
CAPÍTULO 2
Redes de monitoramento
Desde as eras mais remotas da espécie humana os indivíduos migram em busca de 
mais recursos. Mesmo após os grupos sefixarem a uma região esse fenômeno persistiu. 
Tal fenômeno associado às novas atividades desenvolvidas coexiste a necessidade de 
se saber a localização, quer do homem ou das demais coisas, sejam elas objetos ou 
informações, contidos no espaço terrestre ou fora dele.
A Geodésia está intimamente ligada a essa necessidade da nossa espécie. Ela foi capital 
em muitos processos de desenvolvimento e continua sendo na atualidade; pelo que 
podemos observar, cada vez mais. Foi importante, por exemplo, nos descobrimentos 
portugueses, no desenvolvimento do cadastro, na corrida espacial e é hoje importante 
nas telecomunicações, na agricultura e nas questões ambientais. No caso brasileiro 
ela é uma peça chave mais uma vez: na questão do gerenciamento do território e no 
encaminhamento para uma solução dos problemas fundiários que assolam este País 
por centenas de anos.
Com o desenvolvimento da Geodésia vieram os sistemas de posicionamento por 
satélite, entre os quais temos hoje, como o mais conhecido e empregado, o Sistema de 
Posicionamento Global ou GPS. Sobreveio também um novo conceito de se produzir 
Geodésia, mais difundida no cotidiano das pessoas, por conta principalmente desses 
sistemas de posicionamento hora em expansão.
Já não falamos mais em termos de GPS ou do GLONASS somente, falamos em GALILEO 
também, que em um futuro próximo se integrará ao conceito de Global Navigation 
Satellite System (GNSS).
Para termos uma simples noção da difusão dos sistemas de posicionamento na era 
da globalização basta uma pesquisa com a sigla GPS pela internet. Essa utilidade 
geodésica norte-americana se entranhou de tal forma nas atividades humanas que, se 
alguém “desligar a chave” poderá causar sérios problemas em todo o planeta, pois ela é 
referência de posição e tempo para boa parte da navegação, das telecomunicações, das 
operações logísticas militares e civis entre muitas outras atividades.
Mudaram também os conceitos de se produzir Geodésia, no sentido das redes de 
pontos de referência, ou dos vértices geodésicos. Há aproximadamente 15 anos vemos 
o desenvolvimento de uma nova forma de se determinar pontos geodésicos com a 
tecnologia de posicionamento por satélites. Temos um novo conceito conhecido como 
redes ativas.
38
UNIDADE II │ REDES DE REFERÊNCIAS
A Geodésia está intimamente ligada à necessidade inerente de localização da 
espécie humana.
Rede ativa
Basicamente, uma rede ativa é um conjunto de pontos de coordenadas precisamente 
determinadas em um sistema de referência geodésico. Instalados sobre esses pontos 
conhecidos, operam receptores de sinais de satélite de posicionamento com sistemas 
de comunicação de dados. A operação pode se dar por um período ou continuamente, 
gerenciada por um centro operacional responsável por manter o sistema e divulgar os 
dados via rede.
Existem as redes ativas que produzem dados para após o processamento, ou seja, o 
usuário realiza a sua coleta de dados e depois obtém os dados da rede ativa e processa 
os seus em conjunto. Há ainda redes com capacidade para tempo real (RTK), ou seja, 
numa determinada área de ação, menor que a anterior, o usuário com receptor integrado 
ao sistema de telemetria, recebe dados do sistema ativo e obtém um posicionamento 
em tempo real mais preciso do que aquele conseguido pelo método absoluto.
Algumas conforme o objetivo, podem também divulgar correções DGPS para navegação 
mais precisa em tempo real.
As redes que se destinam a proporcionar precisão a uma gama mais ampla de usuários 
devem ser realizadas com monumentos estáveis, geralmente pilares próprios com fundação, 
construídos em locais mais protegidos e com adequada visibilidade para a constelação.
Os pontos devem ser monitorados para que seja assegurado que o vértice não alterou a 
sua posição ou para acompanhar as alterações .
Para exemplificar tal necessidade podemos tomar o caso de num dos vértices da rede 
do Ordnance Survey do Reino Unido que, instalado em um farol e após um período de 
chuvas intensas sofreu um deslocamento devido à movimentação da encosta. Por causa 
do monitoramento diário este evento foi detectado e os usuários informados.
Os receptores instalados devem possuir pelo menos a capacidade de armazenar dados 
com dupla frequência, para que possam proporcionar melhor aproveitamento e um 
raio de ação mais amplo.
Existem redes mantidas por instituição pública ou por privada, rede regional ou 
mundial, tal como é o caso da rede do International GNSS Service IGS.
39
REDES DE REFERÊNCIAS │ UNIDADE II
Figura 19: Rede International GNSS Service IGS.
Fonte <www.igscb.jpl.nasa.gov>.
Figura 20. Rede do Nacional Geodetic Survey NGS.
Fonte <www.ngs.noaa.gov>.
Podemos verificar pela legenda da figura acima que a rede do NGS é composta por 
sub-redes de várias instituições, conferindo maior abrangência e racionalização de 
recursos. Para que isso seja mais eficiente as estações devem possuir uma padronização 
mínima.
Também contamos com uma estrutura geodésica deste gênero no Brasil, que vem sendo 
mantida e ampliada pelo IBGE, desde 1994, em parceria com diversas instituições 
http://www.igscb.jpl.nasa.gov/
http://www.ngs.noaa.gov/
40
UNIDADE II │ REDES DE REFERÊNCIAS
brasileiras, inclusive a Universidade de São Paulo. A Rede Brasileira de Monitoramento 
Contínuo (RBMC) tem sido empregada desde então para diversos fins de posicionamento. 
Embora muitos usuários ainda não tenham se habituado ao seu uso, ele vem aumentando 
e tende a crescer cada vez mais.
Figura 21. Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo.
Fonte <www.ibge.gov.br>.
Paralelamente à RBMC, temos outras redes ativas mantidas por Órgãos Públicos 
como o INCRA e a Marinha ou por entidades particulares, tal como empresas que 
comercializam equipamentos. As características dessas redes podem diferir daquela da 
RBMC, por exemplo, a do INCRA, denominada Rede INCRA de Bases Comunitárias 
RIBaC, emprega receptores com uma frequência, mas o órgão pretende melhor 
adequá-la aos conceitos necessários.
Uma das características fundamentais para uma rede ativa de uso público é que o vértice 
estabelecido para a estação ativa, deva fazer parte do Sistema Geodésico Brasileiro 
(SGB). Sem este princípio básico a utilização é limitada e os valores determinados 
exclusivamente a partir dela não possuem as características necessárias a atividade 
como por o georreferenciamento de imóveis rurais, por exemplo.
Desde 1994, o IBGE mantém a RBMC, utilizada pelos usuários para diversos 
fins. As estações da RBMC e de outras redes homologadas estruturam o 
georreferenciamento no Brasil.
http://www.ibge.gov.br/
41
REDES DE REFERÊNCIAS │ UNIDADE II
Portanto, as entidades que mantêm estações ativas vêm procurando homologá-las junto 
ao IBGE, o que requer que seja realizado um projeto adequado. Para tanto, o instituto 
disponibiliza normas em seu site.
Homologada a estação geodésica, esta se equipara a uma obra pública, nos termos do 
Decreto Lei no 243, de 28 de fevereiro de 1967, capítulo VII: Dos Marcos, Pilares e 
Sinais Geodésicos; artigo 13o, devendo ser de livre acesso e estando “protegido por Lei 
(Código Penal e demais leis civis de proteção aos bens do patrimônio público).”
Os dados da RBMC podem ser obtidos pelo site do IBGE <www.ibge.gov.br/geodésia>, 
no qual estão os acessos aos diversos serviços e dados, dentre eles o banco de dados da 
RBMC. Basta cadastrar um e-mail para ter acesso gratuito.
Os dados são dispostos em um formato padrão que é aceito pelos programas de 
processamento de várias marcas do mercado e são compostos por arquivos no formato 
RINEX, com duração de aproximadamente 24 horas e taxa de aquisição de 15 segundos. 
Além disso, podem ser facilmente escolhidos por estação e por dia. Como existem 
problemas com uma ou outra estação, quando isso ocorre são emitidos avisos, para que 
o usuário possa ter previamente melhor capacidade de programação.
As estações ativas homologadas pelo IBGE apresentam procedimentos semelhantes 
quanto aodescarregamento dos dados. Uma diferença, contudo, consiste na disposição 
de dados por períodos de uma hora o que requer a concatenação de arquivos para as 
observações que envolvem vetores com distâncias maiores ou mais precisas, bem como 
o acesso aos dados em algum caso.
Uma das características fundamentais para uma rede ativa de uso público é que 
o vértice para a estação ativa deve fazer parte do Sistema Geodésico Brasileiro.
A RBMC constitui uma estrutura geodésica eficiente e abrangente cuja utilidade 
não se resume somente ao posicionamento. Os dados produzidos por suas estações 
são importantes em outras áreas do conhecimento, como, por exemplo, em estudos 
relativos a atmosfera.
No momento atual do Brasil, o seu papel é chave, frente à vigência da Lei no 10.267, de 28 
de agosto de 2001, e demais documentos legais pertinentes. Embora possamos contar 
com as Redes Geodésicas Estaduais, as estações ativas da RBMC e demais estações 
homologadas proporcionam um importante arcabouço para o georreferenciamento.
Alguns representantes dos setores que envolvem a questão do cadastro no Brasil 
chegam a alegar que não estamos preparados para desenvolvê-lo, pois teríamos ainda 
42
UNIDADE II │ REDES DE REFERÊNCIAS
deficiência no aspecto de uma disponibilidade suficiente de pontos geodésicos em todo 
o território nacional. Realmente, temos ainda necessidade de desenvolver o SGB em 
termos de uma realização mais abrangente e na escala adequada ao tamanho do País. 
Basta ver o exemplo dos Estados Unidos, o país tem dimensões próximas ao Brasil em 
termos de território, porém com um desenvolvimento mais antigo em Geodésia e com 
maior organização e aporte de recursos; possui, portanto, maior quantidade de pontos 
de referência, isto só para falar em termos de rede ativa.
Entretanto, afirmar que a viabilidade de nosso cadastro de imóveis rurais é comprometida 
pela falta de apoio geodésico não reflete a nossa realidade, pois temos uma rede 
ativa que – embora ainda pequena – é, minimamente, suficiente para viabilizar este 
georreferenciamento.
Faz-se necessário, entretanto, proporcionar aos profissionais acesso aos equipamentos 
adequados e, sobretudo, uma melhor capacitação frente à alteração do paradigma que 
nos trouxeram a evolução da ciência e das leis; mesmo porque não é simplesmente o 
acesso ao equipamento que o capacita para a elaboração do georreferenciamento de 
imóveis rurais.
O acesso aos equipamentos pode ser dado por meio de linhas especiais de crédito e os 
bens adquiridos serão pagos pelos serviços prestados pelo profissional.
Uma parcela dos profissionais, percebendo antes a evolução, já procurou se adequar 
mediante cursos de pós-graduação e o País conta com vários cursos de engenharias de 
agrimensura e de cartografia em instituições públicas.
Aqueles que adquiriram conhecimento e investiram seu capital da forma adequada 
estão capacitados a produzir levantamentos em qualquer parte do País, contando 
somente com as redes Estaduais e a RBMC.
Com a evolução do GNSS em andamento é provável que tenhamos acesso a equipamento 
de dupla frequência com menor custo.
Avaliando o que tem ocorrido no mundo nas últimas seis décadas, falando principalmente 
em termos de Geodésia, o observador percebe que será cada vez maior a difusão do uso 
desses sistemas de posicionamento e, com eles, as redes ativas. Talvez em pouco tempo 
possamos contar no Brasil com um sistema mais abrangente, combinando as redes 
ativas em operação, modernizando e ampliando as redes públicas existentes.
43
CAPÍTULO 3
Redes ativas de monitoramento RBMC 
(IBGE) e RIBAC (INCRA)
Sobre a RBMC
A utilização da tecnologia GNSS (Global Navigation Satellite System) provocou uma 
verdadeira revolução nas atividades de navegação e posicionamento. Os trabalhos 
geodésicos e topográficos passaram a ser realizados de forma mais rápida, precisa e 
econômica. À medida que as técnicas de posicionamento evoluem, diversas aplicações 
em tempo real e pós-processado têm surgido, tornando o papel da RBMC cada vez 
mais amplo.
O RBMC aplica-se: 
 » Suporte a posicionamento relativos GPS em geral.
 » Mapeamento sistemático, topográfico e cadastral.
 » Delimitação de áreas (político-administrativas, ambientais, entre outros.
 » Uso da Terra (Reforma agrária, agricultura com maior precisão).
 » Suporte a estudos de climatologia e meteorologia.
 » Integração às redes mundiais.
Nas aplicações geodésicas e topográficas do GNSS estão implícitas a utilização do 
método relativo, isto é, ao menos uma estação de coordenadas conhecidas é também 
ocupada, simultaneamente, à ocupação dos pontos desejados. As estações da RBMC 
desempenham justamente o papel do ponto de coordenadas conhecidas pertencentes 
ao Sistema Geodésico Brasileiro (SGB), eliminando a necessidade de que o usuário 
imobilize um receptor em um ponto que, muitas vezes, oferece grandes dificuldades 
de acesso. Além disso, os receptores que equipam as estações da RBMC são de alto 
desempenho, proporcionando observações de grande qualidade e confiabilidade.
Caracterização
As estações da RBMC são materializadas pelos pinos de centragem forçada, especialmente 
projetados, e cravados em pilares estáveis. A maioria dos receptores da rede possui a 
capacidade de rastrear satélites GPS e GLONASS, enquanto alguns rastreiam apenas 
44
UNIDADE II │ REDES DE REFERÊNCIAS
GPS. Esses receptores coletam e armazenam continuamente as observações do código 
e da fase das ondas portadoras transmitidas pelos satélites das constelações GPS 
ou GLONASS.
Cada estação possui um receptor e antena geodésica, conexão de Internet e fornecimento 
constante de energia elétrica que possibilita a operação contínua da estação.
As coordenadas das estações da RBMC são outro componente importante na 
composição dos resultados finais dos levantamentos referenciados. Nesse aspecto, 
a grande vantagem da RBMC é que todas as suas estações fazem parte da Rede de 
Referência SIRGAS (Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas), 
cujas coordenadas finais têm precisão da ordem de ± 5 mm, configurando-se como 
uma das redes mais precisas do mundo. Outro papel importante da RBMC é que suas 
observações vêm contribuindo, desde 1997, para a densificação regional da rede do IGS 
– International GPS Service for Geodynamics –, garantindo uma melhor precisão dos 
produtos do IGS – tais como órbitas precisas – sobre o território brasileiro.
Com a modernização das tecnologias e a transmissão de dados em tempo 
real torna-se uma alternativa para a redução do tempo de serviço em campo, 
justamente pelo fato da utilização da internet.
Operação
A operação das estações da RBMC é totalmente automatizada. As observações são 
organizadas, ainda na memória do receptor, em arquivos diários, correspondendo a 
sessões iniciando às 00h 01min e encerrando às 24h 00min (tempo universal), com 
intervalo de rastreio de 15 seg.
Com o encerramento de uma sessão, os arquivos com as respectivas observações 
produzidas são transferidos do receptor para o Centro de Controle da Rede Brasileira 
de Monitoramento Contínuo dos Sistemas GNSS - RBMC - Kátia Duarte Pereira, na 
Coordenação de Geodésia (Rio de Janeiro-RJ). A partir deste ponto são gerados novos 
arquivos em formato padrão RINEX2, a partir deste ponto é realizado um controle 
de qualidade das observações. Em seguida os arquivos de dados RINEX2 e as órbitas 
transmitidas são compactados e disponibilizados na área de download do portal do IBGE.
Mesmo com a tecnologia avançando para melhorar os trabalhos, ainda ocorrem, algumas 
perdas de dados devido a problemas de conexão de Internet e de falta de energia quando 
acontecem logo são imediatamente comunicados pelo Twitter da RBMC <http://
twitter.com/IBGE_RBMC> e na página de informações <http://www.ibge.gov.br/home/
geociencias/geodesia/rbmc/rbmc_inf.php>. 
45
REDES DE REFERÊNCIAS │ UNIDADE II
Os dados são recuperados, na medida do possível, assim que a situação é normalizada. 
Devido à limitaçãode memória em alguns receptores, os dados podem ser perdidos. 
Diante disso, antes de realizar um levantamento, recomendamos verificar a situação da 
estação que será utilizada pelos canais fornecidos.
As vantagens da RBMC podem ser classificadas em três principais vertentes:
 » Custos – os usuários não ocupam as estações constituintes (redes ativas), 
na qual o usuário usará apenas o receptor de sinais GPS para a execução 
dos levantamentos de campo, uma vez que os dados relacionados a RBMC 
são fornecidos pelo IBGE.
 » Precisão – no que diz respeito a precisão pode-se destacar a possibilidade 
de alcance e agilidade, mesmo com o sistema que não está completamente 
implementado, estabelecem-se rapidamente posições com erros de 2 ppm.
 » Aplicabilidade – em boa parte do mundo vários pesquisadores e 
usuários estão desenvolvendo novas aplicações do sistema. A rede torna-se 
aplicável a todos que desejam informações de posicionamento estático 
ou cinemático como por exemplo: Mapeamentos.
Podemos concluir que a RBMC constitui uma estrutura de referência nacional com mais 
precisão, integrando diversas estruturas globais, com uma referência que é a utilização 
do novo sistema de coordenadas SIRGAS 2000.
Estações
Figura 22. Rede brasileira de monitoramento contínuo. Estações estabelecidas (coordenadas aproximadas).
Fonte: IBGE.
46
UNIDADE II │ REDES DE REFERÊNCIAS
Quadro 2. Estações ativadas da RBMC.
Cidade UF Sigla Código SAT Latitude aprox. Longitude aprox.
Afogados da Ingazeira PE PEAF 93318 -07º 46’ -37º 38’
Alegrete RS RSAL 94048 -29º 47’ -55º 46’
Altamira PA PAAT 99510 -3º 12’ -52º 10’
Aracaju - São Cristóvão SE SEAJ 93314 -10º 55’ -37º 06’
Araçatuba SP SPAR 99540 -21º 11’ -50º 26’
Arapiraca AL ALAR 93237 -9º 44’ -36º 39’
Araquari SC SCAQ 96171 -26º 23’ -48º 44’
Bacabal MA MABB 96561 -04º 14’ -44º 49’
Balsas MA MABS 96551 -7º 32’ -46º 2’
Barra do Garças MT MTBA 93965 -15º 53’ -52º 15’
Barreiras BA BABR 93260 -12º 9’ -44º 59’
Belém PA BELE 93620 -1º 24’ -48º 27’
Belém INPE PA BEPA 95011 -01º 27’ -48º 26’
Belo Horizonte MG MGBH 93922 -19º 56’ -43º 55’
Boa Vista RR BOAV 93910 2º 50’ -60º 42’
Bom Jesus da Lapa BA BOMJ 93030 -13º 15’ -43º 25’
Botucatu SP SPBO 99537 -22º 51’ -48º 26’
Brasília DF BRAZ 91200 -15º 56’ -47º 52’
Cachoeira Paulista SP CHPI 93920 -22º 41’ -44º 59’
Campina Grande PB PBCG 92447 -7º 12’ -35º 54’
Campinas - UNICAMP SP SPC1 96181 -22º 49’ -47º 04’
Campo Grande MS MSCG 93956 -20º 26’ -54º 32’
Campos dos Goytacazes RJ RJCG 93963 -21º 45’ -41º 19’
Cananéia SP NEIA 91716 -25º 1’ -47º 55’
Canarana MT MTCN 96144 -13º 33’ -52º 16’
Cascavel PR PRCV 96165 -24º 58’ -53º 28’
Cerro Largo RS RSCL 94053 -28º 09’ -54º 45’
Chapecó SC SCCH 94026 -27º 8’ -52º 35’
Coari AM AMCO 96170 -4º 52’ -65º 20’
Coari UEA AM COAM 96163 -04º 05’ -63º 08’
Colider MT MTCO 96040 -10º 48’ -55º 27’
Colorado d’Oeste RO ROCD 96047 -13º 7’ -60º 33’
Corrente PI PICR 96559 -10º 26’ -45º 10’
Corumbá MS MSCO 96174 -19º 00’ -57º 38’
Crato CE CRAT 92300 -7º 14’ -39º 24’
Cruzeiro do Sul AC CRUZ 93912 -7º 36’ -72º 40’
Cuiabá MT CUIB 92583 -15º 33’ -56º 4’
47
REDES DE REFERÊNCIAS │ UNIDADE II
Cidade UF Sigla Código SAT Latitude aprox. Longitude aprox.
Curitiba PR UFPR 93970 -25º 26’ -49º 13’
Dourados - UFGD MS MSDR 92859 -22º 12’ -54º 56’
Dracena SP SPDR 99586 -21º 27’ -51º 33’
Fernandópolis SP SPFE 99596 -20º 16’ -50º 14’
Floriano PI PIFL 96562 -06º 47’ -43º 02’
Florianópolis SC SCFL 91852 -27º 36’ -48º 31’
Fortaleza CE BRFT 93793 -3º 52’ -38º 25’
Fortaleza CE CEEU 92450 -3º 52’ -38º 25’
Fortaleza CE CEFT 92448 -3º 42’ -38º 28’
Franca SP SPFR 99538 -20º 31’ -47º 23’
Goiânia GO GOGY 92860 -16º 40’ -49º 15’
Gov. Valadares - Rede CEMIG MG GVA1 96178 -18º 51’ -41º 57’
Guajará-Mirim RO ROGM 93980 -10º 47’ -65º 20’
Guarapuava PR PRGU 96049 -25º 23’ -51º 29’
Gurupi TO TOGU 93241 -11º 44’ -49º 2’
Ilha Solteira SP ILHA 96037 -20º 26’ -51º 21’
Ilhéus BA BAIL 93313 -14º 48’ -39º 10’
Imbituba SC IMBT 94024 -28º 14’ -48º 39’
Imperatriz MA IMPZ 92165 -5º 29’ -47º 29’
Inconfidentes MG MGIN 93940 -22º 19’ -46º 20’
Irecê BA BAIR 93259 -11º 18’ -41º 52’
Itacoatiara AM ITAM 96164 -03º 08’ -58º 26’
Itaituba PA PAIT 99530 -4º 17’ -56º 2’
Jaboticabal SP SPJA 99539 -21º 14’ -48º 17’
Jaíba MG JAMG 99599 -15º 21’ -43º 46’
Jataí GO GOJA 93959 -17º 53’ -51º 44’
Ji-Paraná RO ROJI 93964 -10º 52’ -61º 58’
João Pessoa PB PBJP 96557 -07º 08’ -34º 52’
Juína IFMT MT MTJI 96128 -11º 26’ -58º 43’
Lages SC SCLA 94025 -27º 48’ -50º 18’
Laranjal do Jari AP APLJ 96179 -00º 49’ -52º 30’
Lins - UNILINS SP SPLI 99587 -21º 40’ -49º 44’
Macapá AP MAPA 93630 0º 05’ -51º 06’
Manaus AM NAUS 93770 -3º 1’ -60º 3’
Manaus - UEA AM AMUA 96131 -03º 06’ -60º 01’
Marabá PA MABA 93914 -5º 21’ -49º 7’
Maringá PR PRMA 96048 -23º 25’ -51º 56’
Montes Claros - Rede CEMIG MG MCL1 96177 -16º 43’ -43º 53’
48
UNIDADE II │ REDES DE REFERÊNCIAS
Cidade UF Sigla Código SAT Latitude aprox. Longitude aprox.
Montes Claros - CODEVASF MG MGMC 93947 -16º 43’ -43º 51’
Mossoró RN RNMO 92449 -5º 12’ -37º 20’
Natal RN RNNA 96500 -5º 50’ -35º 12’
Ourinhos SP OURI 96039 -22º 57’ -49º 54’
Palmas TO TOPL 93240 -10º 10’ -48º 20’
Parintins AM AMPR 95012 -02º 38’ -56º 44’
Pau dos Ferros RN RNPF 96558 -06º 08’ -38º 12’
Pelotas RS RSPE 96172 -31º 48’ -52º 25’
Petrolina PE PEPE 93238 -9º 23’ -40º 30’
Piracicaba SP SPPI 99588 -22º 42’ -47º 37’
Porto Alegre RS POAL 91850 -30º 4’ -51º 7’
Porto Velho RO POVE 93780 -8º 43’ -63º 54’
Pres. Prudente SP PPTE 93900 -22º 7’ -51º 25’
Recife PE RECF 93110 -8º 3’ -34º 58’
Rio Branco AC RIOB 93911 -9º 58’ -67º 48’
Rio de Janeiro - ON RJ ONRJ 93921 -22º 54’ -43º 13’
Rio de Janeiro - IBGE RJ RIOD 91720 -22º 49’ -43º 18’
Rio Paranaíba MG MGRP 96111 -19º 13’ -46º 08’
Rosana SP ROSA 96041 -22º 31’ -52º 57’
Salvador - Porto BA SSA1 93236 -12º 59’ -38º 31’
Salvador - INCRA BA SAVO 93235 -12º 56’ -38º 26’
Santa Maria RS SMAR 92013 -29º 43’ -53º 43’
Santana AP APSA 96100 -0º 3’ -51º 10’
São Carlos SP EESC 99560 -22º 0’ -47º 54’
São Félix do Araguaia MT MTSF 96050 -11º 37’ -50º 40’
São Gabriel da Cachoeira AM SAGA 93913 -0º 09’ -67º 3’
São José do Rio Preto SP SJRP 96042 -20º 47’ -49º 22’
São José dos Campos SP SJSP 91537 -23º 12’ -45º 52’
São Luís MA SALU 93950 -2º 36’ -44º 13’
São Paulo SP POLI 93800 -23º 33’ -46º 44’
São Raimundo Nonato PI PISR 96521 -9º 02’ -42º 42’
Sobral CE CESB 96560 -03º 41’ -40º 20’
Sorocaba SP SPSO 99589 -23º 29’ -47º 25’
Sorriso MT MTSR 96143 -12º 33’ -55º 44’
Tefé AM AMTE 96173 -03º 21’ -64º 42’
Teixeira de Freitas BA BATF 93244 -17º 33’ -39º 45’
Teresina PI PITN 96552 -05º 06’ -42º 48’
Tupã SP SPTU 99590 -21º 56’ -50º 30’
49
REDES DE REFERÊNCIAS │ UNIDADE II
Cidade UF Sigla Código SAT Latitude aprox. Longitude aprox.
Ubatuba (Marégrafo) SP UBA1 99550 -23º 30’ -45º 7’
Uberlândia - UFU MG MGUB 93930 -18º 55’ -48º 15’
Uberlândia - Rede CEMIG MG UBE1 96176 -18º 53’ -48º 19’
Varginha - Rede CEMIG MG MGV1 96175 -21º 33’ -45º 26’
Viçosa MG VICO 91696 -20º 46’ -42º 52’
Vila Bela da Santíssima Trindade MT MTVB 96141 -15º 00’ -59º 57’
Vitória ES CEFE 93960 -20º 19’ -40º 19’
Vitória da Conquista BA BAVC 93245 -14º 53’ -40º 48’
Fonte: IBGE.
Quadro 3. Estações desativadas ou substituídas.
Cidade UF Sigla Código SAT Latitude aprox. Longitude aprox.
Campinas SP SPCA 99520 -22º 48’ -47º 3’
Curitiba PR PARA 91105 -25º 26’ -49º 13’
Dourados MS MSDO 93957 -22º 13’ -54º 48’
Fortaleza CE FORT 92009 -3º 52’ -38º 25’
Gov. Valadares MG GVAL 91932 -18º 51’ -41º 57’
Humaitá AM AMHU 93990 -7º 30’ -63º 02’
Juína MT MTJU 96142 -11º 25’ -58º 46’
Manaus AM MANA 91300 -3º 6’ -60º 3’
Montes Claros - CEMIG MG MCLA 91929 -16º 43’ -43º 53’
Presidente Prudente SP UEPP 91559 -22º 7’ -51º 24’
Salvador BA SALV 93111 -13º 0’ -38º 30’
Santarém PA PAST 95010 -2º 30’ -54º 43’
Ubatuba SP UBAT 91902 -23º 30’ -45º 7’
Uberlândia - CEMIG MG UBER 91909 -18º 53’ -48º 19’
Varginha MG VARG 91930 -21º 32’ -45º 26’
Varginha - CEMIG MG MGVA 96140-21º 33’ -45º 26’
Fonte: IBGE.
Informações:
 » Estações Inoperantes.
 » Estações Atualizadas.
 » Estações Atualizadas.
 » Estações Novas.
 » Estações Desativadas.
50
UNIDADE II │ REDES DE REFERÊNCIAS
Consulta de disponibilidade de dados:
Por meio dessa ferramenta, é possível visualizar a disponibilidade dos dados de 
cada estação ao longo de cada dia.
<http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/geodesia/rbmc/rbmc_inf.php>
51
CAPÍTULO 4
RBMC-IP – Rede Brasileira de 
Monitoramento Contínuo dos Sistemas 
GNSS em tempo real
É um serviço para posicionamento em tempo real a partir das estações da RBMC, para 
usuários que fazem uso da técnica RTK (relativo cinemático em tempo real) ou DGPS 
(GPS diferencial) nos seus levantamentos. Os dados são disponibilizados via protocolo 
Internet conhecido por Networked Transport of RTCM via Internet Protocol (NTRIP), 
em formato RTCM. O NTRIP foi projetado para disseminar a correção de dados 
diferencial ou outros tipos de dados GNSS para usuários, móveis ou estacionários, 
pela Internet, permitindo conexões simultâneas de computadores, Laptops e PDAs que 
possuem acesso a Internet sem fio, como, por exemplo, GPRS, GSM ou modem 3G.
A transmissão dos dados é realizada da seguinte forma: um receptor GNSS envia 
continuamente mensagens RTCM até um servidor «caster» localizado no IBGE. Um 
usuário, com um aplicativo «cliente», tais como GNSS Internet Radio ou BNC (BKG 
NTRIP Client) e com uma conexão Internet, se conecta ao servidor do IBGE e escolhe 
a(s) estação(ões) da RBMC-IP cujos dados ou correções diferenciais deseja receber. 
As correções são recebidas pelo receptor GPS (ou GNSS) do usuário pela porta serial 
padrão e desta forma obtêm-se as posições corrigidas. Atualmente, o servidor «caster 
«do IBGE recebe dados de 93 estações da RBMC, sendo elas:
Quadro 4. Estações RBMC.
Alegrete (RSAL)
Altamira (PAAT)
Aracaju - São Cristóvão (SEAJ)
Arapiraca (ALAR)
Araquari (SCAQ)
Balsas (MABS)
Belo Horizonte (MGBH)
Belém (BELE)
Belém INPE (BEPA)
Boa Vista (BOAV)
Bom Jesus da Lapa (BOMJ)
Brasília (BRAZ)
Campina Grande (PBCG)
Campinas - UNICAMP (SPC1)
Campo Grande (MSCG)
Campos dos Goytacazes (RJCG)
Cananeia (NEIA)
Canarana (MTCN)
Cascavel (PRCV)
Cerro Largo (RSCL)
Chapecó (SCCH)
Colorado d’Oeste (ROCD)
Colíder (MTCO)
Corumbá (MSCO)
Crato (CRAT)
Cruzeiro do Sul (CRUZ)
Cuiabá (CUIB)
Curitiba (UFPR)
Dourados - UFGD (MSDR)
Eusébio (CEEU)
Florianópolis (SCFL)
Floriano (PIFL)
Goiânia (GOGY)
Governador Valadares - CEMIG (GVA1)
Guajará-Mirim (ROGM)
Guarapuava (PRGU)
Gurupi (TOGU)
Ilha Solteira (ILHA)
Ilhéus (BAIL)
Imbituba (IMBT)
Imperatriz (IMPZ)
Inconfidentes (MGIN)
Irecê (BAIR)
Itaituba (PAIT)
Jaíba (JAMG)
52
UNIDADE II │ REDES DE REFERÊNCIAS
Jataí (GOJA)
Ji-Paraná (ROJI)
João Pessoa (PBJP)
Juína (MTJI)
Lages (SCLA)
Macapá (MAPA)
Manaus (NAUS)
Marabá (MABA)
Maringá (PRMA)
Montes Claros - CEMIG (MCL1)
Montes Claros CODEVASF (MGMC)
Mossoró (RNMO)
Natal (RNNA)
Ourinhos (OURI)
Palmas (TOPL)
Pelotas (RSPE)
Petrolina (PEPE)
Piracicaba (SPPI)
Porto Alegre (POAL)
Porto Velho (POVE)
Presidente Prudente (PPTE)
Recife (RECF)
Rio Branco (RIOB)
Rio de Janeiro (RIOD)
Rio de Janeiro - ON (ONRJ)
Rio Paranaíba (MGRP)
Salvador (SSA1)
Salvador INCRA (SAVO)
Santa Maria (SMAR)
Santana (APSA)
São Carlos (EESC)
São Gabriel da Cachoeira (SAGA)
São José dos Campos (SJSP)
São Luís (SALU)
São Paulo (POLI)
São Raimundo Nonato (PISR)
Sobral (CESB)
Sorocaba (SPSO)
Sorriso (MTSR)
Tefé (AMTE)
Teixeira de Freitas (BATF)
Teresina (PITN)
Ubatuba (UBA1)
Uberlândia - CEMIG (UBE1)
Varginha - CEMIG (MGV1)
Vitória (CEFE)
Vitória da Conquista (BAVC)
Viçosa (VICO)
Fonte: IBGE.
O servidor pode ser acessado pelo endereço IP 186.228.51.52 e opera na porta 2101. 
A porta 2101 é reservada para a transmissão das correções diferenciais obtidas pelos 
programas cliente NTRIP, citados anteriormente. Acessando em qualquer navegador 
de Internet <http://186.228.51.52:2101>, é possível visualizar as informações sobre as 
estações no servidor «caster « do IBGE.
O acesso ao servidor do IBGE é gratuito, entretanto o usuário precisa preencher o 
cadastro e se registrar como usuário do serviço. Algumas restrições de acesso se fazem 
necessárias visando evitar congestionamento de tráfego nesse servidor, sendo elas:
1. Será permitido somente o acesso a cinco estações por usuário.
2. Serão permitidos no máximo 1.000 acessos simultâneos ao serviço.
Os programas cliente a serem instalados no computador ou PDA do usuário podem ser 
encontrados nas plataformas Windows, Linux e Windows CE no seguinte endereço 
<http://igs.bkg.bund.de/ntrip/download>.
O microcomputador do usuário não poderá estar dentro de uma rede corporativa 
protegida por firewall ou que necessite de um proxy para acessar a Internet, pois dessa 
forma o serviço RBMC-IP pode não funcionar. Existem vários receptores GNSS que 
possuem integrada a opção de acesso à Internet mediante o protocolo NTRIP. Maiores 
informações podem ser encontradas com os representantes de equipamentos, ou no 
portal do NTRIP <http://igs.bkg.bund.de/ntrip/about>.
http://186.228.51.52:2101/
http://igs.bkg.bund.de/ntrip/download
http://igs.bkg.bund.de/ntrip/about
53
REDES DE REFERÊNCIAS │ UNIDADE II
PPP em tempo real
Posicionamento por Ponto Preciso em tempo real. O Projeto IGS em tempo real 
desenvolveu uma forma de acesso às órbitas e erros dos relógios precisos, através de 
correções inseridas nas mensagens transmitidas em tempo real; ü Rede IGS-RT possui 
mais de 150 estações; Órbitas em tempo real com precisão de alguns centímetros e 
correções de relógio sub-ns; ü Necessita cadastro de acesso ao servidor NTRIP Caster 
do IBGE.
A Coordenação de Geodésia do IBGE passou a disponibilizar através do servidor “caster” 
NTRIP um novo serviço chamado “Posicionamento por Ponto Preciso em tempo real”, 
ou simplesmente “PPP em tempo real”. O Projeto IGS em tempo real desenvolveu uma 
forma de acesso às órbitas e erros dos relógios precisos, através de correções inseridas 
nas mensagens transmitidas em tempo real.
Sendo assim, para a realização do PPP em tempo real o usuário deve dispor de um 
receptor que envie os dados para um PC, pelo formato RTCM 3.0, e ter acesso aos fluxos 
de correção, à órbita e ao relógio disponibilizados por meio do servidor «caster «do IBGE. 
Os fluxos de correção são usados para realizar o processamento juntamente com o fluxo 
de dados GNSS que está sendo recebido no aplicativo cliente BNC (BKG NTRIP Client) 
no PC. O aplicativo BNC está disponível em <http://igs.bkg.bund.de/ntrip/download>.
Os fluxos de correções e órbitas recebem as seguintes identificações no servidor «caster 
«do IBGE:
Quadro 5. Correções de Órbitas.
Identificação ou Mountpoint Sistema de Referência GNSS Descrição
IGS03 ITRF2008 GPS+GLONASS Correções às órbitas e relógio
SIRGAS200001 SIRGAS2000 GPS Correções às órbitas e relógio
SIRGAS200002 SIRGAS2000 GPS+GLONASS Correções às órbitas e relógio
RTCM3EPH GPS Assistido GPS+GLONASS Órbitas transmitidas
Fonte: IBGE.
O usuário cadastrado no serviço RBMC-IP possui automaticamente acesso aos fluxos 
relacionados acima, sendo que para uma solução SIRGAS devem ser selecionados os 
fluxos SIRGAS00001 (somente para receptores GPS) ou SIRGAS0002 (para receptores 
GNSS) e RTCM3EPH. Esses fluxos são recebidos pelo aplicativo cliente BNC através do 
IP 186.228.51.52 porta 2101.
Vale lembrar que não é recomendado que o usuário utilize uma rede corporativa 
protegida por firewall ou que necessite de um proxy para acessar à Internet, pois dessa 
forma o serviço pode não funcionar.
http://igs.bkg.bund.de/ntrip/download
54
UNIDADE II │ REDES DE REFERÊNCIAS
Análise dos dados
Disponibilização de gráficos para análise da qualidade dos dados da RBMC.
O Centro de Controle da RBMC disponibiliza gráficos com indicadores da qualidade dos 
dados das observações GPS. Os gráficos são gerados de forma rotineira pelo programa 
BNC (BKG NTRIPClient). São obtidos quatro tipos de gráficos por estação:
1. Número de observações diárias.
2. Número diário de perdas de ciclo.
3. Erro Médio Quadrático devido ao Multicaminho em L1 e L2 por dia.
4. Erro Médio Quadrático da Relação Sinal-Ruído (SNR) por dia.
Para o usuário consultar os gráficos, é necessário selecionar o ano e a estação desejados.
Para consultar os gráficos de anos anteriores, desde o início da operação da RBMC, 
selecione um dos relatórios abaixo:
 » Análise dos Dados da RBMC - 1996 a 2000.
 » Análise dos Dados da RBMC - 2001 a 2005.
 » Análise dos Dados da RBMC - 2006 a 2010.
 » Análise dos Dados da RBMC - 2011 a 2012.
ftp://geoftp.ibge.gov.br/RBMC/relatorio/Relatorio_Qualidade_Dados_RBMC_1996-2000.pdf
ftp://geoftp.ibge.gov.br/RBMC/relatorio/Relatorio_Qualidade_Dados_RBMC_2001-2005.pdf
ftp://geoftp.ibge.gov.br/RBMC/relatorio/Relatorio_Qualidade_Dados_RBMC_2006-2010.pdf
55
CAPÍTULO 5
RIBAC – INCRA
A Rede INCRA de Bases Comunitárias (RIBaC) quando totalmente estabelecida será 
composta por 82 estações. Atualmente, 44 estações já se encontram implantadas ao 
longo do território, e têm por objetivo auxiliar a execução dos serviços desenvolvidos, 
direta ou indiretamente, pelo INCRA quando do emprego do sistema GPS. Emprega 
aparelhos de uma frequência (L1), sendo seu raio de ação estimado em 30km. 
Os arquivos de observação são disponibilizados via Internet. Há necessidade de cadastro 
para ter acesso aos dados.
O assunto é a Rede Incra de Bases Comunitárias GPS (RIBaC), que aumentou 
significativamente o número de estações e que agora cobre praticamente todo o Brasil.
A inclusão de 80 novas estações de referência L1/L2 pode ser considerada como um 
marco na história da cartografia nacional.
O processo de inclusão de novas bases e o sistema de comunicação são minuciosamente 
detalhados, assim como as especificações técnicas dos novos equipamentos que são 
usados como referência.
Figura 23. Bases RIBAC.
Fonte:<www.mundogeo.com>.
56
UNIDADE II │ REDES DE REFERÊNCIAS
Figura 24. Bases RIBAC.
Fonte:<www.incra.gov.br>.
Cadastramento
O cadastramento para acesso à Rede INCRA de Bases Comunitárias do GNSS – RIBaC 
– começa pela solicitação do de cadastramento para acesso aos dados da Rede e para 
tanto é necessário o fornecimento dos dados pessoais que deverão ser adotados para 
acessar o sistema.
Quadro 6. Dados pessoais para cadastro RIBAC.
Dados Pessoais
1 – CPF (somente números)*
2 – Senha **
3 – Nome completo
4 – Profissão
5 – Empresa
6 – Cidade/Estado
7 – (DDD) Telefone 
8 – E-mail
 * Usuário
 ** Criada pelo usuário, devendo possuir pelo menos 06 (seis) caracteres alfanuméricos
 Considerar que o software faz diferença entre letras maiúsculas e minúsculas.
Fonte: IBGE.
Este formulário deverá ser enviado para o seguinte endereço:
<ribac@incra.gov.br>
57
REDES DE REFERÊNCIAS │ UNIDADE II
A resposta sobre esta solicitação de cadastramento de usuário para acesso à 
RIBaC será encaminhado para o e-mail informado no quadro acima.
No portal é possível acessar informações individuais de cada estação, referentes ao 
nome, coordenadas, código, tipo, características dos equipamentos, data de instalação 
e atualizações, bem como os arquivos que são gerados.
58
CAPÍTULO 6
Introdução ao PROGRID, processamento 
PPP e ajustamento de rede GNSS
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou, no final do ano passado, o 
novo programa de transformação de coordenadas geodésicas ProGriD. Muitas das 
funcionalidades empregadas no software foram definidas a partir de sugestões de usuários, 
por meio de diversas consultas em eventos científicos e de um questionário on-line.
Desenvolvido dentro do Projeto Mudança do Referencial Geocêntrico (PMRG) e do 
Projeto Infraestrutura Geoespacial Nacional (PIGN), o ProGriD promete substituir à 
altura o TCGeo, programa lançado pelo IBGE em 2005 e atualmente em uso. O programa 
apresentará resultados mais precisos e com mais opções de referenciais.
O ProGriD está disponível para download gratuito na área de Geociências do site do 
IBGE <www.ibge.gov.br>. Dentre outras funcionalidades, o software transforma 
coordenadas nos referenciais SAD 69 e Córrego Alegre para o novo sistema Sirgas2000, 
adotado como referencial geodésico oficial na região em fevereiro de 2005.
Com o objetivo de oferecer à comunidade de usuários de dados geoespaciais uma 
ferramenta que facilite a transição para o Sirgas2000, o ProGriD representa um 
avanço no tratamento da transformação de coordenadas entre referenciais geodésicos 
em relação ao TCGeo.
Em geral, dois referenciais geodésicos se relacionam pelos parâmetros de transformação 
constantes para qualquer área coberta por estes referenciais. O que esses parâmetros 
não conseguem transformar, tornam-se resíduos, representando as distorções da rede 
geodésica. O ProGriD modela essa distorção da rede e possibilita um resultado final 
mais preciso.
O ProGriD se vale de arquivos contendo uma grade de valores em latitude e longitude 
que permite a direta transformação entre o Córrego Alegre, SAD69 e Sirgas2000, 
seguindo o formato NTv2. A escolha da grade NTv2 se deve ao fato de que muitos dos 
programas computacionais de Sistemas de Informação Geográfica (SIG) ou GPS têm 
capacidade para ler esse formato.
O ProGriD efetiva a transformação entre as coordenadas pertencentes às seguintes 
materializações:
 » A materialização de 1961 do Córrego Alegre, referida no ProGriD como 
Córrego Alegre (1961).
59
REDES DE REFERÊNCIAS │ UNIDADE II
 » As materializações de 1970 e 1972 do Córrego Alegre, tratadas em 
conjunto, e referida como Córrego Alegre (1970+1972).
 » A materialização original do SAD69, incluindo apenas a rede clássica, 
chamada simplesmente de SAD69 Rede Clássica.
 » A materializacão de 1996 do SAD69, incluindo apenas a rede clássica, 
chamada de SAD69/96 Rede Clássica.
 » SAD69 Técnica Doppler ou GPS.
Deve ser ressaltado que, para as transformações de coordenadas entre as opções 
SAD69 Técnica Doppler ou GPS e Sirgas2000 (e vice-versa), o ProGriD usa os mesmos 
parâmetros e produz os mesmos resultados obtidos pelo programa TCGeo.
Os parâmetros foram estimados adotando um conjunto de 63 estações geodésicas 
pertencentes à Rede GPS do Sistema Geodésico Brasileiro (SGB). Considerando que a 
Rede GPS do SGB tem um padrão de distorção muito menor que aqueles determinados 
pelos métodos clássicos (triangulação e poligonação), não existe a necessidade de 
modelar as distorções, já que elas são homogêneas e diminutas. Estas opções aceitam 
também como entrada e saída o formato de coordenadas cartesianas, que podem ser 
selecionadas pelo usuário quando as coordenadas de entrada foram obtidas pelos 
levantamentos do GPS ou Doppler.
As coordenadas das estações Doppler do SGB foram estabelecidas aplicando-se o método 
de posicionamento por ponto, ou seja, elas foram obtidas de forma completamente 
independente das redes clássicas e GPS, não sendo pertinente a aplicação da modelagem 
de distorções neste caso.
Os tipos de coordenadas utilizadas associadas a cada um dos referenciais são:
 » Córrego Alegre (1961): latitude / longitude e UTM (E, N).
 » Córrego Alegre (1970+1972): latitude / longitude e UTM (E, N).
 » SAD69 Rede Clássica: latitude / longitude e UTM (E, N).
 » SAD69/96 Rede Clássica: latitude / longitude e UTM (E, N).
 » SAD69 Técnica Doppler/GPS: latitude / longitude / altura geométrica, 
Cartesianas (X, Y, Z) e UTM (E, N).
 » Sirgas2000: latitude / longitude / altura geométrica, Cartesianas (X, Y, 
Z) e UTM (E, N).
Além das mudanças de coordenadas entre cada um dos referenciais e o Sirgas, o 
ProGriD também permite outras 162 transformações entre sistemas. Além disso, 
60
UNIDADE II │ REDES DE REFERÊNCIAS
os dados para entrada e saída incluem formatos populares de arquivos, como por 
exemplo o GML.
1. Para fazer o download do arquivo de instalação do ProGriD, acesse: <www.
ibge.gov.br/home/geociencias/geodesia> e baixe oProGriD_instala.zip. 
O arquivo tem aproximadamente 190 MB.
2. Extraia os arquivos de instalação. Antes de instalar o software, é indicado 
ler primeiro as dicas do arquivo Manual de Instalação ProGriD v.1.pdf.
3. Clique em setup.exe. O ProGriD deve ser instalado somente em sistemas 
operacionais Microsoft Windows XP e Vista 32 bits. É recomendável que 
a instalação do programa seja realizada utilizando-se a conta de usuário 
como Adminstrador Local para o computador no qual o programa está 
sendo instalado.
4. Quando o programa inicia, a tela mostrada na figura a seguir será exibida. 
Para converter as coordenadas, os seguintes itens deverão ser selecionados:
 › Sistema de referência de entrada.
 › Sistema de referência de saída.
 › Tipo de coordenada de entrada.
 › Tipo de coordenada de saída.
 › Método pelo qual se deve entrar as coordenadas (os dados podem ser 
informados ao ProGriD pelo teclado ou por um arquivo de texto formatado).
 › As coordenadas transformadas resultantes podem ser disponibilizadas 
pela saída em tela, um arquivo texto ou um arquivo PDF.
Figura 25. Interface Progrid.
Fonte: IBGE.
61
REDES DE REFERÊNCIAS │ UNIDADE II
5. Selecione o sistema de referência de entrada, clicando na caixa “Referencial” 
sob a opção “Referencial de Entrada”. Quando a lista de opções for exibida, 
selecione o campo correspondente ao sistema de referência de entrada 
desejado.
6. Selecione o sistema de referência de saída, clicando na caixa “Referencial” sob 
a opção “Referencial de Saída”. Quando a lista de opções for exibida selecione 
o campo correspondente ao sistema de referência de saída desejado.
7. Selecione o tipo de coordenada de entrada, clicando na seta na caixa “Tipo 
de Coordenadas” sob a opção “Referencial de Entrada”. Quando a lista 
for exibida, selecione o campo correspondente ao tipo de coordenadas de 
entrada desejado (latitude, longitude, altitude, E, N ou X, Y, Z).
8. Selecione o tipo de coordenada de saída, clicando na seta na caixa “Tipo de 
Coordenadas” sob a opção “Referencial de Saída”. Quando esta for exibida, 
selecione o campo correspondente ao tipo de coordenadas de saída desejado.
9. Defina como as coordenadas a serem transformadas serão importadas ao 
sistema. Existem três opções para entrada dos dados: entrada via teclado, 
entrada via arquivo de texto e GML.
10. Escolha para onde as coordenadas transformadas deverão ser enviadas. 
Existem quatro métodos para o registro: resultado em tela, resultado em 
arquivo de texto, GML e PDF.
11. Após todas as opções de transformação requeridas tenham sido definidas, 
a tecla “Processar” fica habilitada. Quando esta tecla for clicada, os dados 
das coordenadas são preparados internamente pelo ProGriD, que executa 
a transformação.
O diálogo de configuração possibilita que se altere a localização de alguns arquivos 
acessados pelo ProGriD e permite visualizar os retângulos que definem o limite da área 
de cobertura para cada um dos sistemas de referência. Para exibir o diálogo, selecione a 
opção “Arquivo/Configurar”, localizada no canto superior esquerdo da janela principal.
Os itens exibidos incluem os valores mínimos e máximos das coordenadas geográficas 
(latitude, longitude e altura geométrica, quando for o caso), das coordenadas UTM (E, N) 
e das coordenadas cartesianas (X, Y, Z), além da identificação do sistema de referência.
O ProGriD é o resultado de uma parceria entre o IBGE, a Universidade New Brunswick 
(Canadá), o Instituto Militar de Engenharia (IME) e a Universidade Estadual Paulista 
(Unesp). O software foi desenvolvido pela empresa canadense Optex, com bibliotecas 
de rotinas do IBGE e do Natural Resources Canada (NRCan).
62
UNIDADE IIIPROCESSAMENTO DOS 
DADOS
CAPÍTULO 1
Processamento PPP
Processando as observações com o IBGE-PPP / 
Etapas do processamento
Considerando que o usuário já tenha criado um arquivo de observação RINEX ou 
HATANAKA de seus dados GNSS brutos observados, somente cinco passos serão 
necessários para o uso do IBGE-PPP.
1o Passo: Selecionar o arquivo de observação GNSS no formato RINEX ou HATANAKA. 
O arquivo deve ser preferencialmente comprimido em WINZIP, 7Z, GZIP ou TAR-GZIP, 
reduzindo consideravelmente o tempo de recebimento das informações no sistema. 
É permitido que haja mais de um arquivo de observação dentro de um arquivo comprimido. 
2o Passo: Selecionar o modo de processamento: estático ou cinemático. Somente 
será permitida a seleção de um item.
3o Passo: Selecionar o tipo da antena conforme nomenclatura adotada pelo IGS/NGS.
Caso o usuário não saiba o tipo de antena que possui, ele deve consultar o arquivo 
<http://igscb.jpl.nasa.gov/igscb/station/general/rcvr_ant.tab> para identificar a sua 
antena. Se a opção “Não alterar RINEX” for à escolhida pelo usuário, o IBGE-PPP irá 
usar a identificação da antena encontrada no arquivo RINEX. Caso esta identificação 
não seja a mesma adotada pelo IGS, o IBGE-PPP não aplicará a correção de centro 
de fase da antena do receptor. Isso poderá ocasionar erros de alguns decímetros nos 
resultados, principalmente altimétricos.
4o Passo: Inserir o valor da altura da antena em metros e selecionar a caixa ao lado 
para que o IBGE-PPP use o valor informado na tela. Se a altura não for informada, 
o valor a ser utilizado será aquele disponível no arquivo RINEX. Este valor deve ser 
medido verticalmente e referido ao plano de referência da antena.
63
PROCESSAMENTO DOS DADOS │ UNIDADE III
Os valores selecionados e inseridos nos passos 3 e 4 serão adotados para todos 
arquivos de observação que estejam compactados em um único arquivo.
5o Passo: Inserir um endereço eletrônico válido para que o processamento possa ser 
realizado. Isso é importante porque caso algum erro seja detectado, o usuário poderá 
ser contatado e submeter novamente os dados ao IBGEPPP.
Os dados só poderão ser submetidos no IBGEPPP, após a disponibilidade 
das órbitas precisas para o período da observação, conforme apresentado 
nas tabelas 1 e 2. Caso contrário, o usuário receberá uma mensagem de erro 
informando sobre a indisponibilidade das órbitas e a necessidade de aguardar 
até a disponibilidade .
Informação da antena
Para obter as coordenadas precisas em um posicionamento GNSS, deve-se considerar 
no processamento a distância vertical da referência do ponto (marco) ao plano de 
referência da antena (ARP), e a distância do ARP ao centro de fase da antena (APC).
A primeira é medida no campo pelo usuário e inserida no receptor GNSS e/ou no 
processamento conforme já indicado, enquanto que a segunda é obtida diretamente 
pelo programa IBGE-PPP por meio do arquivo de centro de fase das antenas.
ARP até o marco (Altura da antena): distância vertical entre o ponto de referência 
do marco e o plano de referência da antena 2 e é determinada em função da instalação 
da antena. Se conhecida, ela deverá ser informada em unidades de metro e preenchida 
como componente H na linha «ANTENA: DELTA H/E/N» do cabeçalho do arquivo 
RINEX, e/ou no processamento com o IBGE-PPP. As componentes E e N, mesmo se 
não forem zero não serão consideradas no processamento.
APC para ARP: distância entre o plano de referência da antena e o centro de fase e é 
dependente das características eletrônicas da antena com relação as observáveis (L1 ou 
L2). O IBGE-PPP usa os valores de calibração do centro de fase publicados pelo IGS ou 
pelo NGS. A nomenclatura adotada pelo IGS para a identificação do modelo da antena 
deverá ser usada para identificá-la no campo «ANT # / TIPO» do cabeçalho RINEX, e/
ou selecionando-a pela lista de modelos de antena apresentadas.
Os valores da altura da antena e do centro de fase utilizados no processamento são 
incluídos no relatório do arquivo SUM e devem ser verificados para validar as coordenadas 
calculadas. Caso o modelo de antena não seja informado ou não exista na lista apresentada 
64
UNIDADE III │ PROCESSAMENTO DOS DADOS
pelo IGS / NGS, o processamento será realizado sem a correção do centro de fase,e neste 
caso, aparecerá no arquivo SUM a informação “NÃO ENCONTRADO”.
Descrição dos resultados
O IBGE-PPP disponibiliza os resultados por meio de um link apresentado na tela de 
resposta do processamento. Neste endereço encontra-se um arquivo compactado no 
formato ZIP, o qual quando descomprimido é criado um diretório com o mesmo nome. 
Neste diretório são encontrados cinco arquivos, os quais possuem as seguintes informações:
O arquivo de extensão SUM possui o relatório detalhado do resultado do processamento. 
As informações contidas nesta saída são as informações utilizadas no processamento 
dos dados, tais como correção do centro de fase da antena, órbitas e parâmetros de 
orientação terrestre, modelo de carga oceânica, parâmetros de transformação, opções 
do processamento, observações rejeitadas e coordenadas ITRF e SIRGAS2000 (estático) 
na época do levantamento.
O arquivo de extensão POS possui a estimativa das coordenadas época a época, ao longo 
do tempo de rastreio. Ele é útil para um levantamento realizado no modo cinemático 
ou para o acompanhamento da convergência dos resultados quando as coordenadas do 
cabeçalho do arquivo RINEX são de boa qualidade.
Arquivo KML para ser visualizado no Google Earth. Vale ressaltar que a posição do 
ponto apresentado na imagem do Google Earth, pode não coincidir com a sua verdadeira 
posição, devido à precisão associada à imagem, que em alguns casos pode chegar a 
dezenas de metros.
Arquivo Leiame.txt informa o conteúdo de cada arquivo de saída do processamento.
Arquivo PDF apresenta o relatório resumido dos resultados do processamento estático. 
As principais informações contidas nesta saída são as coordenadas do processamento na 
época do levantamento e as reduzidas à época 2000.4, os desvios padrão das coordenadas 
(sigma) e a ondulação geoidal. Um processamento no modo cinemático não produzirá 
este arquivo. Este é o principal arquivo de resultados disponibilizado pelo PPP.
Os itens a seguir detalham cada um dos resultados apresentados pelo processamento 
com o IBGE-PPP.
Arquivo de extensão PDF
O arquivo de extensão PDF, principal saída do IBGE-PPP, é um relatório resumido 
do processamento. Ele contém duas páginas sendo que na primeira são apresentados 
65
PROCESSAMENTO DOS DADOS │ UNIDADE III
os seguintes itens: Sumário do Processamento do marco, Coordenadas, e 
Precisão esperada para um levantamento estático em metros. Na segunda 
página são apresentados três gráficos que apresentam o desvio-padrão (curva 
vermelha) e as diferenças das coordenadas calculadas a cada época no 
processamento e as disponíveis no cabeçalho do arquivo RINEX (curva 
azul) nos componentes: latitude, longitude e altitude, respectivamente.
Sumário do Processamento do marco: são apresentadas as informações mais 
relevantes utilizadas no processamento, tais como: o identificador da estação, data e hora 
do início e término dos dados processados, modo de operação (estático ou cinemático), 
observações encontradas nos dados (código ou código e fase), o modelo da antena 
segundo identificação adotada pelo IGS, tipo de órbita IGS utilizada no processamento 
(final, rápida e ultrarrápida), observável processada (C1&L1 ou L3- L1+L2), intervalo 
utilizado no processamento (intervalo de rastreio), sigma da pseudodistância e portadora 
em metros, altura da antena em metros (altura vertical medida do ARP à referência do 
ponto), ângulo de elevação (máscara de elevação), e os resíduos da pseudodistância (m) 
e portadora (cm) para as constelações GPS e GLONASS.
Coordenadas: são apresentadas as coordenadas SIRGAS2000 em duas épocas 
distintas, ou seja, na época 2000.4 (época de referência do sistema SIRGAS2000) 
denominada de coordenada oficial, e coordenadas na data que foi realizado o 
levantamento (época do início do rastreio), assim como o desvio padrão destas 
coordenadas. As coordenadas na época 2000.4 são obtidas a partir das coordenadas 
SIRGAS2000 na época do levantamento as quais são atualizadas para a época 2000.4 por 
meio do modelo de velocidade VEMOS2009. O modelo VEMOS2009 atualiza somente 
os componentes planimétricos, sendo idênticas as altitudes em ambas as épocas. Neste 
tópico, também é apresentado a ondulação geoidal e a altitude ortométrica obtidas pelo 
modelo geoidal MAPGEO2010.
Precisão esperada para um levantamento estático em metros: neste campo 
são apresentados valores de referência para a precisão das coordenadas determinadas 
com o IBGE-PPP em função do tipo de receptor utilizado (uma frequência ou duas 
frequências), e tempo de rastreio (maior que 1, 2, 4 e 6 horas) para os componentes 
planimétrico e altimétrico. Vale ressaltar que a precisão depende muito da qualidade 
do dado rastreado, e, portanto, os valores aqui apresentados podem variar.
Gráficos com o desvio-padrão e diferença das coordenadas época a época: 
estes gráficos apresentam os desvios padrão (eixo y da esquerda) e as diferenças das 
coordenadas calculadas a cada época com a coordenada de referência a priori (eixo y da 
direita), nas componentes latitude, longitude e altitude. A coordenada de referência a 
priori é aquela disponível no cabeçalho do arquivo RINEX.
66
UNIDADE III │ PROCESSAMENTO DOS DADOS
Arquivo de extensão SUM
O arquivo de extensão SUM é um relatório mais completo sobre o processamento. 
Ele contém um registro do cabeçalho seguido por três seções:
Seção 1: especifica os nomes dos arquivos de ENTRADA, SAÍDA e INTERNOS usados 
durante o processamento;
Seção 2: fornece os parâmetros do processamento extraídos dos arquivos INTERNOS 
a serem aplicados nos arquivos de ENTRADA. Esta seção relata os parâmetros de 
filtragem das observações (2.1), desvio e variação do centro de fase das antenas dos 
satélites - APC (2.2), desvio e variação do centro de fase da antena do receptor - APC 
(2.3), parâmetros de transformação entre os sistemas de referências ITRF e SIRGAS 
(2.4), coeficientes de carga oceânica (2.5), dados metereológicos de superfície (2.6), e 
modelo troposférico (2.7);
Seção 3: apresenta as opções do processamento (3.1), informações sobre a sessão 
observada (3.2), a estimativa das coordenadas (3.3), diferenças de coordenadas SIRGAS 
na data do levantamento e valor a priori (3.4), estimativa do relógio do receptor (3.5), 
tabela de observações rejeitadas (3.6), e lista de observações rejeitadas (3.6).
Os itens a seguir detalham cada uma das seções e tópicos apresentados no arquivo SUM 
do IBGE-PPP.
Informações gerais
Cabeçalho com informações sobre o nome do serviço, versão do programa executável, 
data de compilação do programa, instituição responsável pela manutenção do serviço 
e seu contato, e instituição responsável pelo desenvolvimento do programa CSRS-PPP.
Sumário dos arquivos
São especificados os nomes dos arquivos de ENTRADA, SAÍDA e INTERNOS utilizados 
no processamento. Os arquivos de ENTRADA correspondem às observações submetidas 
pelo usuário, órbitas e relógios dos satélites do dia e do dia seguinte (quando necessário), 
modelos de ionosfera (quando somente observações L1 estão disponíveis), e as opções 
de processamento (estático ou cinemático, equipamento L1 ou L1&L2).
Os arquivos de SAÍDA correspondem aos relatórios do processamento nomeados 
conforme nomenclatura do arquivo de observação. Trata-se do relatório completo do 
processamento (.sum), parâmetros estimados para cada época observada (.pos), relatório 
resumido (.pdf), arquivo Google Earth (.kml), além do arquivo “Leia me”.
67
PROCESSAMENTO DOS DADOS │ UNIDADE III
Os arquivos INTERNOS são armazenados no servidor IBGE-PPP e atualizados pelo 
administrador do sistema quando necessário. Esses arquivos contêm a tolerância do 
filtro para a detecção da perda de ciclo, desvio e variação do centro de fase das antenas 
dos satélites, desvio e variação do centro da fase da antena do receptor, coeficientes de 
carga oceânica e parâmetros de transformação entre os referenciais materializados do 
ITRF e SIRGAS2000.
Parâmetros de filtragem das observaçõesInformações sobre as tolerâncias da portadora narrowlane e a variação do código/portadora 
widelane são usadas pelo sistema PPP para detectar perdas de ciclos para o intervalo 
observado, sendo detectadas no processamento código/portadora e durante a filtragem 
do código da dupla frequência. Além disso, no processamento são aplicadas também as 
tendências de interfrequências dos receptores e satélites (P1-C1 e P2-C2).
Variação do centro de fase das antenas 
dos Satélites
Os valores adotados para a variação do centro de fase das antenas dos satélites pelo 
sistema PPP são os mesmos utilizados pelo IGS e NRCan no cálculo dos seus produtos; 
como por exemplo, órbitas e relógios dos satélites. Eles são as componentes do vetor 
entre o centro de massa do satélite e o centro de fase da combinação da antena L1/L2 no 
referencial do satélite. Os satélites (PRNs) ativos durante o período de observação são 
listados sob os cabeçalhos do bloco do satélite (GPS: IIF, IIR, IIRM e IIA; GLONASS:M) 
seguidos pela lista de PRNs inativos.
Variação do centro de fase da antena do receptor 
Os valores dos desvios e variações do centro de fase da antena estão armazenados em 
arquivos de calibração atualizados pelo IGS ou NGS, os quais fornecem os desvios 
nos componentes (Norte, Este e Altura) entre o centro de fase da antena em L1 e L2 
e o seu plano de referência, além das variações em função da elevação e do azimute 
dos satélites. Os arquivos apresentam estas correções com incrementos de 5 graus 
que abrangem o intervalo de 0 a 90 graus na elevação e de 0 a 360 graus no azimute. 
É informado também o modelo da antena segundo identificação adotada pelo IGS.
Parâmetros de transformação 
Informa os parâmetros de transformação utilizados para relacionar uma realização 
do ITRF (IGb00, IGS05, IGS08 ou IGb08) na época da observação com o referencial 
SIRGAS2000.
68
UNIDADE III │ PROCESSAMENTO DOS DADOS
Coeficientes de carga oceânica
Se as observações GNSS foram rastreadas a uma distância de até 10 km de uma 
estação da RBMC, cujas correções de carga oceânica são calculadas. Estes valores serão 
utilizados pelo IBGE-PPP, caso contrário, nenhuma correção é efetuada. Os coeficientes 
de carga oceânica são calculados segundo o modelo FES2004, e o arquivo atualizado a 
cada nova estação de referência incluída.
Dados meteorológicos da superfície 
São calculados pelo modelo GPT (Global Pressure and Temperature) os valores da 
temperatura (ºC) e pressão (Mb), e utilizado um valor predefinido para a umidade 
relativa (%), sendo que a pressão é ajustada levando-se em conta a altura elipsoidal. 
Esses dados metereológicos são usados para o modelamento dos atrasos troposféricos.
Modelo troposférico
As correções dos efeitos troposféricos são calculadas em função dos atrasos na 
componente seca ou hidrostática (Modelo Davis- GPT) e da componente úmida (Modelo 
Hopfield-GPT) e função de mapeamento GMF (Global Map Function).
Sumário do processamento
Esta seção reporta as opções selecionadas no processamento, assim como os resultados 
de sua execução, conforme os subitens: 
 » opções de processamento; 
 » informações sobre a sessão observada e estatística do processamento; 
 » coordenadas estimadas na data do levantamento e suas precisões; 
 » diferenças de coordenadas e erro médio quadrático com respeito ao valor 
informado a priori; 
 » estimativa do erro do relógio do receptor; 
 » tabela de observações rejeitadas;
 » lista de resíduos rejeitados por satélite. 
Opções de processamento
No processamento GNSS utilizando o IBGEPPP, há três tipos de entrada de 
informações: SELECIONADAS PELO USUÁRIO, obtidas do ARQUIVO RINEX, 
69
PROCESSAMENTO DOS DADOS │ UNIDADE III
e PREDETERMINADAS pelo programa de processamento. Nos dois primeiros 
casos, as informações dependem do usuário (modo de processamento, modelo de 
antena e receptor, taxa de rastreio, tipo de observável utilizada etc). No último caso, 
as informações são selecionadas automaticamente pelo IBGE-PPP em função de 
parâmetros preestabelecidos (máscara de elevação, sistema de referência, sistema de 
coordenadas etc), e das informações de entrada (correção do centro de fase das antenas, 
carga oceânica etc).
Opções Selecionadas pelo Usuário
Opções selecionadas pelo usuário, as quais determinam se as coordenadas do 
levantamento GNSS serão estimadas independentemente para cada época observada 
(CINEMÁTICO) ou se será determinado um valor único ajustado (ESTÁTICO). 
Sabendo-se que a série de dados foi coletada no modo estático, o resultado fornece uma 
melhor precisão ao realizar um ajustamento das observações sobre o tempo da sessão, e 
consequentemente uma melhor estimativa das coordenadas. As observações realizadas 
com receptores GNSS no modo estático ou em movimento podem ser processadas usando 
a opção CINEMÁTICO, mas a série de dados coletados com um receptor em movimento 
NÃO PODE ser processada com a opção ESTÁTICO. A tentativa de fazê-lo resultará na 
rejeição da maioria das épocas observadas. De outro modo, o processamento de dados 
coletados com um receptor no modo estático usando-se a opção CINEMÁTICO, pode 
ser útil para se avaliar a dispersão das posições estimadas em cada época.
Opções obtidas a partir do arquivo RINEX 
As informações sobre a frequência rastreada pelo receptor (L1, L1&L2), a altura e o 
modelo da antena utilizada no rastreio das observações são algumas obtidas pelo 
IBGE-PPP a partir da leitura do cabeçalho RINEX. A observável é identificada no cabeçalho 
RINEX no campo onde aparece o título ‹# / TIPOS DE OBSERV› e irá determinar se a 
série de dados foi obtida com um receptor de simples ou dupla frequência, e se afeta uma 
quantidade de OPÇÕES PREDETERMINADAS que são dependentes da frequência.
O valor da altura da antena também definido como deslocamento ARP, é encontrado 
no registro do cabeçalho RINEX no campo no qual aparece o título ‹ANTENA: DELTA 
H/E/N› e será usado em conjunto com os deslocamentos do centro de fase da antena 
(APC) para transferir as coordenadas do ponto de observação (APC) para a referência 
do marco. O modelo do receptor e da antena utilizados no levantamento GNSS são 
obtidos do cabeçalho RINEX por meio do campo em que é apresentado o título ‹ANT 
# / TIPO›. As informações de altura e modelo da antena também podem ser inseridas 
70
UNIDADE III │ PROCESSAMENTO DOS DADOS
diretamente no IBGE-PPP pelo usuário, neste caso não serão utilizadas as informações 
constantes no cabeçalho do arquivo RINEX.
Opções predeterminadas pelo IBGE-PPP
As órbitas e as correções dos relógios dos satélites a serem utilizadas no processamento 
serão escolhidas pelo IBGE-PPP em função do arquivo de observação ter sido rastreado 
dentro ou fora do território brasileiro, sempre levando em consideração o produto mais 
preciso disponível no momento do processamento (final, rápida ou ultrarrápida).
As coordenadas serão apresentadas no sistema elipsoidal. Conforme informado no item 
anterior, o tipo de observação utilizada no processamento dependerá da(s) frequência(s) 
coletada(s) no arquivo RINEX. Normalmente, as soluções CÓDIGO e CÓDIGO&FASE 
serão usadas nos processamentos de dados L1 e L1&L2, respectivamente. A solução 
CÓDIGO&FASE L1 ainda não foi implementada e o processamento L1, sendo este 
baseado somente nas observações de CÓDIGO. Considerando que a ionosfera causa 
um atraso nas observações do CÓDIGO L1, faz-se necessário o uso de um modelo 
ionosférico para corrigi-las. Deste modo as correções ionosféricas aplicadas no 
processamento L1 são obtidas por meio dos mapas ionosféricos globais combinados 
produzidos em intervalos de 2-horas no formato IONEX disponibilizados pelo IGS. 
O processamento L1&L2 (L3) usa a combinação livre dos efeitos de primeira ordem 
da ionosfera (ionofree), por isso, a opção CÓDIGO&FASE não requer entrada de uma 
fonte externa de informação ionosférica.
Os atrasos troposféricos que afetam as observações também precisam ser removidos. 
A abordagem usada para fazê-lodependerá da frequência observada. Isto é devido 
a grande diferença em precisão que existe entre as observações CÓDIGO L1 e a 
combinação CÓDIGO&FASE L1&L2. Enquanto que a combinação CÓDIGO&FASE 
L1&L2 tem a precisão de milímetros, a observação do CÓDIGO L1 tem precisão de 
poucos decímetros para receptores GNSS, o que é insuficiente para a estimativa do 
atraso troposférico. Consequentemente, o processamento com o CÓDIGO L1 usa um 
modelo troposférico em conjunto com a superfície metereológica, e uma função de 
mapeamento para corrigir o atraso troposférico ao longo do caminho do sinal GNSS.
A solução CÓDIGO&FASE L1&L2 estima o atraso total do zenite. 
A sessão observada fornece um resumo geral da quantidade e qualidade das observações 
processadas. O primeiro item informa a identificação do marco extraído do cabeçalho 
RINEX seguido pelo horário inicial e final do rastreio das observações no formato YYYY/
MM/DD hh:mm:ss.ss. O intervalo de observação (taxa de coleta) também é definido 
a partir do arquivo RINEX, e corresponde ao intervalo de rastreio das observações. 
71
PROCESSAMENTO DOS DADOS │ UNIDADE III
O intervalo no processamento se refere ao intervalo de tempo no qual cada coordenada 
é calculada. Os itens seguintes se referem à quantidade de épocas e observações GPS e 
GLONASS (somente quando o receptor é GNSS) processadas e rejeitadas, e os valores 
dos resíduos do código e fase para esses sistemas, fornecendo ao usuário uma apreciação 
da qualidade do equipamento usado para coletar os dados submetidos.
Coordenadas estimadas na data do levantamento
Seção que fornece as coordenadas estimadas para a época do levantamento, nos sistemas 
CARTESIANO (XYZ) e ELIPSOIDAL, para os referenciais: SIRGAS e ITRF, além 
da precisão estimada para um nível de confiança de 95%. Outra informação que é 
apresentada nesta seção é a diferença entre as coordenadas determinadas em SIRGAS 
e ITRF.
Essas informações são importantes principalmente para observações realizadas no 
modo ESTÁTICO. Para dados coletados no modo CINEMÁTICO, as coordenadas 
estimadas são a posição média da trajetória da sessão e o sigma representa a distância 
média da posição média. Informações sobre o desvio padrão e as correlações entre as 
componentes latitude, longitude e altitude também são apresentadas nessa seção.
Diferenças das coordenadas
Nesta seção é apresentada a diferença entre a coordenada estimada e a coordenada 
inicialmente utilizada no processamento (a priori) obtida do arquivo RINEX. São dois 
grupos com informações sobre as diferenças e o erro médio quadrático (EMQ) entre as 
coordenadas estimadas e a priori nos sistemas CARTESIANA e ELIPSOIDAL.
Essas informações são importantes principalmente para as observações coletadas no 
modo ESTÁTICO. No processamento, a diferença entre as coordenadas estimadas 
(FINAL) e os valores ENCONTRADOS no cabeçalho RINEX, ou estimada na 
primeira época usando observações de código, podem ser útil para a validação do 
PPP, quando os dados GNSS foram observados em marcos de controle (marcos 
com coordenadas conhecidas). O EMQ das diferenças não é muito significativo no 
processamento estático já que o seu cálculo inclui diferenças de posição obtidas 
antes da convergência da solução. No processamento dos dados estáticos usando 
o modo CINEMÁTICO, a diferença apresentada é a média das diferenças entre as 
coordenadas estimadas e os seus valores iniciais. Quando as coordenadas conhecidas 
estão no cabeçalho RINEX, o EMQ fornece uma estimativa da dispersão das 
coordenadas estimadas durante a sessão, a qual indica a precisão do posicionamento 
cinemático PPP.
72
UNIDADE III │ PROCESSAMENTO DOS DADOS
Estimativa do relógio do receptor
Fornece a estimativa de fase e deriva do relógio do receptor considerando as constelações 
GPS e GLONASS relativos ao relógio de referência fornecido nas órbitas IGS ou NRCan. 
As estimativas de precisão obtidas de um ajuste linear para a estimativa da época do 
relógio também são fornecidos junto com o EMQ dos resíduos do relógio. As estimativas 
do relógio são de interesse principalmente para os receptores que utilizam relógios 
atômicos externos.
Tabela de observações rejeitadas
Fornece um relatório mais detalhado sobre a quantidade e qualidade das observações 
do que a apresentada na seção.
Neste relatório são apresentadas informações sobre as observações e estatísticas 
listadas para cada satélite (GPS e GLONASS). Cada linha é iniciada com o número PRN 
do satélite seguido pelo número de arcos de satélite e épocas processadas. As colunas 
reportam as rejeições devido a perda de ciclo (SLP), erro do relógio do satélite (CLK), erro 
da órbita do satélite (EPH), erro do ponto do grid ionosférico (IGP), falha da checagem 
do resíduo (RES) e outliers (OUT). Finalmente, as últimas 4 colunas fornecem a média 
(AVG) e o EMQ dos resíduos do CÓDIGO e da FASE.
Lista de resíduos rejeitados 
Informa detalhadamente para cada satélite rastreado, os resíduos rejeitados no 
processamento e seus valores nas observações de código e fase, além dos valores de 
tolerância.
Arquivo de extensão POS
O arquivo de extensão POS é o mais importante para um processamento no modo 
CINEMÁTICO, pois apresenta um valor de coordenada a cada intervalo de observação 
registrado pelo receptor. Ele possui várias colunas dentre as quais se destacam: o 
sistema de referência das coordenadas (fornece somente resultados em SIRGAS2000); 
identificador do marco; época da observação; número de satélites (NSV); precisão 
da observação em função da geometria dos satélites (quanto menor o valor do GDOP 
melhor é a precisão); desvio padrão das observações de código (SDC) e fase (SDP); 
diferença (em metros) entre a coordenada da época inicial e a coordenada da época 
observada para a componente latitude (DLAT), longitude (DLON) e altitude (DHGT); 
erro do relógio (CLK) do receptor (em nano segundos); correção do atraso troposférico 
73
PROCESSAMENTO DOS DADOS │ UNIDADE III
no zênite (em metros); desvio padrão (em metros) da latitude (SLAT), longitude 
(SLON) e altitude; desvio padrão do erro do relógio do receptor (SCLK); desvio padrão 
do atraso troposférico no zênite; latitude (grau, minuto, segundo); longitude (grau, 
minuto, segundo); altitude em metros.
Arquivo de extensão KML
O arquivo de extensão KML é utilizado para visualização dos resultados no Google Earth. 
Em um levantamento realizado no modo ESTÁTICO apenas um ponto é apresentado 
na imagem do Google, e em um levantamento realizado no modo CINEMÁTICO é 
apresentado o trajeto do levantamento. Vale ressaltar que a posição do ponto apresentado 
na imagem do Google Earth pode não coincidir com a sua verdadeira posição, devido 
à precisão associada à imagem, que em alguns casos pode chegar a dezenas de metros.
Ajustamento de uma rede GPS pelo método 
paramétrico
O método Paramétrico é também conhecido como ajustamento de observações indiretas 
ou como métodos das equações de observações. As observações indiretas, como o 
próprio nome diz não se processam diretamente sobre as grandezas procuradas ou sobre 
os parâmetros que se quer conhecer. Elas se vinculam aos parâmetros desconhecidos 
através de modelos matemáticos, ou seja, é necessária a formulação de equações, para 
que relacionem os parâmetros às observações. Estas grandezas são geralmente obtidas 
por medições diretas. 
Em um método de ajustamento seja ele, paramétrico, condicional ou mesmo combinado, 
um fator importante que deve ser levado em consideração é o estudo da correlação 
entre as observações e que estão presentes na matriz variância-covariância. 
No caso particular de ciências geodésicas, Vanicek e Krakiwsky (1986), afirmam 
que o modelo matemático relacionando os dados coletados para certos parâmetros 
desconhecidos é muito bem definido, porque eles são baseados em leis geométricas e 
simples leis físicas. 
Nas redes geodésicas obtidas por GPS a análise da matriz variância covariância das 
observações é importante quando ocorre a rejeiçãodo teste global, pois os desvios 
padrão contidos nesta matriz podem estar super ou subestimados. 
Outro fator importante e que pode influenciar na rejeição do teste é a existência de 
erros grosseiros. Desta forma, neste Caderno de Estudo e Pesquisa será dada maior 
ênfase para estas causas na ocorrência de rejeição do teste global.
74
UNIDADE IVPOSICIONAMENTO GNSS
CAPITULO 1
Métodos de posicionamento GNSS
O posicionamento por GNSS pode ser realizado por diferentes métodos e procedimentos. 
Neste Caderno de Estudo e Pesquisa serão abordados apenas aqueles que proporcionam 
precisão adequada para serviços de georreferenciamento de imóveis rurais, tanto para 
o estabelecimento de vértices de referência, quanto para o posicionamento de vértices 
de limites (artificiais e naturais). 
Nos próximos tópicos é feita uma breve descrição sobre cada um dos métodos de 
posicionamento por GNSS, aplicados aos serviços de georreferenciamento de imóveis 
rurais. 
Posicionamento relativo 
No posicionamento relativo, as coordenadas do vértice de interesse são determinadas a 
partir de um ou mais vértices de coordenadas conhecidas. Neste caso é necessário que 
dois ou mais receptores GNSS coletem dados simultaneamente, no qual ao menos um 
dos receptores ocupe um vértice de referência no posicionamento relativo podem se 
usar as observáveis: fase da onda portadora, pseudodistância ou as duas em conjunto. 
Sendo que a fase da onda portadora proporciona melhor precisão e por isso ela é a 
única observável aceita na determinação de coordenadas de vértices de apoio e vértices 
situados em limites artificiais. O posicionamento relativo utilizando a observável 
pseudodistância só é permitido para a determinação de coordenadas de vértices 
situados em limites naturais. 
Pelo fato de haver várias possibilidades de se executar um posicionamento relativo usando 
a observável fase da onda portadora, neste documento este tipo de posicionamento foi 
subdividido em quatro grupos: estático, estático-rápido, semicinemático e cinemático. 
75
POSICIONAMENTO GNSS │ UNIDADE IV
O posicionamento relativo usando a observável pseudodistância foi tratado como 
posicionamento relativo a partir do código C/A. 
Posicionamento relativo estático 
No posicionamento relativo estático, tanto o(s) receptor(es) do(s) vértice(s) de referência 
quanto o(s) receptor(es) do(s) vértice(s) de interesse devem permanecer estacionados 
(estáticos) durante todo o levantamento. Neste método, a sessão de rastreio se estende 
por um longo período.
Posicionamento relativo estático-rápido 
O posicionamento relativo estático-rápido é similar ao relativo estático, porém, a 
diferença básica é a duração da sessão de rastreio, que neste caso, em geral é inferior a 
20 minutos. 
Por não haver necessidade de manter o receptor coletando dados no deslocamento 
entre os vértices de interesse, esse método é uma alternativa para os casos nos quais 
ocorram obstruções no intervalo entre os vértices de interesse. 
Posicionamento relativo semicinemático 
(stop and go) 
Este método de posicionamento é uma transição entre o estático-rápido e o cinemático. 
O receptor que ocupa o vértice de interesse permanece estático, porém num tempo 
de ocupação bastante curto, necessitando coletar dados no deslocamento entre um 
vértice de interesse e outro. Quanto maior a duração da sessão de levantamento com a 
coleta de dados íntegros, sem perdas de ciclos, melhor a precisão na determinação de 
coordenadas. 
Como é necessário coletar dados no deslocamento entre os vértices de interesse, este 
método não deve ser usado em locais que possuam muitas obstruções. Como os limites 
de imóveis rurais geralmente estão situados em locais nessas condições, os profissionais 
devem ficar atentos quanto à utilização deste método, pois os resultados em termos de 
precisão podem estar fora dos padrões estabelecidos na NTGIR 3a Edição. 
Posicionamento relativo cinemático 
No posicionamento relativo cinemático, enquanto um ou mais receptores estão 
estacionados no(s) vértice(s) de referência, o(s) receptor(es) que coleta(m) dados dos 
76
UNIDADE IV │ POSICIONAMENTO GNSS
vértices de interesse permanece(m) em movimento. A cada instante de observação, que 
coincide com o intervalo de gravação, é determinado um conjunto de coordenadas. 
Este método é apropriado para o levantamento de limites de imóveis definidos por 
feições lineares com muita sinuosidade, porém a sua utilização em locais com muitas 
obstruções é limitada, conforme descrito para o método semicinemático. 
Posicionamento relativo a partir do código C/A 
Os diferentes métodos de posicionamento relativo apresentados anteriormente 
pressupõem a utilização da observável fase da onda portadora. O método contemplado 
neste tópico refere-se ao posicionamento relativo com a utilização da observável 
pseudodistância a partir do código C/A e a disponibilidade de coordenadas se dá por 
meio de pós-processamento. 
Neste método também há necessidade de um ou mais receptores ocuparem vértices de 
coordenadas conhecidas enquanto outro(s) coleta(m) dados dos vértices de interesse. 
Devido a menor precisão proporcionada pela pseudodistância a partir do código C/A, 
este método não é adequado para a determinação de coordenadas de vértices situados 
em limites artificiais, sendo aceito apenas na determinação de limites naturais, desde 
que se alcance valor de precisão dentro dos padrões estabelecidos na NTGIR 3a Edição. 
RTK E DGPS 
O conceito de posicionamento pelo RTK (Real Time Kinematic) e DGPS (Differential 
GPS) baseia-se na transmissão instantânea de dados de correções dos sinais de 
satélites, do(s) receptor(es) instalado(s) no(s) vértice(s) de referência ao(s) receptor(es) 
que percorre(m) os vértices de interesse. Desta forma, proporciona o conhecimento 
instantâneo (tempo real) de coordenadas precisas dos vértices levantados. 
RTK convencional 
No modo convencional os dados de correção são transmitidos por meio de um link de 
rádio do receptor instalado no vértice de referência ao(s) receptore(s) que percorre(m) 
os vértices de interesse. A solução encontrada é uma linha de base única.
Um fator que limita a área de abrangência para a realização de levantamentos por RTK 
convencional é o alcance de transmissão das ondas de rádio. Basicamente, o alcance 
máximo é definido em função da potência do rádio e das condições locais em termos de 
obstáculos físicos. 
77
POSICIONAMENTO GNSS │ UNIDADE IV
A utilização deste método, para determinação de limites artificiais, está condicionada a 
solução do vetor das ambiguidades como inteiro (solução fixa). 
RTK em rede 
No RTK em rede, ao invés de apenas uma estação de referência, existem várias estações 
de monitoramento contínuo conectadas a um servidor central, a partir do qual são 
distribuídos, por meio da Internet, os dados de correção aos receptores móveis Com este 
método de posicionamento é possível obter mais de um vetor, dependendo do número 
de estações de referência envolvidas, e com isso efetuar o ajustamento das observações, 
proporcionando maior precisão e controle. 
Essa tecnologia se difundiu pela disponibilidade de telefonia celular, do tipo GSM, 
GPRS e 3G. A limitação de aplicação dessa tecnologia é a disponibilidade de serviços de 
telefonia celular na área de trabalho, situação comum nas áreas rurais brasileiras. 
Um serviço de RTK em rede é fornecido gratuitamente pelo IBGE, que disponibiliza 
dados de correção via protocolo Internet conhecido por Networked Transport of RTCM 
via Internet Protocol (NTRIP), em formato definido pelo Radio Technical Committee 
for Maritime Service (RTCM). A possibilidade de se efetuar posicionamento relativo 
cinemático em tempo real, a partir desse serviço, fica restrita a locais situados próximos 
às estações de referência da Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo dos Sistemas 
GNSS (RBMC), que disponibilizam esse serviço. Mais informações em: <http://www.
ibge.gov.br/home/ geociencias/geodesia/rbmc/ntrip/>.Differential GPS (DGPS) 
O DGPS tem fundamento análogo ao RTK, porém a observável usada é a pseudodistância 
a partir do código C/A. Portanto, este método provê precisão inferior ao RTK e sua 
aplicação nos serviços de georreferenciamento de imóveis rurais fica restrita ao 
posicionamento dos vértices situados em limites naturais. 
Posicionamento Por Ponto Preciso (PPP) 
Com o posicionamento por ponto preciso, as coordenadas do vértice de interesse são 
determinadas de forma absoluta, portanto, dispensa o uso de receptor instalado sobre 
um vértice de coordenadas conhecidas. 
O IBGE disponibiliza um serviço on-line de PPP que processa dados no modo estático 
e cinemático em <http://www.ppp.ibge.gov.br/ppp.htm>.
78
CAPÍTULO 2
Fontes de erros e processamento de sinal
Neste momento serão descritos alguns dos erros contidos no segmento espacial do 
sistema GNSS (Global Navigation Satellite System) que tem como principais fontes 
erros relacionados à órbita de navegação, aos relógios dos satélites, à relatividade, ao 
atraso de ondas e não menos o centro de fase da antena.
Erros orbitais
As efemérides são informações que são transmitidas frequentemente pelos satélites 
e funciona como identificação, pois cada satélite transmite sua própria efeméride. 
Nelas estão contidos parâmetros de informações de um determinado satélite como sua 
posição, data, hora.
As coordenadas dos satélites calculadas a partir das efemérides são fontes de erros, pois 
todos os processos de ajustamento dos dados dos satélites por mais que seja cuidadoso 
antes do lançamento a sua orbita de destino é passível de erro, contudo esses erros 
são propagados até o usuário, erro que é quase repassado diretamente na obtenção de 
coordenadas por meio de posicionamento no módulo estacionário (absoluto), mas já no 
posicionamento relativo estes erros são desprezíveis. Porém alguns erros permanecem, 
assim diminuindo a acurácia do sistema conforme a distância da linha-base.
As informações orbitais podem ser obtidas por meio das efemérides que podem ser 
transmitidas ou pós-processadas, caracterizando-se como precisas. Mas hoje já é possível 
adotar efemérides preditas pelo IGS (o International GPS Service for Geodynamics).
As efemérides transmitidas apresentam uma acurácia na ordem de 1 a 3 m, com 
disponibilidade de sinal em tempo real, já as efemérides precisas denominadas IGS 
e IGR apresentam como resultado de um pós-processamento, uma acurácia na casa 
de 2 a 5 cm, com latência de cerca uma semana e 17 horas. Já as efemérides preditas 
pelo IGS, denominadas por IGP ficavam disponíveis algumas horas antes do dia que se 
referia e apresentavam a precisão de cerca 50 cm, mas esta foi substituída pela IGU e 
seu tempo de latência aumentou e sua precisão também, na ordem de 5 a 10 cm.
Erro nos relógios dos satélites
Os relógios que constituem geralmente os satélites são atômicos, apesar da precisão 
conhecida nesses relógios, não acompanham o sistema de tempo associados a eles, 
79
POSICIONAMENTO GNSS │ UNIDADE IV
aonde a diferença chega ser de no máximo de 1 milissegundo. São monitorados pelo 
segmento controle, e a diferença entre o sistema e o relógio faz parte das mensagens 
de navegação em forma de coeficientes de polinômio de segunda ordem, esta técnica e 
utilizada para manipulação das frequências dos relógios dos satélites.
Uma técnica usada no controle da S.A (Selective Availability) era a de manipulação da 
frequência dos relógios dos satélites, estes atrasos de cerca de 80 nanossegundos (ns) 
correspondiam em um erro de cerca 24 metros na obtenção das coordenadas.
Sendo que antes da S.A ser desativada a função polinominal não conseguia adequar de 
modo aceitável os erros do relógio no satélite. Bem que para anular os erros dos relógios 
do satélite são utilizados métodos de posicionamento relativo, que ao formar duplas 
diferenças os erros dos relógios se anularam.
Efeitos da relatividade
Os erros de relatividade não são inerentes somente dos satélites e sua órbita, mas também 
são encontrados na propagação do sinal e nos relógios dos respectivos receptores, como 
os relógios dos satélites e dos receptores estão em campo gravitacionais diferentes, 
apresentam uma alteração na velocidade da propagação do sinal, com densidades 
diferentes as ondas eletromagnéticas têm como característica alterar a forma de sua 
frequência consequentemente a sua velocidade em meios diferentes. Isso provoca uma 
alteração entre os relógios do satélite e o receptor.
Para atenuação destes erros no segmento espacial, antes dos lançamentos dos 
satélites é reduzida a frequência nominal nos relógios dos satélites em alguns hertz, 
porém há presença de erros remanescentes, que podem ser eliminados pelo método de 
posicionamento relativo.
Atraso nas portadoras no hardware do satélite 
e dos receptores
Conhecido como IFB (Interfrequency Biases) e DCB (Differential Code Biases) são 
erros decorrentes da diferença entre os caminhos percorridos das portadoras L1 e L2 nos 
hardware dos receptores e dos satélites. No caso dos satélites esses erros são calibrados 
e compensados durante a fase de teste e introduzida como parte da mensagem de 
navegação, estes erros são distintos para cada satélite.
Já nos receptores existem algumas equações que auxiliam o usuário a compensar esses 
erros, no caso de utilizar receptores dotados apenas da portadora L1, necessita-se 
80
UNIDADE IV │ POSICIONAMENTO GNSS
adicionar manualmente o cálculo. Para as portadoras L2 deve exercer multiplicação do 
erro por uma constante. Esses erros são gerados pela diferença de frequência entre as 
ondas eletromagnéticas.
Centro de fase da antena do satélite
Chama-se Centro de Fase Eletrônico (ou simplesmente Centro de Fase) ao ponto observado 
em uma antena de satélite durante a emissão de sinais podem estar deslocados poucos 
milímetros do centro mecânico da antena. 
O IGS disponibiliza um arquivo chamado Antex, que possui correções do centro de fase 
e dimensões das antenas relacionadas à posição do Ponto de Referência das Antenas 
(ARP). 
As antenas devem ser alinhadas com o norte verdadeiro para padronizar as medições 
em diferentes estudos e de modo que a localização do centro de fase da antena seja 
modelada corretamente. Esta não coincidência do centro de fase eletrônico (no qual 
o sinal GPS é efetivamente recebido) com o eixo de simetria (no qual é padronizada 
a tomada de medição do sinal) é uma característica das antenas GPS que se deve às 
diferenças construtivas de cada antena. Este deslocamento chama-se offset do centro 
de fase médio.
As variações do centro de fase compreendem uma das principais fontes de erro no 
sistema de recepção do sinal. A qualidade nos resultados do processamento GPS 
depende do modelo de antena utilizado no levantamento uma vez que as propriedades 
do centro de fase eletrônico são diferentes em cada tipo de antena.
Processamento das observações e integração 
ao referencial geodésico 
O processamento das observações GPS consiste na utilização de modelos matemáticos 
capazes de relacionar a posição tridimensional de um determinado local com as 
observações básicas do sistema e as coordenadas tridimensionais dos satélites.
Além das coordenadas de interesse, esses modelos permitem que outros parâmetros 
sejam determinados, como, por exemplo, os referentes à atmosfera. 
No posicionamento relativo, as coordenadas a serem determinadas estarão referenciadas 
ao mesmo sistema da estação. Por isso, é de extrema importância que tanto as coordenadas 
dos satélites quanto a(s) da(s) estação(ões) de referência estejam no mesmo sistema ou em 
sistemas compatíveis. 
81
POSICIONAMENTO GNSS │ UNIDADE IV
É um erro muito comum no processamento relativo o usuário utilizar as coordenadas 
da estação de referência em um sistema diferente das coordenadas dos satélites, 
principalmente quando se buscam resultados em um sistema de referência regional, 
pois as coordenadas dos satélites estão em sistemas globais geocêntricos.Devem ser utilizadas como referência para os levantamentos as estações da RBMC 
e/ou, quando possível, estações das Redes Estaduais GPS que se encontrem próximas à 
área do levantamento ou outra estação do SGB determinada por GPS. 
Em qualquer um dos casos é recomendável realizar uma consulta ao BDG para conseguir 
as informações atualizadas das estações do SGB envolvidas no planejamento. Não 
devem ser utilizadas de forma alguma estações consideradas clássicas, ou seja, estações 
cujas coordenadas não foram determinadas com GPS, pois estas podem introduzir 
erros na determinação das linhas de base. 
Atualmente, o SGB é definido por um sistema de referência: SIRGAS2000, o qual é 
consistente com a alta precisão oferecida pelas novas tecnologias de posicionamento. 
As efemérides contêm informações referentes à posição e ao erro do relógio dos satélites 
necessários no posicionamento. A precisão dessas informações depende do tipo de 
efeméride que está. Há basicamente dois tipos de efemérides: precisas e transmitidas, 
sendo que estas últimas são disponibilizadas diretamente para o receptor no momento 
do rastreio das observações. 
Estudo de caso aplicado ao 
Georreferenciamento de Imóveis Rurais
Posicionamento GNSS: Comparação entre coordenadas oficiais 
de estações da RBMC e as obtidas por PPP e posicionamento 
relativo e ajustamento 
Autora: Carolina Collischonn
Anais XVII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto - SBSR, João Pessoa-PB, 
Brasil, 25 a 29 de abril de 2015, INPE
Posicionamento está relacionado à determinação da posição de objetos com 
relação a um referencial específico. O posicionamento pode ser classificado em 
absoluto, quando as coordenadas estão associadas diretamente ao geocentro, 
e relativo, no caso em que as coordenadas são determinadas com relação a um 
referencial materializado por um ou mais vértices com coordenadas conhecidas 
(MONICO, 2008). Nesse trabalho são utilizados os métodos de posicionamento 
relativo estático e posicionamento por ponto preciso (PPP), além dos dados da 
RBMC (Rede Brasileira de monitoramento Contínuo), descritos a seguir.
82
UNIDADE IV │ POSICIONAMENTO GNSS
Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro 
de Geografia e Estatística), responsável pela materialização e manutenção 
da RBMC, esta é composta por 101 estações que possuem, em sua maioria, 
receptores rastreando satélites GPS (Global Positioning System) e GLONASS 
(Global Orbiting Navigation Satellite System), enquanto que algumas das estações 
têm receptores que rastreiam apenas satélites da constelação GPS. Em cada 
estação há um receptor e uma antena geodésica que coletam as observações do 
código e da fase das ondas portadores advindas dos satélites GPS ou GLONASS. 
As coordenadas das estações da RBMC estão referenciadas ao SIRGAS (Sistema de 
Referência Geocêntrico para as Américas) com precisão de ± 5 milímetros (IBGE). 
As observações são organizadas em sessões que iniciam às 00h01min e acabam 
às 24h00min no tempo universal, com intervalo de rastreio de 15 segundos. 
Estas sessões são organizadas em arquivos diários, que são processados no 
Centro de Controle da Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo dos Sistemas 
GNSS (Global Navigation Satellite System). Após o processamento os dados 
são disponibilizados para download na página do IBGE. Além dos dados das 
observações, o IBGE também disponibiliza as órbitas transmitidas pelos satélites. 
Posicionamento relativo 
No posicionamento relativo, a posição de um ponto é determinada com relação 
à de outro(s), cujas coordenadas são conhecidas. Nesse contexto surge o 
conceito de linha-base. A linha-base envolve duas estações, podendo ser uma 
supostamente conhecida e outra a determinar, as duas estações conhecidas, 
ou ainda, ambas as estações desconhecidas, fazendo parte de uma rede. 
Os elementos que compõem a linha-base, ou seja, ∆X, ∆Y e ∆Z, são estimados e, ao 
serem acrescentados às coordenadas da estação-base ou de referência (estação 
com coordenadas conhecidas), proporcionam as coordenadas da estação 
desejada. Para realizar o posicionamento relativo o usuário deve dispor de dois 
ou mais receptores, ou utilizar dados de estações pertencentes a Sistemas de 
Controle Ativos (SCA), no Brasil tem- se a RBMC. No contexto de posicionamento 
relativo utilizam-se, em geral, as duplas diferenças (DD) como observáveis 
fundamentais. Ainda com relação à classificação, o método de posicionamento 
relativo pode ser estático, estático rápido, semicinemático e cinemático. 
Adotando uma das observáveis: pseudodistância, fase da onda da portadora, 
fase da onda da portadora e pseudodistância (MONICO, 2008). O conceito 
fundamental do posicionamento relativo é que os dois ou mais receptores 
envolvidos rastreiem, simultaneamente, pelo menos dois satélites comuns. 
Quando se realizam diferenças entre observáveis coletadas simultaneamente, 
objetiva-se, sobretudo, reduzir alguns tipos de erros. A observável normalmente 
83
POSICIONAMENTO GNSS │ UNIDADE IV
adotada no posicionamento relativo estático é a DD da fase de batimento da onda 
portadora, muito embora possa também se utilizar a DD da pseudodistância, ou 
ambas. Os casos em que se têm as duas observáveis proporcionam melhores 
resultados em termos de acurácia (MONICO, 2008). O método de posicionamento 
relativo estático é muito adotado em posicionamento geodésico, e implica em 
linhas base com tempos de ocupação acima de 20 minutos. As linhas-base são 
processadas, podendo ser em softwares comerciais, de forma individual ou 
levando em conta a correlação entre as várias linhas-base simultâneas de cada 
sessão. Após, é feito o ajustamento envolvendo todos os resultados de cada 
linha-base. 
Posicionamento por ponto preciso 
O PPP é empregado desde a década de 1990, primeiramente limitando-se a 
aplicações científicas. Nos últimos anos esta técnica passou a ser empregada 
mais amplamente, também no Brasil (MATSUOKA, 2009). Principalmente com 
o surgimento de serviços gratuitos online de processamento com facilidade de 
acesso e a simplicidade de uso. Segundo Monico (2008), no PPP são utilizadas 
as observáveis pseudodistância e/ou fase da onda portadora, coletadas por 
receptores de simples ou de dupla frequência, com efemérides precisas. Para 
receptores de dupla frequência, deve-se usar como observável no processamento 
a combinação linear livre dos efeitos da Ionosfera (íon-free). Quando utilizados 
receptores de simples frequência, devem-se minimizar estes efeitos com 
emprego de algum modelo da Ionosfera disponível (MATSUOKA, 2009) Ainda 
segundo Monico (2008), nas efemérides precisas, ou pós-processadas, a órbita 
(posição) e o erro do relógio (tempo) dos satélites são determinados com alta 
precisão por algum serviço e disponibilizados por algum meio de comunicação, 
como por exemplo, a Internet. Essas informações têm sido produzidas e 
disponibilizadas pelo IGS (International GNSS Service) e centros associados, 
sem qualquer custo (MATSUOKA, 2009). Atualmente, o IGS produz três tipos de 
efemérides e correções para o relógio dos satélites denominadas de efemérides 
IGS, IGR e IGU, cuja descrição detalhada pode ser obtida em Monico (2008). 
Serviços de PPP são disponibilizados de forma gratuita e de processamento 
on-line, tais como o JPL, a UNB, o GSD-NRCan (Geodetic Survey Division of Natural 
Resources of Canada) e, no Brasil, o IBGE. O IBGE-PPP é utilizado nesse trabalho. 
O resultado do IBGEPPP independe de qualquer ajustamento de rede geodésica 
e não está associado às realizações ou ajustamentos de rede planimétrica. Deste 
modo, os resultados obtidos através deste serviço terão uma pequena diferença 
daqueles disponíveis no Banco de Dados Geodésicos - BDG. 
84
UNIDADE IV │ POSICIONAMENTO GNSS
Materiais e metodologia 
Os principais dados e softwares utilizados no trabalho são: 
 » Dados GNSS das estações da RBMC – Rede Brasileirade Monitoramento 
Contínuo (disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/
geociencias/geodesia/rbmc/rbmc.shtm?c=7>) 
 » Software para processamento de dados GNSS – Topcon Tools v.7.5.1do 
Departamento de Geodésia da UFRGS (Universidade Federal do Rio 
Grande do Sul); 
 » Software para computação numérica–Scilab v.4.1.2 (freeware); 
 » IGBE-PPP. 
A metodologia para o posicionamento relativo consiste em processar os vértices 
da rede com relação aos pontos de controle (estações oficiais da RBMC do IBGE). 
Após o processamento e obtidas os resultados das linhas-base, bem como as 
suas precisões (variâncias e covariâncias), o ajustamento é realizado pelo método 
paramétrico do MMQ (Método dos Mínimos Quadrados) na forma de injunção 
relativa para se determinar as coordenadas, bem como, os respectivos desvios-
padrão dos vértices da rede, utilizando as linhas-base obtidas no processamento. 
Após o ajustamento, obtêm-se as coordenadas, com as respectivas precisões, 
dos vértices da rede geodésica. Em seguida da execução do ajustamento da rede 
geodésica, faz-se seu controle de qualidade. Na etapa de detecção de possíveis 
erros grosseiros nas observações e de erros no modelo (funcional e estocástico) 
realizou-se o teste global do ajustamento. 
Para o posicionamento por ponto preciso a metodologia consiste em o usuário 
cadastrado enviar o arquivo do levantamento para o serviço de processamento 
por ponto preciso do IBGE via internet, no endereço <http://www.ppp.ibge.gov.
br/ppp.htm>. Mais informações podem ser obtidas no manual do usuário, na 
pagina do IBGE, seção geociências. 
Dados 
A rede geodésica utilizada nesse trabalho é constituída de nove vértices: PRCV, 
PRGU, UFPR, SCCH, SCLA, IMBT, RSAL, SMAR, POAL. As estações PRGU, UFPR, SCCH, 
SCLA, IMBT, RSAL, SMAR são os vértices desconhecidos da rede, cujas coordenadas 
cartesianas geocêntricas (X, Y, Z) devem ser determinadas. Os arquivos de rastreio 
das estações contemplam os meses de setembro e outubro de 2013. 
http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/geodesia/rbmc/rbmc.shtm?c=7
http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/geodesia/rbmc/rbmc.shtm?c=7
85
POSICIONAMENTO GNSS │ UNIDADE IV
As estações POAL (Porto Alegre/RS) e PRCV (Cascavel/PR) são os pontos de 
controle da rede, considerando as coordenadas oficiais destas estações (no 
referencial SIRGAS2000, homologadas pelo IBGE) e seus respectivos desvios 
padrão no processo de ajustamento.
Posicionamento relativo 
No site do IBGE, foram obtidos os arquivos de navegação e de observação de 
cada estação que compunha a linha-base. Os descritivos das estações também 
foram obtidos no site do IBGE. A rede foi processada utilizando o software 
Topcon Tools e foram obtidas as distâncias relativas entre os vértices (∆X, ∆Y e 
∆Z), os desvios padrão (σX, σY, σZ) e as correlações entre XY, XZ e YZ. Estes foram 
convertidos em variâncias e covariâncias. Todos Anais XVII Simpósio Brasileiro 
de Sensoriamento Remoto - SBSR, João Pessoa-PB, Brasil, 25 a 29 de abril de 
2015, INPE 0143 estes dados resultantes do processamento das linhas-base são 
utilizados no ajustamento da rede, pelo método paramétrico do MMQ. 
Como descrito anteriormente, a rede geodésica é composta por nove vértices, 
sendo POAL e PRCV pontos de controle (com coordenadas injuncionadas de 
forma relativa), totalizando 20 linhas-base (distâncias relativas entre os vértices). 
O número de observações é 20 X 3 = 60 (componentes ∆X ∆Y ∆Z de cada uma 
das linhas-base), o número de incógnitas é 7 X 3 = 21 (coordenadas X Y Z dos 
vértices da rede, incluindo os pontos de controle POAL e PRCV injuncionados) 
e o número de injunções é 2 X 3 = 6 (coordenadas X Y Z dos pontos de controle 
POAL e PRCV). Portanto, o número de equações é n = 60 + 6 = 66. 
Com relação ao vetor das observações (componentes ∆X ∆Y ∆Z de cada uma das 
20 linhas-base e as coordenadas X, Y, Z dos pontos de controle POAL e PRCV) sem 
as injunções, somente as linhas-base, e sua respectiva matriz variância covariância 
(MVC), com os desvios padrão associados a cada uma das 60 observações se 
observa que as diferentes linhas-base possuem precisão (desvio padrão) de ordem 
centimétrica, sendo a média obtida de 4,7 centímetros de desvio padrão para a 
resultante de todas as linhas-base. Os maiores desvios padrão encontrados nas três 
coordenadas cartesianas X, Y e Z estão na linha-base RSAL_SCLA, sendo o desvio 
padrão de 7,9 centímetros na componente X, 6,9 centímetros na componente Y e 
4,5 centímetros na componente Z. Esses valores são coerentes, pois é a linha-base 
com maior distância. O maior valor de desvio padrão médio é de 6,4 centímetros 
também para a linha-base RSAL_SCLA. 
As covariâncias entre componentes de diferentes linhas-base foram consideradas 
nulas. As variâncias e covariâncias das componentes de cada linha-base foram 
86
UNIDADE IV │ POSICIONAMENTO GNSS
obtidas por meio do posicionamento GNSS relativo, que foi realizado para estimar o 
valor numérico de suas componentes ∆X ∆Y ∆Z. Assim, a MVC das observações 
tem estrutura bloco-diagonal 3 X 3. Cada uma das 20 linhas-base possui uma 
matriz 3 X 3, relativa às variâncias e covariâncias de suas componentes (∆X ∆Y 
∆Z). Na MVC ainda constam as variâncias e covariâncias das coordenadas dos 
pontos de controle injuncionadas de forma relativa no ajustamento. 
A diferença entre as coordenadas obtidas para os pontos de controle POAL e 
PRCV e as coordenadas injuncionadas de forma relativa inicialmente para estes 
no ajustamento da rede está dentro dos valores de desvio-padrão para as 
coordenadas.
Posicionamento por ponto preciso 
Os dados foram processados no serviço PPP do IBGE. O IBGE-PPP é um serviço 
on-line para o pós-processamento de dados GPS, esses dados podem ser no modo 
estático ou cinemático, de receptores de simples ou dupla frequência. O sistema 
aceita arquivos nos formatos RINEX ou Hatanaka, caso seja mais de um arquivo, 
devem ser comprimidos. Além disso, são necessários o tipo da antena utilizado 
no levantamento, conforme identificação adotada pelo IGS (International GNSS 
Service) e o valor da altura da antena em metros Anais XVII Simpósio Brasileiro 
de Sensoriamento Remoto - SBSR, João Pessoa-PB, Brasil, 25 a 29 de abril de 
2015, INPE 0144 referidos ao plano de referência da antena. Os resultados são 
informados através de e-mail fornecido pelo usuário, quando este submete os 
dados para processamento. Este serviço de posicionamento faz uso do aplicativo 
de processamento CSRS (Canadian Spatial Reference System)-PPP desenvolvido 
pelo Geodetic Survey Division of Natural Resources of Canada (NRCan). 
A fim de realizar uma comparação entre o posicionamento relativo e o 
posicionamento por ponto preciso (PPP), processou-se os arquivos de 
observação no serviço de PPP do IBGE. Após o processamento, as coordenadas 
X, Y e Z obtidas pelo PPP comparadas com as coordenadas oficiais contidas nos 
descritivos do IBGE.
Resultados e análises 
A partir dos resultados obtidos para o PPP e o posicionamento relativo, esses 
foram comparados com as coordenadas oficiais das estações.
Analisando os resultados, verifica-se que com relação à diferença entre as 
coordenadas obtidos pelo PPP e as que contam nos descritivos da RBMC na 
87
POSICIONAMENTO GNSS │ UNIDADE IV
componente X essa diferença é da ordem de 2,5 centímetros. A média da diferença 
em Y é de 2 centímetros. Já as diferenças em Z estão da ordem de 3 centímetros. 
Com relação ao posicionamento relativo e ajustamento essas diferenças não 
são da ordem de 2 centímetros para a componente X. Para a componente 
Y a diferença média foi de 1,2 centímetros e para Z de 1,1 centímetros, sendo 
que para a estação SCCH, essa diferença para a componente Y ficou muito 
menor que com relação as outras estações, com cerca de 2 milímetros. E para 
a componente Z da estação RSAL também, cerca de 3 milímetros. A diferença 
máxima encontrada entre o PPP e osdescritivos da RBMC foi para a componente 
Z da estação RSAL, de 8,1 centímetros. E a menor diferença encontrada é para as 
componentes Z da estação SMAR e Y de RSAL, entre PPP e RBMC, de 1 milímetro.
Verifica-se que o valor médio de diferença, em UTM, entre os valores obtidos pelo 
PPP e os valores das coordenadas oficiais do IBGE foi de aproximadamente 7,9 
milímetros, na coordenada Leste e de 13 milímetros na coordenada Norte. Todos 
os valores de diferença para a coordenada Norte foram da ordem de 5 milímetros, 
com exceção da estação RSAL cujo valor de diferença é 6,2 centímetros, cerca de 
dez vezes maior que para as outras estações.
Considerações finais 
Nesse estudo foi realizado um comparativo entre as coordenadas constantes 
nos descritivos em sete estações da RBMC do IBGE com relação ao PPP 
realizado nas estações e com relação às coordenadas das mesmas estações 
obtidos por ajustamento pelo método paramétrico do MMQ. Primeiramente 
foi feita uma breve revisão sobre RBMC do IBGE, o posicionamento relativo e 
o PPP. Os dados das estações da RBMC foram apresentados, bem como a rede 
GNSS utilizada no posicionamento relativo e ajustamento. Análises foram 
feitas com relação às diferenças entre as coordenadas cartesianas geocêntricas 
obtidas pelo PPP, ajustamento e as oficiais constantes nos descritivos da RBMC. 
Após, as coordenadas cartesianas geocêntricas foram convertidas em 
coordenadas planas UTM e foram feitas análises com relação às diferenças, 
planimetricamente. 
Os resultados mostram que a diferença entre os resultados de PPP e as 
coordenadas oficiais, em média, foi de aproximadamente 2,5 centímetros 
para a componente X, 1,9 centímetros para a componente Y e 3 centímetros 
para Z. A maior diferença encontrada foi para a componente Z entre o PPP e 
os descritivos da RBMC, de 8,1 centímetros, para a estação RSAL. Enquanto 
que os valores máximos de diferença para X e Y são de 3,3 centímetros para a 
88
UNIDADE IV │ POSICIONAMENTO GNSS
estação SCLA e de 3,7 centímetros para a estação IMBT, respectivamente. E a 
menor diferença média encontrada para a componente X, entre PPP e RBMC, de 
7 milímetros. Com relação à diferença encontrada entre as coordenadas oficiais 
do IBGE e do ajustamento realizado verificou-se que para as componentes X, Y 
e Z, os valores médios foram de aproximadamente 4 centímetros, 3 centímetros 
e 1,5 centímetros, respectivamente. Com relação às coordenadas planas UTM 
verificou-se a diferença entre os valores obtidos no ajustamento e os valores 
das coordenadas oficiais do IBGE de 2 centímetros, na coordenada Leste e 
de 1 centímetro na coordenada Norte. Entre os valores obtidos pelo PPP e 
os valores das coordenadas oficiais do IBGE verifica-se que o valor médio de 
diferença, em UTM foi de aproximadamente 8 milímetros, na coordenada Leste 
e de 1,3 centímetros na coordenada Norte. Todos os valores de diferença para 
a coordenada Norte foram da ordem de 5 milímetros, com exceção da estação 
RSAL cujo valor de diferença é 6,2 centímetros, cerca de dez vezes maior que 
para as outras estações.
Em geral, com relação às coordenadas cartesianas geocêntricas das estações, 
a diferença, em média, nas componentes X e Y encontrada foi maior entre as 
coordenadas obtidas no ajustamento e as coordenadas oficiais. Enquanto 
que a diferença obtida, em média, para a componente Z foi maior entre os 
resultados do PPP e das coordenadas oficiais do IBGE, cerca de duas vezes maior. 
Analisando, de forma geral, os resultados para a diferença, planimetricamente, 
com relação as coordenadas UTM, verifica-se que em Norte a diferença tanto 
para o PPP quanto para o ajustamento com relação as coordenadas oficiais são 
de mesma magnitude, em média. Com relação à componente Leste a diferença 
entre o ajustamento e as coordenadas oficiais é cerca de 2,4 vezes maior, em 
média, que com relação a diferença entre o PPP e as coordenadas oficiais.
Endereço do trabalho completo:
<http://www.dsr.inpe.br/sbsr2015/files/p0032.pdf>.
89
Para (não) Finalizar
(Análise Preliminar de Sobreposição de Áreas)
A partir dos procedimentos metodológicos estudados até aqui, sabemos que como 
produto do Sistema Global de Navegação por Satélite, tem-se as coordenadas precisas 
de qualquer ponto do Globo terrestre. Dessa forma é possível obter com precisão 
cada ponto que irá formar uma poligonal, a qual irá representar os limites de uma 
determinada propriedade rural ou urbana, o qual é conhecido como vértice.
Os limites das propriedades rurais, quase sempre apresentam algum problema referente 
a sobreposição de sua área com outra área limítrofe. Para isso é possível que se faça 
uma análise prévia comparando a localização das coordenadas do imóvel em questão, 
com a localização dos imóveis vizinhos já certificados.
Para esse procedimento, basicamente são realizadas 4 etapas, sendo elas:
1ª - Escolha de um software.
2ª - Localização da área do imóvel.
3ª - Aquisição dos arquivos vetoriais referentes aos imóveis vizinhos.
4ª - Análise geoespacial dos arquivos adquiridos.
Na primeira etapa que consiste na aquisição de um software para a realização das 
análises, embora seja comum a utilização de um do tipo topográfico comercial, iremos 
utilizar um software de GIS gratuito. Esse referido software gratuito refere-se ao QGIS 
que já está na sua versão 2.16.0 o qual pode ser adquirido pelo endereço eletrônico 
<www.qgis.org>, seguindo os seguintes passos descritos na ilustração a seguir:
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PARA (NÃO) FINALIZAR
Figura 26. Interface de Instalação QGIS.
Fonte: Autor.
A figura anterior na qual apresenta o endereço eletrônico para ter acesso ao download 
do software, apresenta três etapas para esse procedimento, sendo eles: 
1. Escolher a opção de realizar download do Quantum Gis. 
2. Escolher qual o tipo de sistema operacional que seu computador possui e 
na sequência pedir pra baixar o instalador. 
3. Consiste em clicar no instalador e seguir o procedimento automático de 
instalação. 
Após terminar o processo de instalação, serão criados atalhos do software Quantum 
Gis na área de trabalho. Ao abrir o software, surgirá a interface principal que possui um 
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PARA (NÃO) FINALIZAR
conjunto de ícones seguindo um padrão organizado e bastante intuitivo. Esses mesmos 
conjuntos de ícones podem ser encontrados na barra de ferramentas.
A segunda etapa que consiste na localização da área do imóvel, pode ser realizada 
pelo acesso à página do INCRA <www.incra.gov.br> no qual se deve localizar a opção 
Acervo Fundiário encontrada na parte inferior da página.
A opção acima mencionada irá funcionar com a interface do i3Geo, o qual irá reproduzir 
todos os lotes rurais do Brasil. Caso já se conheça a localização do imóvel, basta 
apenas usar a ferramenta de aproximação para se chegar até o referido imóvel, caso 
não se tenha conhecimento da localização, basta digitar as coordenadas utilizando as 
seguintes opções:
Figura 27. Interface i3Geo.
1
3
4
5
2
Fonte: INCRA.
1. Selecione a opção inserir pontos, no rodapé da tela.
2. Clique na aba digitar.
3. Escolha a projeção e o sistema de referência.
4. Digite as coordenadas.
5. Confirme as coordenadas inseridas.
Feito os procedimentos acima elencados, o programa irá apontar para a área desejada. 
Feito isso, basta abrir as informações dos imóveis desejados para adquirirmos alguns 
dados de interesse.
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PARA (NÃO) FINALIZAR
Figura 28. Identificação dos Imóveis.
2
1
Fonte: INCRA.
1. Selecione a opção de Identificação.
Clique sobre o imóvel desejado.
2. Copie para a área de transferência o Código da Parcela, a qual será utilizada 
para fazer o download dos arquivos na página do SIGEF.
Observe que nas opções da página foram selecionados apenas os imóveis certificados 
pelo SIGEF, podendo também fazer uso de outras seleções conforme a necessidade de 
cada trabalho.
Feito a cópia do Código da Parcela para área de transferência, basta acessar a página do 
SIGEF no endereço<www.sigef.incra.br>, escolher a aba consultar.
Figura 29. Consulta SIGEF.
1
2
3 4
Fonte: SIGEF.
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PARA (NÃO) FINALIZAR
1. Na interface de busca do SIGEF, cole o Código da Parcela no campo 
correspondente.
2. Clique em prosseguir para realizara consulta.
3. Confira o resultado apresentado.
4. Clique na opção Ações para fazer o Download dos arquivos desejados.
Após realizar esses procedimentos, a página do SIGEF irá disponibilizar os arquivos 
vetoriais do imóvel consultado, em diferentes geometrias e formato de arquivos.
As opções de geometrias são pontos para os vértices, linha para os limites e área para o 
polígono do imóvel.
Os formatos dos arquivos são do tipo Shapefile, KML e CSV. Escolha a opção Shapefile 
e a geometria Polígono, conforme ilustrado na figura a seguir, e finalize o download.
Figura 30. Download de dados no SIGEF.
Fonte: SIGEF.
Feito o download dos arquivos necessário, vamos a quarta e última etapa da análise 
preliminar de sobreposição, fazendo agora o uso do software que instalamos na 
primeira etapa.
Abra o programa pelo ícone QGIS Desktop e observe a sua interface com as mais 
diversas opções de ferramentas. Todas são bastantes simples de utilizar, bem como são 
bastante intuitivas.
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PARA (NÃO) FINALIZAR
A figura a seguir, ilustra de forma bastante didática as funções das principais opções de 
ferramentas do programa.
Figura 31. Interface de ferramentas QGIS.
Fonte: Autor.
Conforme a figura acima apresentada que ilustra a interface principal do QGis, os 
principais menus são: 
1. opção para inserir (importar) arquivos raster (imagem); 
2. opção para inserir (importar) arquivos vetoriais (pontos, linhas ou 
polígonos); 
3. ferramenta para arrastar a tela de trabalho; 
4. ferramenta para ampliar e diminuir o Zoom na tela de trabalho; 
5. ferramenta com opção para voltar a uma ação anterior e avançar; 
6. opção para acessar a tabela de atributos com informações dos arquivos 
em tela; 
7. ferramenta para mensurar distâncias, tamanho de área e ângulo. 
Para realizar a análise geoespacial das áreas dos polígonos referentes aos imóveis rurais, 
a fim de observar sobreposições, utilize primeiramente a ferramenta do item 2 da figura 
acima para abrir os arquivos baixados da plataforma do SIGEF. Repita a operação sempre 
que necessário, conforme a quantidade de arquivos.
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PARA (NÃO) FINALIZAR
Utilize também as ferramentas dos itens 3, 4, 6 e 7 para respectivamente mover a tela 
com seus elementos, aproximar ou diminuir o zoom, consultar a tabela de atributos e 
realizar mensurações.
Esse pequeno exercício prático para analisar sobreposições, é colocado de forma 
bastante objetiva para aproximá-los da correlação existente entre todas as temáticas 
de informações que o curso oferece, bem como para ampliar as visões para a 
multidisciplinaridade que é o tema de todo o curso.
Continue praticando e boa sorte!
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Referências
IBGE. Manual do Usuário Posicionamento Por Ponto Preciso. Diretoria de 
Geociências, 2009. 
IBGE. RBMC - Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo dos Sistemas GNSS. 2014. 
Klein, I.; Matsuoka, M.T.; de Souza, S.F.: Análise do serviço on-line de PPP (GDGPS – 
APPS) para Receptores de Dupla Frequência: um estudo envolvendo dados de estações 
da RBMC. Gaea - Journal of Geoscience, v. 6, no 2, pp. 90-98, 2010. 
Klein, I.; Matsuoka, M.T.; de Souza, S.F.: Análise do serviço on-line de PPP (GDGPS – 
APPS) para Receptores de Dupla Frequência: um estudo envolvendo dados de estações 
da RBMC. In: Simpósio Brasileiro de Ciências Geodésicas e Tecnologias da 
Geoinformação, 3., 2010, Recife. Anais...Porto Alegre: UFRGS, 2010. Artigos, pp. 
001-007. On-line. ISBN 978-85-63978-00-4. 
Matsuoka, M.T.; Azambuja, J.L.F.; Souza, S.F. Potencialidades do serviço on-line de 
Posicionamento por Ponto Preciso (CSRS-PPP) em aplicações geodésicas. Gaea - 
Journal of Geoscience, v. 5, no 1, pp. 42-49, 2009. 
Monico, J.F.G. Posicionamento pelo GNSS: Descrição, fundamentos e aplicações. 
São Paulo: Editora Unesp, 2008, 476 p.
Site
<http://www.ufpe.br/cgtg/SIMGEOIII/IIISIMGEO_CD/artigos/Cad_Geod_Agrim/
Geodesia%20e%20Agrimensur a/A_216.pdf>. Acesso em: 12 jun. 2014.

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