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DEFORMAÇÃO
DILATAÇÃO:
TRANSLAÇÃO CORPORAL:
ROTAÇÃO CORPORAL:
DISTORÇÃO (STRAIN):
DEFORMAÇÃO (DEFORMATION)
É a transformação de um objeto qualquer, de uma geometria inicial para uma
Geometria final, por meio de um ou mais componentes de deslocamento:
strain)
VETORES DESLOCAMENTO
Conectam cada partícula do objeto no estado incial (indeformado) à sua
posição correspondente no estado final (deformado).
Visto como um continuum de partículas, o objeto deformado possui então um
campo de deslocamento formado pelos vetores deslocamento.
Campos de Vetores Deslocamento e Trajetória das Partículas
R O T A Ç Ã O:
T R A N S L A Ç Ã O:
C I S A L H A M E N T O: SIMPLES E PURO
CISALHAMENTO SIMPLES:
CISALHAMENTO PURO:
DEFORMAÇÃO HOMOGÊNEA
DEFORMAÇÃO HETEROGÊNEA
DEFORMAÇÃO HOMOGÊNEA
elipticidade, R = eixo maior /
eixo menor depende do tipo e intensidade da deformação.
** A HOMOGENEIDADE DA DEFORMAÇÃO DEPENDE DA ESCALA **
DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DA DEFORMAÇÃO
A expressão da deformação é uma matriz algébrica simples, partindo de um referencial
de coordenadas (x, y) no ponto inicial (indeformado) e chegando à nova posição dada
por (x’, y’) a cada ponto.
A matriz de deformação (D) descreve uma transformação linear (ou deformação
homogênea)
x’ = Dx
A matriz inversa (D-1) representa a deformação inversa ou recíproca, que reverte a
deformação imposta por D:
x = D-1 x’
A matriz de deformação e sua recíproca são usadas principalmente para modelar a
deformação.
DEFORMAÇÃO EM UMA DIMENSÃO
Elongação (e ou ε) de uma linha e = (L - L0) / L0 sinônimo de Extensão A
Extensão negativa é denominada contração ou encurtamento (L < L0)
Estiramento s = (1 + e) logo, s = L / L0 Fator de extensão Elongação
Quadrática (λ = s2).
DEFORMAÇÃO EM DUAS DIMENSÕES
Cisalhamento angular ( – É a diferença de ângulo entre duas linhas originalmente
perpendiculares Deformação cisalhante shear strain ( ) - O deslocamento (x) de
= tg
ELIPSE DE DEFORMAÇÃO É a elipse que descreve a quantidade de
elongação em qualquer direção numa plano de deformação homogênea. Representa a
forma final (pós-deformação) de um círculo original imaginário.
DEFORMAÇÃO EM DUAS DIMENSÕES
CISALHAMENTO SIMPLES:
CISALHAMENTO PURO:
ELONGAÇÃO:
ELONGAÇÃO QUADRÁTICA:
= 1 sem deformação
< 1 encurtamento
> 1 estiramento
Eixos principais do elipsóide de deformação
1 ou X máximo
2 ou Y intermediário
3 ou Z mínimo
ELIPSE DE DEFORMAÇÃO FINITA
-1 (X) e 3 (Z), os eixos máximo e mínimo da elipse de deformação finita, são
denominados eixos principais (de deformação), porque eles representam as linhas que
sofreram a máxima e a mínima quantidade de extensão;
- linhas paralelas aos eixos principais são fixas em relação à deformação cisalhante ou
cisalhamento angular;
- Todas as demais linhas sofrem cisalhamento angular durante a deformação;
- Existem sempre duas linhas que mantêm o comprimento original após a deformação
homogênea e isovolumétrica de um corpo – linhas de não-elongação finita;
DEFORMAÇÃO - PARTE 02
DEFORMAÇÃO PROGRESSIVA:
- A elipse de deformação finita representa a diferença total entre o estado incial e o
final, que é o somatório dos incrementos infinitesimais de deformação.
- Considera-se como incremento infinitesimal qualquer deformação de até cerca de
2% {ε = (Lf - L0 / L0) ≤ 0,02}
- N máx) fica sempre a
45° dos eixos principais.
- A deformação progressiva é dada pela combinação entre a elipse de deformação
finita e a infinitesimal, gerando-se campos de extensão-encurtamento.
COAXIALIDADE E ROTAÇÃO
- Rotacional e não-rotacional qualificam a deformação finita
- Coaxial e não-coaxial qualificam a relação entre a elipse finita e a infinitesimal
Em relação à elipse de deformação finita:
- Rotacional: eixos da elipse finita mudam de orientação em relação ao estado inicial
cisalhamento simples
- Não-rotacional eixos da elipse finita não mudam em relação ao estado inicial -
cisalhamento puro
Em relação à elipse de deformação infinitesimal:
- Coaxial: o eixo da elipse infinitesimal é paralelo ao da elipse finita - cisalhamento
puro progressivo;
-Não-coaxial: eixos não-paralelos - cisalhamento simples progresssivo;
- Mesmo que se possa quantificar a deformação com base num marcador qualquer,
não se pode saber se a trajetória da deformação foi via coaxial ou não-coaxial.
DIFERENTES TIPOS DE ROTAÇÃO
- A rotação dos eixos principais ocorre apenas durante a deformação não-coaxial
(cisalhamento simples progressivo);
- A rotação de todas as outras linhas do corpo, exceto os eixos principais, ocorre em
qualquer tipo de formação (pura ou simples);
- Sabendo-se a magnitude dos eixos principais, e a posição inicial ou final de uma dada
linha, é sempre possível calcular a rotação dela (segundo tipo acima);
- O primeiro tipo de rotação é impossível calcular, a não ser que se tenha um
referencial externo;
- Em resumo, mesmo que se possa quantificar a deformação com base num marcador
qualquer, não se pode saber se a trajetória da deformação foi via coaxial ou não-
coaxial;
- Por outro lado, sabe-se que a maior parte das deformações geológicas seguem uma
trajetória não-coaxial;
DEFORMAÇÃO TRIDIMENSIONAL: O ELIPSOIDE DE DEFORMAÇÃO
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Extensão X > Y = Z
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Achatamento X = Y > Z
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Deformação plana X > Y = 1 > Z
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Deformação genérica X > Y > Z
REPRESENTAÇÃO BIDIMENSIONAL DA DEFORMAÇÃO 3D
Diagrama de Flinn (1962)
- a = X / Y (eixo máximo / eixo intermediário)
- varia de 1 a ∞
- b = Y / Z (eixo intermediário / eixo mínimo)
- varia de 1 a ∞
- k = (a – 1) / (b – 1)
- varia de 0 a ∞
Fossen (2011) – Geologia Estrutural Capítulo 2 (p. 51 a 91).
PROJEÇÃO ESTEREOGRÁFICA – PARTE 1
Revisão sobre Atitude de Planos e Linhas
Planos: direção e mergulho
Revisão sobre Atitude de Planos e Linhas
Linhas: caimento e rake
PROJEÇÃO ESTEREOGRÁFICA
A Projeção Estereográfica é a forma de representar dados tridimensionais em um
espaço bidimensional, e de solucionar graficamente problemas tridimensionais
complexos.
- A base da projeção estereográfica é a chamada ESFERA DE PROJEÇÃO, uma
esfera de raio R e centro O.
- Na figura ao lado, usa-se a metadeinferior da
esfera para projetar; portanto, diz-se que é
uma projeção no hemisfério inferior.
- Qualquer plano ou linha a ser proje-tado tem
que entrar pela origem.
- A linha AB é a intersecção de um plano
inclinado qualquer com o plano horizontal (topo
da meia esfera).
- O arco de círculo é a intersecção do plano
inclinado com a superfície da esfera, chamado
de projeção esférica do plano.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
- O ponto que fica verticalmente acima de O (T
na figura ao lado) é chamado ponto zenital ou
zênite.
- Unindo-se cada ponto da projeção esférica com
o ponto zenital, o feixe de retas forma um meio
cone.
- Para sair do ponto zenital e interceptar a
superfície da meia-esfera inferior, o feixe de
retas tem que atravessar o plano horizontal.
- A intersecção de cada reta com o plano horizontal é um ponto, e todas as retas do
meio cone geram um arco de círculo no plano horizontal.
- Este arco de círculo, também chamado de meridiano ou grande círculo, é a
projeção estereográfica do plano ou traço ciclográfico do plano.
- A intersecção da esfera com o plano horizontal é chamada de círculo primitivo ou
círculo máximo.
ASSIM:
- A projeção estereográfica de um plano é um
arco de círculo
- Quanto menor o mergulho do plano, mais
fechado o arco.
- A projeção de um plano horizontal é um
círculo.
- Quanto maior o mergulho do plano, mais
aberto o arco.
- A projeção de um plano vertical é uma reta.
- A projeção estereográfica de uma reta é um
ponto.
- Quanto menor o caimento da reta, mais próxima fica a sua projeção do círculo
máximo.
- Quanto maior o caimento da reta, mais próxima fica a sua projeçao da origem.
CONSTRUÇÃO DA REDE ESTEREOGRÁFICA
MERIDIANOS PARALELOS
EXERCICIOS:
1) Plotar a os traços ciclográficos dos planos a seguir, identificando cada traço. Plotar
apenas 5 planos por transparência.
S1 = (222; 61) S6 = (28/ E)
S2 = (N75W; 80NE) S7 = (154; 42)
S3 = (351; 25) S8 = (132; 90)
S4 = (10/112) S9 = (N78E; 75NW)
S5 = (EW; 22S) S10 = (35/071)
2) Plotar as seguintes retas, em outra transparência:
L1 = (30; 050) L6 = (45; 180)
L2 = (20; N22W) L7 = (58; S)
L3 = (16; 225) L8 = (88; S18W)
L4 = (72; S55E) L9 = (80; 035)
L5 = (52; N) L10 = (62; 125)
3) Decidir como plotar (se planos ou linhas) os elementos geológicos abaixo e depois
plotá-los todos em uma única transparência:
(a) uma camada de atitude (50/269);
(b) um indicador de plaeocorrente de atitude (10; S20W);
(c) estrias de falha de atitude (85; 340);
(d) veio de quartzo de atitude (30/ 150);
(e) eixo de dobra, de atitude (14; 190)
(f) bandamento gnáissico horizontal.
TENSÃO – PARTE 01:
COMPONENTES DA TENSÃO:
FORÇAS EM CADA FACE DO CUBO:
DECOMPOSIÇÃO DA FORÇA:
- A força que atua em cada face se decompõe em
uma normal e duas paralelas à face considerada.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
- Dividindo-se a magnitude de cada componente da força pela área da respectiva face,
tem-se a magnitude de cada componente da tensão.
- Em relação ao sistema de coordenadas : σ 32 = componente da tensão que age
na face normal a x3 e paralela a x2
-----------------------------------------------------------------------------------------
- Considerando um cubo infinitesimal, a tensão é
o limite da razão Força / Área quando a área
tende a zero.
- Por consequência:
- A distribuição das forças em cada face fica
uniforme;
- Forças que atuam em faces opostas são
aproximadamente iguais em magnitude e direção;
- Para manter o equilíbrio (e impedir a rotação),
as forças que resultariam num torque tendem a
se anular.
- Assim, no limite:
σ12 = σ21
σ23 = σ32
σ31 = σ13
- Considerando as componentes normais σ11, σ22 e σ33 tem-se 6 componentes
independentes da tensão em qualquer ponto.
Um CAMPO TENSIONAL é formado por essas componentes, e se elas forem iguais a
cada ponto diz-se que o campo tensional é HOMOGÊNEO.
Em qualquer ponto de um campo tensional homogêneo tem-se sempre 3 planos
mutuamente perpendiculares ao longo dos quais a tensão cisalhante é nula – são os
Planos Principais de Tensão e as suas normais são os EIXOS PRINCIPAIS DE
TENSÃO: σ1 ≥ σ2 ≥ σ3
Ou tensão máxima, intermediária e mínima.
Unidades de tensão:
1Pa = 1N / m2 = 1 kg / (m s2)
1MPa = 10 bar 100MPa = 1kbar
Embora fisicamente muito se-melhantes, a principal diferença entre força e tensão é a
relação que a última tem com a área (i.e. aplicação não-pontual). O valor de uma
dada tensão varia não apenas com a magnitude e orientação da força cuja distribuição
em área lhe deu origem, mas também com a variação de orientação e tamanho da
área de aplicação.
TENSÃO MÉDIA E TENSÃO DIFERENCIAL
- A tensão média – ou σm – é a média aritimética das 3 tensões principais σ1 , σ2 e
σ3
- Se a tensão média é igual a cada uma das principais, a condição é HIDROSTÁTICA.
Em referência à condição geológica usa-se o termo LITOSTÁTICA.
- A diferença entre a tensão média e a total é chamada de TENSÃO DEVIATÓRICA
OU TENSÃO DIFERENCIAL.
- O tensor deviatórico, ou a componente deviatórica da tensão é a responsável pela
condição de ANISOTROPIA da deformação.
- Apenas a componente anisotrópica da deformação resulta em STRAIN.
PROJEÇÃO ESTEREOGRÁFICA – PARTE 2
RELAÇÃO ENTRE PLANOS E LINHAS
O que se espera da projeção estereográfica de uma linha que está contida num plano?
Obliquidade (= rake) de uma Linha num Plano
1) Plotar os seguintes planos e seus polos:
a) (25/045)
b) (138; 48)
c) (260; 80)
d) (62/110)
2)Plotar as seguintes linhas:
a) (10; 312)
b) (28;248)
c) (70;164)
d) (62;010)
3) Considere que as linhas do exercício anterior são polos de planos. Plote os planos e
determine a atitude de cada um deles.
4) Os conjuntos abaixos são dados pela atitude do plano e os rakes de duas linhas nele
contidas. Plotar cada conjunto e determinar as atitudes das linhas.
a)S1 = (160; 20) L1 = (+30) L2 = (-30)
b)S2 = (280; 50) L1 = (+40) L2 = (-20)
c)S3 = (070; 64) L1 = (+70) L2 = (-50)
TENSÃO PARTE 02
TENSÃO NUMA SUPERFÍCIE
Considerando que a tensão é a força (F) que age sobre uma da da área (A), a tensão
em um dado ponto é dada pela relação:σ= lim ( F / A) A 0 significa que o
valor da tensão pode variar numa mesma superfície.
TENSÃO NORMAL E TENSÃO CISALHANTEA.
A decomposição da tensão em normal (perpendicular) e cisalhante (paralela) se dá
sempre em relação a uma dada área, e esta é a sua principal distinção em relação à
força. As componentes da tensão dependem então da área de aplicação.
Tensão (força) normal versus orientação da superfície (dada por )
= ângulo entre o vetor e a normal à superfície consideradaTensão (força) cisalhanteversus orientação da superfície (dada por )
TENSÃO DEVIATÓRICA E TENSÃO MÉDIA
A decomposição de uma matriz tensorial sempre resulta em duas matrizes simétricas,
onde a primeira parte representa a tensão média e a segunda é a tensão deviatórica.
Representação Gráfica das Tensões - Diagrama (ou Círculo) de Mohr
- Os eixos horizontal e vertical representam a tensão normal (σn) e a tensão cisalhante
(σs) que agem num plano,oqualérepresentadoporumponto;
- O valor da tensão principal máxima e mínima (σ1 e σ3) são plotados no eixo
horizontal;
- A distância entre σ1 e σ3 define o diâmetro do círculo cujo centro é [(σ1+σ3)/2]. É o
chamado Círculo de Mohr.
- O círculo de Mohr descreve as tensões normal e cisalhante que agem em planos de
todas as orientações possíveis passando por um dado ponto da rocha;
- Cada ponto do círculo corresponde a um valor de tensão normal e um de tensão
cisalhante nos eixos do diagrama, que correspondem às tensões (normal e cisalhante)
atuantes naquele ponto;
Como saber a orientação do plano representa do por um dado ponto no
círculo de Mohr?
- Em duas dimensões, e plotando - se σ1 e σ3 no eixo horizontal, os planos
representados no círculo contêm σ2;
- Se ϴ é o ângulo entre a normal ao plano e σ1, então o ângulo entre o raio até este
ponto do círculo e o eixo horizontal é 2ϴ;
- A diferença entre a tensão principal máxima e mínima (σ1-σ3) é o diâmetro do
círculo;
- Esta é a chamada Tensão Diferencial, extremamente importante na mecânica do
fraturamento. De modo geral, grandes tensões diferenciais é que promovem o
fraturamento das rochas;
Sobre o ângulo ϴ e a representação de planos no Círculo de Mohr.
- O ângulo ϴ é medido no Círculo de Mohr (CM) no seu sentido verdadeiro, mas é
duplo. Porquê?
- Dois pontos que representam planos perpendiculares ficam separados de 180° no
CM, e por isso as duas tensões principais plotam-se no eixo horizontal;
- Como nos planos principais a tensão cisalhante é zero, eles só podem ser
representados no eixo horizontal;
- O uso de ângulos duplos no CM implica que qual quer plano (p.ex., o ponto 1), tem
um complementar (ponto 3), com a mesma tensão cisalhante e tensão normal
diferente;
- O ponto 1 tem outro complementar, dado pelo ponto 2, de mesma tensão normal,
mas com tensão cisalhante que difere apenas no sinal;
- A tensão cisalhante é máxima quando 2ϴ = 90°;
- O que implica planos situados a de σ1;
- Na aplicação geológica do CM, a compressão é (+) e a tração (= distensão) é (-). Em
engenharia é o oposto;
- Na maior parte dos casos, todas as tensões principais são positivas na litosfera, mas
não sempre;
- Para tensões trativas, o CM se movimenta para a esquerda da origem, ou seja, no
campo trativo;
- Se todas as tensões principais forem trativas (geologicamente improvável), então o
círculo inteiro fica à esquerda;
Aplicação tridimensional do Diagrama de Mohr
- Os três valores de tensão principal ( 1 2 3) são lançados no eixo horizontal;
- No exemplo, as três tensões normais são diferentes e positivas;
- Apenas dois valores da tensão normal são diferentes de zero, corpo não confinado
em uma das dimensões;
- Uma única tensão compressiva; as demais são nulas;
- Na tração uniaxial, apenas uma das tensões é diferente de zero;
- Dois valores da tensão normal são diferentes de zero, mas uma das tensões é
compreensiva e a outra é trativa (portanto a intermediária é zero);
- Todas as tensões normais são iguais;
DISTRIBUIÇÃO DAS TENSÕES NA LITOSFERA:
Estados de Tensão Referenciais – ETR:
- São estados de tensão teóricos, i.e., modelos, quê servem apenas como referencial;
- Presume-se nestes modelos que o planeta tem apenas uma camada litosférica, sem
considerar as complicações inerentes à tectônica de placas;
- Assim, nos ETR não há forças tectônicas, e para encontrar as tensões tectônicas
procuram-se os diferenciais em relação a eles;
- Os ETR são, então condições ideais da crosta, como se a Terra fosse um planeta
estático, sem processos tectônicos;
- Três ETR considerados as eguir:
Estados de Tensão Referencial Litostática:
- É o ER mais simples, onde se considera que a rocha não tem resistência ao
cisalhamento, ou seja, σs=0;
- Nessas condições, as rochas não podem resistir a tensões diferenciais ao longo do
tempo geológico, e (σ1–σ3=0);
- No CM, esse estado de referência é representado por um ponto no eixo horizontal, e
a tensão independe da direção: σ1=σ2=σ3=ρ.z.g;
- Neste modelo, a tensão é totalmente controlada pela profundidade e pela densidade
das rochas:
** Lembrar que 1kbar = 100 MPa**
- Apenas nos magmas (quando totalmente líquidos) e em outros fluidos, a tensão é
hidrostática;
- Em situações específicas, como nas bacias sedimentares, a diferença de densidade
entre os sedimentos e a água dos poros também tem que ser considerada;
Estado Referencial de Deformação Uniaxial:
- No ER Uniaxial presume-se que não ocorre elongação (positiva ou negativa) na
horizontal. Para manter esta condição:
σv>σH=σh;
- A deformação é uniaxial Z<X=Y=1;
- A condição-limite da deformação determina o estado das
tensões... Porquê?
- A superfície da Terra é uma superfície livre, e na parte
superior da crosta se pode elevá-la ou rebaixá-la;
- A compactação é um exemplo de deformação que
produz o rebaixamento da superfície livre, e satisfaz às
condições deste
Modelo;
- Durante o soterramento dos sedimentos, as tensões horizontais são iguais (σH =
σh) e aumentam em função da profundidade;
- A tensão vertical é a mesma prevista para o ERL, ou seja: σv = ρ.g.z = σ1;
- A tensão horizontal σH = σh = σ2 = σ3 é dada por:
- Onde v é o Coeficiente de Poisson (compressibilidade) da rocha;
- Neste modelo, portanto, ao contrário da condição litostática, a tensão horizontal
depende das propriedades físicas da rocha;
- V
- Fazendo a conta (façam!) tem-se:
- Ou seja, pode-se prever que a tensão horizontal será entre 1/3 e 1/2 da tensão
vertical, i.e., bem menor que a tensão prevista no ER Litostático;
- Os dois modelos serão idênticos (σH = σh = σv) apenas se a litosfera for
totalmente incompressível, ou seja, se v = 0,5;
- De modo geral as rochas não chegam nem perto de ser incompressíveis (ver
;
- À medida que o sedimento é cimentado e litificado, suas propriedades elásticas
mudam (o valor d de deformação uniaxial se aproxima do
modelo litostático;
Estado Referencial de Tensão Constante:
- O ER THC tem por base de que a tensão média na litosfera é a mesma a cada ponto
até a profundidade da linha de compensação isostática na litosfera mais espessa (z1);
- Abaixo da profundidade z1 considera-se que a Terra assume o comportamento de
um fluido, de modo que σH = σh = σv = σm;
- Onde a tensão litostática σm é dada pela sobrecarga;
- É um modelo de deformação plana, ou seja, tem-se deformação apenas em duas
direções: uma é a vertical e a outra é uma direção da horizontal - provavelmente o
modelo que melhor representa a litosfera não afetada por tensões tectônica.;
- A condiçãode tensão horizontal constante do modelo é mantida pelo
equilíbrio isostático;
- Após a erosão, mas antes do reequilíbrio isostático, a tensão horizontal média (σh*)
na parte mais fina da litosfera tem que ser maior que na parte mais espessa (σh) para
equilibrar as forças horizontais;
- A profundidade da linha de compensação isostática é z1, e abaixo dela presume-se
que o manto tenha resistência ao cisalhamento nula no tempo geológico;
- Assim, o estado de tensão abaixo de z1 é litostático;
- A tensão horizontal aumenta com o afinamento da litosfera porque a mesma força
passa a atuar sobre uma área menor;
- O papel da isostasia é reduzir a tensão;
- Obtém-se o efeito oposto para z1 > z2;
- O ER THC prevê variação menor das tensões durante o soerguimento que o
ERU;
- Além dos modelos de Estado Referencial de Tensões referidos antes, devem ser
considerados também:
- O efeito termal sobre a tensão horizontal – o resfriamento que acompanha o
soerguimento das rochas pode causar fraturas em diferentes escalas e intensidades;
- Variação das tensões durante o soterramento e soerguimento dependendo das
propriedades físicas de rochas adjacentes. p.ex. arenitos e calcáreos tendem a fraturar,
enquanto argilas e folhelhos se acomodam às tensões;
Tensões Tectônicas:
- Os ETR discutidos até aqui dependem de fatores naturais, como densidade das
rochas, condições-limite (e.g. deformação uniaxial versus deformação plana), efeitos
termais e propriedades mecânicas intrínsecas das rochas;
- As condições de tensão que se afastam dos estados de referência são
geralmente causadas por Tensões Tectônicas;
- Em grande escala, essas tensões estão relacionadas aos movimentos de
placas, mas variações locais também existem;
- A variação local das tensões (intensidade e orientação) é em geral bem maior que a
das tensões regionais;
Classificação dos Regimes Tectônicos de Anderson (1951):
Pressupostos Básicos:
1 - Como não há tensão cisalhante na superfície da Terra (a tensão cisalhante
não pode ocorrer nos fluidos), uma das tensões principais tem que ser sempre
vertical, o que implica as outras duas serem horizontais;
2 - A classificação é válida apenas para regimes de cisalhamento puro, onde os eixos
principais não rotacionam;
3 - A rocha submetida a esta deformação é considerada isótropa;
Modelo de Anderson (1951):
FALHAS NORMAIS: σv= σ1
FALHAS TRANSCORRENTES: : σv= σ2
-------------------------------------------------------------------------------------------------------
FALHAS EMPURRÃO: σv= σ3
Regimes de Tensão e Forças Relacionadas à Tectônica de Placas:
- Forças relacionadas à tectônica global (setas azuis) e regimes de tensão esperados
como resultado dessas forças;
- Espera-se que o eixo de tensão máxima nas placas continentais seja horizontal,
exceto na parte superior das zonas de rifte (não mostradas na figura), nas margens
passivas e nas partes altas dos cinturões orogênicos;
Fossen (2011) –Geologia EstruturalCapítulos 4 e 5(p. 107 a 138)
EXERCICÍOS:
1 - Os flancos de uma dobra têm atitude (250; 50) e (020; 60).
Estabeleça:
(A) a orientação do eixo (intersecção dos flancos);
(B) os mergulhos aparentes dos flancos numa seção vertical
de direção 280°;
2 - Em uma camada de ardósia, mediram-se os seguintes mergulhos aparentes nas
paredes de duas fraturas: 30° no sentido 110° e 52° no sentido 275°. Qual a atitude
da camada?
3 - Uma camada mineralizada possui, numa área a ser lavrada, mergulho de 30° no
sentido 040°. Quais deverão ser as orientações de galerias a serem abertas ao longo
da camada para que seus declives não sejam superiores a 5°? Quais os rakes dessas
galerias no plano da camada?
PROJEÇÃO ESTEREOGRÁFICA – PARTE 3
-------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
EXERCICÍOS:
1) Determine a atitude da linha de intersecção dos seguintes pares de planos:
a) (042; 25) e b) (078; 66)
c) (12 / 212) e d) (80 / 290)
e) (270; 52) e f) (30 / 110)
g) (50 / 070) e h) (236; 48)
2) Determine o ângulo entre as linhas resultantes da intersecção:
2.1 [a
2.2
2.3
2.4
3) Determine o ângulo entre os planos de exercício 1:
3.1 usando seus polos
3.2 usando seus traços ciclográficos.
4) Determine a bissetriz das linhas do exercício 2.
REOLOGIA:
O Comportamento das Rochas Diante das Tensões.
REOLOGIA: É o estudo das propriedades físicas dos materiais (sólidos, líquidos ou
gasosos). Do grego rheo = fluir Heráclito (filósofo grego ~500 AC) .Panta rhei =
Tudo flui
Depende:
- Das propriedades físicas do material;
- Das condições do meio;
- Das tensões envolvidas;
- Da taxa de deformação;
- Quantidade de deformação num dado tempo:
= 4% = 0,04/s;
- Valores normais de na crosta: 10-12 a 10-18;
Comportamento de Materiais Ideais:
– relação linear;
;
;
Comportamento Elástico E = Módulo de Young ou constante de
elasticidade;
Comportamento Viscoso Ideal:
e;
;
quanto mais tempo, mais deformação;
-recuperável;
;
Comportamento Frágil:
A ruptura se segue à deformação elástica, sem
deformação permanente anterior.
Comportamento Plástico Ideal:
- Deforma em tensão constante uma vez atingida a tensão
de cedência;
- Tensão constante, independente da taxa de deformação;
- Deformação permanente;
Comportamento Dúctil:
Strain hardening - A tensão necessária para
deformar a rocha precisa aumentar para que a
deformação se acumule, uma vez que a rocha se torna
mais resistente e mais difícil de deformar.
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Strainsoftening - Precisa-se cada vez menos tensão para manter a deformação
acontecendo.
Fatores que afetam o comportamento dos materiais na crosta:
- Intensidade das tensões diferenciais;
-Pressão litostática ou de confinamento;
- Temperatura;
- Fuidos;
- Taxa de deformação;
Tensão Diferencial:
- o aumento da tensão diferencial favorece a ruptura;
- o comportamento do material passa de elástico para viscosopara rúptil;
- baixa tensão –comportamento elástico ou viscoelástico;
- tensão mais alta –comportamento viscoso;
- tensão ainda mais alta – ruptura;
Pressão Confinante:
- Pressão litostática na base da
crosta é da ordem de 1 GPa;
- Efeito final do aumento de Plitoé o
aumento da ResistênciaEfetivadas
rochas;
Temperatura:
- Diminuição da tensão de cedência ( Y);
- Aumento da resistência à ruptura ( R);
Fluidos:
-Efeito similar ao do aumento de
temperatura;
- Adição de água pode tornar a rocha
5 a 10 vezes mais deformável;
- Se Pefetiva = Pconf. – Pfluidos;- Então o aumento da Pfluidos pode ter o efeito
oposto;
Taxa de Deformação:
- Sob “normais”(~10-14/s): deformação da
ordem de 10% em 1Ma;
-se reduz-se a tensão de cedência
( Y);
EXERCICIOS DE PROJEÇÃO ESTEREOGRÁFICA:
Determinar a atitude do plano bissetor dos planos
dados usando os dois métodos conhecidos, ou seja, os
traços ciclográficos e os polos.
Plano P -(050; 70)
Plano Q -(200; 60)
Na figura ao lado:
(a) é o traço do plano P no plano N (normal à
intersecção);
(b) é o traço do plano Q no plano N;
(c)é a linha perpendicular à intersecção L contida no
plano N;
( ) é o ângulo agudo entre os dois planos.
Na área de uma pedreira cujas frentes de lavra são dois cortes verticais -A, de direção
(320), e B, de direção (040) -observa-se a intersecção de um dos flancos de uma
dobra. Os traços do flanco são, na parede A (30; 320) e, na parede B (48; 040). O
plano axial dessa mesma dobra, que é o plano que divide os flancos o mais
simetricamente possível, tem orientação PA = (265; 80). Com base nesses dados, quer
se saber:
(a) Qual a atitude do flanco de dobra cujos traços sobre as paredes A e B são visíveis?
(b) Qual o rake da parede A sobre o flanco da dobra? E o da parede B?(c) Qual a
atitude do segundo flanco da dobra?
(d) Qual a atitude da intersecção dos dois flancos, que é a linha de charneira da
dobra?
(e) Qual a atitude esperada para o traço do segundo flanco da dobra sobre a parede
A?
Respostas:
(a) Atitude do flanco de dobramão esquerda = (291; 50) trama = (50/021)
(b) Rake da parede A sobre o flanco da dobra(+41)Rake da parede B sobre o flanco da
dobra(-77)
(c) Atitude do segundo flanco da dobramão esquerda = (065; 70)trama = (70/155)
(d) Atitude da linha de charneira da dobraB = (33; 079)
(e) Traço do flanco 2 sobre a parede A (69; 140)
DEFORMAÇÃO RÚPTIL DAS ROCHAS: FRATURAS E FALHAS
DEFORMAÇÃO RÚPTIL (OU FRÁGIL)
- Uma vez ultrapassada sua resistência à ruptura, as rochas se deformam por
fraturamento;
- Nesse tipo de deformação, os grãos são esmagados e reorganizados e o strain
(deslocamento, no caso) se torna mais localizado;
- Define-se o regime rúptil (ou frágil) como aquele em que as condições físicas
favorecem a atuação de mecanismos de deformação do tipo deslizamento friccional ao
longo dos contatos entre os grãos, rotação e fraturamento dos grãos;
- O deslocamento e rotação dos grãos caracteriza um fluxo granular (também
chamado de fluxo particulado);
- O fraturamento e esmagamento de grãos, em conjunto com a rotação e o
deslizamento friccional ao longo dos contatos é denominado de CATACLASE;
- O processo de cataclase muito intenso e penetrativo leva à redução do tamanho de
grão das rochas, resultando em diferentes tamanhos de grão devido à intensidade da
quebra. Dependendo do caso, os fragmentos podem fluir durante o deslocamento,
ocasionando o chamado FLUXO CATACLÁSTICO.
Fluxo Granular
Fluxo Cataclástico
FRATURAS: Definição e Classificação
- Denomina-se de fratura qualquer descontinuidade planar, ou aproximadamente
planar, que tem uma das dimensões praticamente desprezível em relação às demais, e
que se forma em resposta a tensões externas (p. ex. tectônicas) ou internas (p. ex.
termais);
- De acordo com o tipo de superfície, as fraturas podem ser cisalhantes ou
extensionais;
Fratura Cisalhante
- As fraturas cisalhantes são também chamadas superfícies de
deslizamento, e o movimento se dá no próprio plano da
fratura;
• para muitos autores é sinônimo de falha
• para outros, deslocamentos de mm a dm caracterizam
fraturas, enquanto o termo falha é reservado para escalas
maiores;
Fratura Extensionais
As fraturas extensionais têm movimento perpendicular às paredes, e são
denominadas juntas quando esse movimento é muito pequeno, ou fissuras quando é
maior, mas na verdade todas as fraturas de extensão têm movimento (maior ou
menor) perpendicular às paredes.
É comum o preenchimento de fissuras por fluidos, resultando em veios, diques ou
mesmo corpos ígneos de maior escala.
Relação entre diferentes tipos de fraturas e as tensões principais em campo tensional
compressivo com σ1 vertical.
Deformação Experimental
Tensão axial em um ensaio é da ordem de 2 até 300 MPa e Pconf de até 50-100 MPa .
Corpo de prova submetido a ensaio uniaxial (compressivo, neste caso).
Corpo de prova submetido a ensaio triaxial (σ1 > σ2 = σ3 ) – pressão confinante
obtida pela imersão do corpo de prova numa jaqueta com óleo.
Caixa de cisalhamento (Shear box) – experimento para testar a resistência das rochas
ao cisalhamento. Quanto maior a tensão normal, maior será a tensão cisalhante
necessária para ativar a fratura.
Anel de cisalhamento (Ringshear) – aparato experimental que permite impor
quantidades ilimitadas de deformação cisalhante ( ) à amostra.
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FRATURAS: modos de deslocamento
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FRATURAS EXTENSIONAIS E FRATURAS TRATIVAS
- Fraturas extensionais em geral (caso ideal) se formam perpendicular a σ3 ; seus
planos contêm então σ1 e σ2.
- No CM, são representadas na abcissa (2 = zero)
em termos de strain:
- Sob condições de tração - se formam perpendicular à direção de estiramento;
- Em condições de compressão – se formam paralelo ao eixo de compressão máxima;
FRATURAS EXTENSIONAIS E FRATURAS TRATIVAS
- As juntas são o tipo mais comum na crosta rasa e na superfície da Terra,
envolvendo baixas quantidades de strain;
- As fissuras são juntas mais abertas, características de poucas centenas de metros
de profundidade na crosta;
- Fraturas de extensão são típicas de deformação sob pressão confinante baixa ou
nula, e se formam sob baixa tensão diferencial;
- Fraturas trativas verdadeiras são fraturas de extensão formadas quando pelo
menos uma das tensões principais é trativa;
- próximo à superfície;
- em profundidade, sob alta pressão de fluidos;
FRATURAS CISALHANTES
- fraturas cisalhantes têm movimento no próprio plano e se desenvolvem tipicamente
a 20-30° de σ1 - (resultados experimentais);
- Se desenvolvem tipicamente em pares conjugados cuja bissetriz aguda é σ1;
- Típicas de temperaturas e pressões confinantes da parte superior da crosta;
- Podem se formar também próximo à transição dúctil-rúptil, onde tendem a formar
bandas mais largas, ao invés de planos;
- Neste caso, em profundidades maiores, com maior plasticidade, as fraturas
cisalhantes têm padrões de strain que se assemelham aos de deformação dúctil;
- Embora teoricamente a 45° de σ1, o ângulo real é de 30° devido ao coeficiente de
atrito interno das rochas;
EXERCICIO:
A partir da orientação do par conjugado de fraturas cisalhantes , dado abaixo,
determinar a orientação das tensões principais σ1 σ2 e σ3. Fazer também um
diagrama esquemático indicando o sentido de movimento dos blocos.
PF1 (76/ 118)
PF2 (48 / 180)
FALHAS: nomenclatura descritiva
- Define-se Falha como qualquer superfície ou zona estreita onde se tem
deslocamento visível ao longo do próprio plano ou superfície, ou seja, o vetor-
deslocamento está contido no plano;
- A superposição de nomenclatura com fraturas cisalhantes (em relação ao movimento)
ou com zonas de cisalhamento (em relação à espessura) em geral depende da escala,
e os termos se superpõem parcialmente;
- A definição mais precisa coloca essa estrutura como: um volume tabular de rochas
que consiste de uma superfície central de deslocamento, ou núcleo, formado por
intenso cisalhamento, e um volume de rochas circundantes que foram afetadas por
deformação rúptil menos intensa, genética e espacialmente relacionada à mesma
estrutura;
- No interior das falhas, os mecanismos de deformação rúptil são amplamente
dominantes;
GEOMETRIA DAS FALHAS
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Algumas Generalizações
- Falhas transcorrentes são geralmente verticais ou têm alto ângulo de mergulho;
- Falhas inversas em geral têm mais baixo ângulo de mergulho que as falhas normais;
- Se o ângulo de mergulho do plano de falha é menor que 30°, diz-se que é uma
falha de baixo ângulo, enquanto mergulhos acima de 60° caracterizam falhas de
alto ângulo;
- Falhas de baixo ângulo e movimento inverso são chamadas de Falhas de Empurrão
(Thrusts);
- Falhas que se tornam mais suaves em profundidade são denominadas Falhas
Lístricas. As que se tornam mais fortemente mergulhantes em profundidades são
chamadas de Anti-lístricas;
Falha Lístrica
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Falhas Normais
DESLOCAMENTO, REJEITO E SEPARAÇÃO
REJEITO-dado pela linha que une dois pontos originalmente adjacentes. A linha que
une esses dois pontos é o VETOR DESLOCAMENTO ou REJEITO TOTAL. O vetor
deslocamento final pode ser o somatório de muitos incrementos ao longo do tempo.
A relação angular (rake) entre o vetor deslocamento e o plano de falha permite
classificar o movimento da falha:
rejeito direcional-transcorrente
rejeito de mergulho – direta ou inversa Situações intermediárias são denominadas
de rejeito oblíquo (mais comum), do qual o rejeito diagonal é um caso especial
(rakede45°).
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COMPONENTES DO REJEITO
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REJEITO versus SEPARAÇÃO
ROCHAS DE FALHA
(Em geral maciças, mais raramente foliadas)
Classificação de Sibson (1977)
MATERIAL NÃO-COESO
Brecha de falha -> 30% de fragmentos
Farinha de falha -< 30% de fragmentos
MATERIAL COESO
Pseudotaquilito –vidro ou material microcristalino
Brecha de esmagamento –fragmentos > 5mm
Brecha de esmagamento fina –fragmentos 1-5mm
Microbrecha de esmagamento –fragmentos < 1mm
Série cataclástica–redução tectônica do tamanho de grão
Protocataclasito -matriz 10 a 50%
Cataclasito -matriz 50 a 90%
Ultracataclasito -matriz > 90%matriz < 10%
FALHAS E CRITÉRIOS CINEMÁTICOS
ESTRUTURAS DE ARRASTO
- Dobras de arrasto são distorções de horizontes guia, camadas ou marcadores
quaisquer que resultam do cisalhamento de partes da rocha contra outras;
- As porções mais próximas à superfície da falha são deformadas pela fricção e
arrastadas, formando do Brás cuja convexidade aponta para a direção de
deslocamento. As extremidades truncadas das camadas arrastadas apontam no sentido
oposto ao do movimento relativo;
Estratos arrastados formam antiforme no teto e sinforme no muro de uma falha
inversa (vista em perfil).
Estratos arrastados por falha normal (vista em perfil).
Padrão de dobras de arrasto em falhas de rejeito direcional direito e esquerdo.
Padrão sigmoidal de dobras de arrasto em falhas de rejeito direcional direito e
esquerdo pouco espaçadas.
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CRESCIMENTO MINERAL E ESTILOLITOS
Irregularidades do plano de falha geram degraus que propiciam formação local de
estruturas de encurtamento e crescimento mineral.
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Componente de encurtamento favorece a dissolução por pressão em materiais como
calcáreos e mármores–lineação resultante é paralela à direção de movimento da falha
(slickolito).
DETERMINAÇÃO DAS TENSÕES A PARTIR DE PARES CONJUGADOS DE
FALHAS
NORMAL
INVERSA
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TRANSCORRENTE
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ZONAS DE FALHA versus ZONAS DE CISALHAMENTO
FALHA
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ZONA DE FALHA
ZONA DE CISALHAMENTO