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0 MARIANA AMORIM MUALEM RELATÓRIO DIÁRIO DE AULA PRÁTICA Dia: 06/10/2020 Tema Central: Biossegurança no Centro Cirúrgico 1. Paramentação Cirúrgica a) Escovação cirúrgica b) Colocação de capote cirúrgico c) Colocação de luvas estéreis 2. Preparação do cliente a) Recepção no C.C (prontuário e check list de segurança) b) Encaminhamneto para a SO c) Posicionar para a anestesia e cirurgia d) Antissepsia do sítio cirúrgico O Centro Cirúrgico (CC) é uma unidade hospitalar onde são executados procedimentos anestésico-cirúrgicos, diagnósticos e terapêuticos, tanto em caráter eletivo quanto emergencial, sendo um ambiente, marcadamente de intervenções invasivas e de recursos materiais com alta precisão e eficácia, requer profissionais habilitados para atender diferentes necessidades do usuário diante da elevada densidade tecnológica e à variedade de situações que lhe conferem uma dinâmica peculiar de assistência em saúde. O CC é considerado como cenário de alto risco, onde os processos de trabalho constituem-se em práticas complexas, interdisciplinares, com forte dependência da atuação individual e da equipe em condições ambientais dominadas por pressão e estresse (MARTINS, 2016). Diante disso é necessário primar pela segurança do paciente que é reduzindo a um mínimo aceitável, o risco de dano desnecessário associado ao cuidado de saúde (OMS, 2007). Nas aulas teóricas entendemos a importância de tornar o ambiente do CC o mais seguro possível para os clientes, reduzindo a morbimortalidade após no período trans e pós-operatório. Para tanto são necessárias medidas de precaução a serem tomadas por todos os profissionais atuantes ali. 1 Nessa primeira aula prática conhecemos os primeiros procedimentos a serem tomados pela equipe de enfermagem, mais precisamente os técnicos de enfermagem. Ao chegar para assumir o plantão, devidamente vestidos utilizando os pijamas cirúrgicos, conforme a norma da instituição, têm-se reunião para exposição do Mapa cirúrgico onde constam todos os procedimentos a serem realizados no plantão, procedimento, sala de operação (SO), horário e equipe médica que realizará. O enfermeiro chefe designará os técnicos de enfermagem para cada uma das equipes atuantes. Os técnicos de cada equipe devem entrar em contato com o CME para providenciar o material a ser utilizado em cada procedimento,de acordo com o horário previsto. Também é necessário a checagem da SO e seus equipamentos (luz, bisturi, fornecimento de gases, materiais para degermação no lavabo, etc ). Assim que tudo estiver pronto, solicita-se o encaminhamento do cliente para o CC. A recepção do cliente, recebe-se o prontuário e inicia-se o check-list de segurança, confirmando todos os dados, tipo de procedimento, horário, fazendo a conferência dos exames pré-operatórios e verificando a existência do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Toda essa checagem deverá ser realizada com o próprio paciente se ele estiver lúcido e orientado, caso contrário checa-se com o profissional de enfermagem que o está acompanhando. Deve-se lembrar de checar a retirada de prótese e adornos. Todos esses cuidados fornecem um vínculo de confiança entre o profissional e paciente e aumenta a segurança da cirurgia. Após a checagem, encaminha-se o cliente para a SO previamente organizada. Na SO, posiciona-se o cliente para a anestesia, checando com o anestesiologista qual será utilizada, posicionando-o novamente para a cirurgia, conforme procedimento. Coloca-se os equipamentos de monitorização e inicia-se a colocação dos campos. Coloca-se o campo duplo e o campo simples cobrindoo cliente, deixando de fora somente a área a ser operada, sendo que o campo simples poderá ter o lado voltado ao paciente elevado. O campo duplo é preso ao simples e os dois ao fenestrado através das pinças Backaus ou Pozzi. Utilizando a pinça Pean ou Cheron faz-se a degermação e antissepsia do sítio cirúrgico,utilizando PVPI e sempre de dentro para fora. 2 Paciente pronto a equipe que atuará na cirurgia inicia o processo de paramentação para entrada no CC com a escovação cirúrgica, realizada em lavabo próximo as SO. Se for a primeira cirurgia do dia, essa escovação deverá durar de 3ª 5 minutos, caso sejam em procedimentos posteriores dura entre 2 a 3 minutos. A escovação cirúrgica é realizada da mão ao cotovelo, utilizando clorexidine ou PVPI. Inicia-se molhando as mãos da ponta dos dedos ao cotovelo, pegando a escova e esfregando-a inicialmente pela palma das mãos, depois dorso e entre os dedos. Após, faz-se 8 movimentos circulares no polegar e nos punhos; leva-se a escovação até o cotovelo em sentido unidirecional, por toda extensão do braço. Por último faz-se a lavagem novamente da ponta dos dedos ao cotovelo. Terminado isso, eleva-se as mãos e passa-se a SO, onde no primeiro Lap vindo da CME tira-se as compressas para secar as mãos e o capote, que deverá ser colocado com todo cuidado para evitar a contaminação do lado que fica para fora. Colocado o capote basta colocar as luvas estérieis que devem cobrir a manga do capote. Feito isso, inicia-se o procedimento cirúrgico. Todas as etapas acima citadas e vistas em aula prática são etapas da Sistematização da Assistência de Enfermagem Periopertória (SAEP) no período transoperatório e visam assegurar a segurança e qualidade do cuidado prestado. 3 REFERÊNCIAS MARTINS, Fabiana Zerbieri; DALL’AGNOL, Clarice Maria. Centro cirúrgico: desafios e estratégias do enfermeiro nas atividades gerenciais. Rev. Gaúcha Enferm., Porto Alegre , v. 37, n. 4, e56945, 2016 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983- 14472016000400415&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 07 Out. 2020. Organização Mundial de Saúde. Preâmbulo de Soluções de Segurança dos Pacientes - Maio de 2007. Genebra; 2007. Disponível em:< http://www.who.int/patientsafety/solutions/patientsafety/Preamble.pdf.> Acesso em 07 de Out. 2020 http://www.who.int/patientsafety/solutions/patientsafety/Preamble.pdf