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10
O GESTOR E A SUA RELAÇÃO COM A FAMÍLIA
Ana Caroline Moro Campos; Tamires Rodrigues; Tamires Vargas Bortolon; Karina Helena ¹
Graziela de Bem Vicente²
RESUMO
. 
O seguinte paper aborda sobre a importância da relação entre escola, gestor e família no processo ensino pedagógico para que tenhamos uma educação de qualidade. Pois, a união entre escola e família traz como resultado um bom envolvimento com toda a comunidade educativa juntamente com o gestor e o professor. Pode-se perceber que esta aliança é fundamental e cada vez mais urgente, sendo de grande importância criar espaços e momentos para receber a família buscando sempre essa união que é necessária para um bom funcionamento da escola, tanto na parte externa, quanto principalmente a parte interna, que abrange uma quantidade de alunos e professores, além dos demais funcionários. Todos são importantes e desempenham um papel fundamental para cada setor, pois é com essa união e respeito entre família e gestor que a escola caminha para um futuro brilhante, sempre procurando o bem estar dos alunos e que tenha uma educação de qualidade, com recursos favoráveis. Isso significa que a escola pode e deve contribuir e auxiliar no processo de conhecimento e incentivar os pais a sempre procurarem buscar soluções concretas e educativas junto com os professores e a gestão para seus filhos construírem uma nova história. 
Palavras-chave: Família. Gestão escolar. Integração.
1. INTRODUÇÃO
O desafio de transformar a escola num espaço onde se vivencia a plenitude da democracia implica na construção de uma política pública que contemple a participação efetiva dos diversos atores sociais que permeiam a escola, na formulação e na implementação da gestão. A democracia se expressa como valor e como processo mediante a parceria entre gestão e família. Ou seja, a gestão de um lado, afirma ideais, intenções e desejos (aquilo que se quer) de outro, requer formas de manifestação que a concretizem (aquilo que se pratica). Uma gestão não é democrática pela simples afirmação de valores, mas, também, sobretudo, pela construção e prática cotidiana dos mesmos, ou seja, pelos processos que os instauram e reafirmam, que diz respeito à interação e cooperação da família e comunidade escolar que auxiliam neste processo.
O processo de organização escolar pode ter a gestão escolar como um fator facilitador para a transformação da realidade educacional, através do incentivo para o desenvolvimento de uma gestão democrática e participativa, visando ultrapassar e/ou minimizar os fenômenos socioeducativos que surgem no ambiente escolar e são causadores de conflitos e resistências às inovações. A gestão escolar tem na relação escola e família, na busca de formas de interação mais efetivas entre elas, um importante instrumento de inovação educacional, desde que utilizado numa perspectiva democrática. Esta relação, entretanto, pode ser analisada sobre múltiplas visões. O processo de relação escola e família, dada a sua importância, precisam ser analisados numa perspectiva democrática, para que haja implementação da cultura de parceria construtiva entre essas duas instituições.
Em uma instituição escolar nos deparamos com vários profissionais começando pela direção, gestor escolar, orientador, secretaria, gestor administrativo e os professores serventes e em muitas até guarda, cada um com muita eficiência e comprometimento desempenha sua função com cuidado e total responsabilidade, o que muitos não sabem e que a função de um gestor escolar na maioria das vezes ultrapassa os muros da escola, tendo também um olhar especial para as famílias dos alunos, para que juntos possam fazer um ótimo trabalho. A gestão é um meio de organização e administração. Ela pode ser de diversas áreas e ajudar nas mais variadas formas. A aplicação da gestão em uma empresa é de suma importância, uma vez que essa controla tais áreas. Ela funciona identificando os erros cometidos até então ou que ainda podem ser cometidos, onde se quer chegar, como chegar e direcionar. 
Os responsáveis pelo gerenciamento têm como tarefa guiar setores para que estes alcancem o máximo que podem, sem desperdícios. Podemos perceber juntos que uma gestão escolar vai muito mais além do que possamos imaginar seu papel e fundamental dentro da instituição e indispensável, a família também faz parte da escola e cabe ao gestor escolar aproximar cada vez mais essas famílias para dentro da escola juntar os laços para se obter um trabalho a cada dia mais de qualidade, a educação passou por várias mudanças e assim também não foi diferente com a gestão escolar, que agora nesse novo modelo trabalha em um grande conjunto onde a família faz parte desse novo modelo em um conjunto com a escola. Através deste paper podemos perceber o quão importante é a participação da comunidade escolar (família) com o gestor da escola, para obter resultados e alcançar objetivos ainda mais excelentes e eficazes para uma educação de qualidade.
2. O GESTOR E A SUA RELAÇÃO COM A FAMÍLIA
A sociedade tem um olhar para a família como a principal responsável pelo ensinamento de valores e dos princípios educativos, confiando nas escolas educacionais, como um complemento educacional para a vida de seus filhos. Porém, observa-se a ausência da família no ambiente escolar e mais especificamente na construção da proposta pedagógica das escolas. Percebemos hoje em dia muitas famílias estão deixando esse papel apenas para as escolas resolverem, entregando totalmente essa confiança para a escola, sendo que o trabalho e a união de ambas são fundamental para que possamos alcançar um ensino de qualidade. Sobre as seguintes responsabilidades, Costa nos afirma que:
A responsabilidade de educar não é exclusivamente da Família nem da Escola. Se a Família atua de forma profunda e durante muito mais tempo, a Escola tem condições especiais para influir sobre o educando, pela formação especializada de seus elementos. Nenhuma das duas pode substituir totalmente a outra. Torna-se necessário o entrosamento, contribuindo cada um com a sua experiência. (COSTA, 2006, p. 46) 
Partindo das ideias propostas por Costa, as ações educativas se completam com a participação da família e da escola, contemplando assim um princípio constitucional que encontra-se no art. 205 da Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988 que diz: “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família [...]”. Para corroborar estas afirmações ainda contamos com a colaboração de Motta (1997, p.167) que relata a presença do Estado e da Família no processo educacional dos filhos, enfatizando sempre a presença e a importância do papel da família na ação educadora dos pais. O papel da família ainda é, mais uma vez, enfatizada pela Constituição Federal em seu art. 229 que diz “os pais tem o dever de assistir, criar e educar os filhos menores...”; já o Código Civil Brasileiro (2002, p.345) em seu art. 1.634 diz que: “compete aos pais, quanto à pessoa dos filhos menores: dirigir-lhes a criação e a educação...”. Sobre isso diz Motta: 
Ao direito à educação, correspondem um dever do Estado e da família, encarados estes não como entes que se opõem, mas que se complementam, devendo a educação ser dada no lar e na escola. É evidente que, no lar, não cabe a intromissão do Estado, sendo os pais praticamente insubstituíveis no que diz respeito à educação assistemática, e à formação moral inicial, a chamada “educação de berço”. São eles também responsáveis pelo encaminhamento de seus filhos à educação sistemática que é dada nas escolas. (MOTTA,1997, p. 167) 
O contato dos pais com a instituição escolar muitas vezes dá-se no momento em que eles procuram a instituição escolar para efetuar a matricula do seu filho, depositando na escola a confiança para a ampliação da socialização do conhecimento dos filhos. Neste momento percebe-se que os pais têm uma aproximação mais contínua com a unidade escolar. 
É comum observar a presença dos pais no início da vida escolar dos filhos, quando a escola se apresenta como sendo uma instituiçãosocial e um dos primeiros espaços sociais a ser frequentado pelas crianças no momento de desvincular-se da família. A partir daí observa-se certa preocupação dos pais a respeito dos filhos em que os mesmos iniciam uma nova etapa da vida, processo natural iniciando o desprendimento do laço familiar. 
Neste contexto, a unidade escolar acaba sendo o lugar em que a criança passará a maior parte do tempo, conhecendo pessoas, adquirindo conhecimento e se relacionando. Segundo Costa (2006, p.45) as características da criança, como indefesa e pequena faz com que os pais busquem informações dos filhos para saber como o filho está na escola, como está seu desempenho no processo de socialização e de aprendizagem, informando os docentes das necessidades do filho, fazendo acontecer, então, uma interação frequente com a instituição e com todos os elementos que fazem parte da unidade escolar.
 Ainda sobre os pensamentos de Costa (2006, p. 45) com o passar dos anos, o desenvolvimento das crianças conferem as mesmas certo grau de autonomia, podendo observar a interação com o ambiente escolar e a socialização. Isso faz com que o indivíduo aprenda a se encontrar no espaço, ou seja, sabendo o caminho da escola, a sala de estudos, a busca de informações, a comunicação entre pessoas. Esse processo que se cria na criança, de independência, proporciona uma ampliação do distanciamento dos pais, consequentemente deixando de acompanhar o nível de desenvolvimento e aprendizagem da criança. 
Acredita-se que, à medida que os filhos crescem os pais depositam neles certa confiança, deixando a eles a responsabilidade de dar continuidade no seu processo de desenvolvimento e de autonomia, até mesmo na vida escolar recém-iniciada. A participação dos pais vai se tornando cada vez mais eventual não tendo um contato direto com os professores e poucas participações em eventos escolares, nas reuniões de pais e mestres, rompendo o laço de comunicação que no começo do processo havia, consequentemente vai se perdendo o acompanhamento contínuo da aprendizagem do filho. 
Diante de todas as situações apresentadas qual seria o papel da escola para que essa realidade mude? De acordo com Costa (2006, p.46) a escola deve estar preparada e disponível para atender as necessidades da comunidade quando é procurada e encontrar meios para a conscientização da família sobre sua importância na atuação e colaboração no processo de desenvolvimento dos filhos e que, independentemente do nível de ensino, o acompanhamento e a participação dos pais tem que ser assíduo. A instituição escolar, como complementar do processo educativo, é o espaço social e participativo que envolve não somente os alunos, mas também a família e a comunidade. Envolver os pais na participação da escola é de suma importância para que cada um possa compreender suas funções. 
É comum observar que maiores frequências de participação dos pais na escola são em eventos comemorativos em que a escola promove com intuito de aproximar os pais, para admirar o trabalho que está sendo desenvolvido pelo seu filho junto à escola.
 O envolvimento da família vai muito além de um simples acompanhamento escolar, mas sim, no acompanhamento de um processo de desenvolvimento humano. Assim, as famílias podem envolver-se ativamente nas decisões tomadas pelas escolas dos seus filhos, uma das maneiras para que ocorra essa participação é através dos órgãos colegiados, que é um dos mecanismos da gestão escolar que busca alcançar os objetivos de ajudar a instituição de ensino em todos os seus aspectos e uma delas é a participação ativa dos pais.
A Gestão escolar com base no princípio democrático não escapa da condição histórica em que se produz e se reproduz em tempos e espaços dos mais complexos. O desejo de uma sociedade diferente, mais humana, fraterna, justa e solidária perpassa toda a condição humana, inclusive no interior da escola pública que, pensada sob uma ótica crítica humanizadora, revela práticas e sonhos que se misturam em um mesmo caminho que tende à realização plena. Subverter e tornar-se um perigo é condição para a mudança do indesejável, é ponte de construção da vida respeitada e digna no aqui e agora, com vista ao futuro como continuidade. 
O autor Libâneo nos chama a atenção para o fato de que para exercer sua profissão com mais qualidade o professor/gestor deve: 
[...] conhecer bem o funcionamento do sistema escolar (as políticas educacionais, as diretrizes legais, as relações entre escola e sociedade e etc.) e das escolas (sua organização interna, as formas de gestão, o currículo, os métodos de ensino, o relacionamento professor-aluno, a participação da comunidade, etc.) e aprender a estabelecer relações entre estas duas instâncias. (LIBÂNEO, 2008, p. 289).
Gestão Escolar é, antes de tudo, uma questão política, muito além da pura ação técnico-burocrática. Isso nos diz, que não se exclui a técnica, a burocracia, mas estas não devem sobrepujar a dimensão ético-política da Gestão Escolar. Intervir em uma gestão escolar da forma como esta colocada indica não apenas um perfil autoritário, como também de controle absoluto das funções administrativas, o que não ocorre apenas na esfera educacional. Em meio aos fatores técnicos e de ordem gerencial, há os de caráter ideológicos, quando se exonera, muitas vezes, por contrariar ideais do governo que não correspondem aos interesses de quem está diretamente ligado à ação pedagógica e à gestão escolar. Gestão das Unidades Escolares é um dos fenômenos que vem sofrendo mudanças ao longo dos anos, passando a receber maior atenção, ampliando suas responsabilidades na busca da qualidade do ensino. O conceito de gestão limitado à administração, ou de um diretor tutelado pelos órgãos centrais, sem voz própria em sua escola, sem responsabilidades sobre o resultado de suas ações e dos resultados de sua Unidade Escolar, fadado a repassar informações, controlar, supervisionar, em tese, parece superado.
Um processo de aprendizado e de luta política que não se circunscreve aos limites da prática educativa, mas vislumbra, nas especificidades dessa prática social e de sua relativa autonomia, a possibilidade de criação de canais de efetiva participação e de aprendizado do “jogo” democrático e, consequentemente, do repensar das estruturas de poder autoritário que permeiam as relações sociais e, no seio dessas, as práticas educativas. (DOURADO apud FERREIRA, 2001, p. 79).
Entre as mudanças trazidas para o trabalho dos gestores a partir da gestão democrática, têm-se os seguintes objetivos, reorganizar o calendário e a rotina da escola, alterando horários e salas para a aplicação de provas, esclarecer dúvidas e instruir os professores sobre os instrumentos, prazos e demandas de cada avaliação, monitorar, publicar e comparar os resultados dos alunos, propor estratégias de recuperação para os alunos com dificuldades e de revisão para as questões com grande índice de erro. 
Contudo, incorporam as novas atribuições em sua rotina, buscando desempenhá-las de acordo com o que lhes é determinado e com o compromisso em manter os bons resultados que a escola atingiu. Talvez estas sejam mais algumas características de uma gestão comprometida com a eficácia escolar e da família: a capacidade de adaptação às mudanças e a pró-atividade frente aos desafios. Especificamente com relação à indicação de diretores pela comunidade escolar, uma das estratégias adotadas tem sido a realização de exames prévios à escolha pela comunidade, de modo a garantir que os candidatos apresentem pré-requisitos mínimos de capacidade para a realização desse trabalho.
 Esses exames buscam identificar em que medida os diretores conhecem os desdobramentos dos desafios das funções e responsabilidades que se propõem a assumir e em que medida detêm conhecimentos básicos que lhes permitam fazê-lo de forma competente. Desenvolver continuamente a competência profissional constitui-se em desafio a ser assumido pelos profissionais, pelas escolas e pelos sistemas de ensino, pois essa se constitui em condição fundamentalda qualidade de ensino. Nenhuma escola pode ser melhor do que os profissionais que nela atuam. Nem o ensino pode ser democrático, isto é, de qualidade para todos, caso não se assente sobre padrões de qualidade e competências profissionais básicas que sustentem essa qualidade.
 A busca permanente pela qualidade e melhoria contínua da educação passa, pois, pela definição de padrões de desempenho e competências de diretores escolares, dentre outros, de modo a nortear e orientar o seu desenvolvimento. Este é um desafio que os sistemas, redes de ensino, escolas e profissionais enfrentam e passam a se constituir na ordem do dia das discussões sobre melhoria da qualidade do ensino. Compete ao gestor escolar, também, ou o pretendente ao exercício dessas funções, para poder realizar um trabalho efetivo em sua escola, juntamente com a família adotar uma orientação voltada para o desempenho das competências desse trabalho. O primeiro passo, portanto, diz respeito a ter uma visão abrangente do seu trabalho e do conjunto das competências necessárias para o seu desempenho. Em seguida, deve estabelecer um programa para o desenvolvimento das competências necessárias para fazer frente aos seus desafios em cada uma das dimensões. No caso de já estar atuando, cabe-lhe definir uma lista específica de competências para poder avaliar diariamente o seu desempenho, como uma estratégia de automonitoramento e avaliação. Adota em sua atuação de gestão escolar uma visão abrangente de escola, um sistema de gestão escolar e uma orientação interativa, mobilizadora dos talentos e competências dos participantes da comunidade escolar, na promoção de educação de qualidade. Para Libâneo (2001, p. 54):
A educação de qualidade é aquela que promove para todos o domínio de conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades cognitivas, operativas e sociais necessários ao atendimento de necessidades individuais e sociais dos alunos, à inserção no mundo do trabalho, a constituição da cidadania, tendo em vista a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
 O objetivo maior da comunidade educacional revela-se, portanto, o de se estabelecer uma comunidade de ensino efetivo, onde persevere, coletivamente, não somente o ideal de ensinar de acordo com o saber produzido socialmente, mas o de aprender, em acordo com os princípios de contínua renovação do conhecimento, criando-se um ambiente de contínuo desenvolvimento para alunos, professores, funcionários e os gestores. A superação de tais desafios torna-se possível pelo recurso de competências específicas, de acordo com as dimensões de gestão envolvidas, mas, sobretudo, em qualquer caso e situação, demanda do diretor capacidade conceitual sobre a educação; a gestão escolar e seu trabalho, mediante visão de conjunto e perspectiva aberta e sólida sobre a natureza da educação; o papel educacional da escola e dos profissionais que nela atuam; a natureza e as demandas psico-sócios educacionais dos alunos; a relação da escola com a comunidade, dentre outros aspectos, incluindo, por certo, uma fundamentação sobre as dimensões de gestão escolar. 
Sobretudo devem zelar pela constituição de uma cultura escolar proativa e empreendedora capaz de assumir com autonomia a resolução e o encaminhamento adequado de suas problemáticas cotidianas, utilizando-as como circunstâncias de desenvolvimento e aprendizagem profissional. Em caráter abrangente, a gestão escolar engloba, de forma associada, o trabalho da direção escolar, da supervisão ou coordenação pedagógica, da orientação educacional e da secretaria da escola, considerados participantes da equipe gestora da escola e principalmente das famílias dos alunos. 
Segundo o princípio da gestão democrática, a realização do processo de gestão inclui também a participação ativa de todos os professores e da comunidade escolar como um todo, de modo a contribuírem para a efetivação da gestão democrática que garante qualidade para todos os alunos promovendo o acesso e a construção do conhecimento a partir de práticas educacionais participativas, que fornecem condições para que o educando possa enfrentar criticamente os desafios de se tornar um cidadão atuante e transformador da realidade sociocultural e econômica vigente, e de dar continuidade permanente aos seus estudos. Focar a gestão escolar com ações democráticas significa a permanente absorção de fins pedagógicos para que a escola possa almejar a sua função social. E, sendo assim, é preciso considerar a educação como processo de apropriação da cultura humana produzida historicamente, e a escola, como instituição que provê a educação sistematizada e a família como um conjunto essencial no desenvolvimento escolar, tanto para os alunos, quanto para os professores e a gestão democrática. 
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Para esse estudo, partimos de algumas questões para reflexão: qual importância da gestão escolar? Qual é a postura que o gestor deve assumir frente à comunidade escolar? Sendo que para este estudo utilizamos a pesquisa bibliográfica através de livros e artigos acadêmicos online. Este estudo pode ser caracterizado como sendo um estudo qualitativo, e a pesquisa feita com base nos principais autores Costa (2006), Dourado (2001), Libâneo (2008) e (2001) que fundamentaram esta pesquisa. A investigação se concluiu através de leituras bibliográficas feitas durante o mês de abril e concluídas no mês de maio. 
Figura 1 – “Organização e Gestão da Escola” – José Carlos Libâneo.
Fonte: Saraiva. Disponível em: < https://busca.saraiva.com.br/q/livro-organizacao-gestao-escola>. Acesso em: 21 de abr de 2020.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados encontrados no presente estudo nos deu uma visão diferente sobre o tema antes de iniciarmos a pesquisa. Desde o início do trabalho pensávamos de forma diferente sobre a interação entre gestão e família, o quão importante isso se torna ao redor da comunidade escolar. Foi de muito aprendizado após finalizar este trabalho, pois pudemos conhecer como se dá essa interação e quais benefícios ela traz, tanto para a gestão quanto para as famílias. Sabemos que essa união se torna cada vez mais intensa e produtiva quando se fala em unir gestão e família, os resultados obtidos após esse engajamento é essencial para que a gestão possa trabalhar de forma clara e objetiva, sempre procurando o melhor para a escola e as famílias. Cada autor traz consigo algo que hoje estamos aprendendo melhor na faculdade e que vamos usar estas ideias em nossa profissão docente. Conhecer as formas de interação gestão/família para cada autor citado no decorrer do trabalho nos mostra a grande diversidade que vamos encontrar nas escolas da vida, inclusive nas gestões e pudemos perceber que para cada gestor a realidade de uma comunidade escolar é diferente e cada um deve saber lidar com as diversas situações no seu dia a dia e principalmente pelas famílias, que podem ter acesso à organização de determinada escola, bem como na vida de seus filhos, aproximando-se cada vez mais deles e da escola, por que sem essa aproximação a educação de qualidade que tanto almejamos pode se tornar algo que está longe e não podemos deixar isso acontecer.
5. CONCLUSÃO
Na realidade brasileira atual a escola tem procurado estabelecer relações com as famílias de seus alunos visando principalmente o investimento familiar e pessoal de cada aluno na sua aprendizagem escolar. Nem sempre, porém, consegue atingir os resultados. É um assunto que merece reflexão e uma busca exaustiva de alternativas que possam ajudar, pois afeta diretamente no ensino aprendizagem. Foi possível concluir que a relação família e escola são indispensáveis ao processo de aprendizagem dos educandos, pois a escola não educa sozinha e o apoio da família é essencial. Ao trazer essa reflexão sobre as relações entre família e escola, percebe-se no decorrer dessa pesquisa que ainda há muito que se fazer para atingirmos o objetivo proposto nesse estudo de formar e construir uma parceria entre família e escola, para sanar a defasagem de aprendizagem dos alunos, bem comoa indisciplina. É preciso que a escola considere seus alunos em suas múltiplas dimensões e busque compreendê-los como sujeitos históricos provenientes de diferentes contextos, o que os faz seres desigual. Cabe à escola aceitar o desafio, considerando que seus alunos jamais formarão um grupo igual, e que suas famílias são do jeito que são e é isso que a escola deverá aprender a fazer, saber lidar e trabalhar a realidade que se apresenta e não como gostaria que fosse. Desta forma, observa-se que a relação família-escola é de extrema importância na construção da identidade e autonomia do aluno, a partir do momento em que o acompanhamento desta, durante o processo educacional, leva a aquisição de segurança por parte dos filhos, que se sentirão duplamente amparados, ora pelo professor ora pelos pais, o que irá incorrer no favorecimento do processo ensino-aprendizagem. O gestor como o responsável que está à frente da escola toda deve saber administrar muito bem seu trabalho, cuidando para não deixar de olhar para algum setor, tem por obrigação conhecer todos os documentos legais que fundamentam sua prática, ágil e saber se portar diante de qualquer problema ou situação. A escola tem um papel de formar cidadãos capazes, competentes e independentes, mas isso será possível se juntos olharem para frente e enxergar que um só não fará tudo isso sozinho, precisam caminhar juntos, analisando cada passo a ser dado e trazendo novas ideias para complementar as já existentes ou acrescentando com novas ações.
Ressalto também que a presença da comunidade na escola é de grande importância, se fazendo necessária a todo o momento. E que o trabalho do gestor é crucial, não devendo ter falhas sendo realizado com a maior cautela pensando no bem da escola toda. Todo este conjunto de práticas parentais têm que se exigidas de acordo com a escolaridade dos alunos, de acordo com a sua estrutura e núcleo familiar e fundamentalmente de acordo com o contexto onde a escola e a criança estão inseridas, pois, todos estes fatores influenciam em grande escala, não só o envolvimento parental na escola como o próprio progresso, crescimento e desenvolvimento da criança. Envolver as famílias na elaboração da proposta pedagógica pode ser uma das metas da escola, que pretende ter um equilíbrio no que diz respeito à disciplina e progresso dos seus educandos. É fato que a família e a escola representam pontos de apoio e sustentação ao ser humano e marcam a sua existência. A parceria família-escola precisa de ser cada vez maior, pois quanto melhor for a parceria entre ambas, mais positivos serão os resultados na formação da própria criança. Torna-se necessária a parceria de todos para o bem-estar do educando. Cuidar e educar envolve estudo, dedicação, cooperação, cumplicidade e, principalmente, amor de todos os responsáveis pelo processo, que é dinâmico e está sempre em crescimento, evolução e aperfeiçoamento.
REFERÊNCIAS
COSTA, R.C.; RONCAGLIO, M.S.; SOUZA, R.E. I. Momentos em psicologia escolar. 2. ed. Curitiba: Juruá, 2006.
________. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm>. Acesso em: 17 abr. 2020.
DOURADO, Luiz F. A escolha de dirigentes escolares: políticas e gestão da educação no Brasil. In: FERREIRA, Naura C. (Org.). Gestão democrática da educação: atuais tendências, novos desafios. São Paulo: Cortez, 2001.
LIBÂNEO, J. C.; OLIVEIRA J. F.; TOSCHI M. S.; Educação escolar: políticas estrutura e organização. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 2008. (Coleção Docência em Formação.
LIBÂNEO, José Carlos. Organização e Gestão da Escola. Goiânia: Alternativa, 2001.
1 Ana Caroline Moro Campos; Tamires Rodrigues; Tamires Vargas Bortolon; Karina Helena.
2 Graziela de Bem Vicente.
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - PED (1764) – Prática Interdisciplinar VII – 01/06/2020.

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