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SP 16 – UC XVI fadiga, perda de peso e anemia
Lais Tulio
síndrome do idoso frágil 
Definição 
Síndrome biológica caracterizada por diminuição da reserva homeostática e redução da capacidade do organismo de resistir às intempéries, resultando em declínios cumulativos em múltiplos sistemas fisiológicos, causando vulnerabilidade e efeitos adversos. 
A fragilidade é identificada como uma síndrome associada à idade e caracterizada por manifestações como perda de peso e massa muscular, diminuição da força de preensão, fadiga, instabilidade postural e redução da ingestão de alimentos, aumentando o risco para uma evolução desfavorável diante das agressões externas e das doenças agudas. Observa-se que o fenótipo da fragilidade é um método de identificação e mensuração da fragilidade nos idosos que utiliza, como critérios integrantes da síndrome:
· Perda de peso não intencional (pelos menos 5Kg no último ano)
· Exaustão avaliada por autorrelato de fadiga
· Diminuição da força de preensão da mão dominante
· Baixo nível de atividade física 
· Baixa velocidade ao caminhar (lentidão)
Fisiopatologia 
A síndrome da fragilidade é um estado inflamatório crônico, com espiral descendente de energia, que tem como tripé sarcopenia, desregulação neuroendócrina e desregulação imunológica. Trata-se de uma fisiopatologia bastante complexa por envolver declínio de vários sistemas
· IGF-1 (Fator de Crescimento insulino-símile tipo 1) e DHEA (deidroepiandrosterona) estão reduzidos em idosos frágeis e é sabido que DHEA é importante para manter a massa muscular e suprimir a inflamação, enquanto IGF-1 estimula a produção de hormônio do crescimento que, por sua vez, regula o crescimento e o desenvolvimento das células 
Aspectos nutricionais 
A Síndrome da Fragilidade acompanha-se de redução fisiológica progressiva na ingestão de alimentos em decorrência do processo de envelhecimento, possivelmente associada à redução na atividade física, à diminuição da taxa metabólica basal e do tamanho corporal (pelo declínio da massa muscular esquelética, do teor de água e do aumento relativo da gordura). Pode ocorrer também um aumento nos níveis plasmáticos de citocinas, aumento do tempo de esvaziamento gástrico e modificação na liberação e atividade da colecistocinina, fatores estes que determinam uma redução no apetite e consequente redução na ingestão de calorias e de proteínas, considerada uma causa importante e potencialmente reversível de sarcopenia e depleção de proteína visceral. Hiperglicemia e hipertrigliceridemia estão associadas com declínio cognitivo e resistência à leptina, o que também determina diminuição do apetite e da ingestão alimentar.
Critério diagnóstico 
Laboratorial: 
	Elevação
	TNF-α, IL-1 e IL-6, cortisol, proteína C reativa, citocinas, insulina de jejum, fibrinogênio, dímero D, radicais livres
	Redução
	Testosterona, estrogênio, hormônio luteinizante, hormônio do crescimento, IGF-1, albumina, colesterol
 
Fried Frailty Index:
■ Redução da força de preensão palmar: utilizando-se um dinamômetro, afere-se a força máxima do membro superior dominante. O resultado considerado é o melhor de três tentativas, em quilogramas-força
■Redução da velocidade da marcha: solicita-se que o indivíduo caminhe em sua velocidade habitual por uma distância de 4,6 metros. O tempo para realizar o percurso é cronometrado em segundos. No caso de o indivíduo fazer uso de dispositivo de auxílio à marcha, este deve ser utilizado na realização do teste. A velocidade da marcha é calculada em metros/segundo, e a interpretação se dá pelo tempo gasto para percorrer a distância supracitada
■Perda de peso não intencional: perda de peso, não explicada por dieta restritiva, superior a 5% do peso corporal ou 4,5 kg nos últimos 12 meses
■Sensação de exaustão autorreferida: pergunta-se ao indivíduo quantas vezes, nas últimas 2 semanas, ele necessitou fazer esforço para realizar suas tarefas habituais. Idosos que responderem 3 dias ou mais a pelo menos uma das duas perguntas serão considerados positivos para esse critério (Tabela 8.4)
■ Baixo índice de atividade física: calcula-se por meio do Minnesota Leisure Time Activity Questionnaire – versão curta. Esse é um instrumento validado para a população idosa brasileira, que avalia atividades, esportes e lazer desempenhados nas últimas 2 semanas. O corte para homens é de 383 kcal/semana e, para mulheres, de 270 kcal/semana, segundo Fried et al. (2001).
A Tabela 8.5 lista os critérios de fragilidade de acordo com Fried et al. (2001).
De acordo com esses parâmetros, os indivíduos são classificados como:
■Frágeis: presença de três ou mais critérios positivos
■Pré-frágeis: presença de um ou dois critérios positivos
■Não frágeis ou robustos: quando nenhum critério é positivo.
perda de peso no idoso
A perda de peso não intencional é comum em idosos e está associada a taxas de morbidade e mortalidade consideráveis. A perda de peso é clinicamente relevante se forem perdidos mais de 5% do peso corporal em 6-12 meses, embora perdas menores possam ser importantes para idosos frágeis. As causas da perda de peso não intencional ser classificadas como orgânicas (malignas e não malignas), psicológicas, sociais ou desconhecidas. Os medicamentos devem ser revistos, já que os efeitos colaterais geralmente contribuem para a perda de peso. Todos os pacientes devem ser avaliados por um nutricionista e rastreados quanto a depressão e déficit cognitivo. Um período de “observação vigilante” de três meses é preferível a outras investigações cegas nos casos em que a história, o exame físico e os exames de laboratório iniciais forem normais
etiologia (9ds) 
9 Ds da perda de peso em idosos
· Demência 
· Depressão 
· Doença (aguda e crônica)
· Disfagia 
· Disgeusia 
· Diarreia 
· Drogas (medicamentos) 
· Dentição 
· Disfunção (incapacidade funcional) 
· (Desconhecimento foi posteriormente acrescentado como um décimo “D”)
Diagnóstico
Investigar e confirmar, inicialmente, a ocorrência de perda de peso (aferir diretamente o peso corporal, indagar familiares e cuidadores, avaliar se as roupas de uso habitual estão largas)
■Utilizar, como auxílio, a miniavaliação nutricional para identificar o risco nutricional
■Realizar anamnese completa e exame físico detalhado (atentar para a cavidade oral e o trato gastrintestinal, presença de massas palpáveis e sinais de caquexia) direciona os passos para uma avaliação melhor
■Revisar todas as medicações em uso, tendo em vista os frequentes efeitos adversos que podem estar relacionados (Tabela 7.3)
■Investigar se há presença de depressão por meio da escala de depressão geriátrica (GDS) e dos critérios do DSM-5
■Investigar alteração cognitiva por meio de testes de rastreio como o miniexame do estado mental
■Questionar o contexto social e familiar do paciente.
	Hemograma
	Função tireoidiana
	Função renal
	Função hepática
	Enzimas hepáticas
	Eletrólitos
	Urina I
	Radiografia de tórax
	Pesquisa de sangue oculto nas fezes
	Endoscopia digestiva alta
	Colonoscopia
	Ultrassonografia abdominal
	
tRATAMENTO
O tratamento prioritário é voltado para a resolução da(s) causa(s) identificada(s). Na ausência de anormalidades com base na história clínica, no exame físico e nos exames complementares, recomenda-se reavaliação do paciente no intervalo de 1 a 6 meses.
caquexia 
A caquexia caracteriza-se por uma perda de massa muscular, aumento da taxa metabólica e uma diminuição do apetite. Esta síndrome está associada à anorexia, inflamação, resistência à insulina e degradação de proteínas musculares. A perda de gordura resulta, quer da anorexia, quer da inflamação, e a perda de massa muscular provem tanto de uma inflamação a nível muscular, da resistência à insulina e hipogonadismo. A perda de peso e fadiga, são dois sintomas importantes na caquexia, que agravam uma variedade de doenças crónicas, levando a uma diminuição da qualidade de vida e a um pior prognóstico da doença de base 
Sarcopenia X caquexia 
Diagnóstico 
A caquexia é diagnosticada se houver perda de peso de pelo menos 5% (sem edema)em 12 ou menos meses na presença de uma doença subjacente (caso a perda de peso não possa ser documentada um IMC (índice de massa corporal) 5,0 mg / l), a IL-6 (interleucina 6) > 4,0 pg / mL), baixa albumina no soro.

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