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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL DISCIPLINA: ÉTICA, HISTÓRIA E FILOSOFIA DO DIREITO PROFESSOR: LEANDRO CORDIOLI ALUNO: GABRIEL RODRIGUES VARGAS DA SILVA RESUMO DO LIVRO EUTIFRON É um diálogo entre Sócrates e Eutífron, onde Eutífron é um sacerdote religioso, e Sócrates um filósofo da época que apelava muitas vezes a razão para explicar como as coisas eram, as coisas humanas como por exemplo a justiça, a coragem, o governo, etc, Sócrates não possui obras escritas, mas ele existiu, pois há fontes que comprovam isso como o seu discípulo Platão que escreveu vários livros onde o incluia em suas histórias. E começa quando Sócrates vai se informar sobre sua acusação de um crime de piedade que cometeu, num lugar da época que abrigava o judiciário e lá encontra Eutífron, Sócrates o questiona porque ele estava ali?, Eutífron então diz que estava para acusar uma pessoa de homicídio, Sócrates pergunta querendo saber quem é a pessoa acusada? e Eutífron relata que veio acusar seu próprio pai de homicídio. Sócrates estranha este fato, algo realmente sério para esta atitude, pois para Sócrates ele deve ter cometido contra alguém da família para Eutífron estar disposto acusar seu próprio pai, Eutífron fala que não importa ser da familia ou desconhecido pois se uma pessoa matou a outra injustamente você deve processá-la, se não você esta sendo impiedoso, você esta traindo os deuses, atitude que desagrada os deuses, isso demonstra que Eutífron esta convencido que o direito está ao seu lado por agir piedosamente. Eutífron relata como aconteceu dizendo que um servo que trabalhava em sua lavoura, bebeu muito, ficando embriagado e saindo de si onde matou um outro servo e o seu pai prendeu aquele servo , amarrou aos mãos e os pés e o jogou num fosso qualquer deixando lá e por ser um servo homicida não precisava se preocupar, deixou ele passando frio, fome e por consequência morreu aprisionado antes do mensageiro do intérprete voltar, por causa da negligência de seu pai. Mas Sócrates aconselha Eutífron sobre o que é santidade?, Eutífron sugere que a santidade persegue os ofensores religiosos, porém Sócrates não concorda com essa definição, acha insatisfatória, já que existe muitas outras ações além das perseguições dos infratores, e Sócrates indaga pedindo para que Eutífron dê uma definição geral sobre os atos sagrados. Eutífron sugere então que o que é sagrado é o que é agradável aos deuses em resposta á Sócrates apontando que os deuses muitas vezes brigam, então o que agrada um pode não ser a todos, Eutífron fala que sua família estava acusando de ser cruel, por ter feito esta acusação contra o próprio pai, mas ele diz que eles são uns coitados por não saber o que é piedade ou crueldade nas luzes dos deuses. Sócrates encima disso questiona Eutífron sobre o que é piedade?, pois caso contrário ele poderia usar o domínio como argumento para se defender do acusador Meleto, Eutífron diz que piedade seria uma atitude de denunciar o seu pai, mas Sócrates rebate dizendo que não pode ter isso como exemplo por que não é uma definição de piedade pois o que se busca é a essência sobre o que é, um conceito. Então Eutífron diz que Piedade é o que agrada os deuses e o que não agrada é impiedade fazendo assim Sócrates questioná-lo sobre o que ele disse que os deuses entram em conflitos pois algumas coisas agradam uns e outras não, Eutífron enão fala que eles não os divergem, pois Sócrates questiona novamente se a piedade é piedade porque ela agrada aos deuses ou porque ela em si é piedosa? Então chega num outro momento em que Sócrates pergunta para Eutífron qual é a relação entre justiça e piedade? apontando que piedade é uma espécie de justiça, Eutífron diz que a atitude piedosa é a veneração aos deuses, mas Sócrates pergunta mas o que é veneração? querendo saber sobre o conceito disso, indagando o seu sentido, mas se a gente for entender veneração como um cuidado, ele traz uma analogia, quem cuida de alguma coisa é para melhorar algo. Eutífron diz que não era esse tipo de cuidado que ele queria fazer referência, pois a idéia de “melhorar” dos deuses seria imcompatível, pois na verdade é deus que tem que melhorar os homens e Sócrates explica para Eutífron que a piedade seria oferecer sacrificios aos deuses e súplicas, sendo um “troca comercial”, mas Eutífron nega, perguntando o que os deuses teriam de beneficio com sacrificios? ,já que são figuras perfeitas que não precisariam disso, ele ainda diz que a idéia é honrar os deuses como uma espécie de gratidão. Eutífron continua sua fala dizendo que agradaria os deuses voltando na hipótese anterior, pois é aquilo que os deuses amam, o que lhe agradam, entrando numa contradição do que ele disse anteriormente e Sócrates tenta discutir dizendo que eles voltaram ao mesmo ponto e quer que ele explique o que é isso, mas Eutífron diz que esta muito ocupado e que eles vão ter que terminar num outro momento e no fim não chegaram num concenso.