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ÍNDICE DAS ATIVIDADES 1 – APOSTILA PRATICAR A ARTE – VOLUME 10 – ENSINO MÉDIO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM - Professor Fabrício Secchin].
Nº Título da atividade Nº Título da atividade Nº Título da atividade
01 A ORIGEM DA ARTE NA HISTÓRIA DO MUNDO. 41 A ESCULTURA E A PINTURA GÓTICA. 81 OS PADRÕES DA ART DÉCO.
02 AS PRIMEIRAS MANIFESTAÇÕES DA ARTE. 42 RESUMÃO: ARTE ROMÂNICA. 82 O REALISMO.
03 A EXPRESSÃO DA ARTE PRÉ-HISTÓRICA. 43 MAQUETE ROMÂNICA I – RECORTE E COLAGEM. 83 AS CARACTERÍSTICAS DO REALISMO.
04 ESTUDANDO A LINHA. 44 MAQUETE ROMÂNICA II – RECORTE E COLAGEM. 84 PRÁTICA DE OBSERVAÇÃO DE OBRA DE ARTE – REALISMO.
05 CONHECENDO O ARTISTA: PAUL KLEE. 45 RESUMÃO: ARTE GÓTICA. 85 EXERCÍCIO PRÁTICO DE DESENHO DE OBSERVAÇÃO: ROMANTISMO.
06 ASSINANDO A OBRA COM AS MÃOS: ARTE RUPESTRE. 46 PRODUZINDO UM VITRAL. 86 O IMPRESSIONISMO – PARTE 1/2.
07 O NASCIMENTO DA ARQUITETURA. 47 EXERCÍCIO INTERPRETATIVO: ARTE ROMÂNICA E ARTE GÓTICA. 87 O IMPRESSIONISMO – PARTE 2/2.
08 REGISTRANDO OS ACONTECIMENTOS DA VIDA. 48 CONHECENDO A OBRA: “O ESPÓLIO – O DESNUDAMENTO DE CRISTO”, EL GRECO. 88 DESENHANDO E PINTANDO – OBSERVAÇÃO IMPRESSIONISTA.
09 RESUMÃO: A ARTE NA PRÉ-HISTÓRIA. 49 O RENASCIMENTO. 89 PRINCIPAIS ARTISTAS DO IMPRESSIONISMO.
10 A ARTE DA MESOPOTÂMIA. 50 PRINCIPAIS ARTISTAS DO RENASCIMENTO. 90 RESUMÃO: O IMPRESSIONISMO.
11 EXERCÍCIOS DE INTERPRETAÇÃO: ARTE PRÉ-HISTÓRIA. 51 ENTENDENDO A PERSPERCTIVA RENASCENTISTA. 91 CONHECENDO O ARTISTA: ÉDOUARD MANET E SUAS OBRAS. Parte 1/4.
12 EXERCÍCIOS DE INTERPRETAÇÃO: ARTE MESOPOTÂMICA. 52 PRATICANDO O DESENHO DE FIGURAS HUMANAS. 92 CONHECENDO O ARTISTA: ÉDOUARD MANET E SUAS OBRAS. Parte 2/4.
13 A ARTE NO EGITO – INTRODUÇÃO. 53 EXERCÍCIO DE DESENHO DE PARTES DO CORPO HUMANO. 93 CONHECENDO O ARTISTA: ÉDOUARD MANET E SUAS OBRAS. Parte 3/4.
14 A PINTURA EGÍPCIA. 54 RESUMÃO: O RENASCIMENTO. 94 CONHECENDO O ARTISTA: ÉDOUARD MANET E SUAS OBRAS. Parte 4/4.
15 CRIANDO HIERÓGLIFOS E SEGREDOS. 55 EXERCÍCIO INTERPRETATICO: O RENASCIMENTO. 95 ANALISANDO A OBRA: “MULHERES NO JARDIM”, CLAUDE MONET.
16 CRIANDO HISTÓRIAS EM QUADRINHOS. 56 A ARTE DO BARROCO. 96 O PÓS-IMPRESSIONISMO E SEUS ARTISTAS.
17 EXERCÍCIOS DE INTERPRETAÇÃO: ARTE DO EGITO ANTIGO. 57 A IGREJA BARROCA NO BRASIL: A IGREJA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS/MG. 97 EXERCÍCIO SOBRE PONTILHISMO E NATUREZA-MORTA.
18 RESUMÃO: A ARTE MESOPOTÂMICA. 58 PRINCIPAIS ARTISTAS DO BARROCO NO MUNDO. 98 EXERCÍCIO DE LEITURA E IDENTIFICAÇÃO DO AUTOR PÓS-IMPRESSIONISTA.
19 A ARTE GREGA. 59 A ARQUITETURA BARROCA. 99 O FAUVISMO.
20 A CERÂMICA GREGA. 60 RESUMÃO: A ARTE BARROCA. 100 OS PRINCIPAIS ARTISTAS DO FAUVISMO.
21 AS MÁSCARAS DO TEATRO GREGO. 61 EXERCÍCIO DE OBSERVAÇÃO E DESENHO.
22 EXERCÍCIOS DE INTERPRETAÇÃO: ARTE GREGA. 62 EXERCÍCIO INTERPRETATIVO: A ARTE BARROCA.
23 A MITOLOGIA GREGA: OS DEUSES DO OLIMPO. 63 O ROCOCÓ.
24 CONHECENDO OS DEUSES GREGOS. 64 PRINCIPAIS ARTISTAS DO ROCOCÓ.
25 A ARTE ROMANA. 65 DECORANDO UMA PORCELANA DO ROCOCÓ.
26 AS SETE MARAVILHAS DO MUNDO ANTIGO. 66 RESUMÃO: O ROCOCÓ.
27 PRODUZINDO UMA ESCULTURA COM ARGILA. 67 ANALISANDO A OBRA: “PAISAGEM COM MOISÉS SALVO DAS ÁGUAS”, CLAUDE LORRAIN.
28 EXERCÍCIO INTERPRETATIVO: ARTE ROMANA. 68 O NEOCLASSICISMO.
29 RESUMÃO: A ARTE ROMANA. 69 CONHECENDO O ARTISTA E SUA OBRA: JACQUES-LOUIS DAVID.
30 RESUMÃO: ARTE GREGA. 70 EXERCÍCIO INTERPRETATIVO: ROCOCÓ E NEOCLASSISCIMO.
31 A ARTE CRISTÃ E BIZANTINA. 71 O ROMANTISMO – CONHECENDO O ARTISTA: EUGÈNE DELACROIX.
32 OS MOSAICOS BIZANTINOS. 72 O ROMANTISMO – CONHECENDO O ARTISTA: FRANCISCO GOYA.
33 ILUSTRAÇÃO DE UM MANUSCRITO. 73 AS CARACTERÍSTICAS DO ROMANTISMO.
34 ILUMINURA DO ANTIGO TESTAMENTO: AS DEZ PRAGAS DO EGITO. 74 O MOVIMENTO ART NOUVEAU.
35 CONSTRUINDO UM MOSAICO COM RECORTES. 75 PRINCIPAIS ARTISTAS DO ART NOUVEAU.
36 RESUMÃO: A ARTE CRISTÃ E ARTE BIZANTINA. 76 CONHECENDO O ARTISTA: ALFONS MARIA MUCHA.
37 EXERCÍCIO INTERPRETATIVO: ARTE CRISTÃ E BIZANTINA. 77 CONHECENDO A BELLE ÉPOQUE.
38 A ARTE ROMÂNICA. 78 ANALISANDO A OBRA: “CAMPONESAS BRETÃS”, DE PAUL GAUGUIN.
39 A PINTURA ROMÂNICA. 79 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: GIZ PASTEL E TOULOUSE-LAUTREC.
40 A ARTE GÓTICA. 80 A ART DÉCO.
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ÍNDICE DAS ATIVIDADES 2 – APOSTILA PRATICAR A ARTE – VOLUME 10 – ENSINO MÉDIO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM - Professor Fabrício Secchin].
Nº Título da atividade Nº Título da atividade Nº Título da atividade
101 CONHECENDO O ARTISTA: HENRI MATISSE. 141 CONHECENDO O ARTISTA: CHARLES CHAPLIN. 181 RESSIGNIFICANDO A SIMBOLOGIA MARAJOARA.
102 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: CRIANDO UMA IMAGEM FAUVISTA. 142 A ARTE CONCEITUAL. 182 LEITURA DE OBRA DE ARTE – NICOLAS POUSSIN.
103 CONHECENDO A OBRA: “COMEDORES DE BATATA”, DE VINCENT VAN GOGH. 143 CONHECENDO O ARTISTA: JHON CAGE E O DESENHO DO ACASO. 183 CONSTRUINDO A SUA LINHA DO TEMPO: A SUA HISTÓRIA DE VIDA.
104 O EXPRESSIONISMO. 144 CONHECENDO A OBRA: “A FONTE”, DE MARCEL DUCHAMP. 184 CONHECENDO A OBRA: “CAMINHANDO”, DE LYGIA CLARK.
105 ANALISANDO A OBRA: “O GRITO”, DE EDVARD MUNCH. 145 A ARTE POVERA. 185 ELEMENTOS DA LINGUAGEM VISUAL. Parte 1/2.
106 O CUBISMO. 146 O MINIMALISMO. 186 ELEMENTOS DA LINGUAGEM VISUAL. Parte 2/2.
107 AS FASES DO CUBISMO. 147 OS PRINCIPAIS ARTISTAS MINIMALISTAS. 187 EXERCÍCIO INTERPRETATIVO DE ARTE I.
108 OS PRINCIPAIS ARTISTAS CUBISTAS. 148 CONHECENDO O ARTISTA: SOL LEWITT E SUA OBRA MINIMALISTA. 188 EXERCÍCIO INTERPRETATIVO DE ARTE II.
109 RESUMÃO: O CUBISMO. 149 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: OBJETO MINIMALISTA. 189 CONHECENDO O ARTISTA: JORGE SELARÓN E SUA OBRA.
110 CONHECENDO A OBRA: “LES DEMOISELLES D´AVIGNON”, DE PABLO PICASSO. 150 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: MOBILIÁRIO MINIMALISTA. 190 CONHECENDO O ARTISTA: ALEX FLEMMING E SUA OBRA.
111 CONHECENDO O ARTISTA: PABLO PICASSO E O CACHORRO LUMP. 151 O HIPER-REALISMO. 191 A ORIGEM DOS TURBANTES: HERANÇA CULTURAL AFRICANA.
112 EXERCÍCIOS INTERPRETATIVOS SOBRE O CUBISMO. 152 EXERCÍCIO PRÁTICO DE DESENHO: GRAFITE E O HIPERREALISMO. 192 EXERCÍCIO ARTÍSTICO SOBRE A POP ART: ROSTO POP.
113 O ABSTRACIONISMO. 153 LAND ART. 193 EXERCÍCIO PRÁTICO SOBRE SOMBRA E VOLUME NO DESENHO.
114 ABSTRACIONISMO INFORMAL E O ABSTRACIONISMO GEOMÉTRICO. 154 CONHECENDO OS ARTISTAS: CHRISTO E JEANNE-CLAUDE – LAND ART. 194 APRECIAÇÃO MUSICAL: “TREM-BALA”, DE ANA VILELA.
115 CONHECENDO O ARTISTA: WASSILY KANDINSKY E A MÚSICA. 155 STREET ART – ARTE URBANA. 195 BANCO DE EXERCÍCIOS SOBRE ARTE: ENEM – Parte 1.
116 O ABSTRACIONISMO BRASILEIRO E SEUS ARTISTAS. 156 AS FORMAS DE EXPRESSÃO DA STREET ART. 196 BANCO DE EXERCÍCIOS SOBRE ARTE: ENEM – Parte 2.
117 O DADAÍSMO. 157 EXERCÍCIO PRÁTICO DE APLICAÇÃO DE COR NO GRAFITE. 197 BANCO DE EXERCÍCIOS SOBRE ARTE: ENEM – Parte 3.
118 PRINCIPAIS ARTISTAS DO DADAÍSMO NO MUNDO. 158 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: SE EXPRESSANDO PELO ESTÊNCIL. 198 BANCO DE EXERCÍCIOS SOBRE ARTE: ENEM – Parte 4.
119 SEGUINDO A RECEITA DE TRISTAN TZARA: COMO SER DADAÍSTA. 159 PRÁTICA DE DESENHO EM QUADRANTES. 199 BANCO DE EXERCÍCIOS SOBRE ARTE: ENEM – Parte 5.
120 RESUMÃO: O DADAÍSMO. 160 EXERCÍCIO INTERPRETATIVO: A ARTE E SUA INTELECTUALIDADE. 200 EXERCÍCIO PRÁTICO DE DESENHO DE OBSERVAÇÃO: O VOLUME GEOMÉTRICO.
121 INTERVENÇÃO DADAÍSTA NA “MONALISA”, DE LEONARDO DA VINCI. 161 EXPLORANDO SABERES: LINHAS E HACHURAS.
122 O SURREALISMO. 162 CONCEITUAÇÃO E EXPERIMENTAÇÃO SOBRE GRAFISMOS AFRICANOS.
123 CONHECENDO O ARTISTA: ANDRÉ BRETON E O SURREALISMO. 163 EXERCÍCIO PRÁTICO DE CRIAÇÃO DE GRAFISMOS AFRICANOS.
124 OS PRINCIPAIS ARTISTAS SURREAIS. 164 O PONTO E A LINHA NAS DIFERENTES ARTES.
125 ANDRE MASSON E O DESENHO AUTOMÁTICO. 165 EXERCÍCIO PRÁTICO: CRIANDO UM SAMPLER.
126 EXERCÍCIO PRÁTICO A PARTIR DA POÉTICA DE PAUL KLEE. 166 CONSTRUINDO UMA MANDALA DE ARGILA.
127 RESUMÃO: O SURREALISMO. 167 ANÁLISEDA OBRA: “COMPOSIÇÃO VIII”, DE WASSILY KANDINSKY.
128 AS TÉCNICAS ARTÍSTICAS DO SURREALISMO. 168 A REPRESENTAÇÃO HUMANA NA HISTÓRIA DA ARTE.
129 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: O AUTOMATISMO SURREALISTA. 169 EXERCÍCIO DE ANÁLISE E OBSERVAÇÃO.
130 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: FROTTAGE SURREALISTA. 170 O AUTORRETRATO.
131 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: DECALCOMANIA SURREALISTA. 171 A XILOGRAVURA.
132 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: CADAVRE EXQUIS SURREALISTA. 172 EXPERIMENTAÇÃO POÉTICA: LITERATURA DE CORDEL.
133 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: OBJET TROUVÉ SURREALISTA. 173 A DANÇA: O CORPO SE MOVIMENTANDO.
134 A OP ART: ÓPTCAL ART. 174 A ORIGEM DO BALÉ CLÁSSICO.
135 OS PRINCIPAIS ARTISTAS DA OP-ART. 175 EXERCÍCIO DE INTERPRETAÇÃO SOBRE A DANÇA.
136 RESUMÃO: OP ART. 176 EXERCÍCIO DE LEITURA DE IMAGEM: O BREAK DANCE.
137 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: UMA OBRA DA OP ART. 177 PESQUISA SOBRE AS DANÇAS BRASILEIRAS.
138 CONHECENDO O ARTISTA: ALEXANDER CALDER E SEUS MÓBILES. 178 AS INFLUÊNCIAS INDÍGENA E AFRICANA NA ARTE DO BRASIL.
139 POP ART. 179 AS INFLUÊNCIAS AFRICANAS NA ARTE DO BRASIL.
140 OS PRINCIPAIS ARTISTAS DA POP ART. 180 ARTE INDÍGENA E AFRICANA: EXERCÍCIOS DE INTERPRETAÇÃO.
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00 – IDEIAS PARA NOVOS ASSUNTOS. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
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01 - A ORIGEM DA ARTE NA HISTÓRIA DO MUNDO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
As pinturas a seguir são feitas em paredes, elas
retratam cenas do cotidiano, mas milhares de anos
as separam.
Mesmo que não houvesse legenda nas fotos, com
certeza saberíamos dizer qual é a pintura pré-
histórica e qual é a pintura do final do século XX. Um
artista pré-histórico jamais poderia pintar um painel
com uma moça de saia com um regador, assim
como um artista contemporâneo só conhece a
pintura rupestre com seus animais por que,
provavelmente, estudou para tal finalidade. Além
disso, os materiais utilizados também evidenciam
tempos diferentes. Na Pré-História não existia o
spray nem as tintas látex e acrílica, usadas pelos
grafiteiros. As tintas utilizadas eram retiradas da
natureza. A arte é fiel testemunha da história
construída pelo homem. Ao esculpir, pintar e
desenhar, um artista retrata a sua realidade. Os
acontecimentos políticos, econômicos, sociais
influenciam a sua criação.
Observe as imagens a seguir:
Praticar a arte – Retratando a sua realidade: Selecione em jornais e revistas ou imagens impressas da
internet, fotos que retratem o maior número de fatos da atualidade (foto de pessoas trabalhando,
passeando, etc.). Faça, em seu caderno de arte ou em uma folha avulsa uma colagem com essas imagens. Se
desejar realizar essa tarefa em grupo, use uma cartolina ou outro tipo de papel como base para a exposição.
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02 – AS PRIMEIRAS MANIFESTAÇÕES DA ARTE. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Os primeiros artistas da humanidade foram os
homens da Pré-História. Eles viviam em pequenos
grupos e eram nômades, não tinham lugar fixo para
habitar. Alimentavam-se da caça, da pesca e da
colheita de frutos. Dois fatos foram muito
importantes nesse período: o homem aprendeu a
fazer o fogo, com o qual se aquecia e afugentava os
animais, e a utilizar pedras lascadas, com as quais
faziam ferramentas para caçar, lutar e até desenhar
nas paredes das cavernas. Por isso essa fase da Pré-
História é chamada de Período da Pedra Lascada ou
Paleolítico.
Mesmo construindo um instrumento, o homem
primitivo importava-se com a forma e a beleza das
peças. O homem pré-histórico se abrigava em
cavernas e em cabanas feitas com ossos e paus, com
o teto de pele de animais e folhas de árvores. É nas
cavernas que encontramos as primeiras pinturas
realizadas pelo homem. São desenhos de ursos,
cavalos, veados, bisões etc.
É desconhecido o motivo pelo qual os homens pré-
históricos desenhavam nas paredes das cavernas. A
teoria mais aceita é a de que esses desenhos eram
feitos por caçadores. Tudo o que conseguissem
desenhar poderiam dominar, ou seja, num sentido
mágico, eles poderiam interferir na captura de um
animal desenhando-o ferido mortalmente, podendo,
dessa forma, dominá-lo com facilidade.
Assim, as pinturas eram
representações da natureza,
tudo para garantir uma boa
caçada e a sobrevivência. Para
pintar, o homem produzia suas
próprias tintas misturando terra
com carvão, sangue e gorduras
de animais. Utilizava os dedos e,
alguns pincéis rústicos como
pedaços de madeira e penas de
animais.
Também eram muito
importantes para o
homem da Pré-História
garantir a continuidade de
sua espécie. Demonstrava
esse sentimento
esculpindo figuras
femininas em pedra ou
marfim com formas bem
avantajadas: seios, quadris
e ventres enormes, por
que era importante a
fertilidade. Essas
esculturas são chamadas
de “Vênus”
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03 – A EXPRESSÃO DA ARTE PRÉ-HISTÓRICA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
A arte mágica: pode-se dizer que a arte começou
com os europeus do Paleolítico Superior e isso
refletia o nível que sua cultura tinha alcançado. As
pinturas e gravações em pedra que deixaram são
tão meticulosas que só se pode tirar uma conclusão:
foram feitas por artistas experimentados, homens
que podiam dispor de tempo, não só para caçar. Sua
arte parece ter sido uma intenção mágica. Algumas
das cavernas em que seus trabalhos foram
encontrados, na França e na Espanha, eram
inegavelmente santuários, acessíveis apenas para
alguns privilegiados, que ali trabalhavam em
benefício de todos. As pinturas, em sua maioria,
representam animais migratórios, como o cavalo e a
rena, animais de manada, como o auroque e o
bisão, ou carnívoros, como o leão e o urso. Todos
eles estiveram ligados de algum modo à vida do
homem do Paleolítico, como fonte de alimentos, ou
como objeto de veneração. Reproduzindo esses
animais nas paredes e nos tetos das cavernas,
parece que esses artistas estavam tentando
“dominá-los”, garantindo sua fertilidade e tornando-
os vulneráveis.
Praticar a arte: O homem da Pré-História pintou nas paredes das cavernas seus sentimentos e suas
necessidades. No espaço a seguir, desenhe algo que expresse um grande desejo seu, como se em um passe
de mágica você pudesse realiza-lo. Use lápis de cor, canetinhas ou giz de cera. Aplique as cores que desejar.
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04 – ESTUDANDO A LINHA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Observe a imagem a seguir:
Os elementos visuais básicos para a elaboração de
um desenho são a linha, o traço, as cores e as
forma. Observe atentamente a imagem e procure
perceber como esses elementos estão presentes
nessa obra.
A linha é a junção ou a
sequencia de vários
pontos; ela pode ser
reta, curva, fina, grossa,
enfim, são inúmeras as
configurações possíveis
que ela pode assumir.
São as linhas que
definem as formas
essenciais de uma
figura, e o artista Paul
Klee soube usá-las com
maestria. Segundo ele,
desenhar é levar uma
linha para passear.
Interprete a obra com os seus colegas e transcreva
suas respostas:
a) Analisando o traçado da imagem, como você
imaginaque o artista Paul Klee tenha feito esse
desenho?
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b) Quantas linhas, ou sequencia de linhas, foram
utilizadas para compor a imagem?
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Podemos traças linhas com espessuras e formas
distintas para elaborar desenhos, criar efeitos e
simular texturas e volume.
Para criar formar, utilizamos as linhas ou os traços.
As linhas podem ser de vários tipos:
Padrões de preenchimento: O preenchimento de
formas pode ser feito com padrões de texturas ou de
cor. Alguns padrões recorrentes são hachuras, a
monocromia e a policromia.
x Hachuras: Composição de linhas
em várias direções que criam
uma escala de tons ou textura.
x Monocromia: Composição que
emprega a escala tonal de uma
única cor como forma de
preenchimento.
x Policromia: Composição que
emprega duas ou mais cores
como forma de preenchimento.
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05 – CONHECENDO O ARTISTA: PAUL KLEE. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Paul Klee (1879-1940) nasceu
na Suíça, mas naturalizou-se
alemão. Foi pintor, músico e
poeta. Filho de música
interessou-se primeiramente
por essa arte, tocando violino,
e na adolescência, seguiu o
rumo das artes visuais. Klee
estudou na Academia de
Belas Artes de Munique, onde
conheceu o pintor russo
Wassily Kandinsky (1866-
1944), pioneiro da pintura
abstrata, com quem
estabeleceu forte amizade e
parceria. O estilo e a obra de
Klee foram influenciados pelo
Expressionismo, pelo Cubismo
e pelo Surrealismo. Klee foi
um excelente desenhista, e
seu interesse pelas cores
levou-o a realizar diversos
experimentos e dominar essa
teoria. Além de se um dos
artistas mais importantes da
primeira metade do século XX
foi reverenciado por sua
reflexão teórica.
Praticar a arte: Escolha uma das obras de arte feitas por Paul Klee ao lado para você produzir uma releitura.
Pratique suas habilidades em desenho e aplique as cores que desejar. Preencha a ficha técnica da sua obra.
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06 – ASSINANDO A OBRA COM AS MÃOS: ARTE RUPESTRE. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Observe o detalhe da imagem a seguir:
Veja que na parte de cima do desenho do
cavalo existe o desenho de uma das mãos
do homem pré-histórico. Nela ele usou a
própria mão como se fosse um molde e a
contornou com tinta.
É como se o homem estivesse assinando
a sua obra de arte. Você também pode
usar a técnica da pintura com o uso de
moldes.
Praticar a arte 1: Crie moldes, desenho-os em cartolina ou
em outro papel e recorte-os.
Praticar a arte 2: Pintura em camiseta utilizando moldes.
Siga as orientações a seguir para produzir sua estampa.
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07 – O NASCIMENTO DA ARQUITETURA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Aos poucos, o homem descobre
como plantar e domesticar os
animais, alterando
completamente a sua vida. Ele
não precisa mais viajar em
busca de alimentos e passa a
fixar-se em regiões à beira dos
rios.
Dessa forma, surgem as primeiras aldeias e a divisão
das tarefas diárias. Os homens caçam e constroem
abrigos (casas de madeira e barro) e as mulheres
plantam e realizam trabalhos artesanais, como a
cerâmica (peças feitas manualmente com argila e
usadas para transportar grãos e utensílios
domésticos feitos com madeira e osso) e a
tecelagem, feita d elã de carneiros.
Se por um lado, a
sobrevivência diária é
garantida pela agricultura e
criação de animais, por outro,
o homem continua a se
preocupar com as forças da
natureza, como a chuva, o sol,
o eclipse e com a morte.
Estimulado por essas
preocupações, o artista da
Pré-História constrói menires
que são blocos de pedra
fincados no chão e dólmenes,
que são menires com uma
pedra apoiada em cima como
uma mesa gigante. Essas
construções são consideradas
cemitérios ou, no caso de
Stonehenge, na Inglaterra, um
monumento ao sol.
As aldeias começam a
crescer e torna-se
necessário que cada
uma delas defenda seu
território. As armas
passam a ser mais
estruturadas e o homem
deixa de lascar as pedras
e passa a poli-las
mediante atrito, daí esse
período denominado de
Período da Pedra Polida
ou Neolítico.
Provavelmente, da mesma forma que o homem
observou que ao redor do fogo o barro endurecia e
assim descobriu como fazer peças de cerâmicas, ele
agora observa que certas pedras derretem na
fogueira. Descobre a metalurgia (fundição de
metais) e usa essa novidade para confeccionar
armas mais resistentes e perigosas. Historicamente,
têm-se a Idade dos Metais, que compreende o
Período do Cobre, o Período do Bronze e o Período
do Ferro. Com a utilização dos metais, o homem
desenvolveu técnicas e aperfeiçoou seus
instrumentos e métodos agrícolas. Aos poucos, as
aldeias passaram a produzir mais, gerando assim
excedentes que eram trocados por produtos de
aldeias vizinhas. Muitas dessas aldeias iriam se
transformar em cidades e civilizações conhecidas.
Praticar a arte: Diante das informações históricas
vistas, responda as perguntas interpretativas a seguir:
a) O que fez o homem pré-histórico deixar de ser
nômade e fixar moradia?
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
b) Como é o processo de adaptação do homem pré-
histórico nômade para o homem de moradia fixa?
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
c) Quais fatores levaram o homem pré-histórico
construir suas primeiras moradias e como elas
eram?
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
d) Como se chamavam as primeiras construções feitas
pelos homens da pré-história?
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
e) Como surgiram as primeiras armas e as primeiras
ferramentas de pedra polida?
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
f) Em sua opinião, o processo evolutivo do homem
pré-histórico foi necessário para chegarmos aos dias
atuais? Justifique.
___________________________________________
___________________________________________
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08 – REGISTRANDO OS ACONTECIMENTOS DA VIDA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Praticar a arte: Observe a cena a seguir:
Com certeza você
entendeu a história
acima apenas
olhando para os
desenhos. Agora,
procure lembrar um
acontecimento
importante da sua
vida. Crie
personagens que
representem você e
outras pessoas
envolvidas nesse
acontecimento e,
usando apenas
desenhos, conte sua
história.E-book licenciado para Morgana de Morais Falcão morgana.falcao43@gmail.com CPF: 15663495835
O9 – RESUMÃO: A ARTE NA PRÉ-HISTÓRIA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
A arte na Pré-História foi
produzida, principalmente,
durante os períodos
Paleolítico e Neolítico.
Destacam-se as pinturas
rupestres e as construções
megalíticas.
Quando se fala em arte na Pré-História, estamos falando da
produção vista como artística na Pré-História, isto é, durante
os períodos Paleolítico, Neolítico e Idade dos Metais. Em geral,
compreende pinturas realizadas em cavernas, gravuras
esculpidas em rochas, esculturas, estatuetas etc. Para facilitar
sua compreensão a respeito do assunto, é importante
considerarmos que os três períodos citados e que são
considerados como parte da Pré-História são:
x Paleolítico: período que compreende de 2.5 milhões de
anos atrás a 10.000 a.C.
x Neolítico: período que se estende de 10.000 a.C. até 5.000
a.C.
x Idade dos Metais: período que se estende de 5.000 a 3.500
a.C.
A arte na Pré-História manifestou-se de diferentes formas. A
intenção dessas obras é alvo de grande debate pelos
especialistas. As motivações mais comumente mencionadas
são que as populações pré-históricas faziam esses registros
como forma de:
x Registrar o cotidiano apenas por registrar. Nesse caso, o
registro artístico seria no sentido “a arte pela arte”.
x Registrar com fins ritualísticos de criar uma conexão do
homem com a natureza.
Outra observação importante é que as
extensões de cada período em todo o
planeta são bastante distintas. Neste texto,
optamos por colocar a datação clássica,
mas os avanços e desenvolvimentos no
estilo de vida humana foram distintos nos
diferentes locais do planeta. Sendo assim,
houve locais em que o avanço que
caracterizou as diferenças de uma era para
outra foi bastante rápido e outros em que
os avanços foram lentos.
No caso do Paleolítico, o grande destaque são as pinturas
rupestres, que são as gravuras desenhadas nas paredes de
cavernas. Os especialistas acreditam que as pinturas rupestres
tenham surgido aproximadamente há 40 mil anos em grupos
humanos que já possuíam domínio do fogo e tinham acesso a
ferramentas produzidas por meio da lascagem de pedra. Essa
arte, em geral, mostra o homem em meio a grandes grupos de
animais, representando, principalmente, cenas de caçadas,
mas também retrata outras cenas do cotidiano humano.
Os especialistas falam que a arte rupestre
utilizava materiais como terra, carvão,
sangue, flores etc. Os principais exemplos
dessa arte são encontrados na Caverna
de Chauvet e Lascaux, na França, mas
também estão em outros locais, como
Espanha, Austrália, Argentina etc. Aqui no
Brasil o grande centro de arte rupestre
fica na Serra da Capivara, no Piauí.
Não há registro somente de arte rupestre no Paleolítico, pois
existem também pequenas esculturas que foram produzidas
nesse período. Nesse caso, o grande destaque são as
estatuetas de Vênus, produzidas entre 40.000 a.C. e 10.000
a.C. Essas estatuetas conhecidas como Vênus reproduzem
sempre um corpo feminino nu com formas bastante
voluptuosas, destacando-se os seios grandes e os quadris
largos.
Essas esculturas são entendidas pelos
especialistas como um registro relacionado
com um culto à fertilidade, o qual pode estar
associado como uma divindade conhecida
como Deusa Mãe. A estatueta Vênus mais
conhecida é a Vênus de Willendorf,
localizada na Áustria e que tem
aproximadamente 25 mil anos de existência.
O período Neolítico apresenta grandes transformações e
avanços em relação ao Paleolítico – embora de modo não
uniforme. Esses avanços podem ser destacados,
principalmente, pela sedentarização do homem por meio do
domínio das técnicas agrícolas e da domesticação dos animais.
Isso permitiu que o homem
desenvolvesse novas ferramentas,
que trouxeram melhoria para a sua
vida. Um dos grandes avanços do
Neolítico está relacionado com as
construções, uma vez que pouco a
pouco o homem foi desenvolvendo
habilidades arquitetônicas.
Esses avanços refletiram-se diretamente na construção dos
monumentos megalíticos, isto é, enormes complexos feitos por
um amontoado de grandes rochas. Esses monumentos são
encontrados em diferentes partes do mundo e estão diretamente
relacionados com a necessidade do homem de criar registros em
homenagem aos seus antepassados.
Podem também ter relação com a
marcação do tempo ou com a
observação dos astros. As
estruturas megalíticas mais
conhecidas são Stonehenge, na
Inglaterra, e o Cromeleque dos
Almendres, localizado em Portugal.
Apesar disso, já foram localizadas
estruturas do tipo em diferentes
locais, como Irlanda, Itália, Egito,
Turquia etc.
No caso do Brasil,
existem algumas
produções de arte pré-
histórica localizadas em
alguns estados, como
Piauí, Paraíba, Mato
Grosso e Santa Catarina.
O grande destaque são as
pinturas rupestres
encontradas na Serra da
Capivara, no estado do
Piauí, que abriga mais de
100 pinturas rupestres
que retratam cenas de
caça, guerra, sexo etc.
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10 – A ARTE DA MESOPOTÂMIA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Veja as figuras a seguir:
As figuras mostram o estandarte de Ur, espécie de
história em quadrinhos da Antiguidade. A primeira
mostra uma cena de guerra e a segunda, uma cena
de paz, a preparação do banquete da vitória. O
estandarte de Ur foi feito pelos sumérios, povo que
habitou a Mesopotâmia por volta de 3.200 e 2.900
a.C. A Mesopotâmia é a região compreendida entre
os rios Tigre e Eufrates.
Os sumérios criaram a
escrita cuneiforme e
edificaram zigurates que
são construções em
forma de pirâmide com
diversos andares, no
topo dessas construções
tinha um templo cujo
acesso era feito por
escadarias.
Muitos foram os povos que habitaram a
Mesopotâmia: sumérios, acádios, assírios,
babilônicos, hebreus, caldeus. Por ser um lugar de
terras muito férteis, esses povos vieram para a
Mesopotâmia em busca de um bom lugar para
morar, e cada um trouxe seus costumes, sua cultura,
sua religião, sua hierarquia social e sua política.
Muitas vezes aconteciam guerras entre eles pelo
domínio da terra. Além das criações das escritas e
das construções, os sumérios costumavam
representar seu cotidiano em paredes, placas de
pedras ou argila, chamadas de estelas.
Também a escultura nos mostra um pouco da arte na
Mesopotâmia:
A arte mesopotâmica muito nos ensina sobre os povos
que viveram na região. Da arquitetura pouco nos
restou devido à dificuldade de se encontrar pedras na
região, as construções eram feitas em tijolos
preparados com argila crua e secados ao sol. Dessa
forma, além de serem muito frágeis havia muitas
guerras de conquistas por outros povos e sempre havia
destruições. As ruínas da cidade de Persépolis são um
dos poucos exemplares que nos restam.
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11 – EXERCÍCIOS DE INTERPRETAÇÃO: ARTE PRÉ-HISTÓRIA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
1. A pintura rupestre a seguir, que é um patrimônio
cultural brasileiro, expressa:
a) O conflito entre os povos indígenas e os
europeus durante o processo de colonização
do Brasil.
b) A organização social e política de um povo
indígena e a hierarquia entre seus membros.
c) Aspectos da vida cotidiana de grupos que
viveram durante a chamada pré-história do
Brasil. *
d) Os rituais que envolvem sacrifícios de grandes
dinossauros atualmente extintos.
2. Gravuras e pinturas são duas
modalidades da prática
gráfica rupestre, feitas com
recursos técnicos diferentes.
Existem vastas áreas nas
quais há dominância de uma
ou outratécnica no Brasil, o
que não impede que ambas
coexistam no mesmo espaço.
Mas em todas as regiões há
mãos, pés, antropomorfos e
zoomorfos.
Os grafismos realizados em blocos ou paredes
foram gravados por meio de diversos recursos:
picoteamento, entalhes e raspados. Nas figuras
que representam a arte da pré-história brasileira
e estão localizadas no sítio arqueológico da Serra
da Capivara, estado do Piauí, e, com base no
texto, identificam-se:
a) Imagens do cotidiano que sugerem caçadas,
danças, manifestações rituais. *
b) Cenas nas quais prevalece o grafismo
entalhado em superfícies previamente polidas.
c) Aspectos recentes, cujo procedimento de
datação indica o recuo das cronologias da
prática pré-histórica.
d) Situações ilusórias na reconstituição da pré-
história, pois se localizam em ambientes
degradados.
e) Grafismos rupestres que comprovam que
foram realizados por pessoas com
sensibilidade estética.
3. O Geopark Araripe (Nova Olinda-CE) guarda
resquícios de uma importante tribo pré-
histórica que habitou no sul do Ceará. Os Cariris
deixaram diversas marcas da sua passagem pelo
Ceará e constituem importante fonte de
estudos das tribos antigas. Grupos que
habitaram o Piauí, Minas Gerais e norte do País,
também deixaram suas marcas. Quanto aos
estilos dessa pintura, destacam-se dois estilos
básicos:
a) A geométrica e a naturalista. *
b) A funcional e a estética.
c) A indígena e a africana.
d) A religiosa e a secular.
e) A pintura e a escultura.
4. O período conhecido como “Pedra Lascada”
guardou impressões de como poderia ter sido as
expressões artísticas dos povos que viveram
nessa época (Como na imagem da mão em
negativo). A arte produzida durante o
Paleolítico é chamada de:
a) Funcional
b) Expressiva
c) Religiosa
d) Naturalista*
e) Abstrata
5. Não se sabe, com exatidão, as razões para que o
homem primitivo fizesse desenhos nas paredes
das cavernas. Um das teorias mais aceitas sobre
tais razões é que:
a) Havia necessidade de decorar suas casas, já
que eles moravam nessas cavernas.
b) Possa ser um código linguístico complexo,
ainda não traduzido pelo pesquisador
moderno.
c) Podem ser expressões de arte popular,
semelhante ao praticado por artistas
modernos de arte urbana.
d) Possa ser trabalho de adolescentes pré-
históricos, estudando as primeiras técnicas
de desenho.
e) Tenham sido utilizadas em rituais religiosos
ou de caça, ou ainda gravação de cenas
cotidianas.*
6. O neolítico se caracterizou pela produção de
armas e utensílios afiando-se as pedras ao invés
de quebra-las. Daí o termo pedra polida. Não é,
porém, uma característica desse período:
a) Fixação das comunidades, antes nômades.
b) Divisão do trabalho.
c) Construção dos primeiros templos religiosos,
pirâmides e mausoléus.*
d) Criação de animais.
e) Surgimento da cerâmica e tecelagem.
7. Em relação ao que chamamos de arte, no
período neolítico, temos como principal
característica:
a) A busca pela apreensão do movimento e
descoberta dos metais.*
b) Desenhos detalhados com muitas cores.
c) Surgimento de uma escrita rudimentar
conhecida como hieróglifos.
d) Traços fortes e vigorosos, representando os
animais que temiam.
e) Confecção de estatuetas como a “Vênus de
Willendorf”.
8. Temos dois exemplos de esculturas pré-
históricas. Uma estatueta da idade do metal,
uma estatueta de 11 cm encontrada na Áustria,
em 1908, pelo arqueólogo Josef Szombathy. Esta
última é famosa entre os estudiosos e ficou
conhecida como:
a) Vênus de Milo.
b) Vênus de Willendorf.*
c) Gordinha pré-histórica.
d) Ártemis de Milo.
e) Ártemis de Willendorf.
9. Em várias grutas pré-históricas, ricamente
decoradas, foram encontradas pinturas
retratando cenas de caça, ou animais como o
cavalo e o bisão. Assim é a arte rupestre
comumente feita sobre a pedra que pode
também ser encontrada em incisões em ossos e
madeira. As pinturas e as incisões rupestres
surgiram no período:
a) Glacial.
b) Paleolítico.*
c) Mesolítico.
d) Neolítico.
10. A imagem abaixo
mostra os
vestígios do
monumento de
Stonehenge,
localizado nas
imediações do
município inglês
de Wiltshire:
Sobre o Stonehenge, podemos afirmar que:
a) É formado apenas por menires, sem nenhum
trílito.
b) É formado por menires e trílitos.*
c) É um círculo de menires.
d) É uma construção datada do século I a.C.
e) É uma construção datada do século III d.C.
11. A religiosidade é um item de bastante
relevância no estudo da arte na pré-história.
Que alternativa abaixo marca CORRETAMENTE
fatos que atestam esta realidade?
a) As pinturas serviam de decoração das
cavernas para os deuses.
b) Os homens pintavam sobre um forte caráter
ritualístico.*
c) Era sim parte de um processo de magia para
interferir na captura de pessoas.
d) Havia-se a intenção imediata do artista em
criar uma arte decorativa e religiosa.
12. A técnica bastante usada pelos artistas pré-
históricos através de pó colorido soprado por
um canudo denomina-se:
a) Cerca Grande.
b) Mãos grandes.
c) Mãos em negativo.*
d) Várzea Grande.
13. Eram usados como pigmentos na arte pré-
histórica:
a) Tinta guache e Sangue de animais.
b) Cera e Sumo de flores.
c) Sangue e carvão.
d) Pedras e giz.
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12 - EXERCÍCIOS DE INTERPRETAÇÃO: ARTE MESOPOTÂMICA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
1. Quais os principais povos da Antiguidade
habitaram a região da Mesopotâmia?
a) Egípcios, gregos, romanos e hunos.
b) Babilônicos, assírios, sumérios, caldeus,
amoritas e acádios.*
c) Visigodos, burgúndios, ostrogodos e
vândalos.
d) Hebreus, hititas e egípcios.
2. As figuras abaixo mostram uma espécie de
história em quadrinhos da antiguidade. A 1ª
mostra uma cena de guerra e a 2ª uma de paz.
Estas figuras representam um tipo de arte da
cultura:
a) Grega.
b) Mesopotâmia.*
c) Egípcia.
d) Romana.
3. Os sumérios, povo antigo que
habitou a Mesopotâmia,
destacaram-se na construção
de zigurates. O que eram estes
zigurates?
a) Palácios onde viviam os reis e toda nobreza do
povo sumério.
b) Canais de irrigação construídos nas margens
dos rios Tigre e Eufrates.
c) Construções em formato de pirâmides, que
eram usadas como locais de armazenagem de
gêneros agrícolas e também como templos
religiosos.*
d) Torres de pedra construídas para proteger as
cidades sumérias.
4. Pintura e escultura mesopotâmica mostram:
a) Emoção e religiosidade.
b) Simetria e cores neutras.
c) Ação e religiosidade.
d) Rigidez, pobre e de baixo
relevo.*
e) Dramaticidade e movimento.
5. Um dos povos que habitaram a Mesopotâmia
na Antiguidade foram os Assírios. Qual das
alternativas abaixo aponta características deste
povo?
a) Tinha na guerra sua principal atividade.
Agiam de forma extremamente cruel nas
guerras e impunham castigos severos aos
derrotados.*
b) Gostavam muito de arte e, portanto,
destacaram-se pela construção de escolas de
arte por toda Mesopotâmia.
c) Eram excelentes comerciantes, mantendo
relações mercantis com gregos, egípcios e
hebreus.
d) Buscava de forma pacífica unir todos os
povos da Mesopotâmia em prol de melhores
condições de vida para todos.
6. A região da Mesopotâmia ocupa lugar central
na história da humanidade. Na Antiguidade, foi
berço da civilização sumeriana devido ao fato
de:
a) Ser ponto de confluência de rotas comerciais
de povos de diversas culturas.
b) Ter um subsolo rico em minérios,
possibilitando o salto tecnológico da idade da
pedra para a idade dos metais.
c) Apresentar um relevo peculiar e favorável ao
isolamento necessário para o crescimento
socioeconômico.
d) Possuir uma área agricultável extensa,
favorecida pelos rios Tigre e Eufrates.*
e) Abrigar um sistemahidrográfico ideal para a
locomoção de pessoas e apropriado para
desenvolvimento comercial.
7. A escrita cuneiforme dos mesopotâmios,
utilizada principalmente em seus documentos
religiosos e civis, era:
a) Semelhante em seu desenho à escrita dos
egípcios.
b) Composta exclusivamente de sinais lineares e
traços verticais.
c) Uma representação figurada evocando a
coisa ou o ser.*
d) Baseada em agrupamentos de letras
formando sílabas.
e) Uma tentativa de representar os fonemas
por meio de sinais.
8. Escolha a alternativa que define o que é uma
“estela mesopotâmica”:
a) Trata-se de um monumento comemorativo
que se levanta sobre o solo à semelhança de
um pedestal ou de uma lápide.
b) Na estela, alguns povos da antiguidade
costumavam escrever símbolos, sinais, figuras
ou textos que explicavam a razão da
construção.
c) A Estela de Mesa (igualmente conhecida como
Pedra Moabita), a Estela de Mernepta (Estela
de Israel) e as estelas cântabras são alguns
exemplos deste tipo de monumentos.
d) Todas as alternativas estão corretas.*
9. O que era o Código de Hamurabi, criado na
Babilônia?
a) Conjunto de leis que organizava o comércio
na região da Mesopotâmia.
b) Conjunto de leis e regras sociais criadas pelos
assírios, cujo objetivo era educar a população
mesopotâmica.
c) Conjunto de leis criado pelo rei Hamurabi que
definia punições severas a quem cometesse
crimes. Tinha como base a lei de talião: “olho
por olho, dente por dente”. *
d) Conjunto de leis criado por Nabucodonosor II,
que tinha como objetivo principal cobrar
impostos da população e punir os
sonegadores.
10. As sociedades da Antiguidade Oriental tiveram
práticas sociais com influências marcantes das
religiões e inventaram outras formas de
conhecer o mundo. Na Mesopotâmia,
ocorreu/ocorreram:
a) O predomínio de castas sacerdotais poderosas,
mas que criticavam o poder existente e
combatiam as superstições.
b) Expressões artísticas pouco originais,
direcionadas só para admiração dos deuses e
das forças da natureza.
c) O uso da escrita cuneiforme, a descoberta do
uso da raiz quadrada e a crença na ação de
espíritos malignos causadores de doenças.*
d) A crença em deuses antropomórficos,
oniscientes e eternos que não eram adorados
em templos.
11. Se um arquiteto constrói uma casa para alguém,
porém não a faz sólida, resultando daí que a
casa venha a ruir e matar o proprietário, este
arquiteto é passível de morte. – “Se, ao
desmoronar, ela mata o filho do proprietário,
matar-se-á o filho deste arquiteto." O preceito
legal anterior pertence ao seguinte Código:
a) Corpus Juris Civilis.
b) Código de Hamurabi.
c) Código de Direito Canônico.
d) Código Napoleônico.
12. Foram os povos que habitavam a Mesopotâmia
que desenvolveram uma das mais antigas
formas de escrita, usada para registrar seus
bens e as transações comerciais. Sobre a escrita
desenvolvida por esses povos, é CORRETO
afirmar:
a) A escrita foi desenvolvida na região pelos medos,
sendo utilizada também por outros povos.
b) Os escribas usavam um estilete para desenhar as
letras nas tábuas de madeira.
c) A escrita mesopotâmica foi chamada de
cuneiforme porque era feita de sinais que
tinham a forma de cunha, e os escribas usavam
um estilete para desenhar as letras nas tábuas de
argila.*
d) A escrita cuneiforme, inicialmente, representava
sons, como na nossa voz e eram escritas em
tecidos.
e) Os mesopotâmios não sabiam utilizar a escrita.
13. A Mesopotâmia é considerada o berço da
civilização por que:
a) Foi a primeira civilização que descobriu
instrumentos importantes para o advento da
medicina.
b) Foi a primeira civilização a praticar a agricultura,
o principal produto era a cana de açúcar.
c) Foi a primeira civilização da História, era
constituída de povos nômades que viajavam em
busca de alimento.
d) Foi a primeira civilização a praticar a agricultura,
o principal produto era o café.
e) Foi a primeira civilização sedentária, e isso
permitiu o surgimento das cidades, foi também
primeira a utilizar o sistema de escrita,
matemática e astronomia.*
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13 – A ARTE NO EGITO – INTRODUÇÃO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Mas outros povos também
se desenvolviam ao mesmo
tempo em que os povos
que habitavam a
Mesopotâmia. Observe a
imagem ao lado:
Olhando a foto vemos as pirâmides do Egito. Até
hoje elas e toda a história do Egito com todos os
seus mistérios nos encantam. A cultura egípcia se
desenvolveu as margens do rio Nilo, na mesma
época em que os povos da Mesopotâmia se
desenvolviam na região entre os rios Tigre e
Eufrates. Observe, no mapa, a localização dos rios
Tigre e Eufrates, na cultura mesopotâmica e o rio
Nilo, na cultura egípcia.
Através de pinturas,
relevos e anotações
existentes nas paredes
das ruínas de palácios,
túmulos, como as
pirâmides, hipogeus e
mastabas e templos
conhecemos a história
do Egito.
Os pequenos desenhos que
aparecem ao redor das pessoas
são as escritas egípcias. A esses
caracteres dá-se o nome de
hieróglifos. Dentre os povos da
Antiguidade, o egípcio foi um dos
mais desenvolvidos. Conhecia a
matemática, astronomia,
medicina, artes etc. Era
socialmente organizado em faraó,
considerado um deus, com
poderes totais, sacerdotes,
escribas, nobres, militares,
artesãos, camponeses e escravos.
Os egípcios eram extremamente
vaidosos, com conhecimento
profundo de cosmética. Tanto
homens quanto mulheres usavam
maquiagem e tinham cuidados com
o corpo e o cabelo. Eles dominavam
também as técnicas da ourivesaria e
produziam uma grande quantidade
de joias.
A arquitetura egípcia apresenta
proporções grandiosas. Nobres,
sacerdotes e faraós moravam
em palácios extremamente
luxuosos, mas a motivação
maior para a arte e a
arquitetura egípcia sempre foi a
religião.
Os egípcios eram
politeístas, esculpiam
imagens dos mais
variados deuses. E,
em homenagem a
esses deuses,
construíam templos
monumentais.
Eles acreditavam que continuariam a viver em
outro lugar depois da morte e, para isso, se
preparavam durante toda a vida. Os mais ricos
principalmente o faraó, construíam seus
próprios túmulos, como as pirâmides, as
mastabas e os hipogeus – labirintos
subterrâneos que escondiam ao máximo de
ladrões e saqueadores os objetos com os quais
o morto era enterrado. Havia também a
preparação dos enxovais funerários: objetos de
uso pessoal, joias, dinheiro, alimentos,
perfumes, vasos, estatuas, pois achavam que
na nova vida tudo isso lhes seria necessário.
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14 – A PINTURA EGÍPCIA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
A pintura egípcia apresenta
características muito
marcantes. Em relação às
cores, por exemplo,
predominam os tons
avermelhados semelhantes à
terra, o marrom, o preto e o
branco. Quanto ao desenho, a
lei da frontalidade aparece
em quase todas as pinturas.
Chamamos de lei da
frontalidade o hábito de se
desenhar os olhos e os ombros
das pessoas sempre de frente
para o observador, mesmo
que os pés e a cabeça estejam
de perfil. A preocupação era
mostrar cada parte do corpo
pelo ângulo mais
representativo.
Além de ser feita nas paredes, a pintura também era
realizada sobre uma folha de papiro (tipo de papel
usado pelos egípcios proveniente da planta com o
mesmo nome).
As esculturas possuem lugar de
destaque na arte egípcia. Elas
mostram faraós, rainhas, deuses,
escribas e todo o tipo de pessoa
sempre com rigidez na posição do
corpo e feição do rosto, e os
homens, com a cor da pele mais
escura, aparecendo sempre maiores
que as mulheres.
Há esculturas de todos os tamanhos feitas em
madeira,pedra, ouro e bronze.
A escultura egípcia antiga procurava representar os
deuses e os faraós para capacitar a população a vê-
los em suas formas físicas. Ela estava intimamente
ligada à arquitetura, que, por sua vez, voltava-se
para a construção de templos e de tumbas. As
paredes desses lugares eram revestidas com gesso e
entalhadas – um método mais fácil do que esculpir
na pedra. Nelas também se colocavam estátuas de
deuses, do falecido rei ou rainha, de funcionários
públicos, escribas e outros grupos. Além disso,
retratavam-se objetos menores de uso doméstico e
diário. As cenas das paredes das primeiras tumbas
egípcias apresentam atividades como caça, pesca e
ambientes agrícolas; atividades artísticas e
comerciais; tarefas domésticas etc. Tais relevos
mostram uma crença confiante no futuro como uma
espécie de extensão da vida presente.
Dentro da história da
arte é possível
considerar que a arte
produzida até os dias
atuais é fruto de
ensinamentos e
influencias de produções
artísticas que foram
passadas de geração em
geração.
Nessa perspectiva é possível dizer que somos todos
alunos dos gregos e os gregos, por sua vez, foram
alunos dos egípcios. Por esse motivo, a importância da
arte egípcia para as manifestações artísticas que viriam
depois deles.
A arte egípcia estava inteiramente ligada à religião,
sobretudo com a vida após a morte. Os túmulos dos
grandes faraós, geralmente Pirâmides, eram
solenemente ornamentados com desenhos, pinturas,
esculturas, além de baixos e altos relevos. Todo este
cuidado servia para “ajudar” a alma a sobreviver após a
existência terrena. Assim as imagens encontradas nas
tumbas egípcias estavam ligadas com a ideia de
propiciar, à alma, ajudantes que o orientassem ou
encaminhassem a outra vida. No entanto, esse rico
acervo de imagens divide conosco um retrato do
cotidiano dos antigos egípcios.
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15 – CRIANDO HIERÓGLIFOS E SEGREDOS. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Praticar a arte: Os egípcios e os povos da
Mesopotâmia criaram diferentes tipos de escrita. Na
tabela a seguir, invente um símbolo para cada letra
do nosso alfabeto. Depois, utilizando os símbolos
criados por você, escreva e mande uma mensagem
que será entendida por um colega a quem você
revelou o segredo.
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16 – CRIANDO HISTÓRIAS EM QUADRINHOS. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Praticar arte: A história em quadrinhos faz parte do dia a dia de milhares de pessoas. Tanto crianças quanto jovens e adultos conhecem e gostam dessa forma de
literatura, que une sequência de imagens e textos e apresentam histórias e personagens dos mais variados tipos: super-heróis, monstros, animais com sentimento
e reações humanas etc. aparecendo com histórias completas nos chamados gibis e almanaques ou em pequenas tirinhas nos jornais e revistas, ela também faz
parte dos meios de comunicação do nosso século. Siga as instruções para você criar sua história em quadrinho seguindo as instruções a seguir.
Deus da morte no Egito Antigo, mumificação, origem, funções, religião egípcia,
mitologia do Egito, deuses egípcios. De acordo com a mitologia do Egito Antigo,
Anúbis era o deus da morte, da mumificação e do submundo. Anúbis era
representado nas pinturas com o corpo de homem com a cabeça de um chacal. É
considerado a primeira múmia do Egito Antigo. Era Anúbis quem presidia as
mumificações, pois era o guardião dos conhecimentos desta técnica. Anúbis
também tinha a função de ser o protetor das tumbas. Era também o juiz dos
mortos e quem conduzia a alma dos mortos no além.
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17 - EXERCÍCIOS DE INTERPRETAÇÃO: ARTE DO EGITO ANTIGO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
1. Sobre a arte egípcia, é INCORRETO afirmar:
a) As grandes manifestações da arquitetura egípcia
foram os magníficos templos religiosos, as
pirâmides, os hipogeus e as mastabas.
b) Na pintura, as figuras eram representadas com
os olhos e os ombros em perfil, embora com o
restante do corpo de frente.*
c) A escultura egípcia obedecia a uma orientação
predominantemente religiosa. Eram numerosas
as estátuas esculpidas com a finalidade de ficar
dentro de túmulos. A escultura egípcia atingiu
seu desenvolvimento máximo com os
sarcófagos, esculpidos em pedra ou madeira.
d) A cultura egípcia foi profundamente marcada
pela religião e pela supremacia política do faraó.
Esses dois elementos exerceram grande
influência nas artes (arquitetura, escultura,
pintura, literatura) e na atividade científica.
e) A gradação, a mistura de tonalidades e o claro-
escuro não eram utilizados.
2. gito isitado an al ente por il es de
t ristas de todo o ndo dese osos de er
co os pr prios ol os a grandiosidade do
poder esc lpida e pedra il nios: as
pirâmides de Gizé, as tumbas do Vale dos Reis
e os numerosos templos construídos ao longo
do Nilo. O que hoje se transformou em atração
turística era, no passado, interpretado de
forma muito diferente, pois:
a) Significava, entre outros aspectos, o poder que
os faraós tinham para escravizar grandes
contingentes populacionais que trabalhavam
nesses monumentos. *
b) Representava para as populações do alto Egito a
possibilidade de migrar para o sul e encontrar
trabalho nos canteiros faraônicos.
c) Significava a solução para os problemas
econômicos, uma vez que os faraós sacrificavam
aos deuses suas riquezas, construindo templos.
d) Representava a possibilidade de o faraó ordenar
a sociedade, obrigando os desocupados a
trabalharem em obras públicas, que
engrandeceram o próprio Egito.
e) Significava um peso para a população egípcia,
que condenava o luxo faraônico e a religião
baseada em crenças e superstições.
3. “ ssa lei deter ina a q e o tronco da pessoa
fosse representado sempre de frente, enquanto
sua cabeça, suas pernas e seus pés eram vistos
de perfil”. Assinale a alternati a C RR TA q e
contém o nome dessa lei:
a) Lei da modernidade.
b) Lei da frontalidade.*
c) Lei da mortalidade.
d) Lei da lateralidade.
e) Lei da superioridade.
4. Sobre a religião no Egito Antigo é falso afirmar
que:
a) Os egípcios acreditavam na vida após a
morte e, por isso, desenvolveram a técnica
da mumificação.
b) Os egípcios não acreditavam na vida após a
morte e seguiam uma religião monoteísta
(crença na existência de apenas um deus).*
c) Os egípcios acreditavam na existência de
vários deuses (religião politeísta).
d) Na religião egípcia muitos animais eram
considerados sagrados, como, por exemplo,
gato, jacaré, água, serpente, etc.
5. Na arquitetura do Egito Antigo podemos
destacar as pirâmides. Qual era a principal
função das pirâmides?
a) Serviam como residência dos faraós e toda
nobreza, por isso eram grandes e luxuosas.
b) Para estocar a produção de grãos e guardar
as riquezas do faraó e sua família.
c) Servir de templo religioso, pois nelas eram
realizados os rituais egípcios.
d) Proteger e conservar o corpo do faraó
mumificado e seus pertences pessoais para a
vida após a morte.*
6. Quais os principais legados deixados pela
civilização egípcia para a humanidade?
a) Democracia, graças ao sistema político no
Egito Antigo (sistema de eleições diretas).
b) Importantes técnicas de Mecânica, graças à
criação de diversas máquinas movidas à
vapor.
c) Conhecimentos na área da Medicina (graças
à mumificação), desenvolvimento de técnicas
de Arquitetura com uso da Matemática
(graças à construção de pirâmides).*7. Aos egípcios devemos uma herança rica em
cultura, ciência e religiosidade: eram habilidosos
cirurgiões e sabiam relacionar as doenças com as
causas naturais; criaram as operações
aritméticas e inventaram o sistema decimal e o
ábaco. Sobre os egípcios é correto afirmar
também que:
a) Foram conhecidos pelas construções de
navios, que os levaram a conquistar as rotas
comerciais para o Ocidente, devido à sua
posição geográfica, perto do mar
Mediterrâneo.*
b) Deixaram, além dos hieróglifos, outros dois
sistemas de escrita: o hierático, empregado
para fins práticos, e o demótico, uma forma
simplificada e popular do hierático.
c) Praticaram o sacrifício humano como forma
de obter chuvas e boas colheitas, haja vista o
território onde se desenvolveram ser
desértico.
d) Fizeram uso da escrita cuneiforme, que
inicialmente foi utilizada para designar
objetos concretos e depois ganhou maior
complexidade.
e) Usaram as pirâmides para fins práticos, como,
por exemplo, a observação astronômica.
8. Em relação à arte do Egito Antigo, assinale a
alternativa correta.
a) Visava à valorização individual do artista.
b) Manifestava as ideias estéticas com
representações da natureza, evitando a
representação da figura humana.
c) Estava destinada à glorificação do faraó e à
representação da vida de além-túmulo.*
d) Aproveitava os hieróglifos como
ornamentação.
e) Era uma arte abstrata de difícil interpretação.
9. A arquitetura egípcia, riquíssima, deixou como
legado:
a) Nuragues, mastabas e grandes palácios.
b) Zigurates, pirâmides e hipogeus.
c) Mastabas, hipogeus e pirâmides.*
d) Mesquitas, templos e zigurates.
e) Mastabas, mesquitas e nuragues.
10. Sobre a arte egípcia, marque (V) para as
alternativas verdadeiras e (F) para as falsas.
a) A arte egípcia pode ser definida como a arte
das convenções, pois obedecia a uma série de
padrões e regras, o que limitava a criatividade
e a imaginação pessoal do artista.*
b) A pintura egípcia tinha como marca a Lei da
Frontalidade , pela qual o tronco das figuras
era representado de frente, enquanto a
cabeça, as pernas e os pés eram vistos de
perfil.
c) Embora a arte egípcia estivesse intimamente
ligada à religião, na pintura, não havia essa
relação, pois as pinturas tratavam apenas de
temas pagãos.
d) Nas representações pictóricas, via de regra, a
cor da pele do homem era diferente –mais
escura –da cor da pele da mulher.
e) Particulariza a arte egípcia o anonimato dos
artistas, pois a obra deveria revelar o perfeito
domínio das técnicas de execução, e não o
estilo de quem as executava.
11. A arquitetura do antigo Egito forneceu para a
posteridade a mais fértil e expressiva
documentação sobre a cultura egípcia. Entre
suas principais características pode-se indicar a:
a) Ausência de telhados, uma vez que a chuva
era muito rara.
b) Utilização de porcelanato queimado na
construção de paredes, escadarias e de
colunas.
c) Grandeza nas dimensões e construções
sólidas.*
d) Adoção de diversos tipos de materiais,
conforme as figuras retratadas.
e) Preocupação em atrelar arte e ciência em
uma mesma construção.
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18 – RESUMÃO: A ARTE MESOPOTÂMICA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Enquanto os povos da Europa
só conheciam a pedra polida,
no Oriente Próximo
desenvolviam-se importantes
civilizações. A história da
Mesopotâmia é a de um
conflito permanente entre
populações que se alternaram
no domínio sobre a região. A
Arte Mesopotâmica é em sua
quase totalidade de cunho
religioso. A religião, a magia e
sua prática arraigavam-se na
vida cotidiana com força de
lei: qualquer transgressão às
normas seria o castigo divino.
Cada construção e cada objeto da Arte mesopotâmica têm
características próprias, que as diferenciam da arte de outros
povos igualmente religiosos. São essas característica que
revelam o espírito da antiga Mesopotâmia.
Arquitetura na Arte Mesopotâmica: Uma das primeiras
manifestações da arquitetura suméria foi o Templo Branco,
construído em Uruk, erguido sobre uma montanha artificial de
12 m de altura. Seu objetivo era aproximar o céu e a terra,
ligando os homens à divindade. No império acadiano essa
plataforma artificial desapareceu. Entretanto, algumas criações
sumérias influenciaram os vários períodos da arquitetura da
Arte mesopotâmica: o emprego da abóbada, o uso do tijolo cru
como único material para as edificações è o zigurate – torre de
sete andares decrescentes, coroados no topo por uma capela.
O zigérate mais famoso é a torre da Babilônia, a “torre de
Babel” mencionada na Bíblia. De modo geral, os palácios
formavam um conjunto maciço, sem janelas para o exterior; os
aposentos dispunham-se em torno de um pátio interno,
prática mantida durante milênios no Oriente Médio. As
paredes internas eram revestidas de pintura, como, por
exemplo, o palácio de Mari, construído na época dos novos
remos sumérios. Suas paredes ilustram episódios marcantes da
vida do rei.
Construções: Primeiro, foram as muralhas erguidas ao redor
da Babilônia, capital do seu reino; depois, os palácios
construídos com um luxo sem precedentes. Ao portentoso
palácio real, na margem esquerda do Eufrates, achavam-se
ligados os jardins suspensos, que os antigos consideravam uma
das sete maravilhas do mundo. Nabucodonosor os construíra,
diziam, para que sua esposa não sentisse saudades das
montanhas da Média, sua pátria (a noroeste do Irã atual). As
muralhas eram tão largas que, sobre elas, realizavam-se
corridas de canos. Mais famosas ainda eram as portas, cada
uma dedicada a uma divindade e ornamentadas com grandes
figuras em relevo. O Casinho das Procissões e a porta azul de
Ishtar eram decorados com figuras em cerâmica esmaltada. A
porta encontra-se no museu de Berlim, mas suas cores
desapareceram. Curiosamente, as escavações arqueológicas
revelaram que os célebres jardins suspensos eram bastante
modestos.
Características: Muitas obras de escultura da Arte
mesopotâmica se perderam por terem sido executadas em
argila. Estátuas de pedra ou outros materiais mais resistentes
são raras, e representam sempre a realeza ou altos dignitários.
Nas esculturas mais antigas, os padrões de elaboração eram
rígidos: nariz em forma de bico, globo ocular indicado por uma
concha, pupila em lápis-lazúli, cílios marcados com um risco
preto. Os trajes convencionais distinguiam as figuras femininas
das masculinas: na época dos sumérios, o homem cobria-se
até a cintura, enquanto a mulher deixava nus apenas o braço e
o ombro direitos. De modo geral, as esculturas destinavam-se
a substituir a presença da pessoa representada, no templo. Por
essa razão, as figuras, na maior parte das vezes, encontra-se
em posição de adoração. Esse rigor formal pode ser observado
nas placas fúnebres que acompanhavam o mono ao túmulo,
narrando em pedra ou argila os acontecimentos mais
importantes da sua vida. Como era preciso colocar figuras de
três dimensões numa superfície de apenas duas, a imagem
sofria um rígido processo de distorção: cabeça, pernas e pés
eram representados de perfil; o busto, de frente. Essa
dissociação recebeu o nome de “lei da frontalidade” e marca
todas as épocas da arte mesopotâmica.
Convenção de Liberdade: Um dos raros testemunhos da
pintura da Arte Mesopotâmica foi descoberto entre 1933 e 1955;
Embora as tintas utilizadas fossem extremamente vulneráveis ao
tempo, nos poucos fragmentos que restaram é possível perceber
o seu brilho e vivacidade. Apesar de conservarem algumas
convenções – como a “lei da frontalidade”, seus artistas
executaram algumas figuras sugerindo movimento, o que prova
que os artistas possuíam uma técnica talvez superior à que lhes
era permitido demonstrar.
Artistas: Não se conhece o nome de nenhum artista
mesopotâmico. As obras eram executadasem grandes ateliês
anexos aos palácios por uma coletividade de pessoas que, na
escala social, se encontravam no mesmo nível dos artesãos. No
Código de Hamurabi, arquitetos e escultores são mencionados ao
lado de ferreiros e sapateiros, ou seja, constituíam a terceira
classe da sociedade mesopotâmica.
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19 – A ARTE GREGA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Ao observar as ruínas
da Basílica, talvez você
não perceba a beleza
da arte criada pelos
gregos. Mas a
ilustração a seguir
mostra como
provavelmente foi
esse templo.
A arquitetura grega era ligada
basicamente aos templos,
construídos com pedras sobre
uma plataforma de dois ou três
degraus com muitas colunas
para garantir a sustentação do
teto. O espaço interno era
pequeno, destinado às imagens
de deuses e sacerdotes. Os
cultos eram realizados na parte
externa. As colunas que
sustentavam os templos eram
formadas por três partes: base,
fuste e capitel.
As colunas apresentavam formas diferentes,
caracterizando três estilos gregos: dóricos, jônico e
coríntio.
Coluna Dórica: É a mais comum.
Caracteriza-se pela coluna apoiada
diretamente sobre a plataforma do templo.
Seu capital é sóbrio e ausente de enfeites.
Coluna Jônica: Seu fuste é menos volumoso
e seu capitel possui volutas laterais.
Coluna Coríntia: É basicamente igual à
jônica. Apresenta mais ornamentos em seu
capitel, como folhas de acanto. Mais
decoradas que todas as outras.
Os templos também possuíam frisos e frontões, que
eram ricamente decorados.
Além do território que hoje conhecemos como Grécia,
os gregos se espalharam pelas ilhas do mar Egeu, pela
Ásia Menor e fundaram colônias no sul da Itália,
chamada de Magna Grécia. Eram unidos pela língua e
crenças religiosas, mas divididos em cidades-estados
com independência política e econômica. Duas dessas
cidades merecem destaque: Atenas, berço da arte e da
democracia, e Esparta, cidade dos guerreiros.
Os gregos buscavam no
homem e na vida
inspiração. O homem era
considerado o modelo, o
padrão de beleza. Ele era
retratado sem
imperfeições, idealizado.
Seus deuses eram uma
glorificação do próprio
homem e tinham emoções
e características humanas.
As esculturas, por
exemplo, eram feitas
quase sempre em
mármore e bronze,
embora utilizassem
também outros materiais,
como o marfim e a
madeira.
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20 – A CERÂMICA GREGA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
As cerâmicas gregas tinham rara beleza. Eram utilizadas como
recipientes para vinho, azeite, mel, perfume e até como urna
funerária. As formas eram elegantes e a decoração era feita com
figuras geométricas ou cenas mitológicas, com histórias de deuses
e heróis.
Mas pouco a pouco, os gregos começaram a vender sua cerâmica
para outros povos mediterrâneos ou entre as cidades-estados, o
que fez aumentar o número de ateliês que as produziam, e claro a
concorrência aumentou a criatividade.
Novas técnicas foram sendo
introduzidas. Inicialmente, como naquele
vaso com as figuras geometrizadas, o
fundo era claro e as figuras negras.
Acontece que os coríntios queriam
aumentar a complexidade das cenas que
pintavam e sobrepor as figuras, para
tanto inventaram a técnica do fundo
negro e das figuras vermelhas. Esta
técnica foi a bomba, em pouco tempo os
artistas atenienses começaram a utilizá-
la. A cerâmica foi tão importante e tão
significativa como símbolo de status que
os artistas começaram a assinar suas
obras! Os clientes ricos queriam comprar
produtos de luxo como perfumes e
vinhos em recipientes atrativos, e aí
estavam as cerâmicas gregas para
satisfazê-los!
Praticar a arte: As faixas utilizadas pelos gregos nas cerâmicas e nos frisos dos templos serviram
de inspiração para as faixas que usamos até hoje nas decorações. Utilize o espaço a seguir para
criar faixas decorativas. Você pode escolher temas como frutas, carros, personagens famosas
ou figuras geométricas.
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21 – AS MÁSCARAS DO TEATRO GREGO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Os gregos davam grande importância para o teatro.
Não só escreviam os textos das peças como também
construíam teatros para que elas fossem encenadas.
Durante a encenação das peças, os atores gregos
usavam máscaras que mostravam características de
deuses e heróis e também seus sentimentos. Essas
máscaras eram feitas de barro, madeira ou cortiça.
Praticar a arte 1: Faça uma máscara com saco de papel. Primeiramente decida que sentimento ela deverá
expressar. Pense nas características que você ressaltará para que essa expressão seja alcançada.
Praticar a arte 2: Escolha um colega com que você trabalhará e siga as orientações para produzir uma
máscara com atadura gessada.
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22 – EXERCÍCIOS DE INTERPRETAÇÃO: ARTE GREGA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
1. Sobre a arte feita na Grécia antiga marque a
alternativa CORRETA:
a) Os gregos não produziram pinturas.
b) O Cristianismo era muito explorado na arte
grega.
c) Da Vinci foi um grande ícone da arte grega
arcaica.
d) Verossimilhança era uma característica da
escultura grega.*
2. Eram temas da Arte Grega Antiga:
a) Mitologia, Olimpíadas e Heróis.*
b) Cristianismo, Paganismo e Mitologia.
c) Guerras, Modernismo e Teatro.
d) Heróis, Budismo e Ateísmo.
3. Sobre a pintura grega marque a alternativa
correta:
a) As pinturas gregas eram feitas em vasos de
uso artístico.
b) As pinturas gregas eram feitas em vasos de
uso cotidiano. *
c) As pinturas gregas eram feitas em grandes
telas.
d) As pinturas gregas eram feitas em enormes
igrejas góticas.
4. São períodos das esculturas gregas:
a) Dórico, Jônico e Coríntio.
b) Arcaico, Clássico e Helenístico. *
c) Arcaico, Clássico e Dórico.
d) Dórico, Clássico e Helenístico.
5. As esculturas arcaicas tinham:
a) Bastante movimento.
b) Pouco movimento.
c) Quase nenhum movimento.*
d) Detalhes em bronze.
6. As Esculturas Clássicas não tinham:
a) Nu masculino.
b) Vários personagens.*
c) Deuses.
d) Heróis.
7. Na arquitetura grega as ordens eram:
a) Clássica, Arcaica e Dórica.
b) Dórica, Coríntia e Arcaica.
c) Dórica, Jônica e Coríntia.*
d) Jônica, Helenística e Dórica.
8. É um exemplo de arquitetura grega:
a) Igrejas.
b) Mesquitas.
c) Templos.*
d) Castelos.
9. Os teatros gregos eram construídos:
a) Nas encostas dos morros.*
b) Em grandes palácios.
c) Nas faculdades de artes.
d) No Coliseu.
10. Sobre a arte grega marque a alternativa
CORRETA:
a) Artistas gregos sempre assinavam suas
obras.*
b) As esculturas eram estilizadas.
c) Não existiam nus femininos.
d) O teatro teoricamente surge na Grécia.
11. Sobre a arte grega, marque V para as
alternativas verdadeiras e F para as falsas.
a) Assim como a dignidade e o valor do homem
centralizavam os conceitos gregos, a figura
humana era o principal motivo da arte grega.
b) Enquanto a filosofia destacava a harmonia, a
ordem e a clareza de pensamento, a arte e
arquitetura refletiam um respeito
semelhante ao equilíbrio.
c) A arte grega, secular e funcional, privilegiava
a inovação e a eficiência, destacando-se,
nesse sentido, construções arquitetônicas
que acomodavam grandes públicos para
adorarem aos deuses.
d) Entre os legados arquitetônicos gregos,
destaca-se o Parthenon, tempoconstruído na
Acrópole, que utiliza a ordem dórica na sua
estrutura.
12. Relacione os deuses da mitologia grega,
indicados na Coluna A, às características que os
identificam, listadas na Coluna B.
COLUNA A
I. Afrodite
II. Ártemis
III. Deméter
IV. Posseidon
COLUNA B
x Deusa da fertilidade, das frutas e das colheitas.
x Deus dos oceanos e das águas.
x Deusa as lua e da caça, protetora dos animais e
das crianças.
x Deusa da beleza e do amor.
Assinale a alternativa que completa correta e
respectivamente os parênteses, de cima para baixo.
a) 1, 2, 3, 4*
b) 3, 4, 2, 1
c) 4, 3, 2, 1
d) 2, 4, 1, 3
e) 3, 4, 1, 2
13. Marque C (certo) ou E (errado) conforme o
conteúdo da afirmação:
a) Os gregos veneravam a beleza, atingindo
um grau de perfeição incomparável na sua
expressão artística.
b) As abundâncias de materiais como o
mármore e o apurado senso estético dos
gregos permitiram-lhes uma arquitetura
rica e harmoniosa.
c) A arquitetura mortuária é uma das mais
desenvolvidas na arte grega.
d) Da difusão da arte grega no Oriente, surgiu
a arte helenística.
e) O tema mais explorado na escultura grega
era o trabalho.
f) A pintura grega que conhecemos restringe-
se à decoração de vasos.
g) Os temas religiosos não são importantes
na arte grega.
14. Relacione:
A. Ordem dórica.
B. Ordem jônica.
C. Ordem coríntia.
15. Eram temas da arte grega antiga:
a) Mitologia, Olimpíadas e Heróis.*
b) Cristianismo, Paganismo e Mitologia.
c) Guerras, Modernismo e Teatro.
d) Heróis, Budismo e Ateísmo.
16. Sobre a pintura na Grécia Antiga:
a) Eram feitas em vasos de uso artístico.
b) Eram feitas em vasos de uso cotidiano.*
c) Eram feitas em grandes telas.
d) Eram feitas em enormes igrejas.
17. É um exemplo de arquitetura grega:
a) Igrejas.
b) Templos.*
c) Mesquitas.
d) Castelos.
18. Sobre a arte da Grécia Antiga, assinale o que for
CORRETO:
a) Por questões de ordem religiosa, os gregos
não desenvolveram nenhum tipo de pintura.
b) A escultura grega teve como uma de suas
origens a escultura egípcia.
c) As cópias de esculturas gregas realizadas
pelos artífices romanos possuíam grande
grau de inventividade, portanto não podem
ser consideradas fidedignas.
d) A partir do período Clássico, atingindo
determinado domínio da técnica na
representação do real, a escultura grega não
sofreu nenhuma alteração posterior.
e) Durante o período denominado arcaico, os
artífices gregos ainda praticavam uma
escultura com certa rigidez formal.*
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23 – A MITOLOGIA GREGA: OS DEUSES DO OLIMPO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Os Gregos eram politeístas, isto é, adoravam vários deuses, acreditando que esses deuses tinham forma humana, embora fossem mais belos e poderosos
que os homens, imortais e possuidores de poderes mágicos. Os deuses gregos revelavam também qualidades e defeitos semelhantes aos dos seres
humanos: apaixonavam-se, sofriam, conheciam aventuras e desventuras e os Gregos falavam deles como se fossem pessoas: contavam a história da sua
vida, as suas lutas, sentimentos etc. O conjunto das histórias maravilhosas da vida dos deuses e heróis gregos chama-se mitologia. Para os Gregos, os
deuses eram descendentes da terra - Gaia - e do céu - Urano - e tinham grandes semelhanças com os homens. O Monte Olimpo é o ponto mais alto de toda
a Grécia, com uma altitude de 2.917m. Na antiga Grécia Antiga, era a casa dos deuses importantes. A entrada para o Olimpo fazia-se através de um portão
feito de nuvens, isto talvez se possa atribuir ao fato de o cume da montanha, devido à sua altitude, estar sempre coberto de nuvens.
O filho mais
novo de Cronos
e Réia é o líder
dos deuses que
vivem no monte
Olimpo. Ele
impõe a justiça
e a ordem
lançando
relâmpagos
construídos
pelos ciclopes.
Zeus teve
diversas
esposas e casos
com deusas,
ninfas e
humanas.
O irmão mais
velho de Zeus e
Hades é o deus
do mar. Com
um movimento
de seu tridente,
causa
tempestades e
terremotos – e
sua fúria é
famosa entre os
deuses.
Posêidon vive
procurando
aumentar seus
domínios em
diferentes áreas
da Grécia.
Mesmo sendo
irmão de Zeus e
Posêidon, não
vive no monte
Olimpo. Hades,
como deus dos
mortos, domina
seu próprio
território que
fica no
submundo.
Apesar de
passar uma
imagem ruim
por sua
“função”, não é
um deus
associado ao
mal.
Terceira mulher
de Zeus e
rainha do
Olimpo, Hera é
a deusa do
matrimônio e
do parto. É
vingativa com
as amantes do
marido e com
os filhos de
Zeus que elas
geram. Para os
gregos, Hera e
Zeus
simbolizam a
união entre o
homem e a
mulher.
O nome da
deusa do amor
significa
“nascida da
espuma”,
porque diziam
que ela havia
surgido do mar.
Afrodite é a
mais bela das
deusas. Apesar
de ser esposa
de Hefesto,
teve vários
casos com
deuses como
Ares e Hermes
e também com
mortais.
Filho de Zeus e
Hera, Hefesto
nasceu tão
fraco e feio que
foi jogado pela
mãe no oceano.
Resgatado por
ninfas, virou um
famoso artesão.
Impressionados
com o talento
dele, os deuses
levaram
Hefesto ao
Olimpo e o
nomearam deus
do fogo e da
forja.
Filho de Zeus
com a deusa
Maia, o
mensageiro dos
deuses é o
protetor de
viajantes e
mercadores.
Representado
como um
homem de
sandálias com
asas, Hermes
tinha um lado
obscuro: às
vezes trazia
mentiras e
falsas histórias.
O deus da luz
(representada
pelo Sol), das
artes, da
medicina e da
música é filho
de Zeus com
uma titã, Leto.
Na juventude,
era vingativo,
mas depois se
tornou um deus
mais calmo,
usando os
poderes para
cura, música e
previsões do
futuro.
É a deusa da
sabedoria e
filha de Zeus
com a primeira
mulher dele,
Métis. Seu
símbolo é a
mais sábia das
aves, a coruja.
Habilidosa e
especialista nas
artes e na
guerra, Atena
carrega uma
lança e um
escudo
chamado Égide.
O terrível deus
da guerra é
outro filho de
Zeus e Hera. No
campo de
batalha pode
matar um
mortal apenas
com seu grito
de guerra. Pai
de vários heróis
– humanos que
são protegidos
ou filhos de
deuses -, Ares
ainda se tornou
um dos
amantes de
Afrodite.
Irmã gêmea de
Apolo é a deusa
da caça,
representada
por uma mulher
com um arco,
também é a
protetora dos
animais.
Artemis é uma
deusa casta
(virgem), que
fica furiosa
quando se
sente
ameaçada.
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24 – CONHECENDO OS DEUSES GREGOS. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Praticar a arte 1: Ligue a imagem dos deuses gregos que
estão no Olimpo com a sua descrição para você saber quem é
quem na mitologia grega.
Deus dos trovões, senhor do Olimpo, era filho de Cronos e Réia. Cronos tinha o hábito de devorar seus próprios filhos para
que não tomassem seu lugar no trono. Até que ele nasceu e sua mãe Réia já cansada de tanto sangue e sofrimento deu a
Cronos uma pedra embrulhada no seu lugar, salvando sua vida. Réia decidiu que esse seria o ultimo filho e encerraria o
reinado de sangue e sofrimento e tomaria o trono do pai.
Rainha do Olimpo, conhecida também como a deusa protetora do casamento, da vida e da mulher, governava Olimpo ao
lado do seu marido. Tem como seu animal preferido o Pavão. Tinha a fama de ser ciumenta com razão, pois seu era muito
infiel. Teve dois filhos: Ares (deus da guerra) e Hefesto (deus do fogo).
Na mitologia grega, erao deus da guerra. Filho de Zeus (deus dos deuses), Ares e Hera (deusa do casamento, irmã e esposa
de Zeus). De acordo com a Ilíada (poema de Homero), ele tinha uma “quadriga” (carroça puxada por 4 cavalos). Os
garanhões, de acordo com o poema, eram imortais e soltavam fogo pelas narinas. Os gregos costumavam fazer sacrifícios de
animais, na noite anterior aos combates, para conseguir a ajuda desse deus.
Era o grande rei dos mares, um homem muito forte, com barbas e sempre representado com seu tridente na mão e às vezes
com um golfinho. Era filho de Cronos, deus do tempo, e da deusa da fertilidade Réia. Sua casa era no fundo do mar e com
seu tridente causava maremotos, tremores, além de fazer brotar água do solo.
Divindade responsável pelas atividades da caça é representada como uma imagem lunar arisca e selvagem, constantemente
seguida de perto por feras selvagens, especialmente por cães ou leões. Ela traz sempre consigo, no abrigo de suas mãos, um
arco dourado, nos ombros um coldre de setas, e pode ser vista trajando uma túnica de tamanho curto.
É considerado o deus da juventude e da luz, identificado primordialmente como uma divindade solar, uma das divindades
mais ecléticas da mitologia greco-romana. Filho de Zeus e da titã Latona (Leto). Tinha uma irmã gêmea Ártemis que era
conhecida pelos romanos como Diana, a deusa da caça. Segundo a lenda, ele e sua irmã nasceram na ilha de Delos onde sua
mãe Leto se refugiou para se esconder da Hera, a esposa de Zeus.
Era a deusa grega da sabedoria e das artes. Foi concebida da união de Zeus e da deusa Métis. Era uma deusa virgem, linda
guerreira protetora de seus heróis escolhidos e também de sua cidade com seu nome. Leva uma lança em sua mão, mas que
não significa guerra e sim uma estratégia de vencer, também foi a inventora do freio, sendo a primeira que amansou os
cavalos para que os homens conseguissem domá-los.
É a deusa do amor, da beleza e da sexualidade. Ela foi considerada a personificação do ideal de beleza dos gregos na
Antiguidade. E, na Idade Moderna serviu de inspiração para diversos artistas do Renascimento. Ela foi cultuada e associada
aos prazeres carnais, surge o termo “afrodisíaco”.
Era conhecido como deus grego do fogo e também protetor das atividades relacionadas ao metal, era filho de Zeus e de
Hera. Comenta-se que o deus do fogo teria nascido muito feio e com aparência de anão, pois tinha problemas na perna. E,
por esse motivo a sua mãe Hera muito envergonhada teria o jogado ao mar. Mas com muita generosidade foi recolhida pela
deusa Tétis. Ele que produzia os raios e trovões de Zeus com seu poder do fogo e metais. Também construiu o Tridente de
Poseidon, as flechas de Apolo e também a armadura de Aquiles na Guerra de Tróia.
Foi considerada a deusa mais doce de todas e a ela é atribuída à arte de construir casas e, por isso, é também a deusa da
arquitetura. Com o símbolo de uma chama de lareira. Era adorada pelos gregos uma vez que representava a proteção.
Também conhecido como Hércules, foi um grande herói da Mitologia
Grega. Ao realizar as doze tarefas, além de se redimir pela morte de sua
esposa e de seus filhos, Hércules conquistou a imortalidade. Casou-se com
Dejanira, que sem querer lhe causou a morte. Na condição de imortal,
Hércules foi transportado para o Olimpo, onde se casou com a deusa da
juventude, Hebe.
É o deus grego da riqueza, da sorte, da fertilidade, do sono, da magia, das
viagens, das estradas, do comércio, da linguagem e dos ladrões.
Mensageiro dos deuses e muito venerado pelos gregos, é considerado um
dos deuses mais irreverentes da mitologia grega.
Seu nome significa "marcador de fronteira" sendo que uma de suas
funções era guiar os mortos para o submundo, o reino de Hades. Como
guardião da entrada do submundo, também é chamado de deus dos
viajantes e protetor das estradas. É retratado como um jovem bonito, de
corpo atlético e com sandálias mágicas aladas que lhe conferiam maior
agilidade e rapidez.
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25 – A ARTE ROMANA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Costuma-se dizer que a arte
romana copiou a arte grega,
mas isso é apenas
parcialmente verdade. Os
romanos conquistaram um
vasto território desde a
Europa até a Ásia e
assimilou a cultura dos
povos conquistados,
principalmente o da cultura
grega. Mas, com o passar do
tempo, adaptaram essas
culturas ao seu próprio
modo de vida e necessidade.
A população da cidade de
Roma era muito grande e,
consequentemente, havia a
necessidade de se construir
prédios públicos de grandes
proporções para abrigar o
maior número de pessoas.
Desse modo, os romanos, que admiravam as
colunas gregas, que serviam de sustentação para a
cobertura, desenvolveram uma forma de construção
em que as colunas passam a ser apenas decorativas.
Utilizaram o arco e a
abóboda, recursos
arquitetônicos
desconhecidos pelos gregos
e egípcios, mas
transmitidos aos romanos
pelos etruscos. A utilização
de arcos e abóbodas
proporcionou às
construções amplos
espaços internos.
Como exemplo de arquitetura podemos citar o Coliseu e o
Panteão. No Coliseu, aconteciam jogos e batalhas entre
gladiadores.
O Panteão, templo construído no século II, é o maior exemplo
do uso de abóbodas na arquitetura romana. O material
utilizado em sua edificação é uma massa obtida da mistura de
cinza vulcânica, água e cal, semelhante ao atual concreto.
Observe outras construções que fazem uso do arco romano:
Em relação à
escultura, os artistas
romanos retratavam
as pessoas com muita
fidelidade, mostrando
sempre os seus
sentimentos, ao
contrário dos gregos,
que retratavam com
um ideal de beleza.
A arte romana também se fez presente na
decoração. Ao observarmos as ruínas da
cidade de Pompéia, que foi destruída pelo
vulcão Vesúvio, veremos o luxo das casas com
suas paredes decoradas, mosaicos e utensílios
domésticos. A Antiguidade clássica, ou seja,
arte greco-romana, foi de tão grande beleza e
importância que serviu de modelo para outros
estilos artísticos durante a História da
humanidade.
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26 – AS SETE MARAVILHAS DO MUNDO ANTIGO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
As Sete Maravilhas do
Mundo Antigo foras
escolhidas no século II
a.C. pelo poeta grego
Antítaper entre as
obras mais apreciadas
por gregos e romanos.
Todas foram
destruídas, exceto as
pirâmides do Egito.
Sepulturas dos
faraós,
construídas há
mais de 40
séculos na Planície
de Gizé, a 15
quilômetros do
Cairo. As mais
célebres sãos as
de Quéfren, com
136,5 m de altura,
Miquerinos, com
66 m, e Quéops,
com 137,2 m.
Nesta última,
trabalharam 100
mil homens
durante vinte
anos.
Seis montes de
terra artificias
com terraços
arborizados,
apoiados em
colunas de 25 m a
100 m de altura,
construídos por
Nabucodonosor
em homenagem à
sua mulher,
Amitis, no sul do
Iraque. Chegava-
se a eles por uma
escada de
mármore. Não se
sabe quando
foram
construídos.
Figura central do
Templo de
Olímpia, na
Grécia, esculpida
por Fídias em 447
a.C., em marfim e
ébano. Tinha de
12 a 18 m de
altura. Destruída
por um incêndio
em 475.
Estátua de Apolo
com 32 m de
altura. Foi
esculpida em
bronze por
Chares, em 280
a.C., no acesso à
Ilha de Rodes, no
Mediterrâneo.
Destruída por um
terremoto em 224
a.C.
De mármore,
construído em
353 a.C. por
Artemísia, viúva
de Mausolo, em
Halicarnasso,
Cária, hoje
Turquia. Tinha 50
m de altura e
terminava com
uma carruagem
puxada por
quatros cavalosno topo de uma
pirâmide com 24
degraus. Dentro
havia esculturas e
estátuas.
Destruído por um
terremoto entre
os séculos XI e XV.
Erguido em 450
a.C. por Creso, rei
da Lídia, na cidade
de Éfeso, na atual
Turquia.
Homenageava a
deusa dos
bosques, Ártemis,
chamada de Diana
pelos romanos.
Media 138 m de
comprimento por
71,5 m de largura,
com colunas de
19,5 m de altura,
e era famoso
pelas obras de
arte, entre elas a
escultura da
deusa em ébano,
ouro, prata e
pedra preta.
Farol de mármore,
com 134 m de
altura, construído
em 280 a.C., pelo
faraó Ptolomeu II.
Centenas de
homens
mantinham acesa
uma chama no
topo e
mecanismos
registravam a
direção dos
ventos e as horas.
Destruído por um
terremoto em
1302.
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27 – PRODUZINDO UMA ESCULTURA COM ARGILA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Praticar a arte: Modelagem com argila.
Observe as orientações a seguir para
construir uma réplica de uma das sete
maravilhas do mundo antigo.
Instruções:
- Forre a mesa ou o espaço onde você irá
trabalhar.
- Mantenha a argila dentro do plástico,
retirando aos poucos, pedaços para a
modelagem.
- Mexa livremente com a argila. Sinta sua
consistência e vá amassando-a para retirar
as bolas de ar.
- Pense nas possibilidades de modelagem
que ela lhe oferecerá. Imagine ou desenhe o
qual das sete maravilhas do mundo antigo
você irar modelar.
- Comece a modelar e não se esqueça de
modelar todos os lados: frente, atrás,
laterais. Se necessário umedeça as mãos.
- Para que a argila não se quebre, deixe-a
secar a sombra ou cubra com um saco
plástico.
- Pinte com tinta guache, plástica ou látex.
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28 – EXERCÍCIO INTERPRETATIVO: ARTE ROMANA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
1. A arquitetura romana foi:
a) Marcada pela influência dos etruscos apenas no
uso da abóbada.
b) Definida pelas influências grega e egípcia, o que
resultou em construções grandiosas em
homenagem aos deuses.
c) Marcada pela utilização de pedras e tijolos,
utilizados em grandes edifícios públicos.*
d) Suntuosa nas construções públicas, que eram de
grande originalidade para a época.
e) Baseada no uso exclusivo do arco, graças à
influência dos mesopotâmicos.
2. Os romanos usaram como inspiração a
arquitetura etrusca e grega para desenvolver
seus projetos. Porém, não podemos falar em
cópia, pois a arquitetura romana possuía muitos
elementos inovadores e avanços nas técnicas de
arquitetura. Além do Panteão, qual outro
exemplo de arquitetura romana reflete a ideia de
espaço amplo na arquitetura?
a) Coliseu.*
b) Templo de Zeus.
c) Partenon.
d) Jardim de Versalles.
e) Templo de Atenas.
3. Embora os romanos tivessem copiado
maciçamente a estatuária grega para atender à
mania de arte helênica, desenvolveram
gradualmente um estilo próprio. A escultura
romana em geral é mais literal. Os romanos
tinham em casa máscaras mortuárias, feitas em
cera, dos ancestrais. Essas imagens realísticas
eram moldes totalmente factuais das feições do
falecido, e essa tradição influenciou os escultores
romanos. Quais as principais características da
escultura romana?
_________________________________________
_________________________________________
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_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
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______________________________________
4. A pintura romana tem como uma característica
uma expressão artística na qual o autor,
organiza pequenas peças coloridas e as colam
sobre uma superfície formando imagens. Essa
técnica de pintura chama-se:
a) Mosaico.*
b) Afresco.
c) Têmpera.
d) Tinta a óleo.
e) Mesaico.
5. Na estatuária romana, a
característica dá-se pela:
a) Representação idealizada e bela
das pessoas.
b) Representação fiel da realidade
e das pessoas.*
c) Representação detalhada das
imagens e seres.
d) Representação de motivos
tribais com precisão.
e) Representação distorcida da
realidade observada.
6. Sobre a arte romana e a sua relação com
manifestações artísticas de outros períodos e
civilizações, marque a alternativa CORRETA:
a) A exemplo do Coliseu, os anfiteatros romanos
foram cenários de festas e espetáculos, e
tiveram grande importância em práticas como
a política do pão e circo.*
b) Os romanos, como a maioria dos povos da
Antiguidade, nunca conheceram a arte do
retrato, uma vez que o rosto das esculturas era
idealizado.
c) Os afrescos romanos não serviram de
inspiração aos artistas renascentistas, uma vez
que a maior parte desses só foi conhecida
depois do século XVIII.
d) Os construtores romanos, assim como os
gregos, assentavam o auditório dos teatros nas
encostas das colinas, porque isso lhes
garantiria maior solidez da construção e
economia de material.
7. Assinale a alternativa CORRETA em relação à
arte da Roma Antiga:
a) Os artistas romanos não realizavam nenhum
tipo de pintura.
b) Nas construções romanas, os arcos tinham uma
função meramente ornamental, não possuindo,
então, função estrutural.
c) Existem apenas duas cidades do Império
Romano nas quais a arte, e mais
especificamente, a arquitetura e o urbano
podem ser apreciados, a saber, Herculano e
Pompeia.
d) A arquitetura não teve grande destaque na
produção artística da Roma Antiga.
e) Os altos-relevos presentes nos arcos triunfais e
colunas triunfais romana apresentam grande
precisão técnica.*
8. A maior parte das pinturas romanas hoje
conhecidas provém de duas cidades, soterradas
pela erupção do Vesúvio em 79 D.C. Essas
cidades são:
a) Pompéia e Roma.
b) Herculano e Pompéia.*
c) Roma e Grécia.
d) Pompéia e Grécia.
e) Grécia e Herculano.
9. A arquitetura romana foi a grande manifestação
artística dos romanos, que privilegiavam as obras
utilitárias e alcançou grande eficiência na
construção de aquedutos, banhos públicos ou
termas, pontes, mercados etc. A arquitetura
também foi expressiva na construção de
templos, palácios, pórticos, tribunais, mosteiros
e igrejas. Os romanos revelaram habilidade e
talento na arte de executar templos, nos quais
exaltaram fatos históricos notáveis e conquistas
de seus imperadores. Qual foi o principal fator
que impulsionou os romanos erguerem
construções com amplos espaços internos?
_________________________________________
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10. Um dos legados culturais mais importantes que
os etruscos deixaram aos romanos foi o uso do
arco e da abóbada nas construções. Faça o
desenho de:
[[
11. A arte romana sofreu influência de duas
culturas, essas culturas são:
a) A cultura indígena e africana.
b) Greco-helenística e etrusca.*
c) Cultura grega e egípcia.
d) Cultura pop e musica.
12. Os seis tipos de construções da arte romana
são:
a) Templos, comércio e ciclismo, esgoto,
praças, castelos, banhos públicos.
b) Castelos, pontes, estradas, estábulos,
chiqueiros e estádios.
c) Templos, comércio e ciclismo, higiene,
divertimento, monumentos decorativos e
moradia.
d) Estádios, ginásios, praças, igrejas, banhos
públicos e esgotos.*
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29 – RESUMÃO: A ARTE ROMANA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
A arte romana, marcadano
período do século VIII antes
de Cristo e se estendendo
até o século IV depois de
Cristo, teve a sua principal
manifestação nas
construções e edificações
arquitetônicas. A grande
preocupação dos romanos
era com aspectos que se
voltassem para a
funcionalidade, utilidade e a
própria praticidade de suas
obras.
A arte romana surgiu em meio às influências da cultura
etrusca, que é caracterizada como uma arte popular
responsável por retratar os acontecimentos do dia a dia, assim
como pelas crenças da cultura grega. Um bom exemplo disso é
a própria similaridade entre a mitologia romana e grega. A arte
romana foi de grande importância (principalmente
arquitetônica) para todo o mundo, pois sempre representou
um verdadeiro legado da arte desse povo. Certamente uma
das áreas em que eles foram mais expressivos foi na
construção de templos, muralhas, anfiteatros e outras
construções que tinham como principal intuito tanto a
funcionalidade como também a expressão de magnitude no
que diz respeito ao que foi a civilização romana. Além disso,
vale também destacar o fato de que a Arte Romana é muito
reconhecida por retratar em suas esculturas e obras em geral,
imperadores, figuras da sua mitologia e outros deuses.
Os teatros romanos: Não tem como falar de Arte Romana
sem dar destaque para os anfiteatros que foram desenvolvidos
com a predominância de arcos e abóbadas, além de muito
grandes e com boa capacidade para receber visitantes. O
evento preferido dos romanos eram as lutas de gladiadores e
por isso os espaços contavam com uma área para
arquibancada, marcado com um número bem expressivo de
fileiras. Um ótimo exemplo de construção arquitetônica capaz
de nos remeter a essa fase é o próprio Coliseu, considerado
nos dias de hoje como uma das sete maravilhas do mundo
moderno.
A arquitetura romana: No que diz respeito à arquitetura
da fase artística romana, devemos destacar que suas principais
características são oriundas da influência tanto da abóbada
como do uso de arco, presentes na arte etrusca. Nas estruturas
desenvolvidas nessa fase, a utilização de colunas gregas foi
diminuída e no seu lugar, foi implantada a funcionalidade por
meio de mais e mais espaços internos. No finalzinho do
primeiro século depois de Cristo, Roma começou a superar
grande parte de suas influências, apostando em um modelo
próprio de criação. No que diz respeito às casas e demais
moradias, as plantas eram fundamentais para o bom
desenvolvimento do projeto, sendo projetadas em um
retângulo. Nota-se ainda uma influência grega nessas
construções, que implantavam o “peristilo” (um espaço
delimitado com colunas isoladas e mais abertas em suas
laterais. Os templos criados pelos romanos também tinham
algumas características únicas. As laterais eram
simetricamente diferentes da porta de entrada que por sua vez
tinha uma grande escadaria. Vale destacar que grande parte
dessas construções tentaram deixar de lado a influência dos
gregos, motivo pelo qual grande parte dos templos davam
muito mais valor ao espaço interno de suas obras. Um bom
exemplo o famoso Panteão, construído durante o reinado de
Adriano, o Imperador. Um aspecto único da Arte Romana é o
fato de que somente eles tinham preocupação com a
praticidade e com o aspecto funcional de suas obras
arquitetônicas.
Dessa forma, as bases
circulares, o uso de
colunas e dos falsos arcos
para dar um ar de
decoração criavam uma
combinação entre
aspectos úteis e
embelezadores em suas
construções. Desse modo
basílicas, teatros,
templos, estradas,
palácios, pontes e outras
foram criadas com base
em um caráter harmônico
de beleza e
funcionalidade.
A pintura romana: Já a arte expressa por meio de pinturas
teve como principal aspecto a tridimensionalidade. Através de um
toque realista para inspirar por um lado, o equilíbrio era dado com
um toque de imaginação por outro. As obras então eram
marcadas por grandíssimos espaços, que traziam aspectos ainda
mais ricos para a arquitetura romana. Grande parte das pinturas
dessa fase acabaram soterradas por conta da erupção de um
vulcão, originadas nas cidades de Herculano e de Pompeia. A
pintura romana representava as cenas presentes no nosso
cotidiano, assim como suas figuras tanto religiosas como também
mitológicas. Vale destacar que os gêneros artísticos que mais se
destacaram nesse período foram as paisagens, as próprias
arquiteturas que eram retratadas com frequência em seus
quadros, retratos de indivíduos e figuras importantes e pinturas
tanto triunfais como populares. Os materiais mais utilizados nas
criações eram os metais em pó, substâncias que eram extraídas
dos moluscos, seivas de árvores, vidros pulverizados e o próprio
pó de madeira.
As esculturas: Por fim, as
esculturas romanas tinham
como base estátuas e demais
retratos que retratavam a figura
com uma característica mais
fúnebre. A reprodução visava
ser a mais fiel possível e os
aspectos psicológicos eram de
maior destaque em suas obras,
que deveriam evidenciar a
honra e o próprio caráter do
indivíduo.
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30 – RESUMÃO: ARTE GREGA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
A Arte Grega é constituída pelo conjunto
de todas as artes que compuseram o
cenário da Grécia Antiga. A Pintura,
Arquitetura, Escultura, as Artes cênicas, a
Literatura. Com perfeição e harmonia, os
gregos antigos souberam retratar através
de sua arte o seu cotidiano. Com suas
obras eles deixaram um grande legado
histórico. Enquanto a arquitetura e
escultura nos revelam sua religiosidade
mitológica, a pintura e artes cênicas nos
contam sua história através de belas
impressões de seu cotidiano.
Arte Grega na Escultura: Nas imagens que esculpiam, os
gregos buscavam a perfeição completa. Veias, músculos e
nervos eram ressaltados nas estátuas com o objetivo de
retratarem o real da figura humana em toda sua essência. A
escultura era representada por ícones religiosos. Este povo
usava esta arte para representar Deuses e Deusas de suas
crenças. Sua inspiração eram os temas religiosos. A matéria-
prima era o mármore. As brancas figuras da Grécia são até
hoje magníficos símbolos representativos da sua mitologia e
religiosidade.
Algumas características da escultura
grega são muito relevantes e devem ser
ressaltadas:
x Realismo: As esculturas eram muito
realistas, pois os artistas gregos eram
exímios em representar o real ao
máximo. Por este motivo quando se
admira uma escultura grega, são
notados detalhes perfeitos do corpo
humano. Inclusive expressões que
denotam os sentimentos.
x Temática: Essencialmente religiosa,
com representação de Deuses e
Deusas, além de atividades esportivas
relacionadas principalmente às
Olimpíadas. Também muito comum
era representarem sua rotina diária.
Arquitetura Grega: Na arquitetura, os gregos se
destacaram por suas grandes construções. O Dórico, o Jônico
e o Coríntio eram os estilos que os inspiravam. Os templos são
as construções mais famosas. Eram construídos com o objetivo
de resguardar as esculturas dos Deuses das intempéries do
tempo. Ficaram na história como símbolos da engenharia
arquitetônica grega. Bom exemplo é a Acrópole. Situada na
parte mais alta da cidade de Atenas. Representa com suas
edificações a riqueza desta terra no auge de seu poder. Os
gregos utilizavam materiais como: mármore, calcário, pedras,
madeira. Suas obras já naquela época eram realizadas à base
de cálculos matemáticos e geométricos. Além disso,
trabalhavam com proporções, simetrias e perspectivas. Alguns
exemplos da grandiosidade da arquitetura grega: Acrópole de
Atenas, Templo de Ártemis, Farol de Alexandria, Parthenon.
Arte Grega na Pintura: Os gregos tinham o hábito de
pintar em vasos e paredes dos templos e dos palacetes.
Especialmente comum era a pintura em vasos. Esteseram de
cerâmica e a princípio não serviam como objetos apenas
decorativos. Eram utensílios da rotina doméstica. As imagens
retratavam preferencialmente partes do cotidiano, as batalhas,
a mitologia e a religião.
Teatro-Artes Cênicas: O que impulsionou as artes teatrais foi
a necessidade de honrar os Deuses. As festas em homenagem a
estes foram as primeiras formas de organização teatral. Um
exemplo que pode ser citado é o “Culto a Dionísio”. Nestes
eventos a arte teatral teve início. Foram as festas dedicadas ao
Deus Dionísio que deram origem à Comédia e a Tragédias gregas.
A Literatura Grega: Os gregos nos deixaram um grande legado
com sua arte literária. Foram os pioneiros na literatura europeia.
Sua contribuição tornou-se tão significativa que definiu alicerces
para diversos gêneros. Sua cooperação associada aos clássicos
latinos e absorvida pelos romanos, compôs padrões que serviram
de moldes para a literatura ocidental. A arte grega influenciou
a arte romana. A habilidade grega era admirada por este povo que
passou a imitá-la em muitos pontos. No entanto, a influência foi
recíproca, pois os gregos também se deixaram fascinar pelo povo
de Roma.
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31 – A ARTE CRISTÃ E BIZANTINA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Enquanto os romanos desenvolviam uma arte
colossal e espalhavam seu estilo por toda a Europa e
parte da Ásia, os cristãos, que eram pessoas de
várias origens e unidas pela fé em Jesus Cristo,
começam a criar uma arte simples, executada por
homens do povo e não por grandes artistas: a arte
cristã primitiva. A arte cristã é dividida em dois
períodos: 1º Período: Quando o povo cristão era
intolerado e perseguido pelos romanos. 2º Período:
Quando o cristianismo tornou-se a religião oficial do
Império Romano, em 391.
A arte no primeiro período é
pouco elaborada. Feita por
fiéis, constitui-se
basicamente em pinturas
feitas nas paredes e tetos das
catacumbas (cemitérios
subterrâneos que também
serviam de esconderijo),
tento primeiramente como
tema o Bom Pastor (Jesus
Cristo), o peixe e o pão, que
são símbolos cristãos, e
cristãos louvando a Deus e
cenas do Antigo Testamento,
como Jonas engolido pelo
peixe e Daniel na cova dos
leões.
No segundo período, quando o Cristianismo passa a
ser religião oficial do Império Romano, a arte cristã
deixa seu esconderijo nas catacumbas e ganha
maior destaque. São construídos mausoléus e
templos decorados com mosaicos e pinturas que
continuam utilizando como tema as histórias do
Antigo e do Novo Testamento, agora realizadas por
artistas habilidosos, o que aumenta a qualidade
artística das obras. Os sarcófagos feitos para os fiéis
mais ricos eram decorados com relevos.
Em uma das cidades mais cristianizadas do Império
Romano, na chamada Bizâncio, que posteriormente
passou a se chamar Constantinopla ao tornar-se capital
do Império Romano do Oriente, surge um estilo
artístico chamado de bizantino, que mistura
características da arte clássica greco-romana e cristã e
que se desenvolverá por toda a Idade Média. Uma das
maiores contribuições da arte bizantina foi sem dúvida
a arquitetura das igrejas. Construíam-se sobre uma
base circular, octogonal ou quadrada imensas cúpulas,
criando-se prédios enormes e espaçosos decorados
com ouro, pinturas e mosaicos. A catedral de Santa
Sofia é sem dúvida um dos melhores exemplos da arte
bizantina realizada pelos arquitetos Antêmio de Tralles
e Isidoro de Mileto. Ela possui uma cúpula de 55 m de
altura, apresenta pinturas nas paredes, colunas com
capitel ricamente decorado, mosaicos e o chão de
mármore.
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32 – OS MOSAICOS BIZANTINOS. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Observe as imagens a seguir da igreja de Santo
Apolinário, o Novo, na cidade de Ravena, ao norte
da Itália: Mosaicos extremamente elaborados com
peças de tamanhos variados em sua composição. O
tema é religioso, cerca de 550 a.C.
Observe que no mosaico
bizantino as figuras humanas
são imponentes e possuem
olhos muito grandes. Outra
característica dos mosaicos e
pinturas bizantinas são as
auréolas colocadas sobre as
figuras. Elas servem para
indicar os personagens
sagrados, como santos,
apóstolos e Cristo, ou o
Imperador, considerado
representante de Deus.
O mosaico teve seu
apogeu na arte
bizantina, mas ainda
em nossos dias é uma
forma artística
amplamente usada.
Praticar a arte 1: Produção de mosaico com pedaços de papéis coloridos ou grãos variados. Observe as
orientações a seguir para você construir um mosaico tradicional.
Outra manifestação artística desse período são os
manuscritos ilustrados. São textos escritos à mão que
contam as histórias bíblicas, tendo desenhos como
ilustração dos textos. Dentre esses manuscritos
destacamos o Rótulo de Josué, que conta a vida e os
feitos do herói bíblico Josué com cenas em ordem
cronológica. O manuscrito todo tem 10 m de
comprimento e sua execução data do século VII.
Praticar a arte 2: Escolha um fato da sua vida, como uma experiência que você viveu que foi importante para
você. Produza um pequeno parágrafo narrando esse acontecimento e, sem seguida, desenhe algo sobre isso,
produzindo sua ilustração.
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33 – ILUSTRAÇ
ÃO D
E UM MANUSCRITO.
[Praticar a Arte – Volu
m
e 10/EM – Professor Fabrício Secch
in
]
A
tem
ática
da
arte
Bizantina, de um
a form
a
geral, é religiosa: eventos
bíblicos,
a
vida
dos
santos. Era função de o
artista
representar
as
crenças
teológicas.
D
evido
a
forte
im
portância das im
agens,
que
funcionavam
com
o
verdadeiras
pontes
de
contato entre o hom
em
e
o
divino
(ícones),
os
artistas
deveriam
seguir
fielm
ente as tradições. A
ilum
inação
de
m
anuscritos
continua
sendo
atividade
im
portante
na
arte
do
Im
pério.
D
e
um
a
form
a
geral,
tem
os
várias
am
ostras
da
arte
bizantina
dessa
segunda
época de ouro. N
o caso
dos
m
anuscritos
isso
é
ainda
m
ais
verdadeiro,
tendo sobrevivido vários
deles.
A
spectos
da
arte
clássica
costum
am
estar
bastante
ressaltados,
com
o
a
referência
à
m
itologia
grega.
Paris
Psalter,
de
Psalm
s,
que
retrata
episódios
do
V
elho Testam
ento, é um
bom
exem
plo
desses
m
anuscritos.
P
raticar a arte: Leia o trecho do antigo testam
ento que narra sobre as dez pragas do Egito. Lendo sobre
o acontecido, transcreva o texto em
seu caderno de arte e produza suas ilum
inuras (ilustrações) para a
história do A
ntigo Testam
ento.
Esta história está relatada na bíblia. O
Senhor escolheu M
oisés para liderar a saída do povo hebreu do
Egito, onde era escravizado. M
oisés era hebreu, m
as havia sido criado pela filha de faraó, que o
encontrou ainda bebê, boiando numcesto, dentro do rio. Durante o processo de insistência de M
oisés
junto ao faraó para que deixasse o povo partir, o Senhor enviou dez sinais —
dez pragas —
, com
o
objetivo de m
ostrar ao faraó a Sua soberania e que o Deus a quem
M
oisés e seu povo serviam
, era um
Deus que am
a a liberdade.
Prim
eira praga: a água foi convertida em
sangue: Toda e
qualquer água do Egito foi transform
ada em
sangue e até
m
esm
o os rios foram
contam
inados, vindo a m
orrer todos
os peixes.
Segunda praga: rãs: Esta praga surgiu após Arão (irm
ão
de M
oisés, que o acom
panhou durante todo o processo)
estender a m
ão sobre o Egito e surgiram
rãs de todos os
lugares.
Terceira praga: M
osquitos: Da m
esm
a form
a que antes, o
Egito foi infestado por rãs, desta vez vieram
m
osquitos a
encobrir a população e todos os anim
ais. Desencadeada
tam
bém
após Arão estender as m
ãos sobre o Egito.
Q
uarta praga: M
oscas: Bem
sem
elhante às anteriores, a
quarta praga deixou o Egito infestado de m
oscas. Faraó
concordou em
libertar o povo, o Senhor retirou a praga,
m
as assim
que percebeu que a praga havia cessado, o
faraó voltou atrás na sua decisão, aprisionando o povo
hebreu.
Q
uinta
praga:
Peste
nos
anim
ais:
Desta
vez
M
oisés
estendeu a m
ão sobre o Egito e por ordem
do Senhor
surgiu um
a praga nos anim
ais em
que m
uitos m
orreram
e
grande foi a perda para os egípcios.
Sexta praga: Úlceras: Diante da resistência de faraó, que a
cada praga aceitava libertar o povo, m
as assim
que elas
cessavam
voltava a reter os hebreus com
o escravos, o
Senhor ordenou a M
oisés e a Arão que enchessem
suas
m
ãos de cinzas e jogassem
para os céus. Assim
o fizeram
e
as cinzas se transform
aram
em
úlceras em
todo o Egito,
tanto nos anim
ais com
o nas pessoas.
Sétim
a praga: Chuva de pedras: A resistência por parte do
faraó se repetiu e assim
, o Senhor pediu a M
oisés para
estender tua varinha por todo o Egito (exceto a região
onde vivia o povo escolhido, o povo a ser liberto), e foi
assim
que um
a chuva de pedras destruiu toda a plantação.
Oitava praga: Gafanhotos: Nesta praga, pela oitava vez o
Senhor tocou no povo egípcio a fim
de fazer justiça e
libertar seu povo; enviou um
vento que passou seguido de
inúm
eros gafanhotos devorando m
uito do que possuía o
faraó. M
ais um
a vez ele cedeu, m
as som
ente até a praga
cessar.
Nona praga: Trevas: Desta vez, todo o céu do Egito se
tornou trevas e passaram
dias na escuridão (m
enos onde
estavam
os filhos de Israel). O
que tam
bém
não foi
suficiente para convencer faraó a libertar o povo de vez.
Décim
a: M
orte dos prim
ogênitos: Esta foi a últim
a praga,
em
que todos os prim
ogênitos foram
m
ortos, desde os
anim
ais até os servos, inclusive o filho do próprio faraó.
Houve grande com
oção no Egito quando por fim
, após
m
uita insistência, faraó concordou em
deixar o povo sair.
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34 – ILUMINURA DO ANTIGO TESTAMENTO: AS DEZ PRAGAS DO EGITO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
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35 – CONSTRUIND
O UM MOSAICO COM RECORTES. [Pra
tica
r a
Arte – Volu
me 10/EM]
P
raticar
a
arte:
N
a
im
agem
a
seguir,
preencha cada espaço com
pedaços de
papéis coloridos cortados no form
ato de
cada parte. Escolha as cores para a sua
com
posição em
m
osaico e, com
a cola,
vá encaixando cada peça em
seu devido
lugar.
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36 – RESUMÃO: A ARTE CRISTÃ E ARTE BIZANTINA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]Após a morte de Jesus Cristo, seus
discípulos passaram a divulgar seus
ensinamentos. Inicialmente, essa
divulgação restringiu‑se à Judéia,
província romana onde Jesus viveu
e morreu, mas depois, a
comunidade cristã começou a
dispersar‑se por várias regiões do
Império Romano. No ano de 64, no
governo do Imperador Nero,
deu‑se a primeira grande
perseguição aos cristãos. Num
espaço de 249 anos, eles foram
perseguidos mais nove vezes; a
última e a mais violenta dessas
perseguições ocorreu entre 303 e
305, sob o governo de Diocleciano.
A Arte Das Catacumbas: Por causa dessas perseguições,
os primeiros cristãos de Roma enterravam seus mortos em
galerias subterrâneas, denominadas catacumbas. Dentro
dessas galerias, o espaço destinado a receber o corpo das
pessoas era pequeno. Os mártires, porém, eram sepultados
em locais maiores que passaram a receber em seu teto e em
suas paredes laterais as primeiras manifestações da pintura
cristã. Inicialmente essas pinturas limitavam-se a
representações dos símbolos cristãos: a cruz ‑ símbolo do
sacrifício de Cristo; a palma ‑ símbolo do martírio; a âncora ‑
símbolo da salvação; e o peixe ‑ o símbolo preferido dos
artistas cristãos, pois as letras da palavra "peixe", em grego
(ichtys), coincidiam com a letra inicial de cada uma das
palavras da expressão “lesous Chrastos, Theou Yios, Soter”,
que significa "Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador" Essas
pinturas cristãs também evoluíram e, mais tarde, começaram a
aparecer cenas do Antigo e do Novo Testamento. Mas o tema
predileto dos artistas cristãos era a figura de Jesus Cristo, o
Redentor, representado como o Bom Pastor. É importante
notar que essa arte cristã primitiva não era executada por
grandes artistas, mas por homens do povo, convertidos à nova
religião. Daí sua forma rude, às vezes grosseira, mas,
sobretudo muito simples.
A Arte E O Cristianismo Oficial: As perseguições aos cristãos
foram aos poucos diminuindo até que, em 313, o Imperador
Constantino permitiu que o cristianismo fosse livremente
professado e converteu‑se à religião cristã. Sem as restrições
do governo de Roma, o cristianismo expandiu‑se muito,
principalmente nas cidades, e, em 391, o Imperador Teodósio
oficializou‑o como a religião do Império. Começaram a surgir
então os primeiros templos cristãos. Externamente, esses
templos mantiveram as características da construção romana
destinada à administração da justiça e chegaram mesmo a
conservar o seu nome - basílica. Já internamente, como era
muito grande o número de pessoas convertidas à nova
religião, os construtores procuraram criar amplos espaços e
ornamentar as paredes com pinturas e mosaicos que
ensinavam os mistérios da fé aos novos cristãos e contribuíam
para o aprimoramento de sua espiritualidade.
Além disso, o espaço
interno foi organizado de
acordo com as exigências
do culto. A basílica de Santa
Sabina, construída em
Roma entre 422 e 432, por
exemplo, apresenta uma
nave central ampla, pois aí
ficavam os fiéis durante as
cerimônias religiosas. Esse
espaço é limitado nas
laterais por uma sequência
de colunas com capitel
coríntio, combinadas com
belos arcos romanos. A
nave central termina num
arco, chamado arco triunfal,
e é isolada do altar-mor por
uma abside, recinto
semicircular situado na
extremidade do templo.
Tanto o arco triunfal como
o teto da abside foram
recobertos com pinturas
retratando personagens e
cenas da história cristã.
O Cristianismo e a Arte: Toda essa arte cristã primitiva,
primeiramente tosca e simples nas catacumbas e depois mais rica
e amadurecida nas primeiras basílicas, prenuncia as mudanças que
marcarão uma nova época na história da humanidade. Como
vimos, a arte cristã que surge nas catacumbas em Roma não é
feita pelos grandes artistas romanos, mas por simples artesãos.
Por isso, não tem as mesmas qualidades estéticas da arte pagã.
Mas as pinturas das catacumbas já são indicadoras do
comprometimento entre a arte e a doutrina cristã, que será cada
vez maior e se firmará na Idade Média.
A Arte Bizantina é uma arte cristã que surge no período em que o
Cristianismo passa a ser reconhecido como religião. Jesus,
considerado uma ameaça para o Império Romano, foi perseguido
e morto pelos romanos. Após sua morte, seus adeptos se
escondiam em catacumbas para rezar, pois continuaram sendo
perseguidos. Até que em 313 o imperador Constantino outorgou o
Édito de Milão, que proibia a perseguição aos cristãos e, então, o
Cristianismo começa a crescer. Surgem assim, as igrejas cristãs e
um novo estilo de arte, a Arte Bizantina.
Em decorrência do período histórico, a Arte Bizantina expressa
especialmente o caráter religioso. Além disso, o imperador era
uma figura de referência sagrada uma vez que desempenhava o
seu papel de governante em nome de Deus, tal como era
propagado na época. Assim, muitas vezes se encontra mosaicos
que retratavam o imperador e sua esposa entre Jesus e Maria. Os
artistas da época não tinham liberdade para se expressar, não
podiam usar sua criatividade; deviam apenas cumprir com a
elaboração da obra, tal como lhes era solicitado. Podemos, dessa
forma, destacar as seguintes características da arte bizantina:
x Caráter majestoso que demostra poder e riqueza;
x Ligação direta com a religião católica;
x Demonstração clara da autoridade do imperador - ao
considerá-lo sagrado;
x Frontalidade - representação das figuras em posição frontal e
rígida;
x Deste modo, Constantinopla viu muitos dos seus artistas
migrarem para o Império Romano do Ocidente, cuja capital era
Roma.
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37 – EXERCÍCIO INTERPRETATIVO: ARTE CRISTÃ E BIZANTINA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
1. A Arte Cristã Primitiva ganhou força a partir do
ano 390 d.C, após o reconhecimento do
cristianismo como religião oficial do Estado
romano. Assinale a alternativa que não
apresenta uma característica da arte cristã
primitiva.
a) É a arte que surge nas catacumbas.
b) É executada por pessoas que não eram
grandes artistas.*
c) É executada principalmente nas catedrais com
a presença de vitrais com temas religiosos.
d) É realizada por pessoas que seguiam os
ensinamentos de Jesus Cristo.
2. O mosaico é uma arte criada a partir de cacos
cerâmicos, pedras ou metais nobres,
substituindo as pinturas. A deformação existente
era justificada pela elevação espiritual,
importância das pessoas representadas e
proibição da igreja em relação à semelhança do
desenho com o ser humano. Assinale a
alternativa em que encontramos o estilo artístico
que usou o mosaico como forma de expressão:
a) Arte Bizantina.*
b) Arte Românica.
c) Arte Pré-histórica.
d) Arte Gótica.
e) Todas as alternativas estão corretas.
3. Os primeiros lugares dos cultos cristãos foram
nas catacumbas, túmulos subterrâneos
existentes nos arredores de Roma. Ali é possível
encontrar os primeiros símbolos cristãos.
Assinale a alternativa que justifique
corretamente o símbolo cristão primitivo
encontrado nas catacumbas:
a) Peixe - os primeiros cristãos achavam
indigesto qualquer outro tipo de carne.
b) Coroa de Deus - Deus foi o criador do universo
segundo os cristãos, por isso é considerado
um rei e deve ter uma coroa.
c) Crucifixo - uma forma simples de ser
confeccionada e vendida como
“lembrancinha” em dias de apedrejamento
público.
d) Âncora - mostrava que a vida do cristão estava
“ancorada” em uma base solida, a sua crença
e fé em Jesus Cristo ou Deus deveria ser
inabalável.*
4. Em relação à Arte Bizantina, assinale a
alternativa que não contenha nenhuma de suas
características:
a) Eram mais grandiosas e sofisticadas que suas
correspondentes ocidentais em estilo
Românico.
b) Possuíam abóbadas altas e mosaicos
complexos.
c) Sua planta baixa era octogonal ou quadrada.
d) Santa Sofia foi o marco da ArteBizantina,
sendo a primeira igreja construída neste
estilo.
e) Possuíam labirintos feitos no chão, que
conduziam o cristão até o centro, onde se
encontrava a paz e a imagem de Deus.
5. Assinale a alternativa com o elemento
decorativo mostrado na imagem:
a) Mosaico.
b) Retábulo.
c) Vitral em formato de rosácea.*
d) Pedra em formato de “cunha”.
e) Livros com iluminuras
6. Sobre a Arte Bizantina, analise as assertivas
abaixo.
I. O momento de esplendor da capital do Império
Bizantino coincidiu historicamente com a
oficialização do cristianismo. A partir daí, a arte
cristã primitiva, que era popular e simples, foi
substituída por uma arte cristã de caráter
majestoso, que exprime poder e riqueza.
II. A arte bizantina tinha um objetivo: expressar a
autoridade absoluta e sagrada do imperador,
considerado o representante de Deus, com
poderes temporais e espirituais.
III. Foi estabelecida uma série de convenções, tal
qual como ocorrera na arte egípcia, como a
frontalidade, por exemplo.
É correto o que se afirma em
a) I e II, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I e III, apenas.
d) I, II e III.*
7. O Mosaico Bizantino é uma das técnicas mais
peculiares deste período. Quanto ao mosaico
assinale a alternativa FALSA:
a) Eram produzidos com diminutas pedras
preciosas.
b) As figuras humanas eram apresentadas
chapadas.
c) As pessoas são representadas com a face
ovalada.
d) A altura com que as pessoas são
representadas não era um fator
preponderante nos mosaicos.*
8. NÃO é uma característica dos Afrescos:
a) O afresco era uma manifestação artística mais
barata que o mosaico.
b) Os afrescos não eram encontrados nos
mosteiros.*
c) As características básicas das representações
em afrescos eram as mesmas do mosaico.
d) Os afrescos, ao contrário dos mosaicos, eram
muito encontrados nas províncias pobres.
9. As imagens da arte bizantina tinham como
objetivo:
a) Mostrar a beleza de seus textos visuais.
b) Ensinar as verdades fundamentais da fé cristã.
c) Utilizar figuras e símbolos dos pagãos.
d) Preparar os cristãos para a vinda de Cristo.
10. Eram características da arte bizantina, exceto:
a) As figuras eram alinhadas em posição frontal.
b) Ausência de profundidade espacial.
c) Uso do ouro e da cor pura para transmitir
solenidade.
d) As expressões faciais denotavam grande
mobilidade.*
11. Na arte bizantina até mesmo a cor e os
bordados dos vestuários tinham por finalidade:
a) Definir cada personagem dentro das
hierarquias do Império ou da Igreja.*
b) Demonstrar a grandeza e a força do Império
Romano para os adversários;
c) Destacar o relevo corpóreo e o claro escuro
das obras;
d) Homenagear o imperador e a imperatriz.
12. O cristianismo, que veio a tornar-se a religião
oficial do Império Romano, em 380, durante o
império de Teodósio, enfocava na sua arte,
exceto:
a) As histórias do Velho e do Novo Testamento.
b) A vida dos santos e mártires cristãos;
c) A conversão do imperador e da nobreza.*
d) A conversão dos cristãos à nova religião.
13. As afirmações abaixo são características da arte
bizantina, EXCETO:
a) Predominância dos temas cristãos.
b) Presença ostensiva do uso de cores.
c) Influência da cultura greco-romana e oriental.
d) Grandes afrescos em painéis de lona.*
14. Quando e como surgiu a arte cristã?
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38 – A ARTE ROMÂNICA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
A Idade Média inicia-se em 476, no século V, com a
queda do Império Romano do Ocidente, devido às
invasões de povos bárbaros e se estende por dez
séculos. Erroneamente denominada como Idade das
Trevas pelos estudiosos do século XVI, por não ter a
grandiosidade cultural da Antiguidade clássica, a
Idade Média passou a ser entendida como etapa
necessária da história da civilização ocidental
somente no século XIX. Foi necessário cerca de um
milênio de lentas mudanças econômicas e políticas
para que o caminho rumo à modernidade fosse
preparado. Nesse período a evolução das artes e da
cultura foi praticamente nula, pois no campo não
havia condições nem público para um
desenvolvimento artístico-cultural. A Igreja Católica,
já organizada, tornou-se a instituição mais
importante da Idade Média. Durante o reinado de
Carlos Magno a Europa teve um notável
desenvolvimento cultural conhecido como
“renascimento carolíngio”.
Nas oficinas de arte de sua corte os artistas
redescobriram a cultura e a arte greco-romana,
fator decisivo para a criação de um novo estilo o
“românico”, usado nas construções de igrejas e
mosteiros. Com a morte de Carlos Magno as oficinas
de arte centralizaram-se nos mosteiros.
As construções românicas, grande parte igrejas e
mosteiros, se caracterizam pela utilização de arco
pleno, abóbodas de aresta e de berço, pela
predominância de linhas horizontais, pela solidez de
suas paredes com pequenas janelas, criando
ambientes escuros e sombrios.
A escultura românica está
inteiramente subordinada à
arquitetura e à religião. São
esculpidos relevos e estátuas-
colunas para ornamentar as
paredes que, não se limitando
apenas ao interior, aparecem
também nas fachadas das
construções românicas. Seus
relevos mostram cenas do
Antigo e Novo Testamento, o
Juízo Final, figuras de animais
fantasiosos e demônios, que
representam as tormentas a
que os pecadores, após a
morte, seriam submetidos.
Tanto a escultura como a
pintura românica retratavam
temas religiosos, pois, numa
época em que havia
pouquíssimos letrados, a
igreja recorria à arte para
transmitir os ensinamentos
religiosos.
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39 – A PINTURA ROMÂNICA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Parte da pintura
românica é
desenvolvida sob a
forma de murais, pois as
construções
apresentavam paredes
com poucas e pequenas
janelas que
possibilitavam grandes
superfícies para serem
trabalhadas.
Geralmente utilizava-se a técnica do afresco, ou
seja, pintura feita sobre uma parede com reboco
ainda fresco. Daí o nome “afresco”. Uma das
principais características da pintura românica é a
deformação.
O artista interpretava de
modo místico a realidade e
retratava seus sentimentos
religiosos nas figuras de
forma desproporcional. Por
exemplo: Cristo sempre era
pintado em tamanho maior
do que as outras figuras
próximas a ele.
Seus braços e mãos tinham proporções exageradas
para acentuar o gesto de abençoar, seus olhos eram
arregalados, simbolizando uma intensa
espiritualidade. As cores na pintura românica eram
vivas e planas e os perfis eram bem marcados. A
pintura também aparece nos manuscritos sob forma
de iluminuras, ou seja, ilustrações de textos com
cores vivas, ornamentadas com ouro e prata. As
iluminuras podem ser letras iniciais do texto,
folhagens e flores colocadas nas margens de textos,
figuras ou cenas.
Enquanto a arte românica se desenvolvia, o mundo
medieval começavaa passar por mudanças. A arte
românica predominou até o início do século XII,
quando surgiram as primeiras mudanças que mais
tarde resultariam numa revolução na arquitetura.
Embora muitos edifícios fossem construídos
aproveitando as propriedades decorativas da pedra
ou dos tijolos, a decoração colorida, obtida com os
afrescos ou então, com os mosaicos, era uma
decoração que procurava efeitos impressivos, que
amava as cores vivas e os desenhos fortemente
caracterizados.
Tais ornamentações, profusas
sobre as paredes das igrejas,
revestiam, por vezes, outras
partes do edifício. Por isso, a
pintura românica
desenvolveu-se, sobretudo
nas grandes decorações
murais, através da técnica do
afresco, que originalmente era
uma técnica de pintar sobre a
parede úmida.
Os motivos usados pelos
pintores eram de natureza
religiosa. As características
essenciais da pintura
românica foram a
deformação e o colorismo.
A deformação, na verdade,
traduz os sentimentos
religiosos e a interpretação
mística que os artistas
faziam da realidade. A
figura de Cristo, por
exemplo, é sempre maior
do que as outras que o
cercam. O colorismo
realizou-se no emprego de
cores chapadas, sem
preocupação com meios
tons ou jogos de luz e
sombra, pois não havia a
menor intenção de imitar a
natureza. A técnica da
decoração com mosaico,
isto é, pequeninas pedras,
de vários formatos e cores,
que colocadas lado a lado
vão formando o desenho,
conheceu seu auge na
época do românico. Usado
desde a Antiguidade, é
originária do Oriente onde
a técnica bizantina
utilizava o azul e dourado,
para representar o próprio
céu.
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40 – A ARTE GÓTICA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
A arte românica
predominou até o início
do século XII, quando
surgiram as primeiras
mudanças que mais
tarde resultariam numa
revolução na
arquitetura. Essa nova
arquitetura foi chamada
de gótica. Eles
relacionaram esse novo
estilo aos “godos”, povo
bárbaro de origem
germânica que invadiu o
Império Romano e
causou grandes
destruições. Com o
passar do tempo, o
nome gótico ficou
relacionado à
arquitetura de arcos
ogivais.
O estilo gótico foi na realidade um
aprofundamento dos elementos
básicos do românico, principalmente
sobre a verticalidade das construções.
O clima religioso daquela época
favoreceu a construção de edifícios
bem mais altos, que refletiam o
desejo de uma ascensão espiritual. O
gótico se originou na França e se
espalhou por várias regiões. A
primeira manifestação gótica ocorreu
ao norte de Paris com a reconstrução
da abadia de Saint-Denis (1140-1144).
Características da arquitetura gótica:
x A fachada: A igreja gótica apresenta três portais.
No portal central há uma rosácea (vitral circular),
presente em quase todas as igrejas construídas
entre os séculos XII e XIV.
x Os arcos: O arco ogival
que apresenta uma
quebra em sua parte
superior possibilitou a
construção de igrejas
mais altas, acentuando
a impressão de
verticalidade.
x As abóbodas: A utilização de arcos ogivais
permitiu a construção de abóbodas de nervuras
nas igrejas góticas, substituindo, assim, as
abóbadas de berço e de arestas usadas na
arquitetura românica.
x Os pilares: Nas igrejas góticas, as abóbodas eram
apoiadas nos pilares ou colunas de sustentação.
Com a utilização desse novo tipo de apoio, as
grossas paredes e pequenas janelas da arquitetura
românica desapareceram e deram lugar a paredes
mais leves e grandes vitrais, que proporcionaram
uma iluminação peculiar à igreja gótica.
Vitrais Góticos: Um dos mais marcantes elementos
decorativos que aparecem nessas igrejas são os vitrais,
que formavam imensas e coloridas janelas que, muitas
vezes, apresentavam desenhos geométricos ou
representavam um santo ou uma passagem do texto
bíblico. Sobre esse aspecto, ainda vale ressaltar que
eles permitiam a elaboração de um vibrante jogo de
luzes constituído a partir da combinação de peças de
vidro das mais variadas cores. O requinte, a
complexidade e os vários materiais que envolviam a
fabricação de um vitral gótico nos mostram a
consolidação de um novo ideal estético marcado pela
luminosidade e a variação de tons. Somente com o
intercâmbio promovido pelo comércio é que podemos
imaginar a existência de um processo técnico cercado
por tantas exigências. Assim, os vitrais, ao iluminarem
as igrejas, também reafirmavam um novo período da
história medieval.
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41 – A ESCULTURA E A PINTURA GÓTICA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Assim como a escultura
românica, também a gótica
estava ligada à arquitetura.
As figuras eram
geralmente esculpidas de
forma isoladas, ao
contrário das românicas,
aglomeradas e
entrelaçadas. As imagens
fantasiosas e
desproporcionais do estilo
românico foram
substituídas por figuras
mais realistas que
retratavam os valores mais
importantes daquela
época. Elas eram mais
eretas e acompanhavam a
verticalidade da
arquitetura gótica.
Contudo, o tema principal
continuou sendo o
religioso.
Em relação à arquitetura e à escultura, a pintura
gótica teve seu nascimento tardio. As primeiras
configurações góticas se deram no século XIII e
predominaram até o século XV. As principais
características da pintura gótica foram:
x Profundidade: Diferentemente da pintura
românica, onde as cenas aconteciam num único
plano, a pintura gótica procura dar algum
movimento às figuras através da postura dos
corpos e das paisagens de fundo. Porém, a ilusão
de profundidade só se realizou plenamente no
movimento que procedeu ao gótico: o
Renascimento.
x Realismo: As figuras são
representadas de forma
mais detalhada e
realista. O artista tenta
reproduzir os seres
exatamente como eles
são. Contudo, isso só foi
possível no
Renascimento através
dos estudos de
anatomia, quando a
dissecação de cadáveres
foi permitida, antes
proibida pela Igreja.
A procura do realismo na representação dos seres e
a profundidade são características das obras de
alguns artistas italianos e flamengos que
prenunciaram o Renascimento. Dentre eles
destacamos:
x Ambrigiotto Bondone: Conhecido como Giotto,
suas obras mostram figuras de santos com
aparência de homens comuns. A identificação que
ele faz da figura dos santos com seres humanos
comuns é resultado das transformações sociais e
econômicas da época em que viveu. Grande parte
de suas obras são afrescos que decoraram várias
igrejas italianas.
x Jan Van Eyck: Nascido na Bélgica, Van Eyck
aperfeiçoou a técnica da pintura a óleo e conseguiu
reproduzir com nitidez as gradações de tons e cores,
dando a ilusão de luz solar em suas pinturas. Suas
obras se destacam pela riqueza de detalhes e cores
fortes.
Na pintura religiosa assiste-se à difusão das pinturas
sobre madeira. Nobres e ricos burgueses
encomendavam, para a prática das suas devoções,
pequenos retábulos ou altares portáteis, enquanto que
o clero mandava fazer, para os altares das igrejas,
grandes pinturas que podem surgir como um ou mais
painéis (retábulo), ou serem dobradas em várias partes
(políptico).
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42 – RESUMÃO: ARTE ROMÂNICA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
CONTEXTO HISTÓRICO: A arte
românica desenvolveu-se no século XI
até o início do século XIII na Europa, e
depois pelo resto do mundo, a partir
da disseminação do cristianismo, no
auge da decadência do sistema
feudal. O nome “Românica” é dado a
esse tipo de arte, pelo fato de sua
estrutura ser muito parecida com as
construções romanas. A arte
românica nasceu logo após o termino
do ImpérioRomano, a Europa se vê
em grande crescimento, período
chamado de baixa idade média.
A arte surgiu para levar a tona o sentimento religioso da
época, em que o Papa era o líder político, ou seja, a Igreja que
centralizava o controle sobre o pensamento e a vida da época.
O crescimento religioso refletia-se na construção de várias
igrejas, onde mais comumente se encontrava esse tipo
artístico, que por sua vez, tinha o objetivo de representar os
ideais católicos.
CARACTERÍSTICAS GERAIS: O estilo românico e
caracterizado por:
x Pedra empregada nas construções;
x Telhado de madeira é substituído por abóbodas de berço e
aresta;
x Igrejas passam a ser decoradas externamente;
x As pinturas e esculturas passam a ser carregadas de
simbolismo, representando não apenas o que se vê, mas
também os sentimentos;
x A escultura em pedra em grande escala renasce pela
primeira vez desde os romanos;· Numa época em que
poucos sabiam ler, a arquitetura, escultura e principalmente
a pintura tinham o caráter de repassar valores religiosos.
EXPRESSÕES DA ARTE ROMÂNICA:
Pintura: A pintura no período era executada de diversas
maneiras, como pintura mural, Iluminura, tapeçaria e pintura
parietal. Todos os tipos de pinturas da época tinham caráter
transmissor de conhecimentos religiosos para a população, a
principal característica das pinturas românicas eram as cores
fortes e vivas. Volume, cor, efeito de luz e sombra, tudo era
simbólico e não correspondia com a realidade, ou seja, não
havia a preocupação com a representação fiel dos seres e
objetos.
Arquitetura: A arquitetura, basicamente executada em
pedra tinha caráter de monumento e fortaleza, justamente
pela enormidade das construções. A arquitetura geralmente
continha: planta basilical de uma, três ou cinco naves; colunas
que sustentavam as abóbadas. Esse tipo de construção tem um
aspecto horizontalizado com interior e exterior são muito bem
decorados.
Existiam abóbodas de dois tipos, a abóboda de berço (consiste
num semicírculo longo), e a abóboda de arestas (surgiu depois das
abóbodas de berço, pois as do modelo antigo dificultavam a
iluminação e eram muito pesadas, as novas consistiam na
interseção entra duas abóbodas berço finas apoiadas sobe pilares.
As Igrejas de peregrinação são um bom exemplo para esse tipo de
arquitetura, As mesmas ficam no caminho para os locais sagrados,
como Santiago de Compostela, Roma e Jerusalém, e serviam de
apoio e pouso para os peregrinos, ofereciam como atrativo as
relíquias, objetos pertencentes a Jesus Cristo, a Maria e aos
santos, como os cravos que pregaram as mãos e pés de Jesus, ou
os espinhos da coroa, ou ainda fios de cabelo da Virgem. A
arquitetura românica foi por um longo tempo desprezada, pois foi
escondida em baixo de reformas e reestilizações ou até mesmo
ignorada e destruída.
Escultura: No século XV, período que antecipa o estilo gótico,
inicia-se um estilo realista e simbólico nas esculturas. A escultura
passa a ser feita em conjunto com a arquitetura, ou seja, as
esculturas eram feitas dentro das colunas (Tremó), dentro dos
capitéis, nos portais (Tímpano) etc. Todo trabalho é executado
sem deixar espaços vazios. Outra importante característica é seu
caráter simbólico e antinaturalista. Assim como na pintura, não
havia a preocupação com a representação fiel dos seres e objetos
representados.
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43 – MAQUETE ROMÂNICA I – RECORTE E COLAGEM. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
/
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44 - MAQUETE ROMÂNICA II – RECORTE E COLAGEM. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
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45 – RESUMÃO: ARTE GÓTICA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Introdução: A Arte Gótica foi o estilo
artístico característico da Baixa Idade
Media na Europa. Teve início por volta do
século XII e se desenvolveu até o século
XVI, quanto teve início uma nova fase
artística: o Renascimento. Este estilo
artístico se manifestou na pintura, na
escultura e, principalmente, na
arquitetura das igrejas, catedrais,
castelos, palácios e prédios públicos.
Embora tenha sido o estilo característico
da Idade Média, muitos artistas plásticos
europeus, do século XVIII, da época do
Romantismo, resgataram este estilo
medieval e pintaram no estilo gótico.
Este estilo posterior ficou conhecido
como Neogótico.
Contexto histórico: A Arte Gótica esteve muito ligada ao
contexto histórico medieval. Ela expressou o domínio da Igreja
Católica nas áreas espiritual, política e social. O gótico está
muito ligado ao teocentrismo do período, ou seja, a ideia de
Deus no centro de todas as coisas. De certa forma, muitas
técnicas e características do estilo gótico mostram uma
transição do estilo românico, próprio da Alta Idade Média, em
direção ao Renascimento.
Arquitetura: A arquitetura foi a
principal expressão da Arte Gótica e
propagou-se por diversas regiões da
Europa, principalmente com as
construções de imponentes igrejas.
Apoiava-se nos princípios de um
forte simbolismo teológico, fruto do
mais puro pensamento escolástico:
as paredes eram a base espiritual da
Igreja, os pilares representavam os
santos, e os arcos e os nervos eram o
caminho para Deus. Além disso, nos
vitrais pintados e decorados se
ensinava ao povo, por meio da
mágica luminosidade de suas cores,
as histórias e relatos contidos nas
Sagradas Escrituras.
Do ponto de vista
material, a
construção gótica,
de modo geral, se
diferenciou pela
elevação e
desmaterialização
das paredes, assim
como pela especial
distribuição da luz
no espaço. Tudo isso
foi possível graças a
duas das inovações
arquitetônicas mais
importantes desse
período: o arco em
ponta, responsável
pela elevação
vertical do edifício, e
a abóbada cruzada,
que veio permitir a
cobertura de
espaços quadrados,
curvos ou
irregulares. No
entanto, ainda
considera-se o arco
de ogiva como a
característica
marcante deste
estilo.
A primeira das catedrais construídas em estilo
gótico puro foi a de Saint-Denis, em Paris, e a
partir desta, dezenas de construções com as
mesmas características serão erguidas em toda
a França. A construção de uma Catedral
passou a representar a grandeza da cidade,
onde os recursos eram obtidos das mais
variadas formas, normalmente fruto das
contribuições dos fiéis, tanto membros da
burguesia com das camadas populares;
normalmente as obras duravam algumas
décadas, algumas mais de século.
Principais características:
x Na arquitetura, se destacaram os entalhes intrincados e os
pináculos pontiagudos. As construções são altas, mostrando a
intenção de deixar o homem mais “próximo” fisicamente de
Deus.
x Fez oposição ao estilo austero e pesado da Arte Românica.
x Paredes e estruturas mais leves, com a construção e uso do arco
quebrado (ogival), do arcobotante e do contraforte.
x Nos campos da pintura e escultura, os artistas góticos buscaram
a leveza, a elegância, a graça e a tridimensionalidade (em
oposição as pinturas chapadas do estilo românico).
x Desenvolvimento da arte dos vitrais (desenhos montados com
pedaços de vidros coloridos), presentes em grande parte das
catedrais e igrejas góticas.
x Ressurgimento (resgate do clássico antigo) das pinturas de
paisagens, embora de forma pouco intensa.
x Os temas religiosos, principalmente ligados ao Cristianismo,
prevaleceram como centro das cenas retratadas pelos pintores
góticos.
x Muitosartistas góticos passaram a utilizar a técnica da pintura a
óleo, como um recurso para o uso de maior diversidade de cores
(em comparação ao estilo românico).
x Neste período, se destacaram também os afrescos,
principalmente em paredes e tetos de capelas, igrejas e
catedrais católicas.
x No campo das representações pictóricas de livros, se
destacaram às iluminuras (presença de detalhes em dourado).
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46 – PRODUZINDO UM VITRAL. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Praticar a arte 1: Os vitrais tiveram seu apogeu na
arte gótica. Observe as imagens a seguir:
Praticar a arte 2: Observe as construções a seguir e
identifique a que estilo cada uma delas pertence
identificando uma das características nas imagens.
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47 – EXERCÍCIO INTERPRETATIVO: ARTE ROMÂNICA E ARTE GÓTICA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
1. Sabemos que a Arte Românica cresceu devido à
fé cristã e que, portanto, tinha um caráter
religioso. Em relação às semelhanças e
diferenças da Arte Gótica com a Arte Românica,
analise e julgue os itens abaixo com (C) CERTOS
ou (E) ERRADOS: cccc
a) A Arte Gótica também surge da
espiritualidade cristã.
b) A arquitetura é o elemento mais importante
do estilo Gótico.
c) Sua escultura esta associada diretamente à
arquitetura.
d) O vitral é outro elemento pictórico da arte
Gótica.
2. Quanto às características da escultura gótica
analise e julgue os itens abaixo como (C) CERTOS
ou (E) ERRADOS: ccee
a) A escultura esta intimamente ligada à
arquitetura.
b) Sua função é ocupar espaço dentro das
construções.
c) As imagens nuas são marco, pois destoam das
demais criações deste período, entretanto,
são frequentemente encontradas.
d) Sua função era única e meramente decorativa.
3. Sobre a Escultura gótica analise e julgue os itens
abaixo como (C) CERTOS ou (E) ERRADOS: cece
a) As figuras humanas são alongadas.
b) A rigidez do período românico é abandonada.
c) As representações mais frequentes são as de
reis, rainhas, nobres de alta linhagem e
santos.
d) Um dos locais reservados às estatuas dentro
das igrejas denominava-se Tímpanos.
4. Quanto às Iluminuras julgue os itens abaixo em
(C) CERTOS ou (E) ERRADOS: ccce
a) Eram copiadas à mão.
b) Assim como os Afrescos eram feitas pelos
monges.
c) A Iluminura é uma intervenção artística feita
no inicio de cada capitulo da bíblia.
d) Os temas usados nas iluminuras eram de
personagens bíblicos
5. Como todo movimento o período Gótico tem na
arquitetura um de seus grandes representantes.
Analise e julgue os itens a baixo marcando a
ÚNICA alternativa CORRETA sobre a arquitetura
gótica.
a) Bem diferente dos edifícios baixos e pesados, a
arquitetura gótica é esbelta e muito alta.*
b) Os prédios passam a ser decorados com
inspiração na Antiguidade Clássica.
c) Os capitéis e colunas marcam este período.
d) Pela altura suas paredes eram de enorme
espessura.
6. Sobre os vitrais marque a alternativa CORRETA:
a) Vitrais são os vidros utilizados para construir
janelas.
b) Nos vitrais não ocorria geralmente variação de
cor.
c) Os vitrais continham figuras bíblicas.*
d) Da Vinci foi um grande produtor de vitrais.
7. Sobre a escultura gótica marque a alternativa
CORRETA:
a) Existiam esculturas dedicadas aos nobres nas
igrejas góticas.*
b) Não existiam imagens dedicadas aos santos.
c) Os góticos gostavam de produzir em madeira.
d) Na arte gótica quase não surgiram esculturas.
8. Sobre a pintura gótica marque a alternativa
CORRETA:
a) A pintura é o elemento mais característico da
arte gótica.
b) Temas cristãos eram trabalhados na pintura
gótica.*
c) A pintura gótica não tinha nenhuma noção de
perspectiva.
d) Os góticos não produziram pinturas murais.
9. Sobre a arquitetura gótica assinale a alternativa
CORRETA:
a) É uma arquitetura que não tem preocupação
com a proporção.
b) Tem prédios dedicados aos deuses gregos.
c) Costumas serem altas e largas as colunas.
d) As colunas parecem querer chegar ao céu.*
10. Os historiadores da arte têm sugerido que o
ter o “g tico” foi c n ado pelo anista
Giorgio Vasari (1511-1574) no século XVI em
referência a um tipo de arte nascido na Baixa
Idade Média, com grande expressão na
arquitetura e na pintura, e que se diferenciava
da arte românica, produzida antes dela. Entre os
primeiros pintores do estilo gótico, pode-se
mencionar:
a) Pablo Picasso.
b) Giotto di Bondone.*
c) Leonardo da Vinci.
d) El Greco.
e) Francis Bacon.
11. As catedrais góticas passaram a apresentar
elementos técnicos bem diversos da
arquitetura usada nas construções românicas.
Entre esses elementos, estavam:
a) Os arcos completos, como os modelos
gregos e romanos.
b) A ausência de gárgulas nas decorações
externas.
c) A ausência de vitrais.
d) Os arcos em forma de ogiva.*
e) A presença de um centro piramidal.
12. Entre os pintores flamengos (que viviam nos
Países Baixos durante a Idade Média), um dos
que mais se destacaram no emprego do estilo
gótico foi:
a) Vincent van Gogh.
b) Velasquez.
c) Rambrandt.
d) Johannes Vermeer.
e) Jean Van Eyck.*
13. O que são as iluminuras?
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14. Como é a escultura durante toda a Idade
Média?
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15. O que significa o verticalismo na Arte gótica?
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16. Que elemento da Arte gótica é responsável
pelas paredes luminosas e coloridas? Explique.
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17. Elabore e responda uma questão sobre a Arte
Gótica.
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48 – CONHECENDO A OBRA: “OESPÓLIO – O DESNUDAMENTO DE CRISTO”, EL GRECO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Este quadro ainda
permanece no mesmo
local em que foi
executado. A sacristia é
o aposento, na igreja,
em que os padres
guardam e trocam suas
vestimentas religiosas;
por isso o tema é
apropriado.
Esta figura de Cristo, uma das mais nobres
pintadas por El Greco, evoca em sua postura
os ícones bizantinos. Esta representação não
é frequente dentro da tradição iconográfica
ocidental, o que, no entanto, era usual no
âmbito artístico bizantino.
A prisão de Jesus é representada aqui de forma peculiar,
já que o artista incorporou uma série de figuras que não
se mencionam na passagem concreta do Evangelho. Esse
é o caso do homem que, entre a multidão, aponta Cristo
com o dedo. A mesma coisa acontece com as três
Marias, situadas na margem inferior do quadro. O pintor
introduziu ao lado delas um homem que trabalha sobre
uma tábua, o que poderia ser interpretado como uma
alusão simbólica a uma morte iminente.
O pintor colocou também um personagem vestido com
uma armadura. O anacronismo de sua vestimenta é
bastante chamativo. Costuma-se associar esta figura com
Pilatos e Herodes. A interpretação livre que o pintor
demonstra aqui se pode dever a que ele desejava
recolher vários momentos da Paixão num único episódio.
A multidão ocupa todo espaço da tela e não existe
nenhum referente espacial, nem natural, o que contribui
para criar uma atmosfera opressiva que acentua o seu
dramatismo.
O esquema compositivo da obra vem determinado pela
forma oval da figura de Cristo. A ele se dirigem os olhares
da massa humana que o rodeia. Com esta disposição, o
artista consegue uma sutil sensação de profundidade.
O colorido participa do espírito do tema. Da tonalidade
ocre generalizada sobressai extraordinariamente um
vermelho brilhante que condiciona o espaço do quadro e
enfatiza o sentido da ação representada.
5. Em sua opinião e sabendo da
intenção do pintor em colocar
uma multidão ao redor de Jesus.
Quais fatores nos fazem sentir
uma atmosfera opressora?
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6. Quais cores você identifica na obra? Em sua opinião, por que as
vestimentas de Jesus são vermelhas?
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7. Coloque sobre a imagem da obra a seguir um pedaço de papel
fino. Identifique as figuras geométricas presentes desenhando-
os por cima das personagens. Por exemplo: Cabeças: Círculos.
Braços e pernas: Linhas retas e curvas. Troncos: Retângulos.
Praticar a arte – Questionário interpretativo sobre a obra:
Responda as perguntas a seguir tomando como fundamento o
texto analítico apresentado.
1. Transcreva no espaço a seguir a parte do Evangelho de São
João, capítulo 19, versículos 23 e 24 para
contextualizarmos a obra:
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_________________________________________________________
_________________________________________________________
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2. Segundo o texto, o homem que trabalha
sobre uma tábua pode ser interpretado
como uma alusão simbólica de uma
morte iminente. No caso, que morte seria
essa:
a) Apedrejado.
b) Açoitado.
c) Crucificado.
d) Prisão perpétua.
3. O que o autor quis representar ao pintar um
personagem de armadura?
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4. Transcreva a ficha técnica da obra:
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49 – O RENASCIMENTO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Com o fortalecimento do comércio, o Feudalismo
entrou em decadência e muitos comerciantes
adquiriram verdadeiras fortunas, intervindo de
forma direta na política. Eles encontraram nas letras
e nas artes uma forma de prestígio, mas sempre
com o intuito de ostentar o poder. Foi assim que os
mecenas, nobres comerciantes que protegiam os
artistas e empregavam suas riquezas nas artes e nos
estudos, promoveram um grande desenvolvimento
intelectual. O que importava era voltar às fontes da
cultura clássica e fazer “renascer” o esplêndido
legado deixado pelos gregos e romanos. Entre as
redescobertas da cultura greco-romana o homem
renascentista organiza o ideal do humanismo,
movimento intelectual que colocava o homem como
centro do Universo. O propósito do humanismo era
desenvolver no homem o espírito crítico e a
confiança em si mesmo. Os intelectuais passaram,
então, a questionar a autoridade da Igreja e
atribuíram maior importância ao ser humano e à
razão. Nem por isso o Cristianismo deixou de ser a
religião dominante na Europa desse período, mas o
homem já não era mais o mesmo. A gora ele tinha
consciência do seu próprio valor.
Essa percepção de si mesmo fez com que os
tesouros artísticos e literários da Antiguidade greco-
romana fossem valorizados, e os artistas
renascentistas criaram obras de arte magníficas,
enfatizando a beleza física do homem e da mulher.
A precisão do desenho, a técnica do sfumato
(sombreados de claros e escuros) e a presença da
perspectiva proporcionaram à pintura renascentista
maior realismo. Devido ao humanismo e ao ideal de
liberdade predominante naquele período, o artista
renascentista teve a oportunidade de expressar suas
ideias e sentimentos sem estar submetido à Igreja
ou outro poder. Ele era um criador e tinha um estilo
pessoal, diferenciando-se dos artistas medievais.
Além disso, o artista era dignamente pago para
produzir suas obras, quer fossem elas feitas para
compradores particulares quer para a Igreja. Esse
movimento que floresceu na Itália difundiu-se por
quase toda a Europa. Um dos fatores que
contribuíram para essa difusão foi a invenção da
imprensa pelo alemão Johann Gutenberg. Muitas
outas descobertas e estudos foram feitos nesse
período entre eles o de Nicolau Copérnico, que
colocava o Sol como centro do Universo, e não a
Terra, como definiu a Igreja.
A Arquitetura: A arquitetura renascentista também
sofreu grandes transformações. Os arquitetos do
Renascimento preocupavam-se em criar ambientes
que mostrassem o equilíbrio das linhas, a organização
da matemática dos espaços e os elementos da
antiguidade clássica na decoração. A cúpula é um
detalhe importante e constante nas construções
renascentistas. O mais famoso exemplo de cúpula
existente nesse período é sem dúvida a da Basílica de
São Pedro.
A arquitetura dos prédios públicos e palácios foi
fortemente influenciada pelas características do
Renascimento.
O Maneirismo: Na Itália, a partir de 1520, alguns pintores
começaram a procurar formas alternativas para a criação de suas
obras. Embora tenham buscado inspiração nas obras
renascentistas de Michelangelo, Leonardoda Vinci e Rafael,
deram início a um novo estilo artístico que rompeu com o
equilíbrio, a organização espacial, a simetria, a racionalidade e a
proporções estabelecidas pela arte renascentista. Esse novo estilo
foi denominado de Maneirismo, termo originário da palavra
italiana maneira, que designa o estilo ou a maneira própria com
que cada artista realiza a sua obra.
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50 – PRINCIPAIS ARTISTAS DO RENASCIMENTO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Dentre os grandes artistas do Renascimento
podemos citar:
Foi um artista genial que, aos 21 anos
de idade, concebeu a pintura como
imitação fiel do real. Morreu aos 27
anos e deixou obras que retratam as
formas humanas com impressionante
beleza.
Frade dominicano que iniciou sua
carreira ornamentando manuscritos.
Seguiu as tendências realistas de
Masaccio, e, respeitando os seus votos,
suas obras possuem com o tema
principal a religião.
Trabalhou na decoração da Capela
Sistina. Retratava dois temas em suas
obras: a Antiguidade grega e o
Cristianismo. Criava a leveza dos
corpos, esguios e desprovidos de força,
eles pareciam flutuar.
Foi o talento mais versátil do
Renascimento. Desenhista, pintor,
escultor, engenheiro e arquiteto,
realizou vários trabalhos e
pesquisas aprofundando-se nos
mais diversos setores do
conhecimento humano, entre eles
anatomia, botânica, mecânica,
hidráulica, óptica, arquitetura e
astronomia.
Nas artes, seus estudos de perspectiva são
considerados insuperáveis. O Sfumato, técnica de
uso de tons claros e escuros, foi utilizado em suas
obras de forma magistral.
Arquiteto, pintor, poeta e escultor, um
dos maiores representantes do
Renascimento. Como arquiteto,
trabalhou na cúpula da igreja de São
Pedro, em Roma, e na Praça do
Capitólio.
Como pintor, trabalhou na pintura do teto da Capela
Sistina. As poses das figuras da Capela Sistina
baseiam-se em famosas esculturas gregas e
romanas, que Michelangelo estudava
minuciosamente.
Com apenas 21 anos de idade foi
considerado um grande artista. Para
elaborar poses e expressões, planejava
suas obras e fazia centenas de desenhos.
Seus afrescos se tornaram sinônimo de
beleza e técnica.
Foi o maior pintor da escola veneziana.
Ticiano produziu uma série de obras
religiosas, mitológicas e retratos utilizando
cores vivas e movimentos que mais tarde
serviram de base para outros artistas.
Revelou seu talento para o desenho ainda
menino. Retratou aquarelas diversos
lugares que visitava. Foi o primeiro artista
alemão que concebeu a arte como uma
representação da realidade.
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51 – ENTENDENDO A PERSPERCTIVA RENASCENTISTA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Quando olhamos algumas
pinturas da época do
Renascimento, ficamos
surpreendidos com a capacidade
do pintor de copiar a realidade.
Esses efeitos até hoje nos
surpreendem quando observamos
o sorriso contido da pintura Mona
Lisa. Os resultados obtidos nas
pinturas dessa época se devem
em grande parte à perspectiva. Ela
permitiu aos pintores representar
no plano os objetos como se eles
tivessem vida, como se fossem
reais. O pintor estudava as
possiblidades de criar a perfeição
e reproduzir em seus desenhos o
que ele enxergava, definiam um
lugar ideal a partir do qual se
deveria olhar o mundo ou o
quadro. Os pintores
renascentistas consideravam a
existência de um único padrão de
beleza, uma única religião
verdadeira, uma cultura superior a
todas as outras. Eles olhavam o
mundo de um único ponto e partir
dele construíam sua arte. Na
Europa, o Renascimento permitia
uma explosão nas artes. Cada vez
mais as pinturas e as esculturas
procuravam estar de acordo com
as proporções humanas sem
nenhum desvio, buscava-se a
igualdade entre Deus e o homem.
Praticar a arte: Observando os exemplos a seguir de desenhos em perspectiva. Escolha dois deles e
reconstrua nos espaços, levando em consideração o olhar do observador.
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52 – PRATICANDO O DESENHO DE FIGURAS HUMANAS. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Os artistas renascentistas
desenhavam figuras com muita
precisão. Você também pode
começar a desenhá-las. Observe.
Praticar a arte: Utilizando lápis HB, 2B e 6B, copie nos espaços a
seguir os detalhes retirados da obra “Dama com Arminho”, de
Leonardo da Vinci.
CONHECENDO A OBRA: “Da a co Ar in o”
A pintura foi feita durante a
primeira visita de Da Vinci a
Milão, para onde ele foi na
esperança de conseguir a
proteção do Duque de Milão,
Lodovico Sforza. A composição é
inovadora e, ao mesmo tempo,
complexa. A dama foi pintada
virando a cabeça da sombra para
a luz, atraída por algo fora do
quadro. Isso dá uma dinâmica à
pose e provoca o interesse do
espectador.
Detalhes da obra de Dama com Arminho:
1. Mão: As mãos femininas eram geralmente pintadas
em formas arredondadas e graciosas, mas nessa
obra é possível ver o resultado da exploração
anatômica dos músculos e ossos. A mão em formato
de garra dá um efeito levemente perturbador à
cena.
2. Arminho: O arminho branco que a dama segura foi
ampliado para equilibrar a composição. Seus olhos
marrons e a suas feições marcadas espelham
desconfortavelmente as feições da jovem.
3. Rosto: A luz se propaga sobre o rosto de Cecília
revelando um esboço de um sorriso. Essa parte foi
modelada delicadamente com tons de pele pálidos e
um leve rubor nas bochechas.
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53 – EXERCÍCIO DE DESENHO DE PARTES DO CORPO HUMANO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Praticar a arte: Recorte de revistas ou jornais, ou até mesmo da internet, várias partes do corpo humano (olhos, bocas, orelhas, mãos, pés etc.) e tente desenhá-las
como no exemplo a seguir. Você pode escolher fotos de pessoas famosas (artistas, cantores etc.).
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54 – RESUMÃO: O RENASCIMENTO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
O renascimento é um movimento
artístico que possui uma grande
importância na história da arte e do
mundo como uma forma geral, uma
vez que mesmo o avanço do
capitalismo e suas características
possuem origens com artistas
renascentistas e suas ações. No
período histórico, o Renascimento
ocorreu entre os séculos XIV e XVI,
quando a cultura greco-romana
passou a exercer uma grande
influência sobre os artistas e
principais nomes do Renascimento.
Aliado a isso, neste mesmo período passou a haver uma
elevação dos valores da burguesia, em detrimento à
supremacia religiosa e da nobreza existente até então, fazendo
com que o Renascimento tenha muito de sua história ligada a
esta inversão de valores ocorrida no período histórico.
Características do
Renascimento:
A razão, de acordo com o pensamento
da Renascença, era uma manifestação
do espírito humano que colocava o
indivíduo mais próximo de Deus. Ao
exercer sua capacidade de questionar
o mundo, o homem simplesmente
dava vazão a um dom concedido por
Deus (neoplatonismo). Outro aspecto
fundamental das obras renascentistas
era o privilégio dado às ações
humanas, ou humanismo. Tal
característica representava-se na
reprodução de situações do cotidiano
e na rigorosa reprodução dos traços e
formas humanas (naturalismo). Esse
aspecto humanistainspirava-se em
outro ponto-chave do Renascimento:
o elogio às concepções artísticas da
Antiguidade Clássica ou Classicismo.
Pintura: Talvez nenhuma época artística tenha sido
igualmente rica e tão talentosa com grandes pintores como o
Renascimento. As principais características da pintura são:
x Perspectiva: arte de figura, no desenho ou pintura, as
diversas distâncias e proporções que têm entre si os objetos
vistos à distância, segundo os princípios da matemática e da
geometria;
x Uso do claro-escuro: pintar algumas áreas iluminadas e
outras nas sombras, esse jogo de contrastes reforça a
sugestão de volume dos corpos;
x Realismo: o artista do Renascimento não vê mais o
homem como simples observador do mundo que expressa a
grandeza de Deus, mas como a expressão mais grandiosa do
próprio Deus. E o mundo é pensado como uma realidade a
ser compreendida cientificamente, e não apenas admirada;
x Inicia-se o uso da tela e da tinta à óleo: Tanto a
pintura como a escultura que antes apareciam quase que
exclusivamente como detalhes de obras arquitetônicas,
tornam-se manifestações independentes.
x Surgimento de artistas com um estilo pessoal:
diferente dos demais, já que o período é marcado pelo ideal
de liberdade e, consequentemente, pelo individualismo.
Arquitetura: Na renascença italiana formada nos mesmos
princípios da geometria harmoniosa em que se baseavam a
pintura e a escultura, a arquitetura recuperou o esplendor da
Roma Antiga. Na arquitetura renascentista, a ocupação do
espaço pelo edifício baseia-se em relações matemáticas
estabelecidas de tal forma que o observador possa
compreender a lei que o organiza de qualquer ponto em que
se coloque. As principais características da arquitetura
renascentista são:
x Ordens Arquitetônicas;
x Arcos de Volta-Perfeita;
x Simplicidade na construção;
x A escultura e a pintura se desprendem da arquitetura e
passam a ser autônomas;
x Construções: palácios, igrejas, vilas (casa de descanso fora da
cidade), fortalezas (funções militares) e planejamento
urbanístico.
Escultura: Ao contrário, por exemplo, da arte grega, o
Renascimento já não sentiu a necessidade de elaborar para a
escultura uma série de regras comparáveis às da arquitetura. O
que não quer dizer que faltassem, na escultura renascentista,
formas e tendências características. Simplesmente, a passagem da
arte do período anterior é menos brusca, é mais uma questão de
gosto do que de teoria. Acima de tudo, o reconhecimento de uma
escultura renascentista é feito procurando os motivos de fundo
em que ela se inspira. Os principais motivos são:
x Acentuado naturalismo, ou seja, a procura de verossimilhança;
x Um forte interesse pelo homem, pela forma de seu corpo, da
sua expressão;
x Gosto marcado não só pelo conhecimento e técnica, como pela
ostentação de conhecimento;
x Aspiração pela monumentalidade;
x Esquemas compositivos, quer dizer formas globais,
geometricamente simples.
A escultura, assim como a pintura, já não fazia parte do projeto
arquitetônico como ornamentação do edifício. Conquistaram
autonomia e brilhavam pela sua própria expressão.
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55 – EXERCÍCIO INTERPRETATICO: O RENASCIMENTO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
1. O Renascimento, amplo movimento artístico,
literário e científico, expandiu-se da Península
Itálica por quase toda a Europa, provocando
transformações na sociedade. Sobre o tema, é
CORRETO afirmar que:
a) O racionalismo renascentista reforçou o
princípio da autoridade da ciência teológica e da
tradição medieval.
b) Houve o resgate, pelos intelectuais
renascentistas, dos ideais medievais ligados aos
dogmas do catolicismo, sobretudo da
concepção teocêntrica de mundo.
c) Nesse período, reafirmou-se a ideia de homem
cidadão, que terminou por enfraquecer os
sentimentos de identidade nacional e cultural,
os quais contribuíram para o fim das
monarquias absolutas.
d) O humanismo pregou a determinação das ações
humanas pelo divino e negou que o homem
tivesse a capacidade de agir sobre o mundo,
transformando-o de acordo com sua vontade e
interesse.
e) Os estudiosos do período buscaram apoio no
método experimental e na reflexão racional,
valorizando a natureza e o ser humano. *
2. À EXCEÇÃO DE UMA, as
alternativas abaixo apresentam
de modo correto características
do Renascimento. Assinale-a.
a) O retorno aos valores do mundo
clássico, na literatura, nas artes,
nas ciências e na filosofia.
b) A valorização da
experimentação como um dos
caminhos para a investigação
dos fenômenos da natureza.
c) A possibilidade de uma estreita
relação entre os diferentes
campos do conhecimento.
d) O fato de ter ocorrido com
exclusividade nas cidades
italianas.*
e) O uso da linguagem matemática
e da experimentação nos
estudos dos fenômenos da
natureza.
3. Sobre o Renascimento, é CORRETO afirmar que:
a) Uma das características mais importantes do
Renascimento foi a ruptura com a Antiguidade
Clássica.
b) Os estudos astronômicos desenvolvidos por
Nicolau Copérnico durante o Renascimento
permitiram a conclusão de que os planetas
giravam em torno da Terra.
c) Os mecenas foram personagens importantes
no Renascimento, pois sua oposição aos
artistas fez com que estes exercessem com
mais afinco sua criatividade.
d) Leonardo da Vinci, artista de grande
versatilidade e inúmeros interesses, é um
representante do Humanismo.*
4. O Renascimento italiano pode ser caracterizado:
a) Por uma sociedade teocêntrica, baseada na
produção agrícola, predominantemente
alfabetizada e rural.
b) Por uma visão predominantemente
antropocêntrica, com intensas trocas comerciais
e cujas obras de arte foram, em boa medida,
inspiradas nos modelos da antiguidade clássica.*
c) Por uma contraposição direta à “Idade das
Trevas”, sobretudo porque os artistas
renascentistas tinham, majoritariamente,
aversão ao cristianismo.
d) Pela inexistência de estudos da anatomia
humana, já que essa era uma proibição expressa
da Igreja Católica.
5. O renascimento cultural e artístico do século
XVI teve grandes nomes da pintura entre os
seus protagonistas. Assinale a alternativa que
indica o artista renascentista italiano que ficou
conhecido como o Pintor das Madonas.
a) Leonardo da Vinci.
b) Rafael Sanzio.*
c) Giordano Bruno.
d) Michelangelo.
6. Quais os principais aspectos valorizados pelos
artistas renascentistas em suas obras e em quais
locais da Europa esta produção artística foi mais
valorizada?
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7. Cite dois pintores renascentistas e dois
arquitetos do período, indicando ao menos uma
de suas obras.
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8. Sobre as principais características técnicas de
produção artística, nas quais se basearam os
pintores e escultores renascentistas para a
produção de suas obras, assinale a alternativa
incorreta:
a) Princípios matemáticos e racionais.b) O antropocentrismo.
c) O plano reto e motivos religiosos.*
d) A adoção da perspectiva.
9. Como eram chamados os protetores das artes e
das ciências?
a) Renascentistas.
b) Mecenas.*
c) Humanistas.
d) Giottas.
10. Sobre Leonardo da Vinci, é CORRETO afirmar
que:
a) Foi um importante governante italiano que
patrocinou vários artistas e cientistas do período
renascentista.
b) Foi um importante pintor, escultor, cientista,
engenheiro, escritor e físico do Renascimento.*
c) Foi o mais importante escultor e poeta do
Renascimento Italiano.
d) Foi um importante escultor e pintor italiano do
Renascimento, cuja principal obra é Pietá.
11. Qual artista renascentista
italiano representou a virgem
Maria com o menino Jesus?
a) Galileu Galilei.
b) Leonardo da Vinci.
c) Rafael Sanzio.*
d) Michelangelo Buonarroti.
e) Domenico theotokopoulos.
12. As principais características do Renascimento
foram?
a) Romantismo, espírito critico em relação à
política, temas de inspiração exclusivamente
naturalistas.
b) Ausência de perspectiva e adoção de temas do
cotidiano religioso, tendo como foco apenas os
valores espirituais.
c) Uso de temas ecológicos evidenciando a
preocupação com o meio ambiente, execução de
variados retratos de personalidades da época.
d) Antropocentrismo, humanismo e inspiração
greco-romana.*
e) Teocentrismo, realismo e intensa espiritualidade.
13. Qual foi a classe social que financiou as obras
renascentistas e por que faziam isso?
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56 – A ARTE DO BARROCO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
O surgimento da arte barroca no século XVII, na
Itália, deve-se a uma série de mudanças
econômicas, religiosas e sociais ocorridas na Europa.
Com o humanismo, o Renascimento e,
principalmente, a Reforma, a Igreja Católica teve seu
poder enfraquecido. Para recuperar seu prestígio e
poder, a Igreja organizou a Contra-Reforma. Uma
das iniciativas e talvez a mais importante foi a
criação da Companhia de Jesus, ordem religiosa que
difundiria a fé católica entre os povos e edificar
grandes igrejas. É na construção e decoração dessas
igrejas que nasce a arte barroca. Arquitetos,
escultores e pintores foram convocados para
transformar igrejas em verdadeiras exibições
artísticas, cujo esplendor tinha o propósito de
convertes ao catolicismo todas as pessoas. Da Itália,
a arte barroca se propagou para outros países
europeus e pelo continente americano através dos
colonizadores espanhóis e portugueses. Ela se
manifestou de forma distinta em cada país, porém
manteve algumas características básicas.
Diferente do Renascimento, em que as figuras são
apresentadas de forma como se estivessem
posando para um retrato, no Barroco elas passam a
ser apresentadas de forma teatral, isto é, parecem
sempre estar em movimento. Jogos de luz dão
intensidade dramática à cena, destacando os
elementos mais importantes do quadro, os quais
formam uma composição em diagonal. A simetria e
o equilíbrio entre arte e ciência, metas que o artista
renascentista buscava de forma consciente, são
rompidos na arte barroca, que procura retratar
temas religiosos, mitológicos e do cotidiano com a
predominância da emoção e não da razão. Através
de um colorido intenso e de um contraste de claro-
escuro, a arte barroca consegue expressar de forma
peculiar os sentimentos humanos.
O equilíbrio entre razão e emoção, característica da
escultura renascentista, desapareceu com o
predomínio do Barroco, que escolheu a dramaticidade
das expressões e o dinamismo dos movimentos como
elementos básicos de seu espírito. Essas peculiaridades
da escultura barroca se concretizaram através da
predominância de linhas curvas, excesso de dobras nas
vestes e a utilização do dourado.
A escultura barroca não decorou
somente fachadas, portadas e
interiores de igrejas e palácios. Ela
também esteve presente nas
construções e restaurações de fontes.
A arquitetura barroca também se
caracterizou pelas diferentes
combinações de elementos que
criaram efeitos de forma e luz,
rompendo com a frontalidade dos
estilos arquitetônicos precedentes e
com os valores renascentistas de
simplicidade e racionalidade. Na igreja
barroca é comum a predominância de
cúpulas altas e imponentes. No seu
interior, uma fileira de pequenas
capelas estendia-se de um lado ao
outro da nave, cada qual com um altar
ricamente decorado. Em cada um
desses altares, uma imagem de santo
era colocada para incentivar os fiéis à
devoção a Deus e à adoração dos
santos. Essas são algumas das
características arquitetônicas que
atendiam as necessidades da Igreja
Católica de proclamar e exibir o seu
triunfo e poder.
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57 – A IGREJA BARROCA NO BRASIL: A IGREJA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS/MG. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Estilo artístico nascido na Itália no início do século 17, o barroco chegou ao Brasil quase 100 anos depois. Nosso país vivia o chamado Ciclo do Ouro, período em que
a descoberta desse metal precioso em Minas Gerais transformou a região em um importante centro econômico. Exatamente por isso, boa parte da herança barroca
no Brasil está espalhada por cidades mineiras, não só em obras artísticas, como esculturas, mas também na arquitetura de várias igrejas erguidas nessa época. A
construção de templos ricamente ornamentados e com formas exuberantes contrastava com a simplicidade do estilo renascentista, que reinava até então. Assim,
nas igrejas barrocas os altares e os púlpitos eram decorados com extravagância, recobertos por espirais, flores, monstros e anjinhos de cabelos encaracolados.
Como se isso não bastasse, boa parte do
interior delas era folheado a ouro,
aproveitando a abundância do mineral no
país. Toda essa opulência e riqueza de
detalhes pode ser observada em várias
igrejas de Minas. Mas talvez nenhuma
delas simbolize tão bem as características
do barroco brasileiro como a de São
Francisco de Assis, em Ouro Preto (MG).
Ela é um marco do estilo e tem abundância
de luz e cor. A igreja – ou capela, como
preferem os especialistas – começou a ser
erguida em 1776 e só ficou pronta no início
do século 19. Ela foi desenhada e
ornamentada pelo maior artista brasileiro
do período, Antônio Francisco Lisboa.
Chamado popularmente de Aleijadinho,
por causa de uma atrofia muscular que
atingiu seus membros, ele era filho de um
arquiteto português com uma escrava.
Além de projetar construções, Aleijadinho
também era um brilhante escultor. Para
superar a deficiência física na hora de fazer
suas obras, ele amarrava nas mãos
instrumentos para talhar e aparar blocos
de pedra. Graças à criatividade e ao
esforço desse talentoso artista, a capela de
São Francisco de Assis é considerada a
mais bela de todas as igrejas barrocas de
Minas Gerais.
Desenho revolucionário: A fachada principal e o corpo da igreja
têm forma curvilínea, uma característica nova trazida pelo estilo
barroco, pois os templos religiosos até então costumavam ser
retangulares. As duas torres arredondadas e lembrando a forma
de uma guarita valeram à construção o apelido de “Igreja Militar”
Fachada extravagante: Nem todas as igrejas barrocas têm uma fachada tão
trabalhada como a da São Francisco de Assis. No alto da porta principal, vê-se
uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, padroeirados franciscanos. O
medalhão redondo um pouco mais acima retrata São Francisco, de joelhos,
recebendo as chagas de Cristo.
Altar esculpido: O interior das igrejas barrocas tem paredes e teto revestidos de
madeira esculpida. O altar-mor da São Francisco de Assis, projetado por
Aleijadinho e pintado por Manuel da Costa Athayde, é um bom exemplo: atrás
dele, uma peça de madeira em alto- relevo com acabamento de ouro mostra a
exuberância da arte barroca.
Famosos anjinhos: Altares laterais repletos de anjinhos, flores e espinhos estão
presentes em quase todas as igrejas do estilo. Na São Francisco de Assis, podem
ser vistos três altares de cada lado da nave, dedicados a santos franciscanos:
Santa Isabel da Hungria, Santo Ivo, São Francisco de Assis, São Lúcio e Santa Bona,
São Roque e Santa Rosa de Viterbo.
Sacristia assombrada: O lavabo em pedra-sabão da sacristia é considerado uma
obra ímpar de Aleijadinho. Retrata uma figura humana com olhos vendados
representando as qualidades franciscanas: pobreza, fé, obediência e castidade.
Mas a sacristia também é famosa pela lenda de que o fantasma de uma mulher
com roupas do século 18 costumava aparecer no local
Teto de tirar o fôlego: Pinturas rebuscadas podem ser vistas
em quase todos os templos barrocos. O teto da igreja, também
pintado por Manuel Athayde, é uma obra-prima que levou
quase 11 anos para ficar pronta. O artista mostrou a ascensão
de uma Nossa Senhora com traços mulatos, envolta numa
grande revoada de anjos.
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58 – PRINCIPAIS ARTISTAS DO BARROCO NO MUNDO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Caravaggio foi um dos maiores
artistas do barroco italiano que
viveu no século XVI.
Dono de uma personalidade
forte e um estilo extravagante,
grande parte de sua obra
chocou a sociedade. Sua
pintura foi considerada
revolucionária para a época,
seja nas técnicas utilizadas,
seja nas pessoas retratadas.
Segundo ele: “Não sou um
pintor valentão, como me
chamam, mas sim um pintor
valente, isto é, que sabe pintar
bem e imitar bem as coisas
naturais.”.
Rubens costumava dar às
vestimentas um colorido
exuberante que contrastava
com a pele clara das figuras
retratadas. Trouxera da Itália a
predileção por telas
gigantescas e foi mestre na
arte de dispor as figuras, a luz e
a cor numa vasta escala,
sugerindo um intenso
movimento.
Sua obra se caracteriza pela
predominância de expressões
dramáticas e pela utilização de
vívidos efeitos de luz.
Rembrandt conseguiu
reproduzir em suas telas uma
gradação de claridade nunca
vista antes. Embora os retratos
e cenas religiosas e mitológicas
constituam a maior parte de
sua obra, ele também
contribuiu de forma original a
outros gêneros, incluindo a
natureza-morta e o desenho.
O maior pintor da escola
espanhola, mestre na
representação de luz e sombra.
Nasceu em Sevilha, e logo na
adolescência produziu obras
que impressionam pela
elaborada técnica. Em 1623 foi
nomeado um dos pintores da
corte do Rei Filipe IV,
tornando-se o mais prestigiado
pintor do reino espanhol.
Embora tenha se dedicado a
pintar retratos da realeza,
também registrou em seus
quadros o cotidiano de pessoas
humildes do seu país.
Foi um escultor e arquiteto
italiano considerado a maior
expressão do barroco. Grande
parte de sua obra está
espalhada nas cidades de
Roma e do Vaticano. Embora
seja mais conhecido pelo seu
trabalho de arquiteto e
escultor, Bernini foi um artista
múltiplo. Ele também produziu
desenhos, pinturas e ainda, foi
produtor de espetáculos.
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59 – A ARQUITETURA BARROCA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
O estilo barroco é aquele que marca o período entre
os séculos XVI e XVIII. Nascido na Itália, esse estilo
rebuscado e profundamente marcado por ideais
religiosos transparece de modo claro e absoluto na
arquitetura. O estilo barroco também foi
importantíssimo para o desenvolvimento e conceito
de urbanismo na Europa dos fins da era medieval.
Contudo, para compreender todo esse movimento
artístico e arquitetônico é preciso voltar no tempo e
entender o período dramático pelo qual passava a
Igreja Católica.
Uma das principais e mais notáveis características
do estilo barroco é a extravagância e o exagero nos
ornamentos e decorações. Sem falar que esse novo
movimento artístico tira o homem do centro para
exaltar os mistérios de Deus e da Igreja. Ou seja, ele
rompe com os ideais racionais, simétricos e
proporcionais do classicismo greco-romano para
adentrar em um movimento profundamente ligado
às emoções e sensações. Tudo isso para promover e
reafirmar o status, poder e domínio da Santa Sé,
combatendo ao mesmo tempo o avanço da Reforma
Protestante. Por essa razão, que o estilo barroco
está presente em grande parte apenas em Igrejas,
basílicas e monumentos de influência cristã. Eram
poucas as casas e espaços públicos romanos
influenciados pelo barroco, apesar de existirem. O
barroco sai do domínio da Igreja somente na França
e outros países do Norte da Europa, onde é possível
vê-lo em prédios públicos e residências particulares.
Características da arquitetura barroca: Sem medo de ousar, o Barroco rompeu totalmente com as escolas
artísticas do passado ao propor um estilo cheio de ornamentos e proporções irregulares e incomuns. Confira
abaixo as características que marcaram a arquitetura barroca:
x Extravagância e exageros ornamentais e decorativos
feitos em gesso ou estuque;
x Obras de formato incomum e irregular;
x Ideia de movimento aplicada com o uso de curvas;
x Proporcionar ao observador da obra uma visão de
infinitude e grandeza;
x Dramaticidade e efeitos teatrais;
x Afrescos de teto usados em larga escala;
x Grande uso de ornamentos dourados e acobreados;
x Manipulação da luz e sombra como forma de
aumentar o sentido de mistério;
x Nave única nas igrejas;
x Deus e a Igreja passam a ser o centro da obra e não
mais o homem;
As principais diferenças entre a arquitetura barroca e a arquitetura clássica, sua precedente, são o uso da
emoção e das sensações em detrimento da racionalidade, a complexidade no lugar da simplicidade e a
ambiguidade ao invés da clareza.
Arquitetura Barroca no Brasil: A arquitetura barroca também teve seu ponto alto no Brasil e até hoje é
apreciada por artistas e arquitetos do mundo todo. O barroco brasileiro está relacionado com o barroco
português, trazido pelos jesuítas, que por sua vez foi influenciado pelo italiano, todos, no entanto, tem na
visão religiosa sua principal inspiração. O estado de Minas Gerais, mais especificamente a cidade de Mariana
e Ouro Preto, concentra as obras do período barroco no Brasil, que predomina entre os séculos XVII e XVIII.
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60 – RESUMÃO: A ARTE BARROCA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Em um contraste marcado pelo
período de declínio da Igreja
Católica, seus religiosos voltam
com tudo influenciando não só o
cenário socioeconômico e
político de toda a Europa, como
também as tendências artísticas.
A arte barroca surge então em
meio a um contraste: de um lado,
temos o teocentrismo e a
essência do espiritualismo
presente na Idade Média. E do
outro, a influência parte do
antropocentrismo e racionalismo
que marcaram o período
renascentista.
Os primórdios da arte barroca: Sendo assim, a arte
barroca surge no início do século XVIII, em território italiano.
As igrejas católicas, após passarem por um período de crise,
adotaram uma forma maisartística para as suas construções e
a onda se estendeu por todo o continente europeu. A principal
semelhança com o Renascentismo se dá pelo fato de que
ambos tinham uma ideologia muito parecida, principalmente
pelo destaque dado aos elementos mais antigos, como na
arquitetura. No século XVIII, todo o mundo (e não só a Europa)
passava por uma série de mudanças impulsionadas pelas
descobertas tanto em âmbito político como também social. O
catolicismo, então, começou a perder alguns fãs e muitos deles
começaram a seguir Martin Lutero e o Protestantismo por ele
desenvolvido.
Os fenômenos da arte barroca: Um grande fenômeno
da arte barroca, como já visto anteriormente, é a junção
proposta entre dois elementos que já na época entravam em
desavenças, encontradas até os dias atuais: a ciência e a
crença religiosa. É nessa linha tênue que separa as duas que
podemos encontrar a arte barroca. Porém, no barroco a
ciência sempre se sobressaiu, devido às revoluções culturais,
artísticas e sociais da época. Isso fez com que os indivíduos
começassem a perceber que talvez existisse algo mais do que
religião no mundo e algumas explicações da ciência estavam
explícitas em obras literárias ou pinturas do período barroco.
Nas pinturas de arte barroca sempre foi comum um ponto de
vista mais medieval, porém, sempre exalando os ideais do
período renascentista. Sendo assim, as obras ganhavam um
grande contraste proporcionado pela bela mistura entre
sombras e luz. As divindades religiosas, por exemplo,
ganhavam uma forma humana após misturar o homem com
Deus. Os seres celestiais, por outro lado, ganhavam o corpo de
mulheres e homens na pintura barroca.
Características da arte barroca: As obras artísticas
criadas durante o movimento barroco têm características bem
marcantes e fortes, capazes inclusive de mexer com o próprio
psicológico de nós humanos. Em pinturas e até mesmo as
construções desse tipo de arte é notável a forma como se
aproximam dos humanos, com todos os detalhes e diferenciais
do nosso corpo e alma. É possível sentir as emoções que
aquela obra (ou quem está dentro dela) tenta nos
proporcionar, assim como a beleza, a força, a inveja, o medo.
Outra característica presente na arte barroca é a expressão do
pessimismo que, inclusive, estabelece um conflito real e
marcante entre o personagem, ou seja, o eu e o resto do
mundo. Muitos dos autores se dividiam entre a fé imposta
pelo catolicismo e a razão do renascimento.
Sendo assim, a arte barroca conta com vários recursos para
expressar o sofrimento causado pelas dúvidas nos seres humanos,
como é o caso da dor e da pobreza, por exemplo. Com uma
linguagem extremamente rica, a arte barroca também valoriza o
contraste encontrado entre dois opostos: de um lado, o céu. De
outro, a terra. O que seria encontrado em um abismo entre a
juventude e a velhice? E entre o pecado e o pedido de desculpas?
Todas essas perguntas encontram suas respostas (ou novos
enigmas) na arte barroca. Além da arte e em construções, o
barroco também se desenvolve de maneira expressiva na
literatura e até mesmo na decoração, estando presente em
objetos e móveis até os dias atuais como em camas, cômodas,
espelhos e outros. O uso desses itens era comum principalmente
em palácios reais.
A arte barroca no Brasil: Em território brasileiro, a arte
barroca era fabricada por meio de madeira dourada ou
policromada, além de pedra sabão e de barro cozido. Sua chegada
foi durante o século XVIII, sendo ela trazida pelos colonos
europeus (com destaque para os portugueses). Por ser um país
essencialmente católico, a arte barroca ganhou muito espaço
tanto na decoração da casa dos senhores, engenhos e donos de
propriedades mais ricos, como também na construção de igrejas e
outros templos religiosos. No Brasil, a arte barroca sempre contou
com traços muito dramáticos e as construções com base nessa
arte eram extremamente grandiosas. O país teve muitos
representantes na arte barroca, com destaque para o escultor e
artista Antônio Francisco Lisboa, conhecido popularmente como
Aleijadinho. Além disso, Manuel da Costa Ataíde foi o principal
pintor da arte barroca em nosso território. O auge da arte ocorreu
entre o século XVIII desde a sua chegada, até o século XIX.
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61 – EXERCÍCIO DE OBSERVAÇÃO E DESENHO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Observe a seguir detalhes retirados de algumas
obras artísticas:
Apesar de as obras acima não apresentarem figuras
humanas com a precisão dos desenhos
renascentistas, elas também são representações do
homem.
Praticar a arte: Nos espaços a seguir, reproduza as figuras apresentadas e escreva as informações de onde é
cada uma delas. Se desejar, escolha o detalhe de alguma obra de arte que você conheça e goste e faça o
desenho.
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62 – EXERCÍCIO INTERPRETATIVO: A ARTE BARROCA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
1. O barroco surge como uma resposta no campo
artístico ao protestantismo, buscando reafirmar
os valores católicos, recorrendo principalmente
ao uso de imagens e de santos. Entretanto, o
barroco se coloca como oposição a outro
movimento artístico do século XVI, baseado na
racionalidade e na busca da simetria em suas
produções artísticas. Qual é este movimento?
a) Classicismo.
b) Modernismo.
c) Renascimento.*
d) Romantismo.
2. O Barroco como afirmação artística religiosa
buscava se opor aos conceitos do Renascimento,
principalmente a utilização do antropocentrismo
e da racionalidade na produção estética. Sobre o
barroco, qual das afirmativas abaixo é
INCORRETA:
a) Há no barroco o surgimento de pinturas e
esculturas marcadas por formas retorcidas e
tensas.
b) A preocupação do barroco era reforçar o
racionalismo e equilibrá-lo com as emoções, e não
em criar uma arte mais emotiva e cotidiana.*
c) A história e atributos de santos e mártires
católicos se viam representados com bastante
frequência na pintura, nas esculturas e
construções do período, sendo que os elementos
eram dispostos de maneira pouco simétrica,
assumindo na maioria das vezes uma organização
diagonal.
d) A valorização das cores e a contraposição de luzes
e sombras tinham grande importância na
demonstração dos gestos e estados de espírito do
homem.
3. Segundo a Arte Barroca, julgue os itens a seguir
em (C) CERTOS ou (E) ERRADOS: ecee
a) O Barroco foi um movimento contra reforma
protestante.
b) No Barroco existe um predomínio das
emoções e não o racionalismo renascentista.
c) O Barroco foi um movimento quase sem cor e
formas.
d) Este movimento foi quase sem expressão nas
artes plásticas.
4. Marque (V) VERDADEIRO ou (F) FALSO: fvff
a) O estilo barroco retomou os próprios princípios
da arte da antiguidade greco-romana; e de
acordo com essa nova tendência, uma obra só
seria perfeitamente bela na medida em que
imitasse os artistas clássicos gregos.
b) Diante da Reforma Protestante a Igreja Católica
logo se organizou contra. E assim a Arte
Barroca serviu para revigorar seus princípios
doutrinários.
c) Com vigor barroco, os palácios barrocos se
tornaram ambientes de encantamento,
projetados para impressionar os visitantes com
o poder e a glória do rei.
d) O ideal humanista, a preocupação com o rigor
científico e a composição equilibrada, são as
principais características da Arte Barroca.
5. Marque (V) VERDADEIRO ou (F) FALSO: ffvv
a) Os tons suaves e pastéis, o equilíbrio simétrico,
a luz diagonal e a composição bidimensional
fazem parte do estilo barroco.
b) Na representação barroca a figura humana,
diversas vezes, aparece levemente
geometrizada, revelando uma preocupação
naturalista.c) Do ponto de vista pictórico, as obras barrocas
apresentam uma iluminação basicamente
simétrica em relação à perspectiva linear
utilizada.
d) Nas obras barrocas as cenas representadas
envolvem-se num acentuado contraste de
claro-escuro, o que intensifica a expressão de
sentimento.
6. Marque (V) VERDADEIRO ou (F) FALSO: vfff
a) O racionalismo tão buscado e desejado pelo
Renascimento tornou-se altamente secundário,
dando lugar às emoções dentro do estilo
Barroco.
b) As obras barrocas romperam o equilíbrio entre o
sentimento e a razão ou entre a arte e a ciência.
c) A iluminação diagonal tão marcante na pintura
barroca remete ao observador uma sensação
estática.
d) Considerada por diversos críticos uma arte
requintada, aristocrática e convencional, o
Barroco acabou tornando-se, com o passar do
tempo, superficial.
7. Quanto a Pintura Barroca analise itens abaixo e
em seguida marque a alternativa CORRETA:
a) Na pintura, frequentemente uma luz incide
diretamente sobre aquilo que o pintor quer
valorizar na tela.*
b) As cores de tons azuis e rosa são banidos da
pintura.
c) O artista Barroco esta fortemente ligado ao
misterioso e ao sobrenatural.
d) Há uma tendência para a utilização da cor
preta.
8. Quanto à arte do período Barroco assinale a
alternativa CORRETA: vvff
a) Na pintura utilizava de uma técnica conhecida
como claro e escuro.
b) A expressão dramática e os gestos amplos não
são marcas da escultura barroca.
c) O dourado é banido da escultura como uma
forma de entrega dos bens materiais.
d) É na arquitetura barroca que surgem os arcos
e cúpulas.
9. Sobre o Barroco, pode-se afirmar que:
a) Foi uma forma de manifestação artística
inspirada nos conceitos pagãos de Idade
Média e a Antiguidade.
b) Fez uso da grandeza excessiva, do
extravagante, do artificial, para expressar as
concepções de mundo moderno.*
c) Surgiu nos países anglo-saxões, no final do
século XVII, e se espalhou por toda a Europa
no século XVIII.
d) Impôs uma nítida diferenciação entre as
formas artísticas, como a pintura, a escultura
e a arquitetura.
10. O Barroco teve como berço a Europa, mais
precisamente em Roma. Sendo tal movimento
artístico trazido ao Brasil pelos colonizadores,
torna-se correto afirmar que:
a) O barroco brasileiro foi diretamente influenciado
pelo barroco europeu.
b) O barroco era utilizado apenas em espaços
religiosos.*
c) Sendo associado com a religião católica, o Barroco
brasileiro foi utilizado em muitas igrejas e nas
fachadas das construções civis.
d) Tal movimento se desenvolveu com as mesmas
características, em todas as regiões brasileiras.
11. Sobre o "Barroco Mineiro", é INCORRETO
afirmar que:
a) Antônio Francisco de Lisboa, também conhecido
como Aleijadinho, foi escultor e arquiteto e o
principal representante do barroco mineiro.
b) O Barroco Mineiro foi diretamente influenciado
pelo Barroco Italiano.
c) A arte Barroca era utilizada como instrumento de
controle religioso.*
12. A produção artística chega a nós, hoje, dos mais
variados modos, e sua divulgação sofre
interferências da mídia, instituições, governos.
A tecnologia existente hoje fez com que obras
de arte se reproduzissem fantasticamente.
Mona Lisa, por exemplo, existe apenas no
museu do Louvre, em Paris, mas hoje vemos
“Mona Lisas” espal adas aos il ares aos
milhões pelo mundo. Quem já não a viu
estampada em camisetas, cinzeiros, chaveiros e
até fazendo propaganda de jeans em revistas?
Quantas releituras, citações, apropriações já
não foram feitas dessa obra?
Considere as afirmativas a seguir:
I. A apropriação e a citação de obras de arte, ou de
parte delas, tanto na propaganda como na arte,
cumprem a mesma função.
II. A reprodução da obra de arte, de certa forma,
democratiza-a e a torna acessível à grande
maioria da população.
III. O processo de releitura pressupõe ir além da
reprodução, pois significa reinterpretar e, por
isso, criar novos significados.
IV. O aspecto quase sagrado que somente a obra
original possui se perde a medida que esta é
reproduzida em grande escala.
Assinale a alternativa CORRETA:
a) Somente as afirmativas I e III são corretas.
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
c) Somente as afirmativas II e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.*
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63 – O ROCOCÓ. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
No final do século XVII e início
do século XVIII a França
tornou-se a nação mais
poderosa da Europa em
termos militares e culturais.
Paris se transformou na
capital das artes plásticas,
posição que foi ocupada por
Roma durante séculos. Nesse
período teve início, na França,
o Rococó, estilo artístico que
foi ao mesmo tempo um
desenvolvimento e uma
reação ao estilo Barroco e que
se caracterizou pelo uso de
formas curvas e pelo excesso
de ornamentos, tais como
conchas, flores e laços.
O termo deriva do francês “rocaille”, que significa
“incrustações de conchas, pedrinhas e fragmentos
de vidro com que se enfeitam grutas”, e de uma
combinação das palavras barroco e rocaille. O
Rococó se opôs ao espírito grandioso do Barroco,
pois os franceses passaram a dar valor à elegância e
à conveniência, quando o rei Luís XIV começou a
perdes sua popularidade. Em 1715, quando Luís XX,
um jovem amante dos prazeres, foi coroado rei, a
corte francesa mudou-se de Versalhes para Paris. Os
ricos banqueiros e comerciantes parisienses
encontraram na arte uma forma de ostentar o poder
e de serem aceitos pela aristocracia. Dessa maneira,
o Rococó estabeleceu-se como estilo dominante e
permaneceu na França até 1780, período governado
por Luís XVI, neto e sucessor de Luís XV. Por esse
motivo o Rococó também ficou conhecido como
Estilo Luís XV e Luís XVI.
Em contraste com o Barroco, as cores do Rococó são
leves e vivas, o branco e os tons claros de rosa, azul
e verde substituíram as cores sombrias e o excesso
de dourado. As decorações se transferiram das
igrejas e palácios para as salas privadas. A
intimidade, a alegria das expressões e cores e a
predominância de temas que retratavam as
futilidades da nobreza francesa são as principais
características que identificam o Rococó.
Quanto à arquitetura, o estilo rococó manifestou-se
principalmente nos interiores das construções.
Paredes e tetos de salões eram ornamentados com
pinturas suaves e elementos decorativos, como
flores e laços feitos com estuque. Em oposição à
exuberância e riqueza dos interiores, as fachadas
das construções no Rococó eram simples, as
texturas suaves e as numerosas janelas substituíram
o relevo abrupto das superfícies e as cores vivas
utilizadas anteriormente no Barroco.
A pintura do Rococó divide-se em dois campos
nitidamente diferenciados. Um deles forma um
documento visual intimista e despreocupado do modo
de vida e da concepção de mundo das elites europeias
do século XVIII, e o outro, adaptando elementos
constituintes do estilo à decoração monumental de
igrejas e palácios, serviu como meio de glorificação da
fé e do poder civil. Apesar de seu valor como obra de
arte autônoma, a pintura rococó era concebida muitas
vezes como parte integrante de uma concepção global
de decoração de interiores. Começou a ser criticada a
partir de meados do século XVIII, com a ascensão dos
ideais iluministas, neoclássicos e burgueses,
sobrevivendo até a Revolução Francesa, quando então
caiu em descrédito completo, acusada de superficial,
frívola, imoral e puramente decorativa. O Rococó
denota uma nova maneira de viver e sentir a arte. Os
temas trazem cenas pastoris, festas galantes,
traduzindo amor, sedução, erotismo e hedonismo
(doutrina filosófica que faz do prazer o objeto da vida).
Temas tratadosde forma ligeira e superficial, com
referência a deuses e a pequenos cupidos.
Teatralidades próprias do estilo rococó, opostas à
ansiedade e tristeza do barroco.
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64 – PRINCIPAIS ARTISTAS DO ROCOCÓ. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Antoine Watteau é um símbolo do
rococó francês - com seus quadros de
cenas idílicas, ricas em detalhes e
atmosfera de cores claras. As obras
do artista sugerem a ideia de
felicidade, mas há muito mais para
além dessa superfície. Cada imagem
revela um Watteau que, além de
dominar a técnica, possui uma fina
crítica sobre a sociedade e sobre a
própria humanidade.
O artista também realizou projetos de decoração de
interiores de palácios e cenários apropriados para as
constantes festas da nobreza francesa. Contudo,
essa atividade não suficiente para o seu gênio
criativo. Suas pinturas passaram a trazer elementos
de uma perspectiva da vida na qual as privações e
tristezas não têm lugar. Um cotidiano alegre, com
dias de piquenique em parques e vales, além das
terras fantásticas aonde a chuva nunca chega para
arruinar o momento.
Iniciou seus estudos na oficina de
Pierre Dublin, pintor de história, após
um rápido início como gravador e
desenhista. Não se realizando com o
gênero, foi estudar com Claude Gillot,
tendo ali recebido influência de seu
colega Antoine Watteau. Veio depois
a tornar-se mestre orientador do
estilo de pintura denominado “fête
galante” (festas galantes) – um novo
gênero de paisagens – sendo
responsável, portanto, por um ramo
específico do paisagismo francês no
período do Rococó.
O pintor tornou-se respeitado e muito apreciado à
época. É tido, ao lado de Jean- Baptiste Pater, como
o mais importante dos artistas que receberam
influência de Watteau.
Mais tarde, outra característica
predominante na pintura rococó foi
a sensualidade. Jean-Honoré
Fragonard conseguiu refletir essa
característica de forma sutil em um
de seus quadros mais famosos: “O
Balanço”. Fragonard tinha uma forte
inclinação para a natureza, e na
maioria de suas obras as figuras
humanas se fundem com o volume e
a exuberância da vegetação.
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65 – DECORANDO UMA PORCELANA DO ROCOCÓ. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Uma das características do Rococó é a valorização
dos objetos de decoração. Móveis, estatuetas e
demais utensílios de uso doméstico eram ricamente
decorados. Merece destaque especial os objetos de
porcelana que, a partir de 1710, passaram a ser
fabricados na Europa ao invés de serem importados
do Oriente, como aconteciam até então. A partir de
1756, a Manufatura Real de Porcelana de Sèvres
passou a produzir as mais finas porcelanas em
grande escala. Dessa maneira a cidade de Sèvres, no
norte da França, ficou famosa por produzir um dos
materiais integrantes do Rococó.
Praticar a arte: Observando os modelos de vasos de porcelana Sèvres apresentados ao lado e conhecendo a
paleta de cores características do Rococó, decore seu próprio vaso de porcelana. Observe os elementos
gráficos presentes nesse estilo e use-os conforme sua criatividade. Não se esqueça do dourado.
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66 – RESUMÃO: O ROCOCÓ. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
“Rococó” é um substantivo
masculino de origem francesa
(rocaille, que significa “concha”) e
faz alusão a um estilo artístico
tipicamente decorativo. Ele
prosperou na Europa
(especialmente no sul da
Alemanha e na Áustria) do início
ao fim do século XVIII, marcando a
passagem do Barroco para o
Arcadismo. Caracterizado pelo uso
de conchas, laços e flores em seus
adornos, o estilo rococó
predominou na esfera da
arquitetura, escultura e pintura.
Elas deveriam se complementar harmonicamente, muitas
vezes pela união de artistas especializados em afazeres
distintos. O Rococó pode ser considerado como uma reação da
aristocracia e burguesia francesa contra a suntuosidade do
barroco tradicional. Em geral, a substituição das cores
vibrantes do barroco por tons rosa, verde-claro, estabelecem
uma primeira diferenciação entre os dois estilos. Além disso, a
originalidade do rococó é conferida no abandono das linhas
retorcidas e pela utilização de linhas e formas mais leves e
delicadas. Do ponto de vista histórico, essa transformação
indicava o interesse burguês em alcançar o prazer e a
graciosidade nas várias obras que eram encomendadas à
classe artística da época.
Principais Artistas:
Dentre os vários artistas deste período, destacaram-se:
x François Boucher (1703-1770): pintor francês
x Nicolas Pineau (1684-1754): escultor e arquiteto
francês
x Jean-Antoine Watteau (1684-1721): pintor francês
x Juste Aurèle Meissonnier (1695-1750): escultor, pintor,
arquiteto e designer franco-italiano
x Pierre Lepautre (1659-1744): escultor francês
x Johann Michael Fischer (1692-1766): arquiteto alemão
x Johann Michael Feichtmayr (1709-1772): escultor
alemão.
Principais Características: Considerado por muitos como
uma variante “profana” do barroco, o rococó caracterizou-se,
acima de tudo, pela valorização das linhas em formato de
concha. Ele abandona aquelas linhas retorcidas, típicas do
barroco, para empregar linhas e formas mais leves e delicadas,
vistas facilmente na decoração dos interiores, ourivesaria,
mobiliário, pintura, escultura e arquitetura. As obras deste
movimento estético possuem texturas suaves que buscam
expressar o caráter lúdico e mundano da vida. Assim, foi uma
preferência os temas leves e sentimentais relacionados ao
cotidiano e recheados de alegorias mitológicas e pastoris. Os
ambientes luxuosos, como parques e jardins suntuosos,
retratam, na maioria das vezes, cenas eróticas e sensuais em
paisagens idílicas e alegres, nas quais transparecem os
interesses hedonistas e aristocráticos.
Estilo Rococó na arquitetura e na pintura: Na
arquitetura, o rococó criou edifícios com amplas aberturas
para a entrada de luz. Quanto às esculturas, essas passaram a
possuir um tamanho reduzido e são apresentadas
individualmente, por meio de figuras isoladas, além de serem
feitas a partir de materiais maleáveis, como gesso e madeira.
Já a pintura, retratava o modo de vida das elites europeias do
século XVIII, lançando mão de linhas curvas, leves e delicadas,
preenchidas com cores suaves, sobretudo os tons pastéis.
Rococó no Brasil: Analisando friamente, esse estilo de arte não
demorou muito para chegar no Brasil, pois já exercia sua
influência em nossa terra durante o século XVIII mesmo. A
primeira vez que essa linha artística apareceu por aqui foi na parte
mobiliária, que era muito apreciada por D. João V. Tanto é que
muitos se referiam ao Rococó como “a arte de D. João V”.
Diferente do que aconteceu em outros países, no Brasil essa
manifestação artística aparecia intimamente relacionada com a
arquitetura religiosa, principalmente em Minas Gerais (Ouro Preto
é um dos exemplos mais simbólicos), Rio de Janeiro, Belém,
Pernambuco e Paraíba. Por ter essa aproximação com a
religiosidade, no Brasil o Rococó realmente se mistura muito com
o Barroco, não sendo tão fácil diferenciar um do outro. Os maiores
nomes nacionais foram Manuel da Costa Ataíde, Francisco Xavier
de Brito, José Pereira Arouca e o célebre Aleijadinho. Quem visita
a Igreja de Santa Rita, no centro do Rio de Janeiro, pode observar
claramente a arquitetura e decoração típicas do Rococó: muito
dourado, desenhos de flores e uso de conchas. Por ser uma igreja,
também é um ponto que serve para ilustrar a religiosidade
impregnada no Rococó e, como consequência natural disso, a suasemelhança com a arte barroca.
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67 – ANALISANDO A OBRA: “PAISAGEM COM MOISÉS SALVO DAS ÁGUAS”, CLAUDE LORRAIN. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Considerado como um dos intérpretes de
paisagem mais célebres do século 18, Lorrain
mudou-se em 1613, ainda adolescente, da
sua Lorena natal para Roma, onde
excetuando breves estadas em Nápoles e no
seu país de origem, permaneceu até a sua
morte, em 1682, em estreito contato com o
círculo de pintores nórdicos da zona de
Santa Maria del Popolo. O cosmopolita
ambiente cultural da capital influenciou a
longa carreira do pintor através de diversas
experiências: a medida classicista de
Poussin, o sentido paisagista dos
bolonheses, desde Annibale Carraci até
Guercino, e a maestria da iluminação dos
caravaggistas.
Adquiriu o costume de desenhar a partir do natural,
libertando-se dessa forma, dos modelos acadêmicos e dando
forma concreta à realidade da natureza graças à continuidade
estre espaço e luz.
Esta tela faz parte de um grupo de obras pintadas para Filipe IV, destinadas a decorar a Galeria de Paisagens do Palácio do Buen
Retro de Madri, e faz par com a Paisagem com o Enterro de Santa Serápia. O episódio, extraído do Antigo Testamento, não passa
de um pretexto para representar a ampla e harmoniosa paisagem, interpretação idealizada do campo romano, que o artista não se
cansou de percorrer, fixando as suas cambiantes em centenas de desenhos graciosos. Absoluta protagonista é a luz quente que
difunde entre as massas arbóreas entrecruzadas, sobre o reflexo da água depois da cascata, e na velada transparência do céu. Os
edifícios ao longo do rio, a ponte romana, a cidade e as elevações ao longe dão lugar a uma paisagem idealizada e, todavia
reconhecível; trata-se da campina do Lácio executada pelo pintor no ateliê com base em apontamentos e desenhos feitos no local.
Praticar a arte: Escolha uma das inúmeras paisagens pintadas por Claude Lorrain para você desenhar e pintar ao seu modo.
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68 – O NEOCLASSICISMO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Nas últimas décadas do século XVIII um novo estilo
predominou na pintura, na escultura e na
arquitetura. Denominado Neoclassicismo, esse
estilo surgiu como reação ao Barroco e Rococó e se
caracterizou pelo desejo de recriar as formas
artísticas da Antiguidade greco-romana. A afirmação
do Neoclassicismo deve-se em parte à curiosidade
pelo passado desencadeada pelas escavações
arqueológicas de Pompéia e Herculano, cidades
italianas soterradas pela lava do vulcão Vesúvio no
ano 79 d.C. Dessa maneira, as formas gregas e
romanas serviram de modelo aos artistas
neoclássicos, que as reelaboraram com base nos
princípios de racionalidade, proporção, medida,
simetria e nitidez. Esses artistas, influenciados pelas
ideias iluministas (filosofia que pregava a razão, o
senso moral e o equilíbrio em oposição à emoção) e
inspirados na pintura renascentista, sobretudo em
Rafael, substituíram as linhas diagonais e curvas do
Barroco e Rococó por linhas horizontais e verticais
com traços firmes e equilibrados. Os neoclassicistas
queriam expressar as virtudes cívicas, o dever, a
honestidade e a austeridade, temas que se
opunham diretamente à frivolidade da aristocracia
nos períodos anteriores.
A arquitetura neoclássica também buscou
inspiração na Antiguidade clássica e é caracterizada
pelo uso de fachadas sóbrias, nas quais colunas
dóricas ou jônicas sustentam frontões triangulares.
Ela predominou tanto nas construções civis quanto
nas religiosas. A primeira manifestação da
arquitetura neoclássica iniciou-se na Inglaterra em
1730, quando vários arquitetos visitaram a Itália e a
Grécia e começaram a concretizar o resultado de
suas observações. Posteriormente difundiu-se na
Europa e na América. Na França um exemplo dessa
arquitetura é a igreja de Santa Genoveva, que se
transformou posteriormente no Panteão de Paris.
No terreno da escultura o impacto de novidade dos
novos conhecimentos adquiridos foi menor do que nas
outras artes, como a pintura e a arquitetura, pois os
escultores já bebiam na fonte clássica deste o século
XV, mas seus melhores resultados na reinterpretação
da tradição greco-romana não deixaram de mostrar a
mesma elevadíssima qualidade. Em linhas gerais
buscou-se evitar o extremo contorcionismo da
estatuária barroca e predominaram as formas mais
naturalistas, e o colorido de superfície foi praticamente
abandonado de todo em favor da exposição completa
do material constituinte da obra. A temática privilegiou
a história e mitologia greco-romanas, com muitos
elementos alegóricos e grande ênfase no nu, e o
retrato enalteceu os homens públicos meritórios. As
obras mostravam em geral alto nível de equilíbrio
formal, com uma expressividade circunspecta e raros
momentos de drama. Canova foi o mais bem sucedido
na exploração de uma ampla gama de sentimentos e
de formas mais dinâmicas, passando da tranquila
ingenuidade juvenil em peças como “As três graças”,
até à violência desmedida no “Hércules e Licas” e no
“Teseu derrotando o centauro”, e pesquisando outras
regiões da emoção como o arrependimento, visível na
patética “Madalena penitente”.
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69 – CONHECENDO O ARTISTA E SUA OBRA: JACQUES-LOUIS DAVID. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Durante o Neoclassicismo, que se manteve
até o início do século XIX, o artista que mais
se destacou foi Jacques-Louis David (1748-
1825), pintor francês quem em 1774
ganhou o Prix de Rome, bolsa de estudos
concedida pela Academia Francesa, em
Paris, que dava o direito aos ganhadores de
estudarem em Roma.
Na Itália, David encantou-se com as pinturas renascentistas e
visitou as escavações de Pompéia e Herculano, onde ficou
impressionado com a riqueza da Antiguidade greco-romana.
David conviveu com arqueólogos e artistas iniciadores do
Neoclassicismo. Em 1780 ele voltou a Paris, onde se
estabeleceu. Mais tarde, simpático á Revolução Francesa,
tornou-se deputado e votou pela decapitação de Luís XVI. As
pinturas de David estavam afinadas com a época em que ele
vivia, elas exaltavam a severidade, o auto sacrifício e o dever
cívico.
No quadro acima vemos Sócrates (469 a.C.), filósofo grego que
foi condenado sob a falsa acusação de corromper a juventude
ateniense. A sentença impunha ou a morte pla cicuta ou o
exílio. No entanto, como para os antigos gregos ser expulso de
sua pátria era um castigo pior que a morte, Sócrates, para não
contestar o veredito de uma corte legítima, tomou o cálice do
veneno. Nessa obra sobre o tema do auto sacrifício moral,
David personifica através da figura de Sócrates a ideia do dever
para com o Estado.
Observe como os personagens
são representados como se
fosse esculturas e a altivez de
Sócrates bem ao gosto dos
heróis gregos. David usa essa
cena para fazer menção aos
revolucionários franceses que
deveriam ser heróis como os
gregos, que lutavam pelas
causas de seu tempo.
Ele participava ativamente da Revolução
Francesa quando retratou em “A Morte de
Marat” o assassinato de seu amigo e líder da
Revolução.
Em 1794 Davi foi preso, acusado de traição, mas
acabou sendo libertado seis meses depois
graças à intervenção de sua ex-esposa, que se
divorciaria dele por diferenças políticas (ela
apoiava a Monarquia). Na prisão, Davi iniciou “O
Rapto das Sabinas”, obra em que mostra seu
perfeito domínio do dramático numa cena
retirada da lenda romana.
Observe que David não descreve o momento
em que as sabinas foram raptadas pelos jovensromanos, que precisavam de mulheres para a
cidade que acabavam de fundar, e sim a última
batalha entre romanos e sabinos, quando as
sabinas, agora mães, exibem seus filhos ao seu
antigo povo e aos atuais maridos romanos,
conseguindo o fim da luta e a união dos dois
povos. Acredita-se que David escolheu o tema
em homenagem à sua fiel esposa, com a qual se
casou novamente ao sair da prisão. Entretanto,
essa obra foi interpretada pelos seus
contemporâneos como uma expressão da
necessidade de amenizar o conflito civil que
ocorreu na França após a Revolução. David foi o
maior pintor da Revolução e tornou-se o pintor
oficial do império de Napoleão.
Seus últimos anos foram calmos e sem
realizações. Sentia-se menosprezado por estar
no exílio; ao mesmo tempo se recusava a voltar,
embora seus alunos fizessem campanhas para
isso. Recusou refúgio na corte do rei Frederico
III da Prússia e também se recusou a pintar o
Duque de Wellington. Em certa noite de
fevereiro de 1824 foi atropelado por um tílburi
(pequena carruagem para duas pessoas puxada
por apenas um animal) quando voltava do
teatro e jamais se recuperou do acidente. Seu
declínio físico culminaria com sua morte em 29
de dezembro de 1825. Negada a permissão para
que se transladasse seu corpo para França que
ele tanto amara, David foi sepultado na Igreja de
Santo Gudula, em Bruxelas.
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70 – EXERCÍCIO INTERPRETATIVO: ROCOCÓ E NEOCLASSISCIMO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
1. Sobre os ideais da arte no estilo Neoclássico
assinale a alternativa INCORRETA:
a) Busca inspiração no equilíbrio e na
simplicidade.
b) Caráter ilustrativo e literário, marcados pelo
formalismo e pela linearidade.
c) Academicismo: nos temas e técnicas, isto é,
sujeição aos modelos e regras ensinadas nas
escolas ou academias.
d) Harmonia do colorido nas pinturas e exatidão
de contornos.
e) Restauração da arte religiosa em oposição à
influência greco-romana.
2. Acerca da escultura neoclássica assinale os itens
CORRETOS:
a) Temas históricos, literários, alegóricos e
mitológicos.
b) Nos países de influência católica, a escultura
é basicamente de temática religiosa.
c) Cenas mitológicas.
d) Baixos-relevos e esculturas com ricos
detalhes no interior de igrejas.
e) Serviram de base para a representação de
figuras humanas com poses semelhantes às
dos deuses gregos e romanos.
3. Sobre o estilo Rococó julgue os itens com V
(Verdadeiro) ou F (Falso):
a) A relação do rococó com a burguesia também
pode ser vista em boa parte dos quadros que
definem esse tipo de arte. Ao contrário da forte
religiosidade barroca, a pintura desse estilo
valoriza a representação de ambientes luxuosos,
parques, jardins e temáticas de cunho
mundano.
b) As personagens populares perdem espaço para
a representação dos membros da aristocracia.
c) A jovialidade e a edificação do prazer, o tédio e
a melancolia são os estados emocionais que
geralmente contextualizam os quadros do
rococó.
d) A arquitetura se opõe ao uso de paredes mais
claras, com tons pastel e o branco.
e) Guarnições douradas de ramos e flores,
povoadas de anjinhos, contornam janelas.
4. O estilo Rococó vem da palavra francesa
“rocaille” q e significa conc a. Este movimento
artístico durou do início ao fim do século XVIII e
tinha como principais características o exagero
na ornamentação e o afastamento dos temas
religiosos. Analise as sentenças a seguir:
I- Temas banais fizeram do Rococó um estilo
superficial e fútil.
II- O Rococó, assim como o Barroco, surgiu na Itália.
III- Podemos destacar elementos mais rudes nas
composições do Rococó.
IV- O estilo Rococó era conhecido por usar cores
escuras, sombrias, revelando o espírito da época.
Agora, assinale a alternativa CORRETA:
a) As sentenças I e II estão corretas.
b) As sentenças I, II e IV estão corretas.
c) A sentença I está correta.
d) As sentenças I e III estão corretas.
5. Quais as características da arte rococó?
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6. Quais as cores usadas no Rococó?
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7. Como eram as pinturas que ornamentavam os
interiores dos prédios no Rococó?
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8. Como eram as esculturas no estilo rococó?
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9. Quais os temas mais utilizados no estilo rococó?
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10. Observe as imagens a seguir:
As imagens acima mostram, na sequência:
a) Um templo grego antigo, um edifício neoclássico,
um templo romano antigo e uma igreja gótica.
b) Um templo grego antigo, um templo romano, um
edifício neoclássico e uma igreja românica.
c) Um templo grego antigo, um edifício neoclássico,
um templo romano antigo e uma igreja românica.
d) Um templo romano antigo, um edifício
renascentista, um templo grego antigo e uma
igreja românica.
e) Um templo romano antigo, um edifício
renascentista, um templo grego antigo e uma
igreja gótica.
11. O neoclassicismo foi um movimento artístico,
surgido na Europa por volta de 1750, durando
até meados do século XIX. Este movimento
teve como objetivo principal resgatar os
valores estéticos e culturais das civilizações da
Antiguidade Clássica (Grécia e Roma). A arte
neoclássica era:
a) Voltada para a religião.
b) Voltada para a população de classe baixa.
c) Uma arte acadêmica.
d) Uma arte que buscava a fuga das regras.
e) Uma maneira de enxergar o mundo.
12. Assinale V ou F.
a) A arte neoclássica inspirava-se na
simplicidade e no equilíbrio.
b) A arte neoclássica era contrária ao exagero
do barroco.
c) A base das criações neoclássicas eram os
conceitos usados na Antiguidade.
d) A arte neoclássica não retratava questões
sociais.
13. “De acordo co a tend ncia neocl ssica a
obra de arte só seria perfeitamente bela na
medida em que imitasse não as formas da
natureza, mas as que os artistas clássicos gregos
e os renascentistas italianos já a ia criado.”
Segundo a leitura acima analise os itens e
marque uma ÚNICA alternativa:
I. É o academicismo o grande opositor no
decorrer do processo, pois expressou os
valores próprios de uma nova e fortalecida
burguesia.
II. Tais determinações geraram uma introdução
nas academias de artes que se
convencionaram quanto ao estilo de fazer arte.
III. Isto só seria possível com um trabalho de
pesquisa e aprendizado das técnicas de
convenções da arte clássica, o que em
decorrência da decadência política da época
não acontecerá.
a) Apenas o item II está correto.
b) Todos os itens estão falsos.
c) Apenas o item I está falso.
d) Todos os itens estão corretos.
14. Sobre o Neoclassicismo julgue os itens a seguir
em (C) CERTOS ou (E) ERRADOS:
a) Caracterizou-se pelo desejo de recriar as formas
artísticasda antiguidade greco-romana.
b) Os neoclássicos queriam expressar as virtudes
cívicas, o poder, a honestidade e o cristianismo.
c) Os neoclássicos queriam romper com a herança
artística e cultural que vinha da Grécia antiga.
d) A arquitetura se caracterizou pelo uso de
fachadas sóbrias, nas quais colunas dóricas ou
jônicas sustentavam frontões hexagonais.
e) A estética neoclássica retomou as técnicas
barrocas: iluminação diagonal, cores intensas e
temáticas mitológicas.
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71 – O ROMANTISMO – CONHECENDO O ARTISTA: EUGÈNE DELACROIX. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Com a Revolução Francesa e a Revolução Industrial
no final do século XVIII, fortes mudanças sociais,
políticas e culturais alteraram, também, o
pensamento e a produção artística do homem no
início do século XIX. As várias concepções e
tendências produziram uma grande diversificação
de movimentos artísticos e literários. O primeiro
deles foi o Romantismo, que expressava a liberdade
e a independência, características que se
contrapunham ao Neoclassicismo. Diferentemente
do artista neoclássico, que valorizava a razão e
seguia as normas impostas nas academias para
imitar a arte greco-romana, o artista romântico,
fascinado pelo misterioso e sobrenatural, criou em
suas obras uma atmosfera de fantasia e heroísmo,
valorizando acima de tudo a emoção e a liberdade
de criação. A composição em diagonal, as cores e os
contrastes de claro e escuro, que causam efeitos
dramáticos às cenas, caracterizaram a pintura
romântica que tinha como temas principais os
acontecimentos históricos contemporâneos e o
culto à natureza.
Dentre os representantes da pintura romântica, podemos destacar o
francês Eugène Delacroix (1798-1863) e o espanhol Francisco de Goya
(1746-1828).
Delacroix revolucionou a pintura francesa, não aceitava os
padrões impostos pela Academia quanto ao desenho e a
constante imitação da arte clássica. Ele acreditava que a
cor era mais importante do que o desenho e a imaginação
mais do que a razão.
Delacroix retrata,
na obra acima,
um
acontecimento
histórico, a
rebelião dos
republicanos e
liberais contra o
Rei Carlos X em
1830, na França,
e utiliza uma
imagem
fantasiosa para
representar a
liberdade: uma
mulher com seios
nus.
Recusado pelos Neoclássicos, que só vieram a reconhecer seu valor
artístico em 1857, Delacroix era um artista muito popular entre os
jovens intelectuais da época e tinha até mesmo apoio dos governantes.
Mas no fim de sua vida passou os dias isolado em um ateliê, onde ficou
até morrer. O pintor acaba por falecer em 1863 na cidade de Paris. Dois
anos após sua morte, é editado o seu diário, onde escrevia sobre arte e
demonstrava ser um profundo conhecedor e pensador de seu ofício.
A ênfase do pintor francês estava
mais no movimento e na cor ao
invés do cuidado com o contorno.
Buscando o exótico, viajou para a
África, onde conseguiu produzir
diversos trabalhos retratando
animais. Outra de suas influências
foi Lord Byron, com quem tinha
uma forte identificação pelas
“forças do sublime” e pela ação
violenta da natureza, a qual
eternizou nos quadros. “Delacroix
era um apaixonada pela paixão,
mas altamente determinado a
expressar esta paixão com a maior
clareza possível”, disse o poeta e
crítico de arte francês Charles
Baudelaire em um de seus estudos
sobre as obras do pintor. Lembrado
por ser o líder da escola romântica
francesa, Eugène Delacroix nasceu
no dia 26 de abril de 1798. Seu
nome completo era Ferdinand
Victor Eugène Delacroix e suas
obras tornaram-se marcantes na
história da arte pela utilização de
efeitos óticos, os quais estudou
profundamente e que foram
posteriormente utilizados pelos
impressionistas. Outra de suas
características era a paixão pelo
exótico, que influenciou a escola
simbolista.
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72 - O ROMANTISMO – CONHECENDO O ARTISTA: FRANCISCO GOYA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Como Delacroix, Goya também
retratou em suas pinturas importantes
fatos históricos. Francisco de Goya
(1746-1828) foi um dos maiores
mestres da pintura espanhola. Foi o
pintor da corte e também o pintor dos
horrores da guerra, das assombrações
do mundo e da vida interior dos
homens. Francisco José de Goya y
Lucientes nasceu em Fuendetodos,
Saragoça, Espanha, no dia 30 de março
de 1746.
Filho de um modesto dourador de estátuas e livros,
e de Gracia Lucientes, filha de decadente família de
nobres de Saragoça. Com 13 anos, Goya foi
entregue aos cuidados do pintor José Luzán y
Martínez, mas o jovem preferia as ruas e as
touradas ao atelier do pintor. Em 1762, foi para
Madri e tentou, sem sucesso obter uma bolsa na
Real Academia de Belas Artes em 1773. Em 1766,
faz nova tentativa, mas só recebe um voto de
Francisco Bayeu. Frustrado, tenta ganhar a vida
lutando com os touros na arena de Madri.
Este espantoso quadro de Goya é uma das imagens
mais memoráveis da desumanidade do homem para
com o homem. Os exércitos de Napoleão ocuparam
a Espanha, mas no dia 2 de maio de 1808 os
cidadãos de Madri levantaram-se contra os
franceses. No dia seguinte o exército francês
revidou com uma terrível vingança, executando
centenas de rebeldes e muitas outras pessoas que
eram apenas observadores dos inocentes. Goya só
conseguiu registrar esses fatos alguns anos depois,
quando o rei Fernando VII foi reconduzido ao trono
espanhol. O quadro transcende o contexto histórico
específico e demonstra duas características
principais da arte de Goya: suas imagens marcantes
e diretas, e sua moralidade que questiona, mas em
última análise, é distanciada.
É pintado de forma totalmente antirretórica: num
charco de sangue, três cadáveres no chão, enquanto
um frade e alguns camponeses esperam receber a
descarga; aproxima-se deles outra fila de
condenados que vão morrer. É noite; contra o céu
escuro recorta-se o perfil da capital e, em primeiro
plano, rodeado de luzes e sombras projetadas de
encontro ao muro por uma lanterna, tem lugar a
execução brutal e sem piedade. A atenção
concentra-se na figura do condenado de camisa
branca e com os braços em cruz que desafia os
soldados sem rosto, curvados e fixos no ponto de
mira, enquanto o frade reza e os restantes fazem
gestos de desespero, numa atmosfera ainda mais
gélida, devido ao sangue que se espalha pelo chão e
que chega aos pés dos algozes. A camisa imaculada,
prestes a ser trespassada pelas balas, converte-se
no estandarte de uma denúncia universal contra a
guerra.
Francisco de Goya faleceu em Bordéus, França, no dia
16 de abril de 1828. Só em 1899 a Espanha consentiu
receber seus restos mortais. Está sepultado na capela
de San Antônio Del La Florida, em Madri.
x O Guarda Chuva – 1778.
x Cristo Crucificado – 1780.
x O Cardeal D. Luís de Borbon – 17 83.
x A Marquesa de Pontejos - 1786).
x Autorretrato – 1794.
x A Condessa de Casa-Flores – 1795.
x Os Caprichos (1797-1798) (série de 80 gravuras).
x Milagre do Santo - 1798.
x A Maldição – 1798.
x Maja Desnuda – 1800.
x A Família Real – 1800.
x Maja Vestida – 1805.
x Fernando VII – 1808.
x O Colosso – 1809.
x As Majas no Balcão - 1810
x Fuzilamento num Acampamento Militar – 1810.
x D. Juan Antonio Llorente – 1813.
x Três de Maio de 1808 – 1814.
x A Junta das Filipinas – 1817.
x O Balão Aerostático – 1819.
x O Sábado das Bruxas - 1820
x Saturno Devorando Seu Filho – 1823.
x A Leiteira de Bordeaux – 1827.
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73 – AS CARACTERÍSTICAS DO ROMANTISMO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
A arquitetura romântica abandonou os ideais
clássicosressurgidos no Neoclassicismo e se inspirou
em estilos anteriores, como o gótico e o barroco,
que exaltavam a emoção e a espiritualidade. Entre
as construções do período destacam-se:
Enquadramos a pintura dentro período de 1820-1850
que traz influências da pintura pré-romântica de finais
do século XVIII, do Grupo Os Nazarenos, que era um
grupo de pintores alemães do tempo do neoclassicismo
que formaram em Roma uma comunidade para estudar
e pintar a partir da arte italiana do Renascimento e dos
pré-rafaelitas, que era um grupo de pintores que surgiu
na Inglaterra acerca de 1848 e que procurava inspiração
nos pintores italianos anteriores à Rafael. Foi este
grupo que trabalhou no período tardo-romântico e fez
a transição para o Realismo e para o Simbolismo.
As principais características da pintura romântica são:
x Corte com o academicismo neoclássico;
x O artista emancipa-se da encomenda e faz a sua obra
baseado nos impulsos da sua alma e na sua própria
inspiração;
x A pintura é bastante individualizada e diversificada no
que diz respeito ao próprio estilo e aos temas;
x Pretende integrar o observador, tal como no barroco,
mas agora ela já não se serve dos desconcertantes
efeitos trompe l’oeil, que diluem fronteira entre a
aparência e a realidade.
x Uma pintura romântica pretende ser contemplada e o
observador terá que dar um significado à pintura
consoante às suas emoções;
x O pintor lança um olhar subjetivo sobre o mundo
objetivo e apresenta-nos uma imagem filtrada pelas
suas emoções. O artista torna-se o intérprete do
mundo.
A escultura romântica não brilhou exatamente
pela sua originalidade, nem tampouco pela
maestria de seus artistas. Talvez se possa pensar
nesse período como um momento de calma
necessário antes da batalha que depois viriam a
travar o impressionismo e as vanguardas modernas.
Do ponto de vista funcional, a escultura romântica
não se afastou dos monumentos funerários, da
estátua eqüestre e da decoração arquitetônica,
num estilo indefinido a meio caminho entre o
classicismo e o barroco. A grande novidade
temática da escultura romântica foi a representação
de animais de terras exóticas em cenas de caça ou
de luta encarniçada. Não se abandonaram os
motivos heroicos e as homenagens solenes na
forma de estátuas superdimensionadas de reis e
militares. Em compensação, tornou-se mais rara a
temática religiosa. Os mais destacados escultores
na França nesse período foram Rude e Barye.
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74 – O MOVIMENTO ART NOUVEAU. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
O Art Nouveau (Arte Nova) é
um movimento artístico que
surgiu no final do século XIX
na Europa e apresenta um
estilo que visava fazer uma
reflexão e que acompanhasse
as inovações da sociedade na
era industrial.
Ele é baseado, sobretudo na reação à arte produzida
pelas academias no século XIX e tem inspiração em
formas e estruturas naturais, não somente de flores
e plantas, mas também de linhas curvas. Também
conhecido como Arte Nova, este movimento foi
criado fora do contexto em que as vanguardas
artísticas surgem, atingindo vários setores artísticos,
como o design, a arquitetura, as artes decorativas,
as artes gráficas e as artes imobiliárias. Ele teve
início especificamente na França na década de 1890
e prevaleceu em destaque nas artes até o final de
1920.
O Art Nouveau foi mais popular na
Europa, porém sua influência foi
global e esteve muito em evidência
no período conhecido com “Belle
Époque”. O movimento leva o nome
a partir da expressão francesa “art
nouveau”, que significa "arte nova",
mas também pode ser conhecido
como “Jugendstil”, termo alemão
para “estilo da juventude”. Antes da
Primeira Guerra Mundial, o Art
Nouveau modificou seu estilo para
uma arte voltada para formas mais
geométricas, característica de uma
ramificação do estilo, conhecido
como Art Decó.
Características do Art Nouveau: O fato dele ter sido
criado no período da era industrial faz com que sua
relação com a produção industrial seja uma
característica forte. As utilizações dos
conhecimentos racionais e da lógica para a
confecção de muitos objetos do Art Nouveau são
um importante destaque. Materiais como vidro,
madeira e cimento foram bastante utilizados nas
produções artísticas da época. No âmbito social, o
Art Nouveau está relacionado com
o desenvolvimento da burguesia industrial e por
esta razão, houve um movimento de oposição ao
movimento romântico na época, além da
valorização das expressões sentimentais nas artes.
As obras retratavam temas ligados à natureza, como
plantas, flores, árvores e animais, retratados com
linhas em movimento, dando valor às formas das
coisas. A figura feminina também teve sua
valorização no período do Art Nouveau. Imagens de
mulheres eram retratadas nas pinturas e ilustrações.
Outras características também são destacadas,
como:
x Uso de arabescos em ilustrações.
x Uso de cores com tonalidades frias nas pinturas.
x Exuberância decorativa, formas ondulantes e
elegantes;
x Arquitetura dos séculos XVIII ao XIX foi de
revivescência;
x A decoração torna-se elaborada e exótica, às vezes
mórbida;
x O sentido ascendente, entrelaçado e sugere o
mover das árvores e das chamas;
x Com influências das gravuras japonesas, do
barroco e do rococó francês.
Principais artistas do Art Nouveau: Muitos artistas
tiveram seus trabalhos destacados com o movimento
Art Nouveau. Ele foi utilizado com eficiência máxima na
arquitetura além de ser profundamente difundido em
temas do design de interior durante todo o período.
x Antoni Gaudí.
x Victor Horta.
x Charles Rennie Mackintosh.
x Henry van de Velde.
x Alfons Mucha.
O pintor Gustav
Klimt interpretou
de maneira
própria o Art
Nouveau em
seus quadros e
seu trabalho
também foi um
dos grandes
destaques deste
gênero artístico.
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75 – PRINCIPAIS ARTISTAS DO ART NOUVEAU. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
O estilo único de Antoni Gaudí o
tornou muito conhecido
mundialmente. O arquiteto Catalão
nascido na Espanha é famoso por
misturar muitas cores e texturas nas
construções. Utilizando cerâmica,
ferro forjado, vitral, e marcenaria,
Antoni Gaudí traz forte influência na
arquitetura gótica e catalã
tradicional. Além do estilo gótico,
Antoni Gaudí adotou o estilo de
decoração denominado Art Nouveau
e esta mescla entre os estilos pode
ser bastante observada na Sagrada
Família, que inicialmente adotaria
apenas o primeiro estilo, mas após
Antoni Gaudí assumir o projeto,
passou a apresentar as características
de ambos os estilos de forma muito
intensa.
Victor Horta foi um dos expoentes da
arquitetura Art-Nouveau, exercendo
grande influência sobre outros
arquitetos da época, como Hector
Guimard. Estudou na Academia Real
de Belas Artes de Ghent – sua cidade
natal. Trabalhou em Paris e, quando
retornou à Bélgica, estabeleceu-se
em Bruxelas. A partir de 1885, Horta
começou a trabalhar sozinho,
desenvolvendo um estilo próprio,
baseado nas formas curvas, de
inspiração vegetal. Dando uma
dimensão plástica aos novos
materiais, o aço e o vidro, e
empregando a pedra de forma
inovadora, sua arquitetura é de
caráter fortemente decorativista.
Sua vida foi baseada nas obras de
Morris, Voysey, Ashbee, Macmurdo,
que influenciaram os movimentos de
vanguarda do continente, enquanto
as experiências de Victor Horta, Van
de Velde e dos vienenses eram
acolhidas na Inglaterra com certa
desconfiança e dificuldade, e
freqüentemente julgadas com
severidade por serem por demais
estetizantes, outros artistas
baseavam-seno que chamamos de
Art Nouveau para sobreviverem.
Devido às situações econômicas
difíceis que se seguiram à Primeira
Guerra e à indiferença com que as
obras eram recebidas na Inglaterra,
Mackintosh acabou por abandonar a
arquitetura e dedicar-se à pintura.
Foi um arquiteto, designer e pintor
belga, considerado um dos principais
representantes do Art-Nouveau em
seu país. Em 1880 começou a
estudar pintura na Academia de
Belas-Artes da Antuérpia e, quatro
anos mais tarde, foi estudar na
França. No início de sua carreira,
dedicou-se à pintura, tornando-se
membro do grupo Les Vingt, em
1889. Parte de sua vida foi dedicada
ao ensino da Arquitetura e das artes
decorativas, tendo influenciado
muitas gerações de arquitetos e
designers, como professor na
Bauhaus – onde foi mentor de Walter
Gropius -, na Universidade de Ghent
e no Institut supérieur des Arts
décoratifs (Instituto Superior de Artes
Decorativas) de Bruxelas. O arquiteto
viveu na Holanda e, ainda, na Suíça,
onde se exilou por ocasião da eclosão
da II Guerra Mundial.
Alfonse Maria Mucha, pintor e
desenhista, nasceu em Ivancice, na
atual República Tcheca. O Conde Karl
Khuen, impressionado com o seu
trabalho, patrocinou os estudos de
Mucha na Akademie der Bildenden
Künste München (Academia de Belas
Artes de Munique), e mais tarde, na
Académie Julian e na Colarossi
Académie, ambas na França. Ele não
se destacou apenas na pintura, mas
na criação de cartazes, anúncios,
ilustrações de livros, bem como no
design de jóias, tapetes e papel de
parede.
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76 – CONHECENDO O ARTISTA: ALFONS MARIA MUCHA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Nesta fase de sua
carreira, Mucha estava
em considerável
demanda por trabalhos
publicitários, e tornou-se
famoso bem além de sua
terra natal, como
evidenciado por este
trabalho promovendo a
fabricante britânica de
bicicletas Perfecta na
França.
A dama tem o cabelo dourado e
estilizado típico de muitas de suas
fotos de mulheres. O uso do apelo
visual na publicidade desenvolveu-se
rapidamente nos últimos anos do
século XIX e, em 1900, os cartazes no
estilo Art Nouveau, em que Mucha se
especializou, tornaram-se comuns em
Londres, Paris e outras grandes
cidades européias.
As propagandas não mais simplesmente
informavam os compradores dos produtos
disponíveis, mas tentavam seduzi-los para que
comprassem os produtos de uma empresa. A
pintura não é inteiramente realista em sua
apresentação – a bicicleta é mostrada em repouso,
mas o cabelo da mulher está fluindo ao vento como
se ela estivesse andando a toda velocidade. Isso dá a
impressão de que o ciclismo pode trazer tanto
alegria quanto euforia e acrescenta um tom sutil e
atraente à grande extensão de carne exposta da
mulher.
Praticar a arte: Inspirado pelos pôsteres publicitários criados por Mucha, aplique as cores que desejar na
imagem “Cycles Perfecta”. Inspire-se observando outros pôsteres do artista do Art Nouveau.
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77 – CONHECENDO A BELLE ÉPOQUE. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
A “Belle Époque”, do francês “bela
época”, foi um período de grande
otimismo e paz, desfrutado pelas
potências ocidentais, sobretudo as
europeias, entre 1871 até 1914,
quando eclode a Primeira Guerra
Mundial.
Esta “época áurea” foi possibilitada em grande parte
pelos avanços científicos e tecnológicos, os quais
tornaram a vida cotidiana mais fácil, bem como firmaram
a crença de prosperidade e esperança no futuro.
Principais Causas: Com o fim da guerra Franco-Prussiana,
surge na Europa uma política de estabilidade, apesar da
insatisfação francesa em perder os territórios de Alsácia-
Lorena para a Alemanha em 1871, o que acabou gerando
também uma tensão militar entre aquelas potências. A
despeito da corrida armamentista que se desenrolava, o
clima de progresso da Segunda Revolução Industrial
provocou um forte êxodo rural e favoreceu o
desenvolvimento de uma cultura urbana cosmopolita e
de divertimento, fomentada pelos avanços nos meios de
comunicação e transporte.
O ponto marcante desta
época foi o estilo de vida
boêmio e otimista, com
destaque para a França, a qual
se tornou o centro Global de
toda influência educacional,
científica, médica e artística
após a instauração da Terceira
República Francesa, em 1870.
Ademais, se a nação francesa
era o polo difusor, Paris era o
núcleo da Belle Époque
Mundial.
Ora, foram criações francesas (parisienses) notáveis
deste período: as políticas de saneamento público e
urbanização de Haussmann – que renovaram Paris
(drasticamente) sob os preceitos dos saberes médicos-
higienistas e reduziram as taxas de mortalidade,
tornando aquela um modelo para o Mundo; os cabarés,
como o Moulin Rouge; a Torre Eiffel (1889); o Casino de
Paris (1890); o Metrô de Paris, etc. Ainda na França
surgiram o pneumático de borracha removível de
Edouard Michelin (1890), o Peugeot Tipo 3 (1891), a
primeira força aérea nacional (1910), a indústria
cinematográfica de Auguste e Louis Lumière etc.
Paralelamente, a Belle Époque se
desenvolvia nos Estados Unidos
após a recuperação da crise
econômica de 1873; no Reino
Unido pós era vitoriana; na
Alemanha do Kaiser Wilhelm I & II;
e na Rússia de Alexandre III e
Nicolas II.
No Brasil, este período ficou marcado nas cidades de
Fortaleza, Manaus e Rio de Janeiro, sobretudo após a
Proclamação da República, em 1889.
De toda forma, pudemos vislumbrar em todo Ocidente,
as revoluções provocadas com a melhoria nos
transportes públicos de massa (trens e navios a vapor) ou
individuais (Ford T e a bicicleta), pelas tecnologias de
telecomunicações (telefone e telégrafo sem fio), ou pela
substituição da iluminação a gás pela elétrica.
Do ponto de vista cultural, assistimos a multiplicação das
livrarias, salas de concertos, boulevards, atêliers, cafés e as
galerias de arte, principalmente as parisienses, de onde
saíam quase todas as tendências estéticas e artísticas
globais produzidas durante o período. Não obstante, vale
destacar enquanto movimento artístico da Belle Époque, o
estilo “Art Nouveau”, um fazer ornamental de cores
vibrantes e formas sinuosas, presente desde as fachadas dos
edifícios até nos objetos decorativos, como joias e
mobiliários. No âmbito da pintura, também se destacou o
Impressionismo de Claude Monet (1840- 1926). Outros
artistas de renome da Belle Époque foram:
x Odilon Redon (1840-1916).
x Paul Gauguin (1848-1903).
x Henri Rousseau (1844-1910).
x Pierre Bonnard (1867-1947)
x Émile Zola (1840-1902).
x Henri de Toulouse-Lautrec (1864- 1901).
Vemos nesse período à organização dos sindicatos trabalhistas e partidos políticos,
bem como a ascensão do Socialismo. A Belle Époque termina com a Crise de 1929.
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78 – ANALISANDO A OBRA: “CAMPONESAS BRETÃS”, DE PAUL GAUGUIN. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Uma viagem a um país com uma cultura diferente
também pode influenciar muito a obra de um artista.
Foi o que aconteceu com o trabalho de Paul Gauguin
após uma estadia na Polinésia.
Gauguin retornou à França e suas figuras ganharam a
robustez das mulheres do Taiti. Observe as duas
camponesas conversando. Veja os volumes quase
cilíndricos dos corpos e braços das mulheres na
pintura, além dos pés e mãos pesados e rostos com
maças salientes.
Os pés das camponesas que veste saia vermelha estão
cortados, fora do plano da tela, um recurso bem usado
pelos pintores do Impressionismo, semelhante à
fotografia.A paleta de cores é radiante e o artista construiu a
textura dos aventais. Para acentuar o branco das
toucas, ele escureceu o fundo com tons de azul, cinza
e verde, deixando mais densa à copa das árvores.
Praticar a arte: A partir da sua observação da obra de arte apresentada, aplique as cores na imagem a seguir
para completar a obra. Se possível, utilize giz pastel oleoso ou giz de cera.
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79 – EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: GIZ PASTEL E TOULOUSE-LAUTREC. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
A técnica de giz pastel representa uma
elegante maneira de “pintar a seco”,
como bem dizia Leonardo da Vinci.
Esta é uma técnica que emprega
pequenas barrinhas de pigmentos secos
misturados com um agente aglutinante,
que pode ser simplesmente água ou
geralmente “goma adragante”. O Pastel é
pigmento puro. O mesmo pigmento que
se utiliza para se fazer todos os outros
médios para diversas técnicas de pintura
artística, como óleo, aquarela e acrílica.
A COMPOSIÇÃO DO GIZ PASTEL: A
composição do giz pastel é muito
simples. Pigmento e aglutinante! O
pigmento é aplicado praticamente em
seu estado natural, por esta razão
oferece ao artista a pureza total das
cores. As pinturas a pastel são muito
mais intensas, estáveis e duráveis,
quando comparadas com todas as outras
técnicas existentes. Por não possuírem
nenhum agente líquido como os
presentes em todas as outras técnicas
(óleos, resinas e vernizes), não sofrem de
todos os seus problemas. Desta forma
não apresentam alteração e
escurecimento das cores após a
secagem, amarelamento das resinas e
vernizes, rachaduras ou empolamentos
advindos com o tempo.
HISTÓRICO: A técnica do pastel foi
mencionada pela primeira vez por Leonardo
da Vinci em 1495. Sua invenção é atribuída
ao pintor alemão Johann Thiele. No entanto,
foi a artista Rosalba Carriera (1675-1750),
quem utilizou realmente o giz pastel como
material de pintura e não apenas para
desenhar esboços. Ao longo do tempo esta
técnica foi escolhida por grandes Mestres da
Pintura como: Degas, Renoir, Manet,
Delacroix e Toulouse-Lautrec.
Praticar a arte: Utilizando o giz pastel, aplique as cores nos croquis feitos pelo artista Toulouse-Lautrec.
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80 – A ART DÉCO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Art Déco, expressão francesa
referente à arte decorativa, é um
estilo que rapidamente se
tornou modismo internacional.
Associa sua imagem a tudo que
se define como moderno,
industrial, cosmopolita e exótico.
Por estar ligado à vida cotidiana -
objetos, mobiliário, tecidos,
vitrais, painéis pintados - se
associa à Arquitetura,
Urbanismo, Paisagismo,
Arquitetura de Interiores,
Design, Cenografia, Publicidade,
Artes Gráficas, Caricatura, Moda
e Vestuário. Teve sua origem em
Paris, com a grande mostra
Exposition Universelle des Arts
Décoratifs, em 1925. Com uma
estruturação compositiva cubista
como base, integra em seu
vocabulário de formas,
elementos oriundos de culturas
e civilizações fora da tradição
greco-romana ocidental. Tem
grande sucesso, os padrões
esquematizados ou estilizados
da arte khmer, da Malásia,
vietnamita, arte egípcia - sob o
impacto da descoberta do
túmulo do faraó Tutankamon -,
assim como a dos povos
indígenas das Américas e da
África. Estes dois últimos, foco
de interesse desde as primeiras
vanguardas do início do século.
A valorização destas artes fora da tradição ocidental
vem de encontro à difusão do cubismo com seu
planejamento, disciplina, organização simplificadora
da composição, onde convergem os vocabulários
das artes não naturalistas, cujas formas possuem
uma geometrização essencial e despojada;
geralmente práticas de povos primitivos, como
também de civilizações orientais. A arte decorativa,
Art Déco, tornou-se internacional, expandindo-se
pelo mundo ocidental até a Segunda Guerra e em
alguns lugares, até o final da década de 40.
Características da Art Déco:
x Estilo luxuoso.
x Uso de formas geométricas.
x Design abstrato.
x Emprego dos materiais: marfim, jade e laca.
x Influência das vanguardas artísticas: futurismo e
cubismo.
x Influência do construtivismo, modernismo e
abstração geométrica.
x Linhas retas e circulares estilizadas.
x Temas mais explorados: animais e mulheres.
x Presença marcante na Arquitetura.
Principais Artistas da Art Déco:
x Emil Nolde (1867-1956) - pintor alemão.
x Max Pechstein (1881-1955) - pintor alemão.
x Otto Mueller (1874-1930) - pintor alemão.
x Sonia Delaunay (1885-1979) - estilista, pintora e
designer russo-francesa.
x William Van Alen (1883-1954) - arquiteto americano.
No Brasil, o Art Déco entra em convergência com o
nacionalismo modernista, absorvendo temas indígenas
- flora, fauna e motivos geométricos, inspirados nas
cerâmicas marajoaras do Pará. Vicente do Rego
Monteiro, por ser pioneiro da pesquisa de temas
indígenas, e os irmãos Antônio Gomide e Regina
Gomide Graz, a que se soma John Graz, seu marido,
foram os três principais difusores deste estilo. Atuaram
não só na pintura, como na produção de objetos de
decoração e arquitetura de interiores, como vitrais e
painéis pintados com temas alegóricos decorativos,
abajures, tapetes e almofadas.
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81 – OS PADRÕES DA ART DÉCO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Uma forma de começar a sua decoração com o
estilo Arte Déco seria utilizando um papel de parede
com formas geométricas que crie impacto, e daí
para frente continuar a adicionar elementos desta
corrente ou ir misturando outros para dar-lhe um
toque mais moderno.
Praticar a arte: Escolha na imagem ao lado entre os diferentes padrões geométricos usados na Art Déco. Aplique o padrão da
sua preferência no papel de parede e nos móveis e decoração do ambiente a seguir. Você pode aplicar as cores que desejar.
Obedeça aos contornos das peças e trace linhas bem marcadas variando na intensidade do gesto.
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82 – O REALISMO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Entre 1850 e 1880 um novo movimento cultural, denominado
Realismo, predominou na França e se estendeu por toda a Europa
e outros continentes. Os artistas integrantes desse movimento
repudiaram a artificialidade do Neoclassicismo e do Romantismo,
pois sentiam a necessidade de retrata a vida, os problemas e
costumes das classes média e baixa, em substituição à arte
inspirada em modelos do passado. Dois entre os principais
pintores franceses a praticar a estética realista foram:
Pintor romântico e um dos fundadores da Escola de Barbizon na
França rural. É conhecido como percursor do realismo, pelas suas
representações de trabalhadores rurais. Junto com Courbet, Millet
foi um dos principais representantes do realismo europeu surgido
em meados do século XIX. Sua obra foi uma resposta à estética
romântica, de gostos um tanto orientais e exóticos, e deu forma à
realidade circundante, sobretudo a das classes trabalhadoras.
Suas obras sobre camponeses foram consideradas sentimentais
para alguns, exageradamente piegas para outros, mas a verdade é
que as obras de Millet em nenhum momento suscitaram
indiferença. Na tepidez de seus ocres e marrons, no lirismo de sua
luz, na magnificência e dignidade de suas figuras humanas, o
pintor manifestava a integração do homem com a natureza.
Alguns temas eram tratados talvez com um pouco mais de
sentimentalismo do que outros. No entanto, é nos pequenosgestos que se pode descobrir a capacidade de observação deste
grande pintor.
Gustave Courbet (1819-1877) foi um
pintor francês, um dos pioneiros da
pintura realista no século XIX, que
procurou retratar o cotidiano de
forma imparcial e objetiva, evitando
as pinceladas intensas e dramáticas
dos românticos. Gustave Courbet,
influenciado pelos ideais de
democracia e socialismo que se
seguiram à revolução de 1848,
partilhava com seus
contemporâneos, a crença de que a
arte poderia ser uma força social.
O grupo desprezava os valores burgueses e defendia
valores novos para a sociedade, aliando-se com isso ao
apelo do povo francês que esperava mudanças
profundas no país, que vivia um período de muita
miséria. Publicou um manifesto contra as tendências
românticas e neoclássicas.
Os pintores realistas – como Gustave Courbet -
voltaram-se para representar as cenas da vida
cotidiana e os flagrantes populares, muitas vezes
impregnados de ideias políticas. Dizia Courbet “A
pintura é uma arte essencialmente objetiva e consiste
na representação das coisas reais e existentes”.
Trata-se de uma das obras mais conhecidas do
pintor Courbet, que foi exposta em conjunto
com outras, da sua autoria, num pavilhão
perto da exposição internacional, por se opor
aos críticos de arte. A obra tem como título “O
Atelier do Pintor”, seguido de um subtítulo
muito sugestivo: ”Alegoria Real que define
uma fase de sete anos da minha vida artística
e moral”. Nela vemos o artista pintando uma
paisagem sob o olhar atento de uma jovem
seminua e de um menino acompanhado de um
cão branco adormecido no chão. O pintor é o
eixo que separa ambos os lados do quadro,
onde se desenvolve a cena enquadrada num
fundo. À esquerda da composição, mostram-se
os dois lados da sociedade, ilustrada através
de personagens como o caçador com o cão,
representante da classe burguesa, ou a mulher
de cócoras, que simbolizaria a classe mais
desfavorecida. Estão também membros das
classes religiosas, representados pelas figuras
de um homem judeu e de um sacerdote
cristão. No entanto, à direita do quadro estão
os amigos do pintor pertencentes todos eles a
classes altas e representantes da cultura
como, por exemplo, o músico A. Promayet que
aparece em primeiro plano, ou o filósofo e
sociólogo Pierre-Joseph Proudhon. Por sua vez
o poeta Boudelaire, grande amigo do pintor
aparece sentado à direita da composição,
lendo um livro, e mostrando-se alheio à cena
que decorre à sua volta. A mulher seminua
que está atenta ao quadro cobre-se com uma
parte do pano branco que cai para o chão, e
contempla concentrado, o artista enquanto
ele pinta. É interessante observar que Courbet
preferiu uma mulher aos críticos habituais dos
salões, demonstrando com este fato o
desagrado que estes lhe causavam. Uma obra
estranha e que foge aos cânones habituais.
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83 - AS CARACTERÍSTICAS DO REALISMO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
A Arquitetura: Os arquitetos e engenheiros
procuram responder adequadamente às novas
necessidades urbanas, criadas pela industrialização.
As cidades não exigem mais ricos palácios e
templos. Elas precisam de fábricas, estações,
ferroviárias, armazéns, lojas, bibliotecas, escolas,
hospitais e moradias, tanto para os operários
quanto para a nova burguesia. Em 1850, Joseph
Paxton construiu o Palácio de Cristal que abrigou a
1ª Feira Mundial em Londres, demonstrou as
possibilidades estéticas do uso do ferro fundido. Em
1889, Gustavo Eiffel levanta, em Paris, a Torre Eiffel,
hoje logotipo da “Cidade Luz”. Triunfo da
engenharia moderna ostenta seu esqueleto de ferro
e aço, sem alusões a estilos arquitetônicos do
passado.
A Escultura: René-François-Auguste Rodin (1840-
1917) foi um importante escultor francês. Desde
criança demonstrou grande interesse por esculturas.
Aos 13 anos de idade, entrou para uma academia de
arte para aprender os princípios básicos das artes
plásticas. Interessou-se e estudou também, por
conta própria, anatomia humana para utilizar os
conhecimentos na elaboração de suas esculturas.
Aos 18 anos de idade, começou a trabalhar como
modelador e ornamentista. Especializou-se na
elaboração de esculturas em bronze. Auguste Rodin
não se preocupou com a idealização da realidade.
Ao contrário, procurou recriar os seres tais como
eles são. Além disso, os escultores preferiam os
temas contemporâneos, assumindo muitas vezes
uma intenção política em suas obras. Sua
característica principal é a fixação do momento
significativo de um gesto humano.
A Pintura: Representação da realidade com a mesma
objetividade com que um cientista estuda um
fenômeno da natureza, ou seja, o pintor buscava
representar o mundo de maneira documental; Ao
artista não cabe “melhorar” artisticamente a natureza,
pois a beleza está na realidade tal qual ela é; Revelação
dos aspectos mais característicos e expressivos da
realidade. Temas da pintura: Politização: a arte passa a
ser um meio para denunciar uma ordem social que
consideram injustas; a arte manifesta um protesto em
favor dos oprimidos. Pintura social denunciando as
injustiças e as imensas desigualdades entre a miséria
dos trabalhadores e a opulência da burguesia. As
pessoas das classes menos favorecidas – o povo, em
resumo – tornaram-se assunto frequente da pintura
realista. Os artistas incorporavam a rudeza, a fealdade,
a vulgaridade dos tipos que pintavam, elevando esses
tipos à categoria de heróis. Heróis que nada têm a ver
com os idealizados heróis da pintura romântica.
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84 – PRÁTICA DE OBSERVAÇÃO DE OBRA DE ARTE – REALISMO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Observe as imagens a seguir:
Observe esta paisagem realista:
No Realismo, a paisagem ganhou destaque e passou
a ser o tema principal de muitas obras, o que não
acontecia anteriormente, quando ela era
representada apenas como ambientação para
outras figuras, consideradas mais importantes.
Praticar a arte 1: “A Condessa de Vilches” é uma
obra romântica e “A Mulher de Pérola” é uma obra
realista. Em relação às cores utilizadas, aos efeitos
de luzes e sombras, às expressões dos rostos das
damas (parecem felizes, tristes, sérias etc.), quais as
diferenças e semelhanças que elas apresentam?
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Praticar a arte 2: Escolha uma paisagem (Praia,
cidade, campo etc.) Se não for possível, use fotos.
Observe os principais elementos do quadro:
montanhas, casas, árvores, praias etc. No espaço ao
lado, faça seus esboços e depois passe para uma
folha do seu caderno de arte o desenho. Você pode
aplicar a tinta acrílica ou guache. As cores podem se
misturar em uma paleta.
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85 – EXERCÍCIO PRÁTICO DE DESENHO DE OBSERVAÇÃO: ROMANTISMO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Praticar a arte: Escolha uma das imagensa seguir para
você praticar sua criatividade através do desenho.
Observe os detalhes como as áreas iluminadas, as
texturas e cores para você se inspirar. Preencha a ficha
técnica da sua obra.
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86 – O IMPRESSIONISMO – PARTE 1/2. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Observe as imagens das obras de arte a seguir:
Todos os quadros ao lado mostram a catedral de
Rouen, mas há uma grande diferença: o colorido.
Isto porque Claude Monet (1840-1926), o pintor de
todos esses quadros, observou a catedral em
diferentes horas do dia, ou seja, sob diferentes
intensidades de luz. Monet e outros pintores da
época perceberam que as cores da natureza se
alteram constantemente de acordo com a
intensidade da luz solar que incide sobre elas. Eles
geralmente pintavam ao ar livre, para melhor
observar os efeitos da luz sobre as pessoas, os
objetos e as paisagens. Dessa forma, perceberam
que podiam representar uma paisagem não como
objetos individuais com cores próprias e sim como
uma mistura de cores que se combinam. Essa
inovação na forma de pintar teve início com
Édouard Manet (1832-1883). Ele utilizou em suas
obras cores vibrantes e luminosas, abandonando o
método acadêmico de suaves gradações de cores.
Em 1863 Manet enviou para o Salão Oficial dos
Artistas Franceses a obra “Almoço sobre a Relva”,
quadro que foi rejeitado e severamente criticado
pelo comitê de seleção do salão, pois rompia com os
critérios morais e estéticos da época. Manet
retratou nessa obra duas mulheres, uma delas nua,
em companhia de dois homens bem vestidos num
piquenique.
Contudo, como muitas obras de outros artistas
também foram recusadas, eles se organizaram e
recorreram ao Imperador Napoleão III, que, sob fortes
protestos, autorizou no mesmo ano a realização de
uma exposição paralela à oficial, chamada de Salão dos
Recusados. Depois desse salão, vários artistas, entre
eles Renoir, Degas, Pissaro, Cézanne, Sisley, Monet e
Morisot, passaram a organizar suas próprias exposições
(1874 a 1886). Na primeira delas, um quadro de Claude
Monet, “Impressão: Nascer do Sol” sugeriu ao crítico
Louis Leroy o nome Impressionista para denominar
esse grupo de artistas, com certo tom de desprezo.
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87 - O IMPRESSIONISMO – PARTE 2/2. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Não só Louis Leroy mas também muitos outros
críticos de arte “atacavam” qualquer artista que não
seguisse os padrões estabelecidos pela Academia.
Certa vez, Édouard Manet escreveu a seu amigo
Charles Baudelaire, poeta e crítico de arte francês:
“Os insultos chovem sobre mim como granizo”. Ele,
então, permaneceu longe do grupo dos artistas
impressionistas e não participou das exposições que
eles organizaram, pois queria ser reconhecido no
Salão Oficial. Manet só conseguiu obter êxito nos
últimos anos de sua vida. Em 1870 foi persuadido
por Berthe Morisot a pintar ao ar livre. Sob fortes
influências de seus colegas, suas obras ganharam
mais leveza. Observe, a seguir, algumas obras em
que Édouard Manet retrata dois de seus colegas
impressionistas:
O artista impressionista centrou-se sobretudo na
paisagem e seu interesse voltou-se para a natureza.
Dessa forma deu pouca importância aos temas
sociais como havia feito Coubert no Realismo. Ao
observar a natureza ao ar livre, o artista
impressionista expressava sua relação pessoal com
ela e captava em sua tela a primeira impressão
percebida, a “sensação”.
No Impressionismo as figuras não tinham contornos
nítidos, pois as linhas de contorno não existem na
natureza, são abstrações usadas pelo homem para
representar imagens. As cores empregadas eram as
primárias (azul, vermelho e amarelo) e as
secundárias (roxo, laranja e verde), todas elas
aplicadas na tela com pincel, espátula, com o dedo
ou diretamente do tubo, não havendo assim uma
mistura das tintas na paleta. Ao olharmos uma obra
impressionista de perto vemos apenas pinceladas
separadas que produzem a sensação de mancha
sem contorno. Porém, se a olharmos de longe; as
pinceladas organizam-se em nossa retina criando
formas e luminosidade. Foi preciso alguns anos para
que o público descobrisse esse fato. Dessa maneira,
para apreciar uma pintura impressionista, é
necessário recuar alguns metros e perceber que as
manchas sem contornos se organizam e ganham
vida diante de nossos olhos. Observe alguns quadros
impressionistas:
O movimento impressionista, que teve
sua maior expressão na pintura,
também influenciou alguns escultores.
Entre eles destacamos Edgar Degas
(1834-1917) e Auguste Rodin (1840-
1917). Edgar Degas, além de um grande
pintor, participou de sete das oitos
exposições impressionistas, também
modelou uma série de esculturas a
partir de 1880. Entretanto, apenas uma
delas foi exposta, “Bailarina de
Quatorze Anos”, em 1881, no sexto
Salão Impressionista. Degas vestiu essa
escultura com um saiote de bailarina e
na cabeça colocou uma fita, o que
causou um grande impacto no público.
Rodin se consagrou como celebridade pública, fato que
não acontecia desde o Neoclassicismo. Estudou na
Itália e foi inspirado pelas obras de Michelângelo.
Rodin é considerado por muitos historiadores um
artista realista. Diferentemente de Degas, ele não
participou do grupo dos artistas impressionistas, mas,
por ter vivido na mesma época que eles, recebeu
algumas influências impressionistas. Suas obras
apresentam características desse movimento. Rodin, às
vezes, deixava parte da pedra sem esculpir, em estado
bruto, para dar a impressão de que a figura está
surgindo da pedra.
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88 – DESENHANDO E PINTANDO – OBSERVAÇÃO IMPRESSIONISTA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Observe como o Parlamento de Londres fica
diferente dependendo da luminosidade que incide
sobre ele:
Praticar a arte: Em sua casa, escolha um objeto que esteja próximo à janela, quintal ou jardim e desenhe-o
em diferentes horários, observando como a intensidade da luz modifica suas cores. Para que seu trabalho
fique parecido com o estilo impressionista, não faça linha de contorno e varie as cores utilizando as técnicas
de tonalidade e nuance. Preencha a ficha técnica da sua obra.
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89 – PRINCIPAIS ARTISTAS DO IMPRESSIONISMO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Com cores brilhantes e
fortes, além de texturas e
linhas harmônicas, o
trabalho de Renoir era
marcado por um
sentimento lírico, além da
representação de formas
humanas individuais, em
grupo ou de paisagens.
Conheceu Claude Monet e
Alfred Sisley, além de
outros artistas famosos da
época de quem tirou
inspiração para seus
trabalhos. De Monet,
Renoir recebeu influências
no tratamento da luz, e o
trabalho com as cores, foi
influência de Delacroix.
Edgar Degas foi o pintor
do movimento. O tema
tornou-se busca
incansável para o artista,
basta apenas dizer que o
universo do balé,
sobretudo, com suas
bailarinas, foi um dos
assuntos a que ele se
dedicou, repetidamente,
por anos, em pinturas,
desenhos e esculturas,
Mas a busca do
movimento não apenas se
traduziu nos gestos de
leveza das bailarinas que
figuram em tantas de suas
obras.
As obrasde Pissarro
caracterizam-se pelos
contrastes de luz e
sombra, pelas cores fortes
e distintivas, pelos
motivos alegres e
pinceladas curtas, sem a
preocupação com o
contorno, mas buscando a
divisão das cores através
das marcas de cores
isoladas, ressaltando uma
espécie de essência da
imagem, umas das
principais características
das obras impressionistas.
Cézanne abandonava
gradualmente os temas
eróticos do início da
carreira e mostrava um
crescente interesse pelo
paisagismo, pintando ao
ar livre como os
impressionistas. Muitas
de suas primeiras
paisagens foram feitas em
L’Estanque, vilarejo
pesqueiro nas
proximidades de
Marselha, onde o artista
passou a maior parte do
ano de 1870.
Muito menos citado
historicamente do que os
seus companheiros Renoir
e Monet, o pintor Alfred
Sisley distinguiu-se do
grupo pela limpidez das
suas paisagens, algumas
das obras mais fiéis aos
princípios do
impressionismo. As suas
primeiras obras revelam
de forma inequívoca a
influência do paisagista
francês Camille Corot e
também a predileção pela
pintura ao ar livre e a
constante evolução para
os tons claros,
característica da sua
maturidade.
Ele escreveu certa vez:
“Meu único mérito está
em ter pintado
diretamente na frente da
natureza, buscando tornar
minhas impressões sobre
os efeitos mais fugazes.”.
A maioria dos
historiadores de arte
acredita que Monet
realizou muito mais do
que isso; ele ajudou a
mudar o mundo da
pintura de sacudir as
convenções do passado.
Dissolvendo as formas em
suas obras, Monet abriu a
porta para uma maior
abstração na arte.
Entre as pintoras
impressionistas, algumas
de muito valor, a maior
importante talvez tenha
sido Berthe Morisot,
pintora de paisagens
transbordantes de frescor,
de traços ágeis e quase
sempre com a figura
humana como ponto de
referência. Além disso, foi
uma extraordinária
pintora de cenas da vida
doméstica, onde podia
divertir-se e dar vazão aos
seus dotes de observação,
e o mesmo acontecia
quando tratava com
naturalidade da
intimidade familiar.
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90 – RESUMÃO: O IMPRESSIONISMO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Impressionismo é o nome de um movimento artístico francês
que surgiu no século XX, durante o famoso momento
conhecido como Belle Époque (1871-1914), revolucionando a
área artística. O termo “impressionismo” surgiu a partir da
crítica feita a uma obra de Claude Monet, “Impressão, nascer
do sol”, do ano de 1872.
O impressionismo foi aquele movimento artístico que fez com
que se criasse uma nova visão conceitual da natureza, por
meio de pinturas que dão ênfase à luz natural e ao movimento.
Embora o termo tenha surgido como uma crítica ao quadro de
Monet, o pintor e seus colegas adoraram o título e o adotaram
como o nome para o seu movimento artístico. A maior
intenção dos impressionistas era provocar uma revolução
semelhante à revolução regra na representação da forma por
meio das cores. Para eles, a natureza – observando-a ao ar
livre – possui uma mistura de matizes que se harmonizam. A
cor não é um valor inerente dos objetos. Para eles, era
fundamental que a pintura apresentasse uma “impressão” ou
suas percepções sensoriais iniciais em um breve vislumbre de
suas obras.
Por representar a realidade de uma nova maneira, por meio de
uma reviravolta na arte daquele período, o impressionismo
seguia alguns padrões técnicos que caracterizaram o
movimento, principalmente tratando-se da pintura:
x Figuras não possuem contornos nítidos;
x Sombras precisam ser coloridas e luminosas;
x Cores e tonalidades não podem ser obtidas com mistura de
tintas;
x Contrastes de luz e sombra são adquiridos por meio da lei
das cores complementares;
x Registro de tonalidades que o objeto adquire ao refletir a luz
solar por certo momento.
Além disso, outro aspecto marcante do impressionismo era
que os artistas pintavam ao ar livre, assim como não seguiam
os ensinamentos do realismo. O ponto de destaque das obras
impressionistas era a fixação do instante, assim como a
impressão visual que causa em uma pessoa ao observar
alguma coisa de repente. Alguns artistas do impressionismo
até pintavam a mesma paisagem em vários momentos do dia
ou em diferentes estações do ano para se divertirem com as
mudanças de cores. Naquela época, a espontaneidade em uma
obra era o foco: cores vivas e claras que mostram os efeitos de
luz nas paisagens que resultavam na impressão de movimento
a elas. Em esculturas, o impressionismo prezava pela fusão da
luz e sombra e a visibilidade da estátua por meio de vários
ângulos. Em outros âmbitos, como fotografia, música e
literatura, o impressionismo também se fez presente. No
entanto, o impressionismo não foi bem recebido pela
imprensa e pelo público daqueles anos, pois suas obras eram
vistas como rudes e de esboços sem formas. O primeiro
contato com a obra dos impressionistas aconteceu em uma
exposição coletiva feita em Paris, no mês de abril de 1874. Os
artistas impressionistas eram ridicularizados por esse novo
estilo que estava muito distante das referências clássicas.
Entre os maiores nomes dentro do movimento impressionista
estão:
x Alfred Sisley – “Le Pont de Moret”, 1893.
x Berthe Morisot – “Le Berceau”, 1872.
x Claude Monet – “Le Bassin aux numphéas”, 1899.
x Edgar Degas – “Le Foyer de la danse”, 1872.
x Édouard Manet – “Argenteuil”, 1874.
x Camille Pissarro – “Vegetable Garden”, 1878.
x Pierre-Auguste Renoir – “La Loge”, 1874.
No Brasil, o impressionismo foi destaque nas mãos de Eliseu
Visconti. A influência dos artistas europeus, em uma viagem ao
Velho Continente, fez com que o artista registrasse os efeitos da
luz solar em suas telas, já não se preocupando com a imitação de
modelos clássicos, como anteriormente.
Um dos melhores lugares para se aproximar da arte impressionista
é na casa do artista Claude Monet, em Giverny, na França. Por lá,
pode-se ver o jardim da residência que serviu de espaço para a
composição de uma de suas obras mais famosas – “Mulheres no
Jardim”.
O Museu dos Impressionistas (Musée d’Orsay) também é um
destino, situado em Paris, que conta com inúmeras pinturas e
esculturas de arte do período impressionista, com obras dos
principais artistas.
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91 – CONHECENDO O ARTISTA: ÉDOUARD MANET E SUAS OBRAS. Parte 1/4. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Édouard Manet (Paris, 23 de janeiro de 1832 —
Paris, 30 de abril de 1883) foi um pintor e artista
gráfico francês e uma das figuras mais
importantes da arte do século XIX, considerado
por estudiosos de artes plásticas como um dos
mais importantes representantes do
impressionismo francês, embora muitas de suas
obras possuam fortes características do
realismo. Prefere os jogos de luz e de sombra,
restituindo ao nu a sua crueza e a sua verdade,
muito diferente dos nus adocicados da época. O
trabalhado das texturas é apenas sugerido, as
formas, simplificadas. Os temas deixaram de ser
impessoais ou alegóricos, passando a traduzir a
vida da época, e, em certos quadros, seguiam a
estética naturalista de Zola e Maupassant.
Manet era criticado não apenas pelos
temas, mas também por sua técnica,
que escapava às convenções
acadêmicas. Frequentemente
inspirado pelos mestres clássicos e em
particular pelos espanhóis do Século
de Ouro, Manet influenciou,
entretanto, certos precursores do
impressionismo, em virtude da pureza
de sua abordagem.
A esta sua liberação das associações literárias tradicionais,
cômicas ou moralistas, com a pintura, deve o fatode ser
considerado um dos fundadores da arte moderna. Suas
principais obras foram: Almoço na relva ou Almoço no Campo,
Olímpia, A Sacada, O Tocador de Pífaro e A Execução de
Maximiliano. A Primavera, obra-prima de 1881 de Manet, foi
vendida em Novembro de 2014 por US$ 65,13 milhões em um
leilão em Nova York, um recorde de preço para uma obra do
impressionista.
Manet nasceu em Paris em 23 de janeiro de 1832. Seu pai,
Auguste, era um alto funcionário do Ministério da Justiça e
descendia de uma ilustre família burguesa da capital francesa.
Senhora Manet (cujo sobrenome de solteira era Fournier) era
filha de um diplomata francês na Suécia. Manet tinha dois
irmãos mais novos: Eugène e Gustave.
Apesar da educação austera, Manet pode descobrir o mundo artístico
graças a um tio, o capitão Édouard Fournier, que levava Édouard e seu
irmão Eugène às galerias do Museu do Louvre para admirar os grandes
mestres. Aos 12 anos, Édouard foi enviado ao colégio Rollin (hoje Liceu
Jacques Decour), perto de Montmartre. Na escola, Édouard foi
decepcionante era pouco aplicado e um pouco insolente.
Os péssimos resultados obtidos por Édouard na escola fizeram sua
família repensar nas ambições nutridas no filho primogênito, a família
queria que Manet estudasse direito. Cientes que Édouard não tinha
vocação para uma carreira jurídica seus pais não se opuseram ao seu
desejo de tornar-se marinheiro. O primeiro fracasso ao tentar entrar na
Escola Naval fez com que Édouard só entrasse para carreira de uma
maneira menos nobre: pelo trabalho. Em dezembro de 1848, Édouard
embarcaria no barco-escola "Havre et Guadeloupe" para o Brasil como
um simples marinheiro. Se esta experiência não confirmou que Édouard
não tinha vocação para a marinha lhe trouxe uma grande experiência.
Foi no Brasil que ele desenvolveu certo gosto pelo exótico, pelas
mulheres e desenvolveu uma repulsa ao escravismo. Marcou-o muito a
luminosidade da baia de Guanabara que haveria de deixar traços
marcantes na sua maneira de pintar. De volta à França em junho de
1849, Manet novamente fracassaria ao tentar entrar para Escola Naval.
Após os seguidos fracassos ao tentar entrar
para Escola Naval, Manet consegue apoio
de seus pais para estudar no ateliê do
pintor e mestre Thomas Couture, onde
ficou por seis anos. Thomas Couture tinha
um estilo acadêmico, estudou na École des
Beaux-Arts de Paris ("Escola de Belas
Artes"), suas mais conhecidas obras foram
“Os Romanos” e “A Decadência”. Durante
seis anos, Manet procurou aprender as
bases técnicas da pintura e fez cópias de
obras expostas no Louvre (cópias de obras
de Ticiano, Velazquez, Tintoretto e
Delacroix). Manet completou seu
aprendizado viajando e conhecendo
museus de outros países europeus (Itália,
Holanda, Alemanha, Áustria e outros). Em
uma das viagens à Itália, Manet copiaria
“Vênus de Urbino”, de Ticiano que seria
sua inspiração para fazer anos depois
“Olympia”.
Em 1852, Manet teve um filho
ilegítimo com Suzanne Leenhoff.
Suzanne tinha origem holandesa e
era professora de piano. O pai de
Manet se opôs ao casamento dos
dois que só aconteceu depois que o
Sr. Manet morreu. No ano de 1856,
Manet deixou o atelier de Couture
por divergências artísticas.
Segundo Couture, Manet não tinha
tons intermediários entre a luz a e
sombra. Para Manet, esses tons
intermediários debilitavam a
sombra e a luz, portanto ele
acabava usando cores quase puras.
Em 1859, Manet envia o seu
primeiro trabalho ao Salão de Paris
("O Bebedor de Absinto"), obra
realista influenciada pelas obras do
pintor Gustave Courbet e também
pela obra Menippe de Diego
Velázquez. A obra foi recusada pelo
Salão.
O júri não estava aberto ainda para novas ideias. A
imagem do bebedor apareceria em outro quadro de
Manet, "O Velho Músico" de 1862.
Após o abandono do ateliê de
Couture, Manet tinha certo fascínio
pela arte da Península Ibérica.
Entre as suas obras da época estão:
"Lola de Valência" (que retrata uma
dançarina em trajes espanhóis
tradicionais), "O Cantor Espanhol",
"Jovem Homem em costume de
Majo", "Bailado Espanhol" e "Mile
V. em costume de espada" (cuja
modelo foi Victorine Meurent
vestida de toureiro). Estes dois
últimos expostos no Salão dos
Recusados de 1863. Seu período
hispânico era influenciado pelas
obras de Diego Velázquez.
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92 - CONHECENDO O ARTISTA: ÉDOUARD MANET E SUAS OBRAS. Parte 2/4. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Victorine Meurent teria um papel
importante na obra de Manet, ele a
conheceu durante seus estudos com
Couture e a partir deste momento ela
se tornaria uma modelo frequente de
suas obras. O quadro "O Cantor
Espanhol" foi seu primeiro quadro
exposto ao Salão de Paris em 1861
junto a obra "Retrato de Sr. e Sra.
Auguste Manet" (um retrato de seus
pais).
O "Cantor Espanhol" ganhou destaque na exposição pelas suas
cores vivas e ganhou menção honrosa, já "Retrato do Sr. e Sra
Auguste Manet" era uma obra típica dos tempos do ateliê de
Couture, uma obra mais clássica.
A última obra sob a influência espanhola foi "O Homem morto"
de 1864. Quando Manet o pintou, ele era bem maior e se
chamava "Incidente na Tourada".
Porém ele acabou recebendo
críticas devido à crueldade da
cena e Manet, então, dividiu o
quadro e sua maior parte
recebeu o nome de "O homem
morto".
Manet era um jovem amigável e sociável. Quando começou a
fazer sucesso foi prontamente aceito em círculos de
intelectuais e aristocratas parisienses. Frequentava
assiduamente os Jardins das Tulherias (Jardin des Tuileries em
francês) com a presença constante de seu amigo, Baudelaire,
local que serviu de inspiração para a obra Música nas Tulherias
de 1862.
Pintor de mão cheia, Manet sempre manteve um bom
conceito no mercado e nunca lhe faltou retorno financeiro,
bastando-se por si mesmo, ao contrário de outros artistas à
sua volta, quase sempre envolvidos em negócios mal
sucedidos e tendo de apelar à ajuda de amigos para vencer
suas crônicas necessidades. Apesar de não depender de
ninguém, sempre deu apoio àqueles que, de alguma forma,
buscavam viver da arte. Acompanhou de perto a atividade do
movimento impressionista e, ainda que não tenha, de fato, se
tornado um impressionista, passou a todos a sua experiência
de mestre na pintura.
Não participou de nenhuma das exposições do
Impressionismo, mas sua influência era tal que, morto Manet
em 1883, o movimento não conseguiu mais se sustentar,
havendo uma dispersão dos artistas que, a partir de então, se
afastaram das regras estabelecidas, ainda que influenciados,
vida afora, pelas linhas gerais do estilo. Mas, sem Manet,
tornava-se difícil manter a unidade que caracterizava o
movimento impressionista. Apesar de dar apoio a artistas
incipientes, Manet nunca se interessou em aparecer como
mestre. Para dizer a verdade, em sua vida profissional, teve
uma única aluna, em 1869, Eva Gonzalès (1849-1883), filha do
romancista Emmanuel Gonzalez, a qual lhe havia sido
apresentada por um marchand. A jovem até podia ter algum
talento, mas lhe faltava outro elemento importante para o
sucesso, que é a iniciativa própria. Desenvolveu bem sua
pintura, mas raramente participou de exposições e, a despeito
de ser impressionista, nunca se juntou ao movimento,
faltando-lhe, em consequência, a notoriedade necessária a
quem deseje impor sua arte ao público.
A obra “A Música nas
Tulherias” marca o seu
rompimento com o
realismo em sua primeira
obra impressionista. Há a
presença de pessoas bem
próximas à Manet
retratadas nesta obra,
entre elas Baudelaire e
Eugène Manet, seu irmão.
Baudelaire e Manet já se conheciam desde 1858, mas
tornaram-se grandes amigos tempos depois.
A partir de 1863 surgiu o Salão dos Recusados, onde quadros
que não entravam no salão oficial poderiam ser expostos ali.
Manet expôs neste salão de 1863três quadros: "Victorine
Mereunt em costume de toureiro", "Rapaz em costume
espanhol" e "Almoço na relva". O quadro "Almoço na Relva"
foi um escândalo para a época pela nudez que alguns acharam
vulgar, ele trazia dois homens vestidos e uma mulher nua.
Suzanne Leenhoff (sua mulher) e Victorine Meurent (sua
modelo preferida) posaram para a composição da mulher nua,
sendo o corpo de Suzanne e o rosto de Victorine.
"Olympia", pintada em 1863, mas só apresentada ao público em
1865, causou reações contrárias mais fortes do que "Almoço na
relva". Era um retrato de uma jovem prostituta nua e havia uma
referência audaciosa à obra de Ticiano (Vênus de Urbino). A
modelo novamente foi Victorine Meurent retratada nua e aos
seus pés um gato negro ao invés de um cachorro como no quadro
de Ticiano. Em uma atmosfera erótica havia também falta de
perspectiva (técnica onde se vê o tamanho certo dos objetos em
relação a distância). Neste mesmo ano o pai de Manet morreria e
ele acabaria se casando com Suzanne Leenhoff pouco após a
morte dele. Suzanne foi retratada em muitos quadros de Manet
entre eles "A ninfa surpresa" (de 1861), "A leitura" (de 1865) e
"Suzanne Manet em seu piano" (de 1867). Manet tinha tido um
filho com Suzanne, Léon Leenhoff, mas jamais reconheceu sua
paternidade. Léon também posaria para vários quadros entre sua
infância e adolescência, entre eles "As bolas de sabão" (de 1867) e
"O almoço no Ateliê" (de 1868). Este último presente na exposição
do Salão de Paris de 1869.
No ano de 1867, "O tocador de Pífaro" foi
recusado no Salão Oficial de Paris. Fato que
fez com que Émile Zola escrevesse uma
artigo no L’Événement defendendo a tela
(Zola seria retratado por Manet em 1868,
quadro que foi aceito no Salão do mesmo
ano). No ano seguinte, 1867, após ser
excluído do Salão Internacional, promoveu
com seu próprio dinheiro uma exposição de
suas obras, mas, sem sucesso de público, a
exposição foi um fracasso.
No mesmo ano ele pintou A
Execução de Maximiliano
(L'Exécution de Maximilien), uma
obra de indignação em relação à
morte de Maximiliano de Habsburgo
abandonado por Napoleão III no
México. Manet trabalhou mais de
um ano na produção de uma grande
tela histórica e comemorativa. O
resultado é claramente inspirado em
"Três de Maio" de Goya, mas com
um resultado totalmente diferente.
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93 - CONHECENDO O ARTISTA: ÉDOUARD MANET E SUAS OBRAS. Parte 3/4. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Em 1868, Manet entraria para o Salão Oficial com "Retrato de
Émile Zola" e "Mulher com papagaio". A partir deste ano, ele
passaria seus verões em Boulogne-sur-Mer, cidade litorânea
francesa da região de Pas-de-Calais. Lá ele realizaria algumas
marinhas entre outras como "Clarão da lua sobre o porto de
Boulogne" e a "Partida do Vapor Flokestone" ambas de 1869.
No salão de 1869, colocou duas
obras no Salão Oficial: "O balcão" e
"Almoço no Ateliê". "O Balcão" que
não foram bem recebidos pelos
críticos pela sua falta de
perspectiva. Neste quadro aparece
a figura de Berthe Morisot, jovem
pintora que ao conhecer Manet no
Louvre tornou-se uma grande amiga
e acabou sendo retratada em vários
de seus quadros. Berthe acabou
casando-se posteriormente com o
irmão de Manet, Eugène. Entre os
quadros mais famosos em que
Berthe foi modelo estão o "Berthe
Morisot de Chapéu Preto" e "
Retrato de Berthe Morisot
reclinada" ambos de 1872, além de
"O balcão".
Em 1870, com a guerra franco-prussiana, Manet levou sua
família à fronteira da Espanha e alistou-se na Guarda Nacional.
Ele passou o ano de 1874 em Bennevilliers perto de Argenteuil
onde seus amigos Monet e Renoir estavam na maior parte do
tempo pintando ao ar livre. Ao visitar Monet em Argenteuil,
Manet e ele saíram de barco pelo rio Sena para pintar. Desta
época entrou para o salão de 1875 seu quadro "Monet em seu
barco estúdio". Em 1876, Manet faria uma exposição particular
com muito sucesso.
No ano de 1881, Manet
ganharia o direito de
participar permanentemente
do Salão Oficial sem
julgamento prévio. Em 1882
Manet apresentou seu último
quadro pintado "Bar em
Folies-Bergère" no Salão de
Paris.
Manet contraiu sífilis o que lhe causou muitas dores e paralisia
parcial. Em 1883, Manet tem a perna esquerda amputada
devido a gangrena e morreu dias após. Ele tinha 51 anos
quando morreu e está enterrado no Cemitério de Passy em
Paris.
“ Al oço sobre a Rel a”
“Le déjeuner sur
l'herbe” ou (em
português, “O
almoço sobre a
relva” ou “O
piquenique no
bosque”) é um óleo
sobre tela da autoria
de Édouard Manet,
pintado entre 1862 e
1863, com as
medidas de 208 por
264,5 centímetros.
A sensual e provocatória posição da modelo nua, perante dois
homens completamente vestidos, provocou escândalo na
sociedade mais conservadora, quando da sua exibição no
Salão dos Recusados, em 1863. Atualmente, o quadro está
exposto nas paredes do Museu de Orsay, em Paris.
O Almoço sobre a Relva não tem, ao contrário das pinturas
realistas de Honoré Daumier, um teor crítico social, ou seja, o
artista não pretendia criticar a sociedade, nomeadamente o
estatuto da mulher, a condição das prostitutas parisienses, ou
a procura pelo sexo pelos aristocratas. O que esta tela
declarava era a profunda e escandalosa liberdade do pintor,
que várias vezes, ao longo da sua trajetória pela arte,
escandalizou os espectadores do Salão.
Por trás de um título aparentemente inocente, esconde-se uma
pintura com uma força incrível, capaz de chocar o mais distraído
espectador. A modelo e o homem sentado ao seu lado olham
diretamente o espectador, e a modelo, com o rosto seguro pela
mão direita, não se inibe de sorrir ligeiramente, exibindo uma
aparência segura e plena de sensualidade.
A cena no bosque ou num parque dos muitos que existiam e ainda
existem em Paris marca também pelo seu exotismo e pela
interessante paleta de cores que se desenrola lentamente em
cada pedaço da tela, exibindo ostensivamente o castanho e o
oliva. Efetivamente, o castanho é a cor mais explorada nesta
composição, sendo que se espalha pelos primeiro e segundo
planos da pintura em vários tons.
Contrastante com a elegância dos dois homens exibe-se a nudez
da modelo Victorine Meurent, a modelo favorita de Manet, que,
inclusive, preencheu várias das suas telas, entre as quais
“Olympia”. Sentada na grama, nua, com um homem ao seu lado
esquerdo e uma natureza-morta, com um cesto de frutas,
juntamente com o seu vestido e chapéu azuis jogados no chão, do
seu lado direito, a sua tez (pele) extremamente branca, típica de
uma cortesã, confere luminosidade a toda a tela e surge como um
grito no escuro na conservadora sociedade parisiense que, apesar,
da boemia reinante, se mantinha avessa à mudança.
A pintura provocou risos desconcertantes no Salão, escandalizou a
imperatriz e foi considerada pelo imperador como atentado ao
pudor. Não tanto pelo nu na mulher, mas sim pelo fato de esta
estar nua no bosque, em uma conversa plausível, com dois
homens bem e inteiramente vestidos, como estava os
espectadores da tela. Críticos defendem que o riso fora provocado
pela sensação que os espectadores tiveram de serem eles mesmos
os observados, sem saber.
Édouard Manet deixou nas suas
memórias a confissão de que a sua
obra-prima “Le déjeuner sur l'herbe”
deve tudo, ou quase tudo, a uma sua
curta estadia no Palácio das
Necessidades, em 1859, por motivos
que o pintor deixa por esclarecer, em
cujos jardins da Tapada das
Necessidades se davam famosos
piqueniques.
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94 - CONHECENDO O ARTISTA: ÉDOUARD MANET E SUAS OBRAS. Parte 4/4. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Praticar a arte: Depois da leitura atenta do texto,
responda ao questionárioa seguir sobre o artista
Édouard Manet:
6. Cite o nome de 4 obras de Manet.
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7. Escreva sobre a família que Manet formou com
Suzanne Leenhoff.
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8. Escreva sobre o contato de Manet com Renoir e
Monet.
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9. Por que a obra “O almoço sobre a Relva” causou
escândalo a sociedade conservadora?
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10. Escreva sobre a obra “Música nas Tulherias”:
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11. Descreva a obra “O Almoço sobre a Relva”:
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1. Quem foi Édouard Manet?
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2. Escreva sobre a família de Manet.
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3. Qual a obra que inspirou Manet a pintar
Olympia?
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4. Como é a técnica artística e os temas das obras
de Manet?
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5. Qual a obra que é considerada o rompimento
da obra de Manet entre o Realismo e o
Impressionismo? Escreva sobre ela.
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95 – ANALISANDO A OBRA: “MULHERES NO JARDIM”, CLAUDE MONET. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Embora este quadro seja mais acadêmico na sua
abordagem do que suas obras posteriores, Monet o
impregnou de uma luminosidade e leveza bem diferente
das pinturas formais acastanhadas ao estilo feito na
época – estilo que prevalecia, sem dúvida alguma, entre
a comissão que julgava os quadros nos Salões de Paris.
Apesar do tamanho, Monet insistiu em pintá-lo
totalmente ao ar livre e sempre com a luz do sol,
trabalhando no jardim de uma casa que ele alugara em
Villed’Avray, nos subúrbios de Paris, em 1886.
O desafio é duplo: trabalhar ao ar livre, o que requer a
escavação de uma trincheira no chão para descer a tela
com uma polia para trabalhar a parte superior,
mantendo o mesmo ponto de vista; e o de atacar o
grande formato geralmente reservado para composições
históricas.
A ambição do jovem Monet está, no entanto, em outro
lugar: como conseguir integrar personagens numa
paisagem, com a impressão de que o ar e a luz circulam?
O pintor encontra uma resposta pintando as sombras e
as luzes coloridas, os buracos do sol filtrando através da
folhagem, os reflexos claros em halos na luz fraca.
Os rostos, imprecisos, não podem ser comparados a retratos. Camille, a companheira do pintor, posou para as três figuras à
esquerda. Monet suavemente dá a brancura dos vestidos: coloca-os firmemente na estrutura da composição – que diminui os
verdes e os marrons -, dados pela árvore central e pelo caminho.
Concluída no ateliê, a pintura foi recusada pelo júri do Salão de 1867 que, para além da ausência de sujeito ou narração,
deplora o aparente toque que julga como sinal de descontração e incompletude. Um dos membros disse: “Muitos jovens só
pensam em continuar nessa direção abominável, é hora de protegê-los e salvar a arte!”.
Praticar a arte: Com o uso do guache ou da tinta acrílica, aplique cor na imagem da obra de arte apresentada. Mistura cores
primárias e secundárias para você obter as nuances características das obras de Claude Monet.
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96 – O PÓS-IMPRESSIONISMO E SEUS ARTISTAS. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Alguns artistas consideravam o Impressionismo um
estilo superficial que retratava apenas cenas
passageiras e não dava muita importância aos
sentimentos e acontecimentos políticos e sociais.
Outros se sentiam insatisfeitos e limitados com a
técnica impressionista. Dessa forma, muitas
tendências surgiram na pintura no final do século
XIX e início do século XX, e a essas diversas
tendências foi dado o nome de Pós-Impressionismo.
Para os artistas do Pós-impressionismo, o novo
espírito que surgira se distanciava da outra
(Impressionismo), na medida em que admitia a
importância do lado subjetivo, humano, emocional e
sentimental expresso nas artes, e não somente de
seu aspecto “superficial”, de reprodução da
realidade, como fizeram os autores do
Impressionismo. De tal modo, ainda que tenham
criado uma nova tendência, muitos artistas do Pós-
impressionismo fizeram parte do Impressionismo,
considerado por muitos, uma extensão ou
desenvolvimento maior (da parte mais intelectual)
da escola impressionista. Em resumo, os artistas que
compõem o pós-impressionismo buscavam novos
estilos, determinado por novos conceitos e formas,
intensificados pela composição da luz e da cor em
suas obras.
Principais Características
As principais características do Pós-impressionismo
são:
x Humanismo.
x Subjetivismo.
x Uso de cores, luz, textura.
x Técnica pontilhista.
x Bidimensionalidade.
Paul Cézanne (1839-
1906): Para Cézanne,
seus quadros eram
“construções da
natureza” e não a cópia
dela. Ele estudava as
formas geométricas e as
proporções de cada
objeto a ser retratado.
Seus quadros são
considerados
reconstruções da
natureza e dos objetos.
Um dos temas
preferidos de Cézanne
são as naturezas-mortas
(pintura de flores,
frutas, objetos, animais
mortos etc.).
0
Georges Seurat
(1859-1891): Como
Monet, Seurat
abandonou a paleta e
passou a utilizar cores
puras, aplicando-as
diretamente na tela. Ao
agrupar as pinceladas
em forma de pontos,
Seurat criou uma nova
técnica que recebeu o
nome de Pontilhismo.
Henri Toulouse-
Lautrec (1854-
1901): Buscava a
inspiração nas figuras
humanas, na realidade
dos cabarés e bares da
França do final do século
XIX.
Paul Gauguin (1848-
1903): Perturbado com
a sociedade europeia
moderna, que se
preocupava com o
materialismo e a
ascensão social, deixa a
Europa para buscar
inspiração na Martinica
e no Taiti, acreditando
estar próximo à
natureza e assim poder
encontrar a liberdade.
Vincent van Gogh
(1853-1890): Tinha
personalidade
intrigante. Oscilava
entre a alegria e a
tristeza, a esperança e o
desespero, o amor e o
ódio. Vivia uma
dualidade emocional.
Pintar passou a ser seu
refúgio. Utilizando cores
fortes para expressar
seus sentimentos, criou
uma nova forma de
fazer arte. Segundo ele,
“pinto o que sinto e não
apenas o que vejo”.
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97 – EXERCÍCIO SOBRE PONTILHISMO E NATUREZA-MORTA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Praticar a arte 1: No espaço a seguir, com o lápis ou canetinha, desenhe uma
paisagem ou objeto, ou ainda uma personagem de histórias em quadrinhos
utilizando apenas pontos.
Praticar a arte 2: Assim como Cézanne, artistas de diferentes períodos pintaram
naturezas-mortas. Observe as imagens apresentadas. Em seguida, no espaço
abaixo, utiliza lápis de cor, canetinha ou tintas variadas para desenhar e pintar
sua natureza-morta. Não se esqueça de preencher a ficha técnica da sua obra. - Desenhe o contorno da figura com lápis ou canetinha levemente. Dessa
maneira o contorno desaparecerá sob os pontos.
- Para as áreas mais escuras, preencha com pontos mais próximos e para as áreas
mais claras, com pontos mais espaçados.
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98 – EXERCÍCIO DE LEITURA E IDENTIFICAÇÃO DO AUTOR PÓS-IMPRESSIONISTA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Praticar a arte: Observe as
imagens de obras de arte pintadas
pelos artistas do Pós -
Impressionismo. Identifique uma
característica do autor e escreva
seu nome em cada uma delas.
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99 – O FAUVISMO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Nos primeiros anos
do século XX, um
grupo de artistas,
entre eles Henri
Matisse (1869-
1954), Maurice de
Vlaminck (1876-
1958) e André
Derain (1880-1954),
passou a usar a cor
como elemento
mais importante da
obra de arte.
Para eles, o desenho, as linhas e a perspectiva
ficaram em segundo plano, pois tinham como
princípio a simplificação das formas e o uso das
cores puras, tal como estão nos tubos de tintas.
Henri Matisse chegava a dizer que procurava pintar
com a pureza de uma criança ou de um selvagem,
que usam a cor apaixonadamente. Em 1905, no
Salão de Outono de Paris, o crítico de arte Louis
Vauxcelles, ao observar os quadros tão
agressivamente coloridos, os chamou de feras
(“fauves”, em francês), dando origem ao termo
“fauvismo”. Os artistas fauvistas usavam as cores
puras, sem misturá-las, para obter gradações de
tons, de maneira instintiva e não intelectual. O
Fauvismo influenciou toda a arte desde o início do
século XX até a atualidade.
O movimento foi tipicamente francês, iniciou-se por parte
dos artistas da época que se opunham a seguir a regra da
estética impressionista, em vigor na época. A tendência foi
considerada movimento artístico apenas em 1905.
O Fauvismo, ou Fovismo, tinha temática leve, baseada na
alegria de viver e nas emoções, e não tinha
fundamentação ou intenção crítica nem política. A
gradiente de cores é consideravelmente reduzida nestas
obras, mas o papel das cores é extremamente importante
nelas, pois eram responsáveis pela noção de limites,
volume, relevo e perspectiva. Além disso, as cores não
tinhamrelação direta com a realidade, não correspondiam
à cor real do objeto representado.
O início do movimento, no final do século XIX, teve como
representantes precursores Paul Gauguin e Vincent Van
Gogh. Os estilos destes dois renomados artistas exerceram
forte influência sobre os adeptos do Movimento Fauvista.
O Fauvismo influenciou muito a ruptura da arte moderna
com a antiga estética vigente, além disso, modificou a
ideia de utilização das cores nas artes plásticas.
Para o movimento Fauvista, as criações artísticas
não possuem relação com intelecto ou
sentimentos, ou seja, a criação artística deve ser
livre e espontânea, baseada no instinto, nos
impulsos primários. Também as cores, eram
levadas amplamente em consideração a larga
preferência por cores puras, elas são exaltadas
no Fauvismo, e linhas e cores não possuem uma
ordem predeterminada, são empregadas nas
obras da mesma forma primária e instintiva que
fazem crianças e selvagens, como diziam os
próprios artistas.
Algumas das características
físicas da pintura fauvista
são o colorido brutal, as
pinceladas violentas e
definitivas, irrealidade na
correspondência das cores
da realidade com a
representação e a pintura
por manchas largas, na
formação de grandes
planos.
Alguns nomes do Fauvismo foram:
x Vincent Van Gogh.
x Paul Gauguin.
x Georges Braque.
x Andre Derain.
x Jean Puy.
x Paul Cézanne.
x Henri Matisse.
x Kees van Dongen.
x Raoul Dufy.
x Georges Roualt.
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100 – OS PRINCIPAIS ARTISTAS DO FAUVISMO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Henri-Émile-Benoît
Matisse, conhecido
por seu uso da cor e
sua arte de
desenhar, fluida e
original. Foi um
desenhista,
gravurista e
escultor, mas é
principalmente
conhecido como um
pintor. Matisse é
considerado,
juntamente com
Picasso e Marcel
Duchamp, como um
dos três maiores
artistas do século
XX, responsável por
uma evolução
significativa na
pintura e na
escultura.
A pintura de Paul
Gauguin com um
estilo diferente,
mas que tinha o
desejo de ir além do
naturalismo puro e
dar mais ênfase às
cores, emoções e
imaginação,
significou uma
ruptura absoluta,
do ponto de vista
conceitual, com o
Impressionismo,
que havia abraçado
antes, razão pela
qual passou a ser
considerado um
pintor pós-
impressionista.
Georges Braque foi
um escultor,
gravurista e pintor
modernista francês.
É considerado um
dos principais
representantes do
cubismo na França.
Embora seja
reconhecido como
um expoente da
pintura cubista,
Braque, no começo
de sua carreira
artística se
destacou com
paisagens fauvistas.
André Derain foi um
importante pintor,
ilustrador e escultor
francês da primeira
metade do século
XX. Foi um dos
fundadores e
difusores do
Fauvismo. Atuou
também como
cenógrafo e
figurinista. Suas
obras também são
identificadas, em
determinados
momentos de sua
vida artística, no
contexto do
Realismo e do
Cubismo.
Jean Puy foi um
pintor fauvista,
conhecido como um
dos principais
intervenientes
deste movimento
artístico, surgido
em 1905. Puy é
igualmente
lembrado como
sendo um dos
primeiros fauves, já
que participou na
escandalosa
exposição no Salon
d'Automne, junto a
Henri Matisse,
Henri Manguin,
George Rouault e
Derain.
As obras de
Cézanne transitam
entre o
impressionismo e o
cubismo. Assim,
podemos encontrar
elementos bem
próximos das duas
vertentes como a
busca pela luz e
cores características
típica dos
impressionistas,
que pintavam suas
obras ao ar livre. E,
ainda, o uso de
formar
geométricas,
característica mais
marcante do
movimento cubista.
Maurice de
Vlaminck foi um
pintor francês. Ao
lado de André
Derain e Henri
Matisse, é
considerado um dos
principais artistas
do movimento
fauvista,
caracterizado pela
distorção das
formas e das cores
em suas obras. O
pintor é
considerado um dos
mais audazes do
Fauvismo no
exagero das formas
e das cores.
Raoul Dufy foi um
pintor, desenhista,
gravador, ilustrador
de livros, ceramista,
ilustrador de
tecidos, de
tapeçarias e de
móveis, decorador
de interiores,
espaços públicos e
teatro francês.
Impressionista a
princípio, evoluiu
gradativamente
para o fauvismo,
depois de travar
contato com Henri
Matisse.
Cornelis Theodorus
Maria van Dongen,
conhecido como
Kees van Dongen,
de origem
holandesa, adotou
rapidamente as
ideias dos fauvistas
Manguin, Derain e
Matisse, que
conheceu em Paris.
Depois de estudar
na Academia de
Roterdã, Van
Dongen mudou-se
para Paris, a fim de
continuar seus
estudos de pintura.
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101 – CONHECENDO O ARTISTA: HENRI MATISSE. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Desde o início dos anos 1940, o
pintor francês Henri Matisse
começou a desenvolver uma
técnica, que ele havia
experimentado anos antes, que
consistia em fazer colagens com
pedaços de papéis coloridos. Os
recortes dominaram a arte de
Matisse nos últimos seis anos de
sua vida. As colagens começaram
quase que por acaso, com obras
bastante pequenas.
Inicialmente, elas foram desenvolvidas como
desenhos ou maquetes. Matisse preferiu papel
cortado à pintura, pois garantia que as cores
permaneceriam fiéis em reproduções. Perto dos
anos 1950, ao invés de simplesmente usar as
colagens para "fins utilitários", tais como livros e
desenhos de tapeçarias e cerâmicas, Matisse
começou a brincar com elas. Assim, começaram a
assumir o papel da tinta nas composições.
Praticar a arte: Aplique as cores que desejar nas formas orgânicas a seguir. Você pode usar lápis de cor,
canetinha ou até mesmo guache. Depois de pintadas, recorte-as e troque algumas formas com alguns colegas
de sala, depois, organize-as em uma composição no estilo de Henri Matisse.
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102 – EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: CRIANDO UMA IMAGEM FAUVISTA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Os Fauves vieram libertar os artistas de todas e
quaisquer inibições ou convenções no uso da cor.
Trata-se de um estilo vigoroso, quase frenético, no
qual se nota o exagero na concentração de
concepções estéticas dos vinte anos anteriores,
levados as consequências mais extremas. Nele são
utilizadas cores muito puras, vivas e primárias,
contrastando umas com as outras. Dava-se grande
importância à cor, muitas vezes em detrimento da
forma, pela eliminação da perspectiva. As diferentes
partes do corpo encontram-se nitidamente
segmentadas, acentuando-se as articulações, o que
nos faz lembrar as esculturas negro-africanas,
recentemente descobertas.
Características do Fauvismo:
x Uso intenso das cores puras (não misturadas),
com destaque para o amarelo, vermelho e azul;
x Sem compromisso com a realidade;
x Liberdade da cor (utilizar as cores de forma
subjetiva);
x A moralização, a melancolia e a tristeza eram
representadas de forma suave e alegre;
x As cores devem transmitir emoções positivas;
x Sem intenções críticas ou políticas;
x Criar sem relação com sentimentos ou intelectos.
Praticar a arte: A partir de um referencial fotográfico, elabore sua obra Fauvista. Aplique as características
principais da Vanguarda Fauvista no seu trabalho: Simplificação de formas, desenho chapado e aplicação de
coresfortes (que não precisa corresponder a realidade).
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103 – CONHECENDO A OBRA: “COMEDORES DE BATATA”, DE VINCENT VAN GOGH. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Vincent Van Gogh na carta ao seu irmão Théo,
quando se refere a este trabalho, diz: “Apliquei-me
conscientemente em dar a ideia de que estas
pessoas que, sob o candeeiro, comem as suas
batatas com as mãos, que levam ao prato, também
lavraram a terra, e o meu quadro exalta, portanto o
trabalho manual e o alimento que eles próprios
ganharam tão honestamente”. A obra Os
Comedores de Batatas, de Vincent Van Gogh,
pertence à primeira fase da pintura do artista,
desenvolvida na Holanda, sob influência do realismo
do pintor Jean -François Millet. O quadro é de 1885
e encontra-se no Museu Van Gogh em Amsterdã.
Nesta fase, Van Gogh desenhou e pintou muitas
paisagens holandesas e de cenas de aldeia.
Os Comedores de Batatas resumem esse período.
Assim como os pintores realistas, ele falou sobre a
miséria e retratou o desespero das pessoas
humildes. Ele dizia que os camponeses deviam ser
pintados com as suas características rudes, sem
embelezamento, ponto em que criticou e superou a
sua referência primeira, Millet. Van Gogh salientou
os traços grosseiros das mãos e das faces dos
trabalhadores da terra. Em busca de intensidade
dramática, explorou a potencialidade expressiva dos
tons escuros.
O quadro mostra cinco pessoas sentadas à volta de
uma mesa tosca de madeira. A mulher mais nova
tem uma travessa de batatas quentes, fumegantes
e, com uma expressão interrogativa, serve os
pedaços. A mulher mais velha, à sua frente, coloca
nas canecas café de cevada e malte. O velho
camponês bebe. Uma família camponesa está
reunida para esta refeição simples. Um candeeiro a
petróleo irradia uma luz fraca, mostrando a grande
pobreza; ao irradiar a sua luz trémula sobre todos
de forma igual, estabelece a unidade na aparência
destas figuras preocupadas.
Van Gogh demonstra na sua obra a consciência do
conteúdo social tratado e a preocupação do artista
em ser fiel à simplicidade das pessoas retratadas,
não mostrando apenas a pouca comida, mas
também a escassez de recursos, tanto na casa como
nas roupas simples.
Praticar a arte: Qual situação você escolheria para
retratar uma cena familiar simples e com poucos
recursos? Faça seu desenho e use cores que ajudem a
mostrar a realidade da imagem que você retratou.
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104 – O EXPRESSIONISMO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
O termo Expressionismo pode ser aplicado em qualquer
momento da história da arte para designar a obra que
abandona as ideias tradicionais e expressa a emoção do artista
através de deformações e exageros de forma e cor. Nesse
sentido, podemos chamar de expressionista o artista que dá
importância aos sentimentos e às reações humanas diante de
fatos da vida, criticando a exploração do homem pela
sociedade. O artista expressionista não retrata apenas o que
ele vê, retrata também o que ele sente em relação ao fato que
está presenciando, podendo para isso até deformar figuras. A
palavra expressionismo também foi utilizada para denominar
uma tendência da arte europeia moderna que predominou na
arte alemã de 1905 a 1930 aproximadamente. Essa tendência
pode ser vista como uma reação ao Impressionismo, que
apenas se preocupava com as sensações de luz e cor e não
com os problemas vividos pela sociedade da época. O
Expressionismo tinha como objetivo expressar as emoções e
angústias do homem do início do século XX.
Edvard Munch é considerado o
precursor do Expressionismo, tendo
influenciado essa corrente artística com
suas obras impactantes e cheias de carga
emocional. Sua obra mais importante é O
Grito (1893). Ela representa uma das telas
mais emblemáticas do movimento
expressionista.
O quadro O Grito é uma obra de arte
expressionista que simboliza o sentimento
de angústia do ser humano. Esta é uma das
pinturas mais populares de todos os
tempos e é uma obra que revela várias
características de Munch: a força
expressiva das linhas, redução das formas
e o valor simbólico da cor.
O expressionismo foi um movimento artístico por meio do qual
os autores expressavam emoções e sentimentos através de
suas obras. Essa expressão ocorria de forma exagerada,
depravada e subversiva, e com teores de pessimismo. Temas
como solidão, miséria e loucura eram abordados com
frequência. Confira abaixo as principais características do
expressionismo:
Uso de cores intensas: Umas das principais
características do expressionismo é o uso de
cores fortes e vibrantes, muitas vezes irreais,
ou seja, não representando a realidade de
forma direta.
Traçados grossos e distorcidos: As obras
expressionistas apresentavam traços fortes e
bem marcados, porém, não havia linearidade
nos contornos. As linhas tinham formas
retorcidas, eram de certa forma, agressivas e
não determinavam com precisão o contorno
das formas. Os traçados eram espessos e
angulosos.
Foco em aspectos subjetivos: A arte
expressionista é uma arte dramática e
subjetiva, que reflete a percepção, as emoções
e os sentimentos de seu autor sobre o assunto
retratado. O quadro acima, por exemplo, de
Van Gogh, reflete a percepção do artista
relativamente ao que ele via através da janela
do seu quarto quando esteve internado no
manicômio Saint-Rémy-de-Provence. Nem
todos os componentes da obra realmente
podiam ser vistos pela janela. Algumas
imagens acrescentadas por Van Gogh, como a
vila, eram imaginárias e subjetivas, ou seja,
estavam relacionadas com elementos
referencias do próprio artista. Alguns
estudiosos consideram que a vila retratada no
quadro representa o local onde Van Gogh
passou a infância.
Expressão da liberdade individual: O
movimento expressionista defendia a
liberdade individual através do irracionalismo
e da subjetividade. A subjetividade permitia
que o conhecimento de tudo aquilo que era
externo ao artista se desse de acordo com os
referenciais próprios dele. O irracionalismo,
por sua vez, como o próprio nome indica, se
opõe ao que é racional. O conceito de
irracionalismo defende que a capacidade de
aprendizado é superior quando o homem vai
além dos limites impostos pelo que é racional.
Visão trágica do ser humano: O fato de o expressionismo ser uma
forma de arte subjetiva permitiu que os autores das obras
pudessem retratar suas respectivas visões sobre a vida. Essa forma
de expressão muitas vezes abordava questões mais dramáticas
dos sentimentos humanos, como medo, solidão, ciúme, miséria,
prostituição, etc. Por vezes, eram retratadas situações acerca da
vida, da morte e do mundo espiritual.
Exposição do lado pessimista da vida: Uma das principais
características do expressionismo era a retratação de emoções
intensas. Não havia grandes preocupações com padrões de beleza
estética. Muitas vezes, as obras refletiam estados emocionais e
mentais dos artistas que, através de sua arte, externavam um
enfoque pessimista da realidade que viviam. Esse pessimismo era
atribuído principalmente ao momento histórico que a
humanidade atravessava e que se refletia em um grande
sentimento de ansiedade antes, durante e depois da Primeira
Guerra Mundial.
Deformação da realidade do mundo: A realidade exposta pelos
artistas expressionistas não se regia por uma ideia de
objetividade. Tendo em conta que a subjetividade é uma das
principais características do expressionismo, os artistas dessa
vanguarda europeia sentiam-se livres para apresentar a realidade
conforme sua própria percepção. O objetivo principal dessa
representação era priorizar as emoçõese os sentimentos em
detrimento de uma descrição objetiva da realidade.
Uso da tridimensionalidade nas obras: Os artistas expressionistas
costumavam fazer uso da tridimensionalidade em suas obras. No
entanto, esse efeito era conseguido de forma ilusória, ou seja, não
havia um verdadeiro relevo nas obras. A ilusão era criada
intencionalmente através dos traços.
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105 – ANALISANDO A OBRA: “O GRITO”, DE EDVARD MUNCH. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
“ Grito”
Estava andando pela
estrada com dois amigos.
O sol se pondo com um
céu vermelho sangue.
Senti uma brisa de
melancolia e parei.
Paralisado, morto de
cansaço…
… meus amigos
continuaram andando, eu
continuei parado,
Tremendo de ansiedade,
senti o tremendo Grito da
natureza.
Edvard Munch
“O Grito” (no original “Skrik”) é uma
série de quatro pinturas do artista
norueguês Edvard Munch, a mais
célebre das quais datadas de 1893. A
obra representa uma figura andrógina
num momento de profunda angústia e
desespero existencial.
O plano de fundo é a doca de Oslofjord, em Oslo, ao
pôr-do-sol. O quadro O Grito é considerado como
uma das obras mais importantes do movimento
expressionista.
Interpretação do quadro: Vemos ao fundo um céu
de cores quentes, em oposição ao rio em azul, cor
fria, que sobe acima do horizonte, característica do
expressionismo (onde o que interessa para o artista
é a expressão de suas ideias e não um retrato da
realidade).
Vemos que a figura humana também está em cores
frias, como a cor da angústia e da dor, sem cabelo
para demonstrar um estado de saúde precário. Os
elementos descritos estão tortos, como se
reproduzindo o grito dado pela figura, como se
entortando com o berro, algo que reproduza as
ondas sonoras. Quase tudo está torto, menos a
ponte e as duas figuras que estão no canto
esquerdo. Tudo que se abalou com o grito e com a
cena presenciada está torto; quem não se abalou
(supostamente seus amigos) e a ponte, que é de
concreto e não é "natural" como os outros
elementos, continua reto.
A dor do grito está presente não só no personagem,
mas também no fundo, o que destaca que a vida
para quem sofre não é como as outras pessoas a
enxergam, a paisagem fica dolorosa também, e
talvez por essa característica do quadro é que nos
identificamos tanto com ele e podemos sentir a dor
e o grito dado pelo personagem.
Inserindo-se o observador no quadro, ele passa a
ver o mundo torto, disforme, e isso afeta
diretamente a participação do mesmo na obra, de
forma quase interativa.
Praticar a arte: Depois de observado e lido sobre a
obra apresentada, responda em seu caderno de arte ao
questionário interpretativo a seguir:
a) Se você fosse expressar seus sentimentos de
angústia por algo através de um “Grito” quais
motivos te levariam a fazer tal gesto?
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
__________________________________________________
b) Lendo o poema “O Grito” escrito por Edvard Munch
ele diz que “... Senti o tremendo Grito da natureza”.
Ao prestar atenção ao seu redor, nos
acontecimentos atuais, o que a natureza está a
gritar?
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
__________________________________________________
c) Sabendo das três obras de sentimento produzidas
por Munch, qual outro sentimento triste você
escolheria para compor a “Quarta” obra? Por que
você incluiria esse sentimento?
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
__________________________________________________
d) Descreva, detalhadamente, os elementos presentes
na obra “O Grito”, de Edvard Munch.
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
__________________________________________________
e) Transcreva a ficha técnica da obra.
___________________________________________________
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106 – O CUBISMO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
O século XX é um dos períodos mais agitados da
história. Um século de grandes descobertas,
tragédias e conquistas importantes: duas guerras
mundiais, a invenção do avião, foguetes, a chegada
do homem à Lua, avanços na medicina,
aparecimento de doenças até então desconhecidas,
a revolução causada pela informática, enfim, tudo
acontecendo e sendo divulgado pelos meios de
comunicação, influenciando assim o artista
moderno que a tudo vê com seu olha sensível e
passa a se expressar influenciado por esse mundo
conturbado que o rodeia. O caminho iniciado pela
arte no século XX apresentou múltiplas tendências,
porém o artista não se preocupou em ajustar-se a
elas. A partir do início deste século o artista buscou
e ainda busca novas formas e diferentes meios e
materiais para satisfazer a sua capacidade de
criação. Ele não está mais preso ao registro realista,
pois a fotografia livra-o dessa preocupação. Agora, a
maior importância é dada à criatividade e à livre
expressão. Nesse contexto, variados estilos
convivem em uma mesma época e por vezes até no
mesmo lugar.
O CUBISMO: No início do século XX, em Paris, Pablo
Picasso e Georges Braque criaram um novo estilo
artístico que rompeu com a ideia de arte como
imitação da natureza e abandonou as noções
tradicionais de perspectiva. Esses artistas
procuravam novas maneiras de retratar o que viam
e, influenciados por Cézanne, passaram a valorizar
as formas geométricas e a retratar osobjetos como
se eles estivessem partidos. Todas as partes de um
objeto eram representadas num único plano ao
mesmo tempo, como se o artista visse esse objeto
em vários ângulos simultaneamente. A esse estilo
chamamos de cubismo analítico.
De modo geral, o cubismo é marcado pela
representação de figuras da natureza a partir do uso de
formas geométricas, promovendo a fragmentação e
decomposição dos planos e perspectivas. O artista
cubista deixa de ter o compromisso em utilizar a
aparência real das coisas, como acontecia durante o
Renascimento. A arte cubista é considerada uma “arte
mental”, onde cada aspecto da obra deve ser analisado
e estudado de modo individual. Cubos, cilindros e
esferas são algumas das formas usuais no cubismo, que
se distingue da arte abstrata pelo uso concreto de
todas as formas. Além de Picasso e Braque, outros
artistas que ficaram imortalizados como ícones desta
vanguarda são Juan Gris e Fernand Léger.
Vale citar que este estilo abandona distinções entre
forma e fundo ou qualquer noção de profundidade. Os
temas como naturezas mortas urbanas e retratos são
utilizados pelos pintores cubistas como recursos para
experimentar e criar baseados nas particularidades
dessa vertente.
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107 – AS FASES DO CUBISMO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Também conhecido por “cubismo pré-cézanniano”,
esta é considerada a fase inicial do movimento
cubista, onde a principal base era o trabalho de
Cézanne, com forte influência da arte africana e
devido ao uso de formas simplificadas. As obras de
Paul Cézanne serviram de inspiração para a
consolidaçãodo cubismo. Embora ainda não
tivessem todas as características que definem o
movimento artístico, alguns conceitos adotados por
Cézanne em seus trabalhos foram fundamentais
para que Picasso e outros artistas construíssem o
estilo cubista.
Devido à mudança estética e no ideal
de representação da arte, os
estudiosos consideram que Cézanne
fez um movimento de revolução da
arte pitoresca – Revolução
cézanniana -, e este é motivo pelo
qual esta fase leva o seu nome.
Portanto, esse é um momento
fortemente marcado pela sua obra,
especialmente no que se referem ao
caráter analítico e planos de cor,
características que influenciaram a
análise de paisagens e objetos.
É tido como o “cubismo puro” e de difícil
interpretação, onde as figuras são decompostas,
através do uso de diversas formas geométricas. Com
forte influência na arte africana, as obras nesse
período permeiam os tons monocromáticos, com
predominância do verde, marrom e cinza. Além
disso, também há a necessidade de expressar a
natureza de modo simplificado, com linhas retas e
uniformes.
O cubismo analítico (1910 - 1912) é uma fase
evoluída do cubismo cézanniano. Apareceu depois
da junção do trabalho desenvolvido separadamente
por Pablo Picasso e Georges Braque. A forma é
analisada num plano, decomposta e montada
novamente nesse mesmo plano. A prioridade dada à
forma é máxima, tal que a composição cromática
aponte quase para uma só cor. O objeto é de tal
forma distorcido que quase tende para a abstração,
ficando no limite do perceptível e do abstrato. Foi
nesta fase que se procedeu a uma teorização do
cubismo, sobretudo através do Grupo do Bateau
Lavoir.
A grande característica desta fase foi à introdução da
técnica de colagem para reconstruir as imagens que
outrora eram decompostas. Por isso, esse período
também é conhecido como "cubismo de colagem". Ao
contrário do cubismo analítico, nesta etapa as imagens
passam a manter a sua fisionomia, mas de modo
reduzido, apresentando apenas o que for essencial
para o seu reconhecimento. O principal precursor do
cubismo sintético foi Juan Gris, que também passou a
usar uma palheta de cores mais vivas e intensas em
suas obras. Aqui ao contrário do analítico, as cores
eram mais fortes e as formas geralmente vistas de um
ângulo apenas, tentando tornar as figuras novamente
reconhecíveis. As obras eram feitas através de colagens
realizadas com letras, palavras, números, pedaços de
madeira, vidro, metal, pequenas partes de jornal e até
mesmo de objetos inteiros.
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108 – OS PRINCIPAIS ARTISTAS CUBISTAS. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Picasso é considerado um dos
mais importantes artistas
plásticos do século XX. Recebe
influência do artista Cézanne e
desenvolve o estilo artístico
conhecido como cubismo. O
marco inicial deste período é a
obra “Les Demoiselles
d'Avignon” (1907), cuja
característica principal é a
decomposição da realidade
humana. Suas obras podem ser
divididas em várias fases, de
acordo com a valorização de
certas cores. A fase Azul o
período onde predominou os
tons de azul. Nesta fase, o
artista dá uma atenção toda
especial aos elementos
marginalizados pela sociedade.
Na Fase Rosa, predomina as
cores rosa e vermelho, e suas
obras ganham uma conotação
lírica.
Georges Braque foi um pintor
e escultor francês, que fundou
o cubismo juntamente com
Pablo Picasso. Braque iniciou a
sua ligação às cores na
empresa de pintura decorativa
de seu pai. A maior parte da
sua adolescência foi passada
em Le Havre, mas no ano de
1899, mudou-se para Paris
onde, em 1906, no Salão dos
Independentes, expôs as suas
primeiras obras no estilo de
formas simples e de cores
puras (fauvismo). Influenciados
pela escultura tribal africana
então descoberta. Picasso e
Braque analisavam objetos,
separando-os em suas formas
geométricas e as
reestruturando de modo a
mostrar as várias facetas de
cada forma em uma imagem.
Essas obras iniciais do
“Cubismo Analítico”, como são
conhecidas, geralmente
tinham tons de cinza e
marrom.
Em contato com o Cubismo,
Legér não aceitou sua
representação exclusivamente
analítica para representar o
mundo real, seus trabalhos
apresentavam formas
curvilíneas e tubulares, em
contraste com as formas
retilíneas usadas por Picasso e
Braque. No quadro “Mulher de
Azul”, que marca o apogeu de
sua fase de cubista, se percebe
as características pessoais que
o diferenciam do movimento.
O trabalho de Léger exerceu
uma influência importante no
construtivismo soviético. Os
modernos pôsteres comerciais,
e outros tipos de arte aplicada,
também se vieram influenciar
por seus desenhos. Em seus
últimos trabalhos, realizou
uma separação entre a cor e o
desenho, de tal maneira que
suas figuras mantêm seus
formulários robóticos definidos
por linhas pretas.
Em 1911, apresentou suas
primeiras obras cubistas, que,
pela vontade de
geometrização das formas
patenteada, pela multiplicação
dos pontos de vista e pela
incorporação de elementos
tipográficos, se distanciaram
tanto do estilo de Picasso
como do de Braque. Em sua
paleta predominam os azuis,
os verdes e os violetas. A partir
de 1912, Gris interessou-se
pela técnica da colagem, que
lhe permitiu criar um jogo de
ambiguidades entre o que é
real e o que é pintado e, desse
modo, entre o verdadeiro e o
falso. Em sua evolução, o
artista escolheu partir cada vez
mais das formas geométricas
mais simples para construir os
objetos que pintaria numa
procura das estruturas mais
elementares, enquanto seu
cromatismo manteve uma
luminosidade abstrata.
Pintor francês nascido em
Paris, que realizou, com Sonia
Delaunay, sua esposa,
enormes decorações murais.
Influenciado por Georges
Seurat e Paul Signat, começou
a experimentar efeitos de
contraste entre cores e,
interessado pela obra dos
primeiros cubistas, passou a
estudar as possibilidades de
aplicação da estética desses
artistas a uma pintura com rico
cromatismo e com elementos
irreais. Criou, então, um estilo
próprio, baseado quase
exclusivamente na importância
da cor e na ilusão do
movimento, iniciado a partir
da série dedicada à torre Eiffel,
num estilo cubista próprio, de
grande colorido. Compôs as
famosas séries Janelas e
Formas circulares. O
dinamismo de sua obra se
intensificou com o emprego de
espirais e encadeamentos de
círculos.
Trabalhou no ateliê de
desenho têxtil de seu pai.
Começou a pintar mais
metodicamente durante o
serviço militar. Nessa época,
seus principais temas eram as
questões sociais e para as
misteriosas cenas noturnas. Ao
conhecer Picasso, envolveu-se
com o movimento cubista e,
em 1912, publicou, com
Metzinger, o primeiro tratado
sobre o Cubismo. Em 1914,
durante a Primeira Guerra
Mundial, sua produção tornou-
se mais abstrata. Com o fim do
movimento cubista, por volta
de 1914, Gleizes começou a ter
inspirações religiosas,
passando a escrever sobre a
pintura como forma de
enaltecer valores mais
místicos.
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109 – RESUMÃO: O CUBISMO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Este movimento artístico tem seu
surgimento no século XX e é
considerado o mais influente deste
período. Com suas formas geométricas
representadas, na maioria das vezes,
por cubos e cilindros, a arte cubista
rompeu com os padrões estéticos que
primavam pela perfeição das formas na
busca da imagem realista da natureza.
A imagem única e fiel à natureza, tão apreciada pelos europeus
desde o Renascimento, deu lugar a esta nova forma de
expressão onde um único objeto pode ser visto pordiferentes
ângulos ao mesmo tempo.
Características principais: O
marco inicial do Cubismo ocorreu em
Paris, em 1907, com a tela “Les
Demoiselles d''Avignon”, pintura que
Pablo Picasso levou um ano para
finalizar. Nesta obra, este grande
artista espanhol retratou a nudez
feminina de uma forma inusitada,
onde as formas reais, naturalmente
arredondadas, deram espaço a figuras
geométricas perfeitamente
trabalhadas.
Tanto nas obras de Picasso, quanto nas
pinturas de outros artistas que seguiam
esta nova tendência, como, por
exemplo, o ex-fauvista francês, Georges
Braque, há uma forte influência das
esculturas africanas e também pelas
últimas pinturas do pós-impressionista
francês Paul Cézanne, que retratava a
natureza através de formas bem
próximas às geométricas.
x Geometrização das formas e volumes.
x Renúncia à perspectiva.
x O claro-escuro perde sua função.
x Representação do volume colorido sobre superfícies planas.
x Sensação de pintura escultórica.
x Cores austeras, do branco ao negro passando pelo cinza, por
um ocre apagado ou um castanho suave.
As fases do Cubismo:
x Cubismo cézanniano: (entre os anos de 1907 e 1909) - é
a fase que dá início ao Cubismo. Período marcado pela forte
presença das obras de Paul Cézanne.
x Analítico: Até 1912, onde a cor era moderada e as formas
eram predominantemente geométricas e desestruturadas
pelo desmembramento de suas partes equivalentes,
ocorrendo, desta forma, a necessidade de não somente
apreciar a obra, mas também de decifra-la, ou melhor,
analisa-la para entender seu significado. Já no segundo
período, a partir de 1912, surge a reação a este primeiro
momento.
x Sintético: Onde as cores eram
mais fortes e as formas tentavam
tornar as figuras novamente
reconhecíveis através de colagens
realizadas com letras e também
com pequenas partes de jornal. Na
Europa está o maior número de
artistas que se destacaram nesta
manifestação artística, entre eles os
mais conhecidos, além dos
precursores, Pablo Picasso e
Georges Braque são: Albert Gleizes,
Fernand Léger, Francis Picabia,
Marcel Duchamp, Robert Delaunay,
Roger de La Fresnaye, e Juan Gris.
Principais artistas:
x Pablo Picasso (1881-1973)
x Georges Braque (1882-1963)
x Juan Gris (1887-1927)
x Fernand Léger (1881-1955)
x Diego Rivera (1886-1957)
O cubismo por meio de suas colagens introduziu letras, palavras,
números, pedaços de madeira, vidro, metal e até objetos inteiros
nas pinturas. Essa inovação pode ser explicada pela intenção do
artista de criar novos efeitos plásticos e de ultrapassar os limites
das sensações visuais que a pintura sugere, despertando também
no espectador as sensações tácteis. Assim contrastavam
intencionalmente áreas de cores lisas e rugosas, ásperas e com
relevos. Tratava as formas da natureza por meio de figuras
geométricas, representando todas as partes de um objeto no
mesmo plano.
A representação do mundo passava a não ter nenhum
compromisso com a aparência real das coisas. A principal
característica do cubismo é a retratação do espaço por diversos
ângulos ao mesmo tempo, minimizando a necessidade de haver
fidelidade com a realidade. O cubismo rejeita a ideia de outros
movimentos anteriores, como o impressionismo, de retratação da
natureza. O próprio Georges Braque afirmava: “Não se imita
aquilo que se quer criar”. Além da preponderância das formas
geométricas, também podemos citar como característica do
cubismo o uso da luz e da sombra.
Cubismo no Brasil: Somente após a Semana de Arte Moderna
de 1922 o movimento cubista ganhou terreno no Brasil. Mesmo
assim, não encontramos artistas com características
exclusivamente cubistas em nosso país. Muitos pintores
brasileiros foram influenciados pelo movim ento e apresentaram
características do cubismo em suas obras. Neste sentido, podemos
citar os seguintes artistas: Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Rêgo
Monteiro e Di Cavalcanti.
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110 – CONHECENDO A OBRA: “LES DEMOISELLES D´AVIGNON”, DE PABLO PICASSO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
“Les Demoiselles d’Avignon” (As Senhoritas de Avignon) é com certeza,
uma das mais famosas pinturas de Pablo Picasso, considerado um
quadro pré-cubista, ou o marco do início do cubismo, porém
evidenciando também o impacto da arte africana sobre a obra do
artista. Na época em que Picasso a pintou, ele tinha completa noção de
que este era o quadro mais importante que havia pintado até então.
Dizem que o artista estava inseguro em apresentar essa obra, revelou
isso a seu marchand depois de meses de revisão a pintura monumental
que estava escondida em seu estúdio em Paris.
Les Demoiselles d’Avignon marca uma ruptura radical da composição
tradicional e perspectiva na pintura. Representa cinco mulheres nuas
com figuras compostas por planos e faces desfiguradas, inspirados pela
escultura ibérica e máscaras africanas. O espaço comprimido que as
figuras se apresentam, parecem se projetar para frente em fragmentos
irregulares. As frutas em primeiro plano representam uma natureza
morta que se encontra na parte inferior da composição, oscila sobre
uma mesa impossivelmente virada para cima.
O Avignon do título da obra refere-se a uma
Rua de Barcelona famosa por seu bordel.
Nos estudos preparatórios de Picasso para
o trabalho, a figura à esquerda era um
homem, mas o artista eliminou esse detalhe
na pintura final. Esta pintura representa,
além de ser considerada uma obra-prima da
história da arte universal, quebra com a
violação de todas as tradições e convenções
visuais jamais vistas até então.
Praticar a arte: Depois de ler sobre a obra apresentada e observá-la com atenção. Prepare seu
material artístico para aplicar cor no desenho da obra a seguir. Procure usar as cores e seus tons assim
como fez Picasso.
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111 – CONHECENDO O ARTISTA: PABLO PICASSO E O CACHORRO LUMP. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
David Douglas Duncan é o último dos fotojornalistas clássicos do século XX ainda vivo. Nascido em 1916, esteve presente em momentos
importantes da história, cobrindo desde a II Guerra Mundial até a Guerra do Vietnã, e passou incólume por tudo. Só não passou por Pablo
Picasso, seu amigo. O pintor amava animais, em especial cães, e tinha uma particularidade: era famoso, entre seu círculo de amizades, seu
hábito de "tomar emprestado" os cachorros de seus amigos e conhecidos. Um desses cães "emprestados" - e considerado o favorito do pintor
- foi Lump, um cão da raça teckel que era não por acaso, o cachorro de estimação de David. A dupla havia sido convidada para passar uma
temporada em La Californie, a famosa mansão de veraneio de Picasso em Cannes, no litoral da França. Era abril de 1957 e a conexão entre o
artista e o cão foi imediata, tanto que Lump não voltou para casa na ocasião. Durante os seis anos de estadia de Lump em La Californie, o cão
foi inspiração para diversos desenhos e rascunhos de Picasso, e essa relação foi captada com perfeição e delicadeza por Duncan. A afeição
mútua da dupla virou livro, Lump: A Dachshund’s Odyssey, ilustrado com 89 fotos de Picasso e Lump.
Praticar a arte:
Observando os
desenhos inspirados no
cãozinho Lump e os
desenhos de outros
animais feitos por
Picasso, desenhe no
espaço abaixo, sem tirar
a ponta do lápis do
papel, a imagem cubista
de seu animal de
estimação. Se você não
tiver nenhum, escolha
um animal da sua
preferência. Utilize
canetinha hidrocor na
cor preta. Não se
esqueça de assinar sua
obra.
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112 – EXERCÍCIOS INTERPRETATIVOSSOBRE O CUBISMO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
1. No início do século XX, em Paris, Pablo Picasso e
Georges Braque criaram um novo estilo que
mudou a ideia de como se fazer arte. Estamos
falando do Cubismo. Quanto a esse movimento,
marque uma ÚNICA alternativa FALSA. Os
cubistas:
a) Romperam com a ideia de arte como imitação
da natureza.
b) Passaram a valorizar as formas geométricas.
c) Acreditam que a cor é o elemento mais
importante da obra.*
d) Reproduziam os objetos e figuras em dezenas
de pedaços.
2. O pintor espanhol Pablo Picasso (1881-1973), um
dos mais valorizados no mundo artístico, tanto
em termos financeiros quanto históricos, criou a
obra Guernica em protesto ao ataque aéreo à
pequena cidade basca de mesmo nome. A obra,
feita para integrar o Salão Internacional de Artes
Plásticas de Paris, percorreu toda a Europa,
chegando aos EUA e instalando-se no MoMA,
onde sairia apenas em 1981. Essa obra cubista
apresenta elementos plásticos identificados pelo:
a) Painel ideográfico, monocromático, que enfoca
várias dimensões de um evento, renunciando à
realidade, colocando-se em plano frontal ao
espectador.*
b) Horror da guerra de forma fotográfica, com o
uso da perspectiva clássica, envolvendo o
espectador nesse exemplo brutal de crueldade
do ser humano.
c) Uso das formas geométricas no mesmo plano,
sem emoção e expressão, despreocupado com o
volume, a perspectiva e a sensação escultórica.
d) Esfacelamento dos objetos abordados na
mesma narrativa, minimizando a dor humana a
serviço da objetividade, observada pelo uso do
claro-escuro.
e) Uso de vários ícones que representam
personagens fragmentados
bidimensionalmente, de forma fotográfica livre
de sentimentalismo.
3. O movimento artístico denominado cubismo
desenvolveu-se na primeira década do século XX,
liderado pelo espanhol Pablo Picasso e pelo
francês Georges Braque. A partir da figura acima,
assinale a opção correta com relação às
características desse movimento.
a) Nas obras cubistas, os objetos são representados
de forma realista.
b) Os cubistas procuravam representar em suas
obras o movimento, sugerindo velocidade.
c) Por meio das imagens fragmentadas, os pintores
cubistas procuravam passar uma ideia de
profundidade.
d) As obras desse movimento são marcadas pela
decomposição e geometrização das formas
naturais.*
4. Historicamente o Cubismo originou-se nas obras
de Paul Cézanne, pois para ele a pintura deveria
tratar as formas da natureza como se fossem
cones, esferas e cilindros. De acordo com o e com
seus conhecimentos sobre o Cubismo julgue os
itens abaixo em (C) para os certos e (E) para os
errados: ccec
a) No Cubismo os objetos aparecem abertos,
como se estivessem cortados em um plano
frontal em relação ao expectador.
b) Os artistas cubistas não tinham nenhum
compromisso em representar com fidelidade
a aparência real das coisas.
c) O Cubismo foi dividido em duas tendências:
Cubismo real e Cubismo irreal.
d) Pablo Picasso foi o artista cubista que ficou
mais conhecido mundialmente.
5. Ainda sobre o Cubismo julgue os itens que se
seguem em C para Certo e E para errado: eccc
a) As obras cubistas ficaram marcadas pelo fácil
reconhecimento das figuras representadas.
b) No Cubismo foi utilizada uma técnica
chamada colagem, que consistia em colar
vários objetos a obra.
c) A obra de Pablo Picasso foi dividida em duas
fases: a fase azul e a fase rosa.
d) Formas abstratas, realistas e irreais
caracterizaram o cubismo.
6. Sobre o Cubismo, foi um movimento dividido
em:
a) Cinco fases: Inicial, Primitivo, Analítico, Sintético e
Contemporâneo.
b) Quatro fases: Inicial, Primitivo, Analítico e
Contemporâneo.
c) Três fases: Primitivo, Analítico e Sintético.*
d) Duas fases: Primitivo e Sintético.
e) Nenhuma das alternativas anteriores
7. Ainda sobre o Cubismo, seus principais artistas
foram:
a) Van Gogh, Picasso e Braque.
b) Braque, Cézanne e Matisse.
c) Picasso, Cézanne e Duchamp.
d) Cézanne, Picasso e Braque.*
e) Nenhuma das alternativas anteriores.
8. No Cubismo Analítico:
a) As figuras são dispostas de forma quase
incompreensível.*
b) As figuras são bem nítidas.
c) As figuras são surreais.
d) Não existem figuras.
9. Sobre o Cubismo, é INCORRETO afirmar:
a) É considerado fonte da corrente formalista e,
por consequência, da pintura abstrata da arte
do século XX.*
b) Questiona os pressupostos fundamentais da
tradição da arte ocidental.
c) Manifesta interesse pela arte não ocidental,
como a arte africana e a arte primitiva.
d) Foi bem aceito pela sociedade da época, desde
sua origem, na primeira década do século XX.
e) Apresenta pintura de caráter revolucionário,
principalmente em relação à formalização das
imagens.
10. Qual era o principal objetivo do cubismo?
__________________________________________
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__________________________________________
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__________________________________________
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________________________________________
11. O cubismo sintético se caracteriza
principalmente:
a) Poucas cores: preto, cinza e tons de marrons e
ocres.
b) Representa grandes fragmentações dos seres na
pintura.
c) Tornar as figuras novamente reconhecíveis, e se
foi chamado também de colagem.*
d) Desenvolveu as formas geométricas.
e) Surgiu das figuras: cones, esferas e cilindros.
12. O quadro: “Les De oiselles
d´Avignon” (1907), de Pablo
Picasso, representa o
rompimento com a estética
clássica e a revolução da
arte no início do século XX.
Essa nova tendência se
caracteriza pela:
a) Pintura de modelos em planos irregulares.*
b) Mulher com temática central na obra.
c) Cena representada por vários modelos.
d) Nudez explorada como objeto de arte.
13. Como a pintura cubista representa o objeto?
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___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
_________________________________________
14. Em qual período, do Cubismo, desenvolveu-se a
técnica da colagem?
___________________________________________
___________________________________________
15. São fases de Pablo Picasso:
a) Rosa e Verde.
b) Rosa e Azul.*
c) Azul e Verde.
d) Azul e Vermelho.
16. Foi um grande nome do Cubismo Brasileiro:
a) Di Cavalcanti.
b) Tarsila do Amaral.*
c) Pablo Picasso.
d) Vicente do Rego Monteiro.
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113 – O ABSTRACIONISMO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
De um modo bem amplo, o
termo “abstrato” pode ser
aplicado a qualquer obra de
arte que não faça uma
representação imediata dos
objetos. O artista
abstracionista usa cores,
linhas e manchas para criar
formas indefinidas, não
copiando mais a realidade.
O termo abstracionismo geralmente é usado para
designar obras de arte do século XX que
abandonaram a concepção tradicional de arte como
imitação da natureza. Eles criaram em suas pinturas
formas e cores que não estão imediatamente
relacionadas com as formas e as cores dos objetos,
ou seja, ao observarmos uma pintura abstrata não
identificamos de imediato o objeto ou a cena
representada. Abstracionismo atribui-se a toda
forma de representação bidimensional ou
tridimensional, não subordinado pela figuração ou
imitação da natureza. No âmbito das Artes Visuais, o
termo Arte Abstrata está relacionado às vanguardas
da primeira metade do século XX. Em vista disso,
provocou muita indignação entre os apreciadores de
arte mais tradicionais.
A Arte Abstrata, assim como
muitasoutras vanguardas da Arte
Moderna, era considerada de
extremo mau gosto pela elite que
ainda preferia ver nas pinturas e
nas esculturas algo que
representasse a realidade e de
preferência que promovessem
ideais clássicos e perfeição
artística.
A Arte Abstrata tinha o objetivo de encontrar uma
nova forma de expressão plástica, distanciada das
formas figurativas ou representação da natureza.
Caracteriza-se pela decomposição da figura,
simplificação da forma, novo uso das cores e
descarte da perspectiva ou técnicas de modelagem.
É possível dizer que a origem do Abstracionismo
remonta alguns movimentos como o Suprematismo,
o Construtivismo, o Neoplasticismo e o
Expressionismo Abstrato, muito embora os artistas
desses movimentos fizessem abstrações, eles
evitavam falar em abstracionismo, tendo percebido
que soaria impróprio para a época.
Além dessa vertente mais
geométrica da Arte Abstrata, outra
vertente também foi significativa
nesse cenário, foi o Expressionismo
Abstrato, também conhecido como
Action Painting, caracterizado pela
busca no inconsciente de símbolos
de valor universal. Este foi o
primeiro movimento que se
originou nos Estados Unidos e
ganhou reconhecimento
internacional. Jackson Pollock
tornou-se conhecido pela sua forma
de pintura singular, lançando ou
gotejando de forma dramática a
tinta que escoria sobre a tela,
métodos revolucionários e
incomuns para a época.
As principais características do abstracionismo são:
x Arte não representacional.
x Arte subjetiva e destituída de conteúdo.
x Oposição ao modelo renascentista, à arte figurativa
e/ou naturalista.
x Uso de formas simples, cores e linhas.
O abstracionismo dominou a
pintura moderna e se
diversificou em duas
tendências principais: o
abstracionismo informal e o
abstracionismo geométrico. O
abstracionismo informal
expressa os sentimentos e as
ideias do artista, e este, com
total liberdade de expressão,
utiliza cores e formas de
maneira espontânea.
Diferente do informal, no
abstracionismo geométrico,
as formas e as cores são
organizadas e a base da
composição são linhas e
figuras geométricas.
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114 – ABSTRACIONISMO INFORMAL E O ABSTRACIONISMO GEOMÉTRICO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
A arte abstrata tende a suprimir toda a relação entre a realidade e o quadro,
entre as linhas e os planos, as cores e a significação que esses elementos podem
sugerir ao espírito. Quando a significação de um quadro depende
essencialmente da cor e da forma, quando o pintor rompe os últimos laços que
ligam a sua obra à realidade visível, ela passa a ser abstrata. No Abstracionismo
Sensível ou Informal predominam os sentimentos e emoções. As cores e as
formas são criadas livremente. Na Alemanha surge o movimento denominado
“Der blaue Reiter” (O Cavaleiro Azul) cujos fundadores são os Kandinsky, Franz
Marc entre outros. Uma arte abstrata, que coloca na cor e forma a sua
expressividade maior. Estes artistas se aprofundam em pesquisas cromáticas,
conseguindo variações espaciais e formais na pintura, através das tonalidades e
matizes obtidos. Eles querem um expressionismo abstrato, sensível e emotivo.
Com a forma, a cor e a linha, o artista é livre para expressar seus sentimentos
interiores, sem relacioná-los a lembrança do mundo exterior. Estes elementos da
composição devem Ter uma unidade e harmonia, tal qual uma obra musical.
Franz Marc: Pintor alemão, apaixonado pela arte dos
povos primitivos, das crianças e dos doentes mentais,
o pintor escolheu como temas favoritos os estudos
sobre animais, conheceu Kandinsky, sob a influência
deste, convenceu-se de que a essência dos seres se
revela na abstração. A admiração pelos futuristas
italianos imprimiram nova dinâmica à obra de Marc,
que passou a empregar formas e massas de cores
brilhantes próprias da pintura cubista.
Wassily Kandinsky: Pintor russo, antes do
abstracionismo participou de vários movimentos
artísticos como impressionismo também atravessou
uma curta fase fauve e expressionista. Escreveu
livros, como em 1911, Sobre o espiritual na arte, em
que procurou apontar correspondências simbólicas
entre os impulsos interiores e a linguagem das formas
e cores, e em 1926, Do ponto e da linha até a
superfície, explicação mais técnica da construção e
inventividade da sua arte. Dezenas de suas obras
foram confiscadas pelos nazistas e várias delas
expostas na mostra de “Arte Degenerada”.
Ao contrário do Abstracionismo informal, o abstracionismo geométrico registra a
racionalização que depende de análise intelectual. As formas e as cores devem
ser organizadas de tal maneira que a composição resultante seja apenas a
expressão de uma concepção geométrica. Foi um movimento artístico
influenciado pelo Cubismo e pelo Futurismo. O abstracionismo geométrico
divide-se em mais duas correntes: Suprematismo na Rússia e o Neoplasticismo
na Holanda.
Piet Mondrian: Fortemente influenciado pelas crenças Teosóficas, Mondrian
defendia a ideia de que a arte não poderia se limitar a reproduzir a natureza,
mas expressar uma experiência transcendental e a pureza de harmonia. Ou
seja, para Mondrian a arte deveria ter formas e cores puras em oposição às
linhas orgânicas da natureza, assim como é possível observar no quadro
“Composição em vermelho, preto, azul e amarelo” de 1928. Suas pinturas
geométricas abstratas não tinham centro, Mondrian defendia que as margens
da obra são tão importantes quanto o centro. Suas pinturas representam
linhas pretas horizontais e verticais em fundo branco, as quais formavam
quadrados e retângulos onde acrescentavam, geralmente, cores primarias.
Essas linhas retas verticais e horizontais sugeriam, conforme Mondrian, a
calma e a forma surgida de duas forças opostas. Ligadas a formas simples e
cores puras, desejava que sua arte exprimisse as leis objetivas do universo.
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115 – CONHECENDO O ARTISTA: WASSILY KANDINSKY E A MÚSICA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Ao longo da história, diversos
artistas têm sido inspirados
pela música, e muitos fazem
referência a ela em seu
trabalho. O artista russo
Wassily Kandinsky, por
exemplo, queria transmitir a
complexidade da música
clássica na tela.
Disse ele: “Linhas selvagens,
quase loucas, se esboçavam na
minha frente”, ao assistir uma
montagem da ópera Lohengrin
de Wagner. Enquanto
desenham, muitos artistas têm
a música como trilha sonora
para suas criações. Com este
momento criativo o artista
trabalha a forma como vemos
um som. Portanto, a música
torna-se o foco principal da
obra de arte. Ritmo, harmonia
e textura são alguns dos
elementos que Kandinsky
compartilha em suas
diferentes formas de arte.
Wassily Kandinsky foi inspirado
pela música do compositor
Arnold Schönberg. As formas,
linhas e cores de suas pinturas
incorporam a sensação das
emoções primárias por meio
de formas abstratas. Ele
desejava encontrar um
equivalente visual à música de
Schönberg.
Praticar a arte – Transformando o som em
visão: Siga as orientações a seguir para você
experimentar o processo criativo e a poética de
Wassily Kandinsky:
1. Emende algumas folhas de papel
cenário na parede ou no chão de
forma que a área para desenhar seja
grande.
2. Use apenas um único instrumento de
desenho para este exercício, pode ser
o lápis macio ou um bastão de carvão.
Experimente desenhar usando lápis
de marcenaria.
3. Agora escolha uma música como
trilha sonora, de preferência
instrumental, para que a letra não o
disperse nem o leve a fazer uma
interpretação literal da música.
4. Deixe-se envolver pela música e tente
transmitir suas qualidades sobre o
papel. O objetivo desta atividade é
deixar-selevar pelo som e explorar o
desenho abstrato.
5. O ritmo da música também pode ditar
a sua postura e o movimento da sua
mão. É importante não julgar o
desenho, as linhas devem se mover de
maneira semelhante ao tempo da
música. Este pode ser considerado um
exercício de “Performance”.
6. Se desejar, ao escolher sua música, e
orientar sua mente e corpo para o
trabalho, faça a atividade em menor
escala no espaço ao lado para você
não se sentir muito tímido.
7. Registre sua obra com uma foto.
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116 – O ABSTRACIONISMO BRASILEIRO E SEUS ARTISTAS. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
A proposta das vanguardas despertou e inaugurou novas formas estéticas, as quais atravessaram fronteiras, de forma que no Brasil influenciaram a estética
modernista, a partir da década de 40. No Brasil o abstracionismo (Arte Abstrata) foi ganhando adeptos através de informações que chegavam do estrangeiro e
depois com a abertura de museus e com a realização das primeiras bienais (1951 e 1953) e pela influência de artistas e críticos de arte, como Max Bill, Maldonado e
Romero Brest. Em 1950, o pintor Samson Flexor criou o atelier Abstração, em São Paulo, destinado ao ensino e difusão das artes plásticas dentro da linha do
abstracionismo. Os artistas abstratos brasileiros filiaram-se a diferentes facções dessa escola. Entre os “expressionistas abstratos” é preciso citar Yolanda Mohaly,
Tomás lanelli e Manabu Mabe. Entre os neoconcretistas, destacam-se Ligia Clark, Aluísio Carvão e Ligia Pape. Antônio Bandeira, abstrato com recordações da
realidade visível, foi grande destaque no exterior.
Foi uma pintora e
desenhista húngara
naturalizada brasileira.
Inicialmente figurativa e
expressionista, Mohalyi
evoluiu, nos anos 1950,
gradualmente para a
abstração expressiva que
caracterizou sua
produção nos anos 1960
e 70.
Pintor, gravador,
aquarelista e desenhista.
Começa a trabalhar
como aprendiz em uma
empresa de desenho
publicitário, a Companhia
de Anúncios em Bondes,
A partir de 1957, dedica-
se à pintura, e, no ano
seguinte, integra o Grupo
Guanabara, participando
de suas mostras
coletivas.
Em sua atividade de
pintor, Manabu Mabe
não agia como um
técnico, mas antes de
tudo, como um animal.
Não se guiava pelas
regras conscientes, mas
pelo instinto. Não
analisava, apenas dava
largas à sua intuição,
deixando que esta fluísse
normalmente e este é o
ponto em que se
distinguia dos demais.
Seus primeiros quadros
foram criados entre os
anos de 1954 e 1958,
quando já havia
retornado de Paris. Neste
período ela publicou
“Superfícies Modulares”
e “Contra Relevos”. Estes
trabalhos mudaram o
sentido de ver um
quadro, que até então
era bastante prático, isto
é, não saiam de um
mesmo padrão.
A semente da
criatividade desabrocha
nos trabalhos da artista
com sensibilidade e
humor. Eles não foram
criados para serem
consumidos
apressadamente, sem
reflexão: o modo como
são vivenciados pelo
espectador é que
constitui a obra. A artista
não se prende aos
mesmos suportes ou
procedimentos, seu
trabalho é sempre
inovador e enfrenta
inúmeras questões.
O quadro não parece
significar para ele uma
realidade autônoma,
uma estrutura que possui
suas próprias leis, algo
que se constrói com
elementos específicos. A
pintura é um estado de
alma que ele extroverte
aqui e ali, sem outro
objetivo que o de
comunicar um
sentimento, uma
emoção, uma lembrança.
Alfredo Volpi foi um
pintor ítalo-brasileiro
considerado pela crítica
como um dos artistas
mais importantes da
segunda geração do
modernismo. Uma das
características de suas
obras são as
bandeirinhas e os
casarios. Começou a
pintar em 1911,
executando murais
decorativ os.
Deu-se em sua pintura
como que uma explosão
da cor a partir dos fundos
negros em que
geralmente se resolvia,
embora a opulenta
textura permanecesse
como característica
principal de seus
quadros.
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117 – O DADAÍSMO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]
Muitos artistas plásticos e escritores que
eram contra a participação de seus países na
Primeira Guerra Mundial (1914-1918) se
refugiaram em Zurique, na Suíça, e criaram
em 1915 um movimento literário que
propunha divulgar suas decepções diante da
passividade das instituições em relação à
guerra. Um desses artistas, o poeta Tristan
Tzara, para escolher um nome ao movimento
abriu aleatoriamente um dicionário e colocou
o dedo sobre a palavra “dada”, que em
francês significa “cavalo de brinquedo”. A
partir daí o movimento ficou conhecido como
Dadá ou Dadaísmo. Com essa atitude Tzara
quis mostrar que tanto o nome quanto a
própria arte do movimento não faziam mais
sentido num mundo irracional que estava
sendo devastado pela guerra. Tzara e seus
contemporâneos, indignados com a falta de
lógica dos acontecimentos políticos e sociais
da época, criaram um estilo de arte
considerado vazio de significado, pois era
dessa forma que eles consideravam o
mundo. Os dadaístas não se preocupam em
momento algum em formular uma teoria que
explicasse o pensamento do grupo, e só em
1918, quase três anos após o início das suas
atividades, Tzara escreveu um manifesto
sobre o Dadaísmo.
Essa proposta de arte era irreverente e
espontânea, pautada na irracionalidade, na
ironia, na liberdade, no absurdo e no
pessimismo. O intuito principal era de chocar
a burguesia da época e criticar a arte
tradicionalista, a guerra e o sistema.
Podemos destacar algumas
características do movimento
dadaísta, a saber:
x Rompimento com os modelos
tradicionais e clássicos.
x Espírito vanguardista e de
protesto.
x Espontaneidade, improvisação e
irreverência artística.
x Anarquismo e niilismo.
x Busca do caos e desordem.
x Teor ilógico e irracional.
x Caráter irônico, radical, destrutivo,
agressivo e pessimista.
x Aversão à guerra e aos valores
burgueses.
x Rejeição ao nacionalismo e ao
materialismo.
x Crítica ao consumismo e ao
capitalismo.
Nesse sentido, o dadaísmo é considerado um movimento
antiartístico, uma vez que questiona a arte e busca o caótico
e a imperfeição.
"Eu redijo um manifesto e não quero nada, eu digo, portanto
certas coisas e sou por princípios contra manifestos (...). Eu redijo
este manifesto para mostrar que é possível fazer as ações opostas
simultaneamente, numa única fresca respiração; sou contra a ação
pela contínua contradição, pela afirmação também, eu não sou
nem pró nem contra e não explico por que odeio o bom-senso. A
obra de arte não deve ser a beleza em si mesma, porque a beleza
está morta."
Alguns artistas plásticos e poetas que participaram do
movimento dadaísta foram:
x Tristan Tzara: poeta romeno;
x Marcel Duchamp: poeta, pintor e escultor francês;
x Hans Arp: poeta e pintor alemão;
x Francis Picabia: poeta e pintor francês;
x Max Ernst: pintor alemão;
x Raoul Hausmann: poeta e artista plástico austríaco;
x Hugo Ball: poeta e filósofo alemão;
x Richard Huelsenbeck: escritor e psicanalista alemão;
x Sophie Täuber: artista plástica suíça.
O dadaísmo, assim como outras
vanguardas artísticas europeias,
influenciou o movimento
modernista que surgia no Brasil,
sobretudo após a Semana de Arte
Moderna. Na literatura, podemos
notar essa influencia em algumas
manifestações dos escritores Mário
de Andrade e Manuel Bandeira.
Além deles, destaca-se o "teatro de
experiência" de Flávio de Carvalho e
as pinturas de Ismael Nery.
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118 – PRINCIPAIS ARTISTAS DO DADAÍSMO