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E-book licenciado para Morgana de Morais Falcão morgana.falcao43@gmail.com CPF: 15663495835
 
ÍNDICE DAS ATIVIDADES 1 – APOSTILA PRATICAR A ARTE – VOLUME 10 – ENSINO MÉDIO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM - Professor Fabrício Secchin]. 
Nº Título da atividade Nº Título da atividade Nº Título da atividade 
01 A ORIGEM DA ARTE NA HISTÓRIA DO MUNDO. 41 A ESCULTURA E A PINTURA GÓTICA. 81 OS PADRÕES DA ART DÉCO. 
02 AS PRIMEIRAS MANIFESTAÇÕES DA ARTE. 42 RESUMÃO: ARTE ROMÂNICA. 82 O REALISMO. 
03 A EXPRESSÃO DA ARTE PRÉ-HISTÓRICA. 43 MAQUETE ROMÂNICA I – RECORTE E COLAGEM. 83 AS CARACTERÍSTICAS DO REALISMO. 
04 ESTUDANDO A LINHA. 44 MAQUETE ROMÂNICA II – RECORTE E COLAGEM. 84 PRÁTICA DE OBSERVAÇÃO DE OBRA DE ARTE – REALISMO. 
05 CONHECENDO O ARTISTA: PAUL KLEE. 45 RESUMÃO: ARTE GÓTICA. 85 EXERCÍCIO PRÁTICO DE DESENHO DE OBSERVAÇÃO: ROMANTISMO. 
06 ASSINANDO A OBRA COM AS MÃOS: ARTE RUPESTRE. 46 PRODUZINDO UM VITRAL. 86 O IMPRESSIONISMO – PARTE 1/2. 
07 O NASCIMENTO DA ARQUITETURA. 47 EXERCÍCIO INTERPRETATIVO: ARTE ROMÂNICA E ARTE GÓTICA. 87 O IMPRESSIONISMO – PARTE 2/2. 
08 REGISTRANDO OS ACONTECIMENTOS DA VIDA. 48 CONHECENDO A OBRA: “O ESPÓLIO – O DESNUDAMENTO DE CRISTO”, EL GRECO. 88 DESENHANDO E PINTANDO – OBSERVAÇÃO IMPRESSIONISTA. 
09 RESUMÃO: A ARTE NA PRÉ-HISTÓRIA. 49 O RENASCIMENTO. 89 PRINCIPAIS ARTISTAS DO IMPRESSIONISMO. 
10 A ARTE DA MESOPOTÂMIA. 50 PRINCIPAIS ARTISTAS DO RENASCIMENTO. 90 RESUMÃO: O IMPRESSIONISMO. 
11 EXERCÍCIOS DE INTERPRETAÇÃO: ARTE PRÉ-HISTÓRIA. 51 ENTENDENDO A PERSPERCTIVA RENASCENTISTA. 91 CONHECENDO O ARTISTA: ÉDOUARD MANET E SUAS OBRAS. Parte 1/4. 
12 EXERCÍCIOS DE INTERPRETAÇÃO: ARTE MESOPOTÂMICA. 52 PRATICANDO O DESENHO DE FIGURAS HUMANAS. 92 CONHECENDO O ARTISTA: ÉDOUARD MANET E SUAS OBRAS. Parte 2/4. 
13 A ARTE NO EGITO – INTRODUÇÃO. 53 EXERCÍCIO DE DESENHO DE PARTES DO CORPO HUMANO. 93 CONHECENDO O ARTISTA: ÉDOUARD MANET E SUAS OBRAS. Parte 3/4. 
14 A PINTURA EGÍPCIA. 54 RESUMÃO: O RENASCIMENTO. 94 CONHECENDO O ARTISTA: ÉDOUARD MANET E SUAS OBRAS. Parte 4/4. 
15 CRIANDO HIERÓGLIFOS E SEGREDOS. 55 EXERCÍCIO INTERPRETATICO: O RENASCIMENTO. 95 ANALISANDO A OBRA: “MULHERES NO JARDIM”, CLAUDE MONET. 
16 CRIANDO HISTÓRIAS EM QUADRINHOS. 56 A ARTE DO BARROCO. 96 O PÓS-IMPRESSIONISMO E SEUS ARTISTAS. 
17 EXERCÍCIOS DE INTERPRETAÇÃO: ARTE DO EGITO ANTIGO. 57 A IGREJA BARROCA NO BRASIL: A IGREJA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS/MG. 97 EXERCÍCIO SOBRE PONTILHISMO E NATUREZA-MORTA. 
18 RESUMÃO: A ARTE MESOPOTÂMICA. 58 PRINCIPAIS ARTISTAS DO BARROCO NO MUNDO. 98 EXERCÍCIO DE LEITURA E IDENTIFICAÇÃO DO AUTOR PÓS-IMPRESSIONISTA. 
19 A ARTE GREGA. 59 A ARQUITETURA BARROCA. 99 O FAUVISMO. 
20 A CERÂMICA GREGA. 60 RESUMÃO: A ARTE BARROCA. 100 OS PRINCIPAIS ARTISTAS DO FAUVISMO. 
21 AS MÁSCARAS DO TEATRO GREGO. 61 EXERCÍCIO DE OBSERVAÇÃO E DESENHO. 
22 EXERCÍCIOS DE INTERPRETAÇÃO: ARTE GREGA. 62 EXERCÍCIO INTERPRETATIVO: A ARTE BARROCA. 
23 A MITOLOGIA GREGA: OS DEUSES DO OLIMPO. 63 O ROCOCÓ. 
24 CONHECENDO OS DEUSES GREGOS. 64 PRINCIPAIS ARTISTAS DO ROCOCÓ. 
25 A ARTE ROMANA. 65 DECORANDO UMA PORCELANA DO ROCOCÓ. 
26 AS SETE MARAVILHAS DO MUNDO ANTIGO. 66 RESUMÃO: O ROCOCÓ. 
27 PRODUZINDO UMA ESCULTURA COM ARGILA. 67 ANALISANDO A OBRA: “PAISAGEM COM MOISÉS SALVO DAS ÁGUAS”, CLAUDE LORRAIN. 
28 EXERCÍCIO INTERPRETATIVO: ARTE ROMANA. 68 O NEOCLASSICISMO. 
29 RESUMÃO: A ARTE ROMANA. 69 CONHECENDO O ARTISTA E SUA OBRA: JACQUES-LOUIS DAVID. 
30 RESUMÃO: ARTE GREGA. 70 EXERCÍCIO INTERPRETATIVO: ROCOCÓ E NEOCLASSISCIMO. 
31 A ARTE CRISTÃ E BIZANTINA. 71 O ROMANTISMO – CONHECENDO O ARTISTA: EUGÈNE DELACROIX. 
32 OS MOSAICOS BIZANTINOS. 72 O ROMANTISMO – CONHECENDO O ARTISTA: FRANCISCO GOYA. 
33 ILUSTRAÇÃO DE UM MANUSCRITO. 73 AS CARACTERÍSTICAS DO ROMANTISMO. 
34 ILUMINURA DO ANTIGO TESTAMENTO: AS DEZ PRAGAS DO EGITO. 74 O MOVIMENTO ART NOUVEAU. 
35 CONSTRUINDO UM MOSAICO COM RECORTES. 75 PRINCIPAIS ARTISTAS DO ART NOUVEAU. 
36 RESUMÃO: A ARTE CRISTÃ E ARTE BIZANTINA. 76 CONHECENDO O ARTISTA: ALFONS MARIA MUCHA. 
37 EXERCÍCIO INTERPRETATIVO: ARTE CRISTÃ E BIZANTINA. 77 CONHECENDO A BELLE ÉPOQUE. 
38 A ARTE ROMÂNICA. 78 ANALISANDO A OBRA: “CAMPONESAS BRETÃS”, DE PAUL GAUGUIN. 
39 A PINTURA ROMÂNICA. 79 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: GIZ PASTEL E TOULOUSE-LAUTREC. 
40 A ARTE GÓTICA. 80 A ART DÉCO. 
E-book licenciado para Morgana de Morais Falcão morgana.falcao43@gmail.com CPF: 15663495835
 
ÍNDICE DAS ATIVIDADES 2 – APOSTILA PRATICAR A ARTE – VOLUME 10 – ENSINO MÉDIO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM - Professor Fabrício Secchin]. 
Nº Título da atividade Nº Título da atividade Nº Título da atividade 
101 CONHECENDO O ARTISTA: HENRI MATISSE. 141 CONHECENDO O ARTISTA: CHARLES CHAPLIN. 181 RESSIGNIFICANDO A SIMBOLOGIA MARAJOARA. 
102 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: CRIANDO UMA IMAGEM FAUVISTA. 142 A ARTE CONCEITUAL. 182 LEITURA DE OBRA DE ARTE – NICOLAS POUSSIN. 
103 CONHECENDO A OBRA: “COMEDORES DE BATATA”, DE VINCENT VAN GOGH. 143 CONHECENDO O ARTISTA: JHON CAGE E O DESENHO DO ACASO. 183 CONSTRUINDO A SUA LINHA DO TEMPO: A SUA HISTÓRIA DE VIDA. 
104 O EXPRESSIONISMO. 144 CONHECENDO A OBRA: “A FONTE”, DE MARCEL DUCHAMP. 184 CONHECENDO A OBRA: “CAMINHANDO”, DE LYGIA CLARK. 
105 ANALISANDO A OBRA: “O GRITO”, DE EDVARD MUNCH. 145 A ARTE POVERA. 185 ELEMENTOS DA LINGUAGEM VISUAL. Parte 1/2. 
106 O CUBISMO. 146 O MINIMALISMO. 186 ELEMENTOS DA LINGUAGEM VISUAL. Parte 2/2. 
107 AS FASES DO CUBISMO. 147 OS PRINCIPAIS ARTISTAS MINIMALISTAS. 187 EXERCÍCIO INTERPRETATIVO DE ARTE I. 
108 OS PRINCIPAIS ARTISTAS CUBISTAS. 148 CONHECENDO O ARTISTA: SOL LEWITT E SUA OBRA MINIMALISTA. 188 EXERCÍCIO INTERPRETATIVO DE ARTE II. 
109 RESUMÃO: O CUBISMO. 149 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: OBJETO MINIMALISTA. 189 CONHECENDO O ARTISTA: JORGE SELARÓN E SUA OBRA. 
110 CONHECENDO A OBRA: “LES DEMOISELLES D´AVIGNON”, DE PABLO PICASSO. 150 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: MOBILIÁRIO MINIMALISTA. 190 CONHECENDO O ARTISTA: ALEX FLEMMING E SUA OBRA. 
111 CONHECENDO O ARTISTA: PABLO PICASSO E O CACHORRO LUMP. 151 O HIPER-REALISMO. 191 A ORIGEM DOS TURBANTES: HERANÇA CULTURAL AFRICANA. 
112 EXERCÍCIOS INTERPRETATIVOS SOBRE O CUBISMO. 152 EXERCÍCIO PRÁTICO DE DESENHO: GRAFITE E O HIPERREALISMO. 192 EXERCÍCIO ARTÍSTICO SOBRE A POP ART: ROSTO POP. 
113 O ABSTRACIONISMO. 153 LAND ART. 193 EXERCÍCIO PRÁTICO SOBRE SOMBRA E VOLUME NO DESENHO. 
114 ABSTRACIONISMO INFORMAL E O ABSTRACIONISMO GEOMÉTRICO. 154 CONHECENDO OS ARTISTAS: CHRISTO E JEANNE-CLAUDE – LAND ART. 194 APRECIAÇÃO MUSICAL: “TREM-BALA”, DE ANA VILELA. 
115 CONHECENDO O ARTISTA: WASSILY KANDINSKY E A MÚSICA. 155 STREET ART – ARTE URBANA. 195 BANCO DE EXERCÍCIOS SOBRE ARTE: ENEM – Parte 1. 
116 O ABSTRACIONISMO BRASILEIRO E SEUS ARTISTAS. 156 AS FORMAS DE EXPRESSÃO DA STREET ART. 196 BANCO DE EXERCÍCIOS SOBRE ARTE: ENEM – Parte 2. 
117 O DADAÍSMO. 157 EXERCÍCIO PRÁTICO DE APLICAÇÃO DE COR NO GRAFITE. 197 BANCO DE EXERCÍCIOS SOBRE ARTE: ENEM – Parte 3. 
118 PRINCIPAIS ARTISTAS DO DADAÍSMO NO MUNDO. 158 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: SE EXPRESSANDO PELO ESTÊNCIL. 198 BANCO DE EXERCÍCIOS SOBRE ARTE: ENEM – Parte 4. 
119 SEGUINDO A RECEITA DE TRISTAN TZARA: COMO SER DADAÍSTA. 159 PRÁTICA DE DESENHO EM QUADRANTES. 199 BANCO DE EXERCÍCIOS SOBRE ARTE: ENEM – Parte 5. 
120 RESUMÃO: O DADAÍSMO. 160 EXERCÍCIO INTERPRETATIVO: A ARTE E SUA INTELECTUALIDADE. 200 EXERCÍCIO PRÁTICO DE DESENHO DE OBSERVAÇÃO: O VOLUME GEOMÉTRICO. 
121 INTERVENÇÃO DADAÍSTA NA “MONALISA”, DE LEONARDO DA VINCI. 161 EXPLORANDO SABERES: LINHAS E HACHURAS. 
122 O SURREALISMO. 162 CONCEITUAÇÃO E EXPERIMENTAÇÃO SOBRE GRAFISMOS AFRICANOS. 
123 CONHECENDO O ARTISTA: ANDRÉ BRETON E O SURREALISMO. 163 EXERCÍCIO PRÁTICO DE CRIAÇÃO DE GRAFISMOS AFRICANOS. 
124 OS PRINCIPAIS ARTISTAS SURREAIS. 164 O PONTO E A LINHA NAS DIFERENTES ARTES. 
125 ANDRE MASSON E O DESENHO AUTOMÁTICO. 165 EXERCÍCIO PRÁTICO: CRIANDO UM SAMPLER. 
126 EXERCÍCIO PRÁTICO A PARTIR DA POÉTICA DE PAUL KLEE. 166 CONSTRUINDO UMA MANDALA DE ARGILA. 
127 RESUMÃO: O SURREALISMO. 167 ANÁLISEDA OBRA: “COMPOSIÇÃO VIII”, DE WASSILY KANDINSKY. 
128 AS TÉCNICAS ARTÍSTICAS DO SURREALISMO. 168 A REPRESENTAÇÃO HUMANA NA HISTÓRIA DA ARTE. 
129 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: O AUTOMATISMO SURREALISTA. 169 EXERCÍCIO DE ANÁLISE E OBSERVAÇÃO. 
130 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: FROTTAGE SURREALISTA. 170 O AUTORRETRATO. 
131 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: DECALCOMANIA SURREALISTA. 171 A XILOGRAVURA. 
132 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: CADAVRE EXQUIS SURREALISTA. 172 EXPERIMENTAÇÃO POÉTICA: LITERATURA DE CORDEL. 
133 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: OBJET TROUVÉ SURREALISTA. 173 A DANÇA: O CORPO SE MOVIMENTANDO. 
134 A OP ART: ÓPTCAL ART. 174 A ORIGEM DO BALÉ CLÁSSICO. 
135 OS PRINCIPAIS ARTISTAS DA OP-ART. 175 EXERCÍCIO DE INTERPRETAÇÃO SOBRE A DANÇA. 
136 RESUMÃO: OP ART. 176 EXERCÍCIO DE LEITURA DE IMAGEM: O BREAK DANCE. 
137 EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: UMA OBRA DA OP ART. 177 PESQUISA SOBRE AS DANÇAS BRASILEIRAS. 
138 CONHECENDO O ARTISTA: ALEXANDER CALDER E SEUS MÓBILES. 178 AS INFLUÊNCIAS INDÍGENA E AFRICANA NA ARTE DO BRASIL. 
139 POP ART. 179 AS INFLUÊNCIAS AFRICANAS NA ARTE DO BRASIL. 
140 OS PRINCIPAIS ARTISTAS DA POP ART. 180 ARTE INDÍGENA E AFRICANA: EXERCÍCIOS DE INTERPRETAÇÃO. 
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00 – IDEIAS PARA NOVOS ASSUNTOS. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
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01 - A ORIGEM DA ARTE NA HISTÓRIA DO MUNDO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
As pinturas a seguir são feitas em paredes, elas 
retratam cenas do cotidiano, mas milhares de anos 
as separam. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mesmo que não houvesse legenda nas fotos, com 
certeza saberíamos dizer qual é a pintura pré-
histórica e qual é a pintura do final do século XX. Um 
artista pré-histórico jamais poderia pintar um painel 
com uma moça de saia com um regador, assim 
como um artista contemporâneo só conhece a 
pintura rupestre com seus animais por que, 
provavelmente, estudou para tal finalidade. Além 
disso, os materiais utilizados também evidenciam 
tempos diferentes. Na Pré-História não existia o 
spray nem as tintas látex e acrílica, usadas pelos 
grafiteiros. As tintas utilizadas eram retiradas da 
natureza. A arte é fiel testemunha da história 
construída pelo homem. Ao esculpir, pintar e 
desenhar, um artista retrata a sua realidade. Os 
acontecimentos políticos, econômicos, sociais 
influenciam a sua criação. 
 
 
Observe as imagens a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Praticar a arte – Retratando a sua realidade: Selecione em jornais e revistas ou imagens impressas da 
internet, fotos que retratem o maior número de fatos da atualidade (foto de pessoas trabalhando, 
passeando, etc.). Faça, em seu caderno de arte ou em uma folha avulsa uma colagem com essas imagens. Se 
desejar realizar essa tarefa em grupo, use uma cartolina ou outro tipo de papel como base para a exposição. 
 
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02 – AS PRIMEIRAS MANIFESTAÇÕES DA ARTE. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os primeiros artistas da humanidade foram os 
homens da Pré-História. Eles viviam em pequenos 
grupos e eram nômades, não tinham lugar fixo para 
habitar. Alimentavam-se da caça, da pesca e da 
colheita de frutos. Dois fatos foram muito 
importantes nesse período: o homem aprendeu a 
fazer o fogo, com o qual se aquecia e afugentava os 
animais, e a utilizar pedras lascadas, com as quais 
faziam ferramentas para caçar, lutar e até desenhar 
nas paredes das cavernas. Por isso essa fase da Pré-
História é chamada de Período da Pedra Lascada ou 
Paleolítico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mesmo construindo um instrumento, o homem 
primitivo importava-se com a forma e a beleza das 
peças. O homem pré-histórico se abrigava em 
cavernas e em cabanas feitas com ossos e paus, com 
o teto de pele de animais e folhas de árvores. É nas 
cavernas que encontramos as primeiras pinturas 
realizadas pelo homem. São desenhos de ursos, 
cavalos, veados, bisões etc. 
É desconhecido o motivo pelo qual os homens pré-
históricos desenhavam nas paredes das cavernas. A 
teoria mais aceita é a de que esses desenhos eram 
feitos por caçadores. Tudo o que conseguissem 
desenhar poderiam dominar, ou seja, num sentido 
mágico, eles poderiam interferir na captura de um 
animal desenhando-o ferido mortalmente, podendo, 
dessa forma, dominá-lo com facilidade. 
Assim, as pinturas eram 
representações da natureza, 
tudo para garantir uma boa 
caçada e a sobrevivência. Para 
pintar, o homem produzia suas 
próprias tintas misturando terra 
com carvão, sangue e gorduras 
de animais. Utilizava os dedos e, 
alguns pincéis rústicos como 
pedaços de madeira e penas de 
animais. 
Também eram muito 
importantes para o 
homem da Pré-História 
garantir a continuidade de 
sua espécie. Demonstrava 
esse sentimento 
esculpindo figuras 
femininas em pedra ou 
marfim com formas bem 
avantajadas: seios, quadris 
e ventres enormes, por 
que era importante a 
fertilidade. Essas 
esculturas são chamadas 
de “Vênus” 
 
 
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03 – A EXPRESSÃO DA ARTE PRÉ-HISTÓRICA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
A arte mágica: pode-se dizer que a arte começou 
com os europeus do Paleolítico Superior e isso 
refletia o nível que sua cultura tinha alcançado. As 
pinturas e gravações em pedra que deixaram são 
tão meticulosas que só se pode tirar uma conclusão: 
foram feitas por artistas experimentados, homens 
que podiam dispor de tempo, não só para caçar. Sua 
arte parece ter sido uma intenção mágica. Algumas 
das cavernas em que seus trabalhos foram 
encontrados, na França e na Espanha, eram 
inegavelmente santuários, acessíveis apenas para 
alguns privilegiados, que ali trabalhavam em 
benefício de todos. As pinturas, em sua maioria, 
representam animais migratórios, como o cavalo e a 
rena, animais de manada, como o auroque e o 
bisão, ou carnívoros, como o leão e o urso. Todos 
eles estiveram ligados de algum modo à vida do 
homem do Paleolítico, como fonte de alimentos, ou 
como objeto de veneração. Reproduzindo esses 
animais nas paredes e nos tetos das cavernas, 
parece que esses artistas estavam tentando 
“dominá-los”, garantindo sua fertilidade e tornando-
os vulneráveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Praticar a arte: O homem da Pré-História pintou nas paredes das cavernas seus sentimentos e suas 
necessidades. No espaço a seguir, desenhe algo que expresse um grande desejo seu, como se em um passe 
de mágica você pudesse realiza-lo. Use lápis de cor, canetinhas ou giz de cera. Aplique as cores que desejar. 
 
 
 
 
 
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04 – ESTUDANDO A LINHA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
Observe a imagem a seguir: 
Os elementos visuais básicos para a elaboração de 
um desenho são a linha, o traço, as cores e as 
forma. Observe atentamente a imagem e procure 
perceber como esses elementos estão presentes 
nessa obra. 
A linha é a junção ou a 
sequencia de vários 
pontos; ela pode ser 
reta, curva, fina, grossa, 
enfim, são inúmeras as 
configurações possíveis 
que ela pode assumir. 
São as linhas que 
definem as formas 
essenciais de uma 
figura, e o artista Paul 
Klee soube usá-las com 
maestria. Segundo ele, 
desenhar é levar uma 
linha para passear. 
Interprete a obra com os seus colegas e transcreva 
suas respostas: 
a) Analisando o traçado da imagem, como você 
imaginaque o artista Paul Klee tenha feito esse 
desenho? 
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b) Quantas linhas, ou sequencia de linhas, foram 
utilizadas para compor a imagem? 
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Podemos traças linhas com espessuras e formas 
distintas para elaborar desenhos, criar efeitos e 
simular texturas e volume. 
 
 
 
 
 
 
Para criar formar, utilizamos as linhas ou os traços. 
As linhas podem ser de vários tipos: 
Padrões de preenchimento: O preenchimento de 
formas pode ser feito com padrões de texturas ou de 
cor. Alguns padrões recorrentes são hachuras, a 
monocromia e a policromia. 
x Hachuras: Composição de linhas 
em várias direções que criam 
uma escala de tons ou textura. 
x Monocromia: Composição que 
emprega a escala tonal de uma 
única cor como forma de 
preenchimento. 
x Policromia: Composição que 
emprega duas ou mais cores 
como forma de preenchimento. 
 
 
 
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05 – CONHECENDO O ARTISTA: PAUL KLEE. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
Paul Klee (1879-1940) nasceu 
na Suíça, mas naturalizou-se 
alemão. Foi pintor, músico e 
poeta. Filho de música 
interessou-se primeiramente 
por essa arte, tocando violino, 
e na adolescência, seguiu o 
rumo das artes visuais. Klee 
estudou na Academia de 
Belas Artes de Munique, onde 
conheceu o pintor russo 
Wassily Kandinsky (1866-
1944), pioneiro da pintura 
abstrata, com quem 
estabeleceu forte amizade e 
parceria. O estilo e a obra de 
Klee foram influenciados pelo 
Expressionismo, pelo Cubismo 
e pelo Surrealismo. Klee foi 
um excelente desenhista, e 
seu interesse pelas cores 
levou-o a realizar diversos 
experimentos e dominar essa 
teoria. Além de se um dos 
artistas mais importantes da 
primeira metade do século XX 
foi reverenciado por sua 
reflexão teórica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Praticar a arte: Escolha uma das obras de arte feitas por Paul Klee ao lado para você produzir uma releitura. 
Pratique suas habilidades em desenho e aplique as cores que desejar. Preencha a ficha técnica da sua obra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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06 – ASSINANDO A OBRA COM AS MÃOS: ARTE RUPESTRE. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
Observe o detalhe da imagem a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Veja que na parte de cima do desenho do 
cavalo existe o desenho de uma das mãos 
do homem pré-histórico. Nela ele usou a 
própria mão como se fosse um molde e a 
contornou com tinta. 
É como se o homem estivesse assinando 
a sua obra de arte. Você também pode 
usar a técnica da pintura com o uso de 
moldes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Praticar a arte 1: Crie moldes, desenho-os em cartolina ou 
em outro papel e recorte-os. 
Praticar a arte 2: Pintura em camiseta utilizando moldes. 
Siga as orientações a seguir para produzir sua estampa. 
 
 
 
 
 
 
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07 – O NASCIMENTO DA ARQUITETURA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
Aos poucos, o homem descobre 
como plantar e domesticar os 
animais, alterando 
completamente a sua vida. Ele 
não precisa mais viajar em 
busca de alimentos e passa a 
fixar-se em regiões à beira dos 
rios. 
Dessa forma, surgem as primeiras aldeias e a divisão 
das tarefas diárias. Os homens caçam e constroem 
abrigos (casas de madeira e barro) e as mulheres 
plantam e realizam trabalhos artesanais, como a 
cerâmica (peças feitas manualmente com argila e 
usadas para transportar grãos e utensílios 
domésticos feitos com madeira e osso) e a 
tecelagem, feita d elã de carneiros. 
Se por um lado, a 
sobrevivência diária é 
garantida pela agricultura e 
criação de animais, por outro, 
o homem continua a se 
preocupar com as forças da 
natureza, como a chuva, o sol, 
o eclipse e com a morte. 
Estimulado por essas 
preocupações, o artista da 
Pré-História constrói menires 
que são blocos de pedra 
fincados no chão e dólmenes, 
que são menires com uma 
pedra apoiada em cima como 
uma mesa gigante. Essas 
construções são consideradas 
cemitérios ou, no caso de 
Stonehenge, na Inglaterra, um 
monumento ao sol. 
As aldeias começam a 
crescer e torna-se 
necessário que cada 
uma delas defenda seu 
território. As armas 
passam a ser mais 
estruturadas e o homem 
deixa de lascar as pedras 
e passa a poli-las 
mediante atrito, daí esse 
período denominado de 
Período da Pedra Polida 
ou Neolítico. 
Provavelmente, da mesma forma que o homem 
observou que ao redor do fogo o barro endurecia e 
assim descobriu como fazer peças de cerâmicas, ele 
agora observa que certas pedras derretem na 
fogueira. Descobre a metalurgia (fundição de 
metais) e usa essa novidade para confeccionar 
armas mais resistentes e perigosas. Historicamente, 
têm-se a Idade dos Metais, que compreende o 
Período do Cobre, o Período do Bronze e o Período 
do Ferro. Com a utilização dos metais, o homem 
desenvolveu técnicas e aperfeiçoou seus 
instrumentos e métodos agrícolas. Aos poucos, as 
aldeias passaram a produzir mais, gerando assim 
excedentes que eram trocados por produtos de 
aldeias vizinhas. Muitas dessas aldeias iriam se 
transformar em cidades e civilizações conhecidas. 
 
 
 
 
Praticar a arte: Diante das informações históricas 
vistas, responda as perguntas interpretativas a seguir: 
a) O que fez o homem pré-histórico deixar de ser 
nômade e fixar moradia? 
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________ 
b) Como é o processo de adaptação do homem pré-
histórico nômade para o homem de moradia fixa? 
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________ 
c) Quais fatores levaram o homem pré-histórico 
construir suas primeiras moradias e como elas 
eram? 
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________ 
d) Como se chamavam as primeiras construções feitas 
pelos homens da pré-história? 
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________ 
e) Como surgiram as primeiras armas e as primeiras 
ferramentas de pedra polida? 
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________ 
f) Em sua opinião, o processo evolutivo do homem 
pré-histórico foi necessário para chegarmos aos dias 
atuais? Justifique. 
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________ 
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08 – REGISTRANDO OS ACONTECIMENTOS DA VIDA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
Praticar a arte: Observe a cena a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Com certeza você 
entendeu a história 
acima apenas 
olhando para os 
desenhos. Agora, 
procure lembrar um 
acontecimento 
importante da sua 
vida. Crie 
personagens que 
representem você e 
outras pessoas 
envolvidas nesse 
acontecimento e, 
usando apenas 
desenhos, conte sua 
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O9 – RESUMÃO: A ARTE NA PRÉ-HISTÓRIA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
 
 
A arte na Pré-História foi 
produzida, principalmente, 
durante os períodos 
Paleolítico e Neolítico. 
Destacam-se as pinturas 
rupestres e as construções 
megalíticas. 
Quando se fala em arte na Pré-História, estamos falando da 
produção vista como artística na Pré-História, isto é, durante 
os períodos Paleolítico, Neolítico e Idade dos Metais. Em geral, 
compreende pinturas realizadas em cavernas, gravuras 
esculpidas em rochas, esculturas, estatuetas etc. Para facilitar 
sua compreensão a respeito do assunto, é importante 
considerarmos que os três períodos citados e que são 
considerados como parte da Pré-História são: 
 
x Paleolítico: período que compreende de 2.5 milhões de 
anos atrás a 10.000 a.C. 
x Neolítico: período que se estende de 10.000 a.C. até 5.000 
a.C. 
x Idade dos Metais: período que se estende de 5.000 a 3.500 
a.C. 
 
A arte na Pré-História manifestou-se de diferentes formas. A 
intenção dessas obras é alvo de grande debate pelos 
especialistas. As motivações mais comumente mencionadas 
são que as populações pré-históricas faziam esses registros 
como forma de: 
 
x Registrar o cotidiano apenas por registrar. Nesse caso, o 
registro artístico seria no sentido “a arte pela arte”. 
x Registrar com fins ritualísticos de criar uma conexão do 
homem com a natureza. 
 
Outra observação importante é que as 
extensões de cada período em todo o 
planeta são bastante distintas. Neste texto, 
optamos por colocar a datação clássica, 
mas os avanços e desenvolvimentos no 
estilo de vida humana foram distintos nos 
diferentes locais do planeta. Sendo assim, 
houve locais em que o avanço que 
caracterizou as diferenças de uma era para 
outra foi bastante rápido e outros em que 
os avanços foram lentos. 
 
 
 
No caso do Paleolítico, o grande destaque são as pinturas 
rupestres, que são as gravuras desenhadas nas paredes de 
cavernas. Os especialistas acreditam que as pinturas rupestres 
tenham surgido aproximadamente há 40 mil anos em grupos 
humanos que já possuíam domínio do fogo e tinham acesso a 
ferramentas produzidas por meio da lascagem de pedra. Essa 
arte, em geral, mostra o homem em meio a grandes grupos de 
animais, representando, principalmente, cenas de caçadas, 
mas também retrata outras cenas do cotidiano humano. 
Os especialistas falam que a arte rupestre 
utilizava materiais como terra, carvão, 
sangue, flores etc. Os principais exemplos 
dessa arte são encontrados na Caverna 
de Chauvet e Lascaux, na França, mas 
também estão em outros locais, como 
Espanha, Austrália, Argentina etc. Aqui no 
Brasil o grande centro de arte rupestre 
fica na Serra da Capivara, no Piauí. 
Não há registro somente de arte rupestre no Paleolítico, pois 
existem também pequenas esculturas que foram produzidas 
nesse período. Nesse caso, o grande destaque são as 
estatuetas de Vênus, produzidas entre 40.000 a.C. e 10.000 
a.C. Essas estatuetas conhecidas como Vênus reproduzem 
sempre um corpo feminino nu com formas bastante 
voluptuosas, destacando-se os seios grandes e os quadris 
largos. 
Essas esculturas são entendidas pelos 
especialistas como um registro relacionado 
com um culto à fertilidade, o qual pode estar 
associado como uma divindade conhecida 
como Deusa Mãe. A estatueta Vênus mais 
conhecida é a Vênus de Willendorf, 
localizada na Áustria e que tem 
aproximadamente 25 mil anos de existência. 
 
O período Neolítico apresenta grandes transformações e 
avanços em relação ao Paleolítico – embora de modo não 
uniforme. Esses avanços podem ser destacados, 
principalmente, pela sedentarização do homem por meio do 
domínio das técnicas agrícolas e da domesticação dos animais. 
Isso permitiu que o homem 
desenvolvesse novas ferramentas, 
que trouxeram melhoria para a sua 
vida. Um dos grandes avanços do 
Neolítico está relacionado com as 
construções, uma vez que pouco a 
pouco o homem foi desenvolvendo 
habilidades arquitetônicas. 
Esses avanços refletiram-se diretamente na construção dos 
monumentos megalíticos, isto é, enormes complexos feitos por 
um amontoado de grandes rochas. Esses monumentos são 
encontrados em diferentes partes do mundo e estão diretamente 
relacionados com a necessidade do homem de criar registros em 
homenagem aos seus antepassados. 
Podem também ter relação com a 
marcação do tempo ou com a 
observação dos astros. As 
estruturas megalíticas mais 
conhecidas são Stonehenge, na 
Inglaterra, e o Cromeleque dos 
Almendres, localizado em Portugal. 
Apesar disso, já foram localizadas 
estruturas do tipo em diferentes 
locais, como Irlanda, Itália, Egito, 
Turquia etc. 
 
 
No caso do Brasil, 
existem algumas 
produções de arte pré-
histórica localizadas em 
alguns estados, como 
Piauí, Paraíba, Mato 
Grosso e Santa Catarina. 
O grande destaque são as 
pinturas rupestres 
encontradas na Serra da 
Capivara, no estado do 
Piauí, que abriga mais de 
100 pinturas rupestres 
que retratam cenas de 
caça, guerra, sexo etc. 
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10 – A ARTE DA MESOPOTÂMIA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
 
 
 
 
 
 
 
 
Veja as figuras a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As figuras mostram o estandarte de Ur, espécie de 
história em quadrinhos da Antiguidade. A primeira 
mostra uma cena de guerra e a segunda, uma cena 
de paz, a preparação do banquete da vitória. O 
estandarte de Ur foi feito pelos sumérios, povo que 
habitou a Mesopotâmia por volta de 3.200 e 2.900 
a.C. A Mesopotâmia é a região compreendida entre 
os rios Tigre e Eufrates. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os sumérios criaram a 
escrita cuneiforme e 
edificaram zigurates que 
são construções em 
forma de pirâmide com 
diversos andares, no 
topo dessas construções 
tinha um templo cujo 
acesso era feito por 
escadarias. 
 
 
Muitos foram os povos que habitaram a 
Mesopotâmia: sumérios, acádios, assírios, 
babilônicos, hebreus, caldeus. Por ser um lugar de 
terras muito férteis, esses povos vieram para a 
Mesopotâmia em busca de um bom lugar para 
morar, e cada um trouxe seus costumes, sua cultura, 
sua religião, sua hierarquia social e sua política. 
Muitas vezes aconteciam guerras entre eles pelo 
domínio da terra. Além das criações das escritas e 
das construções, os sumérios costumavam 
representar seu cotidiano em paredes, placas de 
pedras ou argila, chamadas de estelas. 
Também a escultura nos mostra um pouco da arte na 
Mesopotâmia: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A arte mesopotâmica muito nos ensina sobre os povos 
que viveram na região. Da arquitetura pouco nos 
restou devido à dificuldade de se encontrar pedras na 
região, as construções eram feitas em tijolos 
preparados com argila crua e secados ao sol. Dessa 
forma, além de serem muito frágeis havia muitas 
guerras de conquistas por outros povos e sempre havia 
destruições. As ruínas da cidade de Persépolis são um 
dos poucos exemplares que nos restam. 
 
 
 
 
 
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11 – EXERCÍCIOS DE INTERPRETAÇÃO: ARTE PRÉ-HISTÓRIA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
1. A pintura rupestre a seguir, que é um patrimônio 
cultural brasileiro, expressa: 
 
a) O conflito entre os povos indígenas e os 
europeus durante o processo de colonização 
do Brasil. 
b) A organização social e política de um povo 
indígena e a hierarquia entre seus membros. 
c) Aspectos da vida cotidiana de grupos que 
viveram durante a chamada pré-história do 
Brasil. * 
d) Os rituais que envolvem sacrifícios de grandes 
dinossauros atualmente extintos. 
 
2. Gravuras e pinturas são duas 
modalidades da prática 
gráfica rupestre, feitas com 
recursos técnicos diferentes. 
Existem vastas áreas nas 
quais há dominância de uma 
ou outratécnica no Brasil, o 
que não impede que ambas 
coexistam no mesmo espaço. 
Mas em todas as regiões há 
mãos, pés, antropomorfos e 
zoomorfos. 
Os grafismos realizados em blocos ou paredes 
foram gravados por meio de diversos recursos: 
picoteamento, entalhes e raspados. Nas figuras 
que representam a arte da pré-história brasileira 
e estão localizadas no sítio arqueológico da Serra 
da Capivara, estado do Piauí, e, com base no 
texto, identificam-se: 
 
a) Imagens do cotidiano que sugerem caçadas, 
danças, manifestações rituais. * 
b) Cenas nas quais prevalece o grafismo 
entalhado em superfícies previamente polidas. 
c) Aspectos recentes, cujo procedimento de 
datação indica o recuo das cronologias da 
prática pré-histórica. 
d) Situações ilusórias na reconstituição da pré-
história, pois se localizam em ambientes 
degradados. 
e) Grafismos rupestres que comprovam que 
foram realizados por pessoas com 
sensibilidade estética. 
3. O Geopark Araripe (Nova Olinda-CE) guarda 
resquícios de uma importante tribo pré-
histórica que habitou no sul do Ceará. Os Cariris 
deixaram diversas marcas da sua passagem pelo 
Ceará e constituem importante fonte de 
estudos das tribos antigas. Grupos que 
habitaram o Piauí, Minas Gerais e norte do País, 
também deixaram suas marcas. Quanto aos 
estilos dessa pintura, destacam-se dois estilos 
básicos: 
 
a) A geométrica e a naturalista. * 
b) A funcional e a estética. 
c) A indígena e a africana. 
d) A religiosa e a secular. 
e) A pintura e a escultura. 
 
4. O período conhecido como “Pedra Lascada” 
guardou impressões de como poderia ter sido as 
expressões artísticas dos povos que viveram 
nessa época (Como na imagem da mão em 
negativo). A arte produzida durante o 
Paleolítico é chamada de: 
 
a) Funcional 
b) Expressiva 
c) Religiosa 
d) Naturalista* 
e) Abstrata 
 
5. Não se sabe, com exatidão, as razões para que o 
homem primitivo fizesse desenhos nas paredes 
das cavernas. Um das teorias mais aceitas sobre 
tais razões é que: 
 
a) Havia necessidade de decorar suas casas, já 
que eles moravam nessas cavernas. 
b) Possa ser um código linguístico complexo, 
ainda não traduzido pelo pesquisador 
moderno. 
c) Podem ser expressões de arte popular, 
semelhante ao praticado por artistas 
modernos de arte urbana. 
d) Possa ser trabalho de adolescentes pré-
históricos, estudando as primeiras técnicas 
de desenho. 
e) Tenham sido utilizadas em rituais religiosos 
ou de caça, ou ainda gravação de cenas 
cotidianas.* 
6. O neolítico se caracterizou pela produção de 
armas e utensílios afiando-se as pedras ao invés 
de quebra-las. Daí o termo pedra polida. Não é, 
porém, uma característica desse período: 
a) Fixação das comunidades, antes nômades. 
b) Divisão do trabalho. 
c) Construção dos primeiros templos religiosos, 
pirâmides e mausoléus.* 
d) Criação de animais. 
e) Surgimento da cerâmica e tecelagem. 
 
7. Em relação ao que chamamos de arte, no 
período neolítico, temos como principal 
característica: 
a) A busca pela apreensão do movimento e 
descoberta dos metais.* 
b) Desenhos detalhados com muitas cores. 
c) Surgimento de uma escrita rudimentar 
conhecida como hieróglifos. 
d) Traços fortes e vigorosos, representando os 
animais que temiam. 
e) Confecção de estatuetas como a “Vênus de 
Willendorf”. 
 
8. Temos dois exemplos de esculturas pré-
históricas. Uma estatueta da idade do metal, 
uma estatueta de 11 cm encontrada na Áustria, 
em 1908, pelo arqueólogo Josef Szombathy. Esta 
última é famosa entre os estudiosos e ficou 
conhecida como: 
 
a) Vênus de Milo. 
b) Vênus de Willendorf.* 
c) Gordinha pré-histórica. 
d) Ártemis de Milo. 
e) Ártemis de Willendorf. 
 
9. Em várias grutas pré-históricas, ricamente 
decoradas, foram encontradas pinturas 
retratando cenas de caça, ou animais como o 
cavalo e o bisão. Assim é a arte rupestre 
comumente feita sobre a pedra que pode 
também ser encontrada em incisões em ossos e 
madeira. As pinturas e as incisões rupestres 
surgiram no período: 
 
a) Glacial. 
b) Paleolítico.* 
c) Mesolítico. 
d) Neolítico. 
10. A imagem abaixo 
mostra os 
vestígios do 
monumento de 
Stonehenge, 
localizado nas 
imediações do 
município inglês 
de Wiltshire: 
Sobre o Stonehenge, podemos afirmar que: 
 
a) É formado apenas por menires, sem nenhum 
trílito. 
b) É formado por menires e trílitos.* 
c) É um círculo de menires. 
d) É uma construção datada do século I a.C. 
e) É uma construção datada do século III d.C. 
 
11. A religiosidade é um item de bastante 
relevância no estudo da arte na pré-história. 
Que alternativa abaixo marca CORRETAMENTE 
fatos que atestam esta realidade? 
 
a) As pinturas serviam de decoração das 
cavernas para os deuses. 
b) Os homens pintavam sobre um forte caráter 
ritualístico.* 
c) Era sim parte de um processo de magia para 
interferir na captura de pessoas. 
d) Havia-se a intenção imediata do artista em 
criar uma arte decorativa e religiosa. 
 
12. A técnica bastante usada pelos artistas pré-
históricos através de pó colorido soprado por 
um canudo denomina-se: 
 
a) Cerca Grande. 
b) Mãos grandes. 
c) Mãos em negativo.* 
d) Várzea Grande. 
 
13. Eram usados como pigmentos na arte pré-
histórica: 
 
a) Tinta guache e Sangue de animais. 
b) Cera e Sumo de flores. 
c) Sangue e carvão. 
d) Pedras e giz. 
 
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12 - EXERCÍCIOS DE INTERPRETAÇÃO: ARTE MESOPOTÂMICA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
1. Quais os principais povos da Antiguidade 
habitaram a região da Mesopotâmia? 
a) Egípcios, gregos, romanos e hunos. 
b) Babilônicos, assírios, sumérios, caldeus, 
amoritas e acádios.* 
c) Visigodos, burgúndios, ostrogodos e 
vândalos. 
d) Hebreus, hititas e egípcios. 
 
2. As figuras abaixo mostram uma espécie de 
história em quadrinhos da antiguidade. A 1ª 
mostra uma cena de guerra e a 2ª uma de paz. 
Estas figuras representam um tipo de arte da 
cultura: 
a) Grega. 
b) Mesopotâmia.* 
c) Egípcia. 
d) Romana. 
 
 
 
 
 
3. Os sumérios, povo antigo que 
habitou a Mesopotâmia, 
destacaram-se na construção 
de zigurates. O que eram estes 
zigurates? 
 
a) Palácios onde viviam os reis e toda nobreza do 
povo sumério. 
b) Canais de irrigação construídos nas margens 
dos rios Tigre e Eufrates. 
c) Construções em formato de pirâmides, que 
eram usadas como locais de armazenagem de 
gêneros agrícolas e também como templos 
religiosos.* 
d) Torres de pedra construídas para proteger as 
cidades sumérias. 
 
4. Pintura e escultura mesopotâmica mostram: 
 
a) Emoção e religiosidade. 
b) Simetria e cores neutras. 
c) Ação e religiosidade. 
d) Rigidez, pobre e de baixo 
relevo.* 
e) Dramaticidade e movimento. 
 
 
5. Um dos povos que habitaram a Mesopotâmia 
na Antiguidade foram os Assírios. Qual das 
alternativas abaixo aponta características deste 
povo? 
a) Tinha na guerra sua principal atividade. 
Agiam de forma extremamente cruel nas 
guerras e impunham castigos severos aos 
derrotados.* 
b) Gostavam muito de arte e, portanto, 
destacaram-se pela construção de escolas de 
arte por toda Mesopotâmia. 
c) Eram excelentes comerciantes, mantendo 
relações mercantis com gregos, egípcios e 
hebreus. 
d) Buscava de forma pacífica unir todos os 
povos da Mesopotâmia em prol de melhores 
condições de vida para todos. 
 
6. A região da Mesopotâmia ocupa lugar central 
na história da humanidade. Na Antiguidade, foi 
berço da civilização sumeriana devido ao fato 
de: 
 
a) Ser ponto de confluência de rotas comerciais 
de povos de diversas culturas. 
b) Ter um subsolo rico em minérios, 
possibilitando o salto tecnológico da idade da 
pedra para a idade dos metais. 
c) Apresentar um relevo peculiar e favorável ao 
isolamento necessário para o crescimento 
socioeconômico. 
d) Possuir uma área agricultável extensa, 
favorecida pelos rios Tigre e Eufrates.* 
e) Abrigar um sistemahidrográfico ideal para a 
locomoção de pessoas e apropriado para 
desenvolvimento comercial. 
 
7. A escrita cuneiforme dos mesopotâmios, 
utilizada principalmente em seus documentos 
religiosos e civis, era: 
 
a) Semelhante em seu desenho à escrita dos 
egípcios. 
b) Composta exclusivamente de sinais lineares e 
traços verticais. 
c) Uma representação figurada evocando a 
coisa ou o ser.* 
d) Baseada em agrupamentos de letras 
formando sílabas. 
e) Uma tentativa de representar os fonemas 
por meio de sinais. 
8. Escolha a alternativa que define o que é uma 
“estela mesopotâmica”: 
a) Trata-se de um monumento comemorativo 
que se levanta sobre o solo à semelhança de 
um pedestal ou de uma lápide. 
b) Na estela, alguns povos da antiguidade 
costumavam escrever símbolos, sinais, figuras 
ou textos que explicavam a razão da 
construção. 
c) A Estela de Mesa (igualmente conhecida como 
Pedra Moabita), a Estela de Mernepta (Estela 
de Israel) e as estelas cântabras são alguns 
exemplos deste tipo de monumentos. 
d) Todas as alternativas estão corretas.* 
 
9. O que era o Código de Hamurabi, criado na 
Babilônia? 
 
a) Conjunto de leis que organizava o comércio 
na região da Mesopotâmia. 
b) Conjunto de leis e regras sociais criadas pelos 
assírios, cujo objetivo era educar a população 
mesopotâmica. 
c) Conjunto de leis criado pelo rei Hamurabi que 
definia punições severas a quem cometesse 
crimes. Tinha como base a lei de talião: “olho 
por olho, dente por dente”. * 
d) Conjunto de leis criado por Nabucodonosor II, 
que tinha como objetivo principal cobrar 
impostos da população e punir os 
sonegadores. 
 
 
10. As sociedades da Antiguidade Oriental tiveram 
práticas sociais com influências marcantes das 
religiões e inventaram outras formas de 
conhecer o mundo. Na Mesopotâmia, 
ocorreu/ocorreram: 
a) O predomínio de castas sacerdotais poderosas, 
mas que criticavam o poder existente e 
combatiam as superstições. 
b) Expressões artísticas pouco originais, 
direcionadas só para admiração dos deuses e 
das forças da natureza. 
c) O uso da escrita cuneiforme, a descoberta do 
uso da raiz quadrada e a crença na ação de 
espíritos malignos causadores de doenças.* 
d) A crença em deuses antropomórficos, 
oniscientes e eternos que não eram adorados 
em templos. 
11. Se um arquiteto constrói uma casa para alguém, 
porém não a faz sólida, resultando daí que a 
casa venha a ruir e matar o proprietário, este 
arquiteto é passível de morte. – “Se, ao 
desmoronar, ela mata o filho do proprietário, 
matar-se-á o filho deste arquiteto." O preceito 
legal anterior pertence ao seguinte Código: 
 
a) Corpus Juris Civilis. 
b) Código de Hamurabi. 
c) Código de Direito Canônico. 
d) Código Napoleônico. 
 
12. Foram os povos que habitavam a Mesopotâmia 
que desenvolveram uma das mais antigas 
formas de escrita, usada para registrar seus 
bens e as transações comerciais. Sobre a escrita 
desenvolvida por esses povos, é CORRETO 
afirmar: 
 
a) A escrita foi desenvolvida na região pelos medos, 
sendo utilizada também por outros povos. 
b) Os escribas usavam um estilete para desenhar as 
letras nas tábuas de madeira. 
c) A escrita mesopotâmica foi chamada de 
cuneiforme porque era feita de sinais que 
tinham a forma de cunha, e os escribas usavam 
um estilete para desenhar as letras nas tábuas de 
argila.* 
d) A escrita cuneiforme, inicialmente, representava 
sons, como na nossa voz e eram escritas em 
tecidos. 
e) Os mesopotâmios não sabiam utilizar a escrita. 
 
13. A Mesopotâmia é considerada o berço da 
civilização por que: 
 
a) Foi a primeira civilização que descobriu 
instrumentos importantes para o advento da 
medicina. 
b) Foi a primeira civilização a praticar a agricultura, 
o principal produto era a cana de açúcar. 
c) Foi a primeira civilização da História, era 
constituída de povos nômades que viajavam em 
busca de alimento. 
d) Foi a primeira civilização a praticar a agricultura, 
o principal produto era o café. 
e) Foi a primeira civilização sedentária, e isso 
permitiu o surgimento das cidades, foi também 
primeira a utilizar o sistema de escrita, 
matemática e astronomia.* 
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13 – A ARTE NO EGITO – INTRODUÇÃO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
Mas outros povos também 
se desenvolviam ao mesmo 
tempo em que os povos 
que habitavam a 
Mesopotâmia. Observe a 
imagem ao lado: 
Olhando a foto vemos as pirâmides do Egito. Até 
hoje elas e toda a história do Egito com todos os 
seus mistérios nos encantam. A cultura egípcia se 
desenvolveu as margens do rio Nilo, na mesma 
época em que os povos da Mesopotâmia se 
desenvolviam na região entre os rios Tigre e 
Eufrates. Observe, no mapa, a localização dos rios 
Tigre e Eufrates, na cultura mesopotâmica e o rio 
Nilo, na cultura egípcia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Através de pinturas, 
relevos e anotações 
existentes nas paredes 
das ruínas de palácios, 
túmulos, como as 
pirâmides, hipogeus e 
mastabas e templos 
conhecemos a história 
do Egito. 
 
Os pequenos desenhos que 
aparecem ao redor das pessoas 
são as escritas egípcias. A esses 
caracteres dá-se o nome de 
hieróglifos. Dentre os povos da 
Antiguidade, o egípcio foi um dos 
mais desenvolvidos. Conhecia a 
matemática, astronomia, 
medicina, artes etc. Era 
socialmente organizado em faraó, 
considerado um deus, com 
poderes totais, sacerdotes, 
escribas, nobres, militares, 
artesãos, camponeses e escravos. 
Os egípcios eram extremamente 
vaidosos, com conhecimento 
profundo de cosmética. Tanto 
homens quanto mulheres usavam 
maquiagem e tinham cuidados com 
o corpo e o cabelo. Eles dominavam 
também as técnicas da ourivesaria e 
produziam uma grande quantidade 
de joias. 
 
 
 
 
A arquitetura egípcia apresenta 
proporções grandiosas. Nobres, 
sacerdotes e faraós moravam 
em palácios extremamente 
luxuosos, mas a motivação 
maior para a arte e a 
arquitetura egípcia sempre foi a 
religião. 
Os egípcios eram 
politeístas, esculpiam 
imagens dos mais 
variados deuses. E, 
em homenagem a 
esses deuses, 
construíam templos 
monumentais. 
Eles acreditavam que continuariam a viver em 
outro lugar depois da morte e, para isso, se 
preparavam durante toda a vida. Os mais ricos 
principalmente o faraó, construíam seus 
próprios túmulos, como as pirâmides, as 
mastabas e os hipogeus – labirintos 
subterrâneos que escondiam ao máximo de 
ladrões e saqueadores os objetos com os quais 
o morto era enterrado. Havia também a 
preparação dos enxovais funerários: objetos de 
uso pessoal, joias, dinheiro, alimentos, 
perfumes, vasos, estatuas, pois achavam que 
na nova vida tudo isso lhes seria necessário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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14 – A PINTURA EGÍPCIA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
A pintura egípcia apresenta 
características muito 
marcantes. Em relação às 
cores, por exemplo, 
predominam os tons 
avermelhados semelhantes à 
terra, o marrom, o preto e o 
branco. Quanto ao desenho, a 
lei da frontalidade aparece 
em quase todas as pinturas. 
Chamamos de lei da 
frontalidade o hábito de se 
desenhar os olhos e os ombros 
das pessoas sempre de frente 
para o observador, mesmo 
que os pés e a cabeça estejam 
de perfil. A preocupação era 
mostrar cada parte do corpo 
pelo ângulo mais 
representativo. 
Além de ser feita nas paredes, a pintura também era 
realizada sobre uma folha de papiro (tipo de papel 
usado pelos egípcios proveniente da planta com o 
mesmo nome). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As esculturas possuem lugar de 
destaque na arte egípcia. Elas 
mostram faraós, rainhas, deuses, 
escribas e todo o tipo de pessoa 
sempre com rigidez na posição do 
corpo e feição do rosto, e os 
homens, com a cor da pele mais 
escura, aparecendo sempre maiores 
que as mulheres. 
Há esculturas de todos os tamanhos feitas em 
madeira,pedra, ouro e bronze. 
 
 
 
 
 
 
 
A escultura egípcia antiga procurava representar os 
deuses e os faraós para capacitar a população a vê-
los em suas formas físicas. Ela estava intimamente 
ligada à arquitetura, que, por sua vez, voltava-se 
para a construção de templos e de tumbas. As 
paredes desses lugares eram revestidas com gesso e 
entalhadas – um método mais fácil do que esculpir 
na pedra. Nelas também se colocavam estátuas de 
deuses, do falecido rei ou rainha, de funcionários 
públicos, escribas e outros grupos. Além disso, 
retratavam-se objetos menores de uso doméstico e 
diário. As cenas das paredes das primeiras tumbas 
egípcias apresentam atividades como caça, pesca e 
ambientes agrícolas; atividades artísticas e 
comerciais; tarefas domésticas etc. Tais relevos 
mostram uma crença confiante no futuro como uma 
espécie de extensão da vida presente. 
Dentro da história da 
arte é possível 
considerar que a arte 
produzida até os dias 
atuais é fruto de 
ensinamentos e 
influencias de produções 
artísticas que foram 
passadas de geração em 
geração. 
Nessa perspectiva é possível dizer que somos todos 
alunos dos gregos e os gregos, por sua vez, foram 
alunos dos egípcios. Por esse motivo, a importância da 
arte egípcia para as manifestações artísticas que viriam 
depois deles. 
A arte egípcia estava inteiramente ligada à religião, 
sobretudo com a vida após a morte. Os túmulos dos 
grandes faraós, geralmente Pirâmides, eram 
solenemente ornamentados com desenhos, pinturas, 
esculturas, além de baixos e altos relevos. Todo este 
cuidado servia para “ajudar” a alma a sobreviver após a 
existência terrena. Assim as imagens encontradas nas 
tumbas egípcias estavam ligadas com a ideia de 
propiciar, à alma, ajudantes que o orientassem ou 
encaminhassem a outra vida. No entanto, esse rico 
acervo de imagens divide conosco um retrato do 
cotidiano dos antigos egípcios. 
 
 
 
 
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15 – CRIANDO HIERÓGLIFOS E SEGREDOS. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
Praticar a arte: Os egípcios e os povos da 
Mesopotâmia criaram diferentes tipos de escrita. Na 
tabela a seguir, invente um símbolo para cada letra 
do nosso alfabeto. Depois, utilizando os símbolos 
criados por você, escreva e mande uma mensagem 
que será entendida por um colega a quem você 
revelou o segredo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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16 – CRIANDO HISTÓRIAS EM QUADRINHOS. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
Praticar arte: A história em quadrinhos faz parte do dia a dia de milhares de pessoas. Tanto crianças quanto jovens e adultos conhecem e gostam dessa forma de 
literatura, que une sequência de imagens e textos e apresentam histórias e personagens dos mais variados tipos: super-heróis, monstros, animais com sentimento 
e reações humanas etc. aparecendo com histórias completas nos chamados gibis e almanaques ou em pequenas tirinhas nos jornais e revistas, ela também faz 
parte dos meios de comunicação do nosso século. Siga as instruções para você criar sua história em quadrinho seguindo as instruções a seguir. 
 
 
 
 
 
 
Deus da morte no Egito Antigo, mumificação, origem, funções, religião egípcia, 
mitologia do Egito, deuses egípcios. De acordo com a mitologia do Egito Antigo, 
Anúbis era o deus da morte, da mumificação e do submundo. Anúbis era 
representado nas pinturas com o corpo de homem com a cabeça de um chacal. É 
considerado a primeira múmia do Egito Antigo. Era Anúbis quem presidia as 
mumificações, pois era o guardião dos conhecimentos desta técnica. Anúbis 
também tinha a função de ser o protetor das tumbas. Era também o juiz dos 
mortos e quem conduzia a alma dos mortos no além. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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17 - EXERCÍCIOS DE INTERPRETAÇÃO: ARTE DO EGITO ANTIGO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
1. Sobre a arte egípcia, é INCORRETO afirmar: 
 
a) As grandes manifestações da arquitetura egípcia 
foram os magníficos templos religiosos, as 
pirâmides, os hipogeus e as mastabas. 
b) Na pintura, as figuras eram representadas com 
os olhos e os ombros em perfil, embora com o 
restante do corpo de frente.* 
c) A escultura egípcia obedecia a uma orientação 
predominantemente religiosa. Eram numerosas 
as estátuas esculpidas com a finalidade de ficar 
dentro de túmulos. A escultura egípcia atingiu 
seu desenvolvimento máximo com os 
sarcófagos, esculpidos em pedra ou madeira. 
d) A cultura egípcia foi profundamente marcada 
pela religião e pela supremacia política do faraó. 
Esses dois elementos exerceram grande 
influência nas artes (arquitetura, escultura, 
pintura, literatura) e na atividade científica. 
e) A gradação, a mistura de tonalidades e o claro-
escuro não eram utilizados. 
 
2. gito isitado an al ente por il es de 
t ristas de todo o ndo dese osos de er 
co os pr prios ol os a grandiosidade do 
poder esc lpida e pedra il nios: as 
pirâmides de Gizé, as tumbas do Vale dos Reis 
e os numerosos templos construídos ao longo 
do Nilo. O que hoje se transformou em atração 
turística era, no passado, interpretado de 
forma muito diferente, pois: 
 
a) Significava, entre outros aspectos, o poder que 
os faraós tinham para escravizar grandes 
contingentes populacionais que trabalhavam 
nesses monumentos. * 
b) Representava para as populações do alto Egito a 
possibilidade de migrar para o sul e encontrar 
trabalho nos canteiros faraônicos. 
c) Significava a solução para os problemas 
econômicos, uma vez que os faraós sacrificavam 
aos deuses suas riquezas, construindo templos. 
d) Representava a possibilidade de o faraó ordenar 
a sociedade, obrigando os desocupados a 
trabalharem em obras públicas, que 
engrandeceram o próprio Egito. 
e) Significava um peso para a população egípcia, 
que condenava o luxo faraônico e a religião 
baseada em crenças e superstições. 
 
3. “ ssa lei deter ina a q e o tronco da pessoa 
fosse representado sempre de frente, enquanto 
sua cabeça, suas pernas e seus pés eram vistos 
de perfil”. Assinale a alternati a C RR TA q e 
contém o nome dessa lei: 
 
a) Lei da modernidade. 
b) Lei da frontalidade.* 
c) Lei da mortalidade. 
d) Lei da lateralidade. 
e) Lei da superioridade. 
 
4. Sobre a religião no Egito Antigo é falso afirmar 
que: 
 
a) Os egípcios acreditavam na vida após a 
morte e, por isso, desenvolveram a técnica 
da mumificação. 
b) Os egípcios não acreditavam na vida após a 
morte e seguiam uma religião monoteísta 
(crença na existência de apenas um deus).* 
c) Os egípcios acreditavam na existência de 
vários deuses (religião politeísta). 
d) Na religião egípcia muitos animais eram 
considerados sagrados, como, por exemplo, 
gato, jacaré, água, serpente, etc. 
 
5. Na arquitetura do Egito Antigo podemos 
destacar as pirâmides. Qual era a principal 
função das pirâmides? 
 
a) Serviam como residência dos faraós e toda 
nobreza, por isso eram grandes e luxuosas. 
b) Para estocar a produção de grãos e guardar 
as riquezas do faraó e sua família. 
c) Servir de templo religioso, pois nelas eram 
realizados os rituais egípcios. 
d) Proteger e conservar o corpo do faraó 
mumificado e seus pertences pessoais para a 
vida após a morte.* 
 
6. Quais os principais legados deixados pela 
civilização egípcia para a humanidade? 
 
a) Democracia, graças ao sistema político no 
Egito Antigo (sistema de eleições diretas). 
b) Importantes técnicas de Mecânica, graças à 
criação de diversas máquinas movidas à 
vapor. 
c) Conhecimentos na área da Medicina (graças 
à mumificação), desenvolvimento de técnicas 
de Arquitetura com uso da Matemática 
(graças à construção de pirâmides).*7. Aos egípcios devemos uma herança rica em 
cultura, ciência e religiosidade: eram habilidosos 
cirurgiões e sabiam relacionar as doenças com as 
causas naturais; criaram as operações 
aritméticas e inventaram o sistema decimal e o 
ábaco. Sobre os egípcios é correto afirmar 
também que: 
a) Foram conhecidos pelas construções de 
navios, que os levaram a conquistar as rotas 
comerciais para o Ocidente, devido à sua 
posição geográfica, perto do mar 
Mediterrâneo.* 
b) Deixaram, além dos hieróglifos, outros dois 
sistemas de escrita: o hierático, empregado 
para fins práticos, e o demótico, uma forma 
simplificada e popular do hierático. 
c) Praticaram o sacrifício humano como forma 
de obter chuvas e boas colheitas, haja vista o 
território onde se desenvolveram ser 
desértico. 
d) Fizeram uso da escrita cuneiforme, que 
inicialmente foi utilizada para designar 
objetos concretos e depois ganhou maior 
complexidade. 
e) Usaram as pirâmides para fins práticos, como, 
por exemplo, a observação astronômica. 
 
8. Em relação à arte do Egito Antigo, assinale a 
alternativa correta. 
 
a) Visava à valorização individual do artista. 
b) Manifestava as ideias estéticas com 
representações da natureza, evitando a 
representação da figura humana. 
c) Estava destinada à glorificação do faraó e à 
representação da vida de além-túmulo.* 
d) Aproveitava os hieróglifos como 
ornamentação. 
e) Era uma arte abstrata de difícil interpretação. 
 
9. A arquitetura egípcia, riquíssima, deixou como 
legado: 
 
a) Nuragues, mastabas e grandes palácios. 
b) Zigurates, pirâmides e hipogeus. 
c) Mastabas, hipogeus e pirâmides.* 
d) Mesquitas, templos e zigurates. 
e) Mastabas, mesquitas e nuragues. 
10. Sobre a arte egípcia, marque (V) para as 
alternativas verdadeiras e (F) para as falsas. 
 
a) A arte egípcia pode ser definida como a arte 
das convenções, pois obedecia a uma série de 
padrões e regras, o que limitava a criatividade 
e a imaginação pessoal do artista.* 
b) A pintura egípcia tinha como marca a Lei da 
Frontalidade , pela qual o tronco das figuras 
era representado de frente, enquanto a 
cabeça, as pernas e os pés eram vistos de 
perfil. 
c) Embora a arte egípcia estivesse intimamente 
ligada à religião, na pintura, não havia essa 
relação, pois as pinturas tratavam apenas de 
temas pagãos. 
d) Nas representações pictóricas, via de regra, a 
cor da pele do homem era diferente –mais 
escura –da cor da pele da mulher. 
e) Particulariza a arte egípcia o anonimato dos 
artistas, pois a obra deveria revelar o perfeito 
domínio das técnicas de execução, e não o 
estilo de quem as executava. 
 
11. A arquitetura do antigo Egito forneceu para a 
posteridade a mais fértil e expressiva 
documentação sobre a cultura egípcia. Entre 
suas principais características pode-se indicar a: 
 
a) Ausência de telhados, uma vez que a chuva 
era muito rara. 
b) Utilização de porcelanato queimado na 
construção de paredes, escadarias e de 
colunas. 
c) Grandeza nas dimensões e construções 
sólidas.* 
d) Adoção de diversos tipos de materiais, 
conforme as figuras retratadas. 
e) Preocupação em atrelar arte e ciência em 
uma mesma construção. 
 
 
 
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18 – RESUMÃO: A ARTE MESOPOTÂMICA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
 
 
Enquanto os povos da Europa 
só conheciam a pedra polida, 
no Oriente Próximo 
desenvolviam-se importantes 
civilizações. A história da 
Mesopotâmia é a de um 
conflito permanente entre 
populações que se alternaram 
no domínio sobre a região. A 
Arte Mesopotâmica é em sua 
quase totalidade de cunho 
religioso. A religião, a magia e 
sua prática arraigavam-se na 
vida cotidiana com força de 
lei: qualquer transgressão às 
normas seria o castigo divino. 
Cada construção e cada objeto da Arte mesopotâmica têm 
características próprias, que as diferenciam da arte de outros 
povos igualmente religiosos. São essas característica que 
revelam o espírito da antiga Mesopotâmia. 
 
Arquitetura na Arte Mesopotâmica: Uma das primeiras 
manifestações da arquitetura suméria foi o Templo Branco, 
construído em Uruk, erguido sobre uma montanha artificial de 
12 m de altura. Seu objetivo era aproximar o céu e a terra, 
ligando os homens à divindade. No império acadiano essa 
plataforma artificial desapareceu. Entretanto, algumas criações 
sumérias influenciaram os vários períodos da arquitetura da 
Arte mesopotâmica: o emprego da abóbada, o uso do tijolo cru 
como único material para as edificações è o zigurate – torre de 
sete andares decrescentes, coroados no topo por uma capela. 
O zigérate mais famoso é a torre da Babilônia, a “torre de 
Babel” mencionada na Bíblia. De modo geral, os palácios 
formavam um conjunto maciço, sem janelas para o exterior; os 
aposentos dispunham-se em torno de um pátio interno, 
prática mantida durante milênios no Oriente Médio. As 
paredes internas eram revestidas de pintura, como, por 
exemplo, o palácio de Mari, construído na época dos novos 
remos sumérios. Suas paredes ilustram episódios marcantes da 
vida do rei. 
Construções: Primeiro, foram as muralhas erguidas ao redor 
da Babilônia, capital do seu reino; depois, os palácios 
construídos com um luxo sem precedentes. Ao portentoso 
palácio real, na margem esquerda do Eufrates, achavam-se 
ligados os jardins suspensos, que os antigos consideravam uma 
das sete maravilhas do mundo. Nabucodonosor os construíra, 
diziam, para que sua esposa não sentisse saudades das 
montanhas da Média, sua pátria (a noroeste do Irã atual). As 
muralhas eram tão largas que, sobre elas, realizavam-se 
corridas de canos. Mais famosas ainda eram as portas, cada 
uma dedicada a uma divindade e ornamentadas com grandes 
figuras em relevo. O Casinho das Procissões e a porta azul de 
Ishtar eram decorados com figuras em cerâmica esmaltada. A 
porta encontra-se no museu de Berlim, mas suas cores 
desapareceram. Curiosamente, as escavações arqueológicas 
revelaram que os célebres jardins suspensos eram bastante 
modestos. 
Características: Muitas obras de escultura da Arte 
mesopotâmica se perderam por terem sido executadas em 
argila. Estátuas de pedra ou outros materiais mais resistentes 
são raras, e representam sempre a realeza ou altos dignitários. 
Nas esculturas mais antigas, os padrões de elaboração eram 
rígidos: nariz em forma de bico, globo ocular indicado por uma 
concha, pupila em lápis-lazúli, cílios marcados com um risco 
preto. Os trajes convencionais distinguiam as figuras femininas 
das masculinas: na época dos sumérios, o homem cobria-se 
até a cintura, enquanto a mulher deixava nus apenas o braço e 
o ombro direitos. De modo geral, as esculturas destinavam-se 
a substituir a presença da pessoa representada, no templo. Por 
essa razão, as figuras, na maior parte das vezes, encontra-se 
em posição de adoração. Esse rigor formal pode ser observado 
nas placas fúnebres que acompanhavam o mono ao túmulo, 
narrando em pedra ou argila os acontecimentos mais 
importantes da sua vida. Como era preciso colocar figuras de 
três dimensões numa superfície de apenas duas, a imagem 
sofria um rígido processo de distorção: cabeça, pernas e pés 
eram representados de perfil; o busto, de frente. Essa 
dissociação recebeu o nome de “lei da frontalidade” e marca 
todas as épocas da arte mesopotâmica. 
 
 
Convenção de Liberdade: Um dos raros testemunhos da 
pintura da Arte Mesopotâmica foi descoberto entre 1933 e 1955; 
Embora as tintas utilizadas fossem extremamente vulneráveis ao 
tempo, nos poucos fragmentos que restaram é possível perceber 
o seu brilho e vivacidade. Apesar de conservarem algumas 
convenções – como a “lei da frontalidade”, seus artistas 
executaram algumas figuras sugerindo movimento, o que prova 
que os artistas possuíam uma técnica talvez superior à que lhes 
era permitido demonstrar. 
 
 
 
 
 
 
 
Artistas: Não se conhece o nome de nenhum artista 
mesopotâmico. As obras eram executadasem grandes ateliês 
anexos aos palácios por uma coletividade de pessoas que, na 
escala social, se encontravam no mesmo nível dos artesãos. No 
Código de Hamurabi, arquitetos e escultores são mencionados ao 
lado de ferreiros e sapateiros, ou seja, constituíam a terceira 
classe da sociedade mesopotâmica. 
 
 
 
 
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19 – A ARTE GREGA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ao observar as ruínas 
da Basílica, talvez você 
não perceba a beleza 
da arte criada pelos 
gregos. Mas a 
ilustração a seguir 
mostra como 
provavelmente foi 
esse templo. 
 
 
A arquitetura grega era ligada 
basicamente aos templos, 
construídos com pedras sobre 
uma plataforma de dois ou três 
degraus com muitas colunas 
para garantir a sustentação do 
teto. O espaço interno era 
pequeno, destinado às imagens 
de deuses e sacerdotes. Os 
cultos eram realizados na parte 
externa. As colunas que 
sustentavam os templos eram 
formadas por três partes: base, 
fuste e capitel. 
 
 
 
 
 
 
 
 
As colunas apresentavam formas diferentes, 
caracterizando três estilos gregos: dóricos, jônico e 
coríntio. 
 
 
 
 
 
 
Coluna Dórica: É a mais comum. 
Caracteriza-se pela coluna apoiada 
diretamente sobre a plataforma do templo. 
Seu capital é sóbrio e ausente de enfeites. 
 
 
Coluna Jônica: Seu fuste é menos volumoso 
e seu capitel possui volutas laterais. 
 
 
 
Coluna Coríntia: É basicamente igual à 
jônica. Apresenta mais ornamentos em seu 
capitel, como folhas de acanto. Mais 
decoradas que todas as outras. 
 
Os templos também possuíam frisos e frontões, que 
eram ricamente decorados. 
 
 
 
 
 
 
Além do território que hoje conhecemos como Grécia, 
os gregos se espalharam pelas ilhas do mar Egeu, pela 
Ásia Menor e fundaram colônias no sul da Itália, 
chamada de Magna Grécia. Eram unidos pela língua e 
crenças religiosas, mas divididos em cidades-estados 
com independência política e econômica. Duas dessas 
cidades merecem destaque: Atenas, berço da arte e da 
democracia, e Esparta, cidade dos guerreiros. 
Os gregos buscavam no 
homem e na vida 
inspiração. O homem era 
considerado o modelo, o 
padrão de beleza. Ele era 
retratado sem 
imperfeições, idealizado. 
Seus deuses eram uma 
glorificação do próprio 
homem e tinham emoções 
e características humanas. 
As esculturas, por 
exemplo, eram feitas 
quase sempre em 
mármore e bronze, 
embora utilizassem 
também outros materiais, 
como o marfim e a 
madeira. 
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20 – A CERÂMICA GREGA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
As cerâmicas gregas tinham rara beleza. Eram utilizadas como 
recipientes para vinho, azeite, mel, perfume e até como urna 
funerária. As formas eram elegantes e a decoração era feita com 
figuras geométricas ou cenas mitológicas, com histórias de deuses 
e heróis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mas pouco a pouco, os gregos começaram a vender sua cerâmica 
para outros povos mediterrâneos ou entre as cidades-estados, o 
que fez aumentar o número de ateliês que as produziam, e claro a 
concorrência aumentou a criatividade. 
Novas técnicas foram sendo 
introduzidas. Inicialmente, como naquele 
vaso com as figuras geometrizadas, o 
fundo era claro e as figuras negras. 
Acontece que os coríntios queriam 
aumentar a complexidade das cenas que 
pintavam e sobrepor as figuras, para 
tanto inventaram a técnica do fundo 
negro e das figuras vermelhas. Esta 
técnica foi a bomba, em pouco tempo os 
artistas atenienses começaram a utilizá-
la. A cerâmica foi tão importante e tão 
significativa como símbolo de status que 
os artistas começaram a assinar suas 
obras! Os clientes ricos queriam comprar 
produtos de luxo como perfumes e 
vinhos em recipientes atrativos, e aí 
estavam as cerâmicas gregas para 
satisfazê-los! 
Praticar a arte: As faixas utilizadas pelos gregos nas cerâmicas e nos frisos dos templos serviram 
de inspiração para as faixas que usamos até hoje nas decorações. Utilize o espaço a seguir para 
criar faixas decorativas. Você pode escolher temas como frutas, carros, personagens famosas 
ou figuras geométricas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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21 – AS MÁSCARAS DO TEATRO GREGO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
Os gregos davam grande importância para o teatro. 
Não só escreviam os textos das peças como também 
construíam teatros para que elas fossem encenadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Durante a encenação das peças, os atores gregos 
usavam máscaras que mostravam características de 
deuses e heróis e também seus sentimentos. Essas 
máscaras eram feitas de barro, madeira ou cortiça. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Praticar a arte 1: Faça uma máscara com saco de papel. Primeiramente decida que sentimento ela deverá 
expressar. Pense nas características que você ressaltará para que essa expressão seja alcançada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Praticar a arte 2: Escolha um colega com que você trabalhará e siga as orientações para produzir uma 
máscara com atadura gessada. 
 
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22 – EXERCÍCIOS DE INTERPRETAÇÃO: ARTE GREGA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
1. Sobre a arte feita na Grécia antiga marque a 
alternativa CORRETA: 
a) Os gregos não produziram pinturas. 
b) O Cristianismo era muito explorado na arte 
grega. 
c) Da Vinci foi um grande ícone da arte grega 
arcaica. 
d) Verossimilhança era uma característica da 
escultura grega.* 
 
2. Eram temas da Arte Grega Antiga: 
 
a) Mitologia, Olimpíadas e Heróis.* 
b) Cristianismo, Paganismo e Mitologia. 
c) Guerras, Modernismo e Teatro. 
d) Heróis, Budismo e Ateísmo. 
 
3. Sobre a pintura grega marque a alternativa 
correta: 
 
a) As pinturas gregas eram feitas em vasos de 
uso artístico. 
b) As pinturas gregas eram feitas em vasos de 
uso cotidiano. * 
c) As pinturas gregas eram feitas em grandes 
telas. 
d) As pinturas gregas eram feitas em enormes 
igrejas góticas. 
 
4. São períodos das esculturas gregas: 
 
a) Dórico, Jônico e Coríntio. 
b) Arcaico, Clássico e Helenístico. * 
c) Arcaico, Clássico e Dórico. 
d) Dórico, Clássico e Helenístico. 
 
5. As esculturas arcaicas tinham: 
 
a) Bastante movimento. 
b) Pouco movimento. 
c) Quase nenhum movimento.* 
d) Detalhes em bronze. 
 
6. As Esculturas Clássicas não tinham: 
 
a) Nu masculino. 
b) Vários personagens.* 
c) Deuses. 
d) Heróis. 
 
 
 
 
7. Na arquitetura grega as ordens eram: 
 
a) Clássica, Arcaica e Dórica. 
b) Dórica, Coríntia e Arcaica. 
c) Dórica, Jônica e Coríntia.* 
d) Jônica, Helenística e Dórica. 
 
8. É um exemplo de arquitetura grega: 
 
a) Igrejas. 
b) Mesquitas. 
c) Templos.* 
d) Castelos. 
 
9. Os teatros gregos eram construídos: 
 
a) Nas encostas dos morros.* 
b) Em grandes palácios. 
c) Nas faculdades de artes. 
d) No Coliseu. 
 
10. Sobre a arte grega marque a alternativa 
CORRETA: 
 
a) Artistas gregos sempre assinavam suas 
obras.* 
b) As esculturas eram estilizadas. 
c) Não existiam nus femininos. 
d) O teatro teoricamente surge na Grécia. 
 
11. Sobre a arte grega, marque V para as 
alternativas verdadeiras e F para as falsas. 
 
a) Assim como a dignidade e o valor do homem 
centralizavam os conceitos gregos, a figura 
humana era o principal motivo da arte grega. 
 
b) Enquanto a filosofia destacava a harmonia, a 
ordem e a clareza de pensamento, a arte e 
arquitetura refletiam um respeito 
semelhante ao equilíbrio. 
 
c) A arte grega, secular e funcional, privilegiava 
a inovação e a eficiência, destacando-se, 
nesse sentido, construções arquitetônicas 
que acomodavam grandes públicos para 
adorarem aos deuses. 
 
d) Entre os legados arquitetônicos gregos, 
destaca-se o Parthenon, tempoconstruído na 
Acrópole, que utiliza a ordem dórica na sua 
estrutura. 
12. Relacione os deuses da mitologia grega, 
indicados na Coluna A, às características que os 
identificam, listadas na Coluna B. 
 
COLUNA A 
I. Afrodite 
II. Ártemis 
III. Deméter 
IV. Posseidon 
 
COLUNA B 
 
x Deusa da fertilidade, das frutas e das colheitas. 
x Deus dos oceanos e das águas. 
x Deusa as lua e da caça, protetora dos animais e 
das crianças. 
x Deusa da beleza e do amor. 
 
 
Assinale a alternativa que completa correta e 
respectivamente os parênteses, de cima para baixo. 
 
a) 1, 2, 3, 4* 
b) 3, 4, 2, 1 
c) 4, 3, 2, 1 
d) 2, 4, 1, 3 
e) 3, 4, 1, 2 
 
13. Marque C (certo) ou E (errado) conforme o 
conteúdo da afirmação: 
a) Os gregos veneravam a beleza, atingindo 
um grau de perfeição incomparável na sua 
expressão artística. 
 
b) As abundâncias de materiais como o 
mármore e o apurado senso estético dos 
gregos permitiram-lhes uma arquitetura 
rica e harmoniosa. 
 
c) A arquitetura mortuária é uma das mais 
desenvolvidas na arte grega. 
d) Da difusão da arte grega no Oriente, surgiu 
a arte helenística. 
 
e) O tema mais explorado na escultura grega 
era o trabalho. 
 
f) A pintura grega que conhecemos restringe-
se à decoração de vasos. 
 
g) Os temas religiosos não são importantes 
na arte grega. 
 
14. Relacione: 
 
A. Ordem dórica. 
B. Ordem jônica. 
C. Ordem coríntia. 
 
 
 
15. Eram temas da arte grega antiga: 
 
a) Mitologia, Olimpíadas e Heróis.* 
b) Cristianismo, Paganismo e Mitologia. 
c) Guerras, Modernismo e Teatro. 
d) Heróis, Budismo e Ateísmo. 
 
16. Sobre a pintura na Grécia Antiga: 
 
a) Eram feitas em vasos de uso artístico. 
b) Eram feitas em vasos de uso cotidiano.* 
c) Eram feitas em grandes telas. 
d) Eram feitas em enormes igrejas. 
 
17. É um exemplo de arquitetura grega: 
 
a) Igrejas. 
b) Templos.* 
c) Mesquitas. 
d) Castelos. 
 
18. Sobre a arte da Grécia Antiga, assinale o que for 
CORRETO: 
 
a) Por questões de ordem religiosa, os gregos 
não desenvolveram nenhum tipo de pintura. 
b) A escultura grega teve como uma de suas 
origens a escultura egípcia. 
c) As cópias de esculturas gregas realizadas 
pelos artífices romanos possuíam grande 
grau de inventividade, portanto não podem 
ser consideradas fidedignas. 
d) A partir do período Clássico, atingindo 
determinado domínio da técnica na 
representação do real, a escultura grega não 
sofreu nenhuma alteração posterior. 
e) Durante o período denominado arcaico, os 
artífices gregos ainda praticavam uma 
escultura com certa rigidez formal.* 
 
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23 – A MITOLOGIA GREGA: OS DEUSES DO OLIMPO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
 
Os Gregos eram politeístas, isto é, adoravam vários deuses, acreditando que esses deuses tinham forma humana, embora fossem mais belos e poderosos 
que os homens, imortais e possuidores de poderes mágicos. Os deuses gregos revelavam também qualidades e defeitos semelhantes aos dos seres 
humanos: apaixonavam-se, sofriam, conheciam aventuras e desventuras e os Gregos falavam deles como se fossem pessoas: contavam a história da sua 
vida, as suas lutas, sentimentos etc. O conjunto das histórias maravilhosas da vida dos deuses e heróis gregos chama-se mitologia. Para os Gregos, os 
deuses eram descendentes da terra - Gaia - e do céu - Urano - e tinham grandes semelhanças com os homens. O Monte Olimpo é o ponto mais alto de toda 
a Grécia, com uma altitude de 2.917m. Na antiga Grécia Antiga, era a casa dos deuses importantes. A entrada para o Olimpo fazia-se através de um portão 
feito de nuvens, isto talvez se possa atribuir ao fato de o cume da montanha, devido à sua altitude, estar sempre coberto de nuvens. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O filho mais 
novo de Cronos 
e Réia é o líder 
dos deuses que 
vivem no monte 
Olimpo. Ele 
impõe a justiça 
e a ordem 
lançando 
relâmpagos 
construídos 
pelos ciclopes. 
Zeus teve 
diversas 
esposas e casos 
com deusas, 
ninfas e 
humanas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
O irmão mais 
velho de Zeus e 
Hades é o deus 
do mar. Com 
um movimento 
de seu tridente, 
causa 
tempestades e 
terremotos – e 
sua fúria é 
famosa entre os 
deuses. 
Posêidon vive 
procurando 
aumentar seus 
domínios em 
diferentes áreas 
da Grécia. 
 
 
 
 
 
 
 
Mesmo sendo 
irmão de Zeus e 
Posêidon, não 
vive no monte 
Olimpo. Hades, 
como deus dos 
mortos, domina 
seu próprio 
território que 
fica no 
submundo. 
Apesar de 
passar uma 
imagem ruim 
por sua 
“função”, não é 
um deus 
associado ao 
mal. 
 
 
 
 
 
 
 
Terceira mulher 
de Zeus e 
rainha do 
Olimpo, Hera é 
a deusa do 
matrimônio e 
do parto. É 
vingativa com 
as amantes do 
marido e com 
os filhos de 
Zeus que elas 
geram. Para os 
gregos, Hera e 
Zeus 
simbolizam a 
união entre o 
homem e a 
mulher. 
 
 
 
 
 
 
 
O nome da 
deusa do amor 
significa 
“nascida da 
espuma”, 
porque diziam 
que ela havia 
surgido do mar. 
Afrodite é a 
mais bela das 
deusas. Apesar 
de ser esposa 
de Hefesto, 
teve vários 
casos com 
deuses como 
Ares e Hermes 
e também com 
mortais. 
 
 
 
 
 
 
 
Filho de Zeus e 
Hera, Hefesto 
nasceu tão 
fraco e feio que 
foi jogado pela 
mãe no oceano. 
Resgatado por 
ninfas, virou um 
famoso artesão. 
Impressionados 
com o talento 
dele, os deuses 
levaram 
Hefesto ao 
Olimpo e o 
nomearam deus 
do fogo e da 
forja. 
 
 
 
 
 
 
 
Filho de Zeus 
com a deusa 
Maia, o 
mensageiro dos 
deuses é o 
protetor de 
viajantes e 
mercadores. 
Representado 
como um 
homem de 
sandálias com 
asas, Hermes 
tinha um lado 
obscuro: às 
vezes trazia 
mentiras e 
falsas histórias. 
 
 
 
 
 
 
 
O deus da luz 
(representada 
pelo Sol), das 
artes, da 
medicina e da 
música é filho 
de Zeus com 
uma titã, Leto. 
Na juventude, 
era vingativo, 
mas depois se 
tornou um deus 
mais calmo, 
usando os 
poderes para 
cura, música e 
previsões do 
futuro. 
 
 
 
 
 
 
 
É a deusa da 
sabedoria e 
filha de Zeus 
com a primeira 
mulher dele, 
Métis. Seu 
símbolo é a 
mais sábia das 
aves, a coruja. 
Habilidosa e 
especialista nas 
artes e na 
guerra, Atena 
carrega uma 
lança e um 
escudo 
chamado Égide. 
 
 
 
 
 
 
 
O terrível deus 
da guerra é 
outro filho de 
Zeus e Hera. No 
campo de 
batalha pode 
matar um 
mortal apenas 
com seu grito 
de guerra. Pai 
de vários heróis 
– humanos que 
são protegidos 
ou filhos de 
deuses -, Ares 
ainda se tornou 
um dos 
amantes de 
Afrodite. 
 
 
 
 
 
 
 
Irmã gêmea de 
Apolo é a deusa 
da caça, 
representada 
por uma mulher 
com um arco, 
também é a 
protetora dos 
animais. 
Artemis é uma 
deusa casta 
(virgem), que 
fica furiosa 
quando se 
sente 
ameaçada. 
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24 – CONHECENDO OS DEUSES GREGOS. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
Praticar a arte 1: Ligue a imagem dos deuses gregos que 
estão no Olimpo com a sua descrição para você saber quem é 
quem na mitologia grega. 
Deus dos trovões, senhor do Olimpo, era filho de Cronos e Réia. Cronos tinha o hábito de devorar seus próprios filhos para 
que não tomassem seu lugar no trono. Até que ele nasceu e sua mãe Réia já cansada de tanto sangue e sofrimento deu a 
Cronos uma pedra embrulhada no seu lugar, salvando sua vida. Réia decidiu que esse seria o ultimo filho e encerraria o 
reinado de sangue e sofrimento e tomaria o trono do pai. 
 
Rainha do Olimpo, conhecida também como a deusa protetora do casamento, da vida e da mulher, governava Olimpo ao 
lado do seu marido. Tem como seu animal preferido o Pavão. Tinha a fama de ser ciumenta com razão, pois seu era muito 
infiel. Teve dois filhos: Ares (deus da guerra) e Hefesto (deus do fogo). 
 
Na mitologia grega, erao deus da guerra. Filho de Zeus (deus dos deuses), Ares e Hera (deusa do casamento, irmã e esposa 
de Zeus). De acordo com a Ilíada (poema de Homero), ele tinha uma “quadriga” (carroça puxada por 4 cavalos). Os 
garanhões, de acordo com o poema, eram imortais e soltavam fogo pelas narinas. Os gregos costumavam fazer sacrifícios de 
animais, na noite anterior aos combates, para conseguir a ajuda desse deus. 
 
Era o grande rei dos mares, um homem muito forte, com barbas e sempre representado com seu tridente na mão e às vezes 
com um golfinho. Era filho de Cronos, deus do tempo, e da deusa da fertilidade Réia. Sua casa era no fundo do mar e com 
seu tridente causava maremotos, tremores, além de fazer brotar água do solo. 
 
Divindade responsável pelas atividades da caça é representada como uma imagem lunar arisca e selvagem, constantemente 
seguida de perto por feras selvagens, especialmente por cães ou leões. Ela traz sempre consigo, no abrigo de suas mãos, um 
arco dourado, nos ombros um coldre de setas, e pode ser vista trajando uma túnica de tamanho curto. 
 
É considerado o deus da juventude e da luz, identificado primordialmente como uma divindade solar, uma das divindades 
mais ecléticas da mitologia greco-romana. Filho de Zeus e da titã Latona (Leto). Tinha uma irmã gêmea Ártemis que era 
conhecida pelos romanos como Diana, a deusa da caça. Segundo a lenda, ele e sua irmã nasceram na ilha de Delos onde sua 
mãe Leto se refugiou para se esconder da Hera, a esposa de Zeus. 
 
Era a deusa grega da sabedoria e das artes. Foi concebida da união de Zeus e da deusa Métis. Era uma deusa virgem, linda 
guerreira protetora de seus heróis escolhidos e também de sua cidade com seu nome. Leva uma lança em sua mão, mas que 
não significa guerra e sim uma estratégia de vencer, também foi a inventora do freio, sendo a primeira que amansou os 
cavalos para que os homens conseguissem domá-los. 
 
É a deusa do amor, da beleza e da sexualidade. Ela foi considerada a personificação do ideal de beleza dos gregos na 
Antiguidade. E, na Idade Moderna serviu de inspiração para diversos artistas do Renascimento. Ela foi cultuada e associada 
aos prazeres carnais, surge o termo “afrodisíaco”. 
 
Era conhecido como deus grego do fogo e também protetor das atividades relacionadas ao metal, era filho de Zeus e de 
Hera. Comenta-se que o deus do fogo teria nascido muito feio e com aparência de anão, pois tinha problemas na perna. E, 
por esse motivo a sua mãe Hera muito envergonhada teria o jogado ao mar. Mas com muita generosidade foi recolhida pela 
deusa Tétis. Ele que produzia os raios e trovões de Zeus com seu poder do fogo e metais. Também construiu o Tridente de 
Poseidon, as flechas de Apolo e também a armadura de Aquiles na Guerra de Tróia. 
 
Foi considerada a deusa mais doce de todas e a ela é atribuída à arte de construir casas e, por isso, é também a deusa da 
arquitetura. Com o símbolo de uma chama de lareira. Era adorada pelos gregos uma vez que representava a proteção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Também conhecido como Hércules, foi um grande herói da Mitologia 
Grega. Ao realizar as doze tarefas, além de se redimir pela morte de sua 
esposa e de seus filhos, Hércules conquistou a imortalidade. Casou-se com 
Dejanira, que sem querer lhe causou a morte. Na condição de imortal, 
Hércules foi transportado para o Olimpo, onde se casou com a deusa da 
juventude, Hebe. 
 
É o deus grego da riqueza, da sorte, da fertilidade, do sono, da magia, das 
viagens, das estradas, do comércio, da linguagem e dos ladrões. 
Mensageiro dos deuses e muito venerado pelos gregos, é considerado um 
dos deuses mais irreverentes da mitologia grega. 
 
 
Seu nome significa "marcador de fronteira" sendo que uma de suas 
funções era guiar os mortos para o submundo, o reino de Hades. Como 
guardião da entrada do submundo, também é chamado de deus dos 
viajantes e protetor das estradas. É retratado como um jovem bonito, de 
corpo atlético e com sandálias mágicas aladas que lhe conferiam maior 
agilidade e rapidez. 
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25 – A ARTE ROMANA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
Costuma-se dizer que a arte 
romana copiou a arte grega, 
mas isso é apenas 
parcialmente verdade. Os 
romanos conquistaram um 
vasto território desde a 
Europa até a Ásia e 
assimilou a cultura dos 
povos conquistados, 
principalmente o da cultura 
grega. Mas, com o passar do 
tempo, adaptaram essas 
culturas ao seu próprio 
modo de vida e necessidade. 
A população da cidade de 
Roma era muito grande e, 
consequentemente, havia a 
necessidade de se construir 
prédios públicos de grandes 
proporções para abrigar o 
maior número de pessoas. 
Desse modo, os romanos, que admiravam as 
colunas gregas, que serviam de sustentação para a 
cobertura, desenvolveram uma forma de construção 
em que as colunas passam a ser apenas decorativas. 
Utilizaram o arco e a 
abóboda, recursos 
arquitetônicos 
desconhecidos pelos gregos 
e egípcios, mas 
transmitidos aos romanos 
pelos etruscos. A utilização 
de arcos e abóbodas 
proporcionou às 
construções amplos 
espaços internos. 
Como exemplo de arquitetura podemos citar o Coliseu e o 
Panteão. No Coliseu, aconteciam jogos e batalhas entre 
gladiadores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Panteão, templo construído no século II, é o maior exemplo 
do uso de abóbodas na arquitetura romana. O material 
utilizado em sua edificação é uma massa obtida da mistura de 
cinza vulcânica, água e cal, semelhante ao atual concreto. 
 
 
 
 
 
Observe outras construções que fazem uso do arco romano: 
Em relação à 
escultura, os artistas 
romanos retratavam 
as pessoas com muita 
fidelidade, mostrando 
sempre os seus 
sentimentos, ao 
contrário dos gregos, 
que retratavam com 
um ideal de beleza. 
 
 
 
 
 
 
 
A arte romana também se fez presente na 
decoração. Ao observarmos as ruínas da 
cidade de Pompéia, que foi destruída pelo 
vulcão Vesúvio, veremos o luxo das casas com 
suas paredes decoradas, mosaicos e utensílios 
domésticos. A Antiguidade clássica, ou seja, 
arte greco-romana, foi de tão grande beleza e 
importância que serviu de modelo para outros 
estilos artísticos durante a História da 
humanidade. 
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26 – AS SETE MARAVILHAS DO MUNDO ANTIGO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
As Sete Maravilhas do 
Mundo Antigo foras 
escolhidas no século II 
a.C. pelo poeta grego 
Antítaper entre as 
obras mais apreciadas 
por gregos e romanos. 
Todas foram 
destruídas, exceto as 
pirâmides do Egito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sepulturas dos 
faraós, 
construídas há 
mais de 40 
séculos na Planície 
de Gizé, a 15 
quilômetros do 
Cairo. As mais 
célebres sãos as 
de Quéfren, com 
136,5 m de altura, 
Miquerinos, com 
66 m, e Quéops, 
com 137,2 m. 
Nesta última, 
trabalharam 100 
mil homens 
durante vinte 
anos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Seis montes de 
terra artificias 
com terraços 
arborizados, 
apoiados em 
colunas de 25 m a 
100 m de altura, 
construídos por 
Nabucodonosor 
em homenagem à 
sua mulher, 
Amitis, no sul do 
Iraque. Chegava-
se a eles por uma 
escada de 
mármore. Não se 
sabe quando 
foram 
construídos. 
 
 
 
 
 
 
 
Figura central do 
Templo de 
Olímpia, na 
Grécia, esculpida 
por Fídias em 447 
a.C., em marfim e 
ébano. Tinha de 
12 a 18 m de 
altura. Destruída 
por um incêndio 
em 475. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estátua de Apolo 
com 32 m de 
altura. Foi 
esculpida em 
bronze por 
Chares, em 280 
a.C., no acesso à 
Ilha de Rodes, no 
Mediterrâneo. 
Destruída por um 
terremoto em 224 
a.C. 
 
 
 
 
 
 
 
 
De mármore, 
construído em 
353 a.C. por 
Artemísia, viúva 
de Mausolo, em 
Halicarnasso, 
Cária, hoje 
Turquia. Tinha 50 
m de altura e 
terminava com 
uma carruagem 
puxada por 
quatros cavalosno topo de uma 
pirâmide com 24 
degraus. Dentro 
havia esculturas e 
estátuas. 
Destruído por um 
terremoto entre 
os séculos XI e XV. 
 
 
 
 
 
 
 
Erguido em 450 
a.C. por Creso, rei 
da Lídia, na cidade 
de Éfeso, na atual 
Turquia. 
Homenageava a 
deusa dos 
bosques, Ártemis, 
chamada de Diana 
pelos romanos. 
Media 138 m de 
comprimento por 
71,5 m de largura, 
com colunas de 
19,5 m de altura, 
e era famoso 
pelas obras de 
arte, entre elas a 
escultura da 
deusa em ébano, 
ouro, prata e 
pedra preta. 
 
 
 
 
 
 
 
Farol de mármore, 
com 134 m de 
altura, construído 
em 280 a.C., pelo 
faraó Ptolomeu II. 
Centenas de 
homens 
mantinham acesa 
uma chama no 
topo e 
mecanismos 
registravam a 
direção dos 
ventos e as horas. 
Destruído por um 
terremoto em 
1302. 
 
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27 – PRODUZINDO UMA ESCULTURA COM ARGILA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
Praticar a arte: Modelagem com argila. 
Observe as orientações a seguir para 
construir uma réplica de uma das sete 
maravilhas do mundo antigo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instruções: 
- Forre a mesa ou o espaço onde você irá 
trabalhar. 
- Mantenha a argila dentro do plástico, 
retirando aos poucos, pedaços para a 
modelagem. 
- Mexa livremente com a argila. Sinta sua 
consistência e vá amassando-a para retirar 
as bolas de ar. 
- Pense nas possibilidades de modelagem 
que ela lhe oferecerá. Imagine ou desenhe o 
qual das sete maravilhas do mundo antigo 
você irar modelar. 
- Comece a modelar e não se esqueça de 
modelar todos os lados: frente, atrás, 
laterais. Se necessário umedeça as mãos. 
- Para que a argila não se quebre, deixe-a 
secar a sombra ou cubra com um saco 
plástico. 
- Pinte com tinta guache, plástica ou látex. 
 
 
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28 – EXERCÍCIO INTERPRETATIVO: ARTE ROMANA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
1. A arquitetura romana foi: 
 
a) Marcada pela influência dos etruscos apenas no 
uso da abóbada. 
b) Definida pelas influências grega e egípcia, o que 
resultou em construções grandiosas em 
homenagem aos deuses. 
c) Marcada pela utilização de pedras e tijolos, 
utilizados em grandes edifícios públicos.* 
d) Suntuosa nas construções públicas, que eram de 
grande originalidade para a época. 
e) Baseada no uso exclusivo do arco, graças à 
influência dos mesopotâmicos. 
 
2. Os romanos usaram como inspiração a 
arquitetura etrusca e grega para desenvolver 
seus projetos. Porém, não podemos falar em 
cópia, pois a arquitetura romana possuía muitos 
elementos inovadores e avanços nas técnicas de 
arquitetura. Além do Panteão, qual outro 
exemplo de arquitetura romana reflete a ideia de 
espaço amplo na arquitetura? 
a) Coliseu.* 
b) Templo de Zeus. 
c) Partenon. 
d) Jardim de Versalles. 
e) Templo de Atenas. 
 
3. Embora os romanos tivessem copiado 
maciçamente a estatuária grega para atender à 
mania de arte helênica, desenvolveram 
gradualmente um estilo próprio. A escultura 
romana em geral é mais literal. Os romanos 
tinham em casa máscaras mortuárias, feitas em 
cera, dos ancestrais. Essas imagens realísticas 
eram moldes totalmente factuais das feições do 
falecido, e essa tradição influenciou os escultores 
romanos. Quais as principais características da 
escultura romana? 
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
______________________________________ 
 
4. A pintura romana tem como uma característica 
uma expressão artística na qual o autor, 
organiza pequenas peças coloridas e as colam 
sobre uma superfície formando imagens. Essa 
técnica de pintura chama-se: 
 
a) Mosaico.* 
b) Afresco. 
c) Têmpera. 
d) Tinta a óleo. 
e) Mesaico. 
 
5. Na estatuária romana, a 
característica dá-se pela: 
 
a) Representação idealizada e bela 
das pessoas. 
b) Representação fiel da realidade 
e das pessoas.* 
c) Representação detalhada das 
imagens e seres. 
d) Representação de motivos 
tribais com precisão. 
e) Representação distorcida da 
realidade observada. 
 
6. Sobre a arte romana e a sua relação com 
manifestações artísticas de outros períodos e 
civilizações, marque a alternativa CORRETA: 
 
a) A exemplo do Coliseu, os anfiteatros romanos 
foram cenários de festas e espetáculos, e 
tiveram grande importância em práticas como 
a política do pão e circo.* 
 
b) Os romanos, como a maioria dos povos da 
Antiguidade, nunca conheceram a arte do 
retrato, uma vez que o rosto das esculturas era 
idealizado. 
 
c) Os afrescos romanos não serviram de 
inspiração aos artistas renascentistas, uma vez 
que a maior parte desses só foi conhecida 
depois do século XVIII. 
 
d) Os construtores romanos, assim como os 
gregos, assentavam o auditório dos teatros nas 
encostas das colinas, porque isso lhes 
garantiria maior solidez da construção e 
economia de material. 
 
7. Assinale a alternativa CORRETA em relação à 
arte da Roma Antiga: 
 
a) Os artistas romanos não realizavam nenhum 
tipo de pintura. 
b) Nas construções romanas, os arcos tinham uma 
função meramente ornamental, não possuindo, 
então, função estrutural. 
c) Existem apenas duas cidades do Império 
Romano nas quais a arte, e mais 
especificamente, a arquitetura e o urbano 
podem ser apreciados, a saber, Herculano e 
Pompeia. 
d) A arquitetura não teve grande destaque na 
produção artística da Roma Antiga. 
e) Os altos-relevos presentes nos arcos triunfais e 
colunas triunfais romana apresentam grande 
precisão técnica.* 
 
8. A maior parte das pinturas romanas hoje 
conhecidas provém de duas cidades, soterradas 
pela erupção do Vesúvio em 79 D.C. Essas 
cidades são: 
a) Pompéia e Roma. 
b) Herculano e Pompéia.* 
c) Roma e Grécia. 
d) Pompéia e Grécia. 
e) Grécia e Herculano. 
 
9. A arquitetura romana foi a grande manifestação 
artística dos romanos, que privilegiavam as obras 
utilitárias e alcançou grande eficiência na 
construção de aquedutos, banhos públicos ou 
termas, pontes, mercados etc. A arquitetura 
também foi expressiva na construção de 
templos, palácios, pórticos, tribunais, mosteiros 
e igrejas. Os romanos revelaram habilidade e 
talento na arte de executar templos, nos quais 
exaltaram fatos históricos notáveis e conquistas 
de seus imperadores. Qual foi o principal fator 
que impulsionou os romanos erguerem 
construções com amplos espaços internos? 
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________ 
10. Um dos legados culturais mais importantes que 
os etruscos deixaram aos romanos foi o uso do 
arco e da abóbada nas construções. Faça o 
desenho de: 
 
 
 
 
 
 
[[ 
 
11. A arte romana sofreu influência de duas 
culturas, essas culturas são: 
 
a) A cultura indígena e africana. 
b) Greco-helenística e etrusca.* 
c) Cultura grega e egípcia. 
d) Cultura pop e musica. 
 
12. Os seis tipos de construções da arte romana 
são: 
 
a) Templos, comércio e ciclismo, esgoto, 
praças, castelos, banhos públicos. 
b) Castelos, pontes, estradas, estábulos, 
chiqueiros e estádios. 
c) Templos, comércio e ciclismo, higiene, 
divertimento, monumentos decorativos e 
moradia. 
d) Estádios, ginásios, praças, igrejas, banhos 
públicos e esgotos.* 
 
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29 – RESUMÃO: A ARTE ROMANA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
 
A arte romana, marcadano 
período do século VIII antes 
de Cristo e se estendendo 
até o século IV depois de 
Cristo, teve a sua principal 
manifestação nas 
construções e edificações 
arquitetônicas. A grande 
preocupação dos romanos 
era com aspectos que se 
voltassem para a 
funcionalidade, utilidade e a 
própria praticidade de suas 
obras. 
A arte romana surgiu em meio às influências da cultura 
etrusca, que é caracterizada como uma arte popular 
responsável por retratar os acontecimentos do dia a dia, assim 
como pelas crenças da cultura grega. Um bom exemplo disso é 
a própria similaridade entre a mitologia romana e grega. A arte 
romana foi de grande importância (principalmente 
arquitetônica) para todo o mundo, pois sempre representou 
um verdadeiro legado da arte desse povo. Certamente uma 
das áreas em que eles foram mais expressivos foi na 
construção de templos, muralhas, anfiteatros e outras 
construções que tinham como principal intuito tanto a 
funcionalidade como também a expressão de magnitude no 
que diz respeito ao que foi a civilização romana. Além disso, 
vale também destacar o fato de que a Arte Romana é muito 
reconhecida por retratar em suas esculturas e obras em geral, 
imperadores, figuras da sua mitologia e outros deuses. 
 
Os teatros romanos: Não tem como falar de Arte Romana 
sem dar destaque para os anfiteatros que foram desenvolvidos 
com a predominância de arcos e abóbadas, além de muito 
grandes e com boa capacidade para receber visitantes. O 
evento preferido dos romanos eram as lutas de gladiadores e 
por isso os espaços contavam com uma área para 
arquibancada, marcado com um número bem expressivo de 
fileiras. Um ótimo exemplo de construção arquitetônica capaz 
de nos remeter a essa fase é o próprio Coliseu, considerado 
nos dias de hoje como uma das sete maravilhas do mundo 
moderno. 
A arquitetura romana: No que diz respeito à arquitetura 
da fase artística romana, devemos destacar que suas principais 
características são oriundas da influência tanto da abóbada 
como do uso de arco, presentes na arte etrusca. Nas estruturas 
desenvolvidas nessa fase, a utilização de colunas gregas foi 
diminuída e no seu lugar, foi implantada a funcionalidade por 
meio de mais e mais espaços internos. No finalzinho do 
primeiro século depois de Cristo, Roma começou a superar 
grande parte de suas influências, apostando em um modelo 
próprio de criação. No que diz respeito às casas e demais 
moradias, as plantas eram fundamentais para o bom 
desenvolvimento do projeto, sendo projetadas em um 
retângulo. Nota-se ainda uma influência grega nessas 
construções, que implantavam o “peristilo” (um espaço 
delimitado com colunas isoladas e mais abertas em suas 
laterais. Os templos criados pelos romanos também tinham 
algumas características únicas. As laterais eram 
simetricamente diferentes da porta de entrada que por sua vez 
tinha uma grande escadaria. Vale destacar que grande parte 
dessas construções tentaram deixar de lado a influência dos 
gregos, motivo pelo qual grande parte dos templos davam 
muito mais valor ao espaço interno de suas obras. Um bom 
exemplo o famoso Panteão, construído durante o reinado de 
Adriano, o Imperador. Um aspecto único da Arte Romana é o 
fato de que somente eles tinham preocupação com a 
praticidade e com o aspecto funcional de suas obras 
arquitetônicas. 
Dessa forma, as bases 
circulares, o uso de 
colunas e dos falsos arcos 
para dar um ar de 
decoração criavam uma 
combinação entre 
aspectos úteis e 
embelezadores em suas 
construções. Desse modo 
basílicas, teatros, 
templos, estradas, 
palácios, pontes e outras 
foram criadas com base 
em um caráter harmônico 
de beleza e 
funcionalidade. 
A pintura romana: Já a arte expressa por meio de pinturas 
teve como principal aspecto a tridimensionalidade. Através de um 
toque realista para inspirar por um lado, o equilíbrio era dado com 
um toque de imaginação por outro. As obras então eram 
marcadas por grandíssimos espaços, que traziam aspectos ainda 
mais ricos para a arquitetura romana. Grande parte das pinturas 
dessa fase acabaram soterradas por conta da erupção de um 
vulcão, originadas nas cidades de Herculano e de Pompeia. A 
pintura romana representava as cenas presentes no nosso 
cotidiano, assim como suas figuras tanto religiosas como também 
mitológicas. Vale destacar que os gêneros artísticos que mais se 
destacaram nesse período foram as paisagens, as próprias 
arquiteturas que eram retratadas com frequência em seus 
quadros, retratos de indivíduos e figuras importantes e pinturas 
tanto triunfais como populares. Os materiais mais utilizados nas 
criações eram os metais em pó, substâncias que eram extraídas 
dos moluscos, seivas de árvores, vidros pulverizados e o próprio 
pó de madeira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As esculturas: Por fim, as 
esculturas romanas tinham 
como base estátuas e demais 
retratos que retratavam a figura 
com uma característica mais 
fúnebre. A reprodução visava 
ser a mais fiel possível e os 
aspectos psicológicos eram de 
maior destaque em suas obras, 
que deveriam evidenciar a 
honra e o próprio caráter do 
indivíduo. 
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30 – RESUMÃO: ARTE GREGA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
 
 
 
A Arte Grega é constituída pelo conjunto 
de todas as artes que compuseram o 
cenário da Grécia Antiga. A Pintura, 
Arquitetura, Escultura, as Artes cênicas, a 
Literatura. Com perfeição e harmonia, os 
gregos antigos souberam retratar através 
de sua arte o seu cotidiano. Com suas 
obras eles deixaram um grande legado 
histórico. Enquanto a arquitetura e 
escultura nos revelam sua religiosidade 
mitológica, a pintura e artes cênicas nos 
contam sua história através de belas 
impressões de seu cotidiano. 
Arte Grega na Escultura: Nas imagens que esculpiam, os 
gregos buscavam a perfeição completa. Veias, músculos e 
nervos eram ressaltados nas estátuas com o objetivo de 
retratarem o real da figura humana em toda sua essência. A 
escultura era representada por ícones religiosos. Este povo 
usava esta arte para representar Deuses e Deusas de suas 
crenças. Sua inspiração eram os temas religiosos. A matéria-
prima era o mármore. As brancas figuras da Grécia são até 
hoje magníficos símbolos representativos da sua mitologia e 
religiosidade. 
 
Algumas características da escultura 
grega são muito relevantes e devem ser 
ressaltadas: 
 
x Realismo: As esculturas eram muito 
realistas, pois os artistas gregos eram 
exímios em representar o real ao 
máximo. Por este motivo quando se 
admira uma escultura grega, são 
notados detalhes perfeitos do corpo 
humano. Inclusive expressões que 
denotam os sentimentos. 
x Temática: Essencialmente religiosa, 
com representação de Deuses e 
Deusas, além de atividades esportivas 
relacionadas principalmente às 
Olimpíadas. Também muito comum 
era representarem sua rotina diária. 
 
Arquitetura Grega: Na arquitetura, os gregos se 
destacaram por suas grandes construções. O Dórico, o Jônico 
e o Coríntio eram os estilos que os inspiravam. Os templos são 
as construções mais famosas. Eram construídos com o objetivo 
de resguardar as esculturas dos Deuses das intempéries do 
tempo. Ficaram na história como símbolos da engenharia 
arquitetônica grega. Bom exemplo é a Acrópole. Situada na 
parte mais alta da cidade de Atenas. Representa com suas 
edificações a riqueza desta terra no auge de seu poder. Os 
gregos utilizavam materiais como: mármore, calcário, pedras, 
madeira. Suas obras já naquela época eram realizadas à base 
de cálculos matemáticos e geométricos. Além disso, 
trabalhavam com proporções, simetrias e perspectivas. Alguns 
exemplos da grandiosidade da arquitetura grega: Acrópole de 
Atenas, Templo de Ártemis, Farol de Alexandria, Parthenon. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Arte Grega na Pintura: Os gregos tinham o hábito de 
pintar em vasos e paredes dos templos e dos palacetes. 
Especialmente comum era a pintura em vasos. Esteseram de 
cerâmica e a princípio não serviam como objetos apenas 
decorativos. Eram utensílios da rotina doméstica. As imagens 
retratavam preferencialmente partes do cotidiano, as batalhas, 
a mitologia e a religião. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teatro-Artes Cênicas: O que impulsionou as artes teatrais foi 
a necessidade de honrar os Deuses. As festas em homenagem a 
estes foram as primeiras formas de organização teatral. Um 
exemplo que pode ser citado é o “Culto a Dionísio”. Nestes 
eventos a arte teatral teve início. Foram as festas dedicadas ao 
Deus Dionísio que deram origem à Comédia e a Tragédias gregas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Literatura Grega: Os gregos nos deixaram um grande legado 
com sua arte literária. Foram os pioneiros na literatura europeia. 
Sua contribuição tornou-se tão significativa que definiu alicerces 
para diversos gêneros. Sua cooperação associada aos clássicos 
latinos e absorvida pelos romanos, compôs padrões que serviram 
de moldes para a literatura ocidental. A arte grega influenciou 
a arte romana. A habilidade grega era admirada por este povo que 
passou a imitá-la em muitos pontos. No entanto, a influência foi 
recíproca, pois os gregos também se deixaram fascinar pelo povo 
de Roma. 
 
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31 – A ARTE CRISTÃ E BIZANTINA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
 
 
 
 
 
 
 
 
Enquanto os romanos desenvolviam uma arte 
colossal e espalhavam seu estilo por toda a Europa e 
parte da Ásia, os cristãos, que eram pessoas de 
várias origens e unidas pela fé em Jesus Cristo, 
começam a criar uma arte simples, executada por 
homens do povo e não por grandes artistas: a arte 
cristã primitiva. A arte cristã é dividida em dois 
períodos: 1º Período: Quando o povo cristão era 
intolerado e perseguido pelos romanos. 2º Período: 
Quando o cristianismo tornou-se a religião oficial do 
Império Romano, em 391. 
A arte no primeiro período é 
pouco elaborada. Feita por 
fiéis, constitui-se 
basicamente em pinturas 
feitas nas paredes e tetos das 
catacumbas (cemitérios 
subterrâneos que também 
serviam de esconderijo), 
tento primeiramente como 
tema o Bom Pastor (Jesus 
Cristo), o peixe e o pão, que 
são símbolos cristãos, e 
cristãos louvando a Deus e 
cenas do Antigo Testamento, 
como Jonas engolido pelo 
peixe e Daniel na cova dos 
leões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No segundo período, quando o Cristianismo passa a 
ser religião oficial do Império Romano, a arte cristã 
deixa seu esconderijo nas catacumbas e ganha 
maior destaque. São construídos mausoléus e 
templos decorados com mosaicos e pinturas que 
continuam utilizando como tema as histórias do 
Antigo e do Novo Testamento, agora realizadas por 
artistas habilidosos, o que aumenta a qualidade 
artística das obras. Os sarcófagos feitos para os fiéis 
mais ricos eram decorados com relevos. 
Em uma das cidades mais cristianizadas do Império 
Romano, na chamada Bizâncio, que posteriormente 
passou a se chamar Constantinopla ao tornar-se capital 
do Império Romano do Oriente, surge um estilo 
artístico chamado de bizantino, que mistura 
características da arte clássica greco-romana e cristã e 
que se desenvolverá por toda a Idade Média. Uma das 
maiores contribuições da arte bizantina foi sem dúvida 
a arquitetura das igrejas. Construíam-se sobre uma 
base circular, octogonal ou quadrada imensas cúpulas, 
criando-se prédios enormes e espaçosos decorados 
com ouro, pinturas e mosaicos. A catedral de Santa 
Sofia é sem dúvida um dos melhores exemplos da arte 
bizantina realizada pelos arquitetos Antêmio de Tralles 
e Isidoro de Mileto. Ela possui uma cúpula de 55 m de 
altura, apresenta pinturas nas paredes, colunas com 
capitel ricamente decorado, mosaicos e o chão de 
mármore. 
 
 
 
 
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32 – OS MOSAICOS BIZANTINOS. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
Observe as imagens a seguir da igreja de Santo 
Apolinário, o Novo, na cidade de Ravena, ao norte 
da Itália: Mosaicos extremamente elaborados com 
peças de tamanhos variados em sua composição. O 
tema é religioso, cerca de 550 a.C. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Observe que no mosaico 
bizantino as figuras humanas 
são imponentes e possuem 
olhos muito grandes. Outra 
característica dos mosaicos e 
pinturas bizantinas são as 
auréolas colocadas sobre as 
figuras. Elas servem para 
indicar os personagens 
sagrados, como santos, 
apóstolos e Cristo, ou o 
Imperador, considerado 
representante de Deus. 
O mosaico teve seu 
apogeu na arte 
bizantina, mas ainda 
em nossos dias é uma 
forma artística 
amplamente usada. 
 
Praticar a arte 1: Produção de mosaico com pedaços de papéis coloridos ou grãos variados. Observe as 
orientações a seguir para você construir um mosaico tradicional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Outra manifestação artística desse período são os 
manuscritos ilustrados. São textos escritos à mão que 
contam as histórias bíblicas, tendo desenhos como 
ilustração dos textos. Dentre esses manuscritos 
destacamos o Rótulo de Josué, que conta a vida e os 
feitos do herói bíblico Josué com cenas em ordem 
cronológica. O manuscrito todo tem 10 m de 
comprimento e sua execução data do século VII. 
Praticar a arte 2: Escolha um fato da sua vida, como uma experiência que você viveu que foi importante para 
você. Produza um pequeno parágrafo narrando esse acontecimento e, sem seguida, desenhe algo sobre isso, 
produzindo sua ilustração. 
 
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 33 – ILUSTRAÇ
ÃO D
E UM MANUSCRITO. 
[Praticar a Arte – Volu
m
e 10/EM – Professor Fabrício Secch
in
] 
A
 
tem
ática 
da 
arte 
Bizantina, de um
a form
a 
geral, é religiosa: eventos 
bíblicos, 
a 
vida 
dos 
santos. Era função de o 
artista 
representar 
as 
crenças 
teológicas. 
D
evido 
a 
forte 
im
portância das im
agens, 
que 
funcionavam
 
com
o 
verdadeiras 
pontes 
de 
contato entre o hom
em
 e 
o 
divino 
(ícones), 
os 
artistas 
deveriam
 
seguir 
fielm
ente as tradições. A
 
ilum
inação 
de 
m
anuscritos 
continua 
sendo 
atividade 
im
portante 
na 
arte 
do 
Im
pério. 
D
e 
um
a 
form
a 
geral, 
tem
os 
várias 
am
ostras 
da 
arte 
bizantina 
dessa 
segunda 
época de ouro. N
o caso 
dos 
m
anuscritos 
isso 
é 
ainda 
m
ais 
verdadeiro, 
tendo sobrevivido vários 
deles. 
A
spectos 
da 
arte 
clássica 
costum
am
 
estar 
bastante 
ressaltados, 
com
o 
a 
referência 
à 
m
itologia 
grega. 
Paris 
Psalter, 
de 
Psalm
s, 
que 
retrata 
episódios 
do 
V
elho Testam
ento, é um
 
bom
 
exem
plo 
desses 
m
anuscritos. 
 
P
raticar a arte: Leia o trecho do antigo testam
ento que narra sobre as dez pragas do Egito. Lendo sobre 
o acontecido, transcreva o texto em
 seu caderno de arte e produza suas ilum
inuras (ilustrações) para a 
história do A
ntigo Testam
ento. 
Esta história está relatada na bíblia. O
 Senhor escolheu M
oisés para liderar a saída do povo hebreu do 
Egito, onde era escravizado. M
oisés era hebreu, m
as havia sido criado pela filha de faraó, que o 
encontrou ainda bebê, boiando numcesto, dentro do rio. Durante o processo de insistência de M
oisés 
junto ao faraó para que deixasse o povo partir, o Senhor enviou dez sinais —
 dez pragas —
, com
 o 
objetivo de m
ostrar ao faraó a Sua soberania e que o Deus a quem
 M
oisés e seu povo serviam
, era um
 
Deus que am
a a liberdade. 
 
Prim
eira praga: a água foi convertida em
 sangue: Toda e 
qualquer água do Egito foi transform
ada em
 sangue e até 
m
esm
o os rios foram
 contam
inados, vindo a m
orrer todos 
os peixes. 
 Segunda praga: rãs: Esta praga surgiu após Arão (irm
ão 
de M
oisés, que o acom
panhou durante todo o processo) 
estender a m
ão sobre o Egito e surgiram
 rãs de todos os 
lugares. 
 Terceira praga: M
osquitos: Da m
esm
a form
a que antes, o 
Egito foi infestado por rãs, desta vez vieram
 m
osquitos a 
encobrir a população e todos os anim
ais. Desencadeada 
tam
bém
 após Arão estender as m
ãos sobre o Egito. 
 Q
uarta praga: M
oscas: Bem
 sem
elhante às anteriores, a 
quarta praga deixou o Egito infestado de m
oscas. Faraó 
concordou em
 libertar o povo, o Senhor retirou a praga, 
m
as assim
 que percebeu que a praga havia cessado, o 
faraó voltou atrás na sua decisão, aprisionando o povo 
hebreu. 
 Q
uinta 
praga: 
Peste 
nos 
anim
ais: 
Desta 
vez 
M
oisés 
estendeu a m
ão sobre o Egito e por ordem
 do Senhor 
surgiu um
a praga nos anim
ais em
 que m
uitos m
orreram
 e 
grande foi a perda para os egípcios. 
 Sexta praga: Úlceras: Diante da resistência de faraó, que a 
cada praga aceitava libertar o povo, m
as assim
 que elas 
cessavam
 voltava a reter os hebreus com
o escravos, o 
Senhor ordenou a M
oisés e a Arão que enchessem
 suas 
m
ãos de cinzas e jogassem
 para os céus. Assim
 o fizeram
 e 
as cinzas se transform
aram
 em
 úlceras em
 todo o Egito, 
tanto nos anim
ais com
o nas pessoas. 
 Sétim
a praga: Chuva de pedras: A resistência por parte do 
faraó se repetiu e assim
, o Senhor pediu a M
oisés para 
estender tua varinha por todo o Egito (exceto a região 
onde vivia o povo escolhido, o povo a ser liberto), e foi 
assim
 que um
a chuva de pedras destruiu toda a plantação. 
 Oitava praga: Gafanhotos: Nesta praga, pela oitava vez o 
Senhor tocou no povo egípcio a fim
 de fazer justiça e 
libertar seu povo; enviou um
 vento que passou seguido de 
inúm
eros gafanhotos devorando m
uito do que possuía o 
faraó. M
ais um
a vez ele cedeu, m
as som
ente até a praga 
cessar. 
 Nona praga: Trevas: Desta vez, todo o céu do Egito se 
tornou trevas e passaram
 dias na escuridão (m
enos onde 
estavam
 os filhos de Israel). O
 que tam
bém
 não foi 
suficiente para convencer faraó a libertar o povo de vez. 
 Décim
a: M
orte dos prim
ogênitos: Esta foi a últim
a praga, 
em
 que todos os prim
ogênitos foram
 m
ortos, desde os 
anim
ais até os servos, inclusive o filho do próprio faraó. 
Houve grande com
oção no Egito quando por fim
, após 
m
uita insistência, faraó concordou em
 deixar o povo sair. 
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organa de M
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34 – ILUMINURA DO ANTIGO TESTAMENTO: AS DEZ PRAGAS DO EGITO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 35 – CONSTRUIND
O UM MOSAICO COM RECORTES. [Pra
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 Arte – Volu
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36 – RESUMÃO: A ARTE CRISTÃ E ARTE BIZANTINA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin]Após a morte de Jesus Cristo, seus 
discípulos passaram a divulgar seus 
ensinamentos. Inicialmente, essa 
divulgação restringiu‑se à Judéia, 
província romana onde Jesus viveu 
e morreu, mas depois, a 
comunidade cristã começou a 
dispersar‑se por várias regiões do 
Império Romano. No ano de 64, no 
governo do Imperador Nero, 
deu‑se a primeira grande 
perseguição aos cristãos. Num 
espaço de 249 anos, eles foram 
perseguidos mais nove vezes; a 
última e a mais violenta dessas 
perseguições ocorreu entre 303 e 
305, sob o governo de Diocleciano. 
 
A Arte Das Catacumbas: Por causa dessas perseguições, 
os primeiros cristãos de Roma enterravam seus mortos em 
galerias subterrâneas, denominadas catacumbas. Dentro 
dessas galerias, o espaço destinado a receber o corpo das 
pessoas era pequeno. Os mártires, porém, eram sepultados 
em locais maiores que passaram a receber em seu teto e em 
suas paredes laterais as primeiras manifestações da pintura 
cristã. Inicialmente essas pinturas limitavam-se a 
representações dos símbolos cristãos: a cruz ‑ símbolo do 
sacrifício de Cristo; a palma ‑ símbolo do martírio; a âncora ‑ 
símbolo da salvação; e o peixe ‑ o símbolo preferido dos 
artistas cristãos, pois as letras da palavra "peixe", em grego 
(ichtys), coincidiam com a letra inicial de cada uma das 
palavras da expressão “lesous Chrastos, Theou Yios, Soter”, 
que significa "Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador" Essas 
pinturas cristãs também evoluíram e, mais tarde, começaram a 
aparecer cenas do Antigo e do Novo Testamento. Mas o tema 
predileto dos artistas cristãos era a figura de Jesus Cristo, o 
Redentor, representado como o Bom Pastor. É importante 
notar que essa arte cristã primitiva não era executada por 
grandes artistas, mas por homens do povo, convertidos à nova 
religião. Daí sua forma rude, às vezes grosseira, mas, 
sobretudo muito simples. 
 
A Arte E O Cristianismo Oficial: As perseguições aos cristãos 
foram aos poucos diminuindo até que, em 313, o Imperador 
Constantino permitiu que o cristianismo fosse livremente 
professado e converteu‑se à religião cristã. Sem as restrições 
do governo de Roma, o cristianismo expandiu‑se muito, 
principalmente nas cidades, e, em 391, o Imperador Teodósio 
oficializou‑o como a religião do Império. Começaram a surgir 
então os primeiros templos cristãos. Externamente, esses 
templos mantiveram as características da construção romana 
destinada à administração da justiça e chegaram mesmo a 
conservar o seu nome - basílica. Já internamente, como era 
muito grande o número de pessoas convertidas à nova 
religião, os construtores procuraram criar amplos espaços e 
ornamentar as paredes com pinturas e mosaicos que 
ensinavam os mistérios da fé aos novos cristãos e contribuíam 
para o aprimoramento de sua espiritualidade. 
Além disso, o espaço 
interno foi organizado de 
acordo com as exigências 
do culto. A basílica de Santa 
Sabina, construída em 
Roma entre 422 e 432, por 
exemplo, apresenta uma 
nave central ampla, pois aí 
ficavam os fiéis durante as 
cerimônias religiosas. Esse 
espaço é limitado nas 
laterais por uma sequência 
de colunas com capitel 
coríntio, combinadas com 
belos arcos romanos. A 
nave central termina num 
arco, chamado arco triunfal, 
e é isolada do altar-mor por 
uma abside, recinto 
semicircular situado na 
extremidade do templo. 
Tanto o arco triunfal como 
o teto da abside foram 
recobertos com pinturas 
retratando personagens e 
cenas da história cristã. 
 
O Cristianismo e a Arte: Toda essa arte cristã primitiva, 
primeiramente tosca e simples nas catacumbas e depois mais rica 
e amadurecida nas primeiras basílicas, prenuncia as mudanças que 
marcarão uma nova época na história da humanidade. Como 
vimos, a arte cristã que surge nas catacumbas em Roma não é 
feita pelos grandes artistas romanos, mas por simples artesãos. 
Por isso, não tem as mesmas qualidades estéticas da arte pagã. 
Mas as pinturas das catacumbas já são indicadoras do 
comprometimento entre a arte e a doutrina cristã, que será cada 
vez maior e se firmará na Idade Média. 
 
 
A Arte Bizantina é uma arte cristã que surge no período em que o 
Cristianismo passa a ser reconhecido como religião. Jesus, 
considerado uma ameaça para o Império Romano, foi perseguido 
e morto pelos romanos. Após sua morte, seus adeptos se 
escondiam em catacumbas para rezar, pois continuaram sendo 
perseguidos. Até que em 313 o imperador Constantino outorgou o 
Édito de Milão, que proibia a perseguição aos cristãos e, então, o 
Cristianismo começa a crescer. Surgem assim, as igrejas cristãs e 
um novo estilo de arte, a Arte Bizantina. 
 
 
Em decorrência do período histórico, a Arte Bizantina expressa 
especialmente o caráter religioso. Além disso, o imperador era 
uma figura de referência sagrada uma vez que desempenhava o 
seu papel de governante em nome de Deus, tal como era 
propagado na época. Assim, muitas vezes se encontra mosaicos 
que retratavam o imperador e sua esposa entre Jesus e Maria. Os 
artistas da época não tinham liberdade para se expressar, não 
podiam usar sua criatividade; deviam apenas cumprir com a 
elaboração da obra, tal como lhes era solicitado. Podemos, dessa 
forma, destacar as seguintes características da arte bizantina: 
 
x Caráter majestoso que demostra poder e riqueza; 
x Ligação direta com a religião católica; 
x Demonstração clara da autoridade do imperador - ao 
considerá-lo sagrado; 
x Frontalidade - representação das figuras em posição frontal e 
rígida; 
x Deste modo, Constantinopla viu muitos dos seus artistas 
migrarem para o Império Romano do Ocidente, cuja capital era 
Roma. 
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37 – EXERCÍCIO INTERPRETATIVO: ARTE CRISTÃ E BIZANTINA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
1. A Arte Cristã Primitiva ganhou força a partir do 
ano 390 d.C, após o reconhecimento do 
cristianismo como religião oficial do Estado 
romano. Assinale a alternativa que não 
apresenta uma característica da arte cristã 
primitiva. 
 
a) É a arte que surge nas catacumbas. 
b) É executada por pessoas que não eram 
grandes artistas.* 
c) É executada principalmente nas catedrais com 
a presença de vitrais com temas religiosos. 
d) É realizada por pessoas que seguiam os 
ensinamentos de Jesus Cristo. 
 
2. O mosaico é uma arte criada a partir de cacos 
cerâmicos, pedras ou metais nobres, 
substituindo as pinturas. A deformação existente 
era justificada pela elevação espiritual, 
importância das pessoas representadas e 
proibição da igreja em relação à semelhança do 
desenho com o ser humano. Assinale a 
alternativa em que encontramos o estilo artístico 
que usou o mosaico como forma de expressão: 
 
a) Arte Bizantina.* 
b) Arte Românica. 
c) Arte Pré-histórica. 
d) Arte Gótica. 
e) Todas as alternativas estão corretas. 
 
3. Os primeiros lugares dos cultos cristãos foram 
nas catacumbas, túmulos subterrâneos 
existentes nos arredores de Roma. Ali é possível 
encontrar os primeiros símbolos cristãos. 
Assinale a alternativa que justifique 
corretamente o símbolo cristão primitivo 
encontrado nas catacumbas: 
a) Peixe - os primeiros cristãos achavam 
indigesto qualquer outro tipo de carne. 
b) Coroa de Deus - Deus foi o criador do universo 
segundo os cristãos, por isso é considerado 
um rei e deve ter uma coroa. 
c) Crucifixo - uma forma simples de ser 
confeccionada e vendida como 
“lembrancinha” em dias de apedrejamento 
público. 
d) Âncora - mostrava que a vida do cristão estava 
“ancorada” em uma base solida, a sua crença 
e fé em Jesus Cristo ou Deus deveria ser 
inabalável.* 
4. Em relação à Arte Bizantina, assinale a 
alternativa que não contenha nenhuma de suas 
características: 
a) Eram mais grandiosas e sofisticadas que suas 
correspondentes ocidentais em estilo 
Românico. 
b) Possuíam abóbadas altas e mosaicos 
complexos. 
c) Sua planta baixa era octogonal ou quadrada. 
d) Santa Sofia foi o marco da ArteBizantina, 
sendo a primeira igreja construída neste 
estilo. 
e) Possuíam labirintos feitos no chão, que 
conduziam o cristão até o centro, onde se 
encontrava a paz e a imagem de Deus. 
 
5. Assinale a alternativa com o elemento 
decorativo mostrado na imagem: 
 
a) Mosaico. 
b) Retábulo. 
c) Vitral em formato de rosácea.* 
d) Pedra em formato de “cunha”. 
e) Livros com iluminuras 
 
6. Sobre a Arte Bizantina, analise as assertivas 
abaixo. 
 
I. O momento de esplendor da capital do Império 
Bizantino coincidiu historicamente com a 
oficialização do cristianismo. A partir daí, a arte 
cristã primitiva, que era popular e simples, foi 
substituída por uma arte cristã de caráter 
majestoso, que exprime poder e riqueza. 
II. A arte bizantina tinha um objetivo: expressar a 
autoridade absoluta e sagrada do imperador, 
considerado o representante de Deus, com 
poderes temporais e espirituais. 
III. Foi estabelecida uma série de convenções, tal 
qual como ocorrera na arte egípcia, como a 
frontalidade, por exemplo. 
 
É correto o que se afirma em 
a) I e II, apenas. 
b) II e III, apenas. 
c) I e III, apenas. 
d) I, II e III.* 
 
 
7. O Mosaico Bizantino é uma das técnicas mais 
peculiares deste período. Quanto ao mosaico 
assinale a alternativa FALSA: 
a) Eram produzidos com diminutas pedras 
preciosas. 
b) As figuras humanas eram apresentadas 
chapadas. 
c) As pessoas são representadas com a face 
ovalada. 
d) A altura com que as pessoas são 
representadas não era um fator 
preponderante nos mosaicos.* 
 
8. NÃO é uma característica dos Afrescos: 
 
a) O afresco era uma manifestação artística mais 
barata que o mosaico. 
b) Os afrescos não eram encontrados nos 
mosteiros.* 
c) As características básicas das representações 
em afrescos eram as mesmas do mosaico. 
d) Os afrescos, ao contrário dos mosaicos, eram 
muito encontrados nas províncias pobres. 
 
9. As imagens da arte bizantina tinham como 
objetivo: 
 
a) Mostrar a beleza de seus textos visuais. 
b) Ensinar as verdades fundamentais da fé cristã. 
c) Utilizar figuras e símbolos dos pagãos. 
d) Preparar os cristãos para a vinda de Cristo. 
 
10. Eram características da arte bizantina, exceto: 
 
a) As figuras eram alinhadas em posição frontal. 
b) Ausência de profundidade espacial. 
c) Uso do ouro e da cor pura para transmitir 
solenidade. 
d) As expressões faciais denotavam grande 
mobilidade.* 
 
11. Na arte bizantina até mesmo a cor e os 
bordados dos vestuários tinham por finalidade: 
 
a) Definir cada personagem dentro das 
hierarquias do Império ou da Igreja.* 
b) Demonstrar a grandeza e a força do Império 
Romano para os adversários; 
c) Destacar o relevo corpóreo e o claro escuro 
das obras; 
d) Homenagear o imperador e a imperatriz. 
12. O cristianismo, que veio a tornar-se a religião 
oficial do Império Romano, em 380, durante o 
império de Teodósio, enfocava na sua arte, 
exceto: 
 
a) As histórias do Velho e do Novo Testamento. 
b) A vida dos santos e mártires cristãos; 
c) A conversão do imperador e da nobreza.* 
d) A conversão dos cristãos à nova religião. 
 
 
13. As afirmações abaixo são características da arte 
bizantina, EXCETO: 
 
a) Predominância dos temas cristãos. 
b) Presença ostensiva do uso de cores. 
c) Influência da cultura greco-romana e oriental. 
d) Grandes afrescos em painéis de lona.* 
 
14. Quando e como surgiu a arte cristã? 
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38 – A ARTE ROMÂNICA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Idade Média inicia-se em 476, no século V, com a 
queda do Império Romano do Ocidente, devido às 
invasões de povos bárbaros e se estende por dez 
séculos. Erroneamente denominada como Idade das 
Trevas pelos estudiosos do século XVI, por não ter a 
grandiosidade cultural da Antiguidade clássica, a 
Idade Média passou a ser entendida como etapa 
necessária da história da civilização ocidental 
somente no século XIX. Foi necessário cerca de um 
milênio de lentas mudanças econômicas e políticas 
para que o caminho rumo à modernidade fosse 
preparado. Nesse período a evolução das artes e da 
cultura foi praticamente nula, pois no campo não 
havia condições nem público para um 
desenvolvimento artístico-cultural. A Igreja Católica, 
já organizada, tornou-se a instituição mais 
importante da Idade Média. Durante o reinado de 
Carlos Magno a Europa teve um notável 
desenvolvimento cultural conhecido como 
“renascimento carolíngio”. 
 
Nas oficinas de arte de sua corte os artistas 
redescobriram a cultura e a arte greco-romana, 
fator decisivo para a criação de um novo estilo o 
“românico”, usado nas construções de igrejas e 
mosteiros. Com a morte de Carlos Magno as oficinas 
de arte centralizaram-se nos mosteiros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As construções românicas, grande parte igrejas e 
mosteiros, se caracterizam pela utilização de arco 
pleno, abóbodas de aresta e de berço, pela 
predominância de linhas horizontais, pela solidez de 
suas paredes com pequenas janelas, criando 
ambientes escuros e sombrios. 
A escultura românica está 
inteiramente subordinada à 
arquitetura e à religião. São 
esculpidos relevos e estátuas-
colunas para ornamentar as 
paredes que, não se limitando 
apenas ao interior, aparecem 
também nas fachadas das 
construções românicas. Seus 
relevos mostram cenas do 
Antigo e Novo Testamento, o 
Juízo Final, figuras de animais 
fantasiosos e demônios, que 
representam as tormentas a 
que os pecadores, após a 
morte, seriam submetidos. 
Tanto a escultura como a 
pintura românica retratavam 
temas religiosos, pois, numa 
época em que havia 
pouquíssimos letrados, a 
igreja recorria à arte para 
transmitir os ensinamentos 
religiosos. 
 
 
 
 
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39 – A PINTURA ROMÂNICA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
Parte da pintura 
românica é 
desenvolvida sob a 
forma de murais, pois as 
construções 
apresentavam paredes 
com poucas e pequenas 
janelas que 
possibilitavam grandes 
superfícies para serem 
trabalhadas. 
Geralmente utilizava-se a técnica do afresco, ou 
seja, pintura feita sobre uma parede com reboco 
ainda fresco. Daí o nome “afresco”. Uma das 
principais características da pintura românica é a 
deformação. 
O artista interpretava de 
modo místico a realidade e 
retratava seus sentimentos 
religiosos nas figuras de 
forma desproporcional. Por 
exemplo: Cristo sempre era 
pintado em tamanho maior 
do que as outras figuras 
próximas a ele. 
Seus braços e mãos tinham proporções exageradas 
para acentuar o gesto de abençoar, seus olhos eram 
arregalados, simbolizando uma intensa 
espiritualidade. As cores na pintura românica eram 
vivas e planas e os perfis eram bem marcados. A 
pintura também aparece nos manuscritos sob forma 
de iluminuras, ou seja, ilustrações de textos com 
cores vivas, ornamentadas com ouro e prata. As 
iluminuras podem ser letras iniciais do texto, 
folhagens e flores colocadas nas margens de textos, 
figuras ou cenas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Enquanto a arte românica se desenvolvia, o mundo 
medieval começavaa passar por mudanças. A arte 
românica predominou até o início do século XII, 
quando surgiram as primeiras mudanças que mais 
tarde resultariam numa revolução na arquitetura. 
Embora muitos edifícios fossem construídos 
aproveitando as propriedades decorativas da pedra 
ou dos tijolos, a decoração colorida, obtida com os 
afrescos ou então, com os mosaicos, era uma 
decoração que procurava efeitos impressivos, que 
amava as cores vivas e os desenhos fortemente 
caracterizados. 
Tais ornamentações, profusas 
sobre as paredes das igrejas, 
revestiam, por vezes, outras 
partes do edifício. Por isso, a 
pintura românica 
desenvolveu-se, sobretudo 
nas grandes decorações 
murais, através da técnica do 
afresco, que originalmente era 
uma técnica de pintar sobre a 
parede úmida. 
Os motivos usados pelos 
pintores eram de natureza 
religiosa. As características 
essenciais da pintura 
românica foram a 
deformação e o colorismo. 
A deformação, na verdade, 
traduz os sentimentos 
religiosos e a interpretação 
mística que os artistas 
faziam da realidade. A 
figura de Cristo, por 
exemplo, é sempre maior 
do que as outras que o 
cercam. O colorismo 
realizou-se no emprego de 
cores chapadas, sem 
preocupação com meios 
tons ou jogos de luz e 
sombra, pois não havia a 
menor intenção de imitar a 
natureza. A técnica da 
decoração com mosaico, 
isto é, pequeninas pedras, 
de vários formatos e cores, 
que colocadas lado a lado 
vão formando o desenho, 
conheceu seu auge na 
época do românico. Usado 
desde a Antiguidade, é 
originária do Oriente onde 
a técnica bizantina 
utilizava o azul e dourado, 
para representar o próprio 
céu. 
 
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40 – A ARTE GÓTICA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
A arte românica 
predominou até o início 
do século XII, quando 
surgiram as primeiras 
mudanças que mais 
tarde resultariam numa 
revolução na 
arquitetura. Essa nova 
arquitetura foi chamada 
de gótica. Eles 
relacionaram esse novo 
estilo aos “godos”, povo 
bárbaro de origem 
germânica que invadiu o 
Império Romano e 
causou grandes 
destruições. Com o 
passar do tempo, o 
nome gótico ficou 
relacionado à 
arquitetura de arcos 
ogivais. 
O estilo gótico foi na realidade um 
aprofundamento dos elementos 
básicos do românico, principalmente 
sobre a verticalidade das construções. 
O clima religioso daquela época 
favoreceu a construção de edifícios 
bem mais altos, que refletiam o 
desejo de uma ascensão espiritual. O 
gótico se originou na França e se 
espalhou por várias regiões. A 
primeira manifestação gótica ocorreu 
ao norte de Paris com a reconstrução 
da abadia de Saint-Denis (1140-1144). 
 
Características da arquitetura gótica: 
 
x A fachada: A igreja gótica apresenta três portais. 
No portal central há uma rosácea (vitral circular), 
presente em quase todas as igrejas construídas 
entre os séculos XII e XIV. 
 
 
 
 
 
 
 
x Os arcos: O arco ogival 
que apresenta uma 
quebra em sua parte 
superior possibilitou a 
construção de igrejas 
mais altas, acentuando 
a impressão de 
verticalidade. 
 
x As abóbodas: A utilização de arcos ogivais 
permitiu a construção de abóbodas de nervuras 
nas igrejas góticas, substituindo, assim, as 
abóbadas de berço e de arestas usadas na 
arquitetura românica. 
 
x Os pilares: Nas igrejas góticas, as abóbodas eram 
apoiadas nos pilares ou colunas de sustentação. 
Com a utilização desse novo tipo de apoio, as 
grossas paredes e pequenas janelas da arquitetura 
românica desapareceram e deram lugar a paredes 
mais leves e grandes vitrais, que proporcionaram 
uma iluminação peculiar à igreja gótica. 
Vitrais Góticos: Um dos mais marcantes elementos 
decorativos que aparecem nessas igrejas são os vitrais, 
que formavam imensas e coloridas janelas que, muitas 
vezes, apresentavam desenhos geométricos ou 
representavam um santo ou uma passagem do texto 
bíblico. Sobre esse aspecto, ainda vale ressaltar que 
eles permitiam a elaboração de um vibrante jogo de 
luzes constituído a partir da combinação de peças de 
vidro das mais variadas cores. O requinte, a 
complexidade e os vários materiais que envolviam a 
fabricação de um vitral gótico nos mostram a 
consolidação de um novo ideal estético marcado pela 
luminosidade e a variação de tons. Somente com o 
intercâmbio promovido pelo comércio é que podemos 
imaginar a existência de um processo técnico cercado 
por tantas exigências. Assim, os vitrais, ao iluminarem 
as igrejas, também reafirmavam um novo período da 
história medieval. 
 
 
 
 
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41 – A ESCULTURA E A PINTURA GÓTICA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
Assim como a escultura 
românica, também a gótica 
estava ligada à arquitetura. 
As figuras eram 
geralmente esculpidas de 
forma isoladas, ao 
contrário das românicas, 
aglomeradas e 
entrelaçadas. As imagens 
fantasiosas e 
desproporcionais do estilo 
românico foram 
substituídas por figuras 
mais realistas que 
retratavam os valores mais 
importantes daquela 
época. Elas eram mais 
eretas e acompanhavam a 
verticalidade da 
arquitetura gótica. 
Contudo, o tema principal 
continuou sendo o 
religioso. 
Em relação à arquitetura e à escultura, a pintura 
gótica teve seu nascimento tardio. As primeiras 
configurações góticas se deram no século XIII e 
predominaram até o século XV. As principais 
características da pintura gótica foram: 
x Profundidade: Diferentemente da pintura 
românica, onde as cenas aconteciam num único 
plano, a pintura gótica procura dar algum 
movimento às figuras através da postura dos 
corpos e das paisagens de fundo. Porém, a ilusão 
de profundidade só se realizou plenamente no 
movimento que procedeu ao gótico: o 
Renascimento. 
x Realismo: As figuras são 
representadas de forma 
mais detalhada e 
realista. O artista tenta 
reproduzir os seres 
exatamente como eles 
são. Contudo, isso só foi 
possível no 
Renascimento através 
dos estudos de 
anatomia, quando a 
dissecação de cadáveres 
foi permitida, antes 
proibida pela Igreja. 
 
A procura do realismo na representação dos seres e 
a profundidade são características das obras de 
alguns artistas italianos e flamengos que 
prenunciaram o Renascimento. Dentre eles 
destacamos: 
 
x Ambrigiotto Bondone: Conhecido como Giotto, 
suas obras mostram figuras de santos com 
aparência de homens comuns. A identificação que 
ele faz da figura dos santos com seres humanos 
comuns é resultado das transformações sociais e 
econômicas da época em que viveu. Grande parte 
de suas obras são afrescos que decoraram várias 
igrejas italianas. 
 
 
 
 
x Jan Van Eyck: Nascido na Bélgica, Van Eyck 
aperfeiçoou a técnica da pintura a óleo e conseguiu 
reproduzir com nitidez as gradações de tons e cores, 
dando a ilusão de luz solar em suas pinturas. Suas 
obras se destacam pela riqueza de detalhes e cores 
fortes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na pintura religiosa assiste-se à difusão das pinturas 
sobre madeira. Nobres e ricos burgueses 
encomendavam, para a prática das suas devoções, 
pequenos retábulos ou altares portáteis, enquanto que 
o clero mandava fazer, para os altares das igrejas, 
grandes pinturas que podem surgir como um ou mais 
painéis (retábulo), ou serem dobradas em várias partes 
(políptico). 
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42 – RESUMÃO: ARTE ROMÂNICA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
CONTEXTO HISTÓRICO: A arte 
românica desenvolveu-se no século XI 
até o início do século XIII na Europa, e 
depois pelo resto do mundo, a partir 
da disseminação do cristianismo, no 
auge da decadência do sistema 
feudal. O nome “Românica” é dado a 
esse tipo de arte, pelo fato de sua 
estrutura ser muito parecida com as 
construções romanas. A arte 
românica nasceu logo após o termino 
do ImpérioRomano, a Europa se vê 
em grande crescimento, período 
chamado de baixa idade média. 
A arte surgiu para levar a tona o sentimento religioso da 
época, em que o Papa era o líder político, ou seja, a Igreja que 
centralizava o controle sobre o pensamento e a vida da época. 
O crescimento religioso refletia-se na construção de várias 
igrejas, onde mais comumente se encontrava esse tipo 
artístico, que por sua vez, tinha o objetivo de representar os 
ideais católicos. 
 
CARACTERÍSTICAS GERAIS: O estilo românico e 
caracterizado por: 
 
x Pedra empregada nas construções; 
x Telhado de madeira é substituído por abóbodas de berço e 
aresta; 
x Igrejas passam a ser decoradas externamente; 
x As pinturas e esculturas passam a ser carregadas de 
simbolismo, representando não apenas o que se vê, mas 
também os sentimentos; 
x A escultura em pedra em grande escala renasce pela 
primeira vez desde os romanos;· Numa época em que 
poucos sabiam ler, a arquitetura, escultura e principalmente 
a pintura tinham o caráter de repassar valores religiosos. 
 
 
 
 
 
 
EXPRESSÕES DA ARTE ROMÂNICA: 
 
Pintura: A pintura no período era executada de diversas 
maneiras, como pintura mural, Iluminura, tapeçaria e pintura 
parietal. Todos os tipos de pinturas da época tinham caráter 
transmissor de conhecimentos religiosos para a população, a 
principal característica das pinturas românicas eram as cores 
fortes e vivas. Volume, cor, efeito de luz e sombra, tudo era 
simbólico e não correspondia com a realidade, ou seja, não 
havia a preocupação com a representação fiel dos seres e 
objetos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Arquitetura: A arquitetura, basicamente executada em 
pedra tinha caráter de monumento e fortaleza, justamente 
pela enormidade das construções. A arquitetura geralmente 
continha: planta basilical de uma, três ou cinco naves; colunas 
que sustentavam as abóbadas. Esse tipo de construção tem um 
aspecto horizontalizado com interior e exterior são muito bem 
decorados. 
 
 
 
Existiam abóbodas de dois tipos, a abóboda de berço (consiste 
num semicírculo longo), e a abóboda de arestas (surgiu depois das 
abóbodas de berço, pois as do modelo antigo dificultavam a 
iluminação e eram muito pesadas, as novas consistiam na 
interseção entra duas abóbodas berço finas apoiadas sobe pilares. 
As Igrejas de peregrinação são um bom exemplo para esse tipo de 
arquitetura, As mesmas ficam no caminho para os locais sagrados, 
como Santiago de Compostela, Roma e Jerusalém, e serviam de 
apoio e pouso para os peregrinos, ofereciam como atrativo as 
relíquias, objetos pertencentes a Jesus Cristo, a Maria e aos 
santos, como os cravos que pregaram as mãos e pés de Jesus, ou 
os espinhos da coroa, ou ainda fios de cabelo da Virgem. A 
arquitetura românica foi por um longo tempo desprezada, pois foi 
escondida em baixo de reformas e reestilizações ou até mesmo 
ignorada e destruída. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Escultura: No século XV, período que antecipa o estilo gótico, 
inicia-se um estilo realista e simbólico nas esculturas. A escultura 
passa a ser feita em conjunto com a arquitetura, ou seja, as 
esculturas eram feitas dentro das colunas (Tremó), dentro dos 
capitéis, nos portais (Tímpano) etc. Todo trabalho é executado 
sem deixar espaços vazios. Outra importante característica é seu 
caráter simbólico e antinaturalista. Assim como na pintura, não 
havia a preocupação com a representação fiel dos seres e objetos 
representados. 
 
 
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43 – MAQUETE ROMÂNICA I – RECORTE E COLAGEM. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
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44 - MAQUETE ROMÂNICA II – RECORTE E COLAGEM. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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45 – RESUMÃO: ARTE GÓTICA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
Introdução: A Arte Gótica foi o estilo 
artístico característico da Baixa Idade 
Media na Europa. Teve início por volta do 
século XII e se desenvolveu até o século 
XVI, quanto teve início uma nova fase 
artística: o Renascimento. Este estilo 
artístico se manifestou na pintura, na 
escultura e, principalmente, na 
arquitetura das igrejas, catedrais, 
castelos, palácios e prédios públicos. 
Embora tenha sido o estilo característico 
da Idade Média, muitos artistas plásticos 
europeus, do século XVIII, da época do 
Romantismo, resgataram este estilo 
medieval e pintaram no estilo gótico. 
Este estilo posterior ficou conhecido 
como Neogótico. 
 
Contexto histórico: A Arte Gótica esteve muito ligada ao 
contexto histórico medieval. Ela expressou o domínio da Igreja 
Católica nas áreas espiritual, política e social. O gótico está 
muito ligado ao teocentrismo do período, ou seja, a ideia de 
Deus no centro de todas as coisas. De certa forma, muitas 
técnicas e características do estilo gótico mostram uma 
transição do estilo românico, próprio da Alta Idade Média, em 
direção ao Renascimento. 
 
Arquitetura: A arquitetura foi a 
principal expressão da Arte Gótica e 
propagou-se por diversas regiões da 
Europa, principalmente com as 
construções de imponentes igrejas. 
Apoiava-se nos princípios de um 
forte simbolismo teológico, fruto do 
mais puro pensamento escolástico: 
as paredes eram a base espiritual da 
Igreja, os pilares representavam os 
santos, e os arcos e os nervos eram o 
caminho para Deus. Além disso, nos 
vitrais pintados e decorados se 
ensinava ao povo, por meio da 
mágica luminosidade de suas cores, 
as histórias e relatos contidos nas 
Sagradas Escrituras. 
Do ponto de vista 
material, a 
construção gótica, 
de modo geral, se 
diferenciou pela 
elevação e 
desmaterialização 
das paredes, assim 
como pela especial 
distribuição da luz 
no espaço. Tudo isso 
foi possível graças a 
duas das inovações 
arquitetônicas mais 
importantes desse 
período: o arco em 
ponta, responsável 
pela elevação 
vertical do edifício, e 
a abóbada cruzada, 
que veio permitir a 
cobertura de 
espaços quadrados, 
curvos ou 
irregulares. No 
entanto, ainda 
considera-se o arco 
de ogiva como a 
característica 
marcante deste 
estilo. 
 
A primeira das catedrais construídas em estilo 
gótico puro foi a de Saint-Denis, em Paris, e a 
partir desta, dezenas de construções com as 
mesmas características serão erguidas em toda 
a França. A construção de uma Catedral 
passou a representar a grandeza da cidade, 
onde os recursos eram obtidos das mais 
variadas formas, normalmente fruto das 
contribuições dos fiéis, tanto membros da 
burguesia com das camadas populares; 
normalmente as obras duravam algumas 
décadas, algumas mais de século. 
Principais características: 
x Na arquitetura, se destacaram os entalhes intrincados e os 
pináculos pontiagudos. As construções são altas, mostrando a 
intenção de deixar o homem mais “próximo” fisicamente de 
Deus. 
x Fez oposição ao estilo austero e pesado da Arte Românica. 
x Paredes e estruturas mais leves, com a construção e uso do arco 
quebrado (ogival), do arcobotante e do contraforte. 
x Nos campos da pintura e escultura, os artistas góticos buscaram 
a leveza, a elegância, a graça e a tridimensionalidade (em 
oposição as pinturas chapadas do estilo românico). 
x Desenvolvimento da arte dos vitrais (desenhos montados com 
pedaços de vidros coloridos), presentes em grande parte das 
catedrais e igrejas góticas. 
x Ressurgimento (resgate do clássico antigo) das pinturas de 
paisagens, embora de forma pouco intensa. 
x Os temas religiosos, principalmente ligados ao Cristianismo, 
prevaleceram como centro das cenas retratadas pelos pintores 
góticos. 
x Muitosartistas góticos passaram a utilizar a técnica da pintura a 
óleo, como um recurso para o uso de maior diversidade de cores 
(em comparação ao estilo românico). 
x Neste período, se destacaram também os afrescos, 
principalmente em paredes e tetos de capelas, igrejas e 
catedrais católicas. 
x No campo das representações pictóricas de livros, se 
destacaram às iluminuras (presença de detalhes em dourado). 
 
 
 
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46 – PRODUZINDO UM VITRAL. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
Praticar a arte 1: Os vitrais tiveram seu apogeu na 
arte gótica. Observe as imagens a seguir: 
 
 
 
 
 
Praticar a arte 2: Observe as construções a seguir e 
identifique a que estilo cada uma delas pertence 
identificando uma das características nas imagens. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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47 – EXERCÍCIO INTERPRETATIVO: ARTE ROMÂNICA E ARTE GÓTICA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
1. Sabemos que a Arte Românica cresceu devido à 
fé cristã e que, portanto, tinha um caráter 
religioso. Em relação às semelhanças e 
diferenças da Arte Gótica com a Arte Românica, 
analise e julgue os itens abaixo com (C) CERTOS 
ou (E) ERRADOS: cccc 
 
a) A Arte Gótica também surge da 
espiritualidade cristã. 
b) A arquitetura é o elemento mais importante 
do estilo Gótico. 
c) Sua escultura esta associada diretamente à 
arquitetura. 
d) O vitral é outro elemento pictórico da arte 
Gótica. 
 
2. Quanto às características da escultura gótica 
analise e julgue os itens abaixo como (C) CERTOS 
ou (E) ERRADOS: ccee 
 
a) A escultura esta intimamente ligada à 
arquitetura. 
b) Sua função é ocupar espaço dentro das 
construções. 
c) As imagens nuas são marco, pois destoam das 
demais criações deste período, entretanto, 
são frequentemente encontradas. 
d) Sua função era única e meramente decorativa. 
 
3. Sobre a Escultura gótica analise e julgue os itens 
abaixo como (C) CERTOS ou (E) ERRADOS: cece 
 
a) As figuras humanas são alongadas. 
 
b) A rigidez do período românico é abandonada. 
 
c) As representações mais frequentes são as de 
reis, rainhas, nobres de alta linhagem e 
santos. 
d) Um dos locais reservados às estatuas dentro 
das igrejas denominava-se Tímpanos. 
 
4. Quanto às Iluminuras julgue os itens abaixo em 
(C) CERTOS ou (E) ERRADOS: ccce 
 
a) Eram copiadas à mão. 
b) Assim como os Afrescos eram feitas pelos 
monges. 
c) A Iluminura é uma intervenção artística feita 
no inicio de cada capitulo da bíblia. 
d) Os temas usados nas iluminuras eram de 
personagens bíblicos 
 
5. Como todo movimento o período Gótico tem na 
arquitetura um de seus grandes representantes. 
Analise e julgue os itens a baixo marcando a 
ÚNICA alternativa CORRETA sobre a arquitetura 
gótica. 
a) Bem diferente dos edifícios baixos e pesados, a 
arquitetura gótica é esbelta e muito alta.* 
b) Os prédios passam a ser decorados com 
inspiração na Antiguidade Clássica. 
c) Os capitéis e colunas marcam este período. 
d) Pela altura suas paredes eram de enorme 
espessura. 
 
6. Sobre os vitrais marque a alternativa CORRETA: 
 
a) Vitrais são os vidros utilizados para construir 
janelas. 
b) Nos vitrais não ocorria geralmente variação de 
cor. 
c) Os vitrais continham figuras bíblicas.* 
d) Da Vinci foi um grande produtor de vitrais. 
 
7. Sobre a escultura gótica marque a alternativa 
CORRETA: 
a) Existiam esculturas dedicadas aos nobres nas 
igrejas góticas.* 
b) Não existiam imagens dedicadas aos santos. 
c) Os góticos gostavam de produzir em madeira. 
d) Na arte gótica quase não surgiram esculturas. 
 
8. Sobre a pintura gótica marque a alternativa 
CORRETA: 
 
a) A pintura é o elemento mais característico da 
arte gótica. 
b) Temas cristãos eram trabalhados na pintura 
gótica.* 
c) A pintura gótica não tinha nenhuma noção de 
perspectiva. 
d) Os góticos não produziram pinturas murais. 
 
9. Sobre a arquitetura gótica assinale a alternativa 
CORRETA: 
 
a) É uma arquitetura que não tem preocupação 
com a proporção. 
b) Tem prédios dedicados aos deuses gregos. 
c) Costumas serem altas e largas as colunas. 
d) As colunas parecem querer chegar ao céu.* 
 
10. Os historiadores da arte têm sugerido que o 
ter o “g tico” foi c n ado pelo anista 
Giorgio Vasari (1511-1574) no século XVI em 
referência a um tipo de arte nascido na Baixa 
Idade Média, com grande expressão na 
arquitetura e na pintura, e que se diferenciava 
da arte românica, produzida antes dela. Entre os 
primeiros pintores do estilo gótico, pode-se 
mencionar: 
a) Pablo Picasso. 
b) Giotto di Bondone.* 
c) Leonardo da Vinci. 
d) El Greco. 
e) Francis Bacon. 
 
11. As catedrais góticas passaram a apresentar 
elementos técnicos bem diversos da 
arquitetura usada nas construções românicas. 
Entre esses elementos, estavam: 
 
a) Os arcos completos, como os modelos 
gregos e romanos. 
b) A ausência de gárgulas nas decorações 
externas. 
c) A ausência de vitrais. 
d) Os arcos em forma de ogiva.* 
e) A presença de um centro piramidal. 
 
12. Entre os pintores flamengos (que viviam nos 
Países Baixos durante a Idade Média), um dos 
que mais se destacaram no emprego do estilo 
gótico foi: 
 
a) Vincent van Gogh. 
b) Velasquez. 
c) Rambrandt. 
d) Johannes Vermeer. 
e) Jean Van Eyck.* 
 
13. O que são as iluminuras? 
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14. Como é a escultura durante toda a Idade 
Média? 
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15. O que significa o verticalismo na Arte gótica? 
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16. Que elemento da Arte gótica é responsável 
pelas paredes luminosas e coloridas? Explique. 
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17. Elabore e responda uma questão sobre a Arte 
Gótica. 
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48 – CONHECENDO A OBRA: “OESPÓLIO – O DESNUDAMENTO DE CRISTO”, EL GRECO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
Este quadro ainda 
permanece no mesmo 
local em que foi 
executado. A sacristia é 
o aposento, na igreja, 
em que os padres 
guardam e trocam suas 
vestimentas religiosas; 
por isso o tema é 
apropriado. 
 
 
 
 
 
 
Esta figura de Cristo, uma das mais nobres 
pintadas por El Greco, evoca em sua postura 
os ícones bizantinos. Esta representação não 
é frequente dentro da tradição iconográfica 
ocidental, o que, no entanto, era usual no 
âmbito artístico bizantino. 
 
A prisão de Jesus é representada aqui de forma peculiar, 
já que o artista incorporou uma série de figuras que não 
se mencionam na passagem concreta do Evangelho. Esse 
é o caso do homem que, entre a multidão, aponta Cristo 
com o dedo. A mesma coisa acontece com as três 
Marias, situadas na margem inferior do quadro. O pintor 
introduziu ao lado delas um homem que trabalha sobre 
uma tábua, o que poderia ser interpretado como uma 
alusão simbólica a uma morte iminente. 
 
O pintor colocou também um personagem vestido com 
uma armadura. O anacronismo de sua vestimenta é 
bastante chamativo. Costuma-se associar esta figura com 
Pilatos e Herodes. A interpretação livre que o pintor 
demonstra aqui se pode dever a que ele desejava 
recolher vários momentos da Paixão num único episódio. 
 
A multidão ocupa todo espaço da tela e não existe 
nenhum referente espacial, nem natural, o que contribui 
para criar uma atmosfera opressiva que acentua o seu 
dramatismo. 
 
 
O esquema compositivo da obra vem determinado pela 
forma oval da figura de Cristo. A ele se dirigem os olhares 
da massa humana que o rodeia. Com esta disposição, o 
artista consegue uma sutil sensação de profundidade. 
 
O colorido participa do espírito do tema. Da tonalidade 
ocre generalizada sobressai extraordinariamente um 
vermelho brilhante que condiciona o espaço do quadro e 
enfatiza o sentido da ação representada. 
5. Em sua opinião e sabendo da 
intenção do pintor em colocar 
uma multidão ao redor de Jesus. 
Quais fatores nos fazem sentir 
uma atmosfera opressora? 
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
_________________________________________________________ 
6. Quais cores você identifica na obra? Em sua opinião, por que as 
vestimentas de Jesus são vermelhas? 
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
__________________________________________________________ 
7. Coloque sobre a imagem da obra a seguir um pedaço de papel 
fino. Identifique as figuras geométricas presentes desenhando-
os por cima das personagens. Por exemplo: Cabeças: Círculos. 
Braços e pernas: Linhas retas e curvas. Troncos: Retângulos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Praticar a arte – Questionário interpretativo sobre a obra: 
Responda as perguntas a seguir tomando como fundamento o 
texto analítico apresentado. 
1. Transcreva no espaço a seguir a parte do Evangelho de São 
João, capítulo 19, versículos 23 e 24 para 
contextualizarmos a obra: 
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
______________________________________________________ 
 
2. Segundo o texto, o homem que trabalha 
sobre uma tábua pode ser interpretado 
como uma alusão simbólica de uma 
morte iminente. No caso, que morte seria 
essa: 
 
a) Apedrejado. 
b) Açoitado. 
c) Crucificado. 
d) Prisão perpétua. 
 
3. O que o autor quis representar ao pintar um 
personagem de armadura? 
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
_________________________________________ 
 
4. Transcreva a ficha técnica da obra: 
_________________________________________________________
_________________________________________________________
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49 – O RENASCIMENTO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Com o fortalecimento do comércio, o Feudalismo 
entrou em decadência e muitos comerciantes 
adquiriram verdadeiras fortunas, intervindo de 
forma direta na política. Eles encontraram nas letras 
e nas artes uma forma de prestígio, mas sempre 
com o intuito de ostentar o poder. Foi assim que os 
mecenas, nobres comerciantes que protegiam os 
artistas e empregavam suas riquezas nas artes e nos 
estudos, promoveram um grande desenvolvimento 
intelectual. O que importava era voltar às fontes da 
cultura clássica e fazer “renascer” o esplêndido 
legado deixado pelos gregos e romanos. Entre as 
redescobertas da cultura greco-romana o homem 
renascentista organiza o ideal do humanismo, 
movimento intelectual que colocava o homem como 
centro do Universo. O propósito do humanismo era 
desenvolver no homem o espírito crítico e a 
confiança em si mesmo. Os intelectuais passaram, 
então, a questionar a autoridade da Igreja e 
atribuíram maior importância ao ser humano e à 
razão. Nem por isso o Cristianismo deixou de ser a 
religião dominante na Europa desse período, mas o 
homem já não era mais o mesmo. A gora ele tinha 
consciência do seu próprio valor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Essa percepção de si mesmo fez com que os 
tesouros artísticos e literários da Antiguidade greco-
romana fossem valorizados, e os artistas 
renascentistas criaram obras de arte magníficas, 
enfatizando a beleza física do homem e da mulher. 
A precisão do desenho, a técnica do sfumato 
(sombreados de claros e escuros) e a presença da 
perspectiva proporcionaram à pintura renascentista 
maior realismo. Devido ao humanismo e ao ideal de 
liberdade predominante naquele período, o artista 
renascentista teve a oportunidade de expressar suas 
ideias e sentimentos sem estar submetido à Igreja 
ou outro poder. Ele era um criador e tinha um estilo 
pessoal, diferenciando-se dos artistas medievais. 
Além disso, o artista era dignamente pago para 
produzir suas obras, quer fossem elas feitas para 
compradores particulares quer para a Igreja. Esse 
movimento que floresceu na Itália difundiu-se por 
quase toda a Europa. Um dos fatores que 
contribuíram para essa difusão foi a invenção da 
imprensa pelo alemão Johann Gutenberg. Muitas 
outas descobertas e estudos foram feitos nesse 
período entre eles o de Nicolau Copérnico, que 
colocava o Sol como centro do Universo, e não a 
Terra, como definiu a Igreja. 
A Arquitetura: A arquitetura renascentista também 
sofreu grandes transformações. Os arquitetos do 
Renascimento preocupavam-se em criar ambientes 
que mostrassem o equilíbrio das linhas, a organização 
da matemática dos espaços e os elementos da 
antiguidade clássica na decoração. A cúpula é um 
detalhe importante e constante nas construções 
renascentistas. O mais famoso exemplo de cúpula 
existente nesse período é sem dúvida a da Basílica de 
São Pedro. 
 
 
 
 
 
A arquitetura dos prédios públicos e palácios foi 
fortemente influenciada pelas características do 
Renascimento. 
 
 
 
 
 
O Maneirismo: Na Itália, a partir de 1520, alguns pintores 
começaram a procurar formas alternativas para a criação de suas 
obras. Embora tenham buscado inspiração nas obras 
renascentistas de Michelangelo, Leonardoda Vinci e Rafael, 
deram início a um novo estilo artístico que rompeu com o 
equilíbrio, a organização espacial, a simetria, a racionalidade e a 
proporções estabelecidas pela arte renascentista. Esse novo estilo 
foi denominado de Maneirismo, termo originário da palavra 
italiana maneira, que designa o estilo ou a maneira própria com 
que cada artista realiza a sua obra. 
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50 – PRINCIPAIS ARTISTAS DO RENASCIMENTO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
Dentre os grandes artistas do Renascimento 
podemos citar: 
Foi um artista genial que, aos 21 anos 
de idade, concebeu a pintura como 
imitação fiel do real. Morreu aos 27 
anos e deixou obras que retratam as 
formas humanas com impressionante 
beleza. 
 
 
Frade dominicano que iniciou sua 
carreira ornamentando manuscritos. 
Seguiu as tendências realistas de 
Masaccio, e, respeitando os seus votos, 
suas obras possuem com o tema 
principal a religião. 
 
 
Trabalhou na decoração da Capela 
Sistina. Retratava dois temas em suas 
obras: a Antiguidade grega e o 
Cristianismo. Criava a leveza dos 
corpos, esguios e desprovidos de força, 
eles pareciam flutuar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Foi o talento mais versátil do 
Renascimento. Desenhista, pintor, 
escultor, engenheiro e arquiteto, 
realizou vários trabalhos e 
pesquisas aprofundando-se nos 
mais diversos setores do 
conhecimento humano, entre eles 
anatomia, botânica, mecânica, 
hidráulica, óptica, arquitetura e 
astronomia. 
 
Nas artes, seus estudos de perspectiva são 
considerados insuperáveis. O Sfumato, técnica de 
uso de tons claros e escuros, foi utilizado em suas 
obras de forma magistral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Arquiteto, pintor, poeta e escultor, um 
dos maiores representantes do 
Renascimento. Como arquiteto, 
trabalhou na cúpula da igreja de São 
Pedro, em Roma, e na Praça do 
Capitólio. 
 
Como pintor, trabalhou na pintura do teto da Capela 
Sistina. As poses das figuras da Capela Sistina 
baseiam-se em famosas esculturas gregas e 
romanas, que Michelangelo estudava 
minuciosamente. 
Com apenas 21 anos de idade foi 
considerado um grande artista. Para 
elaborar poses e expressões, planejava 
suas obras e fazia centenas de desenhos. 
Seus afrescos se tornaram sinônimo de 
beleza e técnica. 
 
 
Foi o maior pintor da escola veneziana. 
Ticiano produziu uma série de obras 
religiosas, mitológicas e retratos utilizando 
cores vivas e movimentos que mais tarde 
serviram de base para outros artistas. 
 
 
Revelou seu talento para o desenho ainda 
menino. Retratou aquarelas diversos 
lugares que visitava. Foi o primeiro artista 
alemão que concebeu a arte como uma 
representação da realidade. 
 
 
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51 – ENTENDENDO A PERSPERCTIVA RENASCENTISTA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
Quando olhamos algumas 
pinturas da época do 
Renascimento, ficamos 
surpreendidos com a capacidade 
do pintor de copiar a realidade. 
Esses efeitos até hoje nos 
surpreendem quando observamos 
o sorriso contido da pintura Mona 
Lisa. Os resultados obtidos nas 
pinturas dessa época se devem 
em grande parte à perspectiva. Ela 
permitiu aos pintores representar 
no plano os objetos como se eles 
tivessem vida, como se fossem 
reais. O pintor estudava as 
possiblidades de criar a perfeição 
e reproduzir em seus desenhos o 
que ele enxergava, definiam um 
lugar ideal a partir do qual se 
deveria olhar o mundo ou o 
quadro. Os pintores 
renascentistas consideravam a 
existência de um único padrão de 
beleza, uma única religião 
verdadeira, uma cultura superior a 
todas as outras. Eles olhavam o 
mundo de um único ponto e partir 
dele construíam sua arte. Na 
Europa, o Renascimento permitia 
uma explosão nas artes. Cada vez 
mais as pinturas e as esculturas 
procuravam estar de acordo com 
as proporções humanas sem 
nenhum desvio, buscava-se a 
igualdade entre Deus e o homem. 
 
Praticar a arte: Observando os exemplos a seguir de desenhos em perspectiva. Escolha dois deles e 
reconstrua nos espaços, levando em consideração o olhar do observador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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52 – PRATICANDO O DESENHO DE FIGURAS HUMANAS. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
Os artistas renascentistas 
desenhavam figuras com muita 
precisão. Você também pode 
começar a desenhá-las. Observe. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Praticar a arte: Utilizando lápis HB, 2B e 6B, copie nos espaços a 
seguir os detalhes retirados da obra “Dama com Arminho”, de 
Leonardo da Vinci. 
CONHECENDO A OBRA: “Da a co Ar in o” 
 
A pintura foi feita durante a 
primeira visita de Da Vinci a 
Milão, para onde ele foi na 
esperança de conseguir a 
proteção do Duque de Milão, 
Lodovico Sforza. A composição é 
inovadora e, ao mesmo tempo, 
complexa. A dama foi pintada 
virando a cabeça da sombra para 
a luz, atraída por algo fora do 
quadro. Isso dá uma dinâmica à 
pose e provoca o interesse do 
espectador. 
 
Detalhes da obra de Dama com Arminho: 
 
1. Mão: As mãos femininas eram geralmente pintadas 
em formas arredondadas e graciosas, mas nessa 
obra é possível ver o resultado da exploração 
anatômica dos músculos e ossos. A mão em formato 
de garra dá um efeito levemente perturbador à 
cena. 
 
2. Arminho: O arminho branco que a dama segura foi 
ampliado para equilibrar a composição. Seus olhos 
marrons e a suas feições marcadas espelham 
desconfortavelmente as feições da jovem. 
 
3. Rosto: A luz se propaga sobre o rosto de Cecília 
revelando um esboço de um sorriso. Essa parte foi 
modelada delicadamente com tons de pele pálidos e 
um leve rubor nas bochechas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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53 – EXERCÍCIO DE DESENHO DE PARTES DO CORPO HUMANO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
Praticar a arte: Recorte de revistas ou jornais, ou até mesmo da internet, várias partes do corpo humano (olhos, bocas, orelhas, mãos, pés etc.) e tente desenhá-las 
como no exemplo a seguir. Você pode escolher fotos de pessoas famosas (artistas, cantores etc.). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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54 – RESUMÃO: O RENASCIMENTO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
 
 
O renascimento é um movimento 
artístico que possui uma grande 
importância na história da arte e do 
mundo como uma forma geral, uma 
vez que mesmo o avanço do 
capitalismo e suas características 
possuem origens com artistas 
renascentistas e suas ações. No 
período histórico, o Renascimento 
ocorreu entre os séculos XIV e XVI, 
quando a cultura greco-romana 
passou a exercer uma grande 
influência sobre os artistas e 
principais nomes do Renascimento. 
Aliado a isso, neste mesmo período passou a haver uma 
elevação dos valores da burguesia, em detrimento à 
supremacia religiosa e da nobreza existente até então, fazendo 
com que o Renascimento tenha muito de sua história ligada a 
esta inversão de valores ocorrida no período histórico. 
 
Características do 
Renascimento: 
 
 
A razão, de acordo com o pensamento 
da Renascença, era uma manifestação 
do espírito humano que colocava o 
indivíduo mais próximo de Deus. Ao 
exercer sua capacidade de questionar 
o mundo, o homem simplesmente 
dava vazão a um dom concedido por 
Deus (neoplatonismo). Outro aspecto 
fundamental das obras renascentistas 
era o privilégio dado às ações 
humanas, ou humanismo. Tal 
característica representava-se na 
reprodução de situações do cotidiano 
e na rigorosa reprodução dos traços e 
formas humanas (naturalismo). Esse 
aspecto humanistainspirava-se em 
outro ponto-chave do Renascimento: 
o elogio às concepções artísticas da 
Antiguidade Clássica ou Classicismo. 
 
Pintura: Talvez nenhuma época artística tenha sido 
igualmente rica e tão talentosa com grandes pintores como o 
Renascimento. As principais características da pintura são: 
 
x Perspectiva: arte de figura, no desenho ou pintura, as 
diversas distâncias e proporções que têm entre si os objetos 
vistos à distância, segundo os princípios da matemática e da 
geometria; 
x Uso do claro-escuro: pintar algumas áreas iluminadas e 
outras nas sombras, esse jogo de contrastes reforça a 
sugestão de volume dos corpos; 
x Realismo: o artista do Renascimento não vê mais o 
homem como simples observador do mundo que expressa a 
grandeza de Deus, mas como a expressão mais grandiosa do 
próprio Deus. E o mundo é pensado como uma realidade a 
ser compreendida cientificamente, e não apenas admirada; 
x Inicia-se o uso da tela e da tinta à óleo: Tanto a 
pintura como a escultura que antes apareciam quase que 
exclusivamente como detalhes de obras arquitetônicas, 
tornam-se manifestações independentes. 
x Surgimento de artistas com um estilo pessoal: 
diferente dos demais, já que o período é marcado pelo ideal 
de liberdade e, consequentemente, pelo individualismo. 
 
Arquitetura: Na renascença italiana formada nos mesmos 
princípios da geometria harmoniosa em que se baseavam a 
pintura e a escultura, a arquitetura recuperou o esplendor da 
Roma Antiga. Na arquitetura renascentista, a ocupação do 
espaço pelo edifício baseia-se em relações matemáticas 
estabelecidas de tal forma que o observador possa 
compreender a lei que o organiza de qualquer ponto em que 
se coloque. As principais características da arquitetura 
renascentista são: 
 
x Ordens Arquitetônicas; 
x Arcos de Volta-Perfeita; 
x Simplicidade na construção; 
x A escultura e a pintura se desprendem da arquitetura e 
passam a ser autônomas; 
x Construções: palácios, igrejas, vilas (casa de descanso fora da 
cidade), fortalezas (funções militares) e planejamento 
urbanístico. 
 
Escultura: Ao contrário, por exemplo, da arte grega, o 
Renascimento já não sentiu a necessidade de elaborar para a 
escultura uma série de regras comparáveis às da arquitetura. O 
que não quer dizer que faltassem, na escultura renascentista, 
formas e tendências características. Simplesmente, a passagem da 
arte do período anterior é menos brusca, é mais uma questão de 
gosto do que de teoria. Acima de tudo, o reconhecimento de uma 
escultura renascentista é feito procurando os motivos de fundo 
em que ela se inspira. Os principais motivos são: 
 
x Acentuado naturalismo, ou seja, a procura de verossimilhança; 
x Um forte interesse pelo homem, pela forma de seu corpo, da 
sua expressão; 
x Gosto marcado não só pelo conhecimento e técnica, como pela 
ostentação de conhecimento; 
x Aspiração pela monumentalidade; 
x Esquemas compositivos, quer dizer formas globais, 
geometricamente simples. 
 
A escultura, assim como a pintura, já não fazia parte do projeto 
arquitetônico como ornamentação do edifício. Conquistaram 
autonomia e brilhavam pela sua própria expressão. 
 
 
 
 
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55 – EXERCÍCIO INTERPRETATICO: O RENASCIMENTO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
1. O Renascimento, amplo movimento artístico, 
literário e científico, expandiu-se da Península 
Itálica por quase toda a Europa, provocando 
transformações na sociedade. Sobre o tema, é 
CORRETO afirmar que: 
 
a) O racionalismo renascentista reforçou o 
princípio da autoridade da ciência teológica e da 
tradição medieval. 
b) Houve o resgate, pelos intelectuais 
renascentistas, dos ideais medievais ligados aos 
dogmas do catolicismo, sobretudo da 
concepção teocêntrica de mundo. 
c) Nesse período, reafirmou-se a ideia de homem 
cidadão, que terminou por enfraquecer os 
sentimentos de identidade nacional e cultural, 
os quais contribuíram para o fim das 
monarquias absolutas. 
d) O humanismo pregou a determinação das ações 
humanas pelo divino e negou que o homem 
tivesse a capacidade de agir sobre o mundo, 
transformando-o de acordo com sua vontade e 
interesse. 
e) Os estudiosos do período buscaram apoio no 
método experimental e na reflexão racional, 
valorizando a natureza e o ser humano. * 
 
2. À EXCEÇÃO DE UMA, as 
alternativas abaixo apresentam 
de modo correto características 
do Renascimento. Assinale-a. 
 
a) O retorno aos valores do mundo 
clássico, na literatura, nas artes, 
nas ciências e na filosofia. 
b) A valorização da 
experimentação como um dos 
caminhos para a investigação 
dos fenômenos da natureza. 
c) A possibilidade de uma estreita 
relação entre os diferentes 
campos do conhecimento. 
d) O fato de ter ocorrido com 
exclusividade nas cidades 
italianas.* 
e) O uso da linguagem matemática 
e da experimentação nos 
estudos dos fenômenos da 
natureza. 
 
3. Sobre o Renascimento, é CORRETO afirmar que: 
 
a) Uma das características mais importantes do 
Renascimento foi a ruptura com a Antiguidade 
Clássica. 
b) Os estudos astronômicos desenvolvidos por 
Nicolau Copérnico durante o Renascimento 
permitiram a conclusão de que os planetas 
giravam em torno da Terra. 
c) Os mecenas foram personagens importantes 
no Renascimento, pois sua oposição aos 
artistas fez com que estes exercessem com 
mais afinco sua criatividade. 
d) Leonardo da Vinci, artista de grande 
versatilidade e inúmeros interesses, é um 
representante do Humanismo.* 
 
4. O Renascimento italiano pode ser caracterizado: 
 
a) Por uma sociedade teocêntrica, baseada na 
produção agrícola, predominantemente 
alfabetizada e rural. 
b) Por uma visão predominantemente 
antropocêntrica, com intensas trocas comerciais 
e cujas obras de arte foram, em boa medida, 
inspiradas nos modelos da antiguidade clássica.* 
c) Por uma contraposição direta à “Idade das 
Trevas”, sobretudo porque os artistas 
renascentistas tinham, majoritariamente, 
aversão ao cristianismo. 
d) Pela inexistência de estudos da anatomia 
humana, já que essa era uma proibição expressa 
da Igreja Católica. 
 
5. O renascimento cultural e artístico do século 
XVI teve grandes nomes da pintura entre os 
seus protagonistas. Assinale a alternativa que 
indica o artista renascentista italiano que ficou 
conhecido como o Pintor das Madonas. 
 
a) Leonardo da Vinci. 
b) Rafael Sanzio.* 
c) Giordano Bruno. 
d) Michelangelo. 
 
 
6. Quais os principais aspectos valorizados pelos 
artistas renascentistas em suas obras e em quais 
locais da Europa esta produção artística foi mais 
valorizada? 
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7. Cite dois pintores renascentistas e dois 
arquitetos do período, indicando ao menos uma 
de suas obras. 
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8. Sobre as principais características técnicas de 
produção artística, nas quais se basearam os 
pintores e escultores renascentistas para a 
produção de suas obras, assinale a alternativa 
incorreta: 
a) Princípios matemáticos e racionais.b) O antropocentrismo. 
c) O plano reto e motivos religiosos.* 
d) A adoção da perspectiva. 
 
9. Como eram chamados os protetores das artes e 
das ciências? 
a) Renascentistas. 
b) Mecenas.* 
c) Humanistas. 
d) Giottas. 
10. Sobre Leonardo da Vinci, é CORRETO afirmar 
que: 
 
a) Foi um importante governante italiano que 
patrocinou vários artistas e cientistas do período 
renascentista. 
b) Foi um importante pintor, escultor, cientista, 
engenheiro, escritor e físico do Renascimento.* 
c) Foi o mais importante escultor e poeta do 
Renascimento Italiano. 
d) Foi um importante escultor e pintor italiano do 
Renascimento, cuja principal obra é Pietá. 
 
11. Qual artista renascentista 
italiano representou a virgem 
Maria com o menino Jesus? 
a) Galileu Galilei. 
b) Leonardo da Vinci. 
c) Rafael Sanzio.* 
d) Michelangelo Buonarroti. 
e) Domenico theotokopoulos. 
 
12. As principais características do Renascimento 
foram? 
 
a) Romantismo, espírito critico em relação à 
política, temas de inspiração exclusivamente 
naturalistas. 
b) Ausência de perspectiva e adoção de temas do 
cotidiano religioso, tendo como foco apenas os 
valores espirituais. 
c) Uso de temas ecológicos evidenciando a 
preocupação com o meio ambiente, execução de 
variados retratos de personalidades da época. 
d) Antropocentrismo, humanismo e inspiração 
greco-romana.* 
e) Teocentrismo, realismo e intensa espiritualidade. 
 
13. Qual foi a classe social que financiou as obras 
renascentistas e por que faziam isso? 
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56 – A ARTE DO BARROCO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O surgimento da arte barroca no século XVII, na 
Itália, deve-se a uma série de mudanças 
econômicas, religiosas e sociais ocorridas na Europa. 
Com o humanismo, o Renascimento e, 
principalmente, a Reforma, a Igreja Católica teve seu 
poder enfraquecido. Para recuperar seu prestígio e 
poder, a Igreja organizou a Contra-Reforma. Uma 
das iniciativas e talvez a mais importante foi a 
criação da Companhia de Jesus, ordem religiosa que 
difundiria a fé católica entre os povos e edificar 
grandes igrejas. É na construção e decoração dessas 
igrejas que nasce a arte barroca. Arquitetos, 
escultores e pintores foram convocados para 
transformar igrejas em verdadeiras exibições 
artísticas, cujo esplendor tinha o propósito de 
convertes ao catolicismo todas as pessoas. Da Itália, 
a arte barroca se propagou para outros países 
europeus e pelo continente americano através dos 
colonizadores espanhóis e portugueses. Ela se 
manifestou de forma distinta em cada país, porém 
manteve algumas características básicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diferente do Renascimento, em que as figuras são 
apresentadas de forma como se estivessem 
posando para um retrato, no Barroco elas passam a 
ser apresentadas de forma teatral, isto é, parecem 
sempre estar em movimento. Jogos de luz dão 
intensidade dramática à cena, destacando os 
elementos mais importantes do quadro, os quais 
formam uma composição em diagonal. A simetria e 
o equilíbrio entre arte e ciência, metas que o artista 
renascentista buscava de forma consciente, são 
rompidos na arte barroca, que procura retratar 
temas religiosos, mitológicos e do cotidiano com a 
predominância da emoção e não da razão. Através 
de um colorido intenso e de um contraste de claro-
escuro, a arte barroca consegue expressar de forma 
peculiar os sentimentos humanos. 
 
O equilíbrio entre razão e emoção, característica da 
escultura renascentista, desapareceu com o 
predomínio do Barroco, que escolheu a dramaticidade 
das expressões e o dinamismo dos movimentos como 
elementos básicos de seu espírito. Essas peculiaridades 
da escultura barroca se concretizaram através da 
predominância de linhas curvas, excesso de dobras nas 
vestes e a utilização do dourado. 
A escultura barroca não decorou 
somente fachadas, portadas e 
interiores de igrejas e palácios. Ela 
também esteve presente nas 
construções e restaurações de fontes. 
A arquitetura barroca também se 
caracterizou pelas diferentes 
combinações de elementos que 
criaram efeitos de forma e luz, 
rompendo com a frontalidade dos 
estilos arquitetônicos precedentes e 
com os valores renascentistas de 
simplicidade e racionalidade. Na igreja 
barroca é comum a predominância de 
cúpulas altas e imponentes. No seu 
interior, uma fileira de pequenas 
capelas estendia-se de um lado ao 
outro da nave, cada qual com um altar 
ricamente decorado. Em cada um 
desses altares, uma imagem de santo 
era colocada para incentivar os fiéis à 
devoção a Deus e à adoração dos 
santos. Essas são algumas das 
características arquitetônicas que 
atendiam as necessidades da Igreja 
Católica de proclamar e exibir o seu 
triunfo e poder. 
 
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57 – A IGREJA BARROCA NO BRASIL: A IGREJA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS/MG. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
Estilo artístico nascido na Itália no início do século 17, o barroco chegou ao Brasil quase 100 anos depois. Nosso país vivia o chamado Ciclo do Ouro, período em que 
a descoberta desse metal precioso em Minas Gerais transformou a região em um importante centro econômico. Exatamente por isso, boa parte da herança barroca 
no Brasil está espalhada por cidades mineiras, não só em obras artísticas, como esculturas, mas também na arquitetura de várias igrejas erguidas nessa época. A 
construção de templos ricamente ornamentados e com formas exuberantes contrastava com a simplicidade do estilo renascentista, que reinava até então. Assim, 
nas igrejas barrocas os altares e os púlpitos eram decorados com extravagância, recobertos por espirais, flores, monstros e anjinhos de cabelos encaracolados. 
Como se isso não bastasse, boa parte do 
interior delas era folheado a ouro, 
aproveitando a abundância do mineral no 
país. Toda essa opulência e riqueza de 
detalhes pode ser observada em várias 
igrejas de Minas. Mas talvez nenhuma 
delas simbolize tão bem as características 
do barroco brasileiro como a de São 
Francisco de Assis, em Ouro Preto (MG). 
Ela é um marco do estilo e tem abundância 
de luz e cor. A igreja – ou capela, como 
preferem os especialistas – começou a ser 
erguida em 1776 e só ficou pronta no início 
do século 19. Ela foi desenhada e 
ornamentada pelo maior artista brasileiro 
do período, Antônio Francisco Lisboa. 
Chamado popularmente de Aleijadinho, 
por causa de uma atrofia muscular que 
atingiu seus membros, ele era filho de um 
arquiteto português com uma escrava. 
Além de projetar construções, Aleijadinho 
também era um brilhante escultor. Para 
superar a deficiência física na hora de fazer 
suas obras, ele amarrava nas mãos 
instrumentos para talhar e aparar blocos 
de pedra. Graças à criatividade e ao 
esforço desse talentoso artista, a capela de 
São Francisco de Assis é considerada a 
mais bela de todas as igrejas barrocas de 
Minas Gerais. 
 
Desenho revolucionário: A fachada principal e o corpo da igreja 
têm forma curvilínea, uma característica nova trazida pelo estilo 
barroco, pois os templos religiosos até então costumavam ser 
retangulares. As duas torres arredondadas e lembrando a forma 
de uma guarita valeram à construção o apelido de “Igreja Militar” 
Fachada extravagante: Nem todas as igrejas barrocas têm uma fachada tão 
trabalhada como a da São Francisco de Assis. No alto da porta principal, vê-se 
uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, padroeirados franciscanos. O 
medalhão redondo um pouco mais acima retrata São Francisco, de joelhos, 
recebendo as chagas de Cristo. 
Altar esculpido: O interior das igrejas barrocas tem paredes e teto revestidos de 
madeira esculpida. O altar-mor da São Francisco de Assis, projetado por 
Aleijadinho e pintado por Manuel da Costa Athayde, é um bom exemplo: atrás 
dele, uma peça de madeira em alto- relevo com acabamento de ouro mostra a 
exuberância da arte barroca. 
Famosos anjinhos: Altares laterais repletos de anjinhos, flores e espinhos estão 
presentes em quase todas as igrejas do estilo. Na São Francisco de Assis, podem 
ser vistos três altares de cada lado da nave, dedicados a santos franciscanos: 
Santa Isabel da Hungria, Santo Ivo, São Francisco de Assis, São Lúcio e Santa Bona, 
São Roque e Santa Rosa de Viterbo. 
Sacristia assombrada: O lavabo em pedra-sabão da sacristia é considerado uma 
obra ímpar de Aleijadinho. Retrata uma figura humana com olhos vendados 
representando as qualidades franciscanas: pobreza, fé, obediência e castidade. 
Mas a sacristia também é famosa pela lenda de que o fantasma de uma mulher 
com roupas do século 18 costumava aparecer no local 
Teto de tirar o fôlego: Pinturas rebuscadas podem ser vistas 
em quase todos os templos barrocos. O teto da igreja, também 
pintado por Manuel Athayde, é uma obra-prima que levou 
quase 11 anos para ficar pronta. O artista mostrou a ascensão 
de uma Nossa Senhora com traços mulatos, envolta numa 
grande revoada de anjos. 
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58 – PRINCIPAIS ARTISTAS DO BARROCO NO MUNDO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caravaggio foi um dos maiores 
artistas do barroco italiano que 
viveu no século XVI. 
Dono de uma personalidade 
forte e um estilo extravagante, 
grande parte de sua obra 
chocou a sociedade. Sua 
pintura foi considerada 
revolucionária para a época, 
seja nas técnicas utilizadas, 
seja nas pessoas retratadas. 
Segundo ele: “Não sou um 
pintor valentão, como me 
chamam, mas sim um pintor 
valente, isto é, que sabe pintar 
bem e imitar bem as coisas 
naturais.”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rubens costumava dar às 
vestimentas um colorido 
exuberante que contrastava 
com a pele clara das figuras 
retratadas. Trouxera da Itália a 
predileção por telas 
gigantescas e foi mestre na 
arte de dispor as figuras, a luz e 
a cor numa vasta escala, 
sugerindo um intenso 
movimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sua obra se caracteriza pela 
predominância de expressões 
dramáticas e pela utilização de 
vívidos efeitos de luz. 
Rembrandt conseguiu 
reproduzir em suas telas uma 
gradação de claridade nunca 
vista antes. Embora os retratos 
e cenas religiosas e mitológicas 
constituam a maior parte de 
sua obra, ele também 
contribuiu de forma original a 
outros gêneros, incluindo a 
natureza-morta e o desenho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O maior pintor da escola 
espanhola, mestre na 
representação de luz e sombra. 
Nasceu em Sevilha, e logo na 
adolescência produziu obras 
que impressionam pela 
elaborada técnica. Em 1623 foi 
nomeado um dos pintores da 
corte do Rei Filipe IV, 
tornando-se o mais prestigiado 
pintor do reino espanhol. 
Embora tenha se dedicado a 
pintar retratos da realeza, 
também registrou em seus 
quadros o cotidiano de pessoas 
humildes do seu país. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Foi um escultor e arquiteto 
italiano considerado a maior 
expressão do barroco. Grande 
parte de sua obra está 
espalhada nas cidades de 
Roma e do Vaticano. Embora 
seja mais conhecido pelo seu 
trabalho de arquiteto e 
escultor, Bernini foi um artista 
múltiplo. Ele também produziu 
desenhos, pinturas e ainda, foi 
produtor de espetáculos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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59 – A ARQUITETURA BARROCA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
O estilo barroco é aquele que marca o período entre 
os séculos XVI e XVIII. Nascido na Itália, esse estilo 
rebuscado e profundamente marcado por ideais 
religiosos transparece de modo claro e absoluto na 
arquitetura. O estilo barroco também foi 
importantíssimo para o desenvolvimento e conceito 
de urbanismo na Europa dos fins da era medieval. 
Contudo, para compreender todo esse movimento 
artístico e arquitetônico é preciso voltar no tempo e 
entender o período dramático pelo qual passava a 
Igreja Católica. 
 
Uma das principais e mais notáveis características 
do estilo barroco é a extravagância e o exagero nos 
ornamentos e decorações. Sem falar que esse novo 
movimento artístico tira o homem do centro para 
exaltar os mistérios de Deus e da Igreja. Ou seja, ele 
rompe com os ideais racionais, simétricos e 
proporcionais do classicismo greco-romano para 
adentrar em um movimento profundamente ligado 
às emoções e sensações. Tudo isso para promover e 
reafirmar o status, poder e domínio da Santa Sé, 
combatendo ao mesmo tempo o avanço da Reforma 
Protestante. Por essa razão, que o estilo barroco 
está presente em grande parte apenas em Igrejas, 
basílicas e monumentos de influência cristã. Eram 
poucas as casas e espaços públicos romanos 
influenciados pelo barroco, apesar de existirem. O 
barroco sai do domínio da Igreja somente na França 
e outros países do Norte da Europa, onde é possível 
vê-lo em prédios públicos e residências particulares. 
 
 
 
 
 
 
Características da arquitetura barroca: Sem medo de ousar, o Barroco rompeu totalmente com as escolas 
artísticas do passado ao propor um estilo cheio de ornamentos e proporções irregulares e incomuns. Confira 
abaixo as características que marcaram a arquitetura barroca: 
x Extravagância e exageros ornamentais e decorativos 
feitos em gesso ou estuque; 
x Obras de formato incomum e irregular; 
x Ideia de movimento aplicada com o uso de curvas; 
x Proporcionar ao observador da obra uma visão de 
infinitude e grandeza; 
x Dramaticidade e efeitos teatrais; 
x Afrescos de teto usados em larga escala; 
x Grande uso de ornamentos dourados e acobreados; 
x Manipulação da luz e sombra como forma de 
aumentar o sentido de mistério; 
x Nave única nas igrejas; 
x Deus e a Igreja passam a ser o centro da obra e não 
mais o homem; 
 
As principais diferenças entre a arquitetura barroca e a arquitetura clássica, sua precedente, são o uso da 
emoção e das sensações em detrimento da racionalidade, a complexidade no lugar da simplicidade e a 
ambiguidade ao invés da clareza. 
 
Arquitetura Barroca no Brasil: A arquitetura barroca também teve seu ponto alto no Brasil e até hoje é 
apreciada por artistas e arquitetos do mundo todo. O barroco brasileiro está relacionado com o barroco 
português, trazido pelos jesuítas, que por sua vez foi influenciado pelo italiano, todos, no entanto, tem na 
visão religiosa sua principal inspiração. O estado de Minas Gerais, mais especificamente a cidade de Mariana 
e Ouro Preto, concentra as obras do período barroco no Brasil, que predomina entre os séculos XVII e XVIII. 
 
 
 
 
 
 
 
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60 – RESUMÃO: A ARTE BARROCA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
 
Em um contraste marcado pelo 
período de declínio da Igreja 
Católica, seus religiosos voltam 
com tudo influenciando não só o 
cenário socioeconômico e 
político de toda a Europa, como 
também as tendências artísticas. 
A arte barroca surge então em 
meio a um contraste: de um lado, 
temos o teocentrismo e a 
essência do espiritualismo 
presente na Idade Média. E do 
outro, a influência parte do 
antropocentrismo e racionalismo 
que marcaram o período 
renascentista. 
 
Os primórdios da arte barroca: Sendo assim, a arte 
barroca surge no início do século XVIII, em território italiano. 
As igrejas católicas, após passarem por um período de crise, 
adotaram uma forma maisartística para as suas construções e 
a onda se estendeu por todo o continente europeu. A principal 
semelhança com o Renascentismo se dá pelo fato de que 
ambos tinham uma ideologia muito parecida, principalmente 
pelo destaque dado aos elementos mais antigos, como na 
arquitetura. No século XVIII, todo o mundo (e não só a Europa) 
passava por uma série de mudanças impulsionadas pelas 
descobertas tanto em âmbito político como também social. O 
catolicismo, então, começou a perder alguns fãs e muitos deles 
começaram a seguir Martin Lutero e o Protestantismo por ele 
desenvolvido. 
 
Os fenômenos da arte barroca: Um grande fenômeno 
da arte barroca, como já visto anteriormente, é a junção 
proposta entre dois elementos que já na época entravam em 
desavenças, encontradas até os dias atuais: a ciência e a 
crença religiosa. É nessa linha tênue que separa as duas que 
podemos encontrar a arte barroca. Porém, no barroco a 
ciência sempre se sobressaiu, devido às revoluções culturais, 
artísticas e sociais da época. Isso fez com que os indivíduos 
começassem a perceber que talvez existisse algo mais do que 
religião no mundo e algumas explicações da ciência estavam 
explícitas em obras literárias ou pinturas do período barroco. 
Nas pinturas de arte barroca sempre foi comum um ponto de 
vista mais medieval, porém, sempre exalando os ideais do 
período renascentista. Sendo assim, as obras ganhavam um 
grande contraste proporcionado pela bela mistura entre 
sombras e luz. As divindades religiosas, por exemplo, 
ganhavam uma forma humana após misturar o homem com 
Deus. Os seres celestiais, por outro lado, ganhavam o corpo de 
mulheres e homens na pintura barroca. 
 
Características da arte barroca: As obras artísticas 
criadas durante o movimento barroco têm características bem 
marcantes e fortes, capazes inclusive de mexer com o próprio 
psicológico de nós humanos. Em pinturas e até mesmo as 
construções desse tipo de arte é notável a forma como se 
aproximam dos humanos, com todos os detalhes e diferenciais 
do nosso corpo e alma. É possível sentir as emoções que 
aquela obra (ou quem está dentro dela) tenta nos 
proporcionar, assim como a beleza, a força, a inveja, o medo. 
Outra característica presente na arte barroca é a expressão do 
pessimismo que, inclusive, estabelece um conflito real e 
marcante entre o personagem, ou seja, o eu e o resto do 
mundo. Muitos dos autores se dividiam entre a fé imposta 
pelo catolicismo e a razão do renascimento. 
 
 
Sendo assim, a arte barroca conta com vários recursos para 
expressar o sofrimento causado pelas dúvidas nos seres humanos, 
como é o caso da dor e da pobreza, por exemplo. Com uma 
linguagem extremamente rica, a arte barroca também valoriza o 
contraste encontrado entre dois opostos: de um lado, o céu. De 
outro, a terra. O que seria encontrado em um abismo entre a 
juventude e a velhice? E entre o pecado e o pedido de desculpas? 
Todas essas perguntas encontram suas respostas (ou novos 
enigmas) na arte barroca. Além da arte e em construções, o 
barroco também se desenvolve de maneira expressiva na 
literatura e até mesmo na decoração, estando presente em 
objetos e móveis até os dias atuais como em camas, cômodas, 
espelhos e outros. O uso desses itens era comum principalmente 
em palácios reais. 
 
A arte barroca no Brasil: Em território brasileiro, a arte 
barroca era fabricada por meio de madeira dourada ou 
policromada, além de pedra sabão e de barro cozido. Sua chegada 
foi durante o século XVIII, sendo ela trazida pelos colonos 
europeus (com destaque para os portugueses). Por ser um país 
essencialmente católico, a arte barroca ganhou muito espaço 
tanto na decoração da casa dos senhores, engenhos e donos de 
propriedades mais ricos, como também na construção de igrejas e 
outros templos religiosos. No Brasil, a arte barroca sempre contou 
com traços muito dramáticos e as construções com base nessa 
arte eram extremamente grandiosas. O país teve muitos 
representantes na arte barroca, com destaque para o escultor e 
artista Antônio Francisco Lisboa, conhecido popularmente como 
Aleijadinho. Além disso, Manuel da Costa Ataíde foi o principal 
pintor da arte barroca em nosso território. O auge da arte ocorreu 
entre o século XVIII desde a sua chegada, até o século XIX. 
 
 
 
 
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61 – EXERCÍCIO DE OBSERVAÇÃO E DESENHO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
Observe a seguir detalhes retirados de algumas 
obras artísticas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apesar de as obras acima não apresentarem figuras 
humanas com a precisão dos desenhos 
renascentistas, elas também são representações do 
homem. 
 
 
Praticar a arte: Nos espaços a seguir, reproduza as figuras apresentadas e escreva as informações de onde é 
cada uma delas. Se desejar, escolha o detalhe de alguma obra de arte que você conheça e goste e faça o 
desenho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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62 – EXERCÍCIO INTERPRETATIVO: A ARTE BARROCA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
1. O barroco surge como uma resposta no campo 
artístico ao protestantismo, buscando reafirmar 
os valores católicos, recorrendo principalmente 
ao uso de imagens e de santos. Entretanto, o 
barroco se coloca como oposição a outro 
movimento artístico do século XVI, baseado na 
racionalidade e na busca da simetria em suas 
produções artísticas. Qual é este movimento? 
 
a) Classicismo. 
b) Modernismo. 
c) Renascimento.* 
d) Romantismo. 
 
2. O Barroco como afirmação artística religiosa 
buscava se opor aos conceitos do Renascimento, 
principalmente a utilização do antropocentrismo 
e da racionalidade na produção estética. Sobre o 
barroco, qual das afirmativas abaixo é 
INCORRETA: 
 
a) Há no barroco o surgimento de pinturas e 
esculturas marcadas por formas retorcidas e 
tensas. 
b) A preocupação do barroco era reforçar o 
racionalismo e equilibrá-lo com as emoções, e não 
em criar uma arte mais emotiva e cotidiana.* 
c) A história e atributos de santos e mártires 
católicos se viam representados com bastante 
frequência na pintura, nas esculturas e 
construções do período, sendo que os elementos 
eram dispostos de maneira pouco simétrica, 
assumindo na maioria das vezes uma organização 
diagonal. 
d) A valorização das cores e a contraposição de luzes 
e sombras tinham grande importância na 
demonstração dos gestos e estados de espírito do 
homem. 
 
3. Segundo a Arte Barroca, julgue os itens a seguir 
em (C) CERTOS ou (E) ERRADOS: ecee 
a) O Barroco foi um movimento contra reforma 
protestante. 
b) No Barroco existe um predomínio das 
emoções e não o racionalismo renascentista. 
c) O Barroco foi um movimento quase sem cor e 
formas. 
d) Este movimento foi quase sem expressão nas 
artes plásticas. 
4. Marque (V) VERDADEIRO ou (F) FALSO: fvff 
a) O estilo barroco retomou os próprios princípios 
da arte da antiguidade greco-romana; e de 
acordo com essa nova tendência, uma obra só 
seria perfeitamente bela na medida em que 
imitasse os artistas clássicos gregos. 
b) Diante da Reforma Protestante a Igreja Católica 
logo se organizou contra. E assim a Arte 
Barroca serviu para revigorar seus princípios 
doutrinários. 
c) Com vigor barroco, os palácios barrocos se 
tornaram ambientes de encantamento, 
projetados para impressionar os visitantes com 
o poder e a glória do rei. 
d) O ideal humanista, a preocupação com o rigor 
científico e a composição equilibrada, são as 
principais características da Arte Barroca. 
 
5. Marque (V) VERDADEIRO ou (F) FALSO: ffvv 
 
a) Os tons suaves e pastéis, o equilíbrio simétrico, 
a luz diagonal e a composição bidimensional 
fazem parte do estilo barroco. 
b) Na representação barroca a figura humana, 
diversas vezes, aparece levemente 
geometrizada, revelando uma preocupação 
naturalista.c) Do ponto de vista pictórico, as obras barrocas 
apresentam uma iluminação basicamente 
simétrica em relação à perspectiva linear 
utilizada. 
d) Nas obras barrocas as cenas representadas 
envolvem-se num acentuado contraste de 
claro-escuro, o que intensifica a expressão de 
sentimento. 
 
6. Marque (V) VERDADEIRO ou (F) FALSO: vfff 
 
a) O racionalismo tão buscado e desejado pelo 
Renascimento tornou-se altamente secundário, 
dando lugar às emoções dentro do estilo 
Barroco. 
b) As obras barrocas romperam o equilíbrio entre o 
sentimento e a razão ou entre a arte e a ciência. 
c) A iluminação diagonal tão marcante na pintura 
barroca remete ao observador uma sensação 
estática. 
d) Considerada por diversos críticos uma arte 
requintada, aristocrática e convencional, o 
Barroco acabou tornando-se, com o passar do 
tempo, superficial. 
7. Quanto a Pintura Barroca analise itens abaixo e 
em seguida marque a alternativa CORRETA: 
a) Na pintura, frequentemente uma luz incide 
diretamente sobre aquilo que o pintor quer 
valorizar na tela.* 
b) As cores de tons azuis e rosa são banidos da 
pintura. 
c) O artista Barroco esta fortemente ligado ao 
misterioso e ao sobrenatural. 
d) Há uma tendência para a utilização da cor 
preta. 
 
8. Quanto à arte do período Barroco assinale a 
alternativa CORRETA: vvff 
a) Na pintura utilizava de uma técnica conhecida 
como claro e escuro. 
b) A expressão dramática e os gestos amplos não 
são marcas da escultura barroca. 
c) O dourado é banido da escultura como uma 
forma de entrega dos bens materiais. 
d) É na arquitetura barroca que surgem os arcos 
e cúpulas. 
 
9. Sobre o Barroco, pode-se afirmar que: 
a) Foi uma forma de manifestação artística 
inspirada nos conceitos pagãos de Idade 
Média e a Antiguidade. 
b) Fez uso da grandeza excessiva, do 
extravagante, do artificial, para expressar as 
concepções de mundo moderno.* 
c) Surgiu nos países anglo-saxões, no final do 
século XVII, e se espalhou por toda a Europa 
no século XVIII. 
d) Impôs uma nítida diferenciação entre as 
formas artísticas, como a pintura, a escultura 
e a arquitetura. 
 
10. O Barroco teve como berço a Europa, mais 
precisamente em Roma. Sendo tal movimento 
artístico trazido ao Brasil pelos colonizadores, 
torna-se correto afirmar que: 
a) O barroco brasileiro foi diretamente influenciado 
pelo barroco europeu. 
b) O barroco era utilizado apenas em espaços 
religiosos.* 
c) Sendo associado com a religião católica, o Barroco 
brasileiro foi utilizado em muitas igrejas e nas 
fachadas das construções civis. 
d) Tal movimento se desenvolveu com as mesmas 
características, em todas as regiões brasileiras. 
11. Sobre o "Barroco Mineiro", é INCORRETO 
afirmar que: 
a) Antônio Francisco de Lisboa, também conhecido 
como Aleijadinho, foi escultor e arquiteto e o 
principal representante do barroco mineiro. 
b) O Barroco Mineiro foi diretamente influenciado 
pelo Barroco Italiano. 
c) A arte Barroca era utilizada como instrumento de 
controle religioso.* 
 
12. A produção artística chega a nós, hoje, dos mais 
variados modos, e sua divulgação sofre 
interferências da mídia, instituições, governos. 
A tecnologia existente hoje fez com que obras 
de arte se reproduzissem fantasticamente. 
Mona Lisa, por exemplo, existe apenas no 
museu do Louvre, em Paris, mas hoje vemos 
“Mona Lisas” espal adas aos il ares aos 
milhões pelo mundo. Quem já não a viu 
estampada em camisetas, cinzeiros, chaveiros e 
até fazendo propaganda de jeans em revistas? 
Quantas releituras, citações, apropriações já 
não foram feitas dessa obra? 
 
 
 
 
 
Considere as afirmativas a seguir: 
 
I. A apropriação e a citação de obras de arte, ou de 
parte delas, tanto na propaganda como na arte, 
cumprem a mesma função. 
II. A reprodução da obra de arte, de certa forma, 
democratiza-a e a torna acessível à grande 
maioria da população. 
III. O processo de releitura pressupõe ir além da 
reprodução, pois significa reinterpretar e, por 
isso, criar novos significados. 
IV. O aspecto quase sagrado que somente a obra 
original possui se perde a medida que esta é 
reproduzida em grande escala. 
 
Assinale a alternativa CORRETA: 
 
a) Somente as afirmativas I e III são corretas. 
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. 
c) Somente as afirmativas II e IV são corretas. 
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. 
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.* 
 
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63 – O ROCOCÓ. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
No final do século XVII e início 
do século XVIII a França 
tornou-se a nação mais 
poderosa da Europa em 
termos militares e culturais. 
Paris se transformou na 
capital das artes plásticas, 
posição que foi ocupada por 
Roma durante séculos. Nesse 
período teve início, na França, 
o Rococó, estilo artístico que 
foi ao mesmo tempo um 
desenvolvimento e uma 
reação ao estilo Barroco e que 
se caracterizou pelo uso de 
formas curvas e pelo excesso 
de ornamentos, tais como 
conchas, flores e laços. 
O termo deriva do francês “rocaille”, que significa 
“incrustações de conchas, pedrinhas e fragmentos 
de vidro com que se enfeitam grutas”, e de uma 
combinação das palavras barroco e rocaille. O 
Rococó se opôs ao espírito grandioso do Barroco, 
pois os franceses passaram a dar valor à elegância e 
à conveniência, quando o rei Luís XIV começou a 
perdes sua popularidade. Em 1715, quando Luís XX, 
um jovem amante dos prazeres, foi coroado rei, a 
corte francesa mudou-se de Versalhes para Paris. Os 
ricos banqueiros e comerciantes parisienses 
encontraram na arte uma forma de ostentar o poder 
e de serem aceitos pela aristocracia. Dessa maneira, 
o Rococó estabeleceu-se como estilo dominante e 
permaneceu na França até 1780, período governado 
por Luís XVI, neto e sucessor de Luís XV. Por esse 
motivo o Rococó também ficou conhecido como 
Estilo Luís XV e Luís XVI. 
Em contraste com o Barroco, as cores do Rococó são 
leves e vivas, o branco e os tons claros de rosa, azul 
e verde substituíram as cores sombrias e o excesso 
de dourado. As decorações se transferiram das 
igrejas e palácios para as salas privadas. A 
intimidade, a alegria das expressões e cores e a 
predominância de temas que retratavam as 
futilidades da nobreza francesa são as principais 
características que identificam o Rococó. 
 
 
 
 
 
 
Quanto à arquitetura, o estilo rococó manifestou-se 
principalmente nos interiores das construções. 
Paredes e tetos de salões eram ornamentados com 
pinturas suaves e elementos decorativos, como 
flores e laços feitos com estuque. Em oposição à 
exuberância e riqueza dos interiores, as fachadas 
das construções no Rococó eram simples, as 
texturas suaves e as numerosas janelas substituíram 
o relevo abrupto das superfícies e as cores vivas 
utilizadas anteriormente no Barroco. 
 
A pintura do Rococó divide-se em dois campos 
nitidamente diferenciados. Um deles forma um 
documento visual intimista e despreocupado do modo 
de vida e da concepção de mundo das elites europeias 
do século XVIII, e o outro, adaptando elementos 
constituintes do estilo à decoração monumental de 
igrejas e palácios, serviu como meio de glorificação da 
fé e do poder civil. Apesar de seu valor como obra de 
arte autônoma, a pintura rococó era concebida muitas 
vezes como parte integrante de uma concepção global 
de decoração de interiores. Começou a ser criticada a 
partir de meados do século XVIII, com a ascensão dos 
ideais iluministas, neoclássicos e burgueses, 
sobrevivendo até a Revolução Francesa, quando então 
caiu em descrédito completo, acusada de superficial, 
frívola, imoral e puramente decorativa. O Rococó 
denota uma nova maneira de viver e sentir a arte. Os 
temas trazem cenas pastoris, festas galantes, 
traduzindo amor, sedução, erotismo e hedonismo 
(doutrina filosófica que faz do prazer o objeto da vida). 
Temas tratadosde forma ligeira e superficial, com 
referência a deuses e a pequenos cupidos. 
Teatralidades próprias do estilo rococó, opostas à 
ansiedade e tristeza do barroco. 
 
 
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64 – PRINCIPAIS ARTISTAS DO ROCOCÓ. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
Antoine Watteau é um símbolo do 
rococó francês - com seus quadros de 
cenas idílicas, ricas em detalhes e 
atmosfera de cores claras. As obras 
do artista sugerem a ideia de 
felicidade, mas há muito mais para 
além dessa superfície. Cada imagem 
revela um Watteau que, além de 
dominar a técnica, possui uma fina 
crítica sobre a sociedade e sobre a 
própria humanidade. 
O artista também realizou projetos de decoração de 
interiores de palácios e cenários apropriados para as 
constantes festas da nobreza francesa. Contudo, 
essa atividade não suficiente para o seu gênio 
criativo. Suas pinturas passaram a trazer elementos 
de uma perspectiva da vida na qual as privações e 
tristezas não têm lugar. Um cotidiano alegre, com 
dias de piquenique em parques e vales, além das 
terras fantásticas aonde a chuva nunca chega para 
arruinar o momento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Iniciou seus estudos na oficina de 
Pierre Dublin, pintor de história, após 
um rápido início como gravador e 
desenhista. Não se realizando com o 
gênero, foi estudar com Claude Gillot, 
tendo ali recebido influência de seu 
colega Antoine Watteau. Veio depois 
a tornar-se mestre orientador do 
estilo de pintura denominado “fête 
galante” (festas galantes) – um novo 
gênero de paisagens – sendo 
responsável, portanto, por um ramo 
específico do paisagismo francês no 
período do Rococó. 
O pintor tornou-se respeitado e muito apreciado à 
época. É tido, ao lado de Jean- Baptiste Pater, como 
o mais importante dos artistas que receberam 
influência de Watteau. 
Mais tarde, outra característica 
predominante na pintura rococó foi 
a sensualidade. Jean-Honoré 
Fragonard conseguiu refletir essa 
característica de forma sutil em um 
de seus quadros mais famosos: “O 
Balanço”. Fragonard tinha uma forte 
inclinação para a natureza, e na 
maioria de suas obras as figuras 
humanas se fundem com o volume e 
a exuberância da vegetação. 
 
 
 
 
 
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65 – DECORANDO UMA PORCELANA DO ROCOCÓ. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
Uma das características do Rococó é a valorização 
dos objetos de decoração. Móveis, estatuetas e 
demais utensílios de uso doméstico eram ricamente 
decorados. Merece destaque especial os objetos de 
porcelana que, a partir de 1710, passaram a ser 
fabricados na Europa ao invés de serem importados 
do Oriente, como aconteciam até então. A partir de 
1756, a Manufatura Real de Porcelana de Sèvres 
passou a produzir as mais finas porcelanas em 
grande escala. Dessa maneira a cidade de Sèvres, no 
norte da França, ficou famosa por produzir um dos 
materiais integrantes do Rococó. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Praticar a arte: Observando os modelos de vasos de porcelana Sèvres apresentados ao lado e conhecendo a 
paleta de cores características do Rococó, decore seu próprio vaso de porcelana. Observe os elementos 
gráficos presentes nesse estilo e use-os conforme sua criatividade. Não se esqueça do dourado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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66 – RESUMÃO: O ROCOCÓ. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
“Rococó” é um substantivo 
masculino de origem francesa 
(rocaille, que significa “concha”) e 
faz alusão a um estilo artístico 
tipicamente decorativo. Ele 
prosperou na Europa 
(especialmente no sul da 
Alemanha e na Áustria) do início 
ao fim do século XVIII, marcando a 
passagem do Barroco para o 
Arcadismo. Caracterizado pelo uso 
de conchas, laços e flores em seus 
adornos, o estilo rococó 
predominou na esfera da 
arquitetura, escultura e pintura. 
Elas deveriam se complementar harmonicamente, muitas 
vezes pela união de artistas especializados em afazeres 
distintos. O Rococó pode ser considerado como uma reação da 
aristocracia e burguesia francesa contra a suntuosidade do 
barroco tradicional. Em geral, a substituição das cores 
vibrantes do barroco por tons rosa, verde-claro, estabelecem 
uma primeira diferenciação entre os dois estilos. Além disso, a 
originalidade do rococó é conferida no abandono das linhas 
retorcidas e pela utilização de linhas e formas mais leves e 
delicadas. Do ponto de vista histórico, essa transformação 
indicava o interesse burguês em alcançar o prazer e a 
graciosidade nas várias obras que eram encomendadas à 
classe artística da época. 
 
Principais Artistas: 
Dentre os vários artistas deste período, destacaram-se: 
 
x François Boucher (1703-1770): pintor francês 
x Nicolas Pineau (1684-1754): escultor e arquiteto 
francês 
x Jean-Antoine Watteau (1684-1721): pintor francês 
x Juste Aurèle Meissonnier (1695-1750): escultor, pintor, 
arquiteto e designer franco-italiano 
x Pierre Lepautre (1659-1744): escultor francês 
x Johann Michael Fischer (1692-1766): arquiteto alemão 
x Johann Michael Feichtmayr (1709-1772): escultor 
alemão. 
 
Principais Características: Considerado por muitos como 
uma variante “profana” do barroco, o rococó caracterizou-se, 
acima de tudo, pela valorização das linhas em formato de 
concha. Ele abandona aquelas linhas retorcidas, típicas do 
barroco, para empregar linhas e formas mais leves e delicadas, 
vistas facilmente na decoração dos interiores, ourivesaria, 
mobiliário, pintura, escultura e arquitetura. As obras deste 
movimento estético possuem texturas suaves que buscam 
expressar o caráter lúdico e mundano da vida. Assim, foi uma 
preferência os temas leves e sentimentais relacionados ao 
cotidiano e recheados de alegorias mitológicas e pastoris. Os 
ambientes luxuosos, como parques e jardins suntuosos, 
retratam, na maioria das vezes, cenas eróticas e sensuais em 
paisagens idílicas e alegres, nas quais transparecem os 
interesses hedonistas e aristocráticos. 
 
Estilo Rococó na arquitetura e na pintura: Na 
arquitetura, o rococó criou edifícios com amplas aberturas 
para a entrada de luz. Quanto às esculturas, essas passaram a 
possuir um tamanho reduzido e são apresentadas 
individualmente, por meio de figuras isoladas, além de serem 
feitas a partir de materiais maleáveis, como gesso e madeira. 
Já a pintura, retratava o modo de vida das elites europeias do 
século XVIII, lançando mão de linhas curvas, leves e delicadas, 
preenchidas com cores suaves, sobretudo os tons pastéis. 
 
 
 
 
Rococó no Brasil: Analisando friamente, esse estilo de arte não 
demorou muito para chegar no Brasil, pois já exercia sua 
influência em nossa terra durante o século XVIII mesmo. A 
primeira vez que essa linha artística apareceu por aqui foi na parte 
mobiliária, que era muito apreciada por D. João V. Tanto é que 
muitos se referiam ao Rococó como “a arte de D. João V”. 
Diferente do que aconteceu em outros países, no Brasil essa 
manifestação artística aparecia intimamente relacionada com a 
arquitetura religiosa, principalmente em Minas Gerais (Ouro Preto 
é um dos exemplos mais simbólicos), Rio de Janeiro, Belém, 
Pernambuco e Paraíba. Por ter essa aproximação com a 
religiosidade, no Brasil o Rococó realmente se mistura muito com 
o Barroco, não sendo tão fácil diferenciar um do outro. Os maiores 
nomes nacionais foram Manuel da Costa Ataíde, Francisco Xavier 
de Brito, José Pereira Arouca e o célebre Aleijadinho. Quem visita 
a Igreja de Santa Rita, no centro do Rio de Janeiro, pode observar 
claramente a arquitetura e decoração típicas do Rococó: muito 
dourado, desenhos de flores e uso de conchas. Por ser uma igreja, 
também é um ponto que serve para ilustrar a religiosidade 
impregnada no Rococó e, como consequência natural disso, a suasemelhança com a arte barroca. 
 
 
 
 
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67 – ANALISANDO A OBRA: “PAISAGEM COM MOISÉS SALVO DAS ÁGUAS”, CLAUDE LORRAIN. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
Considerado como um dos intérpretes de 
paisagem mais célebres do século 18, Lorrain 
mudou-se em 1613, ainda adolescente, da 
sua Lorena natal para Roma, onde 
excetuando breves estadas em Nápoles e no 
seu país de origem, permaneceu até a sua 
morte, em 1682, em estreito contato com o 
círculo de pintores nórdicos da zona de 
Santa Maria del Popolo. O cosmopolita 
ambiente cultural da capital influenciou a 
longa carreira do pintor através de diversas 
experiências: a medida classicista de 
Poussin, o sentido paisagista dos 
bolonheses, desde Annibale Carraci até 
Guercino, e a maestria da iluminação dos 
caravaggistas. 
Adquiriu o costume de desenhar a partir do natural, 
libertando-se dessa forma, dos modelos acadêmicos e dando 
forma concreta à realidade da natureza graças à continuidade 
estre espaço e luz. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esta tela faz parte de um grupo de obras pintadas para Filipe IV, destinadas a decorar a Galeria de Paisagens do Palácio do Buen 
Retro de Madri, e faz par com a Paisagem com o Enterro de Santa Serápia. O episódio, extraído do Antigo Testamento, não passa 
de um pretexto para representar a ampla e harmoniosa paisagem, interpretação idealizada do campo romano, que o artista não se 
cansou de percorrer, fixando as suas cambiantes em centenas de desenhos graciosos. Absoluta protagonista é a luz quente que 
difunde entre as massas arbóreas entrecruzadas, sobre o reflexo da água depois da cascata, e na velada transparência do céu. Os 
edifícios ao longo do rio, a ponte romana, a cidade e as elevações ao longe dão lugar a uma paisagem idealizada e, todavia 
reconhecível; trata-se da campina do Lácio executada pelo pintor no ateliê com base em apontamentos e desenhos feitos no local. 
Praticar a arte: Escolha uma das inúmeras paisagens pintadas por Claude Lorrain para você desenhar e pintar ao seu modo. 
 
 
 
 
 
 
 
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68 – O NEOCLASSICISMO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nas últimas décadas do século XVIII um novo estilo 
predominou na pintura, na escultura e na 
arquitetura. Denominado Neoclassicismo, esse 
estilo surgiu como reação ao Barroco e Rococó e se 
caracterizou pelo desejo de recriar as formas 
artísticas da Antiguidade greco-romana. A afirmação 
do Neoclassicismo deve-se em parte à curiosidade 
pelo passado desencadeada pelas escavações 
arqueológicas de Pompéia e Herculano, cidades 
italianas soterradas pela lava do vulcão Vesúvio no 
ano 79 d.C. Dessa maneira, as formas gregas e 
romanas serviram de modelo aos artistas 
neoclássicos, que as reelaboraram com base nos 
princípios de racionalidade, proporção, medida, 
simetria e nitidez. Esses artistas, influenciados pelas 
ideias iluministas (filosofia que pregava a razão, o 
senso moral e o equilíbrio em oposição à emoção) e 
inspirados na pintura renascentista, sobretudo em 
Rafael, substituíram as linhas diagonais e curvas do 
Barroco e Rococó por linhas horizontais e verticais 
com traços firmes e equilibrados. Os neoclassicistas 
queriam expressar as virtudes cívicas, o dever, a 
honestidade e a austeridade, temas que se 
opunham diretamente à frivolidade da aristocracia 
nos períodos anteriores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A arquitetura neoclássica também buscou 
inspiração na Antiguidade clássica e é caracterizada 
pelo uso de fachadas sóbrias, nas quais colunas 
dóricas ou jônicas sustentam frontões triangulares. 
Ela predominou tanto nas construções civis quanto 
nas religiosas. A primeira manifestação da 
arquitetura neoclássica iniciou-se na Inglaterra em 
1730, quando vários arquitetos visitaram a Itália e a 
Grécia e começaram a concretizar o resultado de 
suas observações. Posteriormente difundiu-se na 
Europa e na América. Na França um exemplo dessa 
arquitetura é a igreja de Santa Genoveva, que se 
transformou posteriormente no Panteão de Paris. 
No terreno da escultura o impacto de novidade dos 
novos conhecimentos adquiridos foi menor do que nas 
outras artes, como a pintura e a arquitetura, pois os 
escultores já bebiam na fonte clássica deste o século 
XV, mas seus melhores resultados na reinterpretação 
da tradição greco-romana não deixaram de mostrar a 
mesma elevadíssima qualidade. Em linhas gerais 
buscou-se evitar o extremo contorcionismo da 
estatuária barroca e predominaram as formas mais 
naturalistas, e o colorido de superfície foi praticamente 
abandonado de todo em favor da exposição completa 
do material constituinte da obra. A temática privilegiou 
a história e mitologia greco-romanas, com muitos 
elementos alegóricos e grande ênfase no nu, e o 
retrato enalteceu os homens públicos meritórios. As 
obras mostravam em geral alto nível de equilíbrio 
formal, com uma expressividade circunspecta e raros 
momentos de drama. Canova foi o mais bem sucedido 
na exploração de uma ampla gama de sentimentos e 
de formas mais dinâmicas, passando da tranquila 
ingenuidade juvenil em peças como “As três graças”, 
até à violência desmedida no “Hércules e Licas” e no 
“Teseu derrotando o centauro”, e pesquisando outras 
regiões da emoção como o arrependimento, visível na 
patética “Madalena penitente”. 
 
 
 
 
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69 – CONHECENDO O ARTISTA E SUA OBRA: JACQUES-LOUIS DAVID. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
Durante o Neoclassicismo, que se manteve 
até o início do século XIX, o artista que mais 
se destacou foi Jacques-Louis David (1748-
1825), pintor francês quem em 1774 
ganhou o Prix de Rome, bolsa de estudos 
concedida pela Academia Francesa, em 
Paris, que dava o direito aos ganhadores de 
estudarem em Roma. 
Na Itália, David encantou-se com as pinturas renascentistas e 
visitou as escavações de Pompéia e Herculano, onde ficou 
impressionado com a riqueza da Antiguidade greco-romana. 
David conviveu com arqueólogos e artistas iniciadores do 
Neoclassicismo. Em 1780 ele voltou a Paris, onde se 
estabeleceu. Mais tarde, simpático á Revolução Francesa, 
tornou-se deputado e votou pela decapitação de Luís XVI. As 
pinturas de David estavam afinadas com a época em que ele 
vivia, elas exaltavam a severidade, o auto sacrifício e o dever 
cívico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No quadro acima vemos Sócrates (469 a.C.), filósofo grego que 
foi condenado sob a falsa acusação de corromper a juventude 
ateniense. A sentença impunha ou a morte pla cicuta ou o 
exílio. No entanto, como para os antigos gregos ser expulso de 
sua pátria era um castigo pior que a morte, Sócrates, para não 
contestar o veredito de uma corte legítima, tomou o cálice do 
veneno. Nessa obra sobre o tema do auto sacrifício moral, 
David personifica através da figura de Sócrates a ideia do dever 
para com o Estado. 
Observe como os personagens 
são representados como se 
fosse esculturas e a altivez de 
Sócrates bem ao gosto dos 
heróis gregos. David usa essa 
cena para fazer menção aos 
revolucionários franceses que 
deveriam ser heróis como os 
gregos, que lutavam pelas 
causas de seu tempo. 
Ele participava ativamente da Revolução 
Francesa quando retratou em “A Morte de 
Marat” o assassinato de seu amigo e líder da 
Revolução. 
Em 1794 Davi foi preso, acusado de traição, mas 
acabou sendo libertado seis meses depois 
graças à intervenção de sua ex-esposa, que se 
divorciaria dele por diferenças políticas (ela 
apoiava a Monarquia). Na prisão, Davi iniciou “O 
Rapto das Sabinas”, obra em que mostra seu 
perfeito domínio do dramático numa cena 
retirada da lenda romana. 
 
 
 
Observe que David não descreve o momento 
em que as sabinas foram raptadas pelos jovensromanos, que precisavam de mulheres para a 
cidade que acabavam de fundar, e sim a última 
batalha entre romanos e sabinos, quando as 
sabinas, agora mães, exibem seus filhos ao seu 
antigo povo e aos atuais maridos romanos, 
conseguindo o fim da luta e a união dos dois 
povos. Acredita-se que David escolheu o tema 
em homenagem à sua fiel esposa, com a qual se 
casou novamente ao sair da prisão. Entretanto, 
essa obra foi interpretada pelos seus 
contemporâneos como uma expressão da 
necessidade de amenizar o conflito civil que 
ocorreu na França após a Revolução. David foi o 
maior pintor da Revolução e tornou-se o pintor 
oficial do império de Napoleão. 
 
Seus últimos anos foram calmos e sem 
realizações. Sentia-se menosprezado por estar 
no exílio; ao mesmo tempo se recusava a voltar, 
embora seus alunos fizessem campanhas para 
isso. Recusou refúgio na corte do rei Frederico 
III da Prússia e também se recusou a pintar o 
Duque de Wellington. Em certa noite de 
fevereiro de 1824 foi atropelado por um tílburi 
(pequena carruagem para duas pessoas puxada 
por apenas um animal) quando voltava do 
teatro e jamais se recuperou do acidente. Seu 
declínio físico culminaria com sua morte em 29 
de dezembro de 1825. Negada a permissão para 
que se transladasse seu corpo para França que 
ele tanto amara, David foi sepultado na Igreja de 
Santo Gudula, em Bruxelas. 
 
 
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70 – EXERCÍCIO INTERPRETATIVO: ROCOCÓ E NEOCLASSISCIMO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
1. Sobre os ideais da arte no estilo Neoclássico 
assinale a alternativa INCORRETA: 
a) Busca inspiração no equilíbrio e na 
simplicidade. 
b) Caráter ilustrativo e literário, marcados pelo 
formalismo e pela linearidade. 
c) Academicismo: nos temas e técnicas, isto é, 
sujeição aos modelos e regras ensinadas nas 
escolas ou academias. 
d) Harmonia do colorido nas pinturas e exatidão 
de contornos. 
e) Restauração da arte religiosa em oposição à 
influência greco-romana. 
 
2. Acerca da escultura neoclássica assinale os itens 
CORRETOS: 
a) Temas históricos, literários, alegóricos e 
mitológicos. 
b) Nos países de influência católica, a escultura 
é basicamente de temática religiosa. 
c) Cenas mitológicas. 
d) Baixos-relevos e esculturas com ricos 
detalhes no interior de igrejas. 
e) Serviram de base para a representação de 
figuras humanas com poses semelhantes às 
dos deuses gregos e romanos. 
 
3. Sobre o estilo Rococó julgue os itens com V 
(Verdadeiro) ou F (Falso): 
 
a) A relação do rococó com a burguesia também 
pode ser vista em boa parte dos quadros que 
definem esse tipo de arte. Ao contrário da forte 
religiosidade barroca, a pintura desse estilo 
valoriza a representação de ambientes luxuosos, 
parques, jardins e temáticas de cunho 
mundano. 
b) As personagens populares perdem espaço para 
a representação dos membros da aristocracia. 
c) A jovialidade e a edificação do prazer, o tédio e 
a melancolia são os estados emocionais que 
geralmente contextualizam os quadros do 
rococó. 
d) A arquitetura se opõe ao uso de paredes mais 
claras, com tons pastel e o branco. 
e) Guarnições douradas de ramos e flores, 
povoadas de anjinhos, contornam janelas. 
 
 
4. O estilo Rococó vem da palavra francesa 
“rocaille” q e significa conc a. Este movimento 
artístico durou do início ao fim do século XVIII e 
tinha como principais características o exagero 
na ornamentação e o afastamento dos temas 
religiosos. Analise as sentenças a seguir: 
 
I- Temas banais fizeram do Rococó um estilo 
superficial e fútil. 
II- O Rococó, assim como o Barroco, surgiu na Itália. 
III- Podemos destacar elementos mais rudes nas 
composições do Rococó. 
IV- O estilo Rococó era conhecido por usar cores 
escuras, sombrias, revelando o espírito da época. 
 
Agora, assinale a alternativa CORRETA: 
 
a) As sentenças I e II estão corretas. 
b) As sentenças I, II e IV estão corretas. 
c) A sentença I está correta. 
d) As sentenças I e III estão corretas. 
 
5. Quais as características da arte rococó? 
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
_________________________________________ 
 
6. Quais as cores usadas no Rococó? 
___________________________________________
___________________________________________
_________________________________________ 
 
7. Como eram as pinturas que ornamentavam os 
interiores dos prédios no Rococó? 
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
_________________________________________ 
 
8. Como eram as esculturas no estilo rococó? 
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
_________________________________________ 
9. Quais os temas mais utilizados no estilo rococó? 
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
_________________________________________ 
10. Observe as imagens a seguir: 
 
 
 
 
 
 
As imagens acima mostram, na sequência: 
a) Um templo grego antigo, um edifício neoclássico, 
um templo romano antigo e uma igreja gótica. 
b) Um templo grego antigo, um templo romano, um 
edifício neoclássico e uma igreja românica. 
c) Um templo grego antigo, um edifício neoclássico, 
um templo romano antigo e uma igreja românica. 
d) Um templo romano antigo, um edifício 
renascentista, um templo grego antigo e uma 
igreja românica. 
e) Um templo romano antigo, um edifício 
renascentista, um templo grego antigo e uma 
igreja gótica. 
 
11. O neoclassicismo foi um movimento artístico, 
surgido na Europa por volta de 1750, durando 
até meados do século XIX. Este movimento 
teve como objetivo principal resgatar os 
valores estéticos e culturais das civilizações da 
Antiguidade Clássica (Grécia e Roma). A arte 
neoclássica era: 
a) Voltada para a religião. 
b) Voltada para a população de classe baixa. 
c) Uma arte acadêmica. 
d) Uma arte que buscava a fuga das regras. 
e) Uma maneira de enxergar o mundo. 
12. Assinale V ou F. 
 
a) A arte neoclássica inspirava-se na 
simplicidade e no equilíbrio. 
b) A arte neoclássica era contrária ao exagero 
do barroco. 
c) A base das criações neoclássicas eram os 
conceitos usados na Antiguidade. 
d) A arte neoclássica não retratava questões 
sociais. 
 
13. “De acordo co a tend ncia neocl ssica a 
obra de arte só seria perfeitamente bela na 
medida em que imitasse não as formas da 
natureza, mas as que os artistas clássicos gregos 
e os renascentistas italianos já a ia criado.” 
Segundo a leitura acima analise os itens e 
marque uma ÚNICA alternativa: 
 
I. É o academicismo o grande opositor no 
decorrer do processo, pois expressou os 
valores próprios de uma nova e fortalecida 
burguesia. 
II. Tais determinações geraram uma introdução 
nas academias de artes que se 
convencionaram quanto ao estilo de fazer arte. 
III. Isto só seria possível com um trabalho de 
pesquisa e aprendizado das técnicas de 
convenções da arte clássica, o que em 
decorrência da decadência política da época 
não acontecerá. 
 
a) Apenas o item II está correto. 
b) Todos os itens estão falsos. 
c) Apenas o item I está falso. 
d) Todos os itens estão corretos. 
 
14. Sobre o Neoclassicismo julgue os itens a seguir 
em (C) CERTOS ou (E) ERRADOS: 
a) Caracterizou-se pelo desejo de recriar as formas 
artísticasda antiguidade greco-romana. 
b) Os neoclássicos queriam expressar as virtudes 
cívicas, o poder, a honestidade e o cristianismo. 
c) Os neoclássicos queriam romper com a herança 
artística e cultural que vinha da Grécia antiga. 
d) A arquitetura se caracterizou pelo uso de 
fachadas sóbrias, nas quais colunas dóricas ou 
jônicas sustentavam frontões hexagonais. 
e) A estética neoclássica retomou as técnicas 
barrocas: iluminação diagonal, cores intensas e 
temáticas mitológicas. 
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71 – O ROMANTISMO – CONHECENDO O ARTISTA: EUGÈNE DELACROIX. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
Com a Revolução Francesa e a Revolução Industrial 
no final do século XVIII, fortes mudanças sociais, 
políticas e culturais alteraram, também, o 
pensamento e a produção artística do homem no 
início do século XIX. As várias concepções e 
tendências produziram uma grande diversificação 
de movimentos artísticos e literários. O primeiro 
deles foi o Romantismo, que expressava a liberdade 
e a independência, características que se 
contrapunham ao Neoclassicismo. Diferentemente 
do artista neoclássico, que valorizava a razão e 
seguia as normas impostas nas academias para 
imitar a arte greco-romana, o artista romântico, 
fascinado pelo misterioso e sobrenatural, criou em 
suas obras uma atmosfera de fantasia e heroísmo, 
valorizando acima de tudo a emoção e a liberdade 
de criação. A composição em diagonal, as cores e os 
contrastes de claro e escuro, que causam efeitos 
dramáticos às cenas, caracterizaram a pintura 
romântica que tinha como temas principais os 
acontecimentos históricos contemporâneos e o 
culto à natureza. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dentre os representantes da pintura romântica, podemos destacar o 
francês Eugène Delacroix (1798-1863) e o espanhol Francisco de Goya 
(1746-1828). 
Delacroix revolucionou a pintura francesa, não aceitava os 
padrões impostos pela Academia quanto ao desenho e a 
constante imitação da arte clássica. Ele acreditava que a 
cor era mais importante do que o desenho e a imaginação 
mais do que a razão. 
 
 
Delacroix retrata, 
na obra acima, 
um 
acontecimento 
histórico, a 
rebelião dos 
republicanos e 
liberais contra o 
Rei Carlos X em 
1830, na França, 
e utiliza uma 
imagem 
fantasiosa para 
representar a 
liberdade: uma 
mulher com seios 
nus. 
Recusado pelos Neoclássicos, que só vieram a reconhecer seu valor 
artístico em 1857, Delacroix era um artista muito popular entre os 
jovens intelectuais da época e tinha até mesmo apoio dos governantes. 
Mas no fim de sua vida passou os dias isolado em um ateliê, onde ficou 
até morrer. O pintor acaba por falecer em 1863 na cidade de Paris. Dois 
anos após sua morte, é editado o seu diário, onde escrevia sobre arte e 
demonstrava ser um profundo conhecedor e pensador de seu ofício. 
A ênfase do pintor francês estava 
mais no movimento e na cor ao 
invés do cuidado com o contorno. 
Buscando o exótico, viajou para a 
África, onde conseguiu produzir 
diversos trabalhos retratando 
animais. Outra de suas influências 
foi Lord Byron, com quem tinha 
uma forte identificação pelas 
“forças do sublime” e pela ação 
violenta da natureza, a qual 
eternizou nos quadros. “Delacroix 
era um apaixonada pela paixão, 
mas altamente determinado a 
expressar esta paixão com a maior 
clareza possível”, disse o poeta e 
crítico de arte francês Charles 
Baudelaire em um de seus estudos 
sobre as obras do pintor. Lembrado 
por ser o líder da escola romântica 
francesa, Eugène Delacroix nasceu 
no dia 26 de abril de 1798. Seu 
nome completo era Ferdinand 
Victor Eugène Delacroix e suas 
obras tornaram-se marcantes na 
história da arte pela utilização de 
efeitos óticos, os quais estudou 
profundamente e que foram 
posteriormente utilizados pelos 
impressionistas. Outra de suas 
características era a paixão pelo 
exótico, que influenciou a escola 
simbolista. 
 
 
 
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72 - O ROMANTISMO – CONHECENDO O ARTISTA: FRANCISCO GOYA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
Como Delacroix, Goya também 
retratou em suas pinturas importantes 
fatos históricos. Francisco de Goya 
(1746-1828) foi um dos maiores 
mestres da pintura espanhola. Foi o 
pintor da corte e também o pintor dos 
horrores da guerra, das assombrações 
do mundo e da vida interior dos 
homens. Francisco José de Goya y 
Lucientes nasceu em Fuendetodos, 
Saragoça, Espanha, no dia 30 de março 
de 1746. 
Filho de um modesto dourador de estátuas e livros, 
e de Gracia Lucientes, filha de decadente família de 
nobres de Saragoça. Com 13 anos, Goya foi 
entregue aos cuidados do pintor José Luzán y 
Martínez, mas o jovem preferia as ruas e as 
touradas ao atelier do pintor. Em 1762, foi para 
Madri e tentou, sem sucesso obter uma bolsa na 
Real Academia de Belas Artes em 1773. Em 1766, 
faz nova tentativa, mas só recebe um voto de 
Francisco Bayeu. Frustrado, tenta ganhar a vida 
lutando com os touros na arena de Madri. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este espantoso quadro de Goya é uma das imagens 
mais memoráveis da desumanidade do homem para 
com o homem. Os exércitos de Napoleão ocuparam 
a Espanha, mas no dia 2 de maio de 1808 os 
cidadãos de Madri levantaram-se contra os 
franceses. No dia seguinte o exército francês 
revidou com uma terrível vingança, executando 
centenas de rebeldes e muitas outras pessoas que 
eram apenas observadores dos inocentes. Goya só 
conseguiu registrar esses fatos alguns anos depois, 
quando o rei Fernando VII foi reconduzido ao trono 
espanhol. O quadro transcende o contexto histórico 
específico e demonstra duas características 
principais da arte de Goya: suas imagens marcantes 
e diretas, e sua moralidade que questiona, mas em 
última análise, é distanciada. 
 
É pintado de forma totalmente antirretórica: num 
charco de sangue, três cadáveres no chão, enquanto 
um frade e alguns camponeses esperam receber a 
descarga; aproxima-se deles outra fila de 
condenados que vão morrer. É noite; contra o céu 
escuro recorta-se o perfil da capital e, em primeiro 
plano, rodeado de luzes e sombras projetadas de 
encontro ao muro por uma lanterna, tem lugar a 
execução brutal e sem piedade. A atenção 
concentra-se na figura do condenado de camisa 
branca e com os braços em cruz que desafia os 
soldados sem rosto, curvados e fixos no ponto de 
mira, enquanto o frade reza e os restantes fazem 
gestos de desespero, numa atmosfera ainda mais 
gélida, devido ao sangue que se espalha pelo chão e 
que chega aos pés dos algozes. A camisa imaculada, 
prestes a ser trespassada pelas balas, converte-se 
no estandarte de uma denúncia universal contra a 
guerra. 
Francisco de Goya faleceu em Bordéus, França, no dia 
16 de abril de 1828. Só em 1899 a Espanha consentiu 
receber seus restos mortais. Está sepultado na capela 
de San Antônio Del La Florida, em Madri. 
 
 
x O Guarda Chuva – 1778. 
x Cristo Crucificado – 1780. 
x O Cardeal D. Luís de Borbon – 17 83. 
x A Marquesa de Pontejos - 1786). 
x Autorretrato – 1794. 
x A Condessa de Casa-Flores – 1795. 
x Os Caprichos (1797-1798) (série de 80 gravuras). 
x Milagre do Santo - 1798. 
x A Maldição – 1798. 
x Maja Desnuda – 1800. 
x A Família Real – 1800. 
x Maja Vestida – 1805. 
x Fernando VII – 1808. 
x O Colosso – 1809. 
x As Majas no Balcão - 1810 
x Fuzilamento num Acampamento Militar – 1810. 
x D. Juan Antonio Llorente – 1813. 
x Três de Maio de 1808 – 1814. 
x A Junta das Filipinas – 1817. 
x O Balão Aerostático – 1819. 
x O Sábado das Bruxas - 1820 
x Saturno Devorando Seu Filho – 1823. 
x A Leiteira de Bordeaux – 1827. 
 
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73 – AS CARACTERÍSTICAS DO ROMANTISMO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
A arquitetura romântica abandonou os ideais 
clássicosressurgidos no Neoclassicismo e se inspirou 
em estilos anteriores, como o gótico e o barroco, 
que exaltavam a emoção e a espiritualidade. Entre 
as construções do período destacam-se: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Enquadramos a pintura dentro período de 1820-1850 
que traz influências da pintura pré-romântica de finais 
do século XVIII, do Grupo Os Nazarenos, que era um 
grupo de pintores alemães do tempo do neoclassicismo 
que formaram em Roma uma comunidade para estudar 
e pintar a partir da arte italiana do Renascimento e dos 
pré-rafaelitas, que era um grupo de pintores que surgiu 
na Inglaterra acerca de 1848 e que procurava inspiração 
nos pintores italianos anteriores à Rafael. Foi este 
grupo que trabalhou no período tardo-romântico e fez 
a transição para o Realismo e para o Simbolismo. 
 
As principais características da pintura romântica são: 
 
x Corte com o academicismo neoclássico; 
x O artista emancipa-se da encomenda e faz a sua obra 
baseado nos impulsos da sua alma e na sua própria 
inspiração; 
x A pintura é bastante individualizada e diversificada no 
que diz respeito ao próprio estilo e aos temas; 
x Pretende integrar o observador, tal como no barroco, 
mas agora ela já não se serve dos desconcertantes 
efeitos trompe l’oeil, que diluem fronteira entre a 
aparência e a realidade. 
x Uma pintura romântica pretende ser contemplada e o 
observador terá que dar um significado à pintura 
consoante às suas emoções; 
x O pintor lança um olhar subjetivo sobre o mundo 
objetivo e apresenta-nos uma imagem filtrada pelas 
suas emoções. O artista torna-se o intérprete do 
mundo. 
 
 
 
A escultura romântica não brilhou exatamente 
pela sua originalidade, nem tampouco pela 
maestria de seus artistas. Talvez se possa pensar 
nesse período como um momento de calma 
necessário antes da batalha que depois viriam a 
travar o impressionismo e as vanguardas modernas. 
Do ponto de vista funcional, a escultura romântica 
não se afastou dos monumentos funerários, da 
estátua eqüestre e da decoração arquitetônica, 
num estilo indefinido a meio caminho entre o 
classicismo e o barroco. A grande novidade 
temática da escultura romântica foi a representação 
de animais de terras exóticas em cenas de caça ou 
de luta encarniçada. Não se abandonaram os 
motivos heroicos e as homenagens solenes na 
forma de estátuas superdimensionadas de reis e 
militares. Em compensação, tornou-se mais rara a 
temática religiosa. Os mais destacados escultores 
na França nesse período foram Rude e Barye. 
 
 
 
 
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74 – O MOVIMENTO ART NOUVEAU. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
O Art Nouveau (Arte Nova) é 
um movimento artístico que 
surgiu no final do século XIX 
na Europa e apresenta um 
estilo que visava fazer uma 
reflexão e que acompanhasse 
as inovações da sociedade na 
era industrial. 
Ele é baseado, sobretudo na reação à arte produzida 
pelas academias no século XIX e tem inspiração em 
formas e estruturas naturais, não somente de flores 
e plantas, mas também de linhas curvas. Também 
conhecido como Arte Nova, este movimento foi 
criado fora do contexto em que as vanguardas 
artísticas surgem, atingindo vários setores artísticos, 
como o design, a arquitetura, as artes decorativas, 
as artes gráficas e as artes imobiliárias. Ele teve 
início especificamente na França na década de 1890 
e prevaleceu em destaque nas artes até o final de 
1920. 
O Art Nouveau foi mais popular na 
Europa, porém sua influência foi 
global e esteve muito em evidência 
no período conhecido com “Belle 
Époque”. O movimento leva o nome 
a partir da expressão francesa “art 
nouveau”, que significa "arte nova", 
mas também pode ser conhecido 
como “Jugendstil”, termo alemão 
para “estilo da juventude”. Antes da 
Primeira Guerra Mundial, o Art 
Nouveau modificou seu estilo para 
uma arte voltada para formas mais 
geométricas, característica de uma 
ramificação do estilo, conhecido 
como Art Decó. 
Características do Art Nouveau: O fato dele ter sido 
criado no período da era industrial faz com que sua 
relação com a produção industrial seja uma 
característica forte. As utilizações dos 
conhecimentos racionais e da lógica para a 
confecção de muitos objetos do Art Nouveau são 
um importante destaque. Materiais como vidro, 
madeira e cimento foram bastante utilizados nas 
produções artísticas da época. No âmbito social, o 
Art Nouveau está relacionado com 
o desenvolvimento da burguesia industrial e por 
esta razão, houve um movimento de oposição ao 
movimento romântico na época, além da 
valorização das expressões sentimentais nas artes. 
As obras retratavam temas ligados à natureza, como 
plantas, flores, árvores e animais, retratados com 
linhas em movimento, dando valor às formas das 
coisas. A figura feminina também teve sua 
valorização no período do Art Nouveau. Imagens de 
mulheres eram retratadas nas pinturas e ilustrações. 
Outras características também são destacadas, 
como: 
x Uso de arabescos em ilustrações. 
x Uso de cores com tonalidades frias nas pinturas. 
x Exuberância decorativa, formas ondulantes e 
elegantes; 
x Arquitetura dos séculos XVIII ao XIX foi de 
revivescência; 
x A decoração torna-se elaborada e exótica, às vezes 
mórbida; 
x O sentido ascendente, entrelaçado e sugere o 
mover das árvores e das chamas; 
x Com influências das gravuras japonesas, do 
barroco e do rococó francês. 
 
Principais artistas do Art Nouveau: Muitos artistas 
tiveram seus trabalhos destacados com o movimento 
Art Nouveau. Ele foi utilizado com eficiência máxima na 
arquitetura além de ser profundamente difundido em 
temas do design de interior durante todo o período. 
 
x Antoni Gaudí. 
x Victor Horta. 
x Charles Rennie Mackintosh. 
x Henry van de Velde. 
x Alfons Mucha. 
 
 
 
 
 
 
 
O pintor Gustav 
Klimt interpretou 
de maneira 
própria o Art 
Nouveau em 
seus quadros e 
seu trabalho 
também foi um 
dos grandes 
destaques deste 
gênero artístico. 
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75 – PRINCIPAIS ARTISTAS DO ART NOUVEAU. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O estilo único de Antoni Gaudí o 
tornou muito conhecido 
mundialmente. O arquiteto Catalão 
nascido na Espanha é famoso por 
misturar muitas cores e texturas nas 
construções. Utilizando cerâmica, 
ferro forjado, vitral, e marcenaria, 
Antoni Gaudí traz forte influência na 
arquitetura gótica e catalã 
tradicional. Além do estilo gótico, 
Antoni Gaudí adotou o estilo de 
decoração denominado Art Nouveau 
e esta mescla entre os estilos pode 
ser bastante observada na Sagrada 
Família, que inicialmente adotaria 
apenas o primeiro estilo, mas após 
Antoni Gaudí assumir o projeto, 
passou a apresentar as características 
de ambos os estilos de forma muito 
intensa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Victor Horta foi um dos expoentes da 
arquitetura Art-Nouveau, exercendo 
grande influência sobre outros 
arquitetos da época, como Hector 
Guimard. Estudou na Academia Real 
de Belas Artes de Ghent – sua cidade 
natal. Trabalhou em Paris e, quando 
retornou à Bélgica, estabeleceu-se 
em Bruxelas. A partir de 1885, Horta 
começou a trabalhar sozinho, 
desenvolvendo um estilo próprio, 
baseado nas formas curvas, de 
inspiração vegetal. Dando uma 
dimensão plástica aos novos 
materiais, o aço e o vidro, e 
empregando a pedra de forma 
inovadora, sua arquitetura é de 
caráter fortemente decorativista. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sua vida foi baseada nas obras de 
Morris, Voysey, Ashbee, Macmurdo, 
que influenciaram os movimentos de 
vanguarda do continente, enquanto 
as experiências de Victor Horta, Van 
de Velde e dos vienenses eram 
acolhidas na Inglaterra com certa 
desconfiança e dificuldade, e 
freqüentemente julgadas com 
severidade por serem por demais 
estetizantes, outros artistas 
baseavam-seno que chamamos de 
Art Nouveau para sobreviverem. 
Devido às situações econômicas 
difíceis que se seguiram à Primeira 
Guerra e à indiferença com que as 
obras eram recebidas na Inglaterra, 
Mackintosh acabou por abandonar a 
arquitetura e dedicar-se à pintura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Foi um arquiteto, designer e pintor 
belga, considerado um dos principais 
representantes do Art-Nouveau em 
seu país. Em 1880 começou a 
estudar pintura na Academia de 
Belas-Artes da Antuérpia e, quatro 
anos mais tarde, foi estudar na 
França. No início de sua carreira, 
dedicou-se à pintura, tornando-se 
membro do grupo Les Vingt, em 
1889. Parte de sua vida foi dedicada 
ao ensino da Arquitetura e das artes 
decorativas, tendo influenciado 
muitas gerações de arquitetos e 
designers, como professor na 
Bauhaus – onde foi mentor de Walter 
Gropius -, na Universidade de Ghent 
e no Institut supérieur des Arts 
décoratifs (Instituto Superior de Artes 
Decorativas) de Bruxelas. O arquiteto 
viveu na Holanda e, ainda, na Suíça, 
onde se exilou por ocasião da eclosão 
da II Guerra Mundial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alfonse Maria Mucha, pintor e 
desenhista, nasceu em Ivancice, na 
atual República Tcheca. O Conde Karl 
Khuen, impressionado com o seu 
trabalho, patrocinou os estudos de 
Mucha na Akademie der Bildenden 
Künste München (Academia de Belas 
Artes de Munique), e mais tarde, na 
Académie Julian e na Colarossi 
Académie, ambas na França. Ele não 
se destacou apenas na pintura, mas 
na criação de cartazes, anúncios, 
ilustrações de livros, bem como no 
design de jóias, tapetes e papel de 
parede. 
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76 – CONHECENDO O ARTISTA: ALFONS MARIA MUCHA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
Nesta fase de sua 
carreira, Mucha estava 
em considerável 
demanda por trabalhos 
publicitários, e tornou-se 
famoso bem além de sua 
terra natal, como 
evidenciado por este 
trabalho promovendo a 
fabricante britânica de 
bicicletas Perfecta na 
França. 
 
A dama tem o cabelo dourado e 
estilizado típico de muitas de suas 
fotos de mulheres. O uso do apelo 
visual na publicidade desenvolveu-se 
rapidamente nos últimos anos do 
século XIX e, em 1900, os cartazes no 
estilo Art Nouveau, em que Mucha se 
especializou, tornaram-se comuns em 
Londres, Paris e outras grandes 
cidades européias. 
As propagandas não mais simplesmente 
informavam os compradores dos produtos 
disponíveis, mas tentavam seduzi-los para que 
comprassem os produtos de uma empresa. A 
pintura não é inteiramente realista em sua 
apresentação – a bicicleta é mostrada em repouso, 
mas o cabelo da mulher está fluindo ao vento como 
se ela estivesse andando a toda velocidade. Isso dá a 
impressão de que o ciclismo pode trazer tanto 
alegria quanto euforia e acrescenta um tom sutil e 
atraente à grande extensão de carne exposta da 
mulher. 
 
 
Praticar a arte: Inspirado pelos pôsteres publicitários criados por Mucha, aplique as cores que desejar na 
imagem “Cycles Perfecta”. Inspire-se observando outros pôsteres do artista do Art Nouveau. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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77 – CONHECENDO A BELLE ÉPOQUE. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
 
 
A “Belle Époque”, do francês “bela 
época”, foi um período de grande 
otimismo e paz, desfrutado pelas 
potências ocidentais, sobretudo as 
europeias, entre 1871 até 1914, 
quando eclode a Primeira Guerra 
Mundial. 
Esta “época áurea” foi possibilitada em grande parte 
pelos avanços científicos e tecnológicos, os quais 
tornaram a vida cotidiana mais fácil, bem como firmaram 
a crença de prosperidade e esperança no futuro. 
 
Principais Causas: Com o fim da guerra Franco-Prussiana, 
surge na Europa uma política de estabilidade, apesar da 
insatisfação francesa em perder os territórios de Alsácia-
Lorena para a Alemanha em 1871, o que acabou gerando 
também uma tensão militar entre aquelas potências. A 
despeito da corrida armamentista que se desenrolava, o 
clima de progresso da Segunda Revolução Industrial 
provocou um forte êxodo rural e favoreceu o 
desenvolvimento de uma cultura urbana cosmopolita e 
de divertimento, fomentada pelos avanços nos meios de 
comunicação e transporte. 
 
 
O ponto marcante desta 
época foi o estilo de vida 
boêmio e otimista, com 
destaque para a França, a qual 
se tornou o centro Global de 
toda influência educacional, 
científica, médica e artística 
após a instauração da Terceira 
República Francesa, em 1870. 
Ademais, se a nação francesa 
era o polo difusor, Paris era o 
núcleo da Belle Époque 
Mundial. 
Ora, foram criações francesas (parisienses) notáveis 
deste período: as políticas de saneamento público e 
urbanização de Haussmann – que renovaram Paris 
(drasticamente) sob os preceitos dos saberes médicos-
higienistas e reduziram as taxas de mortalidade, 
tornando aquela um modelo para o Mundo; os cabarés, 
como o Moulin Rouge; a Torre Eiffel (1889); o Casino de 
Paris (1890); o Metrô de Paris, etc. Ainda na França 
surgiram o pneumático de borracha removível de 
Edouard Michelin (1890), o Peugeot Tipo 3 (1891), a 
primeira força aérea nacional (1910), a indústria 
cinematográfica de Auguste e Louis Lumière etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Paralelamente, a Belle Époque se 
desenvolvia nos Estados Unidos 
após a recuperação da crise 
econômica de 1873; no Reino 
Unido pós era vitoriana; na 
Alemanha do Kaiser Wilhelm I & II; 
e na Rússia de Alexandre III e 
Nicolas II. 
No Brasil, este período ficou marcado nas cidades de 
Fortaleza, Manaus e Rio de Janeiro, sobretudo após a 
Proclamação da República, em 1889. 
 
De toda forma, pudemos vislumbrar em todo Ocidente, 
as revoluções provocadas com a melhoria nos 
transportes públicos de massa (trens e navios a vapor) ou 
individuais (Ford T e a bicicleta), pelas tecnologias de 
telecomunicações (telefone e telégrafo sem fio), ou pela 
substituição da iluminação a gás pela elétrica. 
 
Do ponto de vista cultural, assistimos a multiplicação das 
livrarias, salas de concertos, boulevards, atêliers, cafés e as 
galerias de arte, principalmente as parisienses, de onde 
saíam quase todas as tendências estéticas e artísticas 
globais produzidas durante o período. Não obstante, vale 
destacar enquanto movimento artístico da Belle Époque, o 
estilo “Art Nouveau”, um fazer ornamental de cores 
vibrantes e formas sinuosas, presente desde as fachadas dos 
edifícios até nos objetos decorativos, como joias e 
mobiliários. No âmbito da pintura, também se destacou o 
Impressionismo de Claude Monet (1840- 1926). Outros 
artistas de renome da Belle Époque foram: 
 
x Odilon Redon (1840-1916). 
x Paul Gauguin (1848-1903). 
x Henri Rousseau (1844-1910). 
x Pierre Bonnard (1867-1947) 
x Émile Zola (1840-1902). 
x Henri de Toulouse-Lautrec (1864- 1901). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vemos nesse período à organização dos sindicatos trabalhistas e partidos políticos, 
bem como a ascensão do Socialismo. A Belle Époque termina com a Crise de 1929. 
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78 – ANALISANDO A OBRA: “CAMPONESAS BRETÃS”, DE PAUL GAUGUIN. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Uma viagem a um país com uma cultura diferente 
também pode influenciar muito a obra de um artista. 
Foi o que aconteceu com o trabalho de Paul Gauguin 
após uma estadia na Polinésia. 
 
 
Gauguin retornou à França e suas figuras ganharam a 
robustez das mulheres do Taiti. Observe as duas 
camponesas conversando. Veja os volumes quase 
cilíndricos dos corpos e braços das mulheres na 
pintura, além dos pés e mãos pesados e rostos com 
maças salientes. 
 
Os pés das camponesas que veste saia vermelha estão 
cortados, fora do plano da tela, um recurso bem usado 
pelos pintores do Impressionismo, semelhante à 
fotografia.A paleta de cores é radiante e o artista construiu a 
textura dos aventais. Para acentuar o branco das 
toucas, ele escureceu o fundo com tons de azul, cinza 
e verde, deixando mais densa à copa das árvores. 
 
 
Praticar a arte: A partir da sua observação da obra de arte apresentada, aplique as cores na imagem a seguir 
para completar a obra. Se possível, utilize giz pastel oleoso ou giz de cera. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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79 – EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: GIZ PASTEL E TOULOUSE-LAUTREC. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A técnica de giz pastel representa uma 
elegante maneira de “pintar a seco”, 
como bem dizia Leonardo da Vinci. 
Esta é uma técnica que emprega 
pequenas barrinhas de pigmentos secos 
misturados com um agente aglutinante, 
que pode ser simplesmente água ou 
geralmente “goma adragante”. O Pastel é 
pigmento puro. O mesmo pigmento que 
se utiliza para se fazer todos os outros 
médios para diversas técnicas de pintura 
artística, como óleo, aquarela e acrílica. 
 
A COMPOSIÇÃO DO GIZ PASTEL: A 
composição do giz pastel é muito 
simples. Pigmento e aglutinante! O 
pigmento é aplicado praticamente em 
seu estado natural, por esta razão 
oferece ao artista a pureza total das 
cores. As pinturas a pastel são muito 
mais intensas, estáveis e duráveis, 
quando comparadas com todas as outras 
técnicas existentes. Por não possuírem 
nenhum agente líquido como os 
presentes em todas as outras técnicas 
(óleos, resinas e vernizes), não sofrem de 
todos os seus problemas. Desta forma 
não apresentam alteração e 
escurecimento das cores após a 
secagem, amarelamento das resinas e 
vernizes, rachaduras ou empolamentos 
advindos com o tempo. 
 
HISTÓRICO: A técnica do pastel foi 
mencionada pela primeira vez por Leonardo 
da Vinci em 1495. Sua invenção é atribuída 
ao pintor alemão Johann Thiele. No entanto, 
foi a artista Rosalba Carriera (1675-1750), 
quem utilizou realmente o giz pastel como 
material de pintura e não apenas para 
desenhar esboços. Ao longo do tempo esta 
técnica foi escolhida por grandes Mestres da 
Pintura como: Degas, Renoir, Manet, 
Delacroix e Toulouse-Lautrec. 
 
 
 
 
 
Praticar a arte: Utilizando o giz pastel, aplique as cores nos croquis feitos pelo artista Toulouse-Lautrec. 
 
 
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80 – A ART DÉCO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
Art Déco, expressão francesa 
referente à arte decorativa, é um 
estilo que rapidamente se 
tornou modismo internacional. 
Associa sua imagem a tudo que 
se define como moderno, 
industrial, cosmopolita e exótico. 
Por estar ligado à vida cotidiana - 
objetos, mobiliário, tecidos, 
vitrais, painéis pintados - se 
associa à Arquitetura, 
Urbanismo, Paisagismo, 
Arquitetura de Interiores, 
Design, Cenografia, Publicidade, 
Artes Gráficas, Caricatura, Moda 
e Vestuário. Teve sua origem em 
Paris, com a grande mostra 
Exposition Universelle des Arts 
Décoratifs, em 1925. Com uma 
estruturação compositiva cubista 
como base, integra em seu 
vocabulário de formas, 
elementos oriundos de culturas 
e civilizações fora da tradição 
greco-romana ocidental. Tem 
grande sucesso, os padrões 
esquematizados ou estilizados 
da arte khmer, da Malásia, 
vietnamita, arte egípcia - sob o 
impacto da descoberta do 
túmulo do faraó Tutankamon -, 
assim como a dos povos 
indígenas das Américas e da 
África. Estes dois últimos, foco 
de interesse desde as primeiras 
vanguardas do início do século. 
A valorização destas artes fora da tradição ocidental 
vem de encontro à difusão do cubismo com seu 
planejamento, disciplina, organização simplificadora 
da composição, onde convergem os vocabulários 
das artes não naturalistas, cujas formas possuem 
uma geometrização essencial e despojada; 
geralmente práticas de povos primitivos, como 
também de civilizações orientais. A arte decorativa, 
Art Déco, tornou-se internacional, expandindo-se 
pelo mundo ocidental até a Segunda Guerra e em 
alguns lugares, até o final da década de 40. 
 
Características da Art Déco: 
x Estilo luxuoso. 
x Uso de formas geométricas. 
x Design abstrato. 
x Emprego dos materiais: marfim, jade e laca. 
x Influência das vanguardas artísticas: futurismo e 
cubismo. 
x Influência do construtivismo, modernismo e 
abstração geométrica. 
x Linhas retas e circulares estilizadas. 
x Temas mais explorados: animais e mulheres. 
x Presença marcante na Arquitetura. 
 
 
 
 
Principais Artistas da Art Déco: 
x Emil Nolde (1867-1956) - pintor alemão. 
x Max Pechstein (1881-1955) - pintor alemão. 
x Otto Mueller (1874-1930) - pintor alemão. 
x Sonia Delaunay (1885-1979) - estilista, pintora e 
designer russo-francesa. 
x William Van Alen (1883-1954) - arquiteto americano. 
 
No Brasil, o Art Déco entra em convergência com o 
nacionalismo modernista, absorvendo temas indígenas 
- flora, fauna e motivos geométricos, inspirados nas 
cerâmicas marajoaras do Pará. Vicente do Rego 
Monteiro, por ser pioneiro da pesquisa de temas 
indígenas, e os irmãos Antônio Gomide e Regina 
Gomide Graz, a que se soma John Graz, seu marido, 
foram os três principais difusores deste estilo. Atuaram 
não só na pintura, como na produção de objetos de 
decoração e arquitetura de interiores, como vitrais e 
painéis pintados com temas alegóricos decorativos, 
abajures, tapetes e almofadas. 
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81 – OS PADRÕES DA ART DÉCO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
Uma forma de começar a sua decoração com o 
estilo Arte Déco seria utilizando um papel de parede 
com formas geométricas que crie impacto, e daí 
para frente continuar a adicionar elementos desta 
corrente ou ir misturando outros para dar-lhe um 
toque mais moderno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Praticar a arte: Escolha na imagem ao lado entre os diferentes padrões geométricos usados na Art Déco. Aplique o padrão da 
sua preferência no papel de parede e nos móveis e decoração do ambiente a seguir. Você pode aplicar as cores que desejar. 
Obedeça aos contornos das peças e trace linhas bem marcadas variando na intensidade do gesto. 
 
 
 
 
 
 
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82 – O REALISMO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
Entre 1850 e 1880 um novo movimento cultural, denominado 
Realismo, predominou na França e se estendeu por toda a Europa 
e outros continentes. Os artistas integrantes desse movimento 
repudiaram a artificialidade do Neoclassicismo e do Romantismo, 
pois sentiam a necessidade de retrata a vida, os problemas e 
costumes das classes média e baixa, em substituição à arte 
inspirada em modelos do passado. Dois entre os principais 
pintores franceses a praticar a estética realista foram: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pintor romântico e um dos fundadores da Escola de Barbizon na 
França rural. É conhecido como percursor do realismo, pelas suas 
representações de trabalhadores rurais. Junto com Courbet, Millet 
foi um dos principais representantes do realismo europeu surgido 
em meados do século XIX. Sua obra foi uma resposta à estética 
romântica, de gostos um tanto orientais e exóticos, e deu forma à 
realidade circundante, sobretudo a das classes trabalhadoras. 
Suas obras sobre camponeses foram consideradas sentimentais 
para alguns, exageradamente piegas para outros, mas a verdade é 
que as obras de Millet em nenhum momento suscitaram 
indiferença. Na tepidez de seus ocres e marrons, no lirismo de sua 
luz, na magnificência e dignidade de suas figuras humanas, o 
pintor manifestava a integração do homem com a natureza. 
Alguns temas eram tratados talvez com um pouco mais de 
sentimentalismo do que outros. No entanto, é nos pequenosgestos que se pode descobrir a capacidade de observação deste 
grande pintor. 
Gustave Courbet (1819-1877) foi um 
pintor francês, um dos pioneiros da 
pintura realista no século XIX, que 
procurou retratar o cotidiano de 
forma imparcial e objetiva, evitando 
as pinceladas intensas e dramáticas 
dos românticos. Gustave Courbet, 
influenciado pelos ideais de 
democracia e socialismo que se 
seguiram à revolução de 1848, 
partilhava com seus 
contemporâneos, a crença de que a 
arte poderia ser uma força social. 
O grupo desprezava os valores burgueses e defendia 
valores novos para a sociedade, aliando-se com isso ao 
apelo do povo francês que esperava mudanças 
profundas no país, que vivia um período de muita 
miséria. Publicou um manifesto contra as tendências 
românticas e neoclássicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os pintores realistas – como Gustave Courbet - 
voltaram-se para representar as cenas da vida 
cotidiana e os flagrantes populares, muitas vezes 
impregnados de ideias políticas. Dizia Courbet “A 
pintura é uma arte essencialmente objetiva e consiste 
na representação das coisas reais e existentes”. 
Trata-se de uma das obras mais conhecidas do 
pintor Courbet, que foi exposta em conjunto 
com outras, da sua autoria, num pavilhão 
perto da exposição internacional, por se opor 
aos críticos de arte. A obra tem como título “O 
Atelier do Pintor”, seguido de um subtítulo 
muito sugestivo: ”Alegoria Real que define 
uma fase de sete anos da minha vida artística 
e moral”. Nela vemos o artista pintando uma 
paisagem sob o olhar atento de uma jovem 
seminua e de um menino acompanhado de um 
cão branco adormecido no chão. O pintor é o 
eixo que separa ambos os lados do quadro, 
onde se desenvolve a cena enquadrada num 
fundo. À esquerda da composição, mostram-se 
os dois lados da sociedade, ilustrada através 
de personagens como o caçador com o cão, 
representante da classe burguesa, ou a mulher 
de cócoras, que simbolizaria a classe mais 
desfavorecida. Estão também membros das 
classes religiosas, representados pelas figuras 
de um homem judeu e de um sacerdote 
cristão. No entanto, à direita do quadro estão 
os amigos do pintor pertencentes todos eles a 
classes altas e representantes da cultura 
como, por exemplo, o músico A. Promayet que 
aparece em primeiro plano, ou o filósofo e 
sociólogo Pierre-Joseph Proudhon. Por sua vez 
o poeta Boudelaire, grande amigo do pintor 
aparece sentado à direita da composição, 
lendo um livro, e mostrando-se alheio à cena 
que decorre à sua volta. A mulher seminua 
que está atenta ao quadro cobre-se com uma 
parte do pano branco que cai para o chão, e 
contempla concentrado, o artista enquanto 
ele pinta. É interessante observar que Courbet 
preferiu uma mulher aos críticos habituais dos 
salões, demonstrando com este fato o 
desagrado que estes lhe causavam. Uma obra 
estranha e que foge aos cânones habituais. 
 
 
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83 - AS CARACTERÍSTICAS DO REALISMO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
A Arquitetura: Os arquitetos e engenheiros 
procuram responder adequadamente às novas 
necessidades urbanas, criadas pela industrialização. 
As cidades não exigem mais ricos palácios e 
templos. Elas precisam de fábricas, estações, 
ferroviárias, armazéns, lojas, bibliotecas, escolas, 
hospitais e moradias, tanto para os operários 
quanto para a nova burguesia. Em 1850, Joseph 
Paxton construiu o Palácio de Cristal que abrigou a 
1ª Feira Mundial em Londres, demonstrou as 
possibilidades estéticas do uso do ferro fundido. Em 
1889, Gustavo Eiffel levanta, em Paris, a Torre Eiffel, 
hoje logotipo da “Cidade Luz”. Triunfo da 
engenharia moderna ostenta seu esqueleto de ferro 
e aço, sem alusões a estilos arquitetônicos do 
passado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Escultura: René-François-Auguste Rodin (1840-
1917) foi um importante escultor francês. Desde 
criança demonstrou grande interesse por esculturas. 
Aos 13 anos de idade, entrou para uma academia de 
arte para aprender os princípios básicos das artes 
plásticas. Interessou-se e estudou também, por 
conta própria, anatomia humana para utilizar os 
conhecimentos na elaboração de suas esculturas. 
Aos 18 anos de idade, começou a trabalhar como 
modelador e ornamentista. Especializou-se na 
elaboração de esculturas em bronze. Auguste Rodin 
não se preocupou com a idealização da realidade. 
Ao contrário, procurou recriar os seres tais como 
eles são. Além disso, os escultores preferiam os 
temas contemporâneos, assumindo muitas vezes 
uma intenção política em suas obras. Sua 
característica principal é a fixação do momento 
significativo de um gesto humano. 
 
 
 
 
A Pintura: Representação da realidade com a mesma 
objetividade com que um cientista estuda um 
fenômeno da natureza, ou seja, o pintor buscava 
representar o mundo de maneira documental; Ao 
artista não cabe “melhorar” artisticamente a natureza, 
pois a beleza está na realidade tal qual ela é; Revelação 
dos aspectos mais característicos e expressivos da 
realidade. Temas da pintura: Politização: a arte passa a 
ser um meio para denunciar uma ordem social que 
consideram injustas; a arte manifesta um protesto em 
favor dos oprimidos. Pintura social denunciando as 
injustiças e as imensas desigualdades entre a miséria 
dos trabalhadores e a opulência da burguesia. As 
pessoas das classes menos favorecidas – o povo, em 
resumo – tornaram-se assunto frequente da pintura 
realista. Os artistas incorporavam a rudeza, a fealdade, 
a vulgaridade dos tipos que pintavam, elevando esses 
tipos à categoria de heróis. Heróis que nada têm a ver 
com os idealizados heróis da pintura romântica. 
 
 
 
 
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84 – PRÁTICA DE OBSERVAÇÃO DE OBRA DE ARTE – REALISMO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
Observe as imagens a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Observe esta paisagem realista: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No Realismo, a paisagem ganhou destaque e passou 
a ser o tema principal de muitas obras, o que não 
acontecia anteriormente, quando ela era 
representada apenas como ambientação para 
outras figuras, consideradas mais importantes. 
 
 
 
 
 
 
Praticar a arte 1: “A Condessa de Vilches” é uma 
obra romântica e “A Mulher de Pérola” é uma obra 
realista. Em relação às cores utilizadas, aos efeitos 
de luzes e sombras, às expressões dos rostos das 
damas (parecem felizes, tristes, sérias etc.), quais as 
diferenças e semelhanças que elas apresentam? 
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Praticar a arte 2: Escolha uma paisagem (Praia, 
cidade, campo etc.) Se não for possível, use fotos. 
Observe os principais elementos do quadro: 
montanhas, casas, árvores, praias etc. No espaço ao 
lado, faça seus esboços e depois passe para uma 
folha do seu caderno de arte o desenho. Você pode 
aplicar a tinta acrílica ou guache. As cores podem se 
misturar em uma paleta. 
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85 – EXERCÍCIO PRÁTICO DE DESENHO DE OBSERVAÇÃO: ROMANTISMO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
Praticar a arte: Escolha uma das imagensa seguir para 
você praticar sua criatividade através do desenho. 
Observe os detalhes como as áreas iluminadas, as 
texturas e cores para você se inspirar. Preencha a ficha 
técnica da sua obra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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86 – O IMPRESSIONISMO – PARTE 1/2. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Observe as imagens das obras de arte a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Todos os quadros ao lado mostram a catedral de 
Rouen, mas há uma grande diferença: o colorido. 
Isto porque Claude Monet (1840-1926), o pintor de 
todos esses quadros, observou a catedral em 
diferentes horas do dia, ou seja, sob diferentes 
intensidades de luz. Monet e outros pintores da 
época perceberam que as cores da natureza se 
alteram constantemente de acordo com a 
intensidade da luz solar que incide sobre elas. Eles 
geralmente pintavam ao ar livre, para melhor 
observar os efeitos da luz sobre as pessoas, os 
objetos e as paisagens. Dessa forma, perceberam 
que podiam representar uma paisagem não como 
objetos individuais com cores próprias e sim como 
uma mistura de cores que se combinam. Essa 
inovação na forma de pintar teve início com 
Édouard Manet (1832-1883). Ele utilizou em suas 
obras cores vibrantes e luminosas, abandonando o 
método acadêmico de suaves gradações de cores. 
Em 1863 Manet enviou para o Salão Oficial dos 
Artistas Franceses a obra “Almoço sobre a Relva”, 
quadro que foi rejeitado e severamente criticado 
pelo comitê de seleção do salão, pois rompia com os 
critérios morais e estéticos da época. Manet 
retratou nessa obra duas mulheres, uma delas nua, 
em companhia de dois homens bem vestidos num 
piquenique. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Contudo, como muitas obras de outros artistas 
também foram recusadas, eles se organizaram e 
recorreram ao Imperador Napoleão III, que, sob fortes 
protestos, autorizou no mesmo ano a realização de 
uma exposição paralela à oficial, chamada de Salão dos 
Recusados. Depois desse salão, vários artistas, entre 
eles Renoir, Degas, Pissaro, Cézanne, Sisley, Monet e 
Morisot, passaram a organizar suas próprias exposições 
(1874 a 1886). Na primeira delas, um quadro de Claude 
Monet, “Impressão: Nascer do Sol” sugeriu ao crítico 
Louis Leroy o nome Impressionista para denominar 
esse grupo de artistas, com certo tom de desprezo. 
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87 - O IMPRESSIONISMO – PARTE 2/2. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
Não só Louis Leroy mas também muitos outros 
críticos de arte “atacavam” qualquer artista que não 
seguisse os padrões estabelecidos pela Academia. 
Certa vez, Édouard Manet escreveu a seu amigo 
Charles Baudelaire, poeta e crítico de arte francês: 
“Os insultos chovem sobre mim como granizo”. Ele, 
então, permaneceu longe do grupo dos artistas 
impressionistas e não participou das exposições que 
eles organizaram, pois queria ser reconhecido no 
Salão Oficial. Manet só conseguiu obter êxito nos 
últimos anos de sua vida. Em 1870 foi persuadido 
por Berthe Morisot a pintar ao ar livre. Sob fortes 
influências de seus colegas, suas obras ganharam 
mais leveza. Observe, a seguir, algumas obras em 
que Édouard Manet retrata dois de seus colegas 
impressionistas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O artista impressionista centrou-se sobretudo na 
paisagem e seu interesse voltou-se para a natureza. 
Dessa forma deu pouca importância aos temas 
sociais como havia feito Coubert no Realismo. Ao 
observar a natureza ao ar livre, o artista 
impressionista expressava sua relação pessoal com 
ela e captava em sua tela a primeira impressão 
percebida, a “sensação”. 
No Impressionismo as figuras não tinham contornos 
nítidos, pois as linhas de contorno não existem na 
natureza, são abstrações usadas pelo homem para 
representar imagens. As cores empregadas eram as 
primárias (azul, vermelho e amarelo) e as 
secundárias (roxo, laranja e verde), todas elas 
aplicadas na tela com pincel, espátula, com o dedo 
ou diretamente do tubo, não havendo assim uma 
mistura das tintas na paleta. Ao olharmos uma obra 
impressionista de perto vemos apenas pinceladas 
separadas que produzem a sensação de mancha 
sem contorno. Porém, se a olharmos de longe; as 
pinceladas organizam-se em nossa retina criando 
formas e luminosidade. Foi preciso alguns anos para 
que o público descobrisse esse fato. Dessa maneira, 
para apreciar uma pintura impressionista, é 
necessário recuar alguns metros e perceber que as 
manchas sem contornos se organizam e ganham 
vida diante de nossos olhos. Observe alguns quadros 
impressionistas: 
 
 
 
 
O movimento impressionista, que teve 
sua maior expressão na pintura, 
também influenciou alguns escultores. 
Entre eles destacamos Edgar Degas 
(1834-1917) e Auguste Rodin (1840-
1917). Edgar Degas, além de um grande 
pintor, participou de sete das oitos 
exposições impressionistas, também 
modelou uma série de esculturas a 
partir de 1880. Entretanto, apenas uma 
delas foi exposta, “Bailarina de 
Quatorze Anos”, em 1881, no sexto 
Salão Impressionista. Degas vestiu essa 
escultura com um saiote de bailarina e 
na cabeça colocou uma fita, o que 
causou um grande impacto no público. 
Rodin se consagrou como celebridade pública, fato que 
não acontecia desde o Neoclassicismo. Estudou na 
Itália e foi inspirado pelas obras de Michelângelo. 
Rodin é considerado por muitos historiadores um 
artista realista. Diferentemente de Degas, ele não 
participou do grupo dos artistas impressionistas, mas, 
por ter vivido na mesma época que eles, recebeu 
algumas influências impressionistas. Suas obras 
apresentam características desse movimento. Rodin, às 
vezes, deixava parte da pedra sem esculpir, em estado 
bruto, para dar a impressão de que a figura está 
surgindo da pedra. 
 
 
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88 – DESENHANDO E PINTANDO – OBSERVAÇÃO IMPRESSIONISTA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
Observe como o Parlamento de Londres fica 
diferente dependendo da luminosidade que incide 
sobre ele: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Praticar a arte: Em sua casa, escolha um objeto que esteja próximo à janela, quintal ou jardim e desenhe-o 
em diferentes horários, observando como a intensidade da luz modifica suas cores. Para que seu trabalho 
fique parecido com o estilo impressionista, não faça linha de contorno e varie as cores utilizando as técnicas 
de tonalidade e nuance. Preencha a ficha técnica da sua obra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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89 – PRINCIPAIS ARTISTAS DO IMPRESSIONISMO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Com cores brilhantes e 
fortes, além de texturas e 
linhas harmônicas, o 
trabalho de Renoir era 
marcado por um 
sentimento lírico, além da 
representação de formas 
humanas individuais, em 
grupo ou de paisagens. 
Conheceu Claude Monet e 
Alfred Sisley, além de 
outros artistas famosos da 
época de quem tirou 
inspiração para seus 
trabalhos. De Monet, 
Renoir recebeu influências 
no tratamento da luz, e o 
trabalho com as cores, foi 
influência de Delacroix. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Edgar Degas foi o pintor 
do movimento. O tema 
tornou-se busca 
incansável para o artista, 
basta apenas dizer que o 
universo do balé, 
sobretudo, com suas 
bailarinas, foi um dos 
assuntos a que ele se 
dedicou, repetidamente, 
por anos, em pinturas, 
desenhos e esculturas, 
Mas a busca do 
movimento não apenas se 
traduziu nos gestos de 
leveza das bailarinas que 
figuram em tantas de suas 
obras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As obrasde Pissarro 
caracterizam-se pelos 
contrastes de luz e 
sombra, pelas cores fortes 
e distintivas, pelos 
motivos alegres e 
pinceladas curtas, sem a 
preocupação com o 
contorno, mas buscando a 
divisão das cores através 
das marcas de cores 
isoladas, ressaltando uma 
espécie de essência da 
imagem, umas das 
principais características 
das obras impressionistas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cézanne abandonava 
gradualmente os temas 
eróticos do início da 
carreira e mostrava um 
crescente interesse pelo 
paisagismo, pintando ao 
ar livre como os 
impressionistas. Muitas 
de suas primeiras 
paisagens foram feitas em 
L’Estanque, vilarejo 
pesqueiro nas 
proximidades de 
Marselha, onde o artista 
passou a maior parte do 
ano de 1870. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Muito menos citado 
historicamente do que os 
seus companheiros Renoir 
e Monet, o pintor Alfred 
Sisley distinguiu-se do 
grupo pela limpidez das 
suas paisagens, algumas 
das obras mais fiéis aos 
princípios do 
impressionismo. As suas 
primeiras obras revelam 
de forma inequívoca a 
influência do paisagista 
francês Camille Corot e 
também a predileção pela 
pintura ao ar livre e a 
constante evolução para 
os tons claros, 
característica da sua 
maturidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ele escreveu certa vez: 
“Meu único mérito está 
em ter pintado 
diretamente na frente da 
natureza, buscando tornar 
minhas impressões sobre 
os efeitos mais fugazes.”. 
A maioria dos 
historiadores de arte 
acredita que Monet 
realizou muito mais do 
que isso; ele ajudou a 
mudar o mundo da 
pintura de sacudir as 
convenções do passado. 
Dissolvendo as formas em 
suas obras, Monet abriu a 
porta para uma maior 
abstração na arte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Entre as pintoras 
impressionistas, algumas 
de muito valor, a maior 
importante talvez tenha 
sido Berthe Morisot, 
pintora de paisagens 
transbordantes de frescor, 
de traços ágeis e quase 
sempre com a figura 
humana como ponto de 
referência. Além disso, foi 
uma extraordinária 
pintora de cenas da vida 
doméstica, onde podia 
divertir-se e dar vazão aos 
seus dotes de observação, 
e o mesmo acontecia 
quando tratava com 
naturalidade da 
intimidade familiar. 
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90 – RESUMÃO: O IMPRESSIONISMO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
 
 
Impressionismo é o nome de um movimento artístico francês 
que surgiu no século XX, durante o famoso momento 
conhecido como Belle Époque (1871-1914), revolucionando a 
área artística. O termo “impressionismo” surgiu a partir da 
crítica feita a uma obra de Claude Monet, “Impressão, nascer 
do sol”, do ano de 1872. 
 
 
O impressionismo foi aquele movimento artístico que fez com 
que se criasse uma nova visão conceitual da natureza, por 
meio de pinturas que dão ênfase à luz natural e ao movimento. 
Embora o termo tenha surgido como uma crítica ao quadro de 
Monet, o pintor e seus colegas adoraram o título e o adotaram 
como o nome para o seu movimento artístico. A maior 
intenção dos impressionistas era provocar uma revolução 
semelhante à revolução regra na representação da forma por 
meio das cores. Para eles, a natureza – observando-a ao ar 
livre – possui uma mistura de matizes que se harmonizam. A 
cor não é um valor inerente dos objetos. Para eles, era 
fundamental que a pintura apresentasse uma “impressão” ou 
suas percepções sensoriais iniciais em um breve vislumbre de 
suas obras. 
 
 
Por representar a realidade de uma nova maneira, por meio de 
uma reviravolta na arte daquele período, o impressionismo 
seguia alguns padrões técnicos que caracterizaram o 
movimento, principalmente tratando-se da pintura: 
 
x Figuras não possuem contornos nítidos; 
x Sombras precisam ser coloridas e luminosas; 
x Cores e tonalidades não podem ser obtidas com mistura de 
tintas; 
x Contrastes de luz e sombra são adquiridos por meio da lei 
das cores complementares; 
x Registro de tonalidades que o objeto adquire ao refletir a luz 
solar por certo momento. 
 
 
 
 
 
 
Além disso, outro aspecto marcante do impressionismo era 
que os artistas pintavam ao ar livre, assim como não seguiam 
os ensinamentos do realismo. O ponto de destaque das obras 
impressionistas era a fixação do instante, assim como a 
impressão visual que causa em uma pessoa ao observar 
alguma coisa de repente. Alguns artistas do impressionismo 
até pintavam a mesma paisagem em vários momentos do dia 
ou em diferentes estações do ano para se divertirem com as 
mudanças de cores. Naquela época, a espontaneidade em uma 
obra era o foco: cores vivas e claras que mostram os efeitos de 
luz nas paisagens que resultavam na impressão de movimento 
a elas. Em esculturas, o impressionismo prezava pela fusão da 
luz e sombra e a visibilidade da estátua por meio de vários 
ângulos. Em outros âmbitos, como fotografia, música e 
literatura, o impressionismo também se fez presente. No 
entanto, o impressionismo não foi bem recebido pela 
imprensa e pelo público daqueles anos, pois suas obras eram 
vistas como rudes e de esboços sem formas. O primeiro 
contato com a obra dos impressionistas aconteceu em uma 
exposição coletiva feita em Paris, no mês de abril de 1874. Os 
artistas impressionistas eram ridicularizados por esse novo 
estilo que estava muito distante das referências clássicas. 
 
 
 
Entre os maiores nomes dentro do movimento impressionista 
estão: 
 
x Alfred Sisley – “Le Pont de Moret”, 1893. 
x Berthe Morisot – “Le Berceau”, 1872. 
x Claude Monet – “Le Bassin aux numphéas”, 1899. 
x Edgar Degas – “Le Foyer de la danse”, 1872. 
x Édouard Manet – “Argenteuil”, 1874. 
x Camille Pissarro – “Vegetable Garden”, 1878. 
x Pierre-Auguste Renoir – “La Loge”, 1874. 
 
No Brasil, o impressionismo foi destaque nas mãos de Eliseu 
Visconti. A influência dos artistas europeus, em uma viagem ao 
Velho Continente, fez com que o artista registrasse os efeitos da 
luz solar em suas telas, já não se preocupando com a imitação de 
modelos clássicos, como anteriormente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Um dos melhores lugares para se aproximar da arte impressionista 
é na casa do artista Claude Monet, em Giverny, na França. Por lá, 
pode-se ver o jardim da residência que serviu de espaço para a 
composição de uma de suas obras mais famosas – “Mulheres no 
Jardim”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Museu dos Impressionistas (Musée d’Orsay) também é um 
destino, situado em Paris, que conta com inúmeras pinturas e 
esculturas de arte do período impressionista, com obras dos 
principais artistas. 
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91 – CONHECENDO O ARTISTA: ÉDOUARD MANET E SUAS OBRAS. Parte 1/4. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
Édouard Manet (Paris, 23 de janeiro de 1832 — 
Paris, 30 de abril de 1883) foi um pintor e artista 
gráfico francês e uma das figuras mais 
importantes da arte do século XIX, considerado 
por estudiosos de artes plásticas como um dos 
mais importantes representantes do 
impressionismo francês, embora muitas de suas 
obras possuam fortes características do 
realismo. Prefere os jogos de luz e de sombra, 
restituindo ao nu a sua crueza e a sua verdade, 
muito diferente dos nus adocicados da época. O 
trabalhado das texturas é apenas sugerido, as 
formas, simplificadas. Os temas deixaram de ser 
impessoais ou alegóricos, passando a traduzir a 
vida da época, e, em certos quadros, seguiam a 
estética naturalista de Zola e Maupassant. 
 
Manet era criticado não apenas pelos 
temas, mas também por sua técnica, 
que escapava às convenções 
acadêmicas. Frequentemente 
inspirado pelos mestres clássicos e em 
particular pelos espanhóis do Século 
de Ouro, Manet influenciou, 
entretanto, certos precursores do 
impressionismo, em virtude da pureza 
de sua abordagem. 
 
A esta sua liberação das associações literárias tradicionais, 
cômicas ou moralistas, com a pintura, deve o fatode ser 
considerado um dos fundadores da arte moderna. Suas 
principais obras foram: Almoço na relva ou Almoço no Campo, 
Olímpia, A Sacada, O Tocador de Pífaro e A Execução de 
Maximiliano. A Primavera, obra-prima de 1881 de Manet, foi 
vendida em Novembro de 2014 por US$ 65,13 milhões em um 
leilão em Nova York, um recorde de preço para uma obra do 
impressionista. 
 
Manet nasceu em Paris em 23 de janeiro de 1832. Seu pai, 
Auguste, era um alto funcionário do Ministério da Justiça e 
descendia de uma ilustre família burguesa da capital francesa. 
Senhora Manet (cujo sobrenome de solteira era Fournier) era 
filha de um diplomata francês na Suécia. Manet tinha dois 
irmãos mais novos: Eugène e Gustave. 
 
Apesar da educação austera, Manet pode descobrir o mundo artístico 
graças a um tio, o capitão Édouard Fournier, que levava Édouard e seu 
irmão Eugène às galerias do Museu do Louvre para admirar os grandes 
mestres. Aos 12 anos, Édouard foi enviado ao colégio Rollin (hoje Liceu 
Jacques Decour), perto de Montmartre. Na escola, Édouard foi 
decepcionante era pouco aplicado e um pouco insolente. 
 
Os péssimos resultados obtidos por Édouard na escola fizeram sua 
família repensar nas ambições nutridas no filho primogênito, a família 
queria que Manet estudasse direito. Cientes que Édouard não tinha 
vocação para uma carreira jurídica seus pais não se opuseram ao seu 
desejo de tornar-se marinheiro. O primeiro fracasso ao tentar entrar na 
Escola Naval fez com que Édouard só entrasse para carreira de uma 
maneira menos nobre: pelo trabalho. Em dezembro de 1848, Édouard 
embarcaria no barco-escola "Havre et Guadeloupe" para o Brasil como 
um simples marinheiro. Se esta experiência não confirmou que Édouard 
não tinha vocação para a marinha lhe trouxe uma grande experiência. 
Foi no Brasil que ele desenvolveu certo gosto pelo exótico, pelas 
mulheres e desenvolveu uma repulsa ao escravismo. Marcou-o muito a 
luminosidade da baia de Guanabara que haveria de deixar traços 
marcantes na sua maneira de pintar. De volta à França em junho de 
1849, Manet novamente fracassaria ao tentar entrar para Escola Naval. 
 
Após os seguidos fracassos ao tentar entrar 
para Escola Naval, Manet consegue apoio 
de seus pais para estudar no ateliê do 
pintor e mestre Thomas Couture, onde 
ficou por seis anos. Thomas Couture tinha 
um estilo acadêmico, estudou na École des 
Beaux-Arts de Paris ("Escola de Belas 
Artes"), suas mais conhecidas obras foram 
“Os Romanos” e “A Decadência”. Durante 
seis anos, Manet procurou aprender as 
bases técnicas da pintura e fez cópias de 
obras expostas no Louvre (cópias de obras 
de Ticiano, Velazquez, Tintoretto e 
Delacroix). Manet completou seu 
aprendizado viajando e conhecendo 
museus de outros países europeus (Itália, 
Holanda, Alemanha, Áustria e outros). Em 
uma das viagens à Itália, Manet copiaria 
“Vênus de Urbino”, de Ticiano que seria 
sua inspiração para fazer anos depois 
“Olympia”. 
Em 1852, Manet teve um filho 
ilegítimo com Suzanne Leenhoff. 
Suzanne tinha origem holandesa e 
era professora de piano. O pai de 
Manet se opôs ao casamento dos 
dois que só aconteceu depois que o 
Sr. Manet morreu. No ano de 1856, 
Manet deixou o atelier de Couture 
por divergências artísticas. 
Segundo Couture, Manet não tinha 
tons intermediários entre a luz a e 
sombra. Para Manet, esses tons 
intermediários debilitavam a 
sombra e a luz, portanto ele 
acabava usando cores quase puras. 
Em 1859, Manet envia o seu 
primeiro trabalho ao Salão de Paris 
("O Bebedor de Absinto"), obra 
realista influenciada pelas obras do 
pintor Gustave Courbet e também 
pela obra Menippe de Diego 
Velázquez. A obra foi recusada pelo 
Salão. 
O júri não estava aberto ainda para novas ideias. A 
imagem do bebedor apareceria em outro quadro de 
Manet, "O Velho Músico" de 1862. 
 
Após o abandono do ateliê de 
Couture, Manet tinha certo fascínio 
pela arte da Península Ibérica. 
Entre as suas obras da época estão: 
"Lola de Valência" (que retrata uma 
dançarina em trajes espanhóis 
tradicionais), "O Cantor Espanhol", 
"Jovem Homem em costume de 
Majo", "Bailado Espanhol" e "Mile 
V. em costume de espada" (cuja 
modelo foi Victorine Meurent 
vestida de toureiro). Estes dois 
últimos expostos no Salão dos 
Recusados de 1863. Seu período 
hispânico era influenciado pelas 
obras de Diego Velázquez. 
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92 - CONHECENDO O ARTISTA: ÉDOUARD MANET E SUAS OBRAS. Parte 2/4. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
Victorine Meurent teria um papel 
importante na obra de Manet, ele a 
conheceu durante seus estudos com 
Couture e a partir deste momento ela 
se tornaria uma modelo frequente de 
suas obras. O quadro "O Cantor 
Espanhol" foi seu primeiro quadro 
exposto ao Salão de Paris em 1861 
junto a obra "Retrato de Sr. e Sra. 
Auguste Manet" (um retrato de seus 
pais). 
O "Cantor Espanhol" ganhou destaque na exposição pelas suas 
cores vivas e ganhou menção honrosa, já "Retrato do Sr. e Sra 
Auguste Manet" era uma obra típica dos tempos do ateliê de 
Couture, uma obra mais clássica. 
 
A última obra sob a influência espanhola foi "O Homem morto" 
de 1864. Quando Manet o pintou, ele era bem maior e se 
chamava "Incidente na Tourada". 
Porém ele acabou recebendo 
críticas devido à crueldade da 
cena e Manet, então, dividiu o 
quadro e sua maior parte 
recebeu o nome de "O homem 
morto". 
 
Manet era um jovem amigável e sociável. Quando começou a 
fazer sucesso foi prontamente aceito em círculos de 
intelectuais e aristocratas parisienses. Frequentava 
assiduamente os Jardins das Tulherias (Jardin des Tuileries em 
francês) com a presença constante de seu amigo, Baudelaire, 
local que serviu de inspiração para a obra Música nas Tulherias 
de 1862. 
 
Pintor de mão cheia, Manet sempre manteve um bom 
conceito no mercado e nunca lhe faltou retorno financeiro, 
bastando-se por si mesmo, ao contrário de outros artistas à 
sua volta, quase sempre envolvidos em negócios mal 
sucedidos e tendo de apelar à ajuda de amigos para vencer 
suas crônicas necessidades. Apesar de não depender de 
ninguém, sempre deu apoio àqueles que, de alguma forma, 
buscavam viver da arte. Acompanhou de perto a atividade do 
movimento impressionista e, ainda que não tenha, de fato, se 
tornado um impressionista, passou a todos a sua experiência 
de mestre na pintura. 
Não participou de nenhuma das exposições do 
Impressionismo, mas sua influência era tal que, morto Manet 
em 1883, o movimento não conseguiu mais se sustentar, 
havendo uma dispersão dos artistas que, a partir de então, se 
afastaram das regras estabelecidas, ainda que influenciados, 
vida afora, pelas linhas gerais do estilo. Mas, sem Manet, 
tornava-se difícil manter a unidade que caracterizava o 
movimento impressionista. Apesar de dar apoio a artistas 
incipientes, Manet nunca se interessou em aparecer como 
mestre. Para dizer a verdade, em sua vida profissional, teve 
uma única aluna, em 1869, Eva Gonzalès (1849-1883), filha do 
romancista Emmanuel Gonzalez, a qual lhe havia sido 
apresentada por um marchand. A jovem até podia ter algum 
talento, mas lhe faltava outro elemento importante para o 
sucesso, que é a iniciativa própria. Desenvolveu bem sua 
pintura, mas raramente participou de exposições e, a despeito 
de ser impressionista, nunca se juntou ao movimento, 
faltando-lhe, em consequência, a notoriedade necessária a 
quem deseje impor sua arte ao público. 
 
A obra “A Música nas 
Tulherias” marca o seu 
rompimento com o 
realismo em sua primeira 
obra impressionista. Há a 
presença de pessoas bem 
próximas à Manet 
retratadas nesta obra, 
entre elas Baudelaire e 
Eugène Manet, seu irmão. 
 
Baudelaire e Manet já se conheciam desde 1858, mas 
tornaram-se grandes amigos tempos depois. 
 
A partir de 1863 surgiu o Salão dos Recusados, onde quadros 
que não entravam no salão oficial poderiam ser expostos ali. 
Manet expôs neste salão de 1863três quadros: "Victorine 
Mereunt em costume de toureiro", "Rapaz em costume 
espanhol" e "Almoço na relva". O quadro "Almoço na Relva" 
foi um escândalo para a época pela nudez que alguns acharam 
vulgar, ele trazia dois homens vestidos e uma mulher nua. 
Suzanne Leenhoff (sua mulher) e Victorine Meurent (sua 
modelo preferida) posaram para a composição da mulher nua, 
sendo o corpo de Suzanne e o rosto de Victorine. 
 
"Olympia", pintada em 1863, mas só apresentada ao público em 
1865, causou reações contrárias mais fortes do que "Almoço na 
relva". Era um retrato de uma jovem prostituta nua e havia uma 
referência audaciosa à obra de Ticiano (Vênus de Urbino). A 
modelo novamente foi Victorine Meurent retratada nua e aos 
seus pés um gato negro ao invés de um cachorro como no quadro 
de Ticiano. Em uma atmosfera erótica havia também falta de 
perspectiva (técnica onde se vê o tamanho certo dos objetos em 
relação a distância). Neste mesmo ano o pai de Manet morreria e 
ele acabaria se casando com Suzanne Leenhoff pouco após a 
morte dele. Suzanne foi retratada em muitos quadros de Manet 
entre eles "A ninfa surpresa" (de 1861), "A leitura" (de 1865) e 
"Suzanne Manet em seu piano" (de 1867). Manet tinha tido um 
filho com Suzanne, Léon Leenhoff, mas jamais reconheceu sua 
paternidade. Léon também posaria para vários quadros entre sua 
infância e adolescência, entre eles "As bolas de sabão" (de 1867) e 
"O almoço no Ateliê" (de 1868). Este último presente na exposição 
do Salão de Paris de 1869. 
 
No ano de 1867, "O tocador de Pífaro" foi 
recusado no Salão Oficial de Paris. Fato que 
fez com que Émile Zola escrevesse uma 
artigo no L’Événement defendendo a tela 
(Zola seria retratado por Manet em 1868, 
quadro que foi aceito no Salão do mesmo 
ano). No ano seguinte, 1867, após ser 
excluído do Salão Internacional, promoveu 
com seu próprio dinheiro uma exposição de 
suas obras, mas, sem sucesso de público, a 
exposição foi um fracasso. 
 
No mesmo ano ele pintou A 
Execução de Maximiliano 
(L'Exécution de Maximilien), uma 
obra de indignação em relação à 
morte de Maximiliano de Habsburgo 
abandonado por Napoleão III no 
México. Manet trabalhou mais de 
um ano na produção de uma grande 
tela histórica e comemorativa. O 
resultado é claramente inspirado em 
"Três de Maio" de Goya, mas com 
um resultado totalmente diferente. 
 
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93 - CONHECENDO O ARTISTA: ÉDOUARD MANET E SUAS OBRAS. Parte 3/4. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
Em 1868, Manet entraria para o Salão Oficial com "Retrato de 
Émile Zola" e "Mulher com papagaio". A partir deste ano, ele 
passaria seus verões em Boulogne-sur-Mer, cidade litorânea 
francesa da região de Pas-de-Calais. Lá ele realizaria algumas 
marinhas entre outras como "Clarão da lua sobre o porto de 
Boulogne" e a "Partida do Vapor Flokestone" ambas de 1869. 
 
No salão de 1869, colocou duas 
obras no Salão Oficial: "O balcão" e 
"Almoço no Ateliê". "O Balcão" que 
não foram bem recebidos pelos 
críticos pela sua falta de 
perspectiva. Neste quadro aparece 
a figura de Berthe Morisot, jovem 
pintora que ao conhecer Manet no 
Louvre tornou-se uma grande amiga 
e acabou sendo retratada em vários 
de seus quadros. Berthe acabou 
casando-se posteriormente com o 
irmão de Manet, Eugène. Entre os 
quadros mais famosos em que 
Berthe foi modelo estão o "Berthe 
Morisot de Chapéu Preto" e " 
Retrato de Berthe Morisot 
reclinada" ambos de 1872, além de 
"O balcão". 
 
Em 1870, com a guerra franco-prussiana, Manet levou sua 
família à fronteira da Espanha e alistou-se na Guarda Nacional. 
Ele passou o ano de 1874 em Bennevilliers perto de Argenteuil 
onde seus amigos Monet e Renoir estavam na maior parte do 
tempo pintando ao ar livre. Ao visitar Monet em Argenteuil, 
Manet e ele saíram de barco pelo rio Sena para pintar. Desta 
época entrou para o salão de 1875 seu quadro "Monet em seu 
barco estúdio". Em 1876, Manet faria uma exposição particular 
com muito sucesso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
No ano de 1881, Manet 
ganharia o direito de 
participar permanentemente 
do Salão Oficial sem 
julgamento prévio. Em 1882 
Manet apresentou seu último 
quadro pintado "Bar em 
Folies-Bergère" no Salão de 
Paris. 
Manet contraiu sífilis o que lhe causou muitas dores e paralisia 
parcial. Em 1883, Manet tem a perna esquerda amputada 
devido a gangrena e morreu dias após. Ele tinha 51 anos 
quando morreu e está enterrado no Cemitério de Passy em 
Paris. 
 
“ Al oço sobre a Rel a” 
 
“Le déjeuner sur 
l'herbe” ou (em 
português, “O 
almoço sobre a 
relva” ou “O 
piquenique no 
bosque”) é um óleo 
sobre tela da autoria 
de Édouard Manet, 
pintado entre 1862 e 
1863, com as 
medidas de 208 por 
264,5 centímetros. 
A sensual e provocatória posição da modelo nua, perante dois 
homens completamente vestidos, provocou escândalo na 
sociedade mais conservadora, quando da sua exibição no 
Salão dos Recusados, em 1863. Atualmente, o quadro está 
exposto nas paredes do Museu de Orsay, em Paris. 
 
O Almoço sobre a Relva não tem, ao contrário das pinturas 
realistas de Honoré Daumier, um teor crítico social, ou seja, o 
artista não pretendia criticar a sociedade, nomeadamente o 
estatuto da mulher, a condição das prostitutas parisienses, ou 
a procura pelo sexo pelos aristocratas. O que esta tela 
declarava era a profunda e escandalosa liberdade do pintor, 
que várias vezes, ao longo da sua trajetória pela arte, 
escandalizou os espectadores do Salão. 
 
Por trás de um título aparentemente inocente, esconde-se uma 
pintura com uma força incrível, capaz de chocar o mais distraído 
espectador. A modelo e o homem sentado ao seu lado olham 
diretamente o espectador, e a modelo, com o rosto seguro pela 
mão direita, não se inibe de sorrir ligeiramente, exibindo uma 
aparência segura e plena de sensualidade. 
 
A cena no bosque ou num parque dos muitos que existiam e ainda 
existem em Paris marca também pelo seu exotismo e pela 
interessante paleta de cores que se desenrola lentamente em 
cada pedaço da tela, exibindo ostensivamente o castanho e o 
oliva. Efetivamente, o castanho é a cor mais explorada nesta 
composição, sendo que se espalha pelos primeiro e segundo 
planos da pintura em vários tons. 
 
Contrastante com a elegância dos dois homens exibe-se a nudez 
da modelo Victorine Meurent, a modelo favorita de Manet, que, 
inclusive, preencheu várias das suas telas, entre as quais 
“Olympia”. Sentada na grama, nua, com um homem ao seu lado 
esquerdo e uma natureza-morta, com um cesto de frutas, 
juntamente com o seu vestido e chapéu azuis jogados no chão, do 
seu lado direito, a sua tez (pele) extremamente branca, típica de 
uma cortesã, confere luminosidade a toda a tela e surge como um 
grito no escuro na conservadora sociedade parisiense que, apesar, 
da boemia reinante, se mantinha avessa à mudança. 
 
A pintura provocou risos desconcertantes no Salão, escandalizou a 
imperatriz e foi considerada pelo imperador como atentado ao 
pudor. Não tanto pelo nu na mulher, mas sim pelo fato de esta 
estar nua no bosque, em uma conversa plausível, com dois 
homens bem e inteiramente vestidos, como estava os 
espectadores da tela. Críticos defendem que o riso fora provocado 
pela sensação que os espectadores tiveram de serem eles mesmos 
os observados, sem saber. 
 
Édouard Manet deixou nas suas 
memórias a confissão de que a sua 
obra-prima “Le déjeuner sur l'herbe” 
deve tudo, ou quase tudo, a uma sua 
curta estadia no Palácio das 
Necessidades, em 1859, por motivos 
que o pintor deixa por esclarecer, em 
cujos jardins da Tapada das 
Necessidades se davam famosos 
piqueniques. 
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94 - CONHECENDO O ARTISTA: ÉDOUARD MANET E SUAS OBRAS. Parte 4/4. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
Praticar a arte: Depois da leitura atenta do texto, 
responda ao questionárioa seguir sobre o artista 
Édouard Manet: 
6. Cite o nome de 4 obras de Manet. 
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_________________________________________________________
_________________________________________________________
_____________________________________________________ 
7. Escreva sobre a família que Manet formou com 
Suzanne Leenhoff. 
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______________________________________________________ 
8. Escreva sobre o contato de Manet com Renoir e 
Monet. 
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______________________________________________________ 
9. Por que a obra “O almoço sobre a Relva” causou 
escândalo a sociedade conservadora? 
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_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_____________________________________________________ 
10. Escreva sobre a obra “Música nas Tulherias”: 
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_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
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_______________________________________________________ 
 
11. Descreva a obra “O Almoço sobre a Relva”: 
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1. Quem foi Édouard Manet? 
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2. Escreva sobre a família de Manet. 
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________________________________________________________
________________________________________________________
______________________________________________________ 
 
3. Qual a obra que inspirou Manet a pintar 
Olympia? 
________________________________________________________
________________________________________________________ 
4. Como é a técnica artística e os temas das obras 
de Manet? 
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
_____________________________________________________ 
5. Qual a obra que é considerada o rompimento 
da obra de Manet entre o Realismo e o 
Impressionismo? Escreva sobre ela. 
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95 – ANALISANDO A OBRA: “MULHERES NO JARDIM”, CLAUDE MONET. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Embora este quadro seja mais acadêmico na sua 
abordagem do que suas obras posteriores, Monet o 
impregnou de uma luminosidade e leveza bem diferente 
das pinturas formais acastanhadas ao estilo feito na 
época – estilo que prevalecia, sem dúvida alguma, entre 
a comissão que julgava os quadros nos Salões de Paris. 
 
Apesar do tamanho, Monet insistiu em pintá-lo 
totalmente ao ar livre e sempre com a luz do sol, 
trabalhando no jardim de uma casa que ele alugara em 
Villed’Avray, nos subúrbios de Paris, em 1886. 
 
O desafio é duplo: trabalhar ao ar livre, o que requer a 
escavação de uma trincheira no chão para descer a tela 
com uma polia para trabalhar a parte superior, 
mantendo o mesmo ponto de vista; e o de atacar o 
grande formato geralmente reservado para composições 
históricas. 
 
A ambição do jovem Monet está, no entanto, em outro 
lugar: como conseguir integrar personagens numa 
paisagem, com a impressão de que o ar e a luz circulam? 
 
 
 
O pintor encontra uma resposta pintando as sombras e 
as luzes coloridas, os buracos do sol filtrando através da 
folhagem, os reflexos claros em halos na luz fraca. 
 
 
Os rostos, imprecisos, não podem ser comparados a retratos. Camille, a companheira do pintor, posou para as três figuras à 
esquerda. Monet suavemente dá a brancura dos vestidos: coloca-os firmemente na estrutura da composição – que diminui os 
verdes e os marrons -, dados pela árvore central e pelo caminho. 
 
Concluída no ateliê, a pintura foi recusada pelo júri do Salão de 1867 que, para além da ausência de sujeito ou narração, 
deplora o aparente toque que julga como sinal de descontração e incompletude. Um dos membros disse: “Muitos jovens só 
pensam em continuar nessa direção abominável, é hora de protegê-los e salvar a arte!”. 
 
Praticar a arte: Com o uso do guache ou da tinta acrílica, aplique cor na imagem da obra de arte apresentada. Mistura cores 
primárias e secundárias para você obter as nuances características das obras de Claude Monet. 
 
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96 – O PÓS-IMPRESSIONISMO E SEUS ARTISTAS. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
Alguns artistas consideravam o Impressionismo um 
estilo superficial que retratava apenas cenas 
passageiras e não dava muita importância aos 
sentimentos e acontecimentos políticos e sociais. 
Outros se sentiam insatisfeitos e limitados com a 
técnica impressionista. Dessa forma, muitas 
tendências surgiram na pintura no final do século 
XIX e início do século XX, e a essas diversas 
tendências foi dado o nome de Pós-Impressionismo. 
Para os artistas do Pós-impressionismo, o novo 
espírito que surgira se distanciava da outra 
(Impressionismo), na medida em que admitia a 
importância do lado subjetivo, humano, emocional e 
sentimental expresso nas artes, e não somente de 
seu aspecto “superficial”, de reprodução da 
realidade, como fizeram os autores do 
Impressionismo. De tal modo, ainda que tenham 
criado uma nova tendência, muitos artistas do Pós-
impressionismo fizeram parte do Impressionismo, 
considerado por muitos, uma extensão ou 
desenvolvimento maior (da parte mais intelectual) 
da escola impressionista. Em resumo, os artistas que 
compõem o pós-impressionismo buscavam novos 
estilos, determinado por novos conceitos e formas, 
intensificados pela composição da luz e da cor em 
suas obras. 
 
Principais Características 
As principais características do Pós-impressionismo 
são: 
x Humanismo. 
x Subjetivismo. 
x Uso de cores, luz, textura. 
x Técnica pontilhista. 
x Bidimensionalidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Paul Cézanne (1839-
1906): Para Cézanne, 
seus quadros eram 
“construções da 
natureza” e não a cópia 
dela. Ele estudava as 
formas geométricas e as 
proporções de cada 
objeto a ser retratado. 
Seus quadros são 
considerados 
reconstruções da 
natureza e dos objetos. 
Um dos temas 
preferidos de Cézanne 
são as naturezas-mortas 
(pintura de flores, 
frutas, objetos, animais 
mortos etc.). 
0 
 
 
 
 
Georges Seurat 
(1859-1891): Como 
Monet, Seurat 
abandonou a paleta e 
passou a utilizar cores 
puras, aplicando-as 
diretamente na tela. Ao 
agrupar as pinceladas 
em forma de pontos, 
Seurat criou uma nova 
técnica que recebeu o 
nome de Pontilhismo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Henri Toulouse-
Lautrec (1854-
1901): Buscava a 
inspiração nas figuras 
humanas, na realidade 
dos cabarés e bares da 
França do final do século 
XIX. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Paul Gauguin (1848-
1903): Perturbado com 
a sociedade europeia 
moderna, que se 
preocupava com o 
materialismo e a 
ascensão social, deixa a 
Europa para buscar 
inspiração na Martinica 
e no Taiti, acreditando 
estar próximo à 
natureza e assim poder 
encontrar a liberdade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vincent van Gogh 
(1853-1890): Tinha 
personalidade 
intrigante. Oscilava 
entre a alegria e a 
tristeza, a esperança e o 
desespero, o amor e o 
ódio. Vivia uma 
dualidade emocional. 
Pintar passou a ser seu 
refúgio. Utilizando cores 
fortes para expressar 
seus sentimentos, criou 
uma nova forma de 
fazer arte. Segundo ele, 
“pinto o que sinto e não 
apenas o que vejo”. 
 
 
 
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97 – EXERCÍCIO SOBRE PONTILHISMO E NATUREZA-MORTA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
Praticar a arte 1: No espaço a seguir, com o lápis ou canetinha, desenhe uma 
paisagem ou objeto, ou ainda uma personagem de histórias em quadrinhos 
utilizando apenas pontos. 
Praticar a arte 2: Assim como Cézanne, artistas de diferentes períodos pintaram 
naturezas-mortas. Observe as imagens apresentadas. Em seguida, no espaço 
abaixo, utiliza lápis de cor, canetinha ou tintas variadas para desenhar e pintar 
sua natureza-morta. Não se esqueça de preencher a ficha técnica da sua obra. - Desenhe o contorno da figura com lápis ou canetinha levemente. Dessa 
maneira o contorno desaparecerá sob os pontos. 
- Para as áreas mais escuras, preencha com pontos mais próximos e para as áreas 
mais claras, com pontos mais espaçados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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98 – EXERCÍCIO DE LEITURA E IDENTIFICAÇÃO DO AUTOR PÓS-IMPRESSIONISTA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
Praticar a arte: Observe as 
imagens de obras de arte pintadas 
pelos artistas do Pós - 
Impressionismo. Identifique uma 
característica do autor e escreva 
seu nome em cada uma delas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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99 – O FAUVISMO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
Nos primeiros anos 
do século XX, um 
grupo de artistas, 
entre eles Henri 
Matisse (1869-
1954), Maurice de 
Vlaminck (1876-
1958) e André 
Derain (1880-1954), 
passou a usar a cor 
como elemento 
mais importante da 
obra de arte. 
Para eles, o desenho, as linhas e a perspectiva 
ficaram em segundo plano, pois tinham como 
princípio a simplificação das formas e o uso das 
cores puras, tal como estão nos tubos de tintas. 
Henri Matisse chegava a dizer que procurava pintar 
com a pureza de uma criança ou de um selvagem, 
que usam a cor apaixonadamente. Em 1905, no 
Salão de Outono de Paris, o crítico de arte Louis 
Vauxcelles, ao observar os quadros tão 
agressivamente coloridos, os chamou de feras 
(“fauves”, em francês), dando origem ao termo 
“fauvismo”. Os artistas fauvistas usavam as cores 
puras, sem misturá-las, para obter gradações de 
tons, de maneira instintiva e não intelectual. O 
Fauvismo influenciou toda a arte desde o início do 
século XX até a atualidade. 
 
 
 
 
 
 
 
O movimento foi tipicamente francês, iniciou-se por parte 
dos artistas da época que se opunham a seguir a regra da 
estética impressionista, em vigor na época. A tendência foi 
considerada movimento artístico apenas em 1905. 
 
O Fauvismo, ou Fovismo, tinha temática leve, baseada na 
alegria de viver e nas emoções, e não tinha 
fundamentação ou intenção crítica nem política. A 
gradiente de cores é consideravelmente reduzida nestas 
obras, mas o papel das cores é extremamente importante 
nelas, pois eram responsáveis pela noção de limites, 
volume, relevo e perspectiva. Além disso, as cores não 
tinhamrelação direta com a realidade, não correspondiam 
à cor real do objeto representado. 
 
O início do movimento, no final do século XIX, teve como 
representantes precursores Paul Gauguin e Vincent Van 
Gogh. Os estilos destes dois renomados artistas exerceram 
forte influência sobre os adeptos do Movimento Fauvista. 
O Fauvismo influenciou muito a ruptura da arte moderna 
com a antiga estética vigente, além disso, modificou a 
ideia de utilização das cores nas artes plásticas. 
 
 
 
 
Para o movimento Fauvista, as criações artísticas 
não possuem relação com intelecto ou 
sentimentos, ou seja, a criação artística deve ser 
livre e espontânea, baseada no instinto, nos 
impulsos primários. Também as cores, eram 
levadas amplamente em consideração a larga 
preferência por cores puras, elas são exaltadas 
no Fauvismo, e linhas e cores não possuem uma 
ordem predeterminada, são empregadas nas 
obras da mesma forma primária e instintiva que 
fazem crianças e selvagens, como diziam os 
próprios artistas. 
 
Algumas das características 
físicas da pintura fauvista 
são o colorido brutal, as 
pinceladas violentas e 
definitivas, irrealidade na 
correspondência das cores 
da realidade com a 
representação e a pintura 
por manchas largas, na 
formação de grandes 
planos. 
 
Alguns nomes do Fauvismo foram: 
 
x Vincent Van Gogh. 
x Paul Gauguin. 
x Georges Braque. 
x Andre Derain. 
x Jean Puy. 
x Paul Cézanne. 
x Henri Matisse. 
x Kees van Dongen. 
x Raoul Dufy. 
x Georges Roualt. 
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100 – OS PRINCIPAIS ARTISTAS DO FAUVISMO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Henri-Émile-Benoît 
Matisse, conhecido 
por seu uso da cor e 
sua arte de 
desenhar, fluida e 
original. Foi um 
desenhista, 
gravurista e 
escultor, mas é 
principalmente 
conhecido como um 
pintor. Matisse é 
considerado, 
juntamente com 
Picasso e Marcel 
Duchamp, como um 
dos três maiores 
artistas do século 
XX, responsável por 
uma evolução 
significativa na 
pintura e na 
escultura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A pintura de Paul 
Gauguin com um 
estilo diferente, 
mas que tinha o 
desejo de ir além do 
naturalismo puro e 
dar mais ênfase às 
cores, emoções e 
imaginação, 
significou uma 
ruptura absoluta, 
do ponto de vista 
conceitual, com o 
Impressionismo, 
que havia abraçado 
antes, razão pela 
qual passou a ser 
considerado um 
pintor pós-
impressionista. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Georges Braque foi 
um escultor, 
gravurista e pintor 
modernista francês. 
É considerado um 
dos principais 
representantes do 
cubismo na França. 
Embora seja 
reconhecido como 
um expoente da 
pintura cubista, 
Braque, no começo 
de sua carreira 
artística se 
destacou com 
paisagens fauvistas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
André Derain foi um 
importante pintor, 
ilustrador e escultor 
francês da primeira 
metade do século 
XX. Foi um dos 
fundadores e 
difusores do 
Fauvismo. Atuou 
também como 
cenógrafo e 
figurinista. Suas 
obras também são 
identificadas, em 
determinados 
momentos de sua 
vida artística, no 
contexto do 
Realismo e do 
Cubismo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Jean Puy foi um 
pintor fauvista, 
conhecido como um 
dos principais 
intervenientes 
deste movimento 
artístico, surgido 
em 1905. Puy é 
igualmente 
lembrado como 
sendo um dos 
primeiros fauves, já 
que participou na 
escandalosa 
exposição no Salon 
d'Automne, junto a 
Henri Matisse, 
Henri Manguin, 
George Rouault e 
Derain. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As obras de 
Cézanne transitam 
entre o 
impressionismo e o 
cubismo. Assim, 
podemos encontrar 
elementos bem 
próximos das duas 
vertentes como a 
busca pela luz e 
cores características 
típica dos 
impressionistas, 
que pintavam suas 
obras ao ar livre. E, 
ainda, o uso de 
formar 
geométricas, 
característica mais 
marcante do 
movimento cubista. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maurice de 
Vlaminck foi um 
pintor francês. Ao 
lado de André 
Derain e Henri 
Matisse, é 
considerado um dos 
principais artistas 
do movimento 
fauvista, 
caracterizado pela 
distorção das 
formas e das cores 
em suas obras. O 
pintor é 
considerado um dos 
mais audazes do 
Fauvismo no 
exagero das formas 
e das cores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Raoul Dufy foi um 
pintor, desenhista, 
gravador, ilustrador 
de livros, ceramista, 
ilustrador de 
tecidos, de 
tapeçarias e de 
móveis, decorador 
de interiores, 
espaços públicos e 
teatro francês. 
Impressionista a 
princípio, evoluiu 
gradativamente 
para o fauvismo, 
depois de travar 
contato com Henri 
Matisse. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cornelis Theodorus 
Maria van Dongen, 
conhecido como 
Kees van Dongen, 
de origem 
holandesa, adotou 
rapidamente as 
ideias dos fauvistas 
Manguin, Derain e 
Matisse, que 
conheceu em Paris. 
Depois de estudar 
na Academia de 
Roterdã, Van 
Dongen mudou-se 
para Paris, a fim de 
continuar seus 
estudos de pintura. 
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101 – CONHECENDO O ARTISTA: HENRI MATISSE. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
Desde o início dos anos 1940, o 
pintor francês Henri Matisse 
começou a desenvolver uma 
técnica, que ele havia 
experimentado anos antes, que 
consistia em fazer colagens com 
pedaços de papéis coloridos. Os 
recortes dominaram a arte de 
Matisse nos últimos seis anos de 
sua vida. As colagens começaram 
quase que por acaso, com obras 
bastante pequenas. 
Inicialmente, elas foram desenvolvidas como 
desenhos ou maquetes. Matisse preferiu papel 
cortado à pintura, pois garantia que as cores 
permaneceriam fiéis em reproduções. Perto dos 
anos 1950, ao invés de simplesmente usar as 
colagens para "fins utilitários", tais como livros e 
desenhos de tapeçarias e cerâmicas, Matisse 
começou a brincar com elas. Assim, começaram a 
assumir o papel da tinta nas composições. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Praticar a arte: Aplique as cores que desejar nas formas orgânicas a seguir. Você pode usar lápis de cor, 
canetinha ou até mesmo guache. Depois de pintadas, recorte-as e troque algumas formas com alguns colegas 
de sala, depois, organize-as em uma composição no estilo de Henri Matisse. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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102 – EXPERIMENTAÇÃO PRÁTICA: CRIANDO UMA IMAGEM FAUVISTA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
Os Fauves vieram libertar os artistas de todas e 
quaisquer inibições ou convenções no uso da cor. 
Trata-se de um estilo vigoroso, quase frenético, no 
qual se nota o exagero na concentração de 
concepções estéticas dos vinte anos anteriores, 
levados as consequências mais extremas. Nele são 
utilizadas cores muito puras, vivas e primárias, 
contrastando umas com as outras. Dava-se grande 
importância à cor, muitas vezes em detrimento da 
forma, pela eliminação da perspectiva. As diferentes 
partes do corpo encontram-se nitidamente 
segmentadas, acentuando-se as articulações, o que 
nos faz lembrar as esculturas negro-africanas, 
recentemente descobertas. 
 
Características do Fauvismo: 
 
x Uso intenso das cores puras (não misturadas), 
com destaque para o amarelo, vermelho e azul; 
x Sem compromisso com a realidade; 
x Liberdade da cor (utilizar as cores de forma 
subjetiva); 
x A moralização, a melancolia e a tristeza eram 
representadas de forma suave e alegre; 
x As cores devem transmitir emoções positivas; 
x Sem intenções críticas ou políticas; 
x Criar sem relação com sentimentos ou intelectos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Praticar a arte: A partir de um referencial fotográfico, elabore sua obra Fauvista. Aplique as características 
principais da Vanguarda Fauvista no seu trabalho: Simplificação de formas, desenho chapado e aplicação de 
coresfortes (que não precisa corresponder a realidade). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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103 – CONHECENDO A OBRA: “COMEDORES DE BATATA”, DE VINCENT VAN GOGH. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vincent Van Gogh na carta ao seu irmão Théo, 
quando se refere a este trabalho, diz: “Apliquei-me 
conscientemente em dar a ideia de que estas 
pessoas que, sob o candeeiro, comem as suas 
batatas com as mãos, que levam ao prato, também 
lavraram a terra, e o meu quadro exalta, portanto o 
trabalho manual e o alimento que eles próprios 
ganharam tão honestamente”. A obra Os 
Comedores de Batatas, de Vincent Van Gogh, 
pertence à primeira fase da pintura do artista, 
desenvolvida na Holanda, sob influência do realismo 
do pintor Jean -François Millet. O quadro é de 1885 
e encontra-se no Museu Van Gogh em Amsterdã. 
Nesta fase, Van Gogh desenhou e pintou muitas 
paisagens holandesas e de cenas de aldeia. 
Os Comedores de Batatas resumem esse período. 
Assim como os pintores realistas, ele falou sobre a 
miséria e retratou o desespero das pessoas 
humildes. Ele dizia que os camponeses deviam ser 
pintados com as suas características rudes, sem 
embelezamento, ponto em que criticou e superou a 
sua referência primeira, Millet. Van Gogh salientou 
os traços grosseiros das mãos e das faces dos 
trabalhadores da terra. Em busca de intensidade 
dramática, explorou a potencialidade expressiva dos 
tons escuros. 
O quadro mostra cinco pessoas sentadas à volta de 
uma mesa tosca de madeira. A mulher mais nova 
tem uma travessa de batatas quentes, fumegantes 
e, com uma expressão interrogativa, serve os 
pedaços. A mulher mais velha, à sua frente, coloca 
nas canecas café de cevada e malte. O velho 
camponês bebe. Uma família camponesa está 
reunida para esta refeição simples. Um candeeiro a 
petróleo irradia uma luz fraca, mostrando a grande 
pobreza; ao irradiar a sua luz trémula sobre todos 
de forma igual, estabelece a unidade na aparência 
destas figuras preocupadas. 
Van Gogh demonstra na sua obra a consciência do 
conteúdo social tratado e a preocupação do artista 
em ser fiel à simplicidade das pessoas retratadas, 
não mostrando apenas a pouca comida, mas 
também a escassez de recursos, tanto na casa como 
nas roupas simples. 
 
 
 
Praticar a arte: Qual situação você escolheria para 
retratar uma cena familiar simples e com poucos 
recursos? Faça seu desenho e use cores que ajudem a 
mostrar a realidade da imagem que você retratou. 
 
 
 
 
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104 – O EXPRESSIONISMO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
O termo Expressionismo pode ser aplicado em qualquer 
momento da história da arte para designar a obra que 
abandona as ideias tradicionais e expressa a emoção do artista 
através de deformações e exageros de forma e cor. Nesse 
sentido, podemos chamar de expressionista o artista que dá 
importância aos sentimentos e às reações humanas diante de 
fatos da vida, criticando a exploração do homem pela 
sociedade. O artista expressionista não retrata apenas o que 
ele vê, retrata também o que ele sente em relação ao fato que 
está presenciando, podendo para isso até deformar figuras. A 
palavra expressionismo também foi utilizada para denominar 
uma tendência da arte europeia moderna que predominou na 
arte alemã de 1905 a 1930 aproximadamente. Essa tendência 
pode ser vista como uma reação ao Impressionismo, que 
apenas se preocupava com as sensações de luz e cor e não 
com os problemas vividos pela sociedade da época. O 
Expressionismo tinha como objetivo expressar as emoções e 
angústias do homem do início do século XX. 
 
Edvard Munch é considerado o 
precursor do Expressionismo, tendo 
influenciado essa corrente artística com 
suas obras impactantes e cheias de carga 
emocional. Sua obra mais importante é O 
Grito (1893). Ela representa uma das telas 
mais emblemáticas do movimento 
expressionista. 
O quadro O Grito é uma obra de arte 
expressionista que simboliza o sentimento 
de angústia do ser humano. Esta é uma das 
pinturas mais populares de todos os 
tempos e é uma obra que revela várias 
características de Munch: a força 
expressiva das linhas, redução das formas 
e o valor simbólico da cor. 
 
O expressionismo foi um movimento artístico por meio do qual 
os autores expressavam emoções e sentimentos através de 
suas obras. Essa expressão ocorria de forma exagerada, 
depravada e subversiva, e com teores de pessimismo. Temas 
como solidão, miséria e loucura eram abordados com 
frequência. Confira abaixo as principais características do 
expressionismo: 
 
Uso de cores intensas: Umas das principais 
características do expressionismo é o uso de 
cores fortes e vibrantes, muitas vezes irreais, 
ou seja, não representando a realidade de 
forma direta. 
Traçados grossos e distorcidos: As obras 
expressionistas apresentavam traços fortes e 
bem marcados, porém, não havia linearidade 
nos contornos. As linhas tinham formas 
retorcidas, eram de certa forma, agressivas e 
não determinavam com precisão o contorno 
das formas. Os traçados eram espessos e 
angulosos. 
Foco em aspectos subjetivos: A arte 
expressionista é uma arte dramática e 
subjetiva, que reflete a percepção, as emoções 
e os sentimentos de seu autor sobre o assunto 
retratado. O quadro acima, por exemplo, de 
Van Gogh, reflete a percepção do artista 
relativamente ao que ele via através da janela 
do seu quarto quando esteve internado no 
manicômio Saint-Rémy-de-Provence. Nem 
todos os componentes da obra realmente 
podiam ser vistos pela janela. Algumas 
imagens acrescentadas por Van Gogh, como a 
vila, eram imaginárias e subjetivas, ou seja, 
estavam relacionadas com elementos 
referencias do próprio artista. Alguns 
estudiosos consideram que a vila retratada no 
quadro representa o local onde Van Gogh 
passou a infância. 
Expressão da liberdade individual: O 
movimento expressionista defendia a 
liberdade individual através do irracionalismo 
e da subjetividade. A subjetividade permitia 
que o conhecimento de tudo aquilo que era 
externo ao artista se desse de acordo com os 
referenciais próprios dele. O irracionalismo, 
por sua vez, como o próprio nome indica, se 
opõe ao que é racional. O conceito de 
irracionalismo defende que a capacidade de 
aprendizado é superior quando o homem vai 
além dos limites impostos pelo que é racional. 
Visão trágica do ser humano: O fato de o expressionismo ser uma 
forma de arte subjetiva permitiu que os autores das obras 
pudessem retratar suas respectivas visões sobre a vida. Essa forma 
de expressão muitas vezes abordava questões mais dramáticas 
dos sentimentos humanos, como medo, solidão, ciúme, miséria, 
prostituição, etc. Por vezes, eram retratadas situações acerca da 
vida, da morte e do mundo espiritual. 
Exposição do lado pessimista da vida: Uma das principais 
características do expressionismo era a retratação de emoções 
intensas. Não havia grandes preocupações com padrões de beleza 
estética. Muitas vezes, as obras refletiam estados emocionais e 
mentais dos artistas que, através de sua arte, externavam um 
enfoque pessimista da realidade que viviam. Esse pessimismo era 
atribuído principalmente ao momento histórico que a 
humanidade atravessava e que se refletia em um grande 
sentimento de ansiedade antes, durante e depois da Primeira 
Guerra Mundial. 
Deformação da realidade do mundo: A realidade exposta pelos 
artistas expressionistas não se regia por uma ideia de 
objetividade. Tendo em conta que a subjetividade é uma das 
principais características do expressionismo, os artistas dessa 
vanguarda europeia sentiam-se livres para apresentar a realidade 
conforme sua própria percepção. O objetivo principal dessa 
representação era priorizar as emoçõese os sentimentos em 
detrimento de uma descrição objetiva da realidade. 
Uso da tridimensionalidade nas obras: Os artistas expressionistas 
costumavam fazer uso da tridimensionalidade em suas obras. No 
entanto, esse efeito era conseguido de forma ilusória, ou seja, não 
havia um verdadeiro relevo nas obras. A ilusão era criada 
intencionalmente através dos traços. 
 
 
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105 – ANALISANDO A OBRA: “O GRITO”, DE EDVARD MUNCH. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
“ Grito” 
Estava andando pela 
estrada com dois amigos. 
O sol se pondo com um 
céu vermelho sangue. 
Senti uma brisa de 
melancolia e parei. 
Paralisado, morto de 
cansaço… 
… meus amigos 
continuaram andando, eu 
continuei parado, 
Tremendo de ansiedade, 
senti o tremendo Grito da 
natureza. 
 Edvard Munch 
 
“O Grito” (no original “Skrik”) é uma 
série de quatro pinturas do artista 
norueguês Edvard Munch, a mais 
célebre das quais datadas de 1893. A 
obra representa uma figura andrógina 
num momento de profunda angústia e 
desespero existencial. 
O plano de fundo é a doca de Oslofjord, em Oslo, ao 
pôr-do-sol. O quadro O Grito é considerado como 
uma das obras mais importantes do movimento 
expressionista. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Interpretação do quadro: Vemos ao fundo um céu 
de cores quentes, em oposição ao rio em azul, cor 
fria, que sobe acima do horizonte, característica do 
expressionismo (onde o que interessa para o artista 
é a expressão de suas ideias e não um retrato da 
realidade). 
Vemos que a figura humana também está em cores 
frias, como a cor da angústia e da dor, sem cabelo 
para demonstrar um estado de saúde precário. Os 
elementos descritos estão tortos, como se 
reproduzindo o grito dado pela figura, como se 
entortando com o berro, algo que reproduza as 
ondas sonoras. Quase tudo está torto, menos a 
ponte e as duas figuras que estão no canto 
esquerdo. Tudo que se abalou com o grito e com a 
cena presenciada está torto; quem não se abalou 
(supostamente seus amigos) e a ponte, que é de 
concreto e não é "natural" como os outros 
elementos, continua reto. 
A dor do grito está presente não só no personagem, 
mas também no fundo, o que destaca que a vida 
para quem sofre não é como as outras pessoas a 
enxergam, a paisagem fica dolorosa também, e 
talvez por essa característica do quadro é que nos 
identificamos tanto com ele e podemos sentir a dor 
e o grito dado pelo personagem. 
Inserindo-se o observador no quadro, ele passa a 
ver o mundo torto, disforme, e isso afeta 
diretamente a participação do mesmo na obra, de 
forma quase interativa. 
 
Praticar a arte: Depois de observado e lido sobre a 
obra apresentada, responda em seu caderno de arte ao 
questionário interpretativo a seguir: 
a) Se você fosse expressar seus sentimentos de 
angústia por algo através de um “Grito” quais 
motivos te levariam a fazer tal gesto? 
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
__________________________________________________ 
b) Lendo o poema “O Grito” escrito por Edvard Munch 
ele diz que “... Senti o tremendo Grito da natureza”. 
Ao prestar atenção ao seu redor, nos 
acontecimentos atuais, o que a natureza está a 
gritar? 
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
__________________________________________________ 
c) Sabendo das três obras de sentimento produzidas 
por Munch, qual outro sentimento triste você 
escolheria para compor a “Quarta” obra? Por que 
você incluiria esse sentimento? 
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
__________________________________________________ 
d) Descreva, detalhadamente, os elementos presentes 
na obra “O Grito”, de Edvard Munch. 
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
__________________________________________________ 
e) Transcreva a ficha técnica da obra. 
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
__________________________________________________ 
 
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106 – O CUBISMO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O século XX é um dos períodos mais agitados da 
história. Um século de grandes descobertas, 
tragédias e conquistas importantes: duas guerras 
mundiais, a invenção do avião, foguetes, a chegada 
do homem à Lua, avanços na medicina, 
aparecimento de doenças até então desconhecidas, 
a revolução causada pela informática, enfim, tudo 
acontecendo e sendo divulgado pelos meios de 
comunicação, influenciando assim o artista 
moderno que a tudo vê com seu olha sensível e 
passa a se expressar influenciado por esse mundo 
conturbado que o rodeia. O caminho iniciado pela 
arte no século XX apresentou múltiplas tendências, 
porém o artista não se preocupou em ajustar-se a 
elas. A partir do início deste século o artista buscou 
e ainda busca novas formas e diferentes meios e 
materiais para satisfazer a sua capacidade de 
criação. Ele não está mais preso ao registro realista, 
pois a fotografia livra-o dessa preocupação. Agora, a 
maior importância é dada à criatividade e à livre 
expressão. Nesse contexto, variados estilos 
convivem em uma mesma época e por vezes até no 
mesmo lugar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O CUBISMO: No início do século XX, em Paris, Pablo 
Picasso e Georges Braque criaram um novo estilo 
artístico que rompeu com a ideia de arte como 
imitação da natureza e abandonou as noções 
tradicionais de perspectiva. Esses artistas 
procuravam novas maneiras de retratar o que viam 
e, influenciados por Cézanne, passaram a valorizar 
as formas geométricas e a retratar osobjetos como 
se eles estivessem partidos. Todas as partes de um 
objeto eram representadas num único plano ao 
mesmo tempo, como se o artista visse esse objeto 
em vários ângulos simultaneamente. A esse estilo 
chamamos de cubismo analítico. 
 
 
 
 
 
 
 
De modo geral, o cubismo é marcado pela 
representação de figuras da natureza a partir do uso de 
formas geométricas, promovendo a fragmentação e 
decomposição dos planos e perspectivas. O artista 
cubista deixa de ter o compromisso em utilizar a 
aparência real das coisas, como acontecia durante o 
Renascimento. A arte cubista é considerada uma “arte 
mental”, onde cada aspecto da obra deve ser analisado 
e estudado de modo individual. Cubos, cilindros e 
esferas são algumas das formas usuais no cubismo, que 
se distingue da arte abstrata pelo uso concreto de 
todas as formas. Além de Picasso e Braque, outros 
artistas que ficaram imortalizados como ícones desta 
vanguarda são Juan Gris e Fernand Léger. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vale citar que este estilo abandona distinções entre 
forma e fundo ou qualquer noção de profundidade. Os 
temas como naturezas mortas urbanas e retratos são 
utilizados pelos pintores cubistas como recursos para 
experimentar e criar baseados nas particularidades 
dessa vertente. 
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107 – AS FASES DO CUBISMO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
 
 
Também conhecido por “cubismo pré-cézanniano”, 
esta é considerada a fase inicial do movimento 
cubista, onde a principal base era o trabalho de 
Cézanne, com forte influência da arte africana e 
devido ao uso de formas simplificadas. As obras de 
Paul Cézanne serviram de inspiração para a 
consolidaçãodo cubismo. Embora ainda não 
tivessem todas as características que definem o 
movimento artístico, alguns conceitos adotados por 
Cézanne em seus trabalhos foram fundamentais 
para que Picasso e outros artistas construíssem o 
estilo cubista. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Devido à mudança estética e no ideal 
de representação da arte, os 
estudiosos consideram que Cézanne 
fez um movimento de revolução da 
arte pitoresca – Revolução 
cézanniana -, e este é motivo pelo 
qual esta fase leva o seu nome. 
Portanto, esse é um momento 
fortemente marcado pela sua obra, 
especialmente no que se referem ao 
caráter analítico e planos de cor, 
características que influenciaram a 
análise de paisagens e objetos. 
 
 
É tido como o “cubismo puro” e de difícil 
interpretação, onde as figuras são decompostas, 
através do uso de diversas formas geométricas. Com 
forte influência na arte africana, as obras nesse 
período permeiam os tons monocromáticos, com 
predominância do verde, marrom e cinza. Além 
disso, também há a necessidade de expressar a 
natureza de modo simplificado, com linhas retas e 
uniformes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O cubismo analítico (1910 - 1912) é uma fase 
evoluída do cubismo cézanniano. Apareceu depois 
da junção do trabalho desenvolvido separadamente 
por Pablo Picasso e Georges Braque. A forma é 
analisada num plano, decomposta e montada 
novamente nesse mesmo plano. A prioridade dada à 
forma é máxima, tal que a composição cromática 
aponte quase para uma só cor. O objeto é de tal 
forma distorcido que quase tende para a abstração, 
ficando no limite do perceptível e do abstrato. Foi 
nesta fase que se procedeu a uma teorização do 
cubismo, sobretudo através do Grupo do Bateau 
Lavoir. 
 
 
A grande característica desta fase foi à introdução da 
técnica de colagem para reconstruir as imagens que 
outrora eram decompostas. Por isso, esse período 
também é conhecido como "cubismo de colagem". Ao 
contrário do cubismo analítico, nesta etapa as imagens 
passam a manter a sua fisionomia, mas de modo 
reduzido, apresentando apenas o que for essencial 
para o seu reconhecimento. O principal precursor do 
cubismo sintético foi Juan Gris, que também passou a 
usar uma palheta de cores mais vivas e intensas em 
suas obras. Aqui ao contrário do analítico, as cores 
eram mais fortes e as formas geralmente vistas de um 
ângulo apenas, tentando tornar as figuras novamente 
reconhecíveis. As obras eram feitas através de colagens 
realizadas com letras, palavras, números, pedaços de 
madeira, vidro, metal, pequenas partes de jornal e até 
mesmo de objetos inteiros. 
E-book licenciado para Morgana de Morais Falcão morgana.falcao43@gmail.com CPF: 15663495835
 
108 – OS PRINCIPAIS ARTISTAS CUBISTAS. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Picasso é considerado um dos 
mais importantes artistas 
plásticos do século XX. Recebe 
influência do artista Cézanne e 
desenvolve o estilo artístico 
conhecido como cubismo. O 
marco inicial deste período é a 
obra “Les Demoiselles 
d'Avignon” (1907), cuja 
característica principal é a 
decomposição da realidade 
humana. Suas obras podem ser 
divididas em várias fases, de 
acordo com a valorização de 
certas cores. A fase Azul o 
período onde predominou os 
tons de azul. Nesta fase, o 
artista dá uma atenção toda 
especial aos elementos 
marginalizados pela sociedade. 
Na Fase Rosa, predomina as 
cores rosa e vermelho, e suas 
obras ganham uma conotação 
lírica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Georges Braque foi um pintor 
e escultor francês, que fundou 
o cubismo juntamente com 
Pablo Picasso. Braque iniciou a 
sua ligação às cores na 
empresa de pintura decorativa 
de seu pai. A maior parte da 
sua adolescência foi passada 
em Le Havre, mas no ano de 
1899, mudou-se para Paris 
onde, em 1906, no Salão dos 
Independentes, expôs as suas 
primeiras obras no estilo de 
formas simples e de cores 
puras (fauvismo). Influenciados 
pela escultura tribal africana 
então descoberta. Picasso e 
Braque analisavam objetos, 
separando-os em suas formas 
geométricas e as 
reestruturando de modo a 
mostrar as várias facetas de 
cada forma em uma imagem. 
Essas obras iniciais do 
“Cubismo Analítico”, como são 
conhecidas, geralmente 
tinham tons de cinza e 
marrom. 
 
 
 
 
 
 
 
Em contato com o Cubismo, 
Legér não aceitou sua 
representação exclusivamente 
analítica para representar o 
mundo real, seus trabalhos 
apresentavam formas 
curvilíneas e tubulares, em 
contraste com as formas 
retilíneas usadas por Picasso e 
Braque. No quadro “Mulher de 
Azul”, que marca o apogeu de 
sua fase de cubista, se percebe 
as características pessoais que 
o diferenciam do movimento. 
O trabalho de Léger exerceu 
uma influência importante no 
construtivismo soviético. Os 
modernos pôsteres comerciais, 
e outros tipos de arte aplicada, 
também se vieram influenciar 
por seus desenhos. Em seus 
últimos trabalhos, realizou 
uma separação entre a cor e o 
desenho, de tal maneira que 
suas figuras mantêm seus 
formulários robóticos definidos 
por linhas pretas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em 1911, apresentou suas 
primeiras obras cubistas, que, 
pela vontade de 
geometrização das formas 
patenteada, pela multiplicação 
dos pontos de vista e pela 
incorporação de elementos 
tipográficos, se distanciaram 
tanto do estilo de Picasso 
como do de Braque. Em sua 
paleta predominam os azuis, 
os verdes e os violetas. A partir 
de 1912, Gris interessou-se 
pela técnica da colagem, que 
lhe permitiu criar um jogo de 
ambiguidades entre o que é 
real e o que é pintado e, desse 
modo, entre o verdadeiro e o 
falso. Em sua evolução, o 
artista escolheu partir cada vez 
mais das formas geométricas 
mais simples para construir os 
objetos que pintaria numa 
procura das estruturas mais 
elementares, enquanto seu 
cromatismo manteve uma 
luminosidade abstrata. 
 
 
 
 
 
 
 
Pintor francês nascido em 
Paris, que realizou, com Sonia 
Delaunay, sua esposa, 
enormes decorações murais. 
Influenciado por Georges 
Seurat e Paul Signat, começou 
a experimentar efeitos de 
contraste entre cores e, 
interessado pela obra dos 
primeiros cubistas, passou a 
estudar as possibilidades de 
aplicação da estética desses 
artistas a uma pintura com rico 
cromatismo e com elementos 
irreais. Criou, então, um estilo 
próprio, baseado quase 
exclusivamente na importância 
da cor e na ilusão do 
movimento, iniciado a partir 
da série dedicada à torre Eiffel, 
num estilo cubista próprio, de 
grande colorido. Compôs as 
famosas séries Janelas e 
Formas circulares. O 
dinamismo de sua obra se 
intensificou com o emprego de 
espirais e encadeamentos de 
círculos. 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalhou no ateliê de 
desenho têxtil de seu pai. 
Começou a pintar mais 
metodicamente durante o 
serviço militar. Nessa época, 
seus principais temas eram as 
questões sociais e para as 
misteriosas cenas noturnas. Ao 
conhecer Picasso, envolveu-se 
com o movimento cubista e, 
em 1912, publicou, com 
Metzinger, o primeiro tratado 
sobre o Cubismo. Em 1914, 
durante a Primeira Guerra 
Mundial, sua produção tornou-
se mais abstrata. Com o fim do 
movimento cubista, por volta 
de 1914, Gleizes começou a ter 
inspirações religiosas, 
passando a escrever sobre a 
pintura como forma de 
enaltecer valores mais 
místicos. 
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109 – RESUMÃO: O CUBISMO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
Este movimento artístico tem seu 
surgimento no século XX e é 
considerado o mais influente deste 
período. Com suas formas geométricas 
representadas, na maioria das vezes, 
por cubos e cilindros, a arte cubista 
rompeu com os padrões estéticos que 
primavam pela perfeição das formas na 
busca da imagem realista da natureza. 
A imagem única e fiel à natureza, tão apreciada pelos europeus 
desde o Renascimento, deu lugar a esta nova forma de 
expressão onde um único objeto pode ser visto pordiferentes 
ângulos ao mesmo tempo. 
 
Características principais: O 
marco inicial do Cubismo ocorreu em 
Paris, em 1907, com a tela “Les 
Demoiselles d''Avignon”, pintura que 
Pablo Picasso levou um ano para 
finalizar. Nesta obra, este grande 
artista espanhol retratou a nudez 
feminina de uma forma inusitada, 
onde as formas reais, naturalmente 
arredondadas, deram espaço a figuras 
geométricas perfeitamente 
trabalhadas. 
Tanto nas obras de Picasso, quanto nas 
pinturas de outros artistas que seguiam 
esta nova tendência, como, por 
exemplo, o ex-fauvista francês, Georges 
Braque, há uma forte influência das 
esculturas africanas e também pelas 
últimas pinturas do pós-impressionista 
francês Paul Cézanne, que retratava a 
natureza através de formas bem 
próximas às geométricas. 
x Geometrização das formas e volumes. 
x Renúncia à perspectiva. 
x O claro-escuro perde sua função. 
x Representação do volume colorido sobre superfícies planas. 
x Sensação de pintura escultórica. 
x Cores austeras, do branco ao negro passando pelo cinza, por 
um ocre apagado ou um castanho suave. 
As fases do Cubismo: 
 
x Cubismo cézanniano: (entre os anos de 1907 e 1909) - é 
a fase que dá início ao Cubismo. Período marcado pela forte 
presença das obras de Paul Cézanne. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
x Analítico: Até 1912, onde a cor era moderada e as formas 
eram predominantemente geométricas e desestruturadas 
pelo desmembramento de suas partes equivalentes, 
ocorrendo, desta forma, a necessidade de não somente 
apreciar a obra, mas também de decifra-la, ou melhor, 
analisa-la para entender seu significado. Já no segundo 
período, a partir de 1912, surge a reação a este primeiro 
momento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
x Sintético: Onde as cores eram 
mais fortes e as formas tentavam 
tornar as figuras novamente 
reconhecíveis através de colagens 
realizadas com letras e também 
com pequenas partes de jornal. Na 
Europa está o maior número de 
artistas que se destacaram nesta 
manifestação artística, entre eles os 
mais conhecidos, além dos 
precursores, Pablo Picasso e 
Georges Braque são: Albert Gleizes, 
Fernand Léger, Francis Picabia, 
Marcel Duchamp, Robert Delaunay, 
Roger de La Fresnaye, e Juan Gris. 
Principais artistas: 
 
x Pablo Picasso (1881-1973) 
x Georges Braque (1882-1963) 
x Juan Gris (1887-1927) 
x Fernand Léger (1881-1955) 
x Diego Rivera (1886-1957) 
 
O cubismo por meio de suas colagens introduziu letras, palavras, 
números, pedaços de madeira, vidro, metal e até objetos inteiros 
nas pinturas. Essa inovação pode ser explicada pela intenção do 
artista de criar novos efeitos plásticos e de ultrapassar os limites 
das sensações visuais que a pintura sugere, despertando também 
no espectador as sensações tácteis. Assim contrastavam 
intencionalmente áreas de cores lisas e rugosas, ásperas e com 
relevos. Tratava as formas da natureza por meio de figuras 
geométricas, representando todas as partes de um objeto no 
mesmo plano. 
 
A representação do mundo passava a não ter nenhum 
compromisso com a aparência real das coisas. A principal 
característica do cubismo é a retratação do espaço por diversos 
ângulos ao mesmo tempo, minimizando a necessidade de haver 
fidelidade com a realidade. O cubismo rejeita a ideia de outros 
movimentos anteriores, como o impressionismo, de retratação da 
natureza. O próprio Georges Braque afirmava: “Não se imita 
aquilo que se quer criar”. Além da preponderância das formas 
geométricas, também podemos citar como característica do 
cubismo o uso da luz e da sombra. 
 
Cubismo no Brasil: Somente após a Semana de Arte Moderna 
de 1922 o movimento cubista ganhou terreno no Brasil. Mesmo 
assim, não encontramos artistas com características 
exclusivamente cubistas em nosso país. Muitos pintores 
brasileiros foram influenciados pelo movim ento e apresentaram 
características do cubismo em suas obras. Neste sentido, podemos 
citar os seguintes artistas: Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Rêgo 
Monteiro e Di Cavalcanti. 
 
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110 – CONHECENDO A OBRA: “LES DEMOISELLES D´AVIGNON”, DE PABLO PICASSO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Les Demoiselles d’Avignon” (As Senhoritas de Avignon) é com certeza, 
uma das mais famosas pinturas de Pablo Picasso, considerado um 
quadro pré-cubista, ou o marco do início do cubismo, porém 
evidenciando também o impacto da arte africana sobre a obra do 
artista. Na época em que Picasso a pintou, ele tinha completa noção de 
que este era o quadro mais importante que havia pintado até então. 
Dizem que o artista estava inseguro em apresentar essa obra, revelou 
isso a seu marchand depois de meses de revisão a pintura monumental 
que estava escondida em seu estúdio em Paris. 
 
Les Demoiselles d’Avignon marca uma ruptura radical da composição 
tradicional e perspectiva na pintura. Representa cinco mulheres nuas 
com figuras compostas por planos e faces desfiguradas, inspirados pela 
escultura ibérica e máscaras africanas. O espaço comprimido que as 
figuras se apresentam, parecem se projetar para frente em fragmentos 
irregulares. As frutas em primeiro plano representam uma natureza 
morta que se encontra na parte inferior da composição, oscila sobre 
uma mesa impossivelmente virada para cima. 
O Avignon do título da obra refere-se a uma 
Rua de Barcelona famosa por seu bordel. 
Nos estudos preparatórios de Picasso para 
o trabalho, a figura à esquerda era um 
homem, mas o artista eliminou esse detalhe 
na pintura final. Esta pintura representa, 
além de ser considerada uma obra-prima da 
história da arte universal, quebra com a 
violação de todas as tradições e convenções 
visuais jamais vistas até então. 
 
Praticar a arte: Depois de ler sobre a obra apresentada e observá-la com atenção. Prepare seu 
material artístico para aplicar cor no desenho da obra a seguir. Procure usar as cores e seus tons assim 
como fez Picasso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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111 – CONHECENDO O ARTISTA: PABLO PICASSO E O CACHORRO LUMP. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
David Douglas Duncan é o último dos fotojornalistas clássicos do século XX ainda vivo. Nascido em 1916, esteve presente em momentos 
importantes da história, cobrindo desde a II Guerra Mundial até a Guerra do Vietnã, e passou incólume por tudo. Só não passou por Pablo 
Picasso, seu amigo. O pintor amava animais, em especial cães, e tinha uma particularidade: era famoso, entre seu círculo de amizades, seu 
hábito de "tomar emprestado" os cachorros de seus amigos e conhecidos. Um desses cães "emprestados" - e considerado o favorito do pintor 
- foi Lump, um cão da raça teckel que era não por acaso, o cachorro de estimação de David. A dupla havia sido convidada para passar uma 
temporada em La Californie, a famosa mansão de veraneio de Picasso em Cannes, no litoral da França. Era abril de 1957 e a conexão entre o 
artista e o cão foi imediata, tanto que Lump não voltou para casa na ocasião. Durante os seis anos de estadia de Lump em La Californie, o cão 
foi inspiração para diversos desenhos e rascunhos de Picasso, e essa relação foi captada com perfeição e delicadeza por Duncan. A afeição 
mútua da dupla virou livro, Lump: A Dachshund’s Odyssey, ilustrado com 89 fotos de Picasso e Lump. 
 
 
 
 
 
 
 
Praticar a arte: 
Observando os 
desenhos inspirados no 
cãozinho Lump e os 
desenhos de outros 
animais feitos por 
Picasso, desenhe no 
espaço abaixo, sem tirar 
a ponta do lápis do 
papel, a imagem cubista 
de seu animal de 
estimação. Se você não 
tiver nenhum, escolha 
um animal da sua 
preferência. Utilize 
canetinha hidrocor na 
cor preta. Não se 
esqueça de assinar sua 
obra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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112 – EXERCÍCIOS INTERPRETATIVOSSOBRE O CUBISMO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
1. No início do século XX, em Paris, Pablo Picasso e 
Georges Braque criaram um novo estilo que 
mudou a ideia de como se fazer arte. Estamos 
falando do Cubismo. Quanto a esse movimento, 
marque uma ÚNICA alternativa FALSA. Os 
cubistas: 
 
a) Romperam com a ideia de arte como imitação 
da natureza. 
b) Passaram a valorizar as formas geométricas. 
c) Acreditam que a cor é o elemento mais 
importante da obra.* 
d) Reproduziam os objetos e figuras em dezenas 
de pedaços. 
 
2. O pintor espanhol Pablo Picasso (1881-1973), um 
dos mais valorizados no mundo artístico, tanto 
em termos financeiros quanto históricos, criou a 
obra Guernica em protesto ao ataque aéreo à 
pequena cidade basca de mesmo nome. A obra, 
feita para integrar o Salão Internacional de Artes 
Plásticas de Paris, percorreu toda a Europa, 
chegando aos EUA e instalando-se no MoMA, 
onde sairia apenas em 1981. Essa obra cubista 
apresenta elementos plásticos identificados pelo: 
 
a) Painel ideográfico, monocromático, que enfoca 
várias dimensões de um evento, renunciando à 
realidade, colocando-se em plano frontal ao 
espectador.* 
b) Horror da guerra de forma fotográfica, com o 
uso da perspectiva clássica, envolvendo o 
espectador nesse exemplo brutal de crueldade 
do ser humano. 
c) Uso das formas geométricas no mesmo plano, 
sem emoção e expressão, despreocupado com o 
volume, a perspectiva e a sensação escultórica. 
d) Esfacelamento dos objetos abordados na 
mesma narrativa, minimizando a dor humana a 
serviço da objetividade, observada pelo uso do 
claro-escuro. 
e) Uso de vários ícones que representam 
personagens fragmentados 
bidimensionalmente, de forma fotográfica livre 
de sentimentalismo. 
 
 
 
 
 
3. O movimento artístico denominado cubismo 
desenvolveu-se na primeira década do século XX, 
liderado pelo espanhol Pablo Picasso e pelo 
francês Georges Braque. A partir da figura acima, 
assinale a opção correta com relação às 
características desse movimento. 
a) Nas obras cubistas, os objetos são representados 
de forma realista. 
b) Os cubistas procuravam representar em suas 
obras o movimento, sugerindo velocidade. 
c) Por meio das imagens fragmentadas, os pintores 
cubistas procuravam passar uma ideia de 
profundidade. 
d) As obras desse movimento são marcadas pela 
decomposição e geometrização das formas 
naturais.* 
 
4. Historicamente o Cubismo originou-se nas obras 
de Paul Cézanne, pois para ele a pintura deveria 
tratar as formas da natureza como se fossem 
cones, esferas e cilindros. De acordo com o e com 
seus conhecimentos sobre o Cubismo julgue os 
itens abaixo em (C) para os certos e (E) para os 
errados: ccec 
 
a) No Cubismo os objetos aparecem abertos, 
como se estivessem cortados em um plano 
frontal em relação ao expectador. 
b) Os artistas cubistas não tinham nenhum 
compromisso em representar com fidelidade 
a aparência real das coisas. 
c) O Cubismo foi dividido em duas tendências: 
Cubismo real e Cubismo irreal. 
d) Pablo Picasso foi o artista cubista que ficou 
mais conhecido mundialmente. 
 
5. Ainda sobre o Cubismo julgue os itens que se 
seguem em C para Certo e E para errado: eccc 
 
a) As obras cubistas ficaram marcadas pelo fácil 
reconhecimento das figuras representadas. 
b) No Cubismo foi utilizada uma técnica 
chamada colagem, que consistia em colar 
vários objetos a obra. 
c) A obra de Pablo Picasso foi dividida em duas 
fases: a fase azul e a fase rosa. 
d) Formas abstratas, realistas e irreais 
caracterizaram o cubismo. 
6. Sobre o Cubismo, foi um movimento dividido 
em: 
a) Cinco fases: Inicial, Primitivo, Analítico, Sintético e 
Contemporâneo. 
b) Quatro fases: Inicial, Primitivo, Analítico e 
Contemporâneo. 
c) Três fases: Primitivo, Analítico e Sintético.* 
d) Duas fases: Primitivo e Sintético. 
e) Nenhuma das alternativas anteriores 
 
7. Ainda sobre o Cubismo, seus principais artistas 
foram: 
a) Van Gogh, Picasso e Braque. 
b) Braque, Cézanne e Matisse. 
c) Picasso, Cézanne e Duchamp. 
d) Cézanne, Picasso e Braque.* 
e) Nenhuma das alternativas anteriores. 
 
8. No Cubismo Analítico: 
 
a) As figuras são dispostas de forma quase 
incompreensível.* 
b) As figuras são bem nítidas. 
c) As figuras são surreais. 
d) Não existem figuras. 
 
9. Sobre o Cubismo, é INCORRETO afirmar: 
 
a) É considerado fonte da corrente formalista e, 
por consequência, da pintura abstrata da arte 
do século XX.* 
b) Questiona os pressupostos fundamentais da 
tradição da arte ocidental. 
c) Manifesta interesse pela arte não ocidental, 
como a arte africana e a arte primitiva. 
d) Foi bem aceito pela sociedade da época, desde 
sua origem, na primeira década do século XX. 
e) Apresenta pintura de caráter revolucionário, 
principalmente em relação à formalização das 
imagens. 
 
10. Qual era o principal objetivo do cubismo? 
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
________________________________________ 
11. O cubismo sintético se caracteriza 
principalmente: 
a) Poucas cores: preto, cinza e tons de marrons e 
ocres. 
b) Representa grandes fragmentações dos seres na 
pintura. 
c) Tornar as figuras novamente reconhecíveis, e se 
foi chamado também de colagem.* 
d) Desenvolveu as formas geométricas. 
e) Surgiu das figuras: cones, esferas e cilindros. 
 
12. O quadro: “Les De oiselles 
d´Avignon” (1907), de Pablo 
Picasso, representa o 
rompimento com a estética 
clássica e a revolução da 
arte no início do século XX. 
Essa nova tendência se 
caracteriza pela: 
a) Pintura de modelos em planos irregulares.* 
b) Mulher com temática central na obra. 
c) Cena representada por vários modelos. 
d) Nudez explorada como objeto de arte. 
 
13. Como a pintura cubista representa o objeto? 
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
_________________________________________ 
 
14. Em qual período, do Cubismo, desenvolveu-se a 
técnica da colagem? 
___________________________________________
___________________________________________ 
 
15. São fases de Pablo Picasso: 
 
a) Rosa e Verde. 
b) Rosa e Azul.* 
c) Azul e Verde. 
d) Azul e Vermelho. 
 
16. Foi um grande nome do Cubismo Brasileiro: 
 
a) Di Cavalcanti. 
b) Tarsila do Amaral.* 
c) Pablo Picasso. 
d) Vicente do Rego Monteiro. 
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113 – O ABSTRACIONISMO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
De um modo bem amplo, o 
termo “abstrato” pode ser 
aplicado a qualquer obra de 
arte que não faça uma 
representação imediata dos 
objetos. O artista 
abstracionista usa cores, 
linhas e manchas para criar 
formas indefinidas, não 
copiando mais a realidade. 
O termo abstracionismo geralmente é usado para 
designar obras de arte do século XX que 
abandonaram a concepção tradicional de arte como 
imitação da natureza. Eles criaram em suas pinturas 
formas e cores que não estão imediatamente 
relacionadas com as formas e as cores dos objetos, 
ou seja, ao observarmos uma pintura abstrata não 
identificamos de imediato o objeto ou a cena 
representada. Abstracionismo atribui-se a toda 
forma de representação bidimensional ou 
tridimensional, não subordinado pela figuração ou 
imitação da natureza. No âmbito das Artes Visuais, o 
termo Arte Abstrata está relacionado às vanguardas 
da primeira metade do século XX. Em vista disso, 
provocou muita indignação entre os apreciadores de 
arte mais tradicionais. 
A Arte Abstrata, assim como 
muitasoutras vanguardas da Arte 
Moderna, era considerada de 
extremo mau gosto pela elite que 
ainda preferia ver nas pinturas e 
nas esculturas algo que 
representasse a realidade e de 
preferência que promovessem 
ideais clássicos e perfeição 
artística. 
A Arte Abstrata tinha o objetivo de encontrar uma 
nova forma de expressão plástica, distanciada das 
formas figurativas ou representação da natureza. 
Caracteriza-se pela decomposição da figura, 
simplificação da forma, novo uso das cores e 
descarte da perspectiva ou técnicas de modelagem. 
É possível dizer que a origem do Abstracionismo 
remonta alguns movimentos como o Suprematismo, 
o Construtivismo, o Neoplasticismo e o 
Expressionismo Abstrato, muito embora os artistas 
desses movimentos fizessem abstrações, eles 
evitavam falar em abstracionismo, tendo percebido 
que soaria impróprio para a época. 
 
 
 
 
 
Além dessa vertente mais 
geométrica da Arte Abstrata, outra 
vertente também foi significativa 
nesse cenário, foi o Expressionismo 
Abstrato, também conhecido como 
Action Painting, caracterizado pela 
busca no inconsciente de símbolos 
de valor universal. Este foi o 
primeiro movimento que se 
originou nos Estados Unidos e 
ganhou reconhecimento 
internacional. Jackson Pollock 
tornou-se conhecido pela sua forma 
de pintura singular, lançando ou 
gotejando de forma dramática a 
tinta que escoria sobre a tela, 
métodos revolucionários e 
incomuns para a época. 
 
 
As principais características do abstracionismo são: 
 
x Arte não representacional. 
x Arte subjetiva e destituída de conteúdo. 
x Oposição ao modelo renascentista, à arte figurativa 
e/ou naturalista. 
x Uso de formas simples, cores e linhas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O abstracionismo dominou a 
pintura moderna e se 
diversificou em duas 
tendências principais: o 
abstracionismo informal e o 
abstracionismo geométrico. O 
abstracionismo informal 
expressa os sentimentos e as 
ideias do artista, e este, com 
total liberdade de expressão, 
utiliza cores e formas de 
maneira espontânea. 
Diferente do informal, no 
abstracionismo geométrico, 
as formas e as cores são 
organizadas e a base da 
composição são linhas e 
figuras geométricas. 
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114 – ABSTRACIONISMO INFORMAL E O ABSTRACIONISMO GEOMÉTRICO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
 
 
A arte abstrata tende a suprimir toda a relação entre a realidade e o quadro, 
entre as linhas e os planos, as cores e a significação que esses elementos podem 
sugerir ao espírito. Quando a significação de um quadro depende 
essencialmente da cor e da forma, quando o pintor rompe os últimos laços que 
ligam a sua obra à realidade visível, ela passa a ser abstrata. No Abstracionismo 
Sensível ou Informal predominam os sentimentos e emoções. As cores e as 
formas são criadas livremente. Na Alemanha surge o movimento denominado 
“Der blaue Reiter” (O Cavaleiro Azul) cujos fundadores são os Kandinsky, Franz 
Marc entre outros. Uma arte abstrata, que coloca na cor e forma a sua 
expressividade maior. Estes artistas se aprofundam em pesquisas cromáticas, 
conseguindo variações espaciais e formais na pintura, através das tonalidades e 
matizes obtidos. Eles querem um expressionismo abstrato, sensível e emotivo. 
Com a forma, a cor e a linha, o artista é livre para expressar seus sentimentos 
interiores, sem relacioná-los a lembrança do mundo exterior. Estes elementos da 
composição devem Ter uma unidade e harmonia, tal qual uma obra musical. 
 
 
Franz Marc: Pintor alemão, apaixonado pela arte dos 
povos primitivos, das crianças e dos doentes mentais, 
o pintor escolheu como temas favoritos os estudos 
sobre animais, conheceu Kandinsky, sob a influência 
deste, convenceu-se de que a essência dos seres se 
revela na abstração. A admiração pelos futuristas 
italianos imprimiram nova dinâmica à obra de Marc, 
que passou a empregar formas e massas de cores 
brilhantes próprias da pintura cubista. 
 
Wassily Kandinsky: Pintor russo, antes do 
abstracionismo participou de vários movimentos 
artísticos como impressionismo também atravessou 
uma curta fase fauve e expressionista. Escreveu 
livros, como em 1911, Sobre o espiritual na arte, em 
que procurou apontar correspondências simbólicas 
entre os impulsos interiores e a linguagem das formas 
e cores, e em 1926, Do ponto e da linha até a 
superfície, explicação mais técnica da construção e 
inventividade da sua arte. Dezenas de suas obras 
foram confiscadas pelos nazistas e várias delas 
expostas na mostra de “Arte Degenerada”. 
 
 
 
Ao contrário do Abstracionismo informal, o abstracionismo geométrico registra a 
racionalização que depende de análise intelectual. As formas e as cores devem 
ser organizadas de tal maneira que a composição resultante seja apenas a 
expressão de uma concepção geométrica. Foi um movimento artístico 
influenciado pelo Cubismo e pelo Futurismo. O abstracionismo geométrico 
divide-se em mais duas correntes: Suprematismo na Rússia e o Neoplasticismo 
na Holanda. 
 
 
Piet Mondrian: Fortemente influenciado pelas crenças Teosóficas, Mondrian 
defendia a ideia de que a arte não poderia se limitar a reproduzir a natureza, 
mas expressar uma experiência transcendental e a pureza de harmonia. Ou 
seja, para Mondrian a arte deveria ter formas e cores puras em oposição às 
linhas orgânicas da natureza, assim como é possível observar no quadro 
“Composição em vermelho, preto, azul e amarelo” de 1928. Suas pinturas 
geométricas abstratas não tinham centro, Mondrian defendia que as margens 
da obra são tão importantes quanto o centro. Suas pinturas representam 
linhas pretas horizontais e verticais em fundo branco, as quais formavam 
quadrados e retângulos onde acrescentavam, geralmente, cores primarias. 
Essas linhas retas verticais e horizontais sugeriam, conforme Mondrian, a 
calma e a forma surgida de duas forças opostas. Ligadas a formas simples e 
cores puras, desejava que sua arte exprimisse as leis objetivas do universo. 
 
 
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115 – CONHECENDO O ARTISTA: WASSILY KANDINSKY E A MÚSICA. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
Ao longo da história, diversos 
artistas têm sido inspirados 
pela música, e muitos fazem 
referência a ela em seu 
trabalho. O artista russo 
Wassily Kandinsky, por 
exemplo, queria transmitir a 
complexidade da música 
clássica na tela. 
Disse ele: “Linhas selvagens, 
quase loucas, se esboçavam na 
minha frente”, ao assistir uma 
montagem da ópera Lohengrin 
de Wagner. Enquanto 
desenham, muitos artistas têm 
a música como trilha sonora 
para suas criações. Com este 
momento criativo o artista 
trabalha a forma como vemos 
um som. Portanto, a música 
torna-se o foco principal da 
obra de arte. Ritmo, harmonia 
e textura são alguns dos 
elementos que Kandinsky 
compartilha em suas 
diferentes formas de arte. 
Wassily Kandinsky foi inspirado 
pela música do compositor 
Arnold Schönberg. As formas, 
linhas e cores de suas pinturas 
incorporam a sensação das 
emoções primárias por meio 
de formas abstratas. Ele 
desejava encontrar um 
equivalente visual à música de 
Schönberg. 
Praticar a arte – Transformando o som em 
visão: Siga as orientações a seguir para você 
experimentar o processo criativo e a poética de 
Wassily Kandinsky: 
 
 
 
 
 
1. Emende algumas folhas de papel 
cenário na parede ou no chão de 
forma que a área para desenhar seja 
grande. 
2. Use apenas um único instrumento de 
desenho para este exercício, pode ser 
o lápis macio ou um bastão de carvão. 
Experimente desenhar usando lápis 
de marcenaria. 
3. Agora escolha uma música como 
trilha sonora, de preferência 
instrumental, para que a letra não o 
disperse nem o leve a fazer uma 
interpretação literal da música. 
4. Deixe-se envolver pela música e tente 
transmitir suas qualidades sobre o 
papel. O objetivo desta atividade é 
deixar-selevar pelo som e explorar o 
desenho abstrato. 
5. O ritmo da música também pode ditar 
a sua postura e o movimento da sua 
mão. É importante não julgar o 
desenho, as linhas devem se mover de 
maneira semelhante ao tempo da 
música. Este pode ser considerado um 
exercício de “Performance”. 
6. Se desejar, ao escolher sua música, e 
orientar sua mente e corpo para o 
trabalho, faça a atividade em menor 
escala no espaço ao lado para você 
não se sentir muito tímido. 
7. Registre sua obra com uma foto. 
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116 – O ABSTRACIONISMO BRASILEIRO E SEUS ARTISTAS. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
 
 
A proposta das vanguardas despertou e inaugurou novas formas estéticas, as quais atravessaram fronteiras, de forma que no Brasil influenciaram a estética 
modernista, a partir da década de 40. No Brasil o abstracionismo (Arte Abstrata) foi ganhando adeptos através de informações que chegavam do estrangeiro e 
depois com a abertura de museus e com a realização das primeiras bienais (1951 e 1953) e pela influência de artistas e críticos de arte, como Max Bill, Maldonado e 
Romero Brest. Em 1950, o pintor Samson Flexor criou o atelier Abstração, em São Paulo, destinado ao ensino e difusão das artes plásticas dentro da linha do 
abstracionismo. Os artistas abstratos brasileiros filiaram-se a diferentes facções dessa escola. Entre os “expressionistas abstratos” é preciso citar Yolanda Mohaly, 
Tomás lanelli e Manabu Mabe. Entre os neoconcretistas, destacam-se Ligia Clark, Aluísio Carvão e Ligia Pape. Antônio Bandeira, abstrato com recordações da 
realidade visível, foi grande destaque no exterior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Foi uma pintora e 
desenhista húngara 
naturalizada brasileira. 
Inicialmente figurativa e 
expressionista, Mohalyi 
evoluiu, nos anos 1950, 
gradualmente para a 
abstração expressiva que 
caracterizou sua 
produção nos anos 1960 
e 70. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pintor, gravador, 
aquarelista e desenhista. 
Começa a trabalhar 
como aprendiz em uma 
empresa de desenho 
publicitário, a Companhia 
de Anúncios em Bondes, 
A partir de 1957, dedica-
se à pintura, e, no ano 
seguinte, integra o Grupo 
Guanabara, participando 
de suas mostras 
coletivas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em sua atividade de 
pintor, Manabu Mabe 
não agia como um 
técnico, mas antes de 
tudo, como um animal. 
Não se guiava pelas 
regras conscientes, mas 
pelo instinto. Não 
analisava, apenas dava 
largas à sua intuição, 
deixando que esta fluísse 
normalmente e este é o 
ponto em que se 
distinguia dos demais. 
 
 
 
 
 
Seus primeiros quadros 
foram criados entre os 
anos de 1954 e 1958, 
quando já havia 
retornado de Paris. Neste 
período ela publicou 
“Superfícies Modulares” 
e “Contra Relevos”. Estes 
trabalhos mudaram o 
sentido de ver um 
quadro, que até então 
era bastante prático, isto 
é, não saiam de um 
mesmo padrão. 
 
 
 
 
 
A semente da 
criatividade desabrocha 
nos trabalhos da artista 
com sensibilidade e 
humor. Eles não foram 
criados para serem 
consumidos 
apressadamente, sem 
reflexão: o modo como 
são vivenciados pelo 
espectador é que 
constitui a obra. A artista 
não se prende aos 
mesmos suportes ou 
procedimentos, seu 
trabalho é sempre 
inovador e enfrenta 
inúmeras questões. 
 
 
 
 
 
O quadro não parece 
significar para ele uma 
realidade autônoma, 
uma estrutura que possui 
suas próprias leis, algo 
que se constrói com 
elementos específicos. A 
pintura é um estado de 
alma que ele extroverte 
aqui e ali, sem outro 
objetivo que o de 
comunicar um 
sentimento, uma 
emoção, uma lembrança. 
 
 
 
 
 
Alfredo Volpi foi um 
pintor ítalo-brasileiro 
considerado pela crítica 
como um dos artistas 
mais importantes da 
segunda geração do 
modernismo. Uma das 
características de suas 
obras são as 
bandeirinhas e os 
casarios. Começou a 
pintar em 1911, 
executando murais 
decorativ os. 
 
 
 
 
 
Deu-se em sua pintura 
como que uma explosão 
da cor a partir dos fundos 
negros em que 
geralmente se resolvia, 
embora a opulenta 
textura permanecesse 
como característica 
principal de seus 
quadros. 
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117 – O DADAÍSMO. [Praticar a Arte – Volume 10/EM – Professor Fabrício Secchin] 
Muitos artistas plásticos e escritores que 
eram contra a participação de seus países na 
Primeira Guerra Mundial (1914-1918) se 
refugiaram em Zurique, na Suíça, e criaram 
em 1915 um movimento literário que 
propunha divulgar suas decepções diante da 
passividade das instituições em relação à 
guerra. Um desses artistas, o poeta Tristan 
Tzara, para escolher um nome ao movimento 
abriu aleatoriamente um dicionário e colocou 
o dedo sobre a palavra “dada”, que em 
francês significa “cavalo de brinquedo”. A 
partir daí o movimento ficou conhecido como 
Dadá ou Dadaísmo. Com essa atitude Tzara 
quis mostrar que tanto o nome quanto a 
própria arte do movimento não faziam mais 
sentido num mundo irracional que estava 
sendo devastado pela guerra. Tzara e seus 
contemporâneos, indignados com a falta de 
lógica dos acontecimentos políticos e sociais 
da época, criaram um estilo de arte 
considerado vazio de significado, pois era 
dessa forma que eles consideravam o 
mundo. Os dadaístas não se preocupam em 
momento algum em formular uma teoria que 
explicasse o pensamento do grupo, e só em 
1918, quase três anos após o início das suas 
atividades, Tzara escreveu um manifesto 
sobre o Dadaísmo. 
Essa proposta de arte era irreverente e 
espontânea, pautada na irracionalidade, na 
ironia, na liberdade, no absurdo e no 
pessimismo. O intuito principal era de chocar 
a burguesia da época e criticar a arte 
tradicionalista, a guerra e o sistema. 
 
 
 
Podemos destacar algumas 
características do movimento 
dadaísta, a saber: 
 
x Rompimento com os modelos 
tradicionais e clássicos. 
x Espírito vanguardista e de 
protesto. 
x Espontaneidade, improvisação e 
irreverência artística. 
x Anarquismo e niilismo. 
x Busca do caos e desordem. 
x Teor ilógico e irracional. 
x Caráter irônico, radical, destrutivo, 
agressivo e pessimista. 
x Aversão à guerra e aos valores 
burgueses. 
x Rejeição ao nacionalismo e ao 
materialismo. 
x Crítica ao consumismo e ao 
capitalismo. 
 
 
 
 
Nesse sentido, o dadaísmo é considerado um movimento 
antiartístico, uma vez que questiona a arte e busca o caótico 
e a imperfeição. 
 
"Eu redijo um manifesto e não quero nada, eu digo, portanto 
certas coisas e sou por princípios contra manifestos (...). Eu redijo 
este manifesto para mostrar que é possível fazer as ações opostas 
simultaneamente, numa única fresca respiração; sou contra a ação 
pela contínua contradição, pela afirmação também, eu não sou 
nem pró nem contra e não explico por que odeio o bom-senso. A 
obra de arte não deve ser a beleza em si mesma, porque a beleza 
está morta." 
 
Alguns artistas plásticos e poetas que participaram do 
movimento dadaísta foram: 
 
x Tristan Tzara: poeta romeno; 
x Marcel Duchamp: poeta, pintor e escultor francês; 
x Hans Arp: poeta e pintor alemão; 
x Francis Picabia: poeta e pintor francês; 
x Max Ernst: pintor alemão; 
x Raoul Hausmann: poeta e artista plástico austríaco; 
x Hugo Ball: poeta e filósofo alemão; 
x Richard Huelsenbeck: escritor e psicanalista alemão; 
x Sophie Täuber: artista plástica suíça. 
 
 
O dadaísmo, assim como outras 
vanguardas artísticas europeias, 
influenciou o movimento 
modernista que surgia no Brasil, 
sobretudo após a Semana de Arte 
Moderna. Na literatura, podemos 
notar essa influencia em algumas 
manifestações dos escritores Mário 
de Andrade e Manuel Bandeira. 
Além deles, destaca-se o "teatro de 
experiência" de Flávio de Carvalho e 
as pinturas de Ismael Nery. 
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118 – PRINCIPAIS ARTISTAS DO DADAÍSMO

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