Prévia do material em texto
FÍSICA EXPERIMENTAL I ENGENHARIA CIVIL ANA CLARA PEDRAS BUENO ELETRIZAÇÃO CURVELO 2017 OBJETIVO: A prática teve por objetivo verificar experimentalmente os três processos de eletrização: eletrização por atrito, eletrização por indução e eletrização por contato. Além de analisar e explicar cada um dos fenômenos observados, baseando-se em uma tabela triboelétrica. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Para verificar experimentalmente os processos de eletrização por atrito, por indução e por contato, foram realizados um total de seis pequenos experimentos, onde a partir destes foram observados diferentes fenômenos resultantes do processo de eletrização. A tabela que segue é denominada tabela triboelétrica, e é de fundamental importância para o entendimento e explicação de cada observação feita. (Figura 1: Tabela triboelétrica.) A Figura 1 apresenta a tabela triboelétrica ou série triboéletrica, é a tabela que indica a tendência de diversos materiais de doar ou receber elétrons. Ou seja, a tendência de diversos materiais em adquirir cargas positivas ou negativas, decorrente do processo de eletrização. Para realização do primeiro experimento, atritou-se o canudinho com o papel toalha, e em seguida aproximou-se o canudinho de folhas de papel alumínio picado. O resultado observado, é apresentado na figura a seguir: (Figura 2: Resultado da primeira observação.) De modo semelhante, após atritar mais uma vez o canudinho no papel toalha, aproximou-se o canudinho de um filete de água. A figura a seguir, apresenta o resultado observado: (Figura 3: Resultado da segunda observação.) Na primeira observação, após ser atritado no papel toalha o canudinho atrai as folhas de papel alumínio picado. Este fenômeno decorre inicialmente do processo de eletrização por atrito. Ao atritar o canudinho no papel toalha, o canudinho (polipropileno) “rouba” os elétrons do papel toalha (papel) ,deixando de ser neutro e adquirindo carga negativa, enquanto o papel toalha adquiri carga postiva. Em seguida, ao aproximar o canudinho, já carregado, das folhas de papel alumínio picado (neutras), o canudinho as atrai, já que sua carga negativa induz uma polarização no condutor neutro. O mesmo ocorre no segundo fenômeno observado, como o canudinho adquiri carga negativa ao ser atritado no papel toalha, ao aproximá-lo do filete de água que está neutro, o canudinho induz uma polarização neste condutor, atraindo-o. Na realização do segundo experimento, amarrou-se um fio de poliéster na extremidade de um eletroscópio, e na extremidade livre do fio amarrou-se uma pequena placa de alumínio. Atritou-se um bastão de PVC em uma flanela e o aproximou da placa de alumínio. O resultado observado, é apresentado na figura a seguir: (Figura 4: Resultado da terceira observação.) Como observado na Figura 4, após atritar o bastão de PVC com a flanela e o aproximar da pequena placa de alumínio suspensa no fio de poliéster, o bastão atrai a placa de alumínio. O fenômeno observado, decorre inicialmente do processo de eletrização por atrito. Ao atritar o bastão de PVC na flanela , há uma transferência de elétrons da flanela (algodão) para o bastão de PVC, dessa forma, o bastão adquiri carga negativa enquanto a flanela adquiri carga positiva. Ao aproximar o bastão da placa de alumínio, que é um condutor neutro, que esta suspenso por um fio de poliéster que neste caso não conduz cargas, sua carga negativa induz uma polarização na placa, de forma a atrai-lá. Ao enconstar o bastão ,carregado negativamente, na placa de alumínio, após o contato ambos os condutores, tanto o bastão quando a placa de alumínio, passaram a estar carregados negativamente, e dessa forma quando novamente aproximados ,diferentemente do que foi relatado anteriormente, eles se repeliram. Este fato se deve devido ao processo de eletrização por contato, quando o condutor carregado (bastão) entra em contato com o condutor neutro (placa de alumínio) as cargas negativas se afastam ao máximo uma das outras, ocupando inclusive pontos na placa de alumínio, tornando-a deste modo um condutor de cargas negativas. Como ambos passaram a estar negativamente carregados, quando aproximados se repelem. Na realização do terceiro experimento, atritou-se um canudinho com uma folha de papel toalha, e em seguida o colocou sob um suporte suspenso por um fio amarrado na extremidade do suporte do eletroscópio. Friccionou-se então um bastão de acrílico com o papel e o aproximou de uma das extremidades do canudo suspenso. O fenômeno observado, é apresentado na seguinte figura: (Figura 5: Resultado da quarta observação.) Como observado na Figura 5, ao aproximar o bastão de acrílico do canudinho suspenso, o bastão atrai os lados do canudinho rapidamente. Este fato decorre de, inicialmente ao atritar o canudinho na folha de papel, há uma transferência de elétrons do papel para o canudinho (polipropileno), dessa forma o canudinho adquiri carga negativa enquanto o papel adquiri carga positiva. Já ao atritar o bastão de acrílico com o papel, a partir da tabela triboelétrica apresentada na Figura 1 não é possível averiguar como ocorre a transferência de elétrons decorrente do processo de eletrização por atrito. Mas, como o bastão atrai o canudinho, que estava carregado negativamente, e cargas opostas se atraem, verifica-se então que após atritar o bastão de acrílico com o papel, este adquiriu carga positiva enquanto o papel adquiriu carga negativa. Ao realizar o mesmo procedimento com o bastão de vidro, observou-se que o canudinho foi mais uma vez atraido, mas mais lentamente quando comparado ao bastão de acrílico. Ao atritar o bastão de vidro com o papel, há uma transferência de elétrons do bastão para o papel, dessa forma o bastão de vidro adquiri carga postiva enquando o papel adquiri carga negativa. Aproximando o bastão de vidro, carregado positivamente, do canudinho suspenso, carregado negativamente, ocorre a atração entre as cargas. Por fim, ao realizar o procedimento com o bastão de PVC, obsevou-se que o canudinho foi rapidamente repelido pelo bastão de PVC. Neste caso, ao atritar o bastão de PVC no papel, há umas transferência de elétrons do papel para o bastão de PVC, sendo assim o bastão adquiri carga negativa enquanto o papel adquiri carga positiva. Aproximando o bastão de PVC, carregado negativamente, do canudinho suspenso, também carregado negativamente, já que cargas de mesmo sinal se repelem, ocorre então uma repulsão entre as cargas. Na realização do quarto experimento, friccionou-se o bastão de acrílico com o papel toalha e em seguida o aproximou de uma placa circular previamente adicionada ao eletroscópio. O comportamento do ponteiro do eletroscópio, é apresentado na figura a seguir: (Figura 6: Resultado da quinta observação.) Como observado na Figura 6, ao aproximar o bastão de acrílico da placa circular acoplada no eletroscópio o palito do interior do instrumento gira no sentido horário. O eletroscópio é um instrumento utilizado para verificar se um material está ou não eletricamente carregado, positiva ou negativamente. Este instrumento, no entanto, não é capaz de determinar a carga do material. Como já constatado em um dos experimentos anteriores, ao atritar o bastão de acrílico no papel, os elétrons são transferidos do bastão para o papel, dessa forma o bastão adquiri carga positiva enquantoo papel adquiri carga negativa. Ao aproximar o bastão de acrílico da placa circular, sua carga positiva induz uma polarização na estrutura metálica do eletroscópio, tornando a parte superior negativa e a parte inferior ,incluindo o palito, positiva. Como tanto a parte metálica, quanto o palito possuem cargas majoritariamente positivas, elas se repelem causando a declinação observada. O procedimento ainda foi repetido trocando a placa circular, por uma placa plana retangular, de área maior que a da placa circular. Neste caso ao aproximar o bastão de acrílico, a declinação do palito observada foi consideravelmente maior do que a apresentada na Figura 6, e pode ser verificada na figura a seguir: (Figura 7: Resultado da sexta observação.) Sendo assim, torna-se possível intuir que a área de aproximação entre as cargas influência no resultado apresentado pelo eletroscópio. Para realização do quinto experimento, o eletroscópio foi inicialmente descarregado, fazendo o aterramento com a mão. Em seguida, atritou-se o canudinho com o papel e o colocou em contato com o eletroscópio. Após o contato o canudinho foi retirado. Ao encostar o canudinho sob a placa circular acoplada ao eletroscópio, observou-se uma declinação entre o palito e a estrutura metálica no interior do instrumento, no entanto assim que o canudinho foi retirado o palito voltou ao estado inicial. Neste procedimento, após a realização do aterramento o eletroscópio ficou neutro. Já ao atritar o canudinho com o papel ,há uma transferência de elétrons do papel para o canudinho, dessa forma o canudinho adquiri carga negativa enquanto o papel adquiri carga positiva. Ocorre que ao encostar o canudinho carregado negativamente na estrutura do eletroscópio, as cargas negativas se afastam o máximo uma das outras, ocupando pontos tanto no condutor carregado (canudinho) como no condutor neutro (eletroscópio), tornando assim ambos os condutores carregados negativamente. Na realização do sexto experimento, fixou-se o copo metálico na parte superior do eletroscópio. Em seguida, friccionou-se um bastão de PVC com papel e o introduziu dentro do copo sem encostar nas paredes ou no fundo. O eletroscópio foi aterrado encostando a mão no copo sem mover o bastão. Retirou-se a mão do copo, e em seguida o bastão. Observa-se que, ao introduzir o bastão de PVC no copo metálico, observa-se uma declinação do palito de madeira no interior do eletroscópio. Ao realizar o aterramento, o ponteiro retorna ao seu estado inicial ,no entanto quando se retira a mão e permanece com o bastão no interior do copo, o palito de madeira volta a entrar em decline ,que permance por um determinado tempo mesmo após a retirada do bastão. Neste procedimento ocorre que, ao friccionar o bastão de PVC com o papel há uma transferência de elétrons do papel para o bastão, dessa forma o bastão adquiri carga negativa enquanto o papel adquiri carga positiva. Ao introduzir o bastão de PVC carregado negativamente dentro do copo, sem tocá-lo, ocorre a atração das cargas positivas e um consequente acumulo dessas cargas na extremidade superior do eletroscópio. Mantendo o bastão no interior do copo e realizando o aterramento com uma das mãos ,os eletróns livres então passam para a Terra. Ao encerrar o aterramento, e em seguida retirar o bastão de PVC, a carga positiva induzida que estava acumulada na extremidade superior se distruibui pela superfície do eletroscópio (durante esta distribuição o palito de madeira permane em decline, após estabilização da distribuição o palito retorna à sua posição inicial), dessa forma o eletroscópio é eletrizado pelo processo de indução. CONCLUSÃO: Finalizado a prática foi possível verificar a partir de diferentes procedimentos experimentais, os processos de eletrização por atrito, eletrização por indução e eletrização por contato. Bem como explicar cada um dos fenômenos observados, com o auxílio da tabela triboelétrica. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Roteiro Física Experimental I.