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¹ Acadêmico de Medicina Veterinária da Universidade de Caxias do Sul – e-mail: 
ecaieron@yahoo.com.br 
² Acadêmico de Medicina Veterinária da Universidade de Caxias do Sul – e-mail: 
vanicornelius@hotmail.com 
³ Acadêmica de Medicina Veterinária da Universidade de Caxias do Sul – e-mail: 
rosa.leeeee@hotmail.com 
 
Coccidiose em perus de corte 1 
Euclides Cairon Moreira¹ Giovani Luiz Cornelius² Leticia Rosa³ 2 
 3 
-NOTA- 4 
RESUMO 5 
 A Coccidiose é uma das doenças com maior importância na criação de perus, 6 
causando grandes prejuízos econômicos na produção industrial. O agente causa 7 
principalmente enterite e diarreia, consequentemente uma diminuição na absorção dos 8 
nutrientes, porém outros sinais clínicos são observados, que serão detalhados ao 9 
decorrer do relato. A ave após ingerir o protozoário em grande quantidade, causa um 10 
processo infecioso rápido, onde os oocistos esporulados geram lesões na mucosa 11 
intestinal. Lote de 27.500 perus, com 20 dias de idade, foi diagnosticado com 12 
Coccidiose na granja Cornelius, galpão 01, localizada em Salvador do Sul, Rio Grande 13 
do Sul, Brasil. 14 
Palavras-chave: Coccidiose, perus, protozoário, oocistos, Salvador do Sul. 15 
 A Coccidiose é uma doença bastante comum em criações intensivas de perus, 16 
por isso, é uma doença com grande impacto econômico na produção. 17 
A doença é causada por protozoários do filo Apicomplexa da família Eimeriidae. 18 
Nas aves domesticas, a maioria das espécies pertence ao gênero Eimeria spp, e infecta 19 
vários locais no intestino (MERCK, 2001, p. 1566). 20 
Em perus são reconhecidos sete espécies de eimérias, as mais importantes 1 
economicamente são: E. adenoides, E. dispersa, E. meleagridis, E. gallopavonis. 2 
Os coccídios são encontrados praticamente em todas as granjas de perus, devido 3 
à fácil transmissão por portadores, como por exemplo: roupas, equipamentos, pessoas, 4 
veículos e outros animais. Os oocistos infectantes não contaminam o animal se não 5 
estiver esporulado, sob condições ideais de temperatura, umidade e oxigênio. Quando 6 
introduzidos acidentalmente na criação, são de difícil eliminação, pois são bastante 7 
resistentes a baixas e altas temperaturas ambientais. 8 
Os sinais clínicos em casos graves de Coccidiose são principalmente diarreia e 9 
enterite, porem antes dos sinais citados, a aves no primeiro dia se encontram agitadas, 10 
com bastante piadeira, no dia seguinte, algumas aves apresentam-se encorujadas, asas 11 
caídas, com as penas arrepiadas, desidratadas, e consequentemente amontoam-se nos 12 
cantos e suas patas ficam geladas. Quando o quadro se agrava apresentam diarreia com 13 
sangue(melena), levando a morte dos animais em dois dias caso não receba um 14 
tratamento terapêutico. Outros sinais importantes a serem destacados são o 15 
emagrecimento, redução no consumo alimentar e perda rápida de peso. A morbidade e a 16 
mortalidade são altas (BORDIN, 1996, p.49). 17 
No presente relato, veremos um caso de Coccidiose em um lote de perus de corte 18 
na modalidade de perus iniciadores, no Rio Grande do Sul, próximo ao município de 19 
São Pedro da Serra. 20 
No dia 10 de abril de 2018, começou-se a observar alguns sinais clínicos em 21 
perus com 20 dias de vida, na granja Cornelius, no Rio Grande do Sul. Dentre os sinais 22 
observados inicialmente, inclui-se inquietude, apatia e vocalização excessiva (Figura 1). 23 
O técnico responsável e o médico veterinário foram contatados e realizaram o 1 
exame físico geral da granja no dia seguinte (11 de abril de 2018), no qual foram 2 
constatados algumas manifestações clínicas adicionais, como fezes líquidas de 3 
coloração amarelada com presença de sangue. Além disso, alguns dos animais 4 
apresentavam sinais de hipotermia, através de pés e extremidades frias. Após a 5 
verificação dos sinais clínicos do lote, algumas aves foram submetidas à eutanásia com 6 
posterior diagnóstico patológico através de uma necropsia. 7 
Na necropsia, o lúmen do duodeno encontrava-se aumentado e, ao corte, a 8 
mucosa apresentava-se tumefata e apresentando sinais de inflamação aguda, com focos 9 
hemorrágicos e petéquias. Ao analisar mais detalhadamente as áreas lesadas, observou-10 
se fases evolutivas dos oocistos compatíveis com os do agente e presença de sangre 11 
livre no conteúdo intestinal (Figura 2). 12 
Ao relacionar os sinais clínicos apresentados pelas aves e os achados patológicos 13 
da necropsia, foi possível diagnosticar a infecção por Coccidiose dos animais. O 14 
material não foi enviado para laboratório, o que seria o indicado para a obtenção do 15 
diagnóstico definitivo da doença, pela necessidade de urgência no tratamento e, 16 
portanto, o lote foi tratado para coccidiose mediante o diagnóstico presuntivo, obtido 17 
através dos sinais clínicos e alterações macroscópicas. 18 
Existem hoje no mercado diferentes princípios ativos para o tratamento de 19 
Coccidiose como: Amprólio, Clortetraciclina, Oxitetraciclina, Sulfaquinoxalina e 20 
Monoidrato sódico (MERCK,2001). 21 
Para o tratamento optou-se a utilização do principio ativo de Sulfaquinoxalina, 22 
Coccidine 80, em pó, que é encontrado em embalagens de 200g. Foi realizada a 23 
pesagem de algumas aves para a obtenção de um peso aproximado total do lote e 24 
viabilizar o cálculo da dosagem para o tratamento. O peso médio do lote foi de 0,680 1 
kg, considerando que haviam 27.500 aves, obteve-se a peso total de 18.700 kgs. A 2 
concentração do Coccidine 80 é de 1g para 32 kgs. Sabendo que o peso total do lote é 3 
de 18.700 kgs, foi administrada a quantidade de 3 pacotes diários, no período 4 
recomendado de 10 a 12 horas, misturado na água. O tratamento foi realizado durante 3 5 
dias, pausado durante 2 dias e voltou-se a medicar durante 3 dias (sistema 3-2-3). 6 
Aconselhou-se o proprietário a baixar as linhas de água e comida, para facilitar o 7 
consumo. Também recomendou-se caminhar entre as aves durante o dia para estimular 8 
o consumo, fazendo com que acelere a recuperação. 9 
Com base nas pesquisas realizadas, observou-se que a Coccidiose traz grandes 10 
prejuízos pela alta mortalidade, perda de peso, aumento na conversão alimentar e 11 
desuniformidade do lote. 12 
O melhor método para diminuir os prejuízos na produção é a prevenção 13 
estratégica com um manejo adequado e procedimentos sanitários eficazes para controlar 14 
a doença, mas nem sempre é o suficiente para eliminar 100% da doença. E, em casos 15 
em que a doença acomete as aves, os medicamentos são grandes aliados para o 16 
tratamento. 17 
AGRADECIMENTOS 18 
A professora Raqueli Teresinha França pelos ensinamentos e incentivo no relato, 19 
ao Médico Veterinário Andre Argoud Vieira e ao Técnico Responsável Leandro 20 
Recktenwald pelo conhecimento teórico, pratico e auxilio no desenvolvimento do 21 
trabalho. 22 
 23 
 1 
REFERÊNCIAS 2 
MERCK. Manual de Veterinaria. 8° ediyao. Roca. Sao Paulo 2001. p.1566 - 1571. 3 
BORDIN.LE. Tratado de omitopatologia sistemica. Sao Paulo 1996. P. 41 - 53. 4 
CASTRO.A, Cademo Didatico sobre coccidiose e qualidade intestinal. 5 
Campinas2000. 6 
 7 
 8 
Figura 1: Peru com sinais clínicos de Coccidiose. 9 
 1 
Figura 2: Intestino com achados patológicos de Coccidiose. 2

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