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FLUXO SANGUÍNEO E CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL
Artérias: reservatório de pressão; (11% vol. de sangue)
Capilares: vasos mais complacentes – menor resistência ao fluxo;
Veias: reservatório de volume; (60% vol. de sangue)
Arteríolas: resistência variável;
Vasos sanguíneos:
- Artéria:
Reservatório de pressão;
Endotélio, tecido elástico, musculo liso, tecido fibroso;
Grande diâmetro e espessura;
- Arteríola:
Alta resistência de saída para o fluxo sanguíneo arterial;
Diâmetro variável;
Endotélio e músculo liso
- Capilar:
Epitélio permeável;
Endotélio
- Vênula:
Epitélio de troca fino
Pouco tecido conectivo
- Veia:
São mais numerosas que as artérias;
Possuem diâmetro maior;
Endotélio, tecido elástico, musculo liso e tecido fibroso;
PRESSÃO SANGUÍNEA
Força propulsora de sangue pelo sistema circulatório.
A resistência ao fluxo causa redução da pressão.
Durante o relaxamento ventricular, a valva semilunar se fecha impedindo o fluxo de
sangue de volta para o ventrículo, a retração elástica das artérias envia sangue para o
resto do sistema circulatório.
A retração elástica das artérias mantém a pressão de propulsão de fluxo
durante a diástole ventricular.
Como o fluxo sanguíneo tecidual é regulado?
HEMODINÂMICA:
Fluxo sanguíneo: quantidade de sangue que passa por determinado
ponto da circulação. – o sangue flui se tiver um gradiente de pressão
presente.
Condutância: é a medida do fluxo sanguíneo em um vaso para determinada
diferença de pressão. (1 / resistência)
Resistência: impedimento do fluxo sanguíneo.
FATORES QUE AFETAM A RESISTÊNCIA AO FLUXO:
O raio dos vasos
A viscosidade sanguínea
O comprimento dos vasos
A condutância varia em proporção à quarta potência do raio.
HEMATÓCRITO
Separação e contagem dos eritrócitos no sangue.
Viscosidade do sangue;
Anemia = quantidade de eritrócitos abaixo do normal.
Policitemia = quantidade de eritrócitos acima do normal – aumenta a
viscosidade do sangue e pode entupir vasos sanguíneos.
Sopro anêmico cardíaco: sangue com menor viscosidade apresenta maior
fluxo sanguíneo.
FLUXOS SANGUÍNEOS:
Fluxo turbulento:
Maior velocidade do fluxo;
Alteração do diametro do vaso – anatomia ou superfície.
Redução da viscosidade – sopro anêmico.
Pode ser causado por vasos com placas ateroscleróticas, valvas doentes,
vasos obliterados...
Hemodinâmica
Distensibilidade vascular: aumento do volume de um vaso para cada
aumento de pressão – veias são mais distensíveis.
Capacitância vascular: quantidade de sangue que pode ser armazenado
em determinada parte da circulação. Volume x distensibilidade.
Pressão de pulso = pressão sistólica – pressão diastólica;
Maior pressão de pulso: maior débito cardíaco e menor distensibilidade
arterial.
Pressão arterial média: é a média de todas a pressões medidas a cada
milissegundo durante um período de tempo.
A pressão arterial é um balanço entre o fluxo sanguíneo para dentro das
artérias e o fluxo sanguíneo para fora.
Pressão arterial = débito cardíaco x resistência vascular periférica.
Métodos clínicos para medir pressão arterial
Métodos auscutatórios: esfigmomaôometro e estetoscópio: verificam a pressão
diastólica e sistólica.
Método palpatório: esfignomanômetro – permite verificar apenas a pressão
sistólica.
Manguito pediátrico e esfignomanômetro – cães e gatos
Método oscilométrico: pressão arterial diastólica e sistólica. (cauda, membro
torácico, membro pélvico...)
Mensuração da pressão arterial sistólica pelo método indireto – método
ultra-sônico com doppler vascular (necessário doppler: membros anteriores,
posteriores e cauda – animal deitado).
DÉBITO CARDÍACO
Volume de sangue bombeado pelo coração por minuto.
DC = FC x VS
PRESSÃO ARTERIAL
Resistência ao fluxo de sangue;
Aumenta vasoconstrição
Diminui vasodilatação
MECANISMOS REGULADORES CARDIOVASCULARES
Manter fluxo para tecidos;
Regular fluxo para tecidos em atividade;
MECANISMOS DE REGUALAÇÃO DE FLUXO
1. Mecanismos reguladores locais:
Auto regulação (tônus miogênico)
Controle miogênico do fluxo nas arteríolas:
1) aumento do fluxo sanguíneo pelo aumento da pressão arterial.
2) estiramento do vaso pela pressão arterial.
3) contração do musculo liso vascular por receptores sensíveis à estiramento.
4) vasoconstrição diminui o fluxo local.
Controle metabólico (metabólitos vasodilatadores)
Controle metabólico do fluxo tecidual
Baixo oxigênio e baixo PO2 = metabolismo tecidual aumento = vasodilatadores
(adenosina, hidrogênio, potássio, PCO2).
Metarteríolas: possuem uma camada de músculo liso contínua;
Apresentam esfíncteres pré-capilares;
Se os esfíncteres pré-capilares estão relaxados, o fluxo de sangue é
direcionado aos capilares – tecido metabolicamente mais ativo.
Se os esfíncteres pré-capilares estão contraídos, o fluxo de sangue é
desviado dos capilares e vai para a circulação venosa.
Substâncias secretadas pelo endotélio
Óxido nítrico, PNA (dilatação), vasopressina (constrição) prostaciclina,
endotelina, A-ll.
Fatores de ação parácrina
Histamina: tecido com lesão/inflamação – histamina dos mastócitos causa
vasodilatação e aumenta a permeabilidade capilar (hipersensibilidade tipo I).
Serotonina: lesão de artérias e veias – plaquetas liberam serotonina que
causa vasoconstrição.
Temperatura
Controle hipotalâmico do sistema nervoso autônomo.
2. Fatores hormonais:
Vasoconstritores:
Angiotensina ll: age em arteríolas, aumentando a resistência vascular
periférica.
Vasopressina (ADH): aumenta a pressão sanguínea (vasoconstritor muito
potente) – atua em queda de pressão arterial = hemorragia
Adrenalina: atua em receptores α adrenérgicos.
Vasodilatadores:
Adrenalina: atua em receptores β2: aumenta o fluxo sanguíneo no músculo
esquelético, coração e fígado.
Peptídeo natriurético atrial (PNA): atua no miocárdio atrial e no cérebro
aumentando a eliminação de sódio e água pela urina. Quando estamos
deitados ou imersos na água as células miocárdicas atriais liberam peptídeo
natriurético atrial.
3. Fatores neurais:
Barorreceptores
Receptores tônicos sensíveis ao aumento da pressão;
Reduzem as variações da pressão – monitoramento
Se reprogramam para o nível de pressão (após 1-2 dias)
Controlam agudamente a pressão arterial.
A regulação da pressão arterial a longo prazo é pelos rins.
TÔNUS VASCULAR
↑ Liberação de noradrenalina nos receptores α
Quando a frequência do sinal aumenta, ocorre a constrição do vaso sanguíneo.
↓ Liberação de noradrenalina nos receptores α
Quando a frequência do sinal diminui, ocorre a dilatação do vaso sanguíneo.
TÔNUS VASCULAR – ATIVAÇÃO SIMPÁTICA
Ativação de receptores α1 e α2 pela noradrenalina: efeito vasoconstritor em
artérias do trato digestório, rins, pele e veias.
Adrenalina liberada pelo estimulo simpático também auxilia a vasoconstrição.
Ativação de receptores β2 (músculo liso, coração, fígado, músculo
esquelético) pela adrenalina causa vasodilatação!
Os receptoresβ2 tem maior afinidade pela adrenalina e não respondem
muito à noradrenalina.
Em não primatas, existem fibras simpáticas vasodilatadoras (neurônio pós-
ganglionar libera acetilcolina que age em receptores muscarínicos) que
inervam o musculo esquelético e produzem vasodilatação.
BARORRECEPTORES
Em hipotensão ortostática (queda repentina da pressão arterial) reduz o
disparo dos barorreceptores.
CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL
Pressão arterial média
Volume sanguíneo
Débito cardíaco
Resistência ao fluxo sanguíneo
Distribuição do sangue para artérias e veias
TROCAS NOS CAPILARES
Nos capilares e nas vênulas (pós-capilares) ocorrem as trocas entre o
sangue e o líquido intersticial.
Apresentam uma camada de endotélio sustentada por uma lâmina basal.
A velocidade do fluxo sanguíneo depende da área de secção transversa
total;
O fluxo mais lento nos capilares e vênulas permite que a difusão tenha
tempo suficiente para atingir o equilíbrio.
TIPOS DE CAPILARES
Capilares contínuos: tecido muscular, neural, conjuntivo, testículos.
Capilares fenestrados: rins, intestino, glândulas endócrinas. – passagem
rápida de volume.
Capilares sinusóides: medula óssea, fígado e baço.
TRANSPORTE NOS CAPILARES
Difusão: oxigênio, dióxido de carbono, solutos dissolvidos;
Transcitose: transporte vesicular {proteínas e moléculas grandes;
Filtração: movimento de líquido e solutos para fora do capilar.
Absorção: movimento de líquido e solutos para dentro do capilar.
Pressão hidrostática: controla filtração e absorção;
Força o líquido para fora do capilar.
Pressão osmótica: determinada pela concentração de solutos.
Pressão coloidosmótica: puxa o líquido para dentro do capilar.
A pressão osmótica criada pelas proteínas chama-se pressão
coloidosmótica ou pressão oncótica – favorece o movimento de água
por osmose do líquido intersticial para o plasma.
A principal diferença entre os solutos do plasma e do líquido intersticial são
as proteínas.
Pressão coloidosmótica baixa = poucas proteínas no interstício.
Pressão normalmente negativa = absorção pelos capilares linfáticos.
Nem todo líquido que é filtrado na arteríola é absorvido na vênula.
VASOS LINFÁTICOS
Transporte de hemolinfa
Levam de volta ao sistema venoso os líquidos e proteínas filtrados para
fora dos capilares;
Capturam a gordura absorvida no intestino delgado e transferem para o
sistema venoso – quilomícron;
Atuam como filtro de patógenos.
O fluxo dos vasos linfáticos são auxiliados pelas:
Valvas linfáticas
Contração do músculo liso da parede dos vasos linfáticos
Contração dos músculos esqueléticos
Edema: drenagem inadequada da linfa. – membro imobilizado.
Elementos que interferem no equilíbrio de filtração e absorção:
Aumento na pressão hidrostática capilar;
Insuficiência cardíaca direita – ascite (edema peritoneal)
Insuficiência cardíaca esquerda – edema pulmonar
Diminuição na concentração de proteínas plasmáticas;
Desnutrição, insuficiência hepática, ascite.
Aumento nas proteínas intersticiais;
Edema inflamatório
Redução da atividade da bomba linfática
Membro imobilizado
Bomba linfática
Movimentos corporais, contração muscular, compressão dos tecidos.
Insuficiência cardíaca direita: aumento da pressão hidrostática dos
capilares sistêmicos.
Insuficiência cardíaca esquerda: aumento da pressão hidrostática dos
capilares pulmonares.