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Curso: Direito.
Disciplina: Processo Civil III.
OBSERVAÇÕES: 
As questões objeto do presente trabalho deverão ser respondidas academicamente, ou seja, com base na legislação (CPC), na doutrina e na jurisprudência. O trabalho é manuscrito, logo, as questões deverão ser respondidas com caneta esferográfica (azul ou preta). Todas as questões devem ser respondidas, inclusive aquelas cujos enunciados estão corretos. Não serão consideradas as questões respondidas apenas com a indicação do artigo do CPC. O questionário deve acompanhar as respostas. 
QUESTÕES:
01-no que consiste o recurso?
R: “recurso é o remédio voluntário idôneo a ensejar, dentro do mesmo processo, a reforma, a invalidação, o esclarecimento ou a integração de decisão judicial que se impugna” (José Carlos Barbosa Moreira).
02-cite os objetivos possíveis dos recursos e manifeste, academicamente, sobre cada um deles.
R: o recurso tem por finalidade a reforma, a invalidação, o esclarecimento ou a integração de decisão judicial impugnada. “Os objetivos possíveis são: a) a reforma da decisão, diante de error in judicando, ou seja, de pronunciamento marcado pela injustiça, em vista de a autoridade ter se distanciado da verdade formal dos autos; b) a invalidação do pronunciamento, diante de error in procedendo, ou seja, de a autoridade ter infringido lei de procedimento, como é o caso da sentença proferida em processo marcado pela nulidade da audiência de instrução e julgamento, pelo fato de o magistrado ter indeferido (quando não deveria) a tomada de depoimento de testemunha arrolada pelo vencido; c) a integração ou o esclarecimento do pronunciamento, na hipótese do acolhimento do recurso de embargos de declaração” (Misael Montenegro Filho). “Ao fundamentar o seu recurso, o interessado poderá postular a anulação ou a substituição da decisão por outra. Deverá expor quais as razões de sua pretensão, que podem ser de fundo ou de forma, ter por objeto vícios de conteúdo ou processuais. Os primeiros são denominados errores in procedendo e os segundos, errores in judicando. Aqueles são vícios processuais, decorrentes do descompasso entre a decisão judicial e as regras do processo civil, a respeito do processo ou do procedimento. Estes, a seu turno, são vícios de conteúdo, de fundo, em que se alega a injustiça da decisão, o descompasso com as normas de direito material. Em regra, o reconhecimento do error in procedendo enseja a anulação ou declaração de nulidade da decisão, com a restituição dos autos ao juízo de origem para que outra seja proferida; e o error in judicando leva à reforma da decisão, quando o órgão ad quem profere outra, que substitui a originária. Os embargos de declaração fogem à regra geral, porque sua finalidade é apenas aclarar ou integrar a decisão, e não propriamente reformá-la ou anulá-la” (Marcus Vinicius Rios Gonçalves).
03-estabeleça a distinção entre recursos ordinários e recursos extraordinários.
R: “São ordinários os recursos cujo objeto imediato é a tutela do direito subjetivo, e excepcionais aqueles cujo fim imediato é a tutela do direito objetivo. Encontram-se na primeira espécie recursos como a apelação, o agravo e os embargos infringentes, e na segunda localizamos o recurso extraordinário e o recurso especial.
04-no que consiste o princípio do duplo grau de jurisdição?
R: consiste no fato de que, em regra, o conhecimento das causas cabe sucessivamente a dois órgãos jurisdicionais, o segundo hierarquicamente superior ao primeiro. Nesse princípio repousa um dos alicerces dos recursos e de sua teoria. “É inegável a correlação existente entre os recursos e o princípio do duplo grau de jurisdição, na medida em que a consagração de recursos no sistema processual implica dizer que a causa, em tese, será reapreciada por órgão de jurisdição hierarquicamente superior à daquele que proferiu a decisão” (Luiz Orione Neto).
05-no que consiste o princípio da taxatividade?
R: é o princípio segundo o qual somente são recursos aqueles previstos em lei federal. Recurso é matéria processual, logo, por força do artigo 22, I, da CF, sua criação está no âmbito da competência legislativa privativa da União. Dessa forma, são recursos, além das espécies recursais contempladas no artigo 496 do CPC, todas as demais previstas em leis federais (exemplo: Lei nº 9.099/95, art. 41). Destarte, “somente podem ser considerados como recursos os meios de impugnação efetivamente arrolados por lei federal, sendo as demais figuras absolutamente inconstitucionais” (Luiz Guilherme Marinoni e Sérgio Cruz Arenhart). 
06-no que consiste o princípio da singularidade?
R: (unirrecorribilidade ou unicidade)-é aquele que orienta no sentido de que contra a mesma decisão, sentença ou acórdão não se admite, em regra, a interposição simultânea de mais de um recurso. “Pelo princípio em análise, em decorrência do sistema desenhado pelo CPC, contra a decisão judicial é cabível a interposição de um só recurso, o que não é absoluto, devendo ser destacada a situação que envolve a interposição concomitante do recurso especial e do recurso extraordinário” (Misael Montenegro Filho). 
07-no que consiste o princípio da fungibilidade?
R: a fungibilidade, como princípio recursal, consiste na autorização, em determinadas hipóteses, para o recebimento de um recurso por outro. “Como o próprio nome sugere, fungibilidade significa troca, substituição, e no âmbito recursal significa receber um recurso pelo outro, mais precisamente receber o recurso que não se entende como cabível para o caso concreto por aquele que teria cabimento.
08-no que consiste o princípio da proibição do reformatio in pejus?
R: significa que o órgão julgador do recurso, interposto exclusivamente por uma das partes, não pode, ao julgá-lo, piorar a situação desta (recorrente). No recurso há o pedido de reformar para melhor e este é o pedido sobre o qual deverá pronunciar-se o juízo ad quem, acolhendo ou rejeitando. Reformando para piorar a situação do recorrente o juiz do recurso estará decidindo extra petita e, assim, em contrário aos princípios agasalhados no CPC.
09-estabeleça a distinção entre pressupostos recursais intrínsecos e extrínsecos.
R: A doutrina classifica os pressupostos recursais em intrínsecos, entendidos como aqueles que dizem respeito à decisão impugnada em si mesma considerada e que são aferidos levando-se em consideração o conteúdo e a forma dela (cabimento, legitimação e interesse), e extrínsecos, entendidos como aqueles que dizem respeito a fatores externos à decisão que se busca impugnar, sendo normalmente a ela posteriores (tempestividade, regularidade formal, inexistência de fato impeditivo ou extintivo do poder de recorrer e preparo).
10-estabeleça a distinção entre juízo de admissibilidade e juízo de mérito dos recursos.
R: o julgamento dos recursos divide-se em duas fases, denominadas juízo de admissibilidade e juízo de mérito. Na primeira delas, preliminar (no sentido estrito do termo, significando que a decisão aqui proferida pode impedir que se passe ao juízo de mérito), verifica-se a presença dos requisitos de admissibilidade do recurso. Sendo positivo este juízo, ou seja, admitido o recurso, passa-se, de imediato, ao juízo de mérito, fase do julgamento em que se vai examinar a procedência ou não da pretensão manifestada no recurso” (Alexandre Freitas Câmara).
11-no que consiste o efeito devolutivo do recurso?
R: comum a todos os recursos, consiste o efeito devolutivo na transferência do ato recorrido, em regra, para o juízo “ad quem” a fim de que, reexaminando-o, profira, no limite do recurso interposto, novo julgamento. Assim, pelo efeito devolutivo, inerente ao sistema recursal, dá-se o restabelecimento do poder de apreciar a mesma questão, pelo mesmo órgão judicial que a proferiu ou por outro hierarquicamente superior. 
12-no que consiste o efeito suspensivo do recurso?
R: é o que impede a eficácia do ato decisório desde o momento da interposição do recurso e até que esteseja decidido, ou seja, a eficácia executiva da decisão impugnada, uma vez interposto recurso com efeito suspensivo, fica suspensa até o julgamento dele pelo órgão competente. A regra é o recurso contemplar efeito suspensivo, todavia, ele pode ser afastado em determinados casos, por não ser sempre essencial ao fim colimado pelos recursos.
13-no que consiste o efeito translativo do recurso?
R: é aquele que possibilita ao tribunal conhecer de matérias de ordem pública, ou seja, aquelas matérias que compete ao juízo, de ofício, conhecê-las, em qualquer tempo ou grau de jurisdição (artigo 301, I a X, do CPC), que não foram objeto do recurso. Não se confunde o efeito em exame, que permite a apreciação pelo tribunal de questão (matéria de ordem pública) não ventilada no recurso, com o efeito devolutivo, que devolve ao tribunal a apreciação daquilo que foi objeto do recurso. Não se aplica, quando o tribunal decide com base no efeito translativo, o princípio da proibição do “reformatio in pejus”.
14-no que consiste o efeito substitutivo do recurso?
R: ele “faz com que a decisão do juízo ad quem, qualquer que seja ela, substitua a decisão recorrida. O efeito vem expressamente previsto pelo art. 512 do CPC, que prevê que “o julgamento proferido pelo tribunal substituíra a sentença ou a decisão recorrida no que tiver sido objeto do recurso”.
15-no que consiste o efeito expansivo do recurso?
R: -“consiste na possibilidade de o julgamento do recurso ensejar decisão mais abrangente do que o reexame da matéria impugnada, que é o mérito do recurso. O efeito expansivo pode ser subjetivo ou objetivo e, este, interno ou externo. Há efeito expansivo objetivo interno quando o tribunal, ao apreciar apelação interposta contra sentença de mérito, dá-lhe provimento e acolhe preliminar de litispendência, que atingirá todo o ato impugnado (sentença).
16-no que consiste o juízo de retratação do recurso?
R: é a faculdade conferida ao juízo prolator da decisão recorrida (juízo a quo), encontradiça apenas em alguns recursos, para, uma vez interposto o recurso, reconsiderá-la, tornando-o prejudicado. O agravo, em todas as suas vertentes (de instrumento, retido ou inominado), permite o juízo de retratação. A apelação, em regra, não permite ao juiz retratar da sentença por ela impugnada. Todavia, essa regra comporta duas exceções, ou seja, as apelações ofertadas contra sentença de indeferimento da petição inicial (artigo 296 do CPC) e contra sentença de rejeição liminar de ações que afrontem decisões proferidas em casos idênticos (artigo 285-A, § 1º, do CPC) admitem o juízo de retratação.
17-discorra sobre o recurso adesivo.
R: “Sendo, porém, vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir a outra parte. O recurso adesivo fica subordinado ao recurso principal e se rege pelas disposições seguintes: I – será interposto perante a autoridade competente para admitir o recurso principal, no prazo de que a parte dispõe para responder; II – será admissível na apelação, nos embargos infringentes, no recurso extraordinário e no recurso especial; III - não será conhecido, se houver desistência do recurso principal, ou se for ele declarado inadmissível ou deserto. Ao recurso adesivo se aplicam as mesmas regras do recurso independente, quanto às condições de admissibilidade, preparo e julgamento no tribunal superior (artigo 500, § único, CPC)”.
18-discorra sobre o julgamento do recurso no tribunal.
R: o julgamento do recurso interposto cabe, em regra, a um tribunal superior e será obtido pelo pronunciamento coletivo de seu plenário, ou de algum órgão fracionário que atua em seu nome, mas também como colegiado. “Recebido o feito no tribunal, terá ele, assim como acontece com as ações, registro próprio e distribuição perante os órgãos competentes do tribunal (arts. 547 e 548 do CPC). Realizada a distribuição, os autos serão remetidos ao juiz relator, a quem compete elaborar relatório, apontando os pontos controvertidos sobre os quais versa o recurso (art. 549, caput e seu parágrafo único, do CPC), para orientar, posteriormente, o exame e julgamento pelos seus pares. Feito isso, o relator restituirá os autos à secretaria do colegiado (câmara ou turma, em geral), com seu “visto”, em seguida, os autos serão encaminhados ao revisor – salvo, por exemplo, nos casos de procedimento sumário e nas apelações contra indeferimento liminar da petição inicial (art. 551, § 3º, do CPC), onde não haverá revisor –, que também lerá e estudará o caso, também apondo seu “visto”, com o que se restituirão os autos ao presidente do colegiado para a designação de dia para julgamento do recurso. Determinado o dia pelo presidente da câmara ou da turma, esta data será incluída em pauta a ser publicada no órgão oficial, com pelo menos quarenta e oito horas de antecedência. Isto se presta para a ciência das partes e de seus advogados, que têm o direito de assistir ao julgamento e, inclusive, de sustentar oralmente as razões de apelo ou as contra-razões oferecidas. No dia do julgamento, fará o relator exposição da causa e dos pontos controvertidos do recurso. Após o relatório, poderão os advogados sustentar oralmente suas razões pelo prazo sucessivo – primeiro o recorrente e depois o recorrido – de quinze minutos (art. 554 do CPC). Finda a ocasião de manifestação das partes, cada um dos juízes proferirá seu voto oralmente, examinando a admissibilidade do recurso e, posteriormente, se for o caso, seu mérito (art. 560, caput, do CPC). Proferidos os votos, o presidente anunciará o resultado, designando o relator do acórdão. Esse relator poderá ser o mesmo relator do recurso – se seu voto for vencedor no julgamento –, ou outro dos juízes que participaram da votação – o primeiro que tiver proferido voto no sentido majoritário do entendimento do colegiado. Lavrado o acórdão – que deve, obrigatoriamente, conter ementa (art. 563 do CPC), que consiste em uma súmula do conteúdo da decisão –, suas conclusões deverão ser publicadas no órgão oficial, no prazo máximo de dez dias (art. 564 do CPC)” (Luiz Guilherme Marinoni e Sérgio Cruz Arenhart). Tão-somente a apelação, os embargos infringentes e a ação rescisória, exigem a conclusão dos autos, após manifestação do relator, ao revisor” (artigo 551 do CPC). Nos recursos oriundos das causas de procedimento sumário e de despejo, mesmo sendo apelação e embargos infringentes, bem como na apelação ofertada contra o indeferimento liminar da petição inicial, não haverá revisor (artigo 551, § 3º, do CPC). Fica afastada a possibilidade de sustentação oral no julgamento dos embargos de declaração e do agravo de instrumento (artigo 554 do CPC). 
19-discorra sobre o julgamento singular do recurso no tribunal.
R: o relator dirige o procedimento na instância recursal, todavia, em regra, não julga sozinho. Porém, o código lhe atribui em alguns casos o poder de decidir, em julgamento singular, valendo seu ato como decisão do tribunal, tanto em matéria preliminar como de mérito. As hipóteses de julgamento singular do recurso são (artigo 557, § 1º-A, do CPC): a)-em qualquer tipo de recurso pode o relator negar-lhe seguimento (artigo 557 do CPC): a1)-por motivo de ordem processual: quando se tratar de recurso manifestamente inadmissível ou prejudicado; a2)-por motivo de mérito: quando se tratar de recurso manifestamente improcedente ou em confronto com súmula ou com jurisprudência dominante do respectivo tribunal, do STF ou de Tribunal Superior; b)-em qualquer tipo de recurso o relator pode dar-lhe provimento (artigo 557, § 1º-A, do CPC): “se a decisão recorrida estiver em manifesto confronto com súmula ou com jurisprudência dominante, do Supremo Tribunal Federal, ou de Tribunal Superior”.
20-no que consiste a apelação? 
R: -“é o recurso que se interpõe das sentenças dos juízes de primeiro grau de jurisdição para levar a causa ao reexame dos tribunais do segundo grau, visando a obter uma reforma total ou parcial da decisão impugnada, ou mesmo sua invalidação” (Humberto TheodoroJúnior).
21-quais são os objetivos da apelação?
R: -“dois são os objetivos possíveis do recurso de apelação, a depender da matéria que tenha sido incluída em seu interior por iniciativa do recorrente, a saber: a reforma da sentença ou a sua invalidação. No primeiro caso, encontramo-nos diante do error in judicando, e, no segundo, do error in procedendo. O error in judicando apóia-se na alegação de que a sentença é injusta, por ter equivocadamente analisado os fatos e as provas do processo. O equívoco do magistrado, a justificar o pedido de reexame da decisão, não é de natureza processual, mas da certificação do direito material em favor de pessoa diversa da que a prova dos autos e as alegações das partes indicavam como sendo o justo vencedor do litígio. No error in procedendo, encontramo-nos diante de sentença que retrata irregularidade formal, de natureza processual, por ela plantada ou já existente antes da sua prolação, denunciando a presença de um vício na atuação do magistrado” (Misael Montenegro Filho). 
22-cite os efeitos da apelação e manifeste, academicamente, sobre cada um deles.
R: emerge, da interposição do recurso de apelação, uma série de conseqüências jurídicas (efeitos jurídicos), dentre elas, avultam-se: a) a ampliação procedimental da relação processual, visto que vários atos processuais serão praticados após o pedido de reexame da sentença impugnada e até o julgamento da apelação interposta; b) acarreta o adiamento da coisa julgada da sentença apelada. Todavia, além desses efeitos jurídicos, presentes em todos os recursos, a moderna doutrina processual aponta os seguintes efeitos da apelação: efeito devolutivo; efeito translativo; efeito suspensivo; efeito substitutivo e efeito expansivo (estudados no item 10). Registre-se, por oportuno, que, segundo a mais abalizada doutrina, os efeitos mais importantes da apelação são o devolutivo e o suspensivo.
23-no que consiste a teoria da causa madura e como ela si manifesta no processo civil brasileiro?
R: Causa madura é aquela que está completamente instruída e pronta para receber a sentença de mérito. Onde e quando se aplica o princípio da causa madura? Onde – no tribunal, em segunda instância. Quando – quando o juiz, por error in judicando, em lugar de julgar o mérito, põe fim ao processo por uma sentença processual, sobre a ação, julgando, por exemplo, o autor carecedor da ação. Havendo recurso, a segunda instância tem dois caminhos a seguir: a) cassa a sentença, fazendo baixar os autos, para que o juiz profira sentença de mérito; b) pelo princípio da causa madura, reforma a sentença na sua conclusão e profere um julgamento sobre o mérito, pela procedência ou improcedência do pedido” (Alexandre Freitas Câmara).
24-discorra sobre o procedimento da apelação no juízo prolator da sentença (interposição e recebimento).
interposição da apelação (juízo a quo) o recurso de apelação deve ser aviado através de petição dirigida ao juiz da causa, a qual conterá os nomes e a qualificação das partes (artigo 514, I); os fundamentos de fato e de direito (artigo 514, II); e o pedido de nova decisão (artigo 514, III). O comprovante do preparo, salvo quando este é dispensado pela legislação, deve ser apresentado no ato da interposição da apelação, sob pena de deserção. “Não obstante o declarado no texto legal, estando o recorrente e o recorrido já qualificados nos autos, desnecessário contenha a petição de interposição nova qualificação. Por outro lado, imprescindível apresente o apelante as razões do seu inconformismo, demonstrando os vícios e erros da sentença, impugnando os argumentos que lhe dão arrimo e, finalmente, fazendo pedido expresso ao órgão ad quem de nova decisão, que reforme total ou parcialmente aquela expedida pelo juiz de primeiro grau” (Gediel Claudino de Araújo Júnior).
recebimento da apelação (juízo a quo)-interposta a apelação, o juiz, declarando os efeitos em que a recebe mandará dar vista ao apelado para responder (artigo518). O prazo para resposta do apelado é de 15 (quinze) dias, contado da intimação do recebimento do recurso. Apresentada a resposta, é facultado ao juiz, em cinco dias, o reexame dos pressupostos de admissibilidade do recurso (artigo 518, § 2º, do CPC, parágrafo introduzido pela Lei nº 11.276/2006). Posteriormente, isto é, após as contrarrazões (ou expirado o prazo sem elas) e admitido o recurso, os autos serão encaminhados ao tribunal para o devido julgamento do recurso. Da decisão que atribui efeito à apelação cabe agravo de instrumento. Também cabe agravo de instrumento no caso de inadmissão da apelação.
25-no que consiste o agravo?
R: o agravo é espécie de recurso de grande valia na dinâmica forense, destinando-se à impugnação de decisão interlocutória, entendida esta, em primeiro grau, como o ato pelo qual o juiz, no curso do processo, resolve questão incidente, e no âmbito do tribunal, como julgamento monocrático proferido por um dos membros do tribunal (presidente, relator etc.).
26-discorra sobre o agravo de instrumento contra decisão interlocutória de primeiro grau.
R: Das decisões interlocutórias caberá agravo, no prazo de 10 (dez) dias, na forma retida, salvo quando se tratar de decisão suscetível de causar à parte lesão grave e de difícil reparação, bem como nos casos de inadmissão da apelação e nos relativos aos efeitos em que a apelação é recebida, quando será admitida sua interposição por instrumento”. A regra, por força do sobredito dispositivo, é a utilização do agravo retido, ficando o agravo de instrumento para as hipóteses nele excepcionadas.
27-pressupostos recursais intrínsecos são aqueles que são aferidos levando-se em consideração o conteúdo e a forma da decisão.
 R: A doutrina classifica os pressupostos recursais em intrínsecos, entendidos como aqueles que dizem respeito à decisão impugnada em si mesma considerada e que são aferidos levando-se em consideração o conteúdo e a forma dela (cabimento, legitimação e interesse)
28-o recurso é, consoante a doutrina dominante, uma ação autônoma em relação àquela que lhe deu origem, ação essa de natureza constitutiva.
R: A doutrina dominante defende a idéia de que o recurso é continuação do procedimento, funcionando como simples aspecto, elemento, modalidade ou extensão do próprio direito de ação exercido no processo” (Barbosa Moreira, citado por Luiz Orione Neto). “Os recursos não têm natureza jurídica de ação, nem criam um novo processo. Eles são interpostos na mesma relação processual, e têm o condão de prolongar o desfecho do processo” (Marcus Vinicius Rios Gonçalves).
 
29-o princípio da fungibilidade, adotado expressamente pelo CPC, consiste na autorização, em determinadas hipóteses, para o recebimento de um recurso por outro.
R: a fungibilidade, como princípio recursal, consiste na autorização, em determinadas hipóteses, para o recebimento de um recurso por outro. “Como o próprio nome sugere, fungibilidade significa troca, substituição, e no âmbito recursal significa receber um recurso pelo outro, mais precisamente receber o recurso que não se entende como cabível para o caso concreto por aquele que teria cabimento.
30-os recursos ordinários têm por objeto imediato a tutela do direito subjetivo e neles podem-se discutir questões de fato e de direito. 
R: Nos recursos ordinários, em que o objeto imediato é a tutela do direito subjetivo do recorrente, podem-se discutir questões de fato e de direito (afinal, o direito subjetivo nasce quando uma situação fática concreta se enquadra na descrição abstrata contida na norma; assim sendo, tanto os aspectos de fato como os de direito podem ser aqui discutidos)
31-contra determinada decisão só é cabível, pelo princípio da unicidade, que não admite exceção, um único recurso.
R: Pelo princípio em análise, em decorrência do sistema desenhado pelo CPC, contra a decisão judicial é cabível a interposição de um só recurso, o que não é absoluto, devendo ser destacada a situação que envolve a interposição concomitante do recursoespecial e do recurso extraordinário
32-terceiro, com qualidade para recorrer, é aquele, integrante da relação processual por ocasião do ato decisório impugnável, a quem este causou prejuízo.
R: O recurso de terceiro prejudicado é uma das modalidades de intervenção de terceiros no processo. Terceiro prejudicado, com qualidade para recorrer, é aquele, estranho à relação processual por ocasião do ato decisório impugnável, a quem este causou prejuízo.
33-a desistência do recurso principal não obsta o prosseguimento do recurso adesivo, entretanto, a inadmissão do recurso principal importa no não conhecimento do recurso adesivo.
R: Sendo, porém, vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir a outra parte. O recurso adesivo fica subordinado ao recurso principal e se rege pelas disposições seguintes: I – será interposto perante a autoridade competente para admitir o recurso principal, no prazo de que a parte dispõe para responder; II – será admissível na apelação, nos embargos infringentes, no recurso extraordinário e no recurso especial; III - não será conhecido, se houver desistência do recurso principal, ou se for ele declarado inadmissível ou deserto. Ao recurso adesivo se aplicam as mesmas regras do recurso independente, quanto às condições de admissibilidade, preparo e julgamento no tribunal superior (artigo 500, § único, CPC
 
34-no processamento e julgamento do agravo de instrumento não há sustentação oral e nem revisor.
R: o agravo de instrumento é interposto diretamente no tribunal competente para apreciá-lo. Em princípio, a interposição é feita através de petição protocolada na própria secretaria do tribunal, mas o recorrente pode optar pelo serviço de correio, fazendo a remessa com registro e aviso de recebimento, ou, ainda, por outra forma prevista na lei local (artigo 525, § 2º, CPC).
 
35-a apelação interposta contra sentença de rejeição liminar dos embargos à execução é recebida apenas no efeito devolutivo.
R: contra sentença de rejeição liminar de ações que afrontem decisões proferidas em casos idênticos (artigo 285-A, § 1º, do CPC) admitem o juízo de retratação. Efeito regressivo (juízo de retratação) “é a aptidão de que alguns recursos são dotados de permitir ao órgão a quo reconsiderar a decisão proferida, de exercer do juízo de retratação. O recurso de agravo, em suas variadas espécies, é dotado de efeito regressivo, pois sempre permite ao prolator da decisão reconsiderá-la. A apelação, em regra, não tem esse efeito. Mas há atualmente duas hipóteses em que o juiz pode voltar atrás: a da sentença de indeferimento da inicial, no prazo de 48 horas (art. 296, do CPC) e a sentença de improcedência de plano, no prazo de cinco dias (art. 285-A, § 1º)”
36-a apelação, salvo quando interposta contra sentença de indeferimento da petição inicial e contra sentença de rejeição liminar de ações que afrontem decisões proferidas em casos idênticos, admite o juízo de retratação.
R: a apelação, em regra, não permite ao juiz retratar da sentença por ela impugnada. Todavia, essa regra comporta duas exceções, ou seja, as apelações ofertadas contra sentença de indeferimento da petição inicial (artigo 296 do CPC) e contra sentença de rejeição liminar de ações que afrontem decisões proferidas em casos idênticos (artigo 285-A, § 1º, do CPC) admitem o juízo de retratação. 
37-o juiz não receberá o recurso de apelação quando a sentença estiver em conformidade com súmula do Superior Tribunal de Justiça ou do Supremo Tribunal Federal.
R: o Juiz não receberá o recurso de apelação quando a sentença estiver em conformidade com súmula do Superior Tribunal de Justiça ou do Supremo Tribunal Federal” (artigo 518, § 1º, do CPC, parágrafo introduzido pela Lei nº 11.276/2006).
 
38-a decisão de conversão de agravo de instrumento em agravo retido não admite reconsideração pelo próprio relator que a proferiu.
R: o relator converterá o agravo de instrumento em agravo retido, salvo quando se tratar de decisão suscetível de causar à parte lesão grave e de difícil reparação, bem como nos casos de inadmissão da apelação e nos relativos aos efeitos em que a apelação é recebida, mandando remeter os autos ao juiz da causa. A decisão de conversão do agravo de instrumento em agravo retido só é passível de reforma no momento do julgamento do agravo, salvo se o próprio relator a reconsiderar (artigo 527, parágrafo único)
 
39-o Ministério Público, no agravo de instrumento, será necessariamente ouvido no prazo de 10 (dez) dias. 
R: o relator, concluídas as providências consignadas nos incisos III a V do caput do artigo 527, mandará ouvir o Ministério Público, se for o caso, para que se pronuncie no prazo de 10 (dez) dias (artigo 527, VI, do CPC).
40-os embargos infringentes, a apelação e o recurso especial têm por objeto imediato a tutela do direito subjetivo, logo, são recursos ordinários.
R: São ordinários os recursos cujo objeto imediato é a tutela do direito subjetivo. recursos como a apelação, o agravo e os embargos infringentes
41-os recursos extraordinários têm por objeto imediato a tutela do direito objetivo e neles podem-se discutir apenas questões de direito.
R: excepcionais aqueles cujo fim imediato é a tutela do direito objetivo. Já nos recursos excepcionais, cujo objeto imediato é a tutela do direito objetivo (Constituição da República e direito federal), e apenas mediatamente se tutela o direito subjetivo, apenas questões de direito poderão ser suscitadas ”
42-o princípio do duplo grau de jurisdição, um dos princípios orientadores dos recursos, labora em prol da efetividade dos princípios constitucionais do devido processo legal, do juiz natural, do contraditório e da ampla defesa.
R: O princípio do duplo grau de jurisdição labora em prol da efetividade dos princípios constitucionais do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa (artigo 5º, LIV e LV, da CF), e, consequentemente, da efetiva e justa prestação da tutela jurisdicional.
43-recurso, como matéria processual que é, está no âmbito da competência legislativa privativa da União, assim, só podem ser considerados como recursos aqueles arrolados pelo CPC. 
R: princípio da taxatividade-é o princípio segundo o qual somente são recursos aqueles previstos em lei federal. Recurso é matéria processual, logo, por força do artigo 22, I, da CF, sua criação está no âmbito da competência legislativa privativa da União. Dessa forma, são recursos, além das espécies recursais contempladas no artigo 496 do CPC, todas as demais previstas em leis federais (exemplo: Lei nº 9.099/95, art. 41).
44-o princípio da proibição do “reformatio in pejus” não tem aplicação quando o tribunal decide com base no efeito translativo.
R: Não se aplica o presente princípio quando se trata daquelas matérias que compete ao juízo, de ofício, conhecê-las, em qualquer tempo ou grau de jurisdição (artigo 301, I a X, do CPC). efeito translativo-é aquele que possibilita ao tribunal conhecer de matérias de ordem pública, ou seja, aquelas matérias que compete ao juízo, de ofício, conhecê-las, em qualquer tempo ou grau de jurisdição (artigo 301, I a X, do CPC), que não foram objeto do recurso.
45-preparo, regularidade formal e tempestividade são pressupostos recursais extrínsecos.
R: entendidos como aqueles que dizem respeito a fatores externos à decisão que se busca impugnar, sendo normalmente a ela posteriores (tempestividade, regularidade formal, inexistência de fato impeditivo ou extintivo do poder de recorrer e preparo).
46-o reconhecimento jurídico do pedido é considerado como fato impeditivo do poder de recorrer.
R: o fato extintivo do poder de recorrer é a desistência do recurso, pois a desistência caracteriza-se como um fato extintivo do julgamento do mérito do recurso; os impedimentos do mesmo poder são a renúncia ao recurso e a aquiescência à decisão, a desistência da ação, o reconhecimento jurídico do pedido, a renúncia ao direito sobre que se funda aação
47-a extemporaneidade (intempestividade) só ocorre quando o recurso é interposto além do prazo recursal.
R: A extemporaneidade do recurso ocorre não apenas quando é interposto além do prazo recursal, mas também quando vem à luz aquém do termo inicial da existência jurídica do decisório alvejado” (Precedente do STF, citado por Misael Montenegro Filho).
48-a decisão do tribunal no julgamento do recurso, qualquer que seja ela, substitui a decisão recorrida no que tiver sido objeto do recurso.
R: ainda que a decisão do tribunal confirme a decisão recorrida sem nada alterar em sua essência, por esse efeito, uma vez julgado o recurso, não mais existirá a decisão recorrida, mas apenas a do tribunal” (Luiz Guilherme Marinoni e Sérgio Cruz Arenhart).
49-no litisconsórcio, salvo quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores, o prazo para a interposição do recurso é contado em dobro;
R: O prazo para interposição de recurso é idêntico para ambas as partes. Todavia, esta regra comporta exceções, visto que será contado em dobro: 01- havendo litisconsórcio e os litisconsortes tiverem diferentes procuradores (artigo 191 do CPC); 02-quando a parte for a fazenda ou o Ministério Público (artigo 188 do CPC); 03-quando houver no Estado a Assistência Judiciária, para o Defensor Público, ou quem exercer cargo equivalente.
50-a desistência do recurso é considerada como fato extintivo do poder de recorrer.
R: Chama-se desistência do recurso ao ato pelo qual o recorrente manifesta ao órgão judicial a vontade de que não seja julgado, e portanto não continue a ser processado, o recurso que interpusera” (José Carlos Barbosa Moreira). A desistência, que é exercitável a qualquer tempo, não depende de anuência do recorrido ou dos litisconsortes (artigo 501 do CPC).
51-o efeito do recurso que possibilita ao tribunal conhecer de matéria de ordem pública ainda que não tenha sido dele objeto é denominado de translativo.
R: é aquele que possibilita ao tribunal conhecer de matérias de ordem pública, ou seja, aquelas matérias que compete ao juízo, de ofício, conhecê-las, em qualquer tempo ou grau de jurisdição (artigo 301, I a X, do CPC), que não foram objeto do recurso.
52-há efeito expansivo objetivo interno quando o julgamento do recurso atinge outros atos além do ato impugnado.
R: Há efeito expansivo objetivo externo quando o julgamento do recurso atinge outros atos além do impugnado, como o provimento do agravo, que atinge todos os atos processuais que foram praticados posteriormente à sua interposição.
53-o recurso adesivo é cabível apenas na apelação interposta contra sentença definitiva, entendida como aquela em que há resolução de mérito.
R: o recurso adesivo tem cabimento exclusivamente no caso de sucumbência recíproca, conforme se infere da segunda parte do artigo 500 do CPC: “Sendo, porém, vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir a outra parte. O recurso adesivo fica subordinado ao recurso principal e se rege pelas disposições seguintes: I – será interposto perante a autoridade competente para admitir o recurso principal, no prazo de que a parte dispõe para responder; II – será admissível na apelação, nos embargos infringentes, no recurso extraordinário e no recurso especial; III - não será conhecido, se houver desistência do recurso principal, ou se for ele declarado inadmissível ou deserto. 
54-no processamento dos embargos infringentes há necessariamente relator e revisor.
R: Tão-somente a apelação, os embargos infringentes e a ação rescisória, exigem a conclusão dos autos, após manifestação do relator, ao revisor” (artigo 551 do CPC).
55-o recurso adesivo é admissível na apelação, nos embargos de divergência, no recurso especial e no recurso extraordinário.
R: O recurso adesivo fica subordinado ao recurso principal e se rege pelas disposições seguintes: será admissível na apelação, nos embargos infringentes, no recurso extraordinário e no recurso especial;
56-no processamento da apelação interposta contra sentença de indeferimento da petição inicial há necessariamente relator e revisor.
R: 
57-o acórdão, cujo relator é necessariamente o do recurso, deve conter ementa, cuja conclusão deverá ser publicada no órgão oficial, no prazo máximo de dez dias. 
R: Esse relator poderá ser o mesmo relator do recurso – se seu voto for vencedor no julgamento –, ou outro dos juízes que participaram da votação – o primeiro que tiver proferido voto no sentido majoritário do entendimento do colegiado. Lavrado o acórdão – que deve, obrigatoriamente, conter ementa (art. 563 do CPC), que consiste em uma súmula do conteúdo da decisão –, suas conclusões deverão ser publicadas no órgão oficial, no prazo máximo de dez dias (art. 564 do CPC)” (Luiz Guilherme Marinoni e Sérgio Cruz Arenhart).
58-a data do julgamento do recurso, determinada pelo presidente da câmara ou turma, será incluída na pauta a ser publicada, no órgão oficial, com pelo menos quarenta e oito horas de antecedência.
R: Determinado o dia pelo presidente da câmara ou da turma, esta data será incluída em pauta a ser publicada no órgão oficial, com pelo menos quarenta e oito horas de antecedência.
59-no processamento dos embargos infringentes oriundos de causa do procedimento sumário só há relator.
R: Feito isso, o relator restituirá os autos à secretaria do colegiado (câmara ou turma, em geral), com seu “visto”, em seguida, os autos serão encaminhados ao revisor – salvo, por exemplo, nos casos de procedimento sumário e nas apelações contra indeferimento liminar da petição inicial (art. 551, § 3º, do CPC), onde não haverá revisor –,
60-na apelação, por ser um recurso ordinário, é possível discutir questão de fato e questão de direito.
R: Na apelação, é possível voltar a discutir todas as questões discutidas em primeiro grau, tanto as de fato quanto as de direito, renovando-se integralmente o exame da causa, com exclusão, apenas, das questões decididas antes da sentença, em relação às quais tenha ocorrido a preclusão” (Vicente Greco Filho).
61-a não comunicação da interposição do agravo de instrumento ao juiz da causa, no prazo de 03 (três) dias, a contar da data da interposição, importa necessariamente na inadmissibilidade do recurso (agravo de instrumento).
R: o agravante, após a interposição do agravo no tribunal, dará, no prazo de três dias, ciência de sua interposição ao juiz da causa, requerendo juntada, aos autos do processo, de cópia da petição do agravo de instrumento e do comprovante de sua interposição, assim como da relação dos documentos que instruíram o recurso. O não atendimento dessa exigência, desde que argüido e provado pelo agravado, importa inadmissibilidade do agravo (artigo 526, parágrafo único). 
 
62-em qualquer tipo de recurso o relator pode negar-lhe seguimento quando se tratar de recurso manifestamente inadmissível, improcedente ou prejudicado, entretanto, fica-lhe afastada a possibilidade de dar provimento a recurso.
R: o artigo 557 do CPC preceitua que o relator negará seguimento a recurso manifestamente inadmissível, improcedente, prejudicado ou em confronto com súmula ou com jurisprudência dominante do respectivo tribunal, do Supremo Tribunal Federal, ou de Tribunal Superior.
63-a sentença proferida em demanda envolvendo Estado estrangeiro e Município brasileiro é impugnável por apelação.
R: contra sentença proferida por Juiz Federal, nas causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada ou residente no País, o recurso cabível é o ordinário para o Superior Tribunal de Justiça e não a apelação (artigos 105, II, c, e 109, II, da CF e artigo 539, II, b, do CPC).
 
64-a apelação interposta contra sentença que confirma a antecipação dos efeitos da tutela é recebida no duplo efeito (devolutivo e suspensivo).
R:O recurso de apelação, ressalvadas as hipóteses contempladas pelo art. 520 do Código de Processo Civil e aquelas constantesde leis especiais, terá sempre efeito suspensivo, o que significa que sua interposição impede não só a execução provisória da sentença apelada, como prolonga a sua ineficácia, até que ela seja confirmada em grau superior”. A regra, no recurso de apelação, é a convergência dos dois efeitos, ou seja, devolutivo e suspensivo (artigo 520), porém, o referido dispositivo, em seus incisos (I a VII), alinha as hipóteses em que a apelação será recebida só no efeito devolutivo. A apelação será recebida só no efeito devolutivo quando interposta contra sentença que: homologar a divisão ou a demarcação; condenar à prestação de alimentos; decidir o processo cautelar; rejeitar liminarmente embargos à execução ou julgá-los improcedentes; julgar procedente o pedido de instituição de arbitragem; e confirmar a antecipação dos efeitos da tutela.
65-a apelação interposta contra sentença que julga procedente o pedido de indenização por danos materiais é recebida no duplo efeito (devolutivo e suspensivo). 
R: A apelação será recebida só no efeito devolutivo quando interposta contra sentença que: homologar a divisão ou a demarcação; condenar à prestação de alimentos; decidir o processo cautelar; rejeitar liminarmente embargos à execução ou julgá-los improcedentes; julgar procedente o pedido de instituição de arbitragem; e confirmar a antecipação dos efeitos da tutela.
66-a apelação interposta contra sentença de indeferimento da petição inicial admite, por parte do juiz que a proferiu, juízo de retratação.
R: Nos casos de extinção do processo sem julgamento do mérito (art.267), o tribunal pode julgar desde logo a lide, se a causa versar questão exclusivamente de direito e estiver em condições de imediato julgamento.
67-no recurso de apelação, expirado o prazo para resposta, é facultado ao juiz, em cinco dias, o reexame dos pressupostos de admissibilidade do recurso.
R:Apresentada a resposta, é facultado ao juiz, em cinco dias, o reexame dos pressupostos de admissibilidade do recurso (artigo 518, § 2º, do CPC, parágrafo introduzido pela Lei nº 11.276/2006). 
 
68-a decisão concessiva de efeito suspensivo ao agravo de instrumento admite reconsideração pelo próprio relator que a proferiu.
R: A decisão concessiva de efeito suspensivo ao agravo de instrumento só é passível de reforma no momento do julgamento do agravo, salvo se o próprio relator a reconsiderar (artigo 527, parágrafo único).
69-a decisão que nega seguimento ao agravo de instrumento é impugnável por agravo interno.
R: da decisão do relator que não conhecer do agravo, negar-lhe provimento ou decidir, desde logo, o recurso não admitido na origem, caberá agravo, no prazo de 5 (cinco) dias, ao órgão competente, observado o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 557 (artigo 545 do CPC). 
70-o juiz, provado pelo apelante justo motivo para não efetivar tempestivamente o preparo da apelação, relevará a pena de deserção, fixando-lhe prazo para efetivar o preparo, cuja decisão é irrecorrível.
R: provando o apelante justo impedimento, o juiz relevará a pena de deserção, fixando-lhe prazo para efetuar o preparo. A decisão referida neste artigo será irrecorrível, cabendo ao tribunal apreciar-lhe a legitimidade.
 
71-o recurso adesivo tem cabimento na apelação interposta contra sentença (definitiva ou terminativa), desde que haja sucumbência recíproca.
R: o recurso adesivo tem cabimento exclusivamente no caso de sucumbência recíproca, conforme se infere da segunda parte do artigo 500 do CPC: “Sendo, porém, vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir a outra parte.
72-o tribunal, ao apreciar apelação interposta contra sentença de extinção do processo sem apreciação do mérito, pode julgar desde logo a lide, se a causa versar sobre questão exclusivamente de direito e estiver em condições de imediato julgamento. 
R: o tribunal pode julgar desde logo a lide, se a causa versar questão exclusivamente de direito e estiver em condições de imediato julgamento. Dessa forma, o tribunal, no caso de apelação contra sentença terminativa, está autorizado a decidir o mérito da causa, desde que presentes os seguintes requisitos: versar a causa apenas sobre questão de direito; e o processo estiver pronto para o imediato julgamento do mérito.
73-o pedido de desistência do recurso, oferecido após a apresentação das contrarazões, só logrará êxito se contar com a anuência do recorrido.
R: A desistência, que é exercitável a qualquer tempo, não depende de anuência do recorrido ou dos litisconsortes (artigo 501 do CPC).
74-cite os requisitos necessários para aplicação do princípio da fungibilidade. 
R: Exige-se, segundo a doutrina, para o conhecimento do recurso equivocado pelo correto: a) presença de dúvida objetiva a respeito do recurso cabível, ou seja, a existência de controvérsia, na jurisprudência ou na doutrina, a respeito do recurso correto para impugnar determinada decisão; b) inexistência de erro grosseiro na interposição do recurso, isto é, não se pode aplicar o princípio em comento quando o recurso interposto for evidentemente descabido; c) prazo adequado para o recurso correto, ou seja, o recurso erroneamente interposto somente poderá ser conhecido se observou o prazo para o oferecimento do recurso correto.
75-estabeleça a distinção entre “error in judicando” e “error in procedendo”.
R: O error in judicando apóia-se na alegação de que a sentença é injusta, por ter equivocadamente analisado os fatos e as provas do processo. O equívoco do magistrado, a justificar o pedido de reexame da decisão, não é de natureza processual, mas da certificação do direito material em favor de pessoa diversa da que a prova dos autos e as alegações das partes indicavam como sendo o justo vencedor do litígio. No error in procedendo, encontramo-nos diante de sentença que retrata irregularidade formal, de natureza processual, por ela plantada ou já existente antes da sua prolação, denunciando a presença de um vício na atuação do magistrado” (Misael Montenegro Filho). 
76-estabeleça a distinção entre recursos de fundamentação livre e de fundamentação vinculada.
R: Assim, os recursos de fundamentação livre são aqueles cuja motivação não está fixada em lei, ou seja, são aqueles em que a fundamentação alicerça-se apenas no inconformismo do recorrente acarretado pelo prejuízo ou gravame a ele causado pela decisão, invocando quaisquer erros do decisório impugnado; e, por outro lado, recursos de fundamentação vinculada são aqueles cuja motivação está discriminada em lei, dessa forma, o recorrente deve apontar erro (erros) suscetível de enquadramento no figurino legal.
77-estabeleça a distinção entre recursos totais e parciais.
R: São chamados de recursos totais os recursos que têm por objeto a integralidade da parcela da decisão que tenha gerado sucumbência à parte recorrente, enquanto os recursos parciais são aqueles nos quais somente uma parcela da decisão que gerou a sucumbência da parte recorrente é objeto do recurso. Utilizando-se a idéia de capítulos da sentença, que pode na verdade ser aplicada para qualquer espécie de decisão, o recurso total é aquele que impugna a totalidade dos capítulos da decisão que geraram sucumbência à parte, enquanto o recurso parcial é aquele no qual somente um, ou alguns dos capítulos que geraram a sucumbência são objeto do recurso, havendo no caso concreto capítulo que, apesar de gerar sucumbência à parte, não é objeto de impugnação.
78-estabeleça a distinção entre recurso principal e recurso adesivo.
R: recurso independente é aquele oferecido pela parte dentro do prazo recursal sem importar a postura adotada pela parte contrária diante da decisão impugnada. Recurso subordinado é aquele interposto no prazo de contrarrazões de recurso apresentado pela parte contrária, motivado não pela vontade originária de impugnar a decisão, mas como contraposição ao recurso oferecido pela outra parte. O recurso independente condiciona-se exclusivamente ao preenchimento de seuspróprios pressupostos de admissibilidade para que seja decidido no mérito, enquanto o recurso subordinado está condicionado ao conhecimento do recurso independente e ao preenchimento de seus próprios pressupostos de admissibilidade para que seja decidido no mérito.
79-o que é sentença?
R: sentença é o ato pelo qual o juiz põe termo ao processo, decidindo ou não o mérito da demanda” (antiga redação do artigo 162, § 1º, do CPC). “É o ato do juiz que implica alguma das situações previstas nos arts. 267 e 269 desta Lei” (atual redação do artigo 162, § 1º, do CPC). O artigo 267 do CPC preceitua que: extingue-se o processo, sem resolução de mérito, nas hipóteses previstas em seus incisos, e o artigo 269 do CPC, por seu turno, assevera que: haverá resolução de mérito nas hipóteses previstas em seus incisos. A sentença classifica-se em definitiva, entendida como aquela em que o magistrado resolve o mérito da demanda, ou seja, aquela em que o magistrado decide sobre o pedido materializado na petição inicial, e terminativa, entendida como aquela em que o magistrado não resolve o mérito da demanda, isto é, não decide sobre o pedido do autor. 
80-Confúcio Alarmado Tristonho, brasileiro, solteiro, agricultor, ajuizou ação de indenização, por danos materiais (R$ 20.000,00) e morais (R$ 10.000,00), contra Precário Calado Feliz, brasileiro, casado, topógrafo. O juiz julgou parcialmente procedente o pedido para acolher os danos materiais e rejeitar os danos morais. O autor (Confúcio), inconformado com a sentença na parte que lhe foi desfavorável, interpôs apelação buscando a reforma dela (sentença) para a devida condenação do réu também por danos morais. O réu não interpôs apelação. O tribunal, ao apreciar a referida apelação, verificou a presença de perempção (artigo 301, IV, do CPC), não alegada na apelação em nem em sua resposta (contrarrazões), e, com base nela (perempção), decretou a extinção do processo sem resolução do mérito. Assim, o autor, que antes do julgamento da apelação tinha R$ 20.000,00, ficou, após o julgamento dela (apelação), sem nada. O Tribunal agiu corretamente? Fundamente, à luz da teoria geral dos recursos, sua resposta.
R: Sim, com base no efeito translativo. Autoriza o tribunal a conhecer de matéria de oficio não suscitada pelas partes.
81-João Cansado Manso (autor), brasileiro, solteiro, agricultor, ajuizou ação de reintegração de posse em desfavor de Albertino Amoroso Desprezado (réu), brasileiro, divorciado, agricultor, objetivando ser reintegrado na posse do sítio carro quebrado, situado em Padre Bernardo/GO. O réu alegou em sua defesa ausência da prova da posse e do esbulho e aduziu, ainda, exceção de usucapião. O Juiz reconheceu, em favor do réu, a usucapião e julgou improcedente o pedido do autor. O autor, inconformado com a sentença, interpôs apelação onde alegou ausência de usucapião sobre a área e pediu a reforma da sentença apelada. O tribunal negou provimento à apelação do autor com base na ausência da prova da posse e do esbulho. O Tribunal agiu corretamente? Fundamente, à luz do efeito devolutivo da apelação, sua resposta. 
R: Sim, pois agiu com base no efeito devolutivo, quanto à profundidade.
82-(Questão unicamente de direito). Orlando Lampião da Consolação, brasileiro, solteiro, pedreiro, ajuizou ação contra a Prefeitura Municipal de Lontra/GO, onde pleiteou o não pagamento da exorbitante majoração do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), por entender ser inconstitucional a lei municipal que concretizou tal majoração. O Juiz, após regular processamento do processo, considerou a declinada lei constitucional e determinou o pagamento integral do tributo por ela aumentado, não houve recurso e a sentença transitou em julgado. Posteriormente, cinco outras ações versando sobre a mesma matéria foram, após regular processamento, julgadas improcedentes, não foram interpostos recursos e as respectivas sentenças transitaram em julgado. O Magistrado ao defrontar com a sétima ação versando sobre a mesma questão, ajuizada por Constantino Assombroso Perfeito contra a referida prefeitura municipal, julgou-a totalmente improcedente antes mesmo da citação da ré, extinguindo o processo, por sentença, com resolução do mérito. O autor, inconformado com a liminar improcedência de seu pleito, interpôs apelação. Cite, academicamente, as peculiaridades do recurso interposto (apelação), características que a distingue das demais vertentes de apelação. 
R: Características: Admite o juízo de retratação, ou seja, o juiz esta autorizado a reconsiderar a decisão; O apelado é citado para responder e não intimado;
83-Messiânico Purificado Valente (autor), brasileiro, solteiro, agrimensor, ajuizou ação ordinária, com pedido de indenização por danos materiais e morais, em desfavor de Manuelino Assombroso Calado (réu), brasileiro, divorciado, mecânico. O Juiz julgou integralmente improcedente o pedido. O autor, inconformado com a sentença, interpôs apelação apenas em relação ao não acolhimento da pretensão alusiva aos danos materiais. O tribunal, com base em todas as questões suscitadas e discutidas no processo, deu provimento à apelação do autor (apelante) e condenou o réu (apelado) ao pagamento de danos materiais (R$ 15.000,00) e morais (R$ 5.000,00). O Tribunal agiu corretamente? Fundamente, à luz do efeito devolutivo da apelação, sua resposta. 
R: Não, a decisão do tribunal ofende o defeito devolutivo.
84-o que é decisão interlocutória?
R: é o ato pelo qual o juiz, no curso do processo, resolve questão incidente” (artigo 162, § 2º, do CPC)
85-o que é acórdão?
R: acórdão é o julgamento colegiado de tribunal, assim, é decisão interlocutória o julgamento monocrático proferido por membro de tribunal. Dessa forma, decisão interlocutória, no âmbito de tribunal, é o julgamento monocrático proferido por um dos membros do tribunal (presidente, relator etc.). 
86-discorra sobre o agravo retido.
R: é a forma recursal que serve para impugnar decisão interlocutória proferida por juiz de primeiro grau (artigo 522 do CPC), entendida como aquela em que o juiz, no curso do processo, resolve questão incidente (artigo 162, § 2º, do CPC), e que é processado e decidido pelo tribunal, se o agravante o reiterar nas razões ou na resposta da apelação, no mesmo processo em que foi proferida a decisão agravada. A petição do recurso é encartada no próprio processo, ficando, portanto, retida nos autos. “Agravo retido é o meio processual que a lei coloca à disposição das partes, do Ministério Público e de um terceiro, com o escopo de obstar a preclusão de decisão interlocutória proferida por magistrado de primeiro grau de jurisdição, cujo conteúdo não possui aptidão para causar dano irreparável, ficando o conhecimento subordinado à reiteração expressa de seu julgamento como matéria preliminar nas razões ou na resposta da apelação dirigida ao tribunal” (Luiz Orione Neto). 
87-discorra sobre o agravo regimental.
R: o agravo interno, também denominado agravo inominado, agravo regimental, agravinho, agravo de mesa, agravo simples, bem como apenas agravo, é o recurso cabível contra decisão interlocutória monocrática proferida por relator, de natureza terminativa ou definitiva, no âmbito dos tribunais” (Luiz Orione Neto). 
88-discorra sobre o agravo nos próprios autos.
R: é o recurso cabível contra decisão de presidente (ou de vice-presidente) de tribunal que não admite recurso extraordinário ou recurso especial.
Brasília, 18 de agosto de 2012.

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