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UNIVERSIDADE PAULISTA ANA CAROLINA CABRAL DA FONSECA RA 2236501 EXERCÍCIO 2 - DIMENSIONAMENTO DE PESSOAL DA UAN TAUBATÉ 2025 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................... 3 2 CÁLCULOS .......................................................................................... 4 2.1 Indicador de Pessoal Fixo (IPF) .................................................... 4 2.2 Indicador de Período de Descanso (IPD) ...................................... 4 2.2.1 Folgas semanais ................................................................. 4 2.2.2 Folgas adicionais aos domingos ......................................... 4 2.2.3 Folgas feriados .................................................................... 5 2.2.4 Férias ................................................................................... 5 2.2.5 Dias de descanso total ........................................................ 5 2.3 Indicador de Pessoal Substituto (IPS) ........................................... 5 2.4 Taxa Absenteísmo (TA) ................................................................. 6 2.5 Indicador de Pessoal Total (IPT) ................................................... 7 3 CONCLUSÃO ...................................................................................... 8 3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................... 9 1 INTRODUÇÃO O dimensionamento de pessoal em uma Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) é crucial para assegurar a eficiência operacional, a qualidade das refeições oferecidas e a segurança alimentar, evitando tanto a sobrecarga quanto a subutilização de mão de obra (GANDRA; TRIGO, 2010). A determinação adequada do número de colaboradores possibilita atender à demanda por refeições conforme os padrões de tempo, higiene e produtividade, respeitando as normas de boas práticas e as regulamentações sanitárias vigentes (ANVISA, 2004). A análise da equipe abrange a avaliação dos diferentes turnos de trabalho, a quantidade de funcionários por turno, os dias trabalhados na semana, assim como os períodos de descanso, férias e feriados. Para essa avaliação, são utilizados indicadores clássicos de dimensionamento, como o Indicador de Pessoal Fixo (IPF), o Indicador de Período de Descanso (IPD), o Indicador de Pessoal Substituto (IPS), o Indicador de Pessoal Total (IPT) e a Taxa de Absenteísmo (TA), que permitem uma estimativa quantitativa do efetivo necessário para suprir a demanda da UAN. Além dos cálculos realizados, é essencial correlacionar os resultados obtidos com a realidade da UAN, identificando eventuais necessidades de ajustes na equipe, sugerindo estratégias para a otimização dos recursos e assegurando o cumprimento das normas estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA, 2004). 2 CÁLCULOS Segundo Grandra et al, o cálculo de colaboradores para o atendimento de coletividades sadias deve estar baseado na produtividade, ou seja, na produção de refeições por minuto, por isso, propõe o número de minutos para a produção de uma refeição. 2.1 Indicador de Pessoal Fixo (IPF) No que se refere a esta UAN, levando em conta a elaboração de 560 refeições que são servidas ao longo de um período de 24 horas (incluindo café da manhã, almoço, café da tarde, jantar e ceia), e um tempo médio de preparo de 15 minutos para cada refeição, o cálculo é o seguinte: 𝐈𝐏𝐅 = Nº de Refeições × Número de Minutos Jornada de Trabalho em Minutos 𝐈𝐏𝐅 = 560 × 15 1440 𝐈𝐏𝐅 = 8400 1440 𝐈𝐏𝐅 = 7 Assim, são necessários cerca de sete (7) colaboradores para atender à demanda diária de 560 refeições. Este dimensionamento assegura que o serviço seja prestado de maneira eficaz, observando os padrões de higiene e segurança alimentar estabelecidos na RDC nº 2016/2004, que determina a necessidade de uma equipe adequada para realizar todas as fases de preparo, distribuição e limpeza, sem prejudicar a qualidade ou a segurança das refeições servidas. 2.2 Indicador de Período de Descanso (IPD) O IPD indica a relação entre os dias de trabalhados e os dias de descanso de um funcionário, possibilitando avaliar a demanda por substitutos para cobrir folgas, férias e feriados. A equação é: 2.2.1 Folgas semanais 1 folga por semana x 52 semanas = 52 dias 2.2.2 Folgas adicionais aos domingos 1 domingo por mês x 12 = 12 dias 2.2.3 Folgas feriados Carnaval: 4 dias Ano novo: 1 dia Natal: 1 dia Total de feriados = 6 dias 2.2.4 Férias 1 vez por ano x 30 = 30 dias 2.2.5 Dias de descanso total 52 + 12 + 6 + 30 = 100 dias 𝐈𝐏𝐃 = Dias do Ano − Dias de Descanso Dias de Descanso 𝐈𝐏𝐃 = 365 − 100 100 𝐈𝐏𝐃 ≅ 2,65 Um IPD ≈ 2,65 significa que, para cada colaborador, existem aproximadamente 3 dias de trabalho para cada dia de descanso. De acordo com a RDC nº 216/2004 da ANVISA, a equipe deve ser dimensionada de maneira que todas as atividades relacionadas à produção, distribuição e limpeza possam ser executadas de forma segura, mesmo durante ausências, feriados e folgas, em conformidade com as normas de boas práticas e assegurando a continuidade das operações da UAN (ANVISA, 2004). 2.3 Indicador de Pessoal Substituto (IPS) O IPS é utilizado para determinar quantos colaboradores adicionais são necessários para suprir as ausências esperadas, como férias, folgas regulares e feriados. Ele é um elemento que complementa o cálculo do Indicador de Pessoal Fixo (IPF), assegurando que a UAN permaneça assistida durante os períodos de descanso. 𝐈𝐏𝐒 = Indicador Pessoal Fixo Indicador Período de Descanso 𝐈𝐏𝐒 = 7 2,65 IPS = 2,64 O resultado IPS de 2,64 aponta que, além dos 7 colaboradores permanentes, a UAN necessita de cerca de 3 funcionários adicionais para assegurar a cobertura durante folgas, férias e feriados. Dessa forma, para assegurar a continuidade da produção, o número mínimo de membros da equipe deve ser sete (7) mais três (3), totalizando 10 colaboradores (excluindo possíveis ausências eventuais). 2.4 Taxa Absenteísmo (TA) O absenteísmo refere-se às ausências imprevistas dos funcionários em seu ambiente de trabalho. Abrange, por exemplo: Falta sem justificativa; Atrasos; Saída antes do horário; Afastamentos por motivos de saúde; Outros tipos de ausências eventuais. Férias, dias de folga e feriados não são incluídos nesta categoria, pois são pausas já planejadas. A forma clássica de calcular é: 𝐓𝐀 = Média Diária de Colaboradores Ausentes Nº de Pessoal Fixo × 100 𝐓𝐀 = 0,32 × 100 10 TA = 3,2% O resultado indica que a taxa de absenteísmo é de 3,2%. Isso implica que, para cada 100 jornadas programadas, em média 3,2 jornadas não foram realizadas devido à ausência imprevistas (faltas, atrasos, licenças médicas, entre outros). Esse percentual é classificado como baixo a moderado, uma vez que, segundo a literatura sobre recursos humanos em saúde e nutrição, índices que variam de 3% a 5% são considerados normais e aceitáveis. (PROENÇA et al., 2005) No entanto, é importante que esse valor seja inserido no cálculo do Indicador de Pessoal Total (IPT), pois até mesmo uma taxa de 3% de ausências pode afetar a produção de refeições na ausência de substitutos adequados. Para utilização em cálculos subsequentes, como a taxa de absenteísmo (TA), a taxa percentual deve ser convertida em número decimal: 3,2% = 3,2 100 − 0,032 TA = 7 X 0,032 = 0,224 2.5 Indicador de Pessoal Total (IPT) O IPT indica a quantidade total de trabalhadores que a UAN precisa ter à disposição para funcionar de maneira adequada, levando em conta: A quantidade de funcionários requeridos para produção/atividade diária (IPF); Os trabalhadores de reposição necessários para substituir ausências por férias, folgas ou feriados (IPS); A necessidade de pessoal para cobrir faltas inesperadas (TA). 𝐈𝐏𝐓 = IPF + IPS + TA 𝐈𝐏𝐓 = 7 + 2,64 + 0,224 𝐈𝐏𝐓 = 9,86 ≅ 10 3 CONCLUSÃO A análise realizada indicou que a UAN necessita de 10 funcionários para satisfazer a demanda diária de aproximadamente 560 refeições, levando em conta os trabalhadores permanentes, os substitutos e a cobertura para faltas. Esse número assegura que todas as fases do processo produtivo, como preparo, distribuição e higienização, sejam realizadas com segurança e em conformidade com a RDC nº 216/2004. (AVISA, 2004). Entretanto, no momento, a UAN possui 10 colaboradores ativos, dos quais 2 estão afastados por licença médica, sem previsão de retorno. Essa situação tem afetado diretamente a operação da equipe, resultando em acumulo de funções e aumento da carga de trabalho para alguns membros. Considerando o gestor da unidade, o total de funcionários chega a 11, a disponibilidade real para as operações permanece baixa, o que pode comprometer tanto a produtividade quanto a qualidade dos serviços, a menos que sejam feitos ajustes temporários. Diante desse cenário, propõem-se as seguintes ações: Contratação temporária ou reposição de colaboradores durante os períodos de afastamento; Redistribuição de funções para reduzir sobrecargas e a duplicação de tarefas; Acompanhamento constante do absenteísmo e planejamento para futuras substituições, assegurando que a equipe permaneça adequada às exigências. Portanto, apesar de o dimensionamento teórico de pessoal ser adequado, a atuação operacional atual destaca a necessidade de uma gestão proativa de recursos humanos para garantir a qualidade e a segurança da UAN. 3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 12, de 2 de janeiro de 2001. Estabelece regulamento técnico sobre alimentos em serviços de alimentação. Diário Oficial da União, Brasília, 2001. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt- br/assuntos/regulados/alimentos/legislacao/resolucoes/rdc/2001/rdc_12_01.pdf. Acesso em: 10 set. 2025. ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 216, de 15 de setembro de 2004. Dispõe sobre Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação. Diário Oficial da União, Brasília, 2004. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt- br/assuntos/regulados/alimentos/legislacao/resolucoes/rdc/2004/rdc_216_04.pd f. Acesso em: 10 set. 2025. BITTENCOURT, F. R.; CAMARGO, C. L. Administração de serviços de alimentação coletiva. São Paulo: Atheneu, 2011. GANDRA, E. R.; TRIGO, A. Dimensionamento de pessoal em Unidades de Alimentação e Nutrição: eficiência e produtividade. São Paulo: Manole, 2010. PROENÇA, R. P. C.; SILVA, M. A.; OLIVEIRA, J. Unidade de Alimentação e Nutrição: planejamento, administração e gerenciamento. Florianópolis: UFSC, 2005. SILVA, M. A.; OLIVEIRA, J. Gestão de Unidades de Alimentação e Nutrição: eficiência e dimensionamento de pessoal. Florianópolis: UFSC, 2012. TEXEIRA, Tatiana Cristina ETO. Planejamento e Organização de UAN. São Paulo: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2019. https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/regulados/alimentos/legislacao/resolucoes/rdc/2001/rdc_12_01.pdf https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/regulados/alimentos/legislacao/resolucoes/rdc/2001/rdc_12_01.pdf https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/regulados/alimentos/legislacao/resolucoes/rdc/2004/rdc_216_04.pdf https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/regulados/alimentos/legislacao/resolucoes/rdc/2004/rdc_216_04.pdf https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/regulados/alimentos/legislacao/resolucoes/rdc/2004/rdc_216_04.pdf