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Para que serve a farmacogenômica? A farmacogenômica possui três objetivos principais, cada um com impactos significativos na personalização e eficiência dos tratamentos médicos. ● Reduzir efeitos adversos, uma área em que a aplicação de testes genéticos tem mostrado grande potencial. Estima-se que quase metade das internações relacionadas a reações a medicamentos poderiam ser evitadas com a realização desses testes. Um exemplo prático envolve o uso do antidepressivo citalopram, que pode causar arritmias cardíacas em pacientes com variantes no gene CYP2C19. A identificação dessas variantes permite ajustar o tratamento, diminuindo os riscos. ● Aumentar a eficácia terapêutica, tornando os tratamentos mais precisos. Testes para o gene UGT1A1 ajudam a ajustar a dose do quimioterápico irinotecano. Para anticoagulantes como a varfarina, as doses ideais são determinadas com base em variações genéticas nos genes CYP2C9 e VKORC1, garantindo maior segurança e eficiência. ● Economizar recursos: hospitais que adotaram a farmacogenômica conseguiram reduzir custos ao evitar complicações previsíveis. Como funcionam os testes genéticos para farmacogenômica? Os testes farmacogenômicos investigam genes-chave relacionados à farmacocinética e à farmacodinâmica, garantindo uma abordagem personalizada para o uso de medicamentos. Enquanto a farmacocinética foca em como os fármacos são absorvidos, metabolizados e excretados pelo corpo, a farmacodinâmica analisa a interação dos medicamentos com alvos celulares específicos, determinando sua eficácia e possíveis efeitos adversos. O processo para a realização desses testes inclui a coleta de DNA, que pode ser feita por meio de amostras de saliva ou sangue. Em seguida, ocorre o sequenciamento genético, que identifica polimorfismos em genes importantes. Profissional analisando resultados de testes genéticos, exemplificando a atuação no campo da farmacogenômica clínica. Com base nos resultados, os pacientes são classificados quanto ao metabolismo: metabolizadores ultrarrápidos, que necessitam doses maiores para alcançar o efeito esperado, ou metabolizadores lentos, que têm maior risco de toxicidade com determinados fármacos, como o clopidogrel. Entre as tecnologias em alta no campo farmacogenômico estão os painéis avançados, que avaliam até 161 medicamentos simultaneamente, proporcionando análises abrangentes. Outra inovação promissora é o uso da técnica CRISPR, que está sendo estudada para corrigir mutações genéticas que impactam a resposta a medicamentos, abrindo possibilidades para tratam