Logo Passei Direto
Buscar

UNIDADE IV Pesquisa empirica sobre questoes eticas na sociedade brasileira

User badge image
Ana Rejânia

em

Ferramentas de estudo

Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

GDF - SEEDF – CRE-PP 
CEJAEP EAD 
Centro de Educação de Jovens e Adultos e 
Educação Profissional a Distância de Brasília-DF 
 
Ética, Cidadania e Relações interpessoais 
 
Unidade 4 – Pesquisa empírica sobre questões éticas na sociedade 
brasileira 
 
Objetivo: Conhecer e comparar as visões da sociedade sobre ética 
no Brasil 
 
► Pesquisas de opinião sobre dilemas e conflitos éticos. 
 
O dia 2 de maio é considerado o Dia Nacional da Ética. Conforme já 
estudamos nas Unidades anteriores, o conceito envolve um conjunto 
de regras e preceitos que norteiam um indivíduo ou grupo social dentro 
da sociedade. O termo - apesar de antigo - ainda hoje gera 
controvérsias devido às diferenças culturais, sociais, políticas e 
pessoais de cada indivíduo. 
 
Além dos princípios gerais que norteiam o bom funcionamento social, 
existe também a ética de determinados grupos ou locais específicos. 
Neste sentido, podemos citar: ética profissional (trabalho), ética 
empresarial, ética educacional, ética nos esportes, ética jornalística, 
ética na política, etc. Uma pessoa que não segue a ética da sociedade 
a qual pertence é chamado de antiético, assim como o ato praticado. 
 
Ao falar de ética estamos falando de nós mesmos, dos grupos dos quais 
participamos e da sociedade em que vivemos. Podemos analisar vários 
tipos de ética como, por exemplo: 
 
Ética pessoal que diz respeito à ação individual. Ter ética é ter 
consciência ou caráter. É ter seus valores e princípios fundamentados 
nas suas convicções e particularidades. 
GDF - SEEDF – CRE-PP 
CEJAEP EAD 
Centro de Educação de Jovens e Adultos e 
Educação Profissional a Distância de Brasília-DF 
Ética Pública (ou social) que diz respeito à responsabilidade da 
sociedade como um todo pelo bem comum. 
Ética Profissional que diz respeito à forma particular de agir da 
pessoa em sua atividade profissional em benefício da comunidade a 
que pertence. 
A Ética do consenso é um conjunto de práticas exercidas pelo 
individuo com a consciência de sua inclusão social, em seus múltiplos 
papéis e funções, objetivando a sua realização pessoal. Para a ética do 
consenso, só há aperfeiçoamento, quando surgem resultados 
proveitosos para si, com um mínimo de prejuízo para o outro, havendo 
um máximo de melhoria na vida alheia. 
 
Com base nesses preceitos sobre moral e ética nos mais variados 
segmentos da nossa sociedade, fizemos um levantamento acerca de 
algumas pesquisas de opinião realizadas por institutos de pesquisas 
reconhecidos e confiáveis, a fim de identificarmos como as pessoas 
enxergam e se posicionam em relação aos dilemas éticos enfrentados 
no campo profissional. 
 
Leia e analise com atenção os resultados obtidos nas pesquisas 
apresentadas. A partir destas análises você poderá perceber em que 
medida as mudanças vividas em sociedade no campo político, as 
denúncias de corrupção e o apelo por atitudes ética, por mais justiça, 
honestidade e solidariedade alteraram a forma como os indivíduos 
pesam e agem no meio social. 
 
 
 
 
GDF - SEEDF – CRE-PP 
CEJAEP EAD 
Centro de Educação de Jovens e Adultos e 
Educação Profissional a Distância de Brasília-DF 
 
 
 
PESQUISA 1 
“Como se proteger de um chefe antiético” 
 Para afastar as solicitações imorais, aprenda com os vampiros 
 
Disponível:https://exame.abril.com.br/carreira/como-se-proteger-de-um-chefe-antietico/ 
 
Você já se sentiu pressionado a arriscar sua ética no trabalho? Talvez seu chefe lhe peça 
para mentir e dizer que está em reunião quando na verdade foi jogar golfe, ou um supervisor 
lhe pede para fazer de conta que não viu quando faltar dinheiro no caixa? 
Você não está sozinho: cerca de 10% dos funcionários relataram que se sentiram assim em 
uma pesquisa do Centro de Recursos Éticos em 2013. 
Maryam Kouchaki, da Kellogg School, quer ajudar as pessoas que trabalham a se sentirem 
menos impotentes nestas situações: não oferendo uma maneira perfeita de recusar pedidos 
antiéticos, mas impedindo que os mesmos cheguem a ocorrer. 
Sua nova pesquisa mostra que exibir um “símbolo moral” como por exemplo um ícone 
religioso, um poster de uma figura espiritual como Gandhi, ou uma citação eticamente 
relevante podem servir como uma espécie de amuleto contra a corrupção no local de 
trabalho. 
Este recurso funciona tanto para estimular a consciência moral nas outras pessoas quanto 
para criar a percepção de que a pessoa que o exibe possui um elevado caráter moral. 
“A ideia é a de que ao ser autenticamente moral, ter orgulho disso e demonstrar esse 
comportamento pode ter consequências positivas”, diz Kouchaki, professora assistente de 
gestão e organizações. 
Um “colar de alho” 
https://exame.abril.com.br/carreira/como-se-proteger-de-um-chefe-antietico/
http://www.exame.com.br/topicos/etica
http://www.exame.com.br/topicos/dinheiro
http://www.exame.com.br/topicos/kellogg-school-of-management
http://www.exame.com.br/topicos/corrupcao
GDF - SEEDF – CRE-PP 
CEJAEP EAD 
Centro de Educação de Jovens e Adultos e 
Educação Profissional a Distância de Brasília-DF 
Este é o mesmo raciocínio utilizado pelos moradores de vilarejos medievais que, em vez de 
esperar passivamente que Drácula aterrisasse com suas enormes asas, eles se adornavam 
com totens mágicos para afastar os vampiros. 
Embora ninguém tenha elaborado ainda um estudo avaliado por pares sobre a eficácia 
protetora de crucifixos e da água benta, Kouchaki e Sreedhari Desai, da Kenan-Flagler 
Business School da UNC, realizaram seis estudos para testar essa hipótese. As autoras 
publicaram os resultados em um novo estudo na Academy of Management Journal, “Símbolos 
morais: Um colar de alho contra solicitações antiéticas”. 
“Ouvimos diversas histórias de pessoas dizendo que tinham que agir de forma antiética para 
manter seus empregos. Era pedido a essas pessoas que agissem anti-eticamente e não viam 
forma de recusar”, diz Kouchaki. “Queríamos descobrir se existe uma maneira de alguém dizer 
não de forma sutil, porém eficaz, evitando assim a ocorrência destas situações difíceis”. 
Quando o dinheiro e a moralidade vão de encontro em si 
Em uma das análises do estudo, 148 universitários foram convidados a jogar um jogo com 
prêmios em dinheiro. Foi dito a cada participante de que ele iria supervisionar outros dois 
companheiros de equipe, “Pat” e “Sam”. (Na realidade, Pat e Sam eram fictícios.) 
Em seguida, os participantes tiveram acesso a e-mails em que seus companheiros se 
apresentaram. Para alguns participantes, o e-mail de apresentação de Pat continha uma 
citação com temática moral. Para outros, não. O e-mail de Sam não continha nenhuma citação. 
“É melhor o fracasso com honra do que o sucesso pela fraude” foi a citação cuidadosamente 
escolhida para parecer ao mesmo tempo discreta e adequada para um ambiente empresarial, 
diz Kouchaki. 
“Não é super virtuosa, porque não queríamos que a pessoa inspirasse desprezo nas demais 
se passando pela mais certinha, e porque queríamos que parecesse realista e natural”. 
GDF - SEEDF – CRE-PP 
CEJAEP EAD 
Centro de Educação de Jovens e Adultos e 
Educação Profissional a Distância de Brasília-DF 
No jogo, os participantes tiveram que decidir se um companheiro da equipe enviaria uma 
mensagem honesta ou enganosa para a outra equipe, bem como qual companheiro da equipe 
a enviaria. 
Os participantes foram informados de que a mensagem honesta provavelmente faria com que 
a equipe perdesse US$18 dos seus ganhos, enquanto a mensagem enganosa provavelmente 
resultaria em uma perda de apenas US$3 para a equipe. Em ambos os casos, o subordinado 
que enviaria a mensagem não saberia se era enganosa ou não. 
64% dos participantes não expostos à citação ética optaram por enviar a mensagem 
enganosa, enquanto apenas 46% das pessoas que viram a citação ética fizeram o mesmo. 
Não só isso, mas aqueles que viram a citação ética e ainda assim decidiram enviar a 
mensagem enganosa erammais propensos a escolher Sam (cujo e-mail não continha citação) 
como mensageiro. 
A experiência subsequente encontrou efeitos protetores semelhantes para avatares, quando 
usaram camisetas com os nomes de sites de Internet (YourMorals.org, por exemplo) 
impressos nelas. 
Isso significa que o colar de alho funcionou. 
“Temos a tendência de evitar sujar coisas limpas”, diz Kouchaki, apontando para a literatura 
antropológica e psicológica que sugere que as pessoas acham intrinsecamente imoral 
danificar objetos ou seres tidos como puros. 
Os participantes do estudo podem ter evitado pedir ao subordinado que consideravam 
moralista realizar uma tarefa imoral porque isso teria sido duplamente imoral. 
Ou, ela salienta, simplesmente pode ser que, ver um símbolo moral, de forma consciente ou 
inconsciente, aumenta a consciência moral na pessoa que o vê. 
Levando para o mundo real 
GDF - SEEDF – CRE-PP 
CEJAEP EAD 
Centro de Educação de Jovens e Adultos e 
Educação Profissional a Distância de Brasília-DF 
Para testar essas descobertas em campo, Kouchaki e Desai realizaram uma pesquisa com 
104 pares de chefes-subordinados de uma variedade de organizações na Índia, onde ícones 
religiosos são frequentemente exibidos no trabalho. 
A pesquisa perguntou aos chefes sobre o desempenho do seu subordinado no trabalho, o 
relacionamento com o chefe, a tendência a exibir símbolos morais e o caráter moral. 
Enquanto isso, os subordinados foram questionados sobre a frequência com que seus chefes 
os orientavam de forma antiética, bem como a frequência com que seus chefes paravam em 
suas mesas. 
As autoras descobriram que os subordinados que exibiam símbolos morais eram mais 
propensos a serem considerados pelos seus supervisores como tendo caráter moral elevado, 
e tinham menos probabilidade de serem requisitados a comprometer seus padrões morais no 
trabalho. 
Não só isso, mas “nós não descobrimos nenhuma possível reação adversa e nenhuma 
diferença nas avaliações de desempenho”, diz Kouchaki. 
Em outras palavras, exibir símbolos morais não parece ter afetado negativamente os 
sentimentos dos chefes em relação ao subordinado. 
Da mesma forma, quando os participantes da experiência do e-mail foram questionados se 
achavam que os e-mails de Sam e Pat tinham afetado sua decisão de repassar mensagens 
éticas ou antiéticas, nenhum dos participantes disse que os e-mails tinham sido um fator 
relevante. 
Isso não deve ser ignorado. A pesquisa do Centro de Recursos Éticos descobriu que 21% dos 
funcionários que relataram má conduta disseram que sofreram retaliação. 
GDF - SEEDF – CRE-PP 
CEJAEP EAD 
Centro de Educação de Jovens e Adultos e 
Educação Profissional a Distância de Brasília-DF 
E qual a amplitude da proteção de um crucifixo ou de um poster de Ghandi? Kouchaki 
observou rapidamente que a pesquisa se concentra principalmente em comportamentos 
antiéticos relacionados a dinheiro. 
É necessário mais pesquisa para determinar se os símbolos morais podem proteger contra 
outros tipos de corrupção, como a discriminação racial ou assédio sexual. Ela acredita que 
eles podem proteger. 
“Não há pesquisas suficientes sobre como pessoas sem poder podem fazer a diferença”, diz 
Kouchaki. 
“Queremos que as pessoas sintam que, independente do que aconteça, elas têm controle 
sobre estas situações, e que elas podem fazer algumas coisas para evitar comportamentos 
questionáveis por parte de outras pessoas”. 
Texto publicado com a permissão da Northwestern University (em representação da Kellogg 
School of Management). Publicado originalmente no Kellogg Insight. 
 
 
 
PESQUISA 2 
 
“Brasileiro ficou mais ético no trabalho após Lava Jato? 
Estudo explica as mudanças” 
As empresas devem utilizar todos os recursos disponíveis 
 para potencializarem essa mudança 
 
Disponível em: https://www.infomoney.com.br/carreira/brasileiro-ficou-mais-etico-no-
trabalho-apos-lava-jato-estudo-explica-as-mudancas/ 
 A implementação da Lei Anticorrupção e o andamento das investigações da Lava Jato reforçaram a 
preocupação das empresas com as questões éticas. Mas, na prática, como reage o profissional 
brasileiro diante da corrupção, fraude, desvios e má-conduta? Segundo um estudo realizado pela 
http://insight.kellogg.northwestern.edu/
https://www.infomoney.com.br/carreira/brasileiro-ficou-mais-etico-no-trabalho-apos-lava-jato-estudo-explica-as-mudancas/
https://www.infomoney.com.br/carreira/brasileiro-ficou-mais-etico-no-trabalho-apos-lava-jato-estudo-explica-as-mudancas/
GDF - SEEDF – CRE-PP 
CEJAEP EAD 
Centro de Educação de Jovens e Adultos e 
Educação Profissional a Distância de Brasília-DF 
consultoria global Protiviti, houve impacto positivo sobre as atitudes dos brasileiros no ambiente 
corporativo. 
A pesquisa indica como os funcionários se posicionam quando estão expostos a dilemas éticos 
existentes no seu dia a dia do trabalho. De acordo com o levantamento, 47% dos trabalhadores 
denunciam atos irregulares no ambiente organizacional, enquanto 53% apresentam resistências por 
medo das possíveis consequências. 
Na pesquisa anterior, de 2015, os números apresentados eram de 40% e 60% respectivamente. Esse 
crescimento de 17,5% de pessoas que denunciam atos ilícitos mostra que as pessoas começam a 
enxergar que a conveniência a atos antiéticos tem causas externas. 
“Embora as empresas estejam cada vez menos tolerantes a atos antiéticos e o profissional sinta que 
pode ser prejudicado por saber da ocorrência de ilicitudes e se omitir, o medo de exposição e retaliação 
por denunciar ainda está presente, mas a divulgação constante da Lava Jato promove a 
conscientização sobre a queda da impunidade em relação a atitudes não éticas”, explica Antonio Carlos 
Hencsey, líder da prática de Ética & Compliance na Protiviti. 
O estudo também observa que 15% dos profissionais avaliados têm baixa flexibilidade moral, ou seja, 
apresentam valores morais internalizados e sólidos. Já 35% tem uma flexibilidade moral média baixa, 
ou seja, seus valores morais ainda são sólidos e estão ancorados num contexto afetivo-social maior, 
como família e amigos. 
GDF - SEEDF – CRE-PP 
CEJAEP EAD 
Centro de Educação de Jovens e Adultos e 
Educação Profissional a Distância de Brasília-DF 
Outros 36% apresentam média flexibilidade, o que indica que possuem tendência a agir de forma 
correta, porém, em situações de pressão e não identificação de uma saída correta podem flexibilizar 
sua conduta. 
“Esses percentuais mostram que, caso a empresa estimule e dê condições para que ações éticas 
sejam tomadas, como um canal de denúncia anônimo, que contempla processos investigativos e 
tratamentos adequados, políticas claras e reflexões sobre ética frequentes, 86% da população interna 
tenderiam a agir de acordo com o que é correto. 
Neste cenário, apenas 14% da população apresentaria um perfil somado de média alta e alta 
flexibilidades apresentando maior probabilidade de riscos. Porém, em empresas que não oferecem 
condições para que as pessoas se posicionem em relação a atitudes ilícitas, os 36% com média 
flexibilidade tenderiam a compactuar com atitudes ilícitas mesmo que não concordando com elas, 
elevando para 50% o potencial de risco vindo dos colaboradores”, explica Hencsey. 
Outros índices positivos trazidos na pesquisa são que 63% dos respondentes não repassam dados 
sigilosos por medo de serem prejudicados no mercado de trabalho ou pegos atuando de forma 
irregular. Esse mesmo percentual (63%) dos entrevistados também não furtariam ou fariam mau uso 
dos bens materiais da empresa com receio de forte condenação social. 
No quesito pagamentos e recebimentos ilícitos, 57% dos trabalhadores respondentes afirmaram que 
esta prática não faz parte de suas relações profissionais por receio de serem punidos, sem, contudo, 
demonstrarem um distanciamento moral relevante com essa prática. Além disso, a gratificação indevida 
é vista com maus olhos para 56%dos profissionais entrevistados pela Protiviti. 
GDF - SEEDF – CRE-PP 
CEJAEP EAD 
Centro de Educação de Jovens e Adultos e 
Educação Profissional a Distância de Brasília-DF 
Vale ressaltar que quando abordados sobre o receio da punição em reportar aos superiores os erros 
próprios ou de terceiros, 66% dos profissionais deixam de denunciar. Isso mostra que ainda há falta de 
visão do colaborador sobre as consequências futuras pela omissão do ato e o descomprometimento 
em não se envolver com a missão e os valores da empresa. 
A consultoria afirma que a análise deste ano traz duas conclusões inéditas. A primeira delas é que os 
profissionais brasileiros estão mais atentos a este momento nacional, e as empresas devem utilizar 
todos os recursos disponíveis para potencializarem essa mudança. 
O segundo ponto está relacionado a uma nova maneira das companhias avaliarem os candidatos e 
colaboradores frente a dilemas éticos por meio de metodologias diferenciadas. 
 
PESQUISA 3 
“Ações antiéticas tendem a ser aceitas por brasileiros” 
Teste de integridade mostra que 46% desviariam bens de suas companhias 
ou não denunciariam colegas 
Disponível em: http://www.3gconsultoria.com.br/noticias/acoes-antieticas-tendem-a-ser-
aceitas-por-brasileiros/ 
 
Pesquisa divulgada nesse começo de ano pelo jornal Valor Econômico joga um balde de água 
fria em quem imaginava um resultado mais promissor para as lições anticorrupção da já 
histórica Operação Lava-Jato. Ela mostra que ações antiéticas tendem a ser aceitas por 
brasileiros. Quase metade dos profissionais (46%) submetidos a um teste de integridade 
demonstra ter tendência a sucumbir a desvios ou a não denunciar colegas que desviam bens 
http://www.3gconsultoria.com.br/noticias/acoes-antieticas-tendem-a-ser-aceitas-por-brasileiros/
http://www.3gconsultoria.com.br/noticias/acoes-antieticas-tendem-a-ser-aceitas-por-brasileiros/
https://valor.globo.com/
GDF - SEEDF – CRE-PP 
CEJAEP EAD 
Centro de Educação de Jovens e Adultos e 
Educação Profissional a Distância de Brasília-DF 
da empresa. Além disso, 48% manipulariam relatórios de despesas pagas pela companhia 
com o intuito de ganhar mais. 
Na mesma pesquisa, realizada pelo Instituto de Pesquisa do Risco Comportamental (IPRC), 
dois terços dos entrevistas (66%) demonstraram ter tendência a realizar pagamentos 
indevidos para beneficiar fornecedores, e somente 29% percebem que pagamentos indevidos 
a terceiros são uma modalidade de fraude. 
O jeitinho sobrevive 
“Muitas pessoas não cometem a fraude diretamente, mas se percebem um colega fazendo 
não interferem. Isso tem muito a ver com a nossa cultura, a ideia do jeitinho brasileiro, de 
aceitar ações antiéticas desde que elas não afetem diretamente a vida da pessoa”, comenta 
Renato Santos, diretor acadêmico do IPRC e professor de compliance no Ibmec, Gipecafi, 
Fecap, FIA e Trevisan Escola de Negócios. 
Lançado em 2018, o instituto é resultado de uma parceria entre a S2 Consultoria e a Meu 
Estúdio, produtora de conteúdo de comunicação corporativa e reúne especialistas da 
academia e do mercado. Para chegar aos números da pesquisa, o instituto aplicou um teste 
desenvolvido por Santos chamado Potencial de Integridade Resiliente (PIR), em 2.435 
profissionais de 24 empresas. Eles foram submetidos a um extenso questionário que simula 
dilemas éticos e expõe o entrevistado a diferentes situações de corrupção, apropriação 
indevida e fraudes. 
Cultura do suborno 
Santos explica que as perguntas não são diretas, do tipo “você aceitaria suborno?”. Os temas 
são abordados de forma sutil – como na pergunta “se você recebesse presente de um 
fornecedor na sua casa como você se sentiria? Feliz ou irritado?” Questões nessa linha são 
https://www.iprcbrasil.com.br/
GDF - SEEDF – CRE-PP 
CEJAEP EAD 
Centro de Educação de Jovens e Adultos e 
Educação Profissional a Distância de Brasília-DF 
feitas repetidas vezes para que se consiga realmente identificar a visão do entrevistado sobre 
o assunto. A precisão do PIR é de 82%. 
Em outra questão, o entrevistado responde à pergunta “o que te impediria de aceitar suborno”. 
“Se a pessoa colocar o medo de ser pega ou fato de ter um bom salário, isso indica que 
dependendo da situação ela pode aceitar”, diz. 
Regras claras 
Nesse cenário de índices tão elevados de tendência a aceitar desvios éticos no trabalho, a 
saída é a empresa ter um conjunto de regras de compliance e apresentá-lo ao funcionário logo 
que ele entra. “Às vezes, ele vem de uma empresa onde essa cultura é aceita, então é 
importante alinhar com ele o que a empresa não tolera em termos de política de compliance”, 
afirma. 
Além disso, é necessário trabalhar o tema continuamente na organização. Por fim, um terceiro 
ponto é a manutenção de um canal de denúncias seguro e confidencial. “É fundamental dar 
ao funcionário a possibilidade de denunciar de forma anônima e sem qualquer tipo de 
retaliação.” 
Longo caminho 
Para Gino Oyamada, diretor da 3G Consultoria, o país avançou de forma importante nos 
últimos anos, em direção a um ambiente corporativo e político mais ético. Foram vitais para 
isso instrumentos como a Lei Anticorrupção, que acaba de completar três anos de vigência, e 
a Lei das Estatais. 
Também cabem méritos aos esforços da força-tarefa que levou a cabo a gigantesca 
investigação conhecida como Operação Lava-Jato, responsável por desbaratar quadrilhas de 
http://www.3gconsultoria.com.br/
GDF - SEEDF – CRE-PP 
CEJAEP EAD 
Centro de Educação de Jovens e Adultos e 
Educação Profissional a Distância de Brasília-DF 
corruptores e corruptos na esfera pública e na privada, por dezenas de prisões e pela 
recuperação de grandes valores para os cofres públicos. 
Mas ainda há muito por fazer e para conquistar. “Esse é um esforço que cabe à toda 
sociedade. Mas sem dúvida as empresas e seus gestores têm uma grande responsabilidade 
em suas mãos, pela capacidade de construir bons exemplos e gerar resultados que sirvam de 
exemplo para todos. Só as empresas com boa governança serão capazes de reverter essa 
tendência perniciosa, e de sobreviver em um mundo que cobra cada vez mais caro pela licença 
social para atuar”, alerta Oyamada. 
Leia mais em https://glo.bo/36tMjAB 
 
Sobre a falta de ética que assola a nossa sociedade, Leonardo Boff 
(2016) explica que essa “se revela nas mínimas coisas, desde as 
mentirinhas ditas em casa aos pais, a cola na escola ou nos concursos, 
o suborno de agentes da polícia rodoviária quando alguém é 
surpreendido numa infração de trânsito até em fazer pipi na rua”. 
Segundo o autor, para superarmos a crise da ética não bastam apelos, 
mas uma transformação da sociedade. 
https://valor.globo.com/carreira/noticia/2020/01/06/brasileiros-tendem-a-aceitar-acoes-antieticas.ghtml

Mais conteúdos dessa disciplina