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Faculdade de Minas Curso de pós graduação de enfermagem em pediatria e neonatologia JULIANA BOIATO DE AZEREDO COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS DO ENFERMEIRO PARA ATUAÇÃO EM NEONATOLOGIA E PEDIATRIA RIO DE JANEIRO 2024 JULIANA BOIATO DE AZEREDO COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS DO ENFERMEIRO PARA ATUAÇÃO EM NEONATOLOGIA E PEDIATRIA Trabalho de conclusão de curso, referente à disciplina: Trabalho de Conclusão de Curso de pós Graduação Enfermagem em Pediatria e neonatologia da Faculdade de Minas. RIO DE JANEIRO 2024 AGRADECIMENTOS Em primeiro lugar, а Deus que fez com que meus objetivos fossem alcançados, durante todos os meus anos de estudos,Aos meus pais , que me incentivaram nos momentos difíceis e compreenderam a minha ausência enquanto eu me dedicava à realização deste trabalho, À instituição de ensino faculdade de minas , essencial no meu processo de formação profissional, pela dedicação, e por tudo o que aprendi ao longo dos anos do curso. RESUMO Esse estudo aborda o cuidado de recém-nascidos prematuros a partir de uma perspectiva fenomenológica heideggeriana, diferenciando entre as atividades e procedimentos realizados na rotina das Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e o cuidado existencial, que envolve o ser e cuidar do outro, A prematuridade coloca em risco a vida de neonatos devido à imaturidade morfológica e funcional de seus órgãos, a dor é um sintoma comum em crianças de todas as idades, frequentemente resultando em atendimento de emergência ou urgência. Dado que as crianças expressam a dor de formas peculiares, o estudo teve como objetivo compreender os critérios utilizados pela equipe multiprofissional para avaliar e controlar a dor em crianças internadas em uma Unidade de Emergência e Urgência Pediátrica. Sumario Introdução ___________________________________________________ 6 Objetivo _____________________________________________________ 8 Desenvolvimento______________________________________________ 9 Conclusão____________________________________________________ 12 Referencias__________________________________________________ 13 6 INTRODUÇÃO Anualmente, cerca de 20 milhões de neonatos nascem com baixo peso devido a nascimentos prematuros ou ao retardo do crescimento intra-uterino, com a maioria dessas crianças nascendo em países subdesenvolvidos. O nascimento prematuro representa uma agressão ao feto, pois na última etapa intra-uterina seus órgãos estão em fase de desenvolvimento, apresentando imaturidade morfológica e funcional. Consequentemente, isso está associado a altas taxas de morbimortalidade em menores de um ano. No Brasil, a principal causa de mortalidade infantil são as afecções perinatais, que incluem problemas respiratórios, asfixia ao nascer e infecções, mais comuns em neonatos pré-termo e de baixo peso. Além disso, muitos neonatos enfrentam distúrbios metabólicos, dificuldades para se alimentar e para regular a temperatura corporal. Os avanços científicos na área da neonatologia têm garantido a sobrevivência de crianças prematuras, que há algumas décadas eram consideradas inviáveis pela ciência. Contudo, esses avanços resultam em elevados custos para os sistemas de saúde e seguridade social no mundo. Nos países subdesenvolvidos, há escassez de recursos tecnológicos e humanos qualificados para atender essa clientela. A Unidade Neonatal é o local onde o neonato pré-termo é hospitalizado, ficando na incubadora por um período suficiente para se recuperar do parto e estabilizar seus parâmetros como peso, temperatura, respiração e frequência cardíaca. Nesse ambiente, o neonato também vivencia sentimentos de desamparo devido à separação brusca da mãe, sendo privado de cuidados maternos e paternos. Necessitará de procedimentos invasivos, será excessivamente manuseado, sairá de um ambiente acolhedor e aquático (intra-útero) para um lugar com alto nível sonoro, luzes e cheiros fortes, sentirá cansaço físico e mental, estresse, dor e desconforto, sem ter quem o acalente. As repercussões desses nascimentos afetam diretamente a família, que vivencia inúmeras dificuldades durante e após a hospitalização do neonato. A preocupação com a separação precoce e prolongada entre mãe e neonato é uma questão central. O interesse pelo tema surgiu da observação das dificuldades enfrentadas pela equipe de enfermagem na Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais (UCIN) 7 para praticar uma assistência humanizada que contemple as necessidades biopsicossociais do neonato pré-termo e de sua família. Além disso, a revisão de literatura apontou uma escassez de material sobre o assunto, destacando a importância de se estudar o tema. 8 OBJETIVO Descrever as competências profissionais atribuídas por enfermeiros para atuação no mercado de trabalho na área de pediatria e neonatologia. 9 DESENVOLVIMENTO A Sociedade Brasileira de Enfermeiros Pediatras (SOBEP) define o enfermeiro neonatologista como o profissional graduado em enfermagem, aprovado em curso de especialização lato sensu ou curso de residência em enfermagem neonatológica e/ou que tenha obtido o Título de Especialista conferido pela SOBEP. Esse profissional é responsável por prestar cuidados voltados para a prevenção de doenças e agravos, promoção, proteção e recuperação da saúde do neonato e de sua família. A combinação de conhecimento especializado, filosófico, teórico (normativos, deontológicos e científicos) e prático é essencial para o enfermeiro neonatologista, levando em consideração os contextos e as pessoas envolvidas. Esse conhecimento engloba a responsabilidade pela prática profissional, atuação de acordo com a legislação e códigos de conduta da profissão, e a defesa e efetivação dos direitos individuais do neonato e da família como Reconhece, protege e efetiva os direitos do neonato e da família, Respeita e promove a autonomia da família, Fornece informações suficientes e adequadas para a família,Estabelece diálogo/comunicação efetiva intra e interprofissional,Estabelece diálogo/comunicação efetiva com o neonato e a família, Utiliza normas éticas e bases legais para orientar sua conduta, aplica conhecimentos sobre padrões éticos e legais relacionados aos direitos do neonato e da família, além dos avanços tecnológicos. Combinação de habilidades, conhecimentos e atitudes que o enfermeiro neonatologista deve possuir para desempenhar suas funções com competência, garantindo cuidado direto, seguro e de qualidade ao neonato e sua família, considerando-os em sua integralidade dentro do contexto clínico específico. Esse domínio abrange a capacidade de avaliar com precisão e criticamente as melhores opções de cuidado, baseadas nas políticas públicas de saúde, na prática baseada em evidências e no emprego do raciocínio clínico. Além disso, incorpora atributos como comunicação eficaz, gerenciamento eficiente do tempo e delegação de demandas a outros profissionais da equipe quando necessário. Capacidade de organizar equipes e serviços de saúde materno-infantil. Este domínio inclui competências que indicam a capacidade de comunicação dentro das estruturas organizacionais, além de monitorar e organizar a entrega de cuidadosde 10 saúde eficazes para neonatos e suas famílias. As competências também podem incluir a participação no desenvolvimento de normas, políticas e atividades de qualidade específicas para a saúde dos neonatos e suas famílias. Os enfermeiros são vistos como articuladores fundamentais dentro de suas equipes e turnos de trabalho. Sua capacidade de liderar, gerenciar e motivar a equipe é essencial para garantir a qualidade e a eficiência do cuidado prestado. Os enfermeiros na neonatologia priorizam o trabalho em equipe e a constante busca pela qualificação profissional. Isso inclui atualizações contínuas sobre práticas baseadas em evidências e o desenvolvimento de habilidades específicas para cuidar de bebês prematuros. É essencial para os enfermeiros incluir os pais e familiares no cuidado dos bebês prematuros. Isso não apenas fortalece o vínculo entre a família e o bebê, mas também ajuda os pais a compreenderem melhor o ambiente tecnológico e os cuidados necessários, Cuidar de bebês prematuros pode ter repercussões significativas não apenas no desenvolvimento físico, mas também emocional e psicológico dos bebês e de suas famílias. Os enfermeiros precisam estar atentos a essas repercussões e adotar práticas que promovam o bem-estar integral dos bebês e de suas famílias,Reduzir o risco de sequelas biopsicofisiológicas envolve cuidados meticulosos e personalizados. Isso pode incluir monitoramento contínuo, avaliação precisa das necessidades individuais do bebê e apoio emocional às famílias durante todo o processo de internação na UTIN. O ambiente tecnológico da UTIN pode ser intimidador para os pais. Os enfermeiros desempenham um papel crucial em educar e orientar as famílias sobre o funcionamento dos equipamentos, os procedimentos realizados e o impacto no cuidado do bebê. Ao integrar esses aspectos em sua prática diária, os enfermeiros na neonatologia não apenas proporcionam cuidados clínicos de alta qualidade, mas também promovem um ambiente acolhedor e de apoio para bebês prematuros e suas famílias. Enfermeiros que desenvolvem habilidades de análise crítica e são capazes de identificar problemas de forma eficaz contribuem para a melhoria contínua da assistência. Isso envolve avaliar práticas atuais, identificar áreas de melhoria e 11 implementar mudanças baseadas em evidências para otimizar o cuidado, a capacidade de tomar decisões informadas e planejar o cuidado de maneira eficiente é fundamental. Enfermeiros que são capazes de avaliar rapidamente situações clínicas, considerar múltiplas variáveis e implementar planos de cuidado adequados melhoram diretamente os resultados dos pacientes. A implementação eficaz do cuidado requer não apenas habilidades técnicas, mas também a capacidade de motivar e engajar a equipe. Enfermeiros que lideram pelo exemplo, incentivam o trabalho em equipe e promovem um ambiente colaborativo contribuem para um ambiente de trabalho positivo e eficiente, as decisões e ações tomadas pelos enfermeiros não apenas impactam os pacientes, mas também influenciam seu próprio desenvolvimento profissional e pessoal. A autonomia profissional é fortalecida quando enfermeiros têm a oportunidade de participar ativamente do processo decisório, implementar mudanças e ver os resultados positivos de seu trabalho. Enfermeiros que têm a oportunidade de influenciar positivamente o cuidado dos pacientes geralmente experimentam uma maior satisfação no trabalho. Isso pode promover um senso de realização pessoal e profissional, contribuindo para um maior bem-estar no ambiente de trabalho. Portanto, as condutas dos enfermeiros não apenas moldam a qualidade da assistência em saúde, mas também desempenham um papel crucial na sua própria jornada de desenvolvimento profissional e no bem-estar geral. A capacidade de refletir, aprender e adaptar práticas de cuidado é fundamental para alcançar resultados positivos tanto para os pacientes quanto para os profissionais de enfermagem. 12 CONCLUSÃO A pesquisa destaca de forma clara e importante o papel essencial do enfermeiro na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), não apenas como executor de cuidados, mas como articulador fundamental nas relações interpessoais e interprofissionais.O enfermeiro é essencial na gestão de cuidados na UTIN, utilizando sua autonomia e criatividade para enfrentar desafios diários e garantir a melhor prática possível. A pesquisa sugere que essas habilidades podem ser fortalecidas através de treinamentos específicos em gestão de cuidados e liderança. A constatação de relações fragmentadas entre a equipe multiprofissional ressalta a importância de fortalecer a comunicação e a colaboração entre os profissionais de saúde. Futuras pesquisas podem explorar estratégias eficazes para promover uma equipe coesa e integrada, focada na excelência do cuidado ao neonato e à família. A pesquisa destaca a importância não apenas de permitir a presença dos pais na UTIN, mas de envolvê-los ativamente no cuidado e nas decisões terapêuticas. Estudos futuros podem explorar como capacitar e apoiar os pais para que se tornem colaboradores eficazes no cuidado de seus filhos desde o nascimento, promovendo um vínculo precoce e contínuo. Proporcionar um estudo mais abrangente em diferentes contextos de cuidado em neonatologia pode enriquecer ainda mais o entendimento dos desafios e das melhores práticas em diferentes cenários. Isso poderia incluir unidades de cuidados intensivos neonatais em diferentes países ou em diferentes contextos de recursos. Explorar diferentes metodologias de pesquisa para capturar uma gama mais ampla de experiências e percepções dos profissionais de saúde e das famílias poderia fornecer insights valiosos para o desenvolvimento de políticas e práticas baseadas em evidências. Em resumo, há um vasto campo para pesquisa contínua e aprimoramento nas práticas de cuidado em UTINs, visando sempre à melhoria da qualidade de vida dos neonatos pré-termo e suas famílias. As sugestões propostas podem contribuir significativamente para avançar nesse campo vital da saúde neonatal. 13 REFERÊNCIAS: MELHORES PRÁTICAS NA GERÊNCIA DO CUIDADO DE ENFERMAGEM NEONATAL ( https://www.scielo.br/j/tce/a/RPmDKvJMJ9bjTgb4tZzsXyN/?lang=pt#) O cuidado de enfermagem ao neonato pré-termo em unidade neonatal: perspectiva de profissionais de enfermagem ( Marizete Argolo Teixeira) Enfermagem neonatal: o sentido existencial do cuidado na unidade de terapia intensiva (https://www.scielo.br/j/reben/a/BGz6YTsnkRBzVM7LQ5BbvgQ/) Posição da Sociedade Brasileira de Enfermeiros Pediatras sobre as competências essenciais do enfermeiro neonatologista e pediatra (https://journal.sobep.org.br/wp-content/uploads/articles_xml/2238-202X-sobep-20-02-0116/2238-202X-sobep-20-02-0116.x48393.pdf)