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Slides de Aula - Hermenêutica

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Julia Cirino

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Questões resolvidas

Para os romanos, o conceito de hermenêutica passou para interpretatio, devido aos trabalhos dos Prudentes; que, por sua vez, não se contentavam em entender o texto de lei, mas buscavam compreender o seu significado nos efeitos práticos produzidos na vida das pessoas. No trecho acima, estamos nos referindo:
a. À jurisprudência.
b. À mitologia.
c. Aos oráculos.
d. Aos Comentadores.
e. À lei.

Na interpretação pública administrativa a interpretação é realizada pelos membros do Poder Executivo
Assinale a alternativa correta:
A interpretação pública administrativa é aquela decorrente do direito consuetudinário, ou seja, da prática reiterada dos costumes.
A as duas assertivas são falsas.
B a primeira assertiva é falsa e a segunda é verdadeira.
C a primeira assertiva é verdadeira e a segunda é falsa.
D as duas assertivas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
E as duas assertivas são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira.

A interpretação que busca alcançar a finalidade para a qual a norma foi criada, buscando uma destinação que atenda à obtenção do bem comum, respeitando-se os valores sociais a que se destina a norma, configura:
a. Interpretação lógica.
b. Interpretação histórica.
c. Interpretação teleológica.
d. Interpretação restritiva.
e. Interpretação gramatical.

Analise as assertivas e assinale a alternativa correta:
I. A Zetética é o método de observar, analisar e atuar perante o Direito segundo orientações por casos concretos ocorridos anteriormente.
II. A Zetética implica na oposição à teoria da Dogmática do Direito, o que significa que qualquer paradigma possa ser investigado e indagado.
a. I e II são falsas.
b. Somente I é verdadeira.
c. Somente II é verdadeira.
d. I e II são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
e. I e II são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira.

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Questões resolvidas

Para os romanos, o conceito de hermenêutica passou para interpretatio, devido aos trabalhos dos Prudentes; que, por sua vez, não se contentavam em entender o texto de lei, mas buscavam compreender o seu significado nos efeitos práticos produzidos na vida das pessoas. No trecho acima, estamos nos referindo:
a. À jurisprudência.
b. À mitologia.
c. Aos oráculos.
d. Aos Comentadores.
e. À lei.

Na interpretação pública administrativa a interpretação é realizada pelos membros do Poder Executivo
Assinale a alternativa correta:
A interpretação pública administrativa é aquela decorrente do direito consuetudinário, ou seja, da prática reiterada dos costumes.
A as duas assertivas são falsas.
B a primeira assertiva é falsa e a segunda é verdadeira.
C a primeira assertiva é verdadeira e a segunda é falsa.
D as duas assertivas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
E as duas assertivas são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira.

A interpretação que busca alcançar a finalidade para a qual a norma foi criada, buscando uma destinação que atenda à obtenção do bem comum, respeitando-se os valores sociais a que se destina a norma, configura:
a. Interpretação lógica.
b. Interpretação histórica.
c. Interpretação teleológica.
d. Interpretação restritiva.
e. Interpretação gramatical.

Analise as assertivas e assinale a alternativa correta:
I. A Zetética é o método de observar, analisar e atuar perante o Direito segundo orientações por casos concretos ocorridos anteriormente.
II. A Zetética implica na oposição à teoria da Dogmática do Direito, o que significa que qualquer paradigma possa ser investigado e indagado.
a. I e II são falsas.
b. Somente I é verdadeira.
c. Somente II é verdadeira.
d. I e II são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
e. I e II são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira.

Prévia do material em texto

Prof. Me. Justino Netto
UNIDADE I
Hermenêutica
 Hermenêutica Jurídica 
 Interpretação ?
 Integração ??
 Aplicação ???
Metodologia própria da ciência jurídica !! 
Aspectos Históricos e Filosóficos
Origem: 
 a palavra hermenêutica tem origem grega 
hermeneuein, tida como a filosofia da 
interpretação, sendo relacionada ao deus 
grego Hermes (Ἑρμής), o qual traduzia 
tudo o que a mente humana não compreendesse.
Hermenêutica jurídica – aspectos históricos e filosóficos
Fonte: Hermes – Wikipédia, a enciclopédia 
livre pt.wikipedia.org
https://www.google.com/imgres?imgurl=https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/8/84/Hermes_Logios_Altemps_Inv8624_n2bb.jpg/250px-Hermes_Logios_Altemps_Inv8624_n2bb.jpg&imgrefurl=https://pt.wikipedia.org/wiki/Hermes&docid=wlhespMQ1JLaaM&tbnid=USU0bLmgW0OGqM:&vet=10ahUKEwimvZvvyfTjAhVQI7kGHab8B_YQMwhRKAAwAA..i&w=250&h=358&bih=907&biw=1680&q=deus%20hermes%20imagens&ved=0ahUKEwimvZvvyfTjAhVQI7kGHab8B_YQMwhRKAAwAA&iact=mrc&uact=8
 Nem sempre a importância da hermenêutica foi reconhecida como essencial !!! 
 Plantão a colocava num segundo plano, pois as palavras estavam abaixo do plano 
das ideias.
 Já para Aristóteles a hermenêutica é amplamente estudada em sua obra 
Peri hemeneias com estudos sobre conceitos e realidade por meio de 
abstrações mentais. 
Logo, a hermenêutica é uma derivação da 
lógica preocupada com a relação entre a 
linguagem e o pensamento humano.
Evolução histórica: 
hermenêutica possuiu alguns significados diferentes 
de acordo com o tempo, 
passando de
“compreender o significado do mundo”
até chegar à 
“teoria científica da arte de interpretar”.
 Da Roma antiga à Baviera do Século XIX !!!!!
Na Roma antiga o Imperador Justiniano determinou que: 
“quem quer que seja que tenha a ousadia de aditar algum comentário a 
esta nossa coleção de leis ... Seja cientificado de que não só pelas leis seja 
considerado réu futuro de crime de falso, como também de que o que 
tenha leis seja escrito, se apreenda e de todos os modos se destrua”
(Corpus Juris Civilis, par. 21)
Fonte: Mosaico com imagem de Justiniano
na Basílica de São Vital em Ravena in
https://pt.wikipedia.org/wiki/Justiniano 
 Romanos: passaram do conceito de hermenêutica para o conceito de interpretação 
(interpretatio).
 Prudentes: não se contentavam em entender o texto da lei, mas buscavam 
compreender o seu significado nos efeitos práticos produzidos na vida das 
pessoas, formando a jurisprudência (juris prudente).
 Comentadores: estudiosos que passaram a interpretar o Direito Romano de forma 
mais livre, buscando soluções para casos concretos baseados no conjunto da obra 
(Corpus Iuris Civilis), e não apenas em partes específicas 
de seu texto. Faziam interpretação com base filosófica, 
associando o Direito à ética e à justiça.
 Na Baviera do século XIX em plena “época das codificações” modernas tratava-se 
essa temática com taxativa clareza !!!!
O então famoso “Código da Baviera de 1841” 
determinava a proibição expressa da interpretação de 
suas normas.
 Hoje o Direito como ciência e a própria Sociedade têm a necessidade de 
interpretação das normas jurídicas mesmo em relação às normas tidas por claras. 
 Assim o antigo brocardo latino “in claris cessat interpretatio” (dispensa-se a 
interpretação quando o texto é claro) não deve ser utilizado hoje. 
Porque a interpretação é sempre necessária, sejam 
obscuras ou claras as palavras da lei ou de qualquer 
outra norma jurídica.
In claris cessat interpretativo x interpretação obrigatória
Para os romanos o conceito de hermenêutica passou para interpretatio, devido aos
trabalhos dos Prudentes; que, por sua vez, não se contentavam em entender o texto
de lei, mas buscavam compreender o seu significado nos efeitos práticos produzidos
na vida das pessoas.
No trecho acima, estamos nos referindo:
a) À jurisprudência.
b) À mitologia.
c) Aos oráculos.
d) Aos Comentadores.
e) À lei.
Interatividade
Para os romanos o conceito de hermenêutica passou para interpretatio, devido aos
trabalhos dos Prudentes; que, por sua vez, não se contentavam em entender o texto
de lei, mas buscavam compreender o seu significado nos efeitos práticos produzidos
na vida das pessoas.
No trecho acima, estamos nos referindo:
a) À jurisprudência.
b) À mitologia.
c) Aos oráculos.
d) Aos Comentadores.
e) À lei.
Resposta
 Teólogos judeus, cristãos e islâmicos aplicavam constantemente a interpretação 
das questões religiosas. 
 Portanto a hermenêutica mantém estrita ligação com a interpretação de textos 
religiosos ao se relacionar com a “Bíblia”, sendo aplicada desde a época dos 
patriarcas do judaísmo, passando pela teologia medieval, a reforma protestante, 
até a teologia moderna.
 Logo, as mais variadas escolas e correntes da exegese 
bíblica se preocupam com a temática da interpretação no 
presente momento.
O campo teológico
 Campo jurídico: é usada para a interpretação fidedigna da ideia do legislador para 
que seja adequada a norma ao fato ocorrido e assim proporcione uma responsável 
aplicação do Direito.
 Hermenêutica contemporânea: surgiu com o movimento humanista, baseado na 
racionalidade, que se iniciou com os Comentadores, que foi reforçado não só pelo 
Humanismo, mas também pelo Iluminismo, com foco de estudo na razão, de base 
essencialmente filosófica.
Filósofos: 
Friedrich Schleiermacher, Wilhelm Dilthey,
Martin Heidegger e Hans-Georg Gadamer.
O campo jurídico e a hermenêutica contemporânea
 Schleiermacher: Século XIX (pai da moderna hermenêutica) 
 Formulou um sistema de cânones interpretativos que permitem uma prática de 
desenvolvimento. Permitiu ao intérprete ignorar o conteúdo específico de uma obra 
em apreço, inserindo-o em um contexto para sua interpretação. 
 Seria necessário abandonar a literalidade da interpretação gramatical, uma vez 
que o intérprete deve considerar as circunstâncias concretas que influenciaram a
elaboração do texto, recriando a mente do autor de acordo 
com os influxos sociais que marcaram a sua existência.
Hermenêutica jurídica – aspectos históricos e filosóficos
Dilthey: 
 A experiência concreta, histórica e viva passa a ser o ponto de partida e o ponto de 
chegada do conhecimento humano. 
 Logo no domínio das ciências do espírito, a historiografia tem um caráter 
individualizante e tende a ver o universal no particular. 
 A filosofia se torna uma das estruturas que constituem 
uma civilização e o trabalho do historiador seria 
precisamente captar as relações que, em uma sociedade, 
ligam as diferentes manifestações do mundo cultural.
Hermenêutica jurídica – aspectos históricos e filosóficos
Heidegger: 
 De suma importância para o seu método fenomenológico e hermenêutico os 
conceitos estudados. O método vai diretamente ao fenômeno, procedendo à sua 
análise, pondo a claro o modo da sua manifestação. 
 Portanto a compreensão passa a ser visualizada não como um ato cognitivo de 
um sujeito dissociado do mundo, mas como um prolongamento essencial da 
existência humana. 
Compreender é um modo de estar, antes de configurar-se 
como um método científico.
Hermenêutica jurídica – aspectos históricos e filosóficos
Gadamer: 
 A hermenêutica é uma teoria da compreensão em que o contexto histórico 
presente é sempre algo determinante na atividade interpretativa do objeto. Em 
sua obra Verdade e Método, assegura que a hermenêutica não é um método 
para se chegar à verdade e que o problema hermenêutico não é, por sua vez, 
um problema de método. 
 A hermenêutica não seria uma metodologia das ciências 
humanas, mas uma tentativa de compreendê-las. Afirma 
que a compreensão das coisas e a correta interpretação 
não se restringem à ciência, mas à experiência humana.
Hermenêutica jurídica – aspectos históricos e filosóficos
Na interpretação pública administrativa a interpretação é realizada pelos membros do 
Poder ExecutivoPORQUE
A interpretação pública administrativa é aquela decorrente do direito consuetudinário, 
ou seja, da prática reiterada dos costumes.
Assinale a alternativa correta:
a) As duas assertivas são falsas.
b) A primeira assertiva é falsa e a segunda é verdadeira.
c) A primeira assertiva é verdadeira e a segunda é falsa.
d) As duas assertivas são verdadeiras e a 
segunda justifica a primeira.
e) As duas assertivas são verdadeiras e a 
segunda não justifica a primeira.
Interatividade
Na interpretação pública administrativa a interpretação é realizada pelos membros do 
Poder Executivo
PORQUE
A interpretação pública administrativa é aquela decorrente do direito consuetudinário, 
ou seja, da prática reiterada dos costumes.
Assinale a alternativa correta:
a) As duas assertivas são falsas.
b) A primeira assertiva é falsa e a segunda é verdadeira.
c) A primeira assertiva é verdadeira e a segunda é falsa.
d) As duas assertivas são verdadeiras e a 
segunda justifica a primeira.
e) As duas assertivas são verdadeiras e a 
segunda não justifica a primeira
Resposta
 A hermenêutica jurídica relaciona-se com a ciência da interpretação da linguagem 
jurídica, a qual tem por objetivos sistematizar princípios e regras. 
 Por sua vez a interpretação é um processo de definição do sentido e alcance das 
normas jurídicas. 
 Interpretar, dessa forma, é dar o verdadeiro significado da norma, ou seja, é 
buscar o seu sentido e alcance.
De acordo com o artigo 5º da LINDB:
“Na aplicação da lei o juiz atenderá aos fins sociais a que
ela se dirige e às exigências do bem comum”.
Aspectos Técnicos: 
 Toda norma necessita ser interpretada, mesmo que seu conteúdo seja claro, não 
se aplicando, portanto, o princípio in claris cessat interpretatio, ou seja, quando a 
norma for clara prescinde-se de interpretação. 
A interpretação se ocupa de:
a) conferir a aplicabilidade da norma jurídica às relações sociais.
b) estender o sentido da norma às relações novas.
c) dar o alcance do preceito normativo para que corresponda às 
necessidades sociais.
d) garantir intersubjetividade, uma vez que o 
intérprete e o legislador dão sentido a um 
significado objetivamente válido.
A interpretação e sua ocupação:
 Logo, a função do intérprete está em determinar o sentido exato e a extensão da 
forma normativa. Ocorre a denominada divisão das “espécies de interpretação”:
a) quanto ao agente; b) quanto à natureza; c) quanto aos efeitos.
No que toca ao agente que interpreta a lei temos as seguintes formas de 
interpretação:
→ Pública: a) autêntica; b) judicial; c) administrativa; d) casuística 
→ Privada: a) jurisperito (doutrinária)
Espécies de Interpretação:
No que toca à natureza, temos as seguintes formas de interpretação:
a) gramatical; b) lógica; c) histórica; d) sistemática; d) teleológica
No que toca aos efeitos, temos as seguintes formas de interpretação:
a) extensão: extensiva, declarativa e restritiva.
b) interpretação modificativa
c) interpretação ab-rogante
Espécies de Interpretação:
Função do intérprete: 
Importância do intérprete 
está em determinar 
o sentido exato
e a extensão 
da forma normativa. 
Analise o trecho do seguinte julgado:
Configura constrangimento ilegal a continuidade da persecução penal militar por fato 
julgado pelo Juizado Especial de Pequenas Causas, com decisão penal definitiva. 
A decisão que declarou extinta a punibilidade em favor do Paciente, ainda que 
prolatada com suposto vício de incompetência de juízo, é suscetível de trânsito em 
julgado e produz efeitos. A adoção do princípio do ne bis in idem pelo ordenamento 
jurídico penal complementa os direitos e as garantias individuais previstos pela 
Constituição da República, cuja interpretação [...] leva à conclusão de que o direito à 
liberdade, com apoio em coisa julgada material, prevalece sobre o dever estatal de 
acusar. (HC 86.606, Rel. Min. Carmen Lúcia, j. 22-5-07).
Interatividade
Verifica-se que a interpretação dada ao julgado concluiu pela supremacia da norma 
constitucional, examinando a norma não mais no seu aspecto intrínseco, mas sim, 
na sua relação com as demais normas do ordenamento jurídico que compõem um 
sistema de normas positivas.
Assinale a alternativa correta:
a) Trata-se da interpretação sistemática.
b) Trata-se da interpretação lógico-jurídico.
c) Trata-se da interpretação teleológica.
d) Trata-se da interpretação extensiva.
e) Trata-se da interpretação modificativa.
Interatividade
Verifica-se que a interpretação dada ao julgado concluiu pela supremacia da norma 
constitucional, examinando a norma não mais no seu aspecto intrínseco, mas sim, 
na sua relação com as demais normas do ordenamento jurídico que compõem um 
sistema de normas positivas.
Assinale a alternativa correta:
a) Trata-se da interpretação sistemática.
b) Trata-se da interpretação lógico-jurídico.
c) Trata-se da interpretação teleológica.
d) Trata-se da interpretação extensiva.
e) Trata-se da interpretação modificativa.
Resposta
No que toca ao agente que interpreta a lei, temos as seguintes formas 
de interpretação:
Pública - - Privada 
 Pública: poder ser autêntica, judicial, administrativa e casuística. 
 Privada: jurisperito
Assim temos:
 Pública autêntica: esse tipo de interpretação provém 
do próprio legislador, em que a norma interpretadora 
tem a mesma legitimação e o mesmo poder de 
incidência da norma interpretada.
Interpretação quanto ao agente
 Pública judicial: é aquela realizada pelos próprios órgãos do Poder Judiciário, ou 
seja, pelos magistrados e pelos Tribunais (ex.: Supremo Tribunal Federal).
 Pública administrativa: é aquela realizada pelos membros do Poder Executivo 
ou, ainda, pelos membros da Administração Pública, por intermédio de 
regulamentações ou soluções de casos concretos (ex.: portarias).
 Pública casuística: é aquela proveniente do Direito consuetudinário (costumes).
 Privada: jusperito é também conhecida como 
interpretação doutrinária ou doutrinal. Materializa-se por 
meio de tratados, pareceres, comentários, preleções.
Interpretação quanto ao agente
No tocante à natureza, temos as seguintes formas de interpretação:
 Gramatical: o intérprete busca primeiramente verificar o sentido dos vocábulos e a 
sua correspondência com a realidade, priorizando sentido técnico. Esse tipo de 
interpretação diz respeito apenas a um primeiro momento do processo de 
interpretação e integração da norma. 
 Lógica: interpretação que busca o sentido e o alcance da 
norma dentro do seu contexto, tal como o momento 
histórico em que foi criada, bem como a ideia de virtude 
normativa da norma (efetividade da norma).
Interpretação quanto à natureza
 Histórica: tem por fim esclarecer e interpretar a norma mediante uma verdadeira 
reconstrução do seu conteúdo significativo de origem no momento em que foi 
criada, assim como circunstâncias que a precederam (projeto de lei). 
 Sistemática: é aquela que procura examinar a norma, não mais no seu aspecto 
intrínseco, ou seja, interno, mas a sua relação com as demais normas do 
ordenamento jurídico que compõem um sistema de normas positivas.
 Teleológica: busca alcançar a finalidade para a qual a 
norma foi criada. Portanto, busca-se com a interpretação 
uma destinação que atenda à obtenção do bem 
comum, respeitando-se os valores sociais a que 
se destina a norma.
Interpretação quanto à natureza
No que toca aos efeitos, temos as seguintes formas de interpretação 
quanto à extensão:
 Extensiva: conclui-se que a norma sob análise disse menos do que deveria dizer, 
ou seja, estende-se a sua aplicação para outras situações não mencionadas na 
norma em análise. 
 Declarativa: o intérprete dá à norma uma interpretação coincidente exatamente 
com o seu texto, nem ampliando e nem reduzindo a sua aplicação.
 Restritiva: atribui-se à norma um alcance menor do que 
aquele previsto originariamente no texto.Interpretação quanto aos efeitos
 Interpretação Modificativa: pode ser de duas espécies: atualizadora e corretiva
 Na interpretação modificativa atualizadora o intérprete se vê na necessidade de 
atualizar a norma diante de uma nova realidade que não foi prevista pelo 
legislador, quando da edição da norma. Decorre da interpretação teleológica!
 Na interpretação modificativa corretiva, a fim de evitar a antinomia, o sentido de 
uma das normas é alterado a fim de que ela possa compatibilizar-se no 
ordenamento jurídico. Decorre da interpretação sistemática!
Interpretação quanto aos efeitos
 Interpretação Ab-rogante: se aplica quando o preceito normativo é mal 
construído e não se consegue aludir com clareza mínima as hipóteses que se 
pretende alcançar com a norma.
 Portanto em face da incompatibilidade absoluta e irredutível entre dois preceitos 
legais o operador deve decidir de imediato para sanar a contradição inclusive com 
a eliminação de uma das regras e aplicação da outra (ab-rogação simples) ou até 
mesmo a eliminação das duas em casos extremos e aplicação de uma terceira 
(dupla ab-rogação).
Interpretação quanto aos efeitos
A interpretação que busca alcançar a finalidade para a qual a norma foi criada, 
buscando uma destinação que atenda à obtenção do bem comum, respeitando-se os 
valores sociais a que se destina a norma, configura:
a) Interpretação lógica.
b) Interpretação histórica.
c) Interpretação teleológica.
d) Interpretação restritiva.
e) Interpretação gramatical.
Interatividade
A interpretação que busca alcançar a finalidade para a qual a norma foi criada, 
buscando uma destinação que atenda à obtenção do bem comum, respeitando-se os 
valores sociais a que se destina a norma, configura:
a) Interpretação lógica.
b) Interpretação histórica.
c) Interpretação teleológica.
d) Interpretação restritiva.
e) Interpretação gramatical.
Resposta
ATÉ A PRÓXIMA!
Prof. Me. Justino Netto
UNIDADE II
Hermenêutica
 A hermenêutica jurídica relaciona-se com a ciência da interpretação da linguagem 
jurídica, a qual tem por objetivos sistematizar princípios e regras. 
 Por sua vez, a interpretação é um processo de definição do sentido e alcance das 
normas jurídicas. 
 Interpretar, dessa forma, é dar o verdadeiro significado da norma, ou seja, é 
buscar o seu sentido e alcance.
De acordo com o artigo 5º da LINDB:
“Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que 
ela se dirige e às exigências do bem comum”.
Aspectos técnicos 
 Toda norma necessita ser interpretada, mesmo que seu conteúdo seja claro, não 
se aplicando, portanto, o princípio in claris cessat interpretatio, ou seja, quando a 
norma for clara prescinde-se de interpretação. 
A interpretação se ocupa de:
a) conferir a aplicabilidade da norma jurídica às relações sociais;
b) estender o sentido da norma às relações novas;
c) dar o alcance do preceito normativo para que 
corresponda às necessidades sociais;
d) garantir intersubjetividade, uma vez que o 
intérprete e o legislador dão sentido a um 
significado objetivamente válido.
A interpretação e sua ocupação
 Intérpretes do Direito: pode-se afirmar que a interpretação das normas jurídicas 
diante do caso concreto tem como intérpretes os “operadores do Direito”, dentre os 
quais, estão os doutrinadores e os juízes, cabendo a estes últimos a concretização 
da jurisdição.
 Interpretação jurisdicional: decorre do princípio da inafastabilidade da jurisdição, 
previsto no artigo 5º, inciso XXXV, da Constituição Federal. 
Trata-se de regra cogente direcionada ao
Poder Judiciário na busca por uma solução 
a todas as demandas, mesmo aquelas 
não regulamentadas pelo legislador.
Hermenêutica jurídica – ciência da interpretação
 Jurisprudência: como decisões reiteradas num mesmo sentido, capazes de criar 
um padrão normativo tendente a influenciar futuras decisões judiciais.
 Quem produz jurisprudência no dia a dia forense?
 A jurisprudência é dinâmica? Sim.
 Ex.: reconhecimento do furto famélico.
 A função criadora de Direito dos tribunais, que existe em todas as circunstâncias, 
surge com particular evidência quando um tribunal recebe competência para 
produzir também normas gerais através de decisões com força de precedentes.
 Podemos dizer que a atividade dos tribunais de criar normas gerais se assemelha 
à atividade legislativa do Poder Legislativo, reforçando o princípio da segurança 
jurídica.
A frase acima descrita é de:
a) Miguel Reale.
b) Hans Kelsen.
c) Gadamer.
d) Heidegger.
e) Schleiermacher.
Interatividade
 A função criadora de Direito dos tribunais, que existe em todas as circunstâncias, 
surge com particular evidência quando um tribunal recebe competência para 
produzir também normas gerais através de decisões com força de precedentes.
 Podemos dizer que a atividade dos tribunais de criar normas gerais se assemelha 
à atividade legislativa do Poder Legislativo, reforçando o princípio da segurança 
jurídica.
A frase acima descrita é de:
a) Miguel Reale.
b) Hans Kelsen.
c) Gadamer.
d) Heidegger.
e) Schleiermacher.
Resposta
Dogmática x Zetética
 Dogmática: pretende instaurar uma sociedade juridicamente segura, retirando 
parte da área de decisão do operador do Direito, que deve agir de maneira a 
respeitar os limites do que foi imposto pela legislação. 
A interpretação do jurista, dessa maneira, 
se submete à norma em vigor,
sem muito questioná-la.
Metodologia da Ciência da Hermenêutica Jurídica
Dogmática x Zetética
 Zetética: coloca o questionamento como posição fundamental, o que significa que
qualquer paradigma pode ser investigado e indagado.
Utiliza também fontes secundárias, como Sociologia, História, Geopolítica. 
(visão mais ampla e completa!)
 Máximas da experiência: juiz poderá socorrer-se do senso comum, valendo-se de 
conhecimentos que devem estar fundados naquilo que comumente ocorre na 
sociedade. Trata-se de recurso tradicional de controle da atividade jurisdicional, 
prevista no NCPC, artigo 375, que dispõe: 
 “O juiz aplicará as regras de experiência comum subministradas pela observação 
do que ordinariamente acontece.”
 Discricionariedade: está ligada ao poder que as autoridades judiciárias têm de agir 
com certa liberdade, optando pela melhor interpretação do 
texto legal, tendo em vista a realização de seus valores e 
fins, figurando tal opção hermenêutica como o resultado do 
exercício de um poder discricionário.
Hermenêutica jurídica – ciência da interpretação
Analise as assertivas e assinale a alternativa correta:
I. A Zetética é o método de observar, analisar e atuar perante o Direito segundo 
orientações por casos concretos ocorridos anteriormente.
II. A Zetética implica na oposição à teoria da Dogmática do Direito, o que significa 
que qualquer paradigma possa ser investigado e indagado.
a) I e II são falsas.
b) Somente I é verdadeira.
c) Somente II é verdadeira.
d) I e II são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira.
e) I e II são verdadeiras, e a segunda não 
justifica a primeira.
Interatividade
Analise as assertivas e assinale a alternativa correta:
I. A Zetética é o método de observar, analisar e atuar perante o Direito segundo 
orientações por casos concretos ocorridos anteriormente.
II. A Zetética implica na oposição à teoria da Dogmática do Direito, o que significa 
que qualquer paradigma possa ser investigado e indagado.
a) I e II são falsas.
b) Somente I é verdadeira.
c) Somente II é verdadeira.
d) I e II são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira.
e) I e II são verdadeiras, e a segunda não 
justifica a primeira.
Resposta
 Integração do Direito: é um processo de preenchimento das lacunas das leis, a fim 
de que se possa dar sempre uma resposta jurídica àquele que procura o judiciário 
(jurisdicionado).
 Na autointegração, pode-se dizer que é o 
aproveitamento de elementos do próprio 
ordenamento jurídico. 
 Já a heterointegraçãoé a aplicação das normas que 
não participam da legislação, como as regras 
estrangeiras.
Modos de Integração do Direito
No Brasil, de acordo com o artigo 4º da LINDB (Lei de Introdução às Normas do 
Direito Brasileiro), temos:
“Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os 
costumes e os princípios gerais de Direito.”
Existe tal norma porque o legislador não tem como abarcar todos os tipos de conflito 
possíveis em uma sociedade, de modo que lacunas vão existir!
O referido artigo de lei nos traz as formas de integração, quais sejam: 
 a analogia;
 os costumes;
 os princípios gerais de Direito.
Integração Normativa
Considere as seguintes assertivas a respeito das lacunas:
I. A lacuna caracteriza-se não só quando a lei é completamente omissa em 
relação ao caso, mas igualmente quando o legislador deixa o assunto a 
critério do julgador.
II. Há uma lacuna na lei quando determinado caso é previsto na lei diretamente, 
porém com insuficiência verbal, através de uma impropriedade de linguagem.
Assinale a alternativa correta:
a) I e II são falsas.
b) Somente I é verdadeira.
c) Somente II é verdadeira.
d) I e II são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira.
e) I e II são verdadeiras, e a segunda não justifica a 
primeira.
Interatividade
Considere as seguintes assertivas a respeito das lacunas:
I. A lacuna caracteriza-se não só quando a lei é completamente omissa em 
relação ao caso, mas igualmente quando o legislador deixa o assunto a 
critério do julgador.
II. Há uma lacuna na lei quando determinado caso é previsto na lei diretamente, 
porém com insuficiência verbal, através de uma impropriedade de linguagem.
Assinale a alternativa correta:
a) I e II são falsas.
b) Somente I é verdadeira.
c) Somente II é verdadeira.
d) I e II são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira.
e) I e II são verdadeiras, e a segunda não 
justifica a primeira.
Resposta
 É o processo no qual o julgador aplica a um caso não previsto aquilo que o 
legislador prévio definiu para outro semelhante em igualdade de razões.
 A integração ocorre por meio da comparação (paradigma).
Espécies de Analogia
 Analogia legis: consiste na aplicação de uma regra jurídica existente a caso 
semelhante, não previsto pelo legislador.
 Analogia juris: sugere um processo mais amplo, porque não encontrando regra 
jurídica que regulamente caso semelhante, ao julgador se 
permite, com suporte em diversas regras jurídicas, 
disciplinadoras de um instituto semelhante, descobrir o 
preceito aplicável ao caso não previsto, pela combinação de 
muitos outros.
Analogia 
 São postulados que norteiam o ordenamento jurídico! 
 São enunciações normativas de valor genérico, que condicionam e orientam a 
compreensão do ordenamento jurídico em sua aplicação e integração, ou mesmo 
para a elaboração de novas normas. 
 Funções dos Princípios Gerais de Direito
 Informadora, ou seja, serve de inspiração ao legislador e de fundamento para o 
ordenamento jurídico;
 Normativa, atuando como fonte supletiva, na ausência da 
lei, nesse caso constituindo meio de integração do Direito; 
 Interpretadora, para orientar o intérprete ou o julgador.
Princípios Gerais de Direito 
 Enquanto fontes do Direito, os costumes tratam de comportamentos reiterados
dos quais podemos extrair normas.
 Podem ser normas secundum legem, praeter legem e contra legem.
 No secundum legem, o legislador não disciplina a matéria e remete aos costumes 
(verdadeira opção legislativa). 
Ex.: artigo 113 do Código Civil.
 Depois, como praeter legem, quando o costume não é previsto pela lei nem por ela 
proibido, pode ser utilizado enquanto mecanismo de preenchimento da lacuna, 
permitindo ao juiz redigir uma sentença em conformidade com ele. Verdadeiro 
método integrativo!
Ex.: Súmula nº 370 do STJ que trata do cheque pré-datado.
 Finalmente, contra legem diz respeito a integrar contra a 
lei!
Costumes
Quanto ao modo de sua elaboração, a Constituição, sistematizada em ideias e 
princípios fundamentais de teoria política e do Direito dominante no momento de 
confecção, denomina-se:
a) Flexível. 
b) Formal.
c) Outorgada.
d) Dogmática.
e) Informal.
Interatividade
Quanto ao modo de sua elaboração, a Constituição, sistematizada em ideias e 
princípios fundamentais de teoria política e do Direito dominante no momento de 
confecção, denomina-se:
a) Flexível. 
b) Formal.
c) Outorgada.
d) Dogmática.
e) Informal.
Resposta
ATÉ A PRÓXIMA!

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