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FORMAS CLÍNICAS E LESÕES 
Indeterminada Tuberculoide Dimorfa 
Tuberculoide 
Dimorfa 
Dimorfa 
Dimorfa dimorfa 
virchowiana 
Virchowiana 
Fase inicial 
pode acometer criança 
Melhor imunidade 
pode acometer criança. 
incubação até 5 anos. 
 Acomete muito 
homens, principalmente 
nos testículos. 
áreas palmoplantares 
 
Placa 
 
 
Placa + Nódulo 
DX tardio, por perda da 
sensibilidade tardia 
 
Paucibacilar Paucibacilar Multibacilar Multibacilar Multibacilar Multibacilar Multibacilar 
 Lesões únicas até 5 cm Maior que 5 cm 
ou 
lesão satélite 
disseminadas e não 
infiltradas 
Ex: raquete (trajeto de um 
nervo) 
 Ex: infiltração por toda a 
face e espessamento de 
nervo 
→ Maculas hipocrômicas com 
limites pouco definidos; 
→ Alteração de sensibilidade; 
→ Alt. da pilificação; 
→ Alt. da sudorese; 
→ pode cursar sem macula e 
com alt. da sensibilidade/ 
sudorese/pilificação. 
→ Eritematosas infiltradas 
(granulomas) 
→ Alterações pronunciadas 
de sensibilidade (muito maior 
que na forma indeterminada). 
→ menos frequentemente 
um único nervo espessado 
com perda total de 
sensibilidade 
 
→lesão principal 
somada a uma lesão 
secundaria 
(satélite), 
→Lesões 
Foveolares 
disseminadas (lesões 
que apresentam o 
bordo mais infiltrado 
e o centro mais claro, 
como se tivesse sido 
escavado). “escavação” 
“queijo suíço” 
→Manchas avermelhadas 
ou esbranquiçadas, com 
bordas elevadas, mal 
delimitadas na periferia, ou 
por múltiplas lesões bem 
delimitadas semelhantes à 
lesão tuberculóide, porém a 
borda externa é esmaecida 
(pouco definida). 
→Grande placa infiltrada, 
infiltrando todo o trajeto do 
plexo braquial, (distribuição 
zosteriforme.) 
→TUBÉRCULOS, LESÕES 
QUELOIDIFORMES. 
→ quando apresenta placas 
+ nódulos classificamos 
como D – virchowiana. 
 
→ sem placas, e as vezes 
nem nódulos visíveis, só 
encontramos infiltrações, 
em regiões frias, como 
orelha e joelhos. 
→ Espessamento N. 
auricular magno 
→hansenomas, que são 
lesões nodulares. 
 
a baciloscopia 
frequentemente 
é negativa. 
a baciloscopia 
frequentemente 
é negativa. 
 baciloscopia 
frequentemente positiva 
(borda infiltrada das lesões) 
 
 Variante: nodular da infância 
 
→ Crianças de colo com 
nódulo totalmente 
anestésico na face ou tronco 
(hanseníase nodular da 
infância). 
 
 Variante: Históide 
 
→ hansenomas, similar a 
queloides(queloideformes) 
associada a uma pele 
infiltrada, com aspecto de 
casca de laranja. 
→ou fibromatosas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
OUTRAS FORMAS CLÍNICAS E LESÕES CLASSIFICAÇÃO OPERACIONAL 
Neural pura ou primária: De Lúcio: Paucibacilares: Multibacilares: 
não é subdivisão. É uma forma de apresentação 
sem acometimento cutâneo. Nesse caso o 
acometimento é puramente neural. Pode confundir 
com síndrome do túnel do carpo. são pacientes que 
não desenvolvem lesões dermatológicas, só 
desenvolvem lesões 
neurais de tronco 
nervoso. Reabsorção de 
falanges, osteomielite, 
ulceras nos pés, etc. 
 
encontrada mais no 
México. Normalmente 
não faz lesão. Anérgico 
 
• Indeterminada 
• Tuberculóide 
• Nodular infantil 
 
• Dimorfo-tuberculoide 
• Dimorfo-dimorfo 
• Dimorfo-virchowiana 
• Virchowiana 
• Neural 
• Históide 
• Lúcio 
 
OBS: dimorfo = borderline OBS: na hanseníase tuberculoide quando 
não visualizamos bacilos é uma lesão presuntiva e não confirmatória 
de hanseníase. OBS: Tuberculoide é a fase que cursa com mais 
inflamação. OBS: todas as lesões da hanseníase cursam com 
alteração da sensibilidade, e quanto maior a reação inflamatória 
mais evidente é a alteração sensitiva. OBS: A primeira sensibilidade 
a ter alteração é a sensibilidade térmica (tubos de ensaio quente e 
frio), seguida pela dolorosa (agulha) e posteriormente a tátil 
(chumaço de algodão). (Alt. dolorosa: 1. Hiperestesia 2. Hipoestesia 
3. Anestesia). OBS: acometimento nervos ULNAR → MEDIANO → 
RADIAL. OBS: faz percussão do nervo mediano → sinal de tinel. OBS: 
Atrofia adutores do dedão representa acometimento nervo radial 
= o radial é o último acometido, por tanto existe comprometimento 
ulnar mediano e radial! OBS: A coloração utilizada é a de Ziehl-
Neelsen que se utiliza da fuccina e azul de metileno como corantes 
OBS: 6+ = mais de 1000 por campo = Hanseníase de lúcio OBS: 
ATENÇÃO! Os esfregaços de raspado intradérmico são positivos 
apenas na hanseníase MULTIBACILAR!! OBS: HE: não visualiza 
bacilos, só observa alterações SUGESTIVAS de hanseníase EX: TT 
(tuberculoide) = Granulomas // EX: LL (Virchowiana) = infiltrado 
inflamatório. Fite-Faraco: modificação do teste de Ziehl Neelsen. 
OBS: Avaliação resistência medicamentosa rifampicina, quinolona e 
dapsona (por PCR). OBS: Elisa ANTI-PGL1 
IMUNIDADE ADAPTATIVA 
Reconhecido pelo linfócito TCD4 (T help) Reconhecido pelo linfócito TCD8 (ou linfócitos B) 
ativando a via imunológica TH1 ativando a via imunológica TH2 
Citocinas: IFN-gama e linfotoxina alfa 
Células: Macrófagos (fagocitose) 
Citocinas: L-4, 5, 6 e 10. 
Células: Eosinófilos e mastócitos (ineficaz) 
Resposta granulomatosa Produção de anticorpos (imunoglobulinas), 
é incapaz de livrar o corpo da infecção, 
pois o bacilo é um parasita intracelular obrigatório. 
Paucibacilar Multibacilar 
Melhor resposta imunológica frente a hanseníase 
 
No histopatológico podemos encontrar granulomas 
e um infiltrado perineural de células inflamatórias, 
com a visualização de pouco ou até nenhum bacilo. 
Os macrófagos ao invés de destruí-los se tornam 
local para multiplicar os bacilos. A partir do 
momento em que os macrófagos rompem, os 
bacilos se agrupam em globias no meio extracelular. 
Outras células atingidas são também as células de 
Schwann 
Baciloscopia geralmente negativa (raspado do 
LD,LE,CD,L com coloração de Ziehl-Neelsen) 
Baciloscopia geralmente positiva (raspado do LD, LE, 
CD, L com coloração de Ziehl-Neelsen) 
Microscopia H.E.: TT (tuberculoide) = Granulomas M.O. H.E.: LL (Virchowiana) = infiltrado inflamatório 
(macrófagos vacuolizados = células fantasmas de 
virchow). Zona de Grenz ou Unna = pacientes com 
hanseníase virchowiana e as vezes vê em borderline 
virchowiano 
Fite-Faraco: não ver bacilos M.O. Fite-Faraco: corte tecidual = Globias = 
aglomerado bacilar em doentes avançados 
NERVO TRIGÊMEO: ramo 
oftálmico do nervo trigêmeo e o 
nervo facial 
NERVO 
AURICULA
R MAGNO: 
NERVO ULNAR: NERVO 
MEDIANO: 
NERVO RADIAL: NERVO FIBULAR 
COMUM E 
SUPERFICIAL: 
NERVO TIBIAL 
POSTERIOR: 
teste do reflexo córneo-palpebral. O 
reflexo de piscar os olhos tem como via 
aferente o nervo trigêmeo e como via 
eferente o nervo facial. 
Como executar o 
teste/sinal de 
Bell: Com um 
chumaço de 
algodão toca a 
córnea do paciente → se tiver reflexo 
preservado ele vai piscar. SINAL DE 
BELL → Quando o nervo facial está 
comprometido, a oclusão ocular é 
incompleta (chamada de lagoftalmo). 
Observa-se 
o nervo 
espessado 
(só essa 
alteração). 
 
 
SINAL DE TINEL: dor 
e/ou parestesia no 
nervo acometido. 
 
Onde vai palpar? Um 
pouco mais acima 
seguindo a goteira 
epitrocleana (área do 
cotovelo que quando 
leva uma pancada 
parece um choque). 
 
SINAL DE TINEL. 
 
DX Diferencial: 
Quando temos 
apenas a 
inervação via 
túnel do carpo 
comprometida, só 
haverá alteração 
de sensibilidade 
nas pontas dos 
dedos; 
 
Vamos ter 
esses 
territórios 
inervados pelo 
ramo 
superficial 
(rosa) e o ramo profundo (verde). 
comprometimento sensitivo 
inicialmente e comprometimento 
motor mais tardialmente. 
 
Atrofia adutores do dedão 
representa acometimento 
nervo radial 
O nervo fibular comum 
vamos encontrar 
procurando na perna a 
cabeça da fíbula; vai 
abraçar a cabeça da 
fíbula para trás e vai 
encontrar tronco do 
nervo fibular comum 
 
O nervo fibular 
superficial espessado, 
vamos ver ladeando o 
maléolo lateral, 
→edema nos 
tornozelos. 
→ úlceras 
plantares(mal 
perfurante plantar 
– úlceras que 
paciente não sente 
e pode até chegar 
no osso). 
 
 
OUTROS: NERVO 
SURAL ENERVOS 
PLANTARES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REAÇÕES HANSÊNICAS: fenômenos de aumento da atividade da doença. Antes (10%) durante (50%) ou após (30%) a Poliquimioterapia. (PQT) 
FATORES PREDISPONENTES: Doenças dermatológicas; Vacinação; Intervenções médicas; Problemas odontológicos; Gravidez; Herpes/herpes zoster; · Uso de medicações que interferem no sistema imune 
(principalmente as que mexem mais com a quimiotaxia de neutrófilos– iodeto de potássio); Estresse físico e emocional e Puberdade. 
 TIPO 1 – TH1 – tuberculoide TIPO 2 – TH2 – virchowiana TIPO 1 e 2 
dimórficos 
VARIANTES 
→ DOWN-GRADING 
→ UP-GRADING 
 
Obs: Antígeno 85 (Ag85) = Multiplicação bacilar 
→ ERITEMA NODOSO HANSÊNICO – doloroso (hipoderme) MMII e MMSS principalmente – 
leucocitose e febre. Se ulcerar → eritema nodoso necrotizante (variante) 
 → ERITEMA NODOSO 
NECROTIZANTE 
→ FENÔMENO DE LÚCIO 
 
exacerbação das lesões pré-existentes e o aparecimento de 
novas. Os nervos periféricos também podem participar dessas 
reações, aumentando de volume e causando dor (neurite). 
Se caracterizam, na pele, pelo 
aparecimento súbito de NÓDULOS 
PROFUNDOS E DOLOROSOS. 
(hipodermite) 
 
OBS: hipoderme=nódulo. Na 
derme=placa. 
 
PÁPULAS e PLACAS ERITEMATOSAS, 
dolorosas, em todo o tegumento. Têm como 
localizações preferenciais, as orelhas, a 
superfície de extensão dos membros e regiões 
lombares. 
 
OBS: Quando são mais superficiais chamamos 
de eritema multiforme/polimorfo like-
reaction). 
 
 
ERITEMA NODOSO 
NECROTIZANTE 
 
FENOMENO DE LUCIO 
 
IRIDOCICLITE 
 
 
Outros: mãos e pés 
reacionais, aspecto de 
salsicha (não é edema 
porque não tem sinal de 
cacifo) tenossinovite. 
Suspeitar de reação hansênica tipo 1 se ocorrerem, sem mal 
estado geral do paciente, os seguintes sinais e sintomas: 
· as lesões de pele da hanseníase se tornarem mais 
avermelhadas e inchadas; e/ou · os nervos periféricos ficarem 
mais dolorosos; e/ou · houver piora dos sinais neurológicos de 
perda de sensibilidade ou perda de função muscular; e/ou · as 
mãos e pés ficarem inchados; e/ou · houver surgimento abrupto 
de novas lesões de pele até 5 anos após a alta medicamentosa 
FISIOPATOLOGIA: → Grande quantidade de bacilo (globias) → inicio do TTO → muitos 
bacilos destruídos → subproduto da destruição gera um complexo antígenoanticorpo 
(macromoléculas) → essas macromoléculas circulantes (as custas do aumento das citocinas), 
vão se depositar nas paredes dos capilares sanguíneos (principalmente na hipoderme) → 
destruição da vasculatura as custas de influxo de neutrófilos e enzimas proteolíticas → 
Clinicamente vai se expressar como uma paniculite. OBS: TNF-ALFA: responsável pelos 
sintomas de febre, astenia, leucocitose com desvio a esquerda etc. 
 
TTO – PREDNISONA: após o café da manhã (obedecer ao ritmo 
circadiano). 
 
OBS: →Abandono do TTO inferior a 4 sem = continuar com 
dosagem faltante →Superior a 4 sem = se houver remissão do 
estado reacional interromper, se há persistência ou piora do 
dano neural reiniciar a corticoterapia. 
OBS:→ conclusão da corticoterapia em TTO com PQT = avaliação 
neurológica mensal → após PQT em uso do corticoide = avaliar 
dentro de 3 meses e 6 meses após o final da corticoterapia. 
TALIDOMIDA: · Droga teratogênica · Droga efetiva no tratamento do Eritema Nodoso 
Hansênico e/ou Eritema polimorfo hansênico e/ou Hanseníase de lúcio · Obedece a legislação 
própria para a prescrição · Posologia: 100 a 400mg/dia, conforme a gravidade do quadro, em 
doses fracionadas. · Manter dosagem até obter resposta clínica · Fazer desmame progressivo 
· O tempo de tratamento é variável – meses ou até anos. OBS: continua reacionando tem que 
ter o ATB mantido. OBS: PENTOXIFILINA (IMUNOMODULADOR): em mulheres gestantes ou 
com desejo de engravidar (pois não podem usar talidomida). 
PREDNISONA: Situações especiais obrigam uso de corticoterapia isolada ou associada as 
demais drogas utilizadas na reação tipo 2: - Mulheres em idade fértil - Orquiepididimite e 
iridociclite - Mãos e pés reacionais - Nefrite - ENH necrotizante - Fenômeno de Lúcio 
OBS: prednisona + talidomida = fenômeno tromboembólico, e por isso tem que fazer AAS 
100mg/dia. 
CLOFAZIMINA: usada em reações hansênicas de difícil controle

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