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Questões resolvidas

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· Pergunta 1
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o texto a seguir.
(...) podemos dizer que o Projeto Político Pedagógico (PPP) é um documento que define diretrizes e metas de uma instituição de ensino a fim de que seu objetivo, a qualidade do processo educativo, seja alcançado.
O PPP traduz a identidade da escola. É um documento que expressa a cultura da escola, sua situação presente e os caminhos para melhorar.
Do exposto acima, é possível explicar por que esse documento tem essa nomenclatura, conforme descrito a seguir.
• Projeto – é um conjunto de ações planejadas para alcançar determinado objetivo.
• Político – a função social da escola, enquanto instituição de educação formal e espaço de convivência plural, é a formação de cidadãos.
• Pedagógico – enquanto recorte da educação, a escola é um espaço de práticas pedagógicas intencional (política): formação de um tipo de homem para um tipo de sociedade.
Disponível em . Acesso em 21 jul. 2025 (com adaptações).
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, avalie as afirmativas.
I. O Projeto Político Pedagógico (PPP) tem por objetivo nortear o processo de ensino e aprendizagem e as relações que acontecem no espaço escolar.
II. A construção do Projeto Político Pedagógico (PPP) envolve apenas os educadores do setor pedagógico, responsáveis pela definição da abordagem e dos métodos de ensino na escola.
III. O Projeto Político Pedagógico (PPP), uma exigência da LDB de 1996, é a carta identitária da escola e envolve o diagnóstico das potencialidades e dos desafios que a instituição enfrenta, bem como os objetivos que pretende alcançar.
É correto o que se afirma em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d. 
I e III, apenas.
	
	
	
· Pergunta 2
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o trecho a seguir, extraído da obra “Pedagogia da autonomia”, de Paulo Freire.
Por isso mesmo pensar certo coloca ao professor ou, mais amplamente, à escola, o dever de não só respeitar os saberes com que os educandos, sobretudo os das classes populares, chegam a ela – saberes socialmente construídos na prática comunitária – mas também, como há mais de trinta anos venho sugerindo, discutir com os alunos a razão de ser de alguns desses saberes em relação com o ensino dos conteúdos. Por que não aproveitar a experiência que têm os alunos de viver em áreas da cidade descuidadas pelo poder público para discutir, por exemplo, a poluição dos riachos e dos córregos e os baixos níveis de bem-estar das populações, os lixões e os riscos que oferecem à saúde das gentes? Por que não há lixões no coração dos bairros ricos e mesmo puramente remediados dos centros urbanos? Esta pergunta é considerada em si demagógica e reveladora da má vontade de quem a faz. É pergunta de subversivo, dizem certos defensores da democracia. Por que não discutir com os alunos a realidade concreta a que se deva associar a disciplina cujo conteúdo se ensina, a realidade agressiva em que a violência é a constante e a convivência das pessoas é muito maior com a morte do que com a vida? Por que não estabelecer uma necessária “intimidade” entre os saberes curriculares fundamentais aos alunos e a experiência social que eles têm como indivíduos? Por que não discutir as implicações políticas e ideológicas de um tal descaso dos dominantes pelas áreas pobres da cidade?
                                               FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, avalie as afirmativas.
I. Paulo Freire defende a ideia de que, na educação, não deve haver hierarquia de saberes.
II. A visão do educador, expressa no texto, adere à perspectiva tradicional da prática pedagógica, nomeada por ele de “educação bancária”.
III. Para Paulo Freire, a educação crítica e libertadora é um instrumento de transformação social.
É correto o que se afirma em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
I e III, apenas.
	
	
	
· Pergunta 3
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o texto a seguir.
A educação inclusiva consiste no direito de todas as crianças e adolescentes, com e sem deficiência, à educação de qualidade, à participação, à convivência e à não discriminação, entre tantas outras coisas. Uma sociedade inclusiva começa com uma escola inclusiva, que é uma oportunidade para que esse ambiente se abra a novos conhecimentos e transforme radicalmente suas práticas de ensino e aprendizagem, melhorando a experiência escolar de todos.
Um levantamento inédito do Datafolha, encomendado pelo Instituto Alana em 2019, ouviu mais de 2.074 pessoas acima de 16 anos, em 130 municípios, e constatou que para 86% dos entrevistados as escolas se tornam melhores com a educação inclusiva. Além disso, 76% acreditam que as crianças com deficiência aprendem mais estudando junto com crianças sem deficiência. 
É o que comprova a pesquisa “Os benefícios da educação inclusiva para estudantes com e sem deficiência”, que aponta que pessoas sem deficiência que estudam em salas de aula inclusivas têm opiniões menos preconceituosas, além de serem mais receptivas às diferenças. Já para os alunos com deficiência, esse mesmo convívio traz reflexos que são percebidos também na idade adulta, já que se tornam mais propensos a fazer um curso superior, pertencer a um grupo de amizades, encontrar um emprego e viver de forma independente. 
                                                    Disponível em . Acesso em 21 jul. 2025.
 
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, avalie as afirmativas.
I. A educação inclusiva pressupõe o capacitismo como forma de integração do aluno com deficiência.
II. A educação inclusiva tem como princípio respeitar as diferenças, isolando e assessorando o aluno com deficiência.
III. De acordo com o texto, a educação inclusiva é benéfica também para os estudantes sem deficiência.
 
É correto o que se afirma em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d. 
III, apenas.
	
	
	
· Pergunta 4
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o texto a seguir.
A cultura e a identidade surda partem do princípio de que uma pessoa se reconhece como parte da comunidade surda, identificando seus limites e formas próprias de expressão. Essa autoidentificação não é apenas um aspecto pessoal, mas constitui a base para um convívio social mais enriquecedor, permeado pela linguagem de sinais, códigos sociais, valores e formas específicas de julgamento.
Disponível em . Acesso em 25 jul. 2025 (com adaptações).
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, avalie as afirmativas.
I. A inserção da Libras no currículo escolar favorece a inclusão de estudantes surdos, o que amplia sua participação nas interações pedagógicas.
II. Libras é uma adaptação visual da língua portuguesa criada com fins exclusivamente educacionais.
III. O Decreto Nº 5.626/2005 instituiu a obrigatoriedade do ensino de Libras para os alunos de licenciatura, visando à capacitação dos futuros docentes para o ensino e a inclusão de pessoas surdas no ambiente educacional.
É correto o que se afirma em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
I e III, apenas.
	
	
	
· Pergunta 5
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o texto a seguir.
A avaliação é considerada fundamental no processo ensino-aprendizagem, pois fornece dados deste processo e permite rever objetivos, metodologia e conteúdo.
A avaliação é um feedback para o aprendiz e deve ser feita enquanto ocorre o aprendizado. O professor e o aluno são fontes básicas da didática e, desta maneira, o processo que envolve a avaliação deve ter a participação dos dois elementos. Sendo assim, a avaliação não é atividade exclusiva do professor.
                  Disponível em . Acesso em 25 jun. 2025 (com adaptações). 
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, avalie as afirmativas.
I. Aavaliação formativa é um tipo de avaliação feita de forma contínua, que objetiva o desenvolvimento da aprendizagem.
II. A avaliação somativa é um tipo de avaliação realizada no início de um período letivo.
III. A avaliação formativa tem como objetivos identificar áreas de dificuldade, fornecer feedback personalizado e ajustar as estratégias de ensino. 
IV. Os instrumentos da avaliação somativa são qualitativos: observação, diálogo, trabalhos em grupo, autoavaliação e questionários.
É correto o que se afirma apenas em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
I e III.
	
	
	
· Pergunta 6
0 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o texto a seguir, extraído da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
No Brasil, um país caracterizado pela autonomia dos entes federados, acentuada diversidade cultural e profundas desigualdades sociais, os sistemas e redes de ensino devem construir currículos, e as escolas precisam elaborar propostas pedagógicas que considerem as necessidades, as possibilidades e os interesses dos estudantes, assim como suas identidades linguísticas, étnicas e culturais.
Nesse processo, a BNCC desempenha papel fundamental, pois explicita as aprendizagens essenciais que todos os estudantes devem desenvolver e expressa, portanto, a igualdade educacional sobre a qual as singularidades devem ser consideradas e atendidas. Essa igualdade deve valer também para as oportunidades de ingresso e permanência em uma escola de Educação Básica, sem o que o direito de aprender não se concretiza.
O Brasil, ao longo de sua história, naturalizou desigualdades educacionais em relação ao acesso à escola, à permanência dos estudantes e ao seu aprendizado. São amplamente conhecidas as enormes desigualdades entre os grupos de estudantes definidos por raça, sexo e condição socioeconômica de suas famílias.
Diante desse quadro, as decisões curriculares e didático-pedagógicas das Secretarias de Educação, o planejamento do trabalho anual das instituições escolares e as rotinas e os eventos do cotidiano escolar devem levar em consideração a necessidade de superação dessas desigualdades. Para isso, os sistemas e redes de ensino e as instituições escolares devem se planejar com um claro foco na equidade, que pressupõe reconhecer que as necessidades dos estudantes são diferentes.
De forma particular, um planejamento com foco na equidade também exige um claro compromisso de reverter a situação de exclusão histórica que marginaliza grupos – como os povos indígenas originários e as populações das comunidades remanescentes de quilombos e demais afrodescendentes – e as pessoas que não puderam estudar ou completar sua escolaridade na idade própria.
Igualmente, requer o compromisso com os alunos com deficiência, reconhecendo a necessidade de práticas pedagógicas inclusivas e de diferenciação curricular, conforme estabelecido na Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei Nº 13.146/2015).
BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Base Nacional Comum Curricular.
Disponível em . Acesso em 29 jul. 2025.
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, avalie as afirmativas.
I. As redes de ensino devem adaptar seus currículos às singularidades dos estudantes, considerando fatores como identidade cultural, identidade étnica e necessidades específicas.
II. O Brasil tem profundas desigualdades históricas no acesso e na permanência escolar.
III. Ao incorporar a diversidade como princípio orientador, a BNCC reforça que a pluralidade cultural e racial do Brasil é uma riqueza que precisa ser vivenciada desde os primeiros anos escolares.
É correto o que se afirma em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. 
II, apenas.
	
	
	
· Pergunta 7
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o trecho a seguir, em que a educadora e filósofa Sueli Carneiro discute a questão da racialidade na sociedade brasileira.
O dispositivo de racialidade, na sua dimensão de fábrica discursiva, constituinte de um campo de saber sobre outro, especialmente sobre o africano e seus descendentes, promoveu a negação da plena humanidade daqueles que carregam em si a negritude.
Disponível em . Acesso em 11 ago. 2025.
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, avalie as afirmativas.
I. A educação antirracista limita-se ao combate a atos de discriminação racial no ambiente escolar.
II. O uso de materiais didáticos que estejam de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais é fundamental para promover a educação antirracista.
III. Formações de práticas antirracistas devem ser oferecidas exclusivamente para diretores, coordenadores e orientadores, que são os responsáveis pela gestão escolar.
IV. Historicamente, o imaginário social, construído por discursos permeados pelo racismo estrutural, tende a negar àqueles que carregam a negritude o status de sujeitos de conhecimento. 
É correto o que se afirma apenas em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b. 
II e IV.
	
	
	
· Pergunta 8
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o trecho do artigo publicado em 20 de março de 2025 na revista eletrônica “A Terra é Redonda” e a charge a seguir. Na charge, o personagem de capacete representa “o algoritmo” embutido nas plataformas de software usadas diariamente por milhões de pessoas em todo o mundo.
                                                                                                       Uma eugenia tecnológica?
Quando indivíduos com pouco êxito em construções e articulações linguísticas e acanhada erudição - como, por exemplo, analfabetos funcionais - utilizam os chats com inteligência artificial, tendem a formular prompts mais vagos, imprecisos ou simplificados. Como a inteligência artificial necessita de informações claras para gerar respostas qualificadas, esses prompts pouco estruturados resultam em respostas superficiais e limitadas, que raramente exploram a riqueza potencial de conhecimentos armazenados na base de dados do sistema.
Nesses casos, a inteligência artificial devolve ao usuário um resultado mediano, um pouco melhor do que o usuário conseguiria sozinho, porém restrito e sem grande profundidade. Essa dinâmica é semelhante à ideia da regressão à média formulada por Francis Galton: os usuários que estão muito abaixo da média acabam melhorando seu repertório ligeiramente, mas ficam estacionados em um nível intermediário. Esse lugar mediano, limítrofe ou medíocre, nos lembra o “Mediocristão” definido por Nassim Taleb.
Ademais, a inteligência artificial, ao tentar reproduzir as intenções e preferências do usuário, pode gerar respostas incorretas ou imprecisas, mesmo que disponha de um extenso acervo de dados confiáveis. Prompts saturados de pressupostos falhos, vieses ou ambiguidades conduzem o sistema a replicar tais distorções, pois o objetivo final é satisfazer a demanda formulada, ainda que isso resulte em conteúdos precários ou factualmente questionáveis. Nesse processo, a tecnologia reforça possíveis equívocos e consolida crenças equivocadas, limitando a profundidade das informações produzidas e inviabilizando o papel educativo que se espera de uma ferramenta de grande alcance.
Por exemplo, um usuário que se baseia em premissas errôneas e escreve algo como “Foi Dom Pedro II quem descobriu o Brasil em 1500, certo?” pode induzir a inteligência artificial a produzir uma resposta que corrobore essa informação historicamente equivocada, pois a formulação do prompt conduz o sistema a validar a pergunta em vez de corrigi-la de modo incisivo. Mesmo que a Inteligência Artificial tenha acesso a registros confiáveis que indicam Pedro Álvares Cabral como responsável pela chegada dos portugueses em 1500, a construção ambígua da solicitação pode resultar em um texto final que repita ou suavize a distorção inicial, evidenciando como a ferramenta reflete as lacunas de conhecimento e as concepções equivocadas do usuário. Neste caso, o acrônimo IA pode ser intercambiado para “IdiotaAutomatizado”. “Shit in, shit out”, bradariam os entusiastas tecnocratas de plantão.
Por outro lado, usuários que já têm boa formação cultural, domínio da linguagem e capacidade argumentativa são capazes de formular prompts mais precisos, detalhados e intelectualmente sofisticados. Por exemplo, enquanto um usuário com pouco domínio da linguagem pode perguntar à inteligência artificial algo como “quem descobriu o Brasil?”, um usuário mais preparado culturalmente poderia formular uma questão mais rica e contextualizada, como “de que maneira o processo de colonização portuguesa influenciou na formação cultural e social do Brasil contemporâneo?”.
Esse segundo prompt gera respostas mais completas, detalhadas e relevantes, pois fornece à Inteligência Artificial uma orientação clara sobre o nível de profundidade desejado. Como resultado, esses usuários recebem conteúdos mais ricos e elaborados, capazes de ampliar ainda mais seu repertório intelectual. Estão, portanto, em um lugar privilegiado ou “Extremistão” em oposição ao Mediocristão talebiano. Há, inclusive, um novo mercado de “venda de prompts” dos mais favorecidos aos menos afortunados.
Dessa forma, o que acontece é que usuários já privilegiados culturalmente conseguem potencializar ainda mais suas vantagens, enquanto aqueles que enfrentam dificuldades prévias alcançam melhorias apenas marginais, ou até intensificam suas deficiências no pior caso. Essa lógica exemplifica perfeitamente o chamado “efeito Mateus”, extraído do Evangelho de Mateus, segundo o qual “àquele que já tem, mais será dado, e terá em abundância; enquanto ao que não tem, até o pouco que possui lhe será retirado”. Aplicado ao contexto da inteligência artificial, os usuários culturalmente preparados acumulam ainda mais conhecimento e aprofundam suas competências, enquanto usuários culturalmente frágeis avançam pouco e permanecem estacionados em níveis básicos ou medianos.
Disponível em . Acesso em 11 ago. 2025 (com adaptações).
 
Disponível em . Acesso em 11 ago. 2025. 
Com base nas leituras e nos seus conhecimentos, avalie as asserções e a relação proposta entre elas.
I. Em ambientes de aprendizagem mediados por plataformas digitais e assistentes de inteligência artificial, a resposta entregue ao estudante está sujeita a vieses algorítmicos (de seleção, de ordenação ou de formulação do conteúdo), o que pode comprometer os resultados educacionais.
                                                                                                  PORQUE
II. Em sistemas de recomendação orientados por engajamento e em modelos de IA generativa condicionados por prompt, o algoritmo pode favorecer o “mais clicável” ou o “mais solicitado” em detrimento do mais adequado pedagogicamente, introduzindo enviesamentos.
Assinale a alternativa correta.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
As asserções I e II são verdadeiras, e a asserção II justifica a asserção I.
	
	
	
· Pergunta 9
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Jean Piaget foi um importante biólogo e psicólogo suíço do século XX, cujas pesquisas no campo do desenvolvimento cognitivo, especialmente voltadas para a aprendizagem infantil, introduziram abordagens inovadoras para a época. Seus estudos fundamentaram diversas práticas pedagógicas, em particular a teoria do construtivismo, amplamente reconhecida no campo educacional e ainda utilizada por professores em instituições de ensino ao redor do mundo.
Sobre o pensamento de Piaget, avalie as afirmativas.
I. De acordo com Jean Piaget, toda criança nasce com o conhecimento pré-gravado em seu cérebro. Sob a sua perspectiva, não há aprendizado real, já que o conhecimento é inato.
II. Para Piaget, o conhecimento é transferido do professor para o aluno, de forma direta e unilateral. O aluno deve receber de forma passiva todo o conhecimento exposto pelo professor.
III. Segundo Piaget, o conhecimento resulta da interação entre o sujeito e o objeto, sendo construído ativamente por meio dos processos de assimilação e acomodação. Assim, não é algo pré-formado, mas elaborado pelo indivíduo - especialmente pela criança - a partir de suas experiências e observações do meio.
É correto apenas o que se afirma em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
III.
	
	
	
· Pergunta 10
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Considere o seguinte cenário hipotético: Pedro é um aluno do Ensino Fundamental que recentemente começou a aprender o conceito de divisão na Matemática. Ele já domina os conceitos de adição e subtração e compreende bem a multiplicação, mas, no caso da divisão, apresenta um pouco de dificuldade. Ele só consegue resolver um exercício que envolva divisão com ajuda da professora ou de outra pessoa.
Tendo em mente esse cenário, e com base nas teorias de Lev Vygotsky, avalie as afirmativas.
I. Podemos perceber que a aprendizagem do Pedro ocorre dentro da Zona de Desenvolvimento Proximal, uma vez que a professora (a mediação) está ajudando Pedro a ir além do que seria capaz de fazer sozinho.
II. De acordo com as teorias de Lev Vygotsky, a professora não deveria ajudar Pedro a resolver os problemas de divisão.
III. A situação ilustra a relevância das interações sociais no aprendizado, um aspecto muito importante nas teorias de Lev Vygotsky.
É correto apenas o que se afirma em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. 
I e III.
	
	
	
· Pergunta 11
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o texto a seguir.
A presença da Pedagogia Crítico-Social dos Conteúdos na prática docente dos anos iniciais do Ensino Fundamental
A Pedagogia Crítica dos Conteúdos defende a difusão dos saberes historicamente acumulados e sistematizados pela humanidade, apropriados criticamente pelos alunos, de forma a que possam instrumentalizá-los para desvelar a realidade social em que vivem, preparando-os para nela interferirem e transformá-la em uma sociedade mais justa.
Nesta pedagogia, a escola deve ser valorizada como agência responsável pela formação de cidadãos ativos e críticos, capazes de se apropriarem e lutarem pela conquista de seus ideais, tendo o professor como aliado na busca e realização de suas utopias de justiça social.
O modelo de escola institucionalizada e vigente é criticado pelos defensores desta pedagogia, pois, alegam eles, que a escola como está não é democrática e reproduz as desigualdades sociais e a ideologia dos grupos dominantes, permitindo a continuidade de uma sociedade desigual e injusta.
Sob tal perspectiva, a escola assume o compromisso de preparar o aluno para, no decorrer de sua vida, ter uma função ativa de interação social, sendo que, para tanto, deve fornecer-lhe as condições necessárias, através da transmissão de conteúdos concretos e aplicáveis socialmente no cotidiano do aluno, visando a uma participação democratizadora acerca de sua realidade social.
O processo fundamental de formação do educando acontece por meio da aquisição crítica do saber historicamente acumulado e sistematizado pela humanidade e da maneira pela qual ele irá desenvolver esse conhecimento no decorrer de sua vida.
Assim, a principal tarefa da escola é a difusão de conteúdos, não de conteúdos abstratos, mas vivos, concretos, indissociáveis das realidades sociais; a escola deve contribuir para eliminar a desigualdade social e tornar a sociedade mais democrática. Sua atuação consiste na preparação do aluno para o mundo adulto e suas contradições, fornecendo-lhe um instrumental, por meio da aquisição de conteúdos e da socialização, para uma participação organizada e ativa na democratização da sociedade.
Nessa perspectiva, a escola passa a ter uma função de criar mecanismos, fundamentalmente por meio da transmissão de conteúdos aos alunos, para a transformação e a produção de uma sociedade mais justa e igualitária.   
Disponível em . Acesso em 21 ago. 2025 (com adaptações).
 
Considerandoo texto apresentado e as concepções próprias da Teoria Pedagógica Crítico-Social dos Conteúdos, é correto afirmar que
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. 
os conteúdos do ensino são reavaliados permanentemente à luz das realidades sociais nas quais os alunos estão inseridos.
	
	
	
· Pergunta 12
0 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o texto a seguir.
Escola Nova e a disputa entre escola pública e escola privada
O movimento educacional conhecido como Escola Nova surgiu para propor novos caminhos a uma educação que a muitos parecia em descompasso com o mundo das ciências e das tecnologias. Em um mundo de transformações, muitos sentiam que precisavam inovar, “aprender a aprender”.
A Escola Nova chegou a afirmar-se como um movimento mundial pelas últimas décadas do século XIX, quando também se consolidou a democracia liberal, entendida esta, afinal, como “vitória dos países democráticos sobre as monarquias autoritárias e conservadoras”. Dessa consolidação se pôde falar a partir da Grande Guerra (1914-1918), sobretudo.
O brasileiro Anísio Teixeira elaborou comentários sobre mudanças nos países onde essa democracia liberal já se instalara de longa data. Por exemplo, Inglaterra e França. Ali, os sistemas de ensino foram unificados a fim de favorecerem os alunos carentes. Contudo, os alunos que desejassem frequentar escolas particulares recebiam o apoio de bolsa de estudos, numa flexibilidade que facilitava a livre transferência do sistema público ao sistema particular. Era um movimento educacional que se inseria no processo de industrialização e de desenvolvimento que os países centrais já viviam: abertos a estímulos ideológicos, buscavam orientação e meios, em vista de cobrir as necessidades de mão de obra produtiva e rendosa nas fábricas. À escola caberia equipar-se para atender ao contingente de trabalhadores, ao setor operário, e os países mais desenvolvidos incentivaram, portanto, a expansão da escola pública.
O escolanovismo norte-americano, como também o brasileiro, está ligado a certas concepções de John Dewey, que acreditava ser a educação o único meio efetivo para a construção de uma sociedade democrática. Na concepção de John Dewey, há dois elementos que se põem como critérios de orientação para a democracia. O primeiro: mais numerosos e variados pontos de participação no interesse comum, como também maior confiança para reconhecer que os interesses são fatores da regulação e direção social. E o segundo: uma cooperação mais livre entre os grupos sociais, antes isolados tanto quanto voluntariamente o podiam ser, e, também, a mudança de hábitos sociais e contínua readaptação e ajuste dos grupos às novas situações criadas pelos vários intercâmbios. Para Dewey, são precisamente esses dois pontos que caracterizam a sociedade democraticamente constituída. 
Quanto ao aspecto educativo, Dewey observa: a realização de uma forma de vida social, em que os interesses se interpenetram, e o progresso, ou a readaptação, são de importante consideração, tornam a comunhão democrática mais interessada do que outras comunhões numa educação deliberada e sistemática. O amor da democracia pela educação é um fato “cediço”. Dewey explica de dois modos. Primeiro, uma explicação superficial: “que um governo que se funda no sufrágio popular não pode ser eficiente se aqueles que o elegem e que lhe obedecem não forem convenientemente educados”. Segundo, acrescenta: “uma vez repudiado o princípio da autoridade externa, à sociedade democrática se devem dar a aceitação e o interesse voluntários como substitutos, e unicamente a educação pode criá-los”. E foi nesse espírito que a Escola Nova ingressa no Brasil também. Havia aqui uma burguesia industrial disposta a abraçar o seu ideário. 
Em nossas escolas, hoje em dia, se observam propostas e atitudes, bem como metodologias, calcadas nos princípios da Escola Nova. Ela contribuiu com alguns legados, dentre os quais foram estes os mais importantes: dar voz ao aluno e desenvolver o pensamento científico dentro das instituições escolares. Não é possível nem pensá-la descontextualizada de um momento histórico, nem achar que já esteja completamente superada. Não foi por acaso que os próprios soviéticos chegaram a ter momentos de simpatia para com ela, o que se mostrou num convite a John Dewey para que visitasse a União Soviética. Visita que, entretanto, resultou em pouca coisa. A Escola Nova sofreu e ainda sofre muitas críticas por aplicar-se a uma minoria privilegiada.
Disponível em . Acesso em 22 ago. 2025 (com adaptações).
 
Com base na leitura e considerando a construção de uma prática pedagógica que promova os princípios educacionais escolanovistas, avalie as afirmativas.
I. Segundo os princípios escolanovistas, a educação deve estar ao alcance de todos, de forma que todos tenham acesso a ela, embora isso ainda não tenha sido suficiente para eliminar nem dirimir as enormes diferenças socioeconômicas da sociedade brasileira.
II. A Escola Nova baseou-se no pensamento de John Dewey, para quem os dois pontos que caracterizam a sociedade democraticamente constituída são os mais numerosos e variados pontos de participação no interesse comum e uma cooperação mais livre entre os diversos grupos sociais.  
III. De acordo com os ideais escolanovistas, o conhecimento não deve ser apenas repassado: é imprescindível dar voz ao aluno, desenvolver o pensamento científico nas instituições escolares e pensar a escola de forma contextualizada ao momento histórico.
É correto o que se afirma em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
II e III, apenas.
	
	
	
· Pergunta 13
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o texto a seguir.
Paulo Freire em seu devido lugar
Por que Paulo Freire incomoda? A quem? O que esses discursos revelam?
Levamos os questionamentos a alguns especialistas, com o intuito de resgatar parte da história e da contribuição do educador pernambucano, declarado patrono da educação brasileira em 2012, pela Lei Nº 12.612.
O lugar de Paulo Freire
Para o professor titular da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) e diretor do Instituto Paulo Freire, Moacir Gadotti, é preciso rigor para falar de Paulo Freire. Ele relembra as incontáveis publicações e referências ao educador, algumas disponíveis na internet, e completa: “ele tem um lugar no mundo garantido pelo reconhecimento do seu trabalho, com contribuições na educação, nas artes, nas ciências e até na engenharia”.
Por isso, avaliá-lo somente como educador não basta, opina o professor emérito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Miguel Arroyo. “A radicalidade dele tem que ser entendida dentro de nossa história”, garante. Daí a necessidade de se reivindicar o lugar de Paulo Freire. “Sobretudo por parte dos educadores populares que assumem, para além de suas ideias, as concepções de mundo que estão por trás delas”, reflete Gadotti.
Uma pedagogia concreta
O rechaço a Paulo Freire não é novidade e tampouco recente. Tem início já nos fins dos anos 50 e começo da década de 60, momento em que o educador idealiza a educação popular e realiza as primeiras iniciativas de conscientização política do povo, em nome da emancipação social, cultural e política das classes sociais excluídas e oprimidas.
Sua metodologia dialógica foi considerada perigosamente subversiva pelo regime militar, o que rendeu a Freire o exílio. O educador, entretanto, não deixou de produzir e nesse período escreveu algumas de suas principais obras, dentre elas, a Pedagogia do Oprimido.
Arroyo entende que as manifestações atuais contra o educador só mostram que os setores conservadores continuam tão reacionários quanto na época da ditadura. “E isso surge em um momento em que o partido político que está no poder foi eleito, majoritariamente, pelo cidadão pobre, negro, nordestino. A rejeição a Freire, a meu ver, revela uma questão premente de nossa história de reconhecer ou não o povo como sujeito de direitos”, garante, ponto sobre o qual o educador se apoia para chamar a pedagogia freiriana de “pedagogiados oprimidos concretos”.
“O que caracteriza a nossa história é não reconhecer os indígenas, os negros, os pobres, os camponeses, os quilombolas, os ribeirinhos e os favelados como sujeitos humanos”, condena o educador. Em sua análise, essa crença serviu, ao longo da história, como justificativa ideológica para que as classes dominantes escravizassem e espoliassem esses setores sociais.
“Tudo isso a partir de uma visão de que somos o símbolo da cultura, civilidade, e os outros a expressão da sub-humanidade, subcultura, imoralidade. É isso que nos acompanha ao longo da vida, e Paulo Freire se contrapôs a isso, inverteu esse olhar”, analisa Arroyo.
O que ele considera “como um dos pontos mais radicais e politicamente avançados de Freire” foi a valorização da cultura, das memórias, dos valores, saberes, racionalidade e matrizes culturais e intelectuais do povo, contrapondo-se à lógica de que era necessária a inferiorização de uns para garantir a dominação de outros. Na educação, sobretudo, essa radicalidade implica enfrentamentos.
“Existe a ideia de que nós, cultos, racionais, conscientes, vamos fazer o favor de, através da educação, conscientizar o povo; para Freire não se tratava de conscientizá-los, moralizá-los, mas de reconhecê-los como sujeitos de uma outra pedagogia, capaz de dialogar com essas culturas, identidades e histórias”, esclarece Arroyo.
Paulo Freire em outros contextos
Essa centralidade nos sujeitos, própria da concepção freiriana, também apoiou a organização de trabalhadores. Na cidade de São Paulo, quando à frente da Secretaria Municipal de Educação, na gestão de Luiza Erundina, Paulo Freire aprovou o Estatuto do Magistério, importante não só aos docentes como a todos os profissionais da educação, como avalia a atual chefe de gabinete da deputada estadual Luiza Erundina, Muna Zeyn, que trabalhou com o educador na gestão paulistana. “Para ele, todos estavam em processo de educação, do bedel à faxineira, passando pelo professor”.
Ele influencia também na construção de organizações e movimentos de massa, trazendo conscientização vital para a organização deles, sobretudo em relação à educação. Os indivíduos começaram a se perguntar qual educação queriam. Sabiam que não era aquela que desconhecia o contexto das crianças e as estigmatizava como filhas de ladrões, criminalizando lutas.
Nas escolas, há uma necessidade de que o conhecimento escolar se articule com a realidade e que a educação se estabeleça como elemento de transformação, “libertadora, contra-hegemônica e emancipadora”. Nos acampamentos, onde muitas vezes não há escolas próximas, o movimento busca a auto-organização, pois a educação formal entra em contradição com os processos de luta, quase sempre porque a escola não entende a realidade em que as crianças vivem.
Pela integralidade dos indivíduos
Há quem ataque a pedagogia freiriana, tratando-a como doutrinária. Gadotti explica que a grande questão é entender que Freire reconhecia a educação como ato político, de cultura.
“A primeira aula de alfabetização em Angicos (Rio Grande do Norte) foi sobre cultura”, relembra o educador. “A educação, a formação e até a alfabetização inicial precisam passar pela cultura, pelo reconhecimento do sujeito que conhece, que faz sua leitura do mundo. E é por ser cultural que a educação é política, não no sentido partidário, mas de decidir a vida na pólis (cidade), discutir a vida, o mundo que queremos”.
Ainda de acordo com Gadotti, a educação deve ser vista como um dos elementos de uma cidade educadora, que prevê a educação integral, e não deve se referir só ao conhecimento e ao saber simbólico, mas também ao sensível, ao técnico.
“A integralidade do saber é o tecido técnico, simbólico, político, cultural e implica também a politicidade do ato educativo. Ninguém nega que a educação supõe valores, princípios, ética. É isso que falta discutirmos na educação brasileira hoje”, constata Gadotti.
Disponível em . Acesso em 24 ago. 2025 (com adaptações).
Com base na leitura e considerando a construção de uma prática pedagógica que promova os princípios educacionais propostos por Paulo Freire, avalie as asserções e a relação proposta entre elas.
I. A valorização da cultura, das memórias, dos valores, dos saberes, da racionalidade e das matrizes culturais e intelectuais do povo acaba escamoteando a lógica de que é necessário haver inferiorização de uns para garantir a dominação de outros. 
PORQUE
II. A educação deve estar articulada com a realidade e estabelecer-se como elemento de transformação, libertador, contra-hegemônico e emancipador. 
Assinale a alternativa correta.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d. 
A asserção I é falsa, e a asserção II é verdadeira.
	
	
	
· Pergunta 14
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia os textos a seguir.
TEXTO 1
Contribuições do pensamento vygotskiano para a modelagem matemática
O ensino de Matemática no Brasil tem enfrentado muitos desafios nas últimas décadas, tanto no que diz respeito aos processos de ensino e de aprendizagem em si, quanto na forma como a disciplina é vista pela sociedade, de modo geral.
Quando um professor, ao deparar com quarenta estudantes em uma sala de aula, lança a seguinte pergunta: “Qual é a disciplina de que vocês mais gostam?”, de acordo com a nossa experiência docente, sobretudo nos anos finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio, a Matemática raramente é mencionada.
Segundo a obra do psicólogo russo Lev Semionovich Vygotsky, é o aprendizado coletivo que irá promover o desenvolvimento humano, uma vez que o homem é um ser social, fruto de um agregado de interações sociais e históricas. A relação do homem com o mundo não é direta, mas sim mediada por instrumentos e signos. O autor ressalta a importância do pensamento e da linguagem (se referindo especialmente à fala, ao discurso) nessa relação. Destaca ainda, em sua obra, os conceitos espontâneos e científicos; o chamado método inverso; o nível de desenvolvimento atual (real), de desenvolvimento potencial e de desenvolvimento próximo, ou zona de desenvolvimento proximal.
Em nossa análise, nos valemos das ideias de Vygotsky, na tentativa de mudar a percepção descontextualizada e negativa da Matemática manifestada por grande parte dos estudantes. Consideramos essa mudança essencial para o sucesso das práticas educativas nessa disciplina, uma vez que ele é o sujeito principal na apropriação do saber nos processos de ensino e de aprendizagem, levando em conta seu contexto histórico-cultural, por meio de sua interação com os pares.
Vygotsky ressalta o papel da cultura no processo de cognição, já que esta não é vista como algo estático, pelo contrário, ela passa por um processo de transformação e vai trazer, como conceito básico a respeito de seu pensamento, o que ele denomina de dialética. Isto é, a forma como o homem age sobre e com o mundo, produzindo assim a cultura, e essa cultura, agindo sobre e com o homem, transformando-o. Esse autor criou o conceito de mediação, assim descrita como uma experiência social que requer participação e colaboração, tanto dos estudantes quanto dos professores.
Em se tratando de desenvolvimento e aprendizagem, diferente da ideia de Piaget, cujo foco da obra recai sobre o processo de desenvolvimento individual como gerador de condições para aprendizagem, Vygotsky parte do pressuposto de que a aprendizagem gera o desenvolvimento e não o contrário. Devemos frisar aqui que esse autor não nega as condições biológicas como muito se tem pensado, apenas não se baseia numa perspectiva biológica para reconhecer o papel da criança no mundo.
Vygotsky dá ênfase às chamadas funções psicológicas superiores ou especificamente humanas, as quais são mediadas pela cultura. O homem não é o mesmo sempre, este vai mudando, se transformando ao longo de todo o processo histórico. Para compreender a relação entredesenvolvimento e aprendizagem, é necessária a compreensão do que chamamos de nível de desenvolvimento atual ou real, isto é, aquilo que a criança consegue realizar sozinha, que caracteriza o desenvolvimento mental retrospectivamente, as funções já amadurecidas, bem como de zona de desenvolvimento proximal, caracterizado pelo desenvolvimento mental prospectivamente, as abstrações, as funções que ainda não amadureceram. Ainda neste nível, a criança consegue realizar uma tarefa com a ajuda de um adulto ou em cooperação com outros que já compreenderam tal problema, como ilustrado na figura abaixo:
 
Figura 1 – Relação entre as zonas de desenvolvimento real, proximal e potencial
 
Com relação à Matemática, o professor precisa considerar o pressuposto de que o estudante é fruto do contexto histórico-cultural em relação ao meio em que vive. Assim, não podemos compreender que todos os discentes aprendem do mesmo jeito e no mesmo ritmo. A cultura e a socialização desempenham um papel crucial em seu desenvolvimento pois, para Vygotsky, só há aprendizagem a partir do outro. Na ausência do outro, o homem não se constrói homem. Nessa perspectiva, a formação se dá na relação entre o sujeito e a sociedade a seu redor. Dessa forma, o indivíduo modifica o ambiente e este o modifica de volta.
Em nossa experiência docente, observamos que, quando ministramos aulas de Matemática na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, as crianças apresentam os conceitos espontâneos, nos quais elas não estão plenamente conscientes de seus pensamentos, o seu olhar está voltado para o objeto, daí a importância de se trabalhar com o concreto, no caso da contagem e as operações matemáticas.
Assim, é necessário que os próprios docentes se apropriem desses estudos e ousem, municiados e constituídos nos/pelos e com os recursos das metodologias ativas propostas na BNCC (BRASIL, 2018). Os problemas matemáticos realistas, contextualizados no universo de interesses dos estudantes, alinhados às necessidades da comunidade local, devem ser o objetivo maior dos processos de ensino e aprendizagem, propiciando condições para o desenvolvimento de cidadãos conhecedores da sua história, que refletem criticamente e são capazes de lutar pela construção de uma sociedade melhor.
Disponível em . Acesso em 19 ago. 2025 (com adaptações).
 
 
 
TEXTO 2
 
Matemática na infância
Lev Vygotsky
Como a interação social influencia o aprendizado matemático?
Vygotsky mostrou que a aprendizagem acontece por meio da interação social e do diálogo!
Sua teoria destaca a Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP):
•    O que a criança já sabe.
•    O que ela pode aprender com ajuda.
•    O que será capaz de fazer sozinha no futuro.
O que isso significa para o ensino da matemática?
As crianças aprendem melhor quando resolvem problemas com mediação – seja de um professor, um colega ou até materiais concretos.
Fazer perguntas como “O que você já sabe sobre esse problema?” ajuda a desenvolver o raciocínio matemático!
“Aquilo que a criança consegue fazer hoje com ajuda, ela conseguirá fazer sozinha amanhã” – Lev Vygotsky.
Disponível em . Acesso em 11 ago. 2024.
De acordo com os textos e seus conhecimentos a respeito do ensino de matemática,
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d. 
Vygotsky tem na cultura, na socialização e na experiência com o outro os principais pilares que devem servir de base para o ensino dessa disciplina.
	
	
	
· Pergunta 15
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia a charge e o texto a seguir.
 
Disponível em . Acesso em 18 ago. 2024.
 
Letramento e o gênero charge: sobre a leitura, os pressupostos e os sentidos do texto
A leitura pode ser considerada uma das atividades mais complexas da ação humana, pois ela ativa diversos fatores para a sua real e efetiva realização, como o reconhecimento de elementos linguísticos, a ativação de pressupostos e toda a gama de conhecimento adquirido ao longo da vida dos indivíduos. 
Conforme Soares (1998, 2008), o termo letramento passou a ser percebido como letramentos, tendo em vista a variedade de contextos nos quais os sujeitos estão inseridos e nos quais são necessitados a ler e produzir textos. Além disso, o termo letramentos pode ter relação com o estado ou condição de interagir nas diversas esferas sociais por meio da leitura e da produção de textos diversos, daí a necessidade de usar a palavra no plural, considerando a existência do letramento digital, do letramento matemático, do letramento literário, dentre outros tipos.
A noção de leitura, por sua vez, está ligada diretamente à noção de letramento, pois cotidianamente estamos sujeitos à atividade de leitura, das mais simples às mais complexas e, portanto, conforme Geraldi (2012), a leitura pode ser compreendida como a real relação entre o texto, o leitor, o autor e os contextos de leitura e produção dos textos. Essa relação é de extrema importância para que, de fato, o indivíduo realize uma efetiva leitura e, assim, possa interagir com o texto que está sendo lido, construindo sentidos a partir de suas experiências de vida e relacionando o texto lido com os materiais já lidos durante a sua vida em sociedade. 
O gênero textual, conforme Bakhtin (2002), pode ser definido como todo o tipo de texto que existe na sociedade e por meio do qual o sujeito interage com os outros indivíduos, com a intenção de mostrar/expor o seu ponto de vista sobre um determinado tema ou por outra intenção momentânea, como, por exemplo, fazer um convite, produzir uma carta, um currículo ou um texto de opinião. 
O gênero charge, nesse ponto, é visto como um texto extremamente argumentativo, além de ser um texto temporal e multimodal. Isso porque sempre que se produz uma charge, o produtor efetivo do texto tem uma intenção muito clara: mostrar seu descontentamento com uma determinada situação social e, dessa forma, esse texto é permeado de argumentatividade.  E como todo texto é argumentativo e nele há em certo grau um nível de subjetividade, os pressupostos são apresentados por Ducrot (1994) como aquilo que pertence ao “nós” da relação comunicativa e, portanto, pressupor não é dizer o que o ouvinte sabe ou se pensa que ele sabe ou deveria saber, mas situar o diálogo na hipótese de que ele já soubesse.
Disponível em . Acesso em 20 ago. 2025 (com adaptações).
 
Com base nas ideias apresentadas na charge e no texto quanto a gêneros textuais, letramento e alfabetização, avalie as afirmativas.
I. Os erros formais mostrados na charge indicam problemas de alfabetização que impedem a compreensão da mensagem transmitida.
II. O letramento é um processo que precede a alfabetização e o processo de leitura propriamente dito, devendo começar idealmente nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
III. O gênero textual pressupõe diálogo e interação entre as partes envolvidas no processo de comunicação, ou seja, enseja e implica práticas sociais.
IV. As evidências científicas demonstram que a alfabetização e o letramento são processos paralelos e independentes.
É correto apenas o que se afirma em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
III.
	
	
	
· Pergunta 16
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o texto a seguir.
Língua Brasileira de Sinais (Libras)
A Língua Brasileira de Sinais (Libras) começou a ser estruturada no Brasil a partir do século XIX. Inspirou-se no modelo francês e foi oficializada como língua em 2002.
 
A Língua Brasileira de Sinais, conhecida amplamente por Libras, é usada por milhões de brasileiros surdos e, também, ouvintes. De acordo com o IBGE, há mais de dez milhões de pessoas com alguma deficiência auditiva no Brasil. A educação de surdos no país – que resultou na criação da Libras – remonta à instalação da primeira escola para surdos no século XIX.
A mobilizaçãoem torno da ampliação dos direitos dos surdos no Brasil resultou em uma primeira grande conquista com a Constituição de 1988, uma vez que o texto garante a educação como um direito de todos e também dá direito a atendimento educacional especializado na rede regular de ensino.
Outros avanços aconteceram por meio da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996 (Lei nº 9.394/96), e da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. A Libras, porém, só foi reconhecida como língua a partir da Lei nº 10.436, de 2002, regulamentada poucos anos depois por meio do Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e considera a pessoa surda como aquela que, por ter perda auditiva, compreende e interage com o mundo por meio de experiências visuais. Em consonância com o decreto, nas escolas públicas em que há crianças surdas ou com deficiência auditiva matriculadas, faz-se necessário o desenvolvimento de práticas capazes de garantir o seu direito à educação.
A Libras é, ou deveria ser, a língua materna do surdo brasileiro, isto é, a primeira língua com a qual ele tem contato. Ao contrário da língua portuguesa na modalidade oral-auditiva, que tem como canal a voz, a Libras está diretamente ligada a movimentos e expressões faciais para ser compreendida pelo receptor da mensagem.
Disponível em . Acesso em 1 set. 2025 (com adaptações).
 
Com base nos conceitos apresentados no texto, avalie as afirmativas.
I. É preciso haver situações em sala de aula que promovam o convívio social entre os alunos a fim de estimular o respeito às diferenças e o reconhecimento das suas potencialidades afetivas, cognitivas, linguísticas e socioculturais.
II. É imprescindível disponibilizar intérpretes de Libras para as crianças surdas e, se isso não for possível, é necessário solicitar aos familiares que busquem outra escola, mais preparada para lidar com as questões relativas à surdez.
III. A Língua Portuguesa, na modalidade escrita, deve ser assegurada como segunda língua da criança surda, sendo Libras a primeira.
IV. Os professores devem pôr em prática, quanto aos alunos surdos, processos avaliativos mais subjetivos e pormenorizados, focados nas dificuldades de aprendizagem desses estudantes.
É correto o que se afirma em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
I e III, apenas.
	
	
	
· Pergunta 17
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o texto a seguir.
Currículo escolar: o que é e qual sua importância?
O currículo escolar é a base da prática pedagógica, que envolve os conteúdos que serão estudados, as atividades realizadas e as competências a serem desenvolvidas, com o objetivo da formação plena dos estudantes. Serve como referência para a gestão e organização do conhecimento escolar ao dispor sobre os conteúdos a serem estudados e o modo como serão abordados em sala de aula, além de estabelecer as metodologias e as estratégias de aprendizagem adotadas pela escola. Trata-se de um documento normativo que compreende os objetivos de aprendizagem e as habilidades a serem desenvolvidas pelos alunos, além de orientar o trabalho dos professores para cumprir esse propósito.
O currículo escolar é parte integrante do Projeto Político Pedagógico da escola, documento normativo que contém todas as atividades a serem realizadas ao longo do ano letivo, compartilhado com toda a comunidade escolar, que surgiu para organizar o projeto pedagógico e atender às diretrizes educacionais, com a padronização dos conhecimentos a serem adquiridos pelos alunos, de modo a garantir uma formação democrática que proporcione a humanização, a cidadania, o direito à educação e a diminuição da desigualdade cultural.
Além de reunir as disciplinas e os conteúdos a serem implementados e cumpridos pelas escolas, o currículo é importante para estabelecer os objetivos de aprendizagem em cada etapa, bem como sua sequência lógica para a construção do conhecimento, e um de seus objetivos principais é ajudar os alunos no enfrentamento dos desafios do mundo atual como cidadão participativo, reflexivo e autônomo, conhecedor de seus direitos e deveres, a partir da educação democrática.
Disponível em  Acesso em 25 ago. 2025.
 
Considerando o currículo e suas implicações na vida social e escolar, avalie as asserções e a relação proposta entre elas.
I. De forma resumida, o currículo é a organização do conhecimento escolar, e essa organização tornou-se necessária, pois, com o surgimento da escolarização em massa, passou a ser necessária uma padronização do conhecimento a ser ensinado.
PORQUE
II. Essa padronização, discutida principalmente no momento da realização do projeto pedagógico de cada escola, deve levar em conta alguns princípios, como o fato de o processo de desenvolvimento do currículo ter sido cultural e, portanto, não neutro, e sempre privilegiando determinada cultura.
Assinale a alternativa correta.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b. 
As asserções I e II são verdadeiras, e a asserção II não justifica a I.
	
	
	
· Pergunta 18
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	A Lei Nº 9.394, promulgada em 20 de dezembro de 1996 e conhecida como LDBEN/96 ou Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, estipula as diretrizes e as bases para a educação brasileira. 
Em relação a essa lei e ao que está nela estipulado, avalie as afirmativas.
I.    A educação básica está organizada em pré-escola, ensino fundamental e ensino médio. Ela deve ser gratuita e obrigatória dos 4 aos 17 anos de idade dos estudantes.
II.    A escola deve primar pelo respeito à diversidade humana, cultural, linguística e identitária, o que inclui a devida atenção às pessoas com necessidades especiais de aprendizagem.
III.    A educação é um dever exclusivo da escola e tem como objetivo primordial a qualificação dos educandos para suprir as necessidades e as constantes mudanças do mercado de trabalho.
É correto apenas o que se afirma em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. 
I e II.
	
	
	
· Pergunta 19
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o texto a seguir.
O ensino de língua portuguesa nos anos iniciais: uma análise sobre os reflexos dos estudos linguísticos nos documentos oficiais
Com relação às mudanças vistas no ensino de língua portuguesa nos anos iniciais da escolarização, podemos concluir que a passagem de uma abordagem estruturalista da língua para uma abordagem enunciativa apresentou reflexos nos documentos oficiais que orientam e normatizam a Educação Básica no país, especialmente no que se refere ao ensino de língua portuguesa que, a partir da década de oitenta do século passado, adotou o texto como objeto de ensino, embora este tenha sido usado na maioria das vezes como pretexto para leitura, interpretação e ensino gramatical.
Já no final da década de noventa, com a ascensão dos estudos bakhtinianos e a publicação dos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais), os gêneros textuais passam a ser reconhecidos como o objeto principal de estudo do ensino de língua portuguesa, considerando, especialmente, os estudos voltados à abordagem sociointeracionista e ao letramento, que evidenciam a importância de se estudar a língua em uso, isto é, nas práticas sociais da linguagem. Essa necessidade de mudança na abordagem do ensino da língua materna deve-se especialmente ao fato de que o ensino tradicional estruturalista não estava tendo os resultados esperados, ou seja, desenvolvendo a competência comunicativa dos alunos.
Passados mais de vinte anos da publicação dos PCNs, o ensino de língua portuguesa continua embasado na concepção sociointeracionista da linguagem, na qual a dialogia ocupa o lugar central, pois é por meio desta que as interações humanas se estabelecem. Além disso, os estudos de língua portuguesa centrados nos gêneros mantêm-se com a publicação da nova BNCC (Base Nacional Comum Curricular). Portanto, estudar a língua do ponto de vista estrutural/formal significa dar destaque à autonomia das formas linguísticas e à estrutura composicional dosgêneros textuais. No entanto, estudar a língua numa perspectiva discursivo-enunciativa pressupõe ir além, contemplando a língua em uso e a competência comunicativa dos alunos. Reconhece-se, desse modo, que tanto a leitura quanto a escrita e a oralidade devem ser consideradas e trabalhadas a partir das práticas sociais, contemplando os diferentes contextos discursivo-enunciativos.
Ao analisar as implicações inerentes ao processo de ensino da língua materna, torna-se mais significativo para o aluno analisar a língua em uso e compreender como a língua realmente funciona em determinadas situações discursivas. Assim, os alunos passam a compreender o potencial comunicativo da língua e a perceber a leitura e a escrita não como produto, mas como um processo de construção de sentidos, em uma perspectiva interativa da linguagem.
Por fim, destaca-se a relevância que tiveram os estudos linguísticos para uma mudança de abordagem no ensino de língua portuguesa. Além disso, salienta-se que, embora os documentos oficiais ainda apresentem limitações, pode-se considerar que estes oportunizaram um avanço significativo no ensino deste componente curricular tanto nos Anos Iniciais como nas demais etapas da Educação Básica. Permanece, no entanto, como um desafio a ser superado, a implementação desses conceitos teóricos em práticas de ensino em sala de aula, as quais resultem efetivamente na formação de leitores e escritores competentes, capazes de interagir com protagonismo nas diferentes situações sociocomunicativas.
Disponível em . Acesso em 1 set. 2025 (com adaptações).
 
Com base nas definições expressas no texto, nos aspectos relativos ao ensino de língua portuguesa nos anos iniciais da escolarização e nos seus conhecimentos, avalie as afirmativas.
I.    A avaliação do desenvolvimento da linguagem na educação infantil deve levar em conta a história de vida das crianças e respeitar, assim, princípios éticos e estéticos, a valorização da diversidade humana e as manifestações artístico-culturais.
II.    O ensino da língua portuguesa deve valorizar o idioma em seu uso real, de forma contextualizada, considerar os aspectos formais a serviço da estrutura composicional dos gêneros textuais, a partir das práticas sociais, e contemplar os diferentes contextos discursivo-enunciativos.
III.    O ensino da língua portuguesa na educação infantil deve pautar-se na dualidade existente entre os conhecimentos produzidos cientificamente e os saberes produzidos e vivenciados nas comunidades locais do alunado, para que os estudantes sejam capazes de interagir com protagonismo nas diferentes situações sociocomunicativas. 
É correto o que se afirma em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
I, II e III.
	
	
	
· Pergunta 20
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Sancionado em 13 de julho de 1990, pelo estabelecimento da Lei Nº 8.069, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é a regulamentação do artigo 227 da Constituição, que estabelece como dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com prioridade total, o direito à vida, à alimentação, à saúde, ao lazer, à profissionalização, à educação, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de protegê-los e preservá-los de quaisquer formas de negligência, violência, discriminação, crueldade, exploração e opressão.
De acordo com o disposto no ECA, o adolescente em regime de semiliberdade, sob responsabilidade da Fundação Casa, deve ter alguns direitos assegurados. Com relação aos direitos relativos à educação e à escolarização, considere os itens a seguir.
I.    Participação na definição da proposta educacional da escola.
II.    Frequência irregular ou dispensa das aulas em razão da sua situação de semiliberdade.
III.    Organização e participação em entidades estudantis.
São direitos assegurados ao adolescente em regime de semiliberdade, sob responsabilidade da Fundação Casa, o que consta em 
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
III, apenas.
	
	
	
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